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ESTATÍSTICA
I - IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E CONCEITOS BÁSICOS
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A importância da estatística reside no esforço do homem para melhor compreender o
mundo, tanto do ponto de vista físico como social. Na sociedade científica, da qual fazemos parte
atualmente, a investigação é parte essencial do trabalho diário. O interesse por descobrir novos
procedimentos por meio da experiência acumulada tem sido determinante para a necessidade de os
profissionais se perceberem imersos na formação e aprendizado de técnicas básicas de metodologia
da investigação e de algumas mais concretas como a análise de dados. Os profissionais que se
apóiam na quantificação e no estudo do que se observa diariamente, e entendem e conhecem os
conceitos básicos de estatística se aprofundam e compreendem melhor o fundamento de sua área de
trabalho.
2. O QUE É ESTATÍSTICA?
Para muitas pessoas, a palavra “estatística” faz lembrar longas colunas de números, gráficos
e diagramas que mostram de que forma o governo está gastando o dinheiro dos impostos. No
passado, esta palavra referia-se exclusivamente à informações numéricas de que os governos
necessitavam para planejar sua conduta. Os estatísticos eram pessoas que coletavam grandes
quantidades de informações numéricas. Alguns estatísticos ainda realizam este tipo de trabalho, mas
existem outros que auxiliam a conduzir e interpretar experimentos científicos e pesquisas
profissionais. As mudanças no significado da palavra estatística acompanharam as mudanças
ocorridas no tipo de trabalho realizado pelos estatísticos.
A palavra estatística pode ser utilizada para designar dados numéricos, como, por exemplo,
estatísticas esportivas ou estatísticas financeiras. Entretanto, a palavra pode também se referir à
estatística como uma disciplina própria da mesma forma que a matemática ou a economia.
Portanto, a estatística é uma ciência que se preocupa com o planejamento de uma pesquisa,
envolvendo desde a forma de coleta das observações obtidas em experimentos ou levantamentos,
até a maneira como será feita a organização, a descrição, o resumo dos dados e a avaliação e
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afirmação sobre características de interesse do pesquisador. Tudo isso corresponde às fases do
método estatístico.
a) Definição do Problema
Consiste na:
b) Planejamento
A coleta pode ser: Direta - diretamente da fonte; Indireta - feita através de outras fontes.
Os dados podem ser obtidos pela própria pessoa (primários) ou se baseia no registro de terceiros
(secundários).
É a fase mais importante e também a mais delicada. Obtêm-se conclusões que auxiliam o
pesquisador nas tomadas de decisões.
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OBS: As análises estatísticas dependem da forma de como os dados são coletados, e o
planejamento estatístico da pesquisa indica o esquema sob o qual os dados serão obtidos. Portanto,
o planejamento da pesquisa e a análise estatística dos dados estão intimamente ligados.
3. SUBDIVISÕES DA ESTATÍSTICA
• Não serve para corrigir erros grosseiros nem técnicas defeituosas. Como toda informação
está contida nos dados, se esses são viciados, será falsa qualquer conclusão que deles se
obtenha;
• Não substitui o julgamento crítico. Ela fornece critérios que auxiliam na tomada de decisões,
mas não dispensa a análise crítica do pesquisador.
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4. CONCEITOS BÁSICOS
a) POPULAÇÃO X AMOSTRA
Uma população pode, mediante processos operacionais, ser considerada infinita, pois a mesma
irá depender do tamanho da amostra. Se a freqüência relativa entre amostra e população for menor
do que 5% ela é considerada infinita, se a freqüência relativa for maior do que 5% ela é considerada
finita.
Amostra (n): É um subconjunto da população e deverá ser considerada finita, a amostra deve ser
selecionada seguindo certas regras e deve ser representativa da população, de modo que ela
represente todas as características da população.
b) CENSO X AMOSTRAGEM
c) DADO X VARIÁVEL
Dado: qualquer característica que possa ser observada ou medida de alguma maneira. As
matérias-primas da estatística são os dados observáveis.
• Centro: um valor representativo ou médio, que indica onde está localizado o meio do
conjunto de dados;
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• Variação: medida de quanto os valores dos dados variam entre eles;
Variável: É aquilo que se deseja observar para se tirar algum tipo de conclusão. Os símbolos
utilizados para representar estatisticamente as variáveis são as letras maiúsculas do alfabeto, tais
como X, Y, Z, ..., que podem assumir qualquer valor de um conjunto de dados. As variáveis podem
ser classificadas dos seguintes modos:
• Qualitativas (ou atributos ou categóricos): São características que não podem ser
medidas, ou seja, são não-numéricas.
Nominal : são utilizados nomes, rótulos ou símbolos para representar determinados tipos de
dados, mostrando, assim, a qual grupo ou categoria eles pertencem.
Ordinal ou por postos: quando uma classificação for dividida em categorias ordenadas em
graus convencionados, havendo uma relação entre as categorias do tipo “maior do que”,
“menor do que”, “igual a”, os dados por postos consistem de valores relativos atribuídos para
denotar a ordem de primeiro, segundo, terceiro e, assim, sucessivamente.
Ex.: resistência a inseto, que pode ser suscetível, parcialmente resistente e resistente.
• Quantitativas: São características que podem ser contadas ou medidas, sendo classificadas
em discretas e contínuas.
Discretas: são aquelas variáveis que podem assumir somente valores inteiros num conjunto
de valores. É gerada pelo processo de contagem.
Ex.: número de folhas por planta; número de carrapatos por animal; etc.
Contínuas: são aquelas variáveis que podem assumir um valor dentro de um intervalo de
valores. É gerada pelo processo de medição ou mensuração.
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Cada parâmetro é representado por um símbolo ou letra. No exemplo tem-se que para a
média, a variância e o desvio padrão as letras gregas µ (mi), σ2 (sigma ao quadrado) e σ (sigma).
Não é possível fazer inferências baseada em parâmetro, uma vez que toda a população foi
investigada.
Estimador (também chamado de Estatística): é uma medida numérica que descreve alguma
característica de uma amostra, ou seja, o estimador é obtido a partir do resumo da variável
observada na amostra. Neste caso, é possível utilizarmos as teorias inferências para que, com base
na amostra, possamos obter conclusões sobre a população.
Cada estimador também é representado por um símbolo ou letra. Para a média, a variância e
o desvio padrão as letras gregas µ̂ ou X , σˆ 2 ou S2 e σˆ ou S.
Parâmetro Estimador
Média (µ) µ̂ X
Variância (σ2) σˆ 2 S2
Proporção (π) - p̂
Estimativa: Valor numérico assumido pelo estimador, isto é, valor aproximado do parâmetro,
calculado com base na amostra.
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Exemplo:
X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10
1,4 1,5 1,7 1,7 1,8 1,8 1,9 1,9 1,9 2,0
∑X
i =1
i
1,4 + 1,5 + 1,7 + 1,7 + 1,8 + 1,8 + 1,9 + 1,9 + 1,9 + 2,0
µ= = = 1,76
N 10
X1 X9 X10
∑X
i =1
i
1,4 + 1,9 + 2,0
X = = = 1,77
n 3
6. ARREDONDAMENTO DE DADOS
1a) Se o primeiro algarismo após aquele que formos arredondar for de 0 a 4, conservamos o
algarismo a ser arredondado e desprezamos os seguintes.
2a) Se o primeiro algarismo após aquele que formos arredondar for de 6 a 9, acrescenta-se uma
unidade no algarismo a ser arredondado e desprezamos os seguintes.
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Ex.: 1,2734 (para décimos) → 1,3
3a) Se o primeiro algarismo após aquele que formos arredondar for 5, seguido apenas de zeros,
conservamos o algarismo se ele for par ou aumentamos uma unidade se ele for ímpar, desprezando
os seguintes.
Se o 5 for seguido de outros algarismos dos quais, pelo menos um é diferente de zero,
aumentamos uma unidade no algarismo e desprezamos os seguintes.
4a) Quando, arredondarmos uma série de parcelas, e a soma ficar alterada, devemos fazer um novo
arredondamento (por falta ou por excesso), na maior parcela do conjunto, de modo que a soma fique
inalterada.
7. LITERATURA CONSULTADA
ARA, A. B.; MUSETTI, A. V.; SHNEIDERMAN, B. Introdução à estatística. São Paulo: Egard
Blucher: Instituto Mauá de Tecnologia, 2003.152p.
CARVALHO, S. Estatística básica. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2006. 464p.
FERREIRA, D. F. Estatística básica. Lavras: UFLA, 2005. 664p.
REGAZZI, A. Curso de iniciação à estatística (Apostila). Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa – MG, 1997. 136p.
TRIOLA, M. F. Introdução à estatística. Rio de Janeiro: LTC, 2005. 656p.
Este conteúdo é resultado de pesquisas em vários livros e apostilas de estatística básica e aplicada,, portanto, ainda
deve ser revisado. Qualquer erro de digitação (ou outro qualquer), sugestões, críticas, etc., por favor, me comuniquem.
Obrigada, Profa. Gisele