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Estudo de Impacto do Modelo de

Avaliação dos Docentes


Sumário Executivo

Abril de 2009
Sumário Executivo

2 Estudo de Impacto do Modelo de Avaliação dos Docentes – sumário executivo ©2009 Deloitte Consultores, S.A.
Sumário Executivo – introdução e enquadramento

O Ministério da Educação considerou ser este o momento adequado para efectuar um estudo que
permita, de forma factual e objectiva, obter o impacto nas escolas da implementação do modelo
de avaliação de desempenho dos Educadores e Professores sobre os diversos tipos de
intervenientes envolvidos.

• O presente estudo é enquadrado pelo Decreto Regulamentar nº 1-A/2009, que resulta da


simplificação efectuada ao modelo original, tornado obrigatório ao abrigo do Decreto
Regulamentar n.º 2/2008.

• As conclusões apresentadas neste documento, em nenhum momento reflectem algum tipo


de juízo de valor ou exortação por parte da Deloitte, acerca do Modelo de Avaliação dos
Docentes, reflectindo apenas análises factuais elaboradas sobre os dados recolhidos.

©2009 Deloitte Consultores, S.A.


Sumário Executivo – introdução e enquadramento

A informação apresentada divide-se em 6 blocos de informação, que reflectem as principais áreas de


conclusão do trabalho efectuado

• O que analisámos?
Impacto por interveniente
– O levantamento de informação realizou-se com base num guião de recolha
de informação, previamente validado e aprovado pela equipa do Ministério
Peso do processo de
da Educação;
avaliação no tempo
disponibilizado por legislação – A estrutura desse guião assentou no fluxo processual do modelo de
Modelo de “calendarização avaliação dos docentes, igualmente validado pela equipa ministerial.
ideal” do processo de
avaliação • Como analisámos?
– Foram realizadas um total de 63 entrevistas junto de 9 escolas com o
Correlações com maior
processo de implementação em curso;
relevância
– As escolas foram seleccionadas pelas respectivas Direcções Regionais,
Alterações efectuadas pelas tendo por base os seguintes critérios:
escolas na operacionalização
– Terem o Modelo de Avaliação implementado e em curso, para permitir a recolha de
do processo
informação de natureza quantitativa;
– Serem representativas da diversidade nacional existente, no que respeita à dimensão
Instrumentos de registo
elaborados pelas escolas
e localização geográfica.

4 Estudo de Impacto do Modelo de Avaliação dos Docentes – sumário executivo ©2009 Deloitte Consultores, S.A.
Impacto por interveniente – modelo simplificado (DR 1-A/2009)

Objectivo – Quantificar o tempo médio despendido por cada tipo de interveniente


no processo de avaliação de desempenho dos docentes, num ano lectivo

Impacto por interveniente

Peso do processo de
avaliação no tempo
disponibilizado por legislação

Modelo de “calendarização
ideal” do processo de
avaliação

Correlações com maior


relevância
Impacto total nos avaliadores, com base na média obtida de 3 avaliados por
Alterações efectuadas pelas
avaliador:
escolas na operacionalização
do processo

Instrumentos de registo
elaborados pelas escolas

5 Estudo de Impacto do Modelo de Avaliação dos Docentes – sumário executivo ©2009 Deloitte Consultores, S.A.
Impacto por interveniente – extrapolação para o modelo completo
(DR 2/2008)

Objectivo – Quantificar o tempo médio despendido por cada tipo de interveniente


processo de avaliação de desempenho dos docentes, num ano lectivo

A extrapolação para o modelo completo, presente no DR 2/2008, resulta


Impacto por interveniente
numa média de 9 avaliados por cada avaliador, com impacto no tempo
consumido pelos avaliadores da componente científico-pedagógica:
Peso do processo de
avaliação no tempo
disponibilizado por legislação

