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renovador, um sentido de epicidade e profundo conhecimento da alma humana, que fazem dele, desde logo, um escritor de lugar definitivamente marcado (Massaud Moiss). Guimares Rosa foi um dos primeiros que captou o mundo regional atravs de um prisma universal: que todos tm a sua hora e sua
vez de ser til. E tambm os caprichos inexplicveis do Destino que esmaga o homem.
Figuras de linguagem: Metforas: so tantas e to originais que produzem um efeito potico radical. Ex: De noite, saiu uma lua rodo-leira, que alumiava at passeio de pulga no cho (26); em vez de dizer que a lua era cheia e brilhava intensamente; Cor do cu que vem chuva (24) Musicalidade e as Rimas: um recurso bastante explorado. Expressa a natureza popular da linguagem. Ex: por amos e anos (3); boi sanga sapiranga (6) Ritmo: A disposio das palavras parece acompanhar as marchas do rebanho: Galhudos, gaiolos, estrelos, espcios, combuscos, cubetos, lobunos, lompardos, caldeiros, cambraias, chamurros, churriados, corombos, cornetos, bocalvos, borralhos, chumbados, chitados, vareiros, silveiros E os tocos da testa do mocho macheado, e as cuarmas antigas do boi cornalo (pg. 22).
Aliterao: bebedrrimo, Badu (49) Onomatopia: A boiada entra no beco Tchou! Tchou! Tchou! (48)
Personagens:
Seus personagens so admiravelmente delineados e caracterizados no apenas externamente, mas com uma rara penetrao da psicologia do homem rstico. Suas descries, atestam um conhecimento minucioso de gentes, plantas e bichos em contacto com o ambiente sertanejo. (Augusto de Campos).
Provrbios e Quadras:
provrbios:
no nas pintas da vaca que se mede o leite e a espuma (18) O Curvelo vale um conto, Cordisburgo um conto e cem. Mas as Lages no tm preo, Porque l mora o meu bem (pg. 22)