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1.1. Como agir neste novo mercado de trabalho?

Os desafios e os paradigmas sobre os quais se abordou até o momento,


inclusive apontando sugestões e modelos de alternativas para superá-los
permite assegurar que não se esta mais diante de condições de trabalho, de
relações entre trabalho e capital e até mesmo de organizações e suas
estruturas conceituais e operacionais iguais as que tínhamos conhecimento
existir no inicio do século passado, ou mesmo neste século.
O desenvolvimento do “ser” como elemento social, dotado de
inteligência e capacidade evolutiva, promoveu inúmeras transformações no seu
modo de viver e de conviver com a sociedade, seja ela em âmbito profissional
ou social.
Grandes revoluções e transformações nos processos de trabalho e de
convivência social provocaram novos cenários a serem enfrentados e para os
quais se exigiram novos posicionamentos, flexibilizados em face aos seus
respectivos fundamentos. A revolução industrial, a associação de empregados
em sindicatos, os sistemas educacionais para atender as necessidades de
formação pessoal e profissional, as novas filosofias de compreender o ser
humano como elemento de contribuição ao processo e não como escravidão
ao processo, determinou relações diferenciadas entre o capital e o trabalho e,
por conseqüência, entre as relações sociais e as relações profissionais.

Esta transformação também produz desdobramentos na importância que


passa a ter que ser dedicada na gestão do conglomerado de pessoas que
passam a atuar sob o mesmo ordenamento organizacional, em busca de
objetivos comuns empresariais, e não se esquecendo que, independente de
serem “elementos organizacionais” são, antes de tudo “elementos sociais” e,
portanto, tem vontades próprias que não exatamente, num primeiro momento,
necessariamente idênticas as necessidades empresariais. É preciso muita
ação e desdobramentos transformadores deste comportamento naturalmente
compreendido como sendo da essência do ser humano.
Sobressaem-se as teorias e o desenvolvimento de modelos de formação
de gestores capazes de promover a mudança desta mentalidade e força
natural do ser humano, transformado em ser organizacional.
Os desafios deixam de ser unicamente em prol do aprimoramento e
desenvolvimento das estratégias operacionais e funcionais das organizações
em busca de lucratividade e sobrevivência, mas esbarram e agravam-se no
contexto dos desafios das mudanças da personalidade, da essência do ser
humano e de suas interações sociais, inclusive as ambientais, que passam a
provocar grande preocupação.
Vamos aos desafios:

Desafios Ambientais

Os desafios ambientais são preocupações que estão se intensificando


verticalmente nos últimos anos. Os processos de mudanças estruturais,
sociais e econômicas, com importantes alterações de comportamento social e
a tendência cada vez maior para a ocorrência de novos padrões de convivência
pessoal, estabelecem a mudança dos ambientes externos à organização e
para os quais esta deve estar sempre alerta buscando alinhar-se a ele, sob
pena de sofrer indiferença e isolamento social

Desafios Organizacionais
Os desafios das organizações são os que podemos denominar de
desafios endógenos, vez que suas soluções não dependem exclusivamente
das variáveis externas, embora delas também dependem. Os desafios
ambientais internos podem ser superados mediante as forças operacionais e
pró-ativas que podem ser empreendidas pelos procedimentos organizacionais
diários e cotejados com as necessidades e expectativas organizacionais e
pessoais visando conformar as inconformidades com atitudes que visem
manter o controle interno e a natureza das operações organizacionais.

Desafios individuais
Os desafios individuais estão diretamente vinculados as relações da
organização com seus colaboradores e os objetivos e metas que interessam a
ambos. É imprescindível à organização perceber que seu sucesso depende da
pro atividade e eficácia de seus colaboradores e estes, por sua vez, não podem
se esquecer de que a organização é uma das forças estruturais importantes
para seu sucesso e felicidade. Os impactos decorrentes da ausência de
atenção adequada para ambos as percepções podem provocar sérios prejuízos
as duas partes e, portanto, deve-se buscar manter um equilíbrio adequado
entre elas.

Ainda segundo GIL (2001), dentro destes novos paradigmas a área de


Gestão de Pessoas deve ser capaz de :

1. Atender aos usuários internos e externos: de maneira eficaz e


voltada ao respeito das diferenças.
2. Manter-se aberto para novas tecnologias administrativas: realizar o
trabalho rotineiro com a maior eficiência possível, estabelecer novos
processos, utilizar a tecnologia da informação para alcançar esses
objetivos.
3. Proporcionar à organização, empregados capacitados e motivados:
para garantir altos níveis de desempenho, é necessário que as pessoas
percebam justiça nas recompensas que recebem, e isto é função do
gestor de pessoas.
4. Preocupar-se com a qualidade de vida no trabalho: proporcionar um
ambiente de trabalho adequado, atraente e capaz de proporcionar
satisfação.
5. Agregar valor aos empregados, à empresa e aos clientes: precisa
preocupar-se com o alcance dos objetivos tanto da organização quanto
dos empregados e dos clientes.
6. Atuar como agente de mudança: sendo receptor de idéias e promotor
junto às pessoas competentes.
7. Reconhecer as pessoas como parceiras da organização: as quais
investem na organização e esperam retorno desse investimento.
8. Proporcionar competitividade à organização: através das pessoas
que seleciona, treina e desenvolve.
9. Manter um comportamento ético e socialmente responsável:
mantendo um relacionamento aberto e franco com os colaboradores.
Para alguns autores, tal expressão visa substituir Administração de Recursos
Humanos, isso por que este termo é muito restritivo, pois implica a percepção
das pessoas que trabalham numa organização apenas como recursos, ao lado
dos recursos materiais e financeiros, conquanto em face à inegável evolução
do ser humano e de suas relações pessoais, sociais e profissionais impera que
sejam compreendidos para além do simples contexto de “pessoas”, mas
incluídos pessoal, social e profissionalmente como parceiros, cooperadores ou
colaboradores

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