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O manual da disciplina Comunicação Empresarial foi elaborado com o objetivo de fazer com que você se sinta mais
engajado no processo do desenvolvimento da comunicação para as empresas, bem como possibilitar a compreensão
de algumas mudanças culturais que ocorreram e outras que ainda irão ocorrer em função de tal atividade.
Porque se trata de uma disciplina, de uma das ferramentas mais importantes para o funcionamento de uma
empresa/organização, ferramenta essa que está inserida no conceito de qualidade de uma empresa. Ela abrange todas
as formas de comunicação utilizadas pela instituição para relacionar-se e interagir com seus públicos, englobando a
propaganda corporativa, a comunicação interna - nessa modalidade utiliza-se uma importante ferramenta, que é o
endomarketing - e externa.
Saiba também que é através da comunicação, da integração que esta proporciona, que se chega a um consenso para se
atingir as metas organizacionais. E isso é feito através de um trabalho harmonioso que vise a integração, a
legitimação da hierarquia e de um funcionamento ordenado e eficiente. Todos eles dependem da comunicação.
Nenhuma organização poderá resistir às pressões de um mercado cada vez mais competitivo, de clientes mais
exigentes, conscientes de seus direitos, se não estiver ajustada numa atividade de comunicação eficiente e eficaz, pois
é impossível se pensar em uma empresa em que não haja algum tipo de relação entre os seus integrantes, seus
públicos interno e externo.
Pôr em comum ou comunicar: este será o nosso objetivo com o presente material.
vamos conhecer a definição de linguagem e o seu papel no processo da comunicação. Iremos mergulhar na
compreensão da Instituição e entender o objetivo da Comunicação e o que representa a cultura organizacional para
elas.
Para isso, serão trabalhados conceitos básicos de linguagem, leitura, teorias da Comunicação, as definições de
comunicação, comunicação humana e comunicação empresarial propriamente dita, com suas direções, fluxos, canais
e redes. Abordaremos também alguns conceitos de cultura organizacional, bem como o desenvolvimento da
Comunicação Empresarial no Brasil.
Acredite! Tudo isso é muito interessante e proveitoso para as nossas vidas pessoal e profissional.
Linguagem é um conjunto articulado de sinais ou signos, que pode ser de dois tipos:
Linguagem verbal
Trata-se de uma capacidade humana que se manifesta por meio de diversas línguas
existentes no mundo. Cada uma delas emprega um número reduzido de sons produzidos
pelos órgãos vocais, aos quais se associam determinados sentidos, o que possibilita a
transmissão de um número infinito de informações com grande economia de recursos.
NÍVEIS DE LINGUAGEM
Portanto, você deve usar níveis de linguagem diferenciados para cada destinatário de
sua mensagem.
Para efeitos didáticos, vamos considerar apenas dois níveis de linguagem, embora
existam outros:
AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Quando estudamos Comunicação verificamos que cada ato comunicativo apresenta seis
elementos: emissor ou remetente, mensagem, código, canal, receptor ou destinatário e
referente e que estes estão estreitamente ligados às seis funções.
Função Referencial
O referente é o objeto ou situação de que a mensagem trata, sem que haja manifestações
pessoais ou persuasivas;
Ex.: é a função que predomina em textos de caráter científico e em grande parte dos
textos jornalísticos.
Função Emotiva ou Expressiva
Por meio da função emotiva ou expressiva o emissor imprime no texto as marcas de sua
atitude pessoal: emoções, opiniões, avaliações.
Podemos sentir no texto a presença do emissor (que pode ser clara ou sutil).
Ex.: cartas pessoais, resenhas críticas, poesia confessional, canções sentimentais, etc.
Função Conativa ou Apelativa
A palavra conativo provém do latim conatus, que significa “esforço ou ação que
procura impor-se a uma resistência”.
Essa função busca organizar o texto de forma que ele se imponha sobre o receptor da
mensagem, persuadindo-o, seduzindo-o.
Nas mensagens em que ela predomina (como, por exemplo, as publicitárias) busca-se
envolver o leitor com o conteúdo transmitido, levando-o a adotar determinado
comportamento.
Essa persuasão pode ser construída de forma sutil, utilizando artifícios de linguagem
que a mascaram.
Função Fática
A palavra fático vem do grego phátis, que significa “ruído, rumor”. Foi utilizada
inicialmente para designar certas formas empregadas para chamar a atenção
(verdadeiros “ruídos”, como psiu, ahn, ei).
Para ela contribuem, nos textos escritos, desde a disposição gráfica sobre o papel até
a seleção vocabular e as estruturas de frase utilizadas
Função Metalingüística
Ex.: é o que acontece nos dicionários, nos textos que estudam e interpretam outros
textos, nos poemas que falam da própria poesia, nas canções que falam de outras
canções ou de como fazer canções.
Função Poética
Ex.: a função poética predomina na poesia, mas pode também ser encontrada em
textos publicitários, em determinadas formas jornalísticas e populares (linguagem
dos cronistas e provérbios, por exemplo).
O QUE É COMUNICAÇÃO?
A Comunicação Humana
Emissor – este, num dado momento, emite, codifica uma mensagem para um receptor
ou destinatário.
Receptor - aquele a quem se dirige a mensagem; aquele que recebe a informação e a
decodifica.
Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor. É, no sentido geral, o objeto da
comunicação. Dependendo do contexto, o termo pode se aplicar tanto ao conteúdo da
informação quanto à sua forma de apresentação.
Código - conjunto de signos usados na transmissão e recepção da mensagem.
Referente - contexto relacionado ao emissor e ao receptor.
A nova técnica deveria ter, pelo menos, três características: durabilidade, profundidade
e clareza. Com isso, daria àqueles que a possuíssem a capacidade de ler, reler, meditar e
analisar o que fosse produzido e registrado. A partir dessa necessidade, foi criada a
escrita.
Funções da comunicação:
Para ARMAND e MATTELART (1997, pp. 13-14), é a partir do século XIX que se
abre uma procedência evolutiva em que se desdobram todas as relações possíveis entre
liberalismo econômico e sistemas de comunicação como organismo social, que teve
suas noções fundadoras da visão da comunicação como fator de integração das
sociedades humanas a partir da criação dos sistemas técnicos básicos da comunicação e
do princípio do livre comércio.
Ainda para os autores (1997, pp. 30-33), na década de 1910, nos Estados Unidos, tendo
como sede a Escola de Chicago, a sua emergência encontra-se ligada ao projeto de
construção de uma ciência social desprovida de um embasamento científico, passando
pelas suas primeiras elaborações teóricas e estudos empíricos dos modos de
comunicação na organização da comunidade, ainda adaptados à reflexão sobre o papel
da ferramenta científica na resolução dos grandes desequilíbrios sociais, até se tornar
um verdadeiro símbolo das sociedades contemporâneas.
Ainda para os autores acima citados (1997, p. 36), na década de 40 instala-se outra
corrente: a Mass Communication Research, com uma espécie de visão generalista da
comunicação, cujo esquema de análise funcional desloca a pesquisa para medidas
quantitativas, mais aptas a responder à exigência proveniente dos administradores da
mídia, notando-se aí um grande avanço da comunicação. Observa-se, nesse discurso,
um profundo enraizamento desse pensamento nas Ciências Sociais.
Para os autores, no que se refere às primeiras idéias mais completas acerca do conceito
de um sistema de trocas e fluxos acontecem no campo das preocupações econômicas.
A FÓRMULA DE LASSWELL
Quem?
Diz o que?
A quem?
Através de que meio?
Com que finalidade?
1ª Questão: Quem?
Não é tão simples quanto parece. Sou eu, sim, o transmissor, mas, nessa comunicação
específica que pretendo fazer, quem sou eu? Escrevo a meu filho; nessa comunicação,
sou o pai. Converso no ônibus; nessa comunicação já sou um passageiro. Chamo à
ordem um subordinado; nessa comunicação, sou o chefe.
Inúmeros assistentes não sabem se sou, ou não, pai de família. A definição inicial do
papel que represento facilita a compreensão do que desejo comunicar.
Sobre a mensagem na comunicação humana é oportuno lembrar que se cada pessoa que
se comunica pensasse, antes, no que vai comunicar, reduziria de cinqüenta por cento as
suas comunicações. Chesterton adorava “compartilhar o silêncio” de seu melhor amigo.
A comunicação, porém, é normal entre os homens em sociedade e a educação intervém
para provocá-la, mesmo que não exista nada a comunicar.
Na prática, nem sempre acontece que o transmissor e receptor falem a mesma língua e
se coloquem no mesmo plano. Posso dar a uma palavra determinado significado que
você não compartilha. A condição social diferencia os significados das palavras e uma
mesma palavra pode ter significação diferente, se sou o chefe ou o subordinado. A
efetividade da comunicação humana depende do condicionamento da mensagem ao
receptor. Com quem falo condiciona minha maneira de expressar:
Certa vez, um dirigente resolveu instituir o salário móvel na sua empresa. Com esse
objetivo, chamou um especialista e confiou-lhe os estudos preliminares. Um mês
depois, reuniu a Diretoria, que aprovou na íntegra esses estudos. Convocou-se uma
comissão constituída por elementos da Seção do Pessoal e do Contencioso para pôr em
prática o sistema e, em duas semanas, tudo estava pronto. Na véspera do dia do
pagamento, com as tabelas já organizadas e as pesquisas do custo de vida feitas
conforme os dados oficiais, o dirigente convocou os 1.600 operários da empresa para
uma reunião no principal galpão da fábrica. Num improviso de 40 minutos, comunicou
aos homens a decisão da Diretoria. Na manhã seguinte, com espanto do dirigente e da
Diretoria estalou greve geral na empresa; os operários não haviam compreendido a
comunicação oral e os mais desencontrados rumores começaram a circular: o sindicato
decidiu decretar a greve, baseando-se em que a empresa adotara sistema de
remuneração prejudicial para os empregados.
O dirigente pensara em tudo, menos no meio de levar a comunicação aos seus homens.
5ª Questão: Com que finalidade?
Comunicação Oral
Comunicação Escrita
- Existe para dar suporte à eficácia dos agrupamentos criados pelos seus
administradores encarregados de realizar tarefas específicas destinadas a ajudar a
organização a atingir seus objetivos;
- Auxiliar a rede de interações e organizar as unidades de trabalho;
- Possibilita aprendizagem organizacional.
Na Escola das Relações Humanas passa-se a ter uma preocupação com os fluxos
descendente e ascendente, o que contribuiu para a diminuição dos conflitos internos. Há
uma valorização da rede informal.
Para os teóricos filiados à Teoria dos Sistemas a comunicação é vista como um processo
que não pode ser observado como um sistema linear e estático, e sim como um
fenômeno de interação entre seus elementos componentes e destes com o seu meio
ambiente.
A Teoria dos Sistemas privilegia a comunicação como algo fundamental no processo
das entradas (inputs), transformações (throughputs) e saídas (outputs).
Sistemas abertos
Basicamente a teoria de sistemas afirma que estes são abertos e sofrem interações com o
ambiente em que estão inseridos. Desta forma, a interação gera realimentações que
podem ser positivas ou negativas, criando, assim, uma auto regulação regenerativa, que
por sua vez cria novas propriedades que podem ser benéficas ou maléficas para o todo,
independente das partes.
Sistemas fechados
Esses sistemas são aqueles que não sofrem influência do meio ambiente no qual estão
inseridos, de tal forma que ele se alimenta dele mesmo.
Para o autor são esses fluxos que produzirão, determinarão o caminho que percorrerá a
mensagem, originando o equilíbrio do sistema organizacional.
Para Rego (1986, pp. 64-65), “Os métodos utilizados na comunicação descendente
centrífuga estão divididos em três grupos: visuais, auditivos e visuais/auditivos, cada
um compreendendo diversos canais (veículos) formais”.
I – VISUAIS
a) escritos
- instruções e ordens escritas
- circulares
- cartas pessoais
- manuais
- quadro de avisos
- boletins
- panfletos
- jornais e revistas
- relatórios de atividades
- formulários.
b) pictográficos
- pinturas
- fotografias
- desenhos
- diagramas
- mapas
- ideografias.
c) escritos-pictográficos
- cartazes
- filmes mudos com legendas
- gráficos
- diplomas.
d) simbólicos
- luzes
- bandeiras e flâmulas
- insígnias.
II – AUDITIVOS
a) Diretos
- conversas
- entrevistas
- reuniões
- conferências.
b) Indiretos
- telefone
- rádio
- intercomunicadores automáticos
- alto-falantes.
c) Simbólicos
- sirenas
- apitos e buzinas
- sinos
- outros sinais.
III – VISUAIS/AUDITIVOS
- filmes sonoros
- diafilmes sonoros
- televisão.
Segundo análise de Pimenta (2002, p. 68), nas empresas funcionam duas redes de
comunicação: a formal e a informal. Na primeira, circulam as mensagens oficiais e
legitimadas pela estrutura da empresa, utilizando os canais formais, que são os
meios por onde passam tanto as comunicações ascendentes (da base para o topo)
quanto as descendentes (do topo para a base). Na segunda, conhecida como Rádio
Peão ou Rádio Corredor, circulam todas as mensagens consideradas inadequadas
para a circulação na primeira, por se tratar de manifestações espontâneas e que
fogem ao controle das diretorias, por exemplo.
O que se deve destacar na rede informal da comunicação é que por meio dela é que são
destacadas as lideranças, em meio às reuniões realizadas pelos trabalhadores, dentre
outras vantagens. Isto posto, as empresas devem, cada vez mais, estar atentas a essa rede
e investir nesse canal de comunicação.
Os Tipos de Comunicação na Organização
Para Rego (1986, pp. 64-65), “Os métodos utilizados na comunicação descendente
centrífuga estão divididos em três grupos: visuais, auditivos e visuais/auditivos, cada
um compreendendo diversos canais (veículos) formais”.
Rego (1986, p. 55) afirma que a principal causa da formação de ruídos na comunicação
organizacional é a grande quantidade de comunicação instrumental, no fluxo
descendente, o qual inibe e bloqueia as comunicações expressivas (que impedem que os
escalões inferiores se expressem), que, pela dificuldade de subirem até o topo, correm
lateralmente e formam as redes informais, onde está inserida a famosa rede de boatos ou
rádio peão, como veremos no artigo abaixo, do próprio autor, intitulado “Comunicação
em tempos de crise: Rumor, Rádio-peão, Rede Informal e os Gargalos da Comunicação
Organizacional” – Gaudêncio Torquato.
Neste tema iremos abordar, além dos fundamentos e princípios que norteiam a
Comunicação Empresarial, a relação entre comunicação e cultura à luz da interferência
da cultura brasileira no modelo de Comunicação Empresarial.
Mãos à obra!
Persuadir pode ser definido como o ato de induzir alguém a crer, ou aceitar alguma
coisa. Vance Packard e Ernest Dichter têm sido os donos do tema com os seus livros
sobre técnicas de convencer e motivação. Ambos os assuntos pertencem mais à esfera
das comunicações de massa, embora alguns dos seus aspectos possam ser
eventualmente considerados quando se estuda a comunicação humana individual.
Opinião é, em sentido geral, a representação de interpretações, expectativas e
avaliações, tais como crenças sobre as intenções de outras pessoas, antecipações sobre
acontecimentos futuros e avaliações de conseqüências boas ou más de cursos de ação,
passíveis de modificação.
Sob o ponto de vista filosófico opiniões são quaisquer tópicos de controvérsia e,
operacionalmente, são respostas verbais que os indivíduos externam para corresponder
a situações estimulantes, nas quais alguma questão é levantada.
I – Origem da Opinião
II – Graus da Opinião
1) Sólido – que corresponde ao consenso, estado de pleno acordo, em que uma idéia lota
a mente, não ficando lugar para a dúvida ou controvérsia.
2) Líquido – é o estado normal das nossas idéias e dos nossos pensamentos que,
isolados, em grupos ou nas mais diversas combinações, vêm a constituir as nossas
opiniões.
3) Gasoso (ou poderia ser qualificado de pré-opinião) – são simples noções que se
podem modificar com a volubilidade das nuvens, ou sopro dos ventos. Tönnies as
denomina opiniões em gestação.
2) A credibilidade da fonte.
Embora esta mesma experiência, com algumas variações, tivesse sido repetida com
êxito por Allport, Knower e Cantrill, a controvérsia entre “olho e ouvido” deverá
continuar ainda por muito tempo.
IV – Percepção
Qualquer nova experiência a que sejamos submetidos tem de ser estruturada por nós, a
fim de ganhar significação. Essa estruturação dependerá, em cada caso, dos nossos
referentes, do ponto de vista em que se coloca a nossa capacidade de observação: um
desastre de automóvel é estruturado significativamente, de maneira diversa, pela
percepção de um mecânico, um médico, um repórter de jornal ou um simples
transeunte, não porque o desastre tenha sido diferente para cada pessoa; o desastre foi o
mesmo – o que se modificou foram as interpretações.
A percepção é sempre pessoal e cada experiência é estruturada de acordo com os nossos
termos.
Curiosidade!
Roger Cahen (1990. 302, p. 25) coloca a Comunicação Empresarial como um dos mais
poderosos instrumentos de marketing à disposição dos empresários. No livro “Tudo que
seus gurus não lhe contaram sobre comunicação empresarial” (1990. 265), ele
compara a comunicação a uma pirâmide de cristal dividida em quatro blocos:
atividades, atitudes, políticas e filosofias.
Atividades
Atitudes
Políticas
Filosofias
Não é novidade que a comunicação causa efeitos tanto positivos quanto negativos na
imagem da empresa/organização. Elevar ou danificar a imagem da organização trata-se,
na verdade, de um processo de causa e efeito, a depender da sua eficiência e eficácia.
Quando positiva, exercerá, certamente, influência positiva na imagem da empresa
perante o mercado em que atua.
Ainda para Morgan (1996), “Ambos derivam das observações do século XIX a respeito
das sociedades ‘primitivas’ ao transmitir a idéia de que diferentes sociedades
manifestam diferentes níveis e padrões de desenvolvimento social. Nos dias de hoje,
todavia, o conceito de cultura não carrega necessariamente esta antiga postura de
avaliação, sendo usado mais genericamente para significar que diferentes grupos de
pessoas têm diferentes estilos de vida”.
O cientista político Robert Presthus sugeriu que vivemos atualmente numa “sociedade
organizacional”, a partir do momento em que organizações são capazes de influenciar
“a maior parte do dia-a-dia das pessoas... são todas membros de uma sociedade do tipo
organizacional”.
Por outro lado, as mudanças sociais ocorridas nos últimos tempos, como por exemplo o
advento da mulher como mola propulsora da sociedade, obrigam as organizações a
terem discernimento na hora do desenvolvimento de produtos para satisfazer a este
novo público consumidor e forçar automaticamente o uso das atribuições da
administração de empresas.
A Indústria Cultural – Uma Visão Internacional
Como será que os impactos sociais e tecnológicos dos conflitos mundiais deram
margem à passagem histórica da industrialização de massa para a fase de
conscientização de massa?
É muito fácil!
,
Os Cinco Estágios de Desenvolvimento da Comunicação Externa
Vamos ver aqui como um senhor chamado Walt Rostow definiu essa evolução.
Walt Rostow, do Massachusetts Institute of Technology, identificou cinco estágios que,
analogicamente, são utilizados para a compreensão evolutiva do sistema de
comunicação externa das organizações (REGO, apud Francisco Gracioso, p. 81):
Foi assim que ele explicou a evolução da comunicação empresarial até chegar ao
nascimento da indústria cultural, que ocorreu no final do século XIX para o início
do século XX e que floresceu dentro desse panorama econômico, histórico e social.
2. A atividade de Comunicação Empresarial no Brasil
Nesse contexto de profundas mudanças que se estabeleceu e que permanece até hoje,
em que a instabilidade e a insegurança se fazem presentes na vida de empregados e
empresários, a Comunicação Empresarial se afirma como uma ferramenta estratégica de
gestão, ligada ao sucesso na transição para novos modelos organizacionais.
Cultura e Organização
A Indústria Cultural
Para Rego (1986, p. 81), “Seu nascimento se deu na passagem do século XIX para o
século XX, com o aparecimento, em São Paulo e Rio de Janeiro, dos primeiros veículos
de comunicação, organizados comercialmente”.
A cultura empresarial pode ser vista como resultado de um aprendizado coletivo e que
identifica as instituições. Tem sido comum contrapor as empresas tradicionais e as
empresas da nova economia, conferindo-lhes traços culturais distintivos: as primeiras,
injusta e adequadamente consideradas pré-históricas, pesadas e fadadas ao
desaparecimento; e as segundas, vistas como arrojadas, ágeis e comprometidas com o
futuro, o que nem sempre é verdade.
Ainda que esta distinção entre empresas da nova e da velha economia venha sendo
contestada, ela reforça a idéia de que as empresas, analisadas isolada ou conjuntamente,
professam uma cultura e que a mesma está em permanente mudança.
Diversidade Cultural
Não se trata de um pacote com soluções prontas, nem um programa fechado para
resolver a questão da discriminação e do preconceito.
Cox (1994) afirma que as diferenças de identidade individuais interagem com uma
complexa gama de fatores individuais, grupais e organizacionais (o clima da
diversidade) para determinar o impacto da diversidade nos resultados individuais e
organizacionais.
Os resultados individuais são divididos em variáveis de resposta afetiva (satisfação,
identificação organizacional e envolvimento no trabalho) e em variáveis de desempenho
(performance, mobilidade no cargo e compensação).
Em meio a essa proposta existe a noção de que a diversidade presente nas instituições
tende a provocar impacto tanto da eficácia organizacional como individual. Nesse
sentido, o contexto organizacional é relevante para determinar se esse impacto será
positivo ou negativo.
Cultura Empresarial
Vamos lá!
Por sua vez, massa é considerada por alguns estudiosos como sendo um grande
agregado de indivíduos ou pequenos grupos, desligados, heterogêneos, ou seja, com
diferentes idades, níveis sociais, culturais, sexo, etc.
Ainda para o autor (1986, p. 80), “A nível político, a principal característica do modelo
foi o autoritarismo que se manifestou pela concentração de poderes no núcleo executivo
do estado, em detrimento do poder legislativo, que continuou a funcionar, mas com
poderes mais limitados.E foi nesse panorama que floresceu a indústria cultural”.
Pimenta (apud Coelho, 1989, p. 35) aborda a questão da cultura de massa e da indústria
cultural da seguinte maneira:
Dentro da empresa, jornais, revistas e vídeos são instrumentos valiosos para veicular
campanhas de, por exemplo: prevenção de acidentes, de saúde e higiene, de integração,
etc., e várias outras mensagens para o público interno. É importante ressaltar que os
funcionários fazem parte de um público maior, espectadores e leitores de vários
veículos de comunicação e com interesses variados. Eles são acostumados a
consumirem jornais e programas de TV de alto padrão técnico em suas casas. Sendo
assim, o conteúdo veiculado na empresa através de um jornal ou vídeo será comparado
com os de outros jornais ou vídeos, da mesma forma que apresentá-los. Por isso, na
empresa, o padrão de qualidade na elaboração desses veículos deve ser o melhor
possível, caso contrário serão preteridos e desconsiderados. Outros fatores que ajudam
na comunicação com o público interno através dos meios de Comunicação de Massa
são:
• Conhecer como o público se comporta como espectador: de que gosta ou não, seu
padrão de qualidade, suas expectativas em relação aos meios de Comunicação de
Massa, etc.;
• Como são os mecanismos de recepção (linguagem audiovisual);
• Como a mensagem transmitida sofre ruídos: o que de fato chega ao receptor e como
ele incorpora ao seu universo cultural.
Vejamos a visão positiva de Pimenta (2002, p. 37), no que se refere à utilização desses
meios de Comunicação de Massa:
Por convenção, os Meios de Comunicação de Massa (MCM) são os meios que veiculam
uma grande variedade de informação para as massas. Uma das principais características
é que esses veículos atingem uma vasta audiência de forma simultânea ou dentro de um
breve período de tempo.
Por sua vez, massa é considerada por alguns estudiosos como sendo um grande
agregado de indivíduos ou pequenos grupos, desligados, heterogêneos, ou seja, com
diferentes idades, níveis sociais, culturais, sexo, etc.
Ainda para o autor (1986, p. 80), “A nível político, a principal característica do modelo
foi o autoritarismo que se manifestou pela concentração de poderes no núcleo executivo
do estado, em detrimento do poder legislativo, que continuou a funcionar, mas com
poderes mais limitados.E foi nesse panorama que floresceu a indústria cultural”.
Pimenta (apud Coelho, 1989, p. 35) aborda a questão da cultura de massa e da indústria
cultural da seguinte maneira:
Dentro da empresa, jornais, revistas e vídeos são instrumentos valiosos para veicular
campanhas de, por exemplo: prevenção de acidentes, de saúde e higiene, de integração,
etc., e várias outras mensagens para o público interno. É importante ressaltar que os
funcionários fazem parte de um público maior, espectadores e leitores de vários
veículos de comunicação e com interesses variados. Eles são acostumados a
consumirem jornais e programas de TV de alto padrão técnico em suas casas. Sendo
assim, o conteúdo veiculado na empresa através de um jornal ou vídeo será comparado
com os de outros jornais ou vídeos, da mesma forma que apresentá-los. Por isso, na
empresa, o padrão de qualidade na elaboração desses veículos deve ser o melhor
possível, caso contrário serão preteridos e desconsiderados. Outros fatores que ajudam
na comunicação com o público interno através dos meios de Comunicação de Massa
são:
• Conhecer como o público se comporta como espectador: de que gosta ou não, seu
padrão de qualidade, suas expectativas em relação aos meios de Comunicação de
Massa, etc.;
• Como são os mecanismos de recepção (linguagem audiovisual);
• Como a mensagem transmitida sofre ruídos: o que de fato chega ao receptor e como
ele incorpora ao seu universo cultural.
Vejamos a visão positiva de Pimenta (2002, p. 37), no que se refere à utilização desses
meios de Comunicação de Massa:
Jornal é um meio de comunicação impresso (os vários títulos, como por exemplo:
Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, etc., são chamados de "veículos de
comunicação") e tem como característica: o uso de "papel de imprensa" - mais barato e
de menor qualidade que os utilizados pelas revistas -, as folhas geralmente não são
grampeadas, sendo usados os grampos com freqüência em cadernos especiais e/ou
edições destinadas a coleção, as capas não usam papel mais grosso (de maior
gramatura), como acontece com as revistas, e os mais importantes possuem
periodicidade diária. Os jornais diários da chamada "grande imprensa" possuem
conteúdo genérico, pois publicam notícias e informações de interesse público. Mas há
também jornais diários com conteúdo especializado em economia, negócios ou
desporto, e outros com periodicidade semanal, quinzenal, mensal, tanto de conteúdo
genérico como também voltados a assuntos específicos destinados a públicos
segmentados.
Rádio (Comunicação)
Televisão
Cinema
Faltam cinco minutos para as vinte horas. É hora da novela! E a mocinha da trama lança
um novo corte de cabelos, usa um brinco, uma roupa diferente, e aí, independentemente
da sua cultura, no dia seguinte surge um batalhão de mulheres com o mesmo estilo de
cabelo, mesma roupa... Mas não se enganem, esse fenômeno também acontece com os
homens, pois a insatisfação dos jovens brasileiros com a sua condição social é
imensurável e demonstra ser um sentimento crescente. A busca por uma posição de
destaque, de superioridade é uma marca deste século. Essa insatisfação pessoal
permanente, essa necessidade de auto-afirmação é utilizada como mecanismo eficiente
pelos meios de comunicação de massa, principalmente pela TV, para a promoção de
seus produtos, resultando na formação de uma nova juventude, em que a prioridade é a
conquista da fama, do sucesso e dinheiro, conseqüentemente de uma suposta felicidade
ditada pela TV.
Dentro deste cenário o que é mais preocupante nesse tipo de comportamento é o que
está relacionado à violência, que muitas vezes pode estar sendo culminada pela
incansável busca por um lugar no mundo dos famosos.
Rosa Maria Bueno Fischer (2001, p.28), analisa da seguinte maneira: “‘Imagem é tudo!’
– esse é o conselho que ouvimos todos os dias: é preciso não apenas ser, mas ‘parecer
ser’; e se não pudermos ser, que nos esforcemos para parecer, e isto até pode bastar,
porque cultivar a imagem (de si mesmo, de um produto, de uma idéia) mostra-se como
algo tremendamente produtivo.”
O papel dos veículos de comunicação de massa é, sim, muito relevante, porém existem
os dois lados de uma mesma moeda: traz benefícios na busca pela divulgação de
informações como forma de reforçar o conceito de mundo globalizado, mas também
procura incitar uma verdadeira ditadura de comportamentos. Seria isto correto?
Verifica-se então, uma espécie de "ditadura às avessas", na qual pode se usar tudo que
se tem vontade; contudo a mídia acaba sendo o fator decisivo no momento de se inserir
ou não em um contexto social.
O risco de manipulação através dos meios de comunicação (que, de fato, se dá) ocorre
porque:
O certo é que muitos já admitem que a comunicação interna é uma das mais importantes
ferramentas de gestão e marketing que surgiram nos últimos tempos.
Como instrumento de gestão, a comunicação proporciona a ligação entre as partes, faz a
inter-relação das pessoas, ela é eficaz para promover a tão almejada motivação da
equipe. Só a comunicação é capaz de criar senso de pertencimento. Explico: o ser
humano tem necessidade atávica em participar de grupos. É a comunicação, plantada
aos poucos, com inteligência, coerência e consistência que faz os funcionários de uma
organização se sentirem participantes de alguma coisa maior do que eles: da história
bem contada da instituição onde trabalham.
As empresas são organismos vivos, e como tais vivem em constante movimento e
mutação. E uma das habilidades do gestor é a eterna observação das mudanças, um
agudo olhar sobre as circunstâncias (círculo+instância). O que é que está acontecendo
no círculo ao meu redor neste instante, ele deve se perguntar sempre. E é deste observar,
prever e antecipar as dificuldades que nasce a criatividade.
O bom gestor vê a dificuldade, analisa, convive e tira proveito dela. Mas e o restante do
grupo? Aqueles que não sabem para onde o barco está indo? É a comunicação
promovida de forma sistemática pelo líder que vai ajustar as coisas e dizer aos seus
comandados para onde ela está indo. Isto é tão necessário quanto à matéria-prima que
sua empresa processa nas linhas de produção. A comunicação conta e ajusta o rumo da
empresa. Ela ajuda a administrar melhor.
A comunicação necessita de “dono” – alguém que zele por ela. Este profissional poderá
vir de qualquer área, se vier das ciências humanas, melhor. Deverá ser hábil negociador,
bom político e caminhar com desenvoltura pelos espaços do poder. Ser um editor
refinado, saber montar as pautas com extrema competência, andar pela empresa, seja ela
do tamanho que for, buscando assuntos como um perdigueiro atrás da caça. Assuntos
importantes acontecem nos chãos de fábrica, nos laboratórios e nos espaços de vendas.
Processar a comunicação empresarial é trabalho para 24 horas por dia, 365 dias por ano.
- As comunicações técnicas;
- As comunicações cognitivas, intrínsecas aos comportamentos individuais e;
- As comunicações normativas, orientadas para a transmissão de normas e valores a
serem desempenhados nas diversas situações funcionais.
O objetivo deve ser o de aproximar a comunicação ao nível da expressividade maior dos
empregados.
- Obter certa dose de consenso sobre um sistema de valores, através do uso adequado e
sinérgico3 da comunicação.
• Como?
- Oferecendo aos empregados meios para reforçar a trazer à tona seus valores básicos,
numa forma de socialização;
Através de funções integrativas, segundo Thayer, pela capacidade dos meios de
comunicação em promoverem consenso.
• Eficácia organizacional
• Eficiência
É o uso sinérgico de todas as formas para a geração de um produto. Objetiva conseguir
perdas mínimas de energia.
- a tecnologia,
- o porte da unidade,
- o tipo de trabalho,
- os recursos humanos,
- os lucros, etc.
Tipos de Estratégias:
1. Estratégias Competitivas
Estratégias Push
Têm como objetivo motivar os pontos de venda, os distribuidores, força de vendas
(aumentando as margens, bônus, melhor serviço, publicidade cooperadora, subsídio
para promoções). Trata-se de forçar a venda.
Estratégias Pull
Visam estimular o consumidor final a que leve os produtos, incita-o a comprar (lembra
da função apelativa da linguagem, que busca organizar o texto de forma a que ele se
imponha sobre o receptor da mensagem, persuadindo-o, seduzindo-o?).
São estratégias complementares e é freqüente o uso simultâneo.
2. 2. Estratégias intensivas
- Compreensão
- Interatividade
- Solidariedade
- Notoriedade
- Cultura Interna
- Aproximação
- Fornecedor
- Imagem
- Vendas
- Credibilidade
- Situações de Crise
A estratégia da comunicação
Para Kunsch ((1993, p. 289, apud Ansoff), administração estratégica é definida como
“um processo de gestão do relacionamento de uma empresa com o seu ambiente.
Compreende planejamento estratégico, planejamento de potencialidades e gestão de
mudanças” (1993, p. 553).
Em outras palavras, de acordo com os autores essa atividade está voltada para o
estabelecimento de objetivos e metas para a organização e com a manutenção de um
conjunto de relações entre a organização e o ambiente, que produzem os efeitos, a saber:
a) que lhe permitiram perseguir seus objetivos; b) que sejam compatíveis com as
potencialidades organizacionais e; c) que lhe possibilitam continuar a ser sensível às
exigências do ambiente.
Como podemos observar, a administração estratégica, na percepção do autor, está
intrinsecamente relacionada com a implementação do planejamento estratégico.
Para Fernandes,
Comunicação Informal
Segundo Santos (1980, p. 34), “os principais problemas de comunicação são originados
pela complexidade do comportamento humano”.
Para o autor, alguns acontecimentos podem colaborar para que aconteçam falhas na
comunicação, tais como: o estado emocional, a auto-suficiência, o meio, a diferença de
interesses, a religião, o status, a especialização, a educação, a cultura, o sexo, a idade e a
diferença entre a realidade do emissor e a do receptor.
Para Robbins (2002), a conversa face a face tem uma alta pontuação em relação à
riqueza do canal, pois nela, além dos sinais de informação que estamos vendo e
escutando, como as palavras, posturas, expressão facial, gestos e entonações, temos
também o feedback (verbal ou não verbal), proporcionado pelo ato presencial. Além
disso, o receptor irá decodificar a mensagem conforme a sua realidade e experiência de
vida e, nem sempre, irá interpretar da maneira esperada, gerando distorções na
mensagem. Aí é que podemos relembrar o conceito de comunicação quando é
concebida como “tornar comum”, pois é necessário que aconteça a transmissão pelo
emissor e a compreensão por parte do receptor.
O que não devemos esquecer é que para que a comunicação flua em todos os sentidos
na organização e de forma eficiente e eficaz, é necessário que haja uma harmonia entre
as redes formal e informal.
A rede informal flui em qualquer direção, passando, muitas vezes, por cima dos níveis
de autoridade (Robbins, 2002). Os profissionais costumam preocupar-se muito mais
com a rede formal, que é caracterizada pelos canais descendentes. Enquanto a rede
informal, ou por falta de conhecimento do seu potencial, ou porque não se apresenta de
maneira tão visível, fica sempre relegada a um segundo plano. Rego (1991) alerta que é
preciso ter muito cuidado e compreensão com a rede informal, pois é por ela que vazam
os sentimentos do público interno.
Podemos afirmar que a comunicação informal trata das interpretações subjetivas dos
enunciados emitidos formalmente pela organização. Uma das formas mais correntes, e
ainda não suficientemente investigada, de interpretação dos enunciados emitidos pelas
empresas é o boato, assunto que trataremos a seguir.
Por mais perfeita que seja a rede formal de comunicação, entender e valorizar a rede
informal possibilitará à empresa usá-la a seu favor, pois ela contribui no melhor
desempenho das tarefas, através do compartilhamento de informações, do
fortalecimento das relações, dentre outras. É por meio dela que as informações correm
com maior rapidez, ela influencia nas práticas comunicacionais cotidianas da empresa.
No que se refere à atratividade dos escalões inferiores à rede informal, atribui-se ao fato
de elas fluírem em qualquer direção, de que, muitas vezes, seus fluxos são priorizados
na prática, independendo do nível hierárquico.
Pelo fato da rede informal se basear nas relações intra-organizacionais, ou seja, tratar
das interpretações subjetivas das informações lançadas pelo poder burocrático, que
engloba os níveis cognitivos de cada um dos receptores, deve haver uma preocupação
maior, por ela não possuir, não se apresentar de maneira mais visível.
É importante que se tenha muita consciência e compreensão, pois é através dela que são
exteriorizadas as expressões, percepções do seu público interno.
Margarida Kunsch diz que o sistema de comunicação informal das organizações surge
das relações sociais dos seus membros, no qual a formação de lideranças desempenha
um papel importante. Os meios de comunicação informal são vários, entre os quais a
conversa, o murmúrio, os rumores, a rede de boatos e muitos outros tipos, dependendo
da organização. Este tipo de comunicação deve ser utilizado com vista ao crescimento
da organização e não constituir, contrariamente, qualquer entrave, uma vez que os
rumores distorcem a verdade e se propagam de uma forma incontrolável.
Em função das mudanças implantadas nas organizações, por força das transformações
sociais, ampliou-se nos últimos anos o estudo da comunicação praticada na organização,
pois esta se constitui num dos elementos essenciais no processo de crescimento e,
sobretudo, de sua sobrevivência.
1. O PLANO INTEGRADO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL (PICE)
O que é PICE?
Como é feito?
A Comunicação Interna
A comunicação pode ser definida como o processo pelo qual uma pessoa transmite a
informação a outra pessoa. A boa comunicação requer diariamente diferentes ações
internas, diferentes solicitações e métodos. Emmanuel Dupuy apresenta doze princípios
da comunicação que devem guiar uma organização interessada em desenvolver as suas
mudanças internas. Estes princípios surgiram de dificuldades encontradas na realidade
empresarial e devem guiar os atos de comunicação das empresas que pretendem
alcançar o sucesso. Os princípios são:
a) Lucidez: este princípio traduz-se na pré-identificação pessoal e consiste na
necessidade de adaptação a um público específico e aos valores da cultura. Assim, a
empresa tem de se conhecer antes de se dar a conhecer e definir os seus fins, «[…] a
comunicação lúcida apoia-se na cultura dos empregados, por isso compreendê-los é
essencial a uma boa comunicação»;[5]
g) Tenacidade: este princípio pressupõe que uma mensagem, para ser compreendida,
deve ser veiculada em todos os instrumentos de comunicação, o que deve implicar uma
certa repetição da comunicação;
Endomarketing
Para Pimenta (2002, p. 33), o endomarketing foi criado em 1975, por Saul Faingus
Bekin, ao observar os seguintes problemas na sua empresa:
- faltas e atrasos constantes;
- falta de motivação para trabalhar;
- pouca produtividade ou de baixa qualidade;
- baixa integração entre os departamentos;
- visões discrepantes sobre as funções de cada um.
Ainda segundo a autora (2002, 33), Bekin concluiu que as pessoas não estavam
efetivamente comprometidas com seu trabalho, não se conheciam e, também, não
conheciam a empresa onde trabalhavam.
A falta de conhecimento e o descompromisso eram (e são) extremamente prejudiciais
em um contexto de intensas mudanças e competitividade nos mercados com o objetivo
de:
- comprometer o funcionário com seu trabalho e com as metas da empresa;
- promover a integração entre as pessoas e os departamentos; e, conseqüentemente,
- melhorar a qualidade da produção e dos serviços.
Bekin utilizou estratégias de marketing na comunicação interna.
Definição
Comunicação Externa
• Imprensa;
• Consumidor;
• Acionistas;
• Agentes financeiros;
• A própria opinião pública.
Benefícios
+ Benefícios Econômicos
+ Benefícios Profissionais
+ Benefícios de Tempo
a) Uma empresa que tem uma assessoria em comunicação ganha mais credibilidade
junto aos seus clientes, funcionários e o mercado em que atua.
I – Análise da situação
1. Caracterização da empresa
2. Caracterização dos produtos
3. Pontos fortes e pontos fracos
4. Ameaças e oportunidades
5. Como a concorrência se comunica
1. Comunicação interna
1.1. Alvos e ações
2. Comunicação externa
2.1 Comunicação institucional
2.2.1 Alvos e técnicas
2.2 Comunicação promocional
2.2.2 Alvos e técnicas
3. Cronograma das ações ou direcionamento do plano de mídia.
IV - Orçamento
Por outro lado, o consumerismo pode não ser razão alguma de desonra para o marketing
se lembrarmos que vivemos num sistema democrático, onde o direito de ir e vir e a
liberdade de expressão devem ser inquestionáveis. E se o marketing tiver no
consumerismo um aliado, esta relação pode ser transformada em elemento de vantagem
competitiva para as organizações que assim resolvam perceber.
Independentemente do estágio do ciclo de vida do produto ou serviço - introdução,
crescimento, maturidade ou declínio -, desse modo é importante que a concepção do
marketing esteja de mãos dadas com a verdade.
Podemos citar como exemplos hipotéticos o fato de uma empresa omitir a data de
validade de um produto para vendê-lo a preço "promocional", ou de uma escola utilizar
o elemento preço para atrair novos alunos e, pouco depois, reajustar demasiadamente as
suas mensalidades.
Caso esse consumidor não seja corretamente esclarecido e nenhuma atitude seja tomada
para reverter seu desconforto, esperar a fidelidade dele para com a empresa, o produto
ou o serviço será ilusório.
Não se pode esquecer também que serão aumentadas as chances desse cliente ser
prospectado pela concorrência, que poderá fazer tudo para encantá-lo e conquistá-lo.
Ter um bom serviço, só, já não basta; é preciso divulgá-lo. A recomendação boca-a-
boca ainda é um fator importante na ampliação da demanda de serviços e procura por
produtos, mas o PICE vem trazendo novidades ao mercado quanto ao número de formas
e meios de comunicação.
Relacionar-se bem com a comunidade é essencial para qualquer empresa, que, além da
propaganda, usa de outras ferramentas de comunicação de grande importância:
promoção de eventos, tanto institucionais como educacionais, e/ou comemorativos.
O consumerismo é exatamente uma força social que busca não apenas melhorar o
tratamento ao consumidor, mas também o respeito à sociedade.
Este movimento emerge na sociedade de consumo, que é conduzida pela vulgarização e
uso irresponsável das ferramentas de comunicação (que tem, além do viés comercial, o
social), para enfrentá-la e proteger o indivíduo dessas engrenagens tão poderosas.
No Brasil, o consumerismo diferencia-se da Defesa do Consumidor. Enquanto o
consumerismo constitui-se numa luta coletiva pela sociedade, a Defesa do Consumidor
constitui-se de batalhas individuais e/ou específicas de cunho monetário e com efeitos
limitados.
Consumerismo trata-