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DESAFIOS DA PRODUÇÃO NA ATUALIDADE

Thiago Grassel dos Reis


Prof. Sérgio Cadore
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Processos Gerenciais (EMD3311) – Administração da Produção
07/07/2009

RESUMO

Este trabalho aborda os conceitos da Administração da Produção mais discutidos na atualidade. A


busca pela produtividade, a necessidade de flexibilidade na produção e a importância da inovação
tecnológica dos processos produtivos. A importância da produção para a empresa e sua influência
nos demais processos (desde o desenvolvimento de produtos até as estratégias de marketing) já está
internalizado nas empresas, por isso a grande busca pelas melhorias nos processos de produção.

Palavras-chave: Administração da Produção; Competitividade; Estratégia.

1 INTRODUÇÃO

O comportamento da economia mundial apresenta-se como um fator de grande importância


e influência nas práticas gerenciais das empresas em geral. O cenário econômico mundial atual
pode ser caracterizado por alguns fatores marcantes, tais como a forte concorrência, velocidade de
disseminação de informações, evolução e renovação rápida da tecnologia, diferenciação dos
produtos no mercado e descentralização produtiva. A reestruturação produtiva veio em resposta à
necessidade de ajustamento frente aos padrões internacionais de produtividade e de qualidade,
elemento considerado hoje básico na competitividade nesse novo cenário.

Para que as empresas possam tornar-se competitivas no mercado crescentemente


globalizado, precisam produzir lotes cada vez menores de uma ampla faixa de produtos (variedade).
Dessa forma, pode-se dizer que a manutenção ou ampliação da competitividade neste tipo
específico de mercado depende, simultaneamente, do atendimento de várias dimensões da
competitividade. Isto significa produzir uma ampla gama de produtos diversificados, com preços
compatíveis, qualidade intrínseca e atendimento e confiabilidade nos prazos de entrega.

Dessa forma, as empresas precisam desenvolver os seus sistemas de administração da


produção no sentido de oferecer produtos e serviços adequados aos seus clientes. A problemática
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acaba surgindo justamente em satisfazer de forma completa as necessidades de qualidade,
produtividade, flexibilidade e custo exigidos pelo cliente, tendo em vista a complexidade que acaba
sendo gerada no sistema produtivo.

Este trabalho visa discutir alguns temas recorrentes na área de gestão da produção na
atualidade, sendo eles: a produtividade, a flexibilidade e as inovações tecnológicas.

2 PRODUTIVIDADE

Produtividade é a relação entre os recursos empregados e os resultados alcançados


(LACOMBE, 2004, p. 255). Ter alta produtividade é alcançar resultados muito bons, aproveitando
bem a matéria prima, a capacidade das máquinas, o tempo a as habilidades das pessoas. Em
contrapartida, ter baixa produtividade é utilizar os recursos de maneira ineficiente, aquém de sua
capacidade, e obtendo pouco a partir dos recursos disponíveis.

A gestão da produtividade nas empresas vem se tornando cada vez mais crucial em um
ambiente de crescente abertura externa e globalização dos negócios. Atualmente, sem produtividade
ou sem a eficiência do processo produtivo, dificilmente uma empresa vai ser bem-sucedida ou até
mesmo sobreviver no mercado. Por causa de uma concorrência acirrada, a gestão da produtividade
está se tornando um dos quesitos essenciais na formulação das estratégias de competitividade das
empresas.

Segundo Macedo (2002), “O conceito de produtividade vai além dos aspectos restritos ao
processo de produção, pois a geração de valor também depende fundamentalmente das demais
etapas do processo produtivo”, ou seja, a compra de bens e serviços intermediários e a venda dos
bens e serviços que a empresa produz. Se a estratégia de compras da empresa (quantidade,
qualidade, relação com fornecedores, etc.) é inadequada e/ou a sua estratégia e resultados de
mercado são problemáticos, a eficiência de seu processo produtivo pode ficar comprometida, apesar
da excelência que possa ter no seu processo de produção.