Modelo de “calendarização
ideal” do processo de
avaliação

Correlações com maior


relevância

Alterações efectuadas pelas


escolas na operacionalização
do processo

Instrumentos de registo
elaborados pelas escolas

6 Estudo de Impacto do Modelo de Avaliação dos Docentes – sumário executivo ©2009 Deloitte Consultores, S.A.
Tempo consumido pelos avaliadores vs. Tempo disponibilizado pela
legislação

Objectivo – Validar se o tempo previsto por lei para os avaliadores


desempenharem a sua função no processo de avaliação é suficiente

Resultados obtidos considerando o modelo simplificado (DR 1-A/2009):


Impacto por interveniente

Peso do processo de
avaliação no tempo
disponibilizado por legislação

Modelo de “calendarização
ideal” do processo de
avaliação

Correlações com maior


relevância Resultados obtidos considerando a extrapolação para o modelo completo
(DR 2/2008) :
Alterações efectuadas pelas
escolas na operacionalização
do processo

Instrumentos de registo
elaborados pelas escolas

7 Estudo de Impacto do Modelo de Avaliação dos Docentes – sumário executivo ©2009 Deloitte Consultores, S.A.
Modelo de “calendarização ideal” do processo, face aos tempos
consumidos pelos avaliadores

Objectivo – Modelizar um calendário modelo, a ser utilizado pelas escolas em


anos lectivos posteriores

Calendarização proposta das fases do processo, com base no consumo de


Impacto por interveniente
tempo dos avaliadores, respeitando o tempo disponível, atribuído por lei:
Peso do processo de
avaliação no tempo
disponibilizado por legislação

Modelo de “calendarização
ideal” do processo de
avaliação

Correlações com maior


relevância Poderá, ainda, existir uma pequena participação dos avaliadores na Fase 5 (Atribuição da
Classificação Final), dependendo da solicitação de Entrevista Individual por parte dos seus
Alterações efectuadas pelas
Avaliados.
escolas na operacionalização Consequentemente, o tempo consumido nesta fase poderá variar entre as 0 e as 2 horas por
do processo avaliador, o que representaria, no máximo, 5% do tempo atribuído por lei.
Estes valores corresponderiam a 2 semanas adicionais de calendarização, para a fase 5
Instrumentos de registo
(duração total: 36 semanas).
elaborados pelas escolas
Consequentemente, a duração da Fase 1 (Preparação) não deverá ultrapassar as 6 semanas
(duração total: 42 semanas).
8 Estudo de Impacto do Modelo de Avaliação dos Docentes – sumário executivo ©2009 Deloitte Consultores, S.A.
Correlações com maior relevância (moderadas a fortes)

Objectivo – Demonstrar a validade relativa dos resultados obtidos através da


comparação de variáveis significativas

Dimensão da escola / turmas escolares Vs. Tempo despendido no processo


Impacto por interveniente de avaliação:
A dimensão da escola e das respectivas turmas
Peso do processo de parece ter influência no tempo que os avaliadores

N.º Alunos
avaliação no tempo despendem com o processo de avaliação. Assim,
disponibilizado por legislação quanto maior o número de alunos da escola ou
Modelo de “calendarização
menor o rácio n.º professores/ n.º alunos da
ideal” do processo de escola, menor é o tempo despendido pelos
avaliação avaliadores no processo de avaliação.
Horas

Correlações com maior Número médio de avaliados por avaliador:


relevância
Demonstra-se uma correlação forte entre estas
duas variáveis. Assim, quanto menor o número
Alterações efectuadas pelas
de avaliados e maior o número de avaliadores, ou
escolas na operacionalização
quanto maior for o rácio n.º avaliadores / n.º

Rácio
do processo
avaliados, maior é o tempo despendido pelos
avaliadores com cada avaliado.
Instrumentos de registo
elaborados pelas escolas
Horas

9 Estudo de Impacto do Modelo de Avaliação dos Docentes – sumário executivo ©2009 Deloitte Consultores, S.A.
Correlações com maior relevância (moderadas a fortes)

Objectivo – Demonstrar a validade relativa dos resultados obtidos através da


comparação de variáveis significativas

Faixa etária e nível de experiência dos avaliadores:


Impacto por interveniente
Existe uma correlação clara entre os anos de
experiência dos docentes e o tempo médio
Peso do processo de despendido no processo de avaliação. Assim,

Idade
avaliação no tempo quanto mais anos de experiência ou quanto maior
disponibilizado por legislação a faixa etária dos avaliadores, menor é o tempo
médio que despendem no processo de avaliação.
Modelo de “calendarização
ideal” do processo de
avaliação Horas

O processo de avaliação com componente científico-pedagógica:


Correlações com maior
relevância Os indicadores levantados demonstram uma

Avaliados com observação


clara tendência para que quanto maior o número
Alterações efectuadas pelas de avaliados com componente científico-
escolas na operacionalização pedagógica, menor seja o tempo médio
do processo despendido na avaliação de cada um.

Instrumentos de registo
elaborados pelas escolas
Horas

10 Estudo de Impacto do Modelo de Avaliação dos Docentes – sumário executivo ©2009 Deloitte Consultores, S.A.
Análise das alterações efectuadas pelas escolas na operacionalização do
processo

Objectivo – Identificar as principais alterações efectuadas pelas escolas ao


processo de avaliação, de forma a assegurar a sua operacionalização efectiva

Alterações que resultam, na prática, de este ser o primeiro ano de


Impacto por interveniente implementação do modelo:
Decorreram nas fases 1 (de Preparação) e 2 (Fixação dos Objectivos Individuais) e
manifestaram-se, essencialmente, no envolvimento dos Coordenadores de Departamento e
Peso do processo de
Avaliadores nestas fases do processo.
avaliação no tempo
disponibilizado por legislação Em anos posteriores, é expectável uma redução destas adaptações nas fases mencionadas.

Modelo de “calendarização Adaptações implementadas pelas escolas, susceptíveis de configurarem


ideal” do processo de boas práticas e com maior tendência para permanecerem em anos futuros:
avaliação
Na fase 3 (Observação e Registo):
Correlações com maior Introdução de reuniões prévias e posteriores a cada observação de aula, em formato formal ou
relevância informal, para atribuição de função pedagógica e formativa a esta componente.

Alterações efectuadas pelas


Na fase 4 (Avaliação):
escolas na operacionalização Introdução de reuniões entre avaliadores, para harmonização de critérios.
do processo
Na fase 5 (Atribuição de Classificação Final):
Instrumentos de registo Introdução de reuniões a nível de departamento, entre avaliadores ou coordenadores, para
elaborados pelas escolas harmonização e análise das menções a atribuir.
Introdução da entrevista individual para avaliados com menção de “Muito bom” e “Insuficiente”
para gestão de expectativas e função pedagógica e formativa do processo de avaliação.
11 Estudo de Impacto do Modelo de Avaliação dos Docentes – sumário executivo ©2009 Deloitte Consultores, S.A.
Análise dos instrumentos de registo elaborados pelas escolas

Objectivo – Perceber as necessidades das escolas em termos de instrumentos


de registo de suporte ao actual processo de avaliação

Da análise efectuada aos instrumentos de registo recolhidos nas escolas,


Impacto por interveniente concluiu-se :
A escola nº 2 foi a que atestou maior grau de eficiência (medido pelo tempo despendido na fase
Peso do processo de de Preparação vs. os instrumentos de registo definidos – em número e grau de simplificação) na
avaliação no tempo fase de preparação e elaboração dos instrumentos de registo, tendo demonstrado inclusivamente
disponibilizado por legislação um conjunto de boas práticas, nomeadamente:
Modelo de “calendarização • Simplificação dos instrumentos de registo;
ideal” do processo de
avaliação
• Elaboração de um quadro com parâmetros e indicadores que estabelecem critérios de
referência à atribuição das menções qualitativas (criação de uma base comum de avaliação e
gestão de expectativas).
Correlações com maior
relevância

Alterações efectuadas pelas


escolas na operacionalização
do processo

Instrumentos de registo
elaborados pelas escolas

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