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INTENSIMED – EDUCAÇÃO CONTINUADA PROTOCOLO MÉDICO – ASSISTENCIAL (3)

RISCO PARA BRONCOASPIRAÇÃO


Introdução:
- Existem vários fatores de risco que podem levar o paciente à aspiração e resultar em várias
complicações como: desnutrição, problemas pulmonares e óbito, portanto deve ser identificado
clinicamente cedo para previnir o aumento de morbidade e mortalidade.

Classificação
Alto e médio risco:

- Higiene oral inadequada com formação de placas orofaringeas


- Pacientes com intubação orotraqueal maior que 24 hs
- Pacientes com traqueostomia
- Disfagia
- Reflexo de tosse diminuida ou ausente
- Uso de sonda nasogástrica e sonda enteral
- Rebaixamento do nível de consciência: Glasgow menor que 12
- P. O de cirurgia buco maxilares
- Uso de sedativos que causem rebaixamento do nível de consciência com Glasgow menor que 12
- Pacientes portadores de doenças neurológicas (AVC, paralisia cerebral, demência, etc) que causem
déficit de deglutição e/ou rebaixamento do nível de consciência com Glasgow menor que 12
- Demora no esvaziamento gástrico
- Prematuridade: relacionado a reflexo de sucção/deglutição prejudicados
- Neonato: relacionado a diminuição do tono muscular de esfíncter esofágico inferior
- Refluxo gastroesofágico

Atuação Multiprofissional
- Os profissionais da saúde: médicos, fisioterapeutas e enfermeiros, estão aptos a classificar o risco de
broncoaspiração e sinalizar os outros membros da equipe multiprofissional para tomarem as ações
preventivas necessárias, bem como registrar em prontuário.

Ações Preventivas e Profissionais envolvidas:

- Manter paciente em decúbito elevado 45° (caso não haja contra-indicação): enfermagem

- Realizar higiene oral adequada, certificando que não haja presença de resíduos alimentares em cavidade
oral: enfermagem

- Em pacientes com presença de traqueostomia ou TOT, certifique-se que a pressão do cuff esteja
adequada: fisioterapeuta

- Pausar a dieta durante os procedimentos de banho, transporte e 6 horas antes da extubação: médico,
fisioterapeuta, enfermagem

- Em pacientes idosos com tempo de intubação maior que 24 hs aguardar 48 hs após a extubação para
administrar dieta via oral e solicitar avaliação fonoaudiológica sempre que for detectado dificuldade de
deglutição, tosses, engasgos e na presença de déficit neurológico: equipe multiprofissional deve
comunicar o médico responsável pelo paciente para que seja solicitado avaliação da
fonoaudióloga.

- Em pacientes adultos com tempo de intubação maior que 24 hs aguardar 24 hs após a extubação para
administrar dieta via oral e solicitar avaliação fonoaudiológica sempre que for detectado dificuldade de
deglutição, tosses, engasgos e na presença de déficit neurológico: equipe multiprofissional deve
comunicar o médico responsável pelo paciente para que seja solicitado avaliação da
fonoaudióloga

- Não administrar dieta via oral na presença de rebaixamento do nível de consciência com Glasgow menor
que 12: enfermagem e nutrição
- Atentar para sinais de alerta como: tosse, engasgos, sudorese, cianose e “voz molhada”, suspender a
dieta e comunicar equipe multiprofissional: enfermeiro da unidade

- Aspirar conteúdo gástrico residual antes de realizar medicação em sonda e antes de instalar dieta
enteral: enfermagem

- Solicitar avaliação Fonoaudiológica sempre que for identificado alto risco de broncoaspiração: equipe
médica

Referências Bilbliográficas:
1- Macedo.E; Pisani.JC;Carneiro.José;Gomes.G. Disfagia- Abordagem multidisciplinar. Frontis Editorial. 3
edição.1999
2-Jacobi.J;Levy.D;Silva.LM.Disfagia.Avaliação e Tratamento.Revinter .2003.
3- Furkim.AM; Santini.C; Disfagias Orofaríngeas. Pro-Fono . 1999.

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