A eficiência na produção é condição necessária, mas não suficiente, do processo produtivo


da empresa. Nessa perspectiva metodológica, o conceito de produtividade passa a ter por base o
valor adicionado pelo processo produtivo da empresa. Esse valor é calculado pela diferença entre o
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valor das vendas da empresa e o valor das compras de bens e serviços intermediários que faz junto
aos seus fornecedores.

3 FLEXIBILIDADE

Os consumidores querem variedade e personalização, coisas difíceis de serem transferidas


para o processo produtivo. Para os administradores que vivem do sucesso do passado, Toffler
(1985, p. 41) faz uma observação: “Os próprios produtos, procedimentos e formas organizacionais
que levaram as empresas ao sucesso no passado muitas vezes se tornam a sua ruína. Na verdade, a
primeira regra da sobrevivência é bem clara: nada mais perigoso do que o sucesso de ontem”.

A empresa flexível, portanto, exige uma nova espécie de liderança. Precisa de executivos de
adaptação, dotados de todo um conjunto de talentos novos e não lineares. Acima de tudo, o
executivo flexível deve ser capaz de ação radical, estar disposto a pensar além do concebível, a
reconceituar produtos, procedimentos, programas e propósitos, antes que as crises tornem
inevitáveis as mudanças drásticas.

Todas as pessoas, dentro de uma organização, têm sabedoria humana e podem contribuir
para as soluções dos problemas da empresa. Nenhuma empresa que queira adquirir vantagem
competitiva pode se dar ao luxo de desprezar a sabedoria que possuem, por exemplo, os operadores,
e que deve ser usada na busca de mais eficácia e flexibilidade do processo produtivo.

4 TECNOLOGIA

A chamada “era da informação” e a crescente intensidade do conhecimento são tendências


que estão direcionando mudanças nas estratégias das empresas. Essa mudança tecnológica,
segundo Schendel (1995, p. 55), “tem forte impacto psicológico e sociológico, e obriga as empresas
a pensar novas maneiras de gerenciamento, com novos padrões de eficiência e produtividade”.

Discute-se o nascimento de nova era, de nova economia, nova política, nova organização e
novos indivíduos, com ajuda da tecnologia da informação, transformando a economia em processos
digitais. É inegável que a inovação tecnológica, como o principal motor do aumento da
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produtividade, é estratégica para as empresas. É fundamental para elevar a sua capacidade de atuar
na competição global e conquistar novos mercados e consumidores.

As empresas brasileiras expostas a uma vigorosa competição, que resultou da abertura


comercial e da maior integração à economia internacional, têm buscado respostas para aumentar a
sua capacidade competitiva que, crescentemente, envolve o recurso à inovação.

5 CONCLUSÃO

Hoje há a necessidade maior de se implantar métodos de gestão para manter a


competitividade. Melhorar a qualidade dos produtos deve ser o principal objetivo da administração
da produção. Para tanto, é necessário buscar motivações para implementar estratégias de
desenvolvimento tecnológico.

As empresas têm buscado diferenciais em todas as áreas, desde o desenvolvimento de


produtos até estratégias de marketing. Dentre essas áreas, não pode ficar de fora a preocupação com
a produção, de fundamental importância para que os demais processos existam. Fica aqui, então, os
principais desafios da produção na atualidade: produzir mais e melhor, utilizando-se da menor
quantidade de recursos possíveis (produtividade), o produto certo e customizado que o consumidor
busca (flexibilidade), utilizando-se das tecnologias disponíveis para melhorar a qualidade e os
processos produtivos (tecnologia).

6 REFERÊNCIAS

LACOMBE, Francisco J. M. Dicionário de administração. São Paulo: Saraiva, 2004.

MACEDO, Mariano Matos. Gestão da produtividade nas empresas: a aplicação do conceito de


Produtividade Sistêmica permite determinar o valor adicionado ao processo produtivo. Revista
FAE Business, Curitiba, n.3, p. 18-22, set/2002.

SCHENDEL, D. Technological transformation and the new competitive landscape. Strategic


Management Journal, v.16, p.01-6, 1995.

TOFFLER, Alvin. A empresa flexível. Rio de Janeiro: Record, 1985.

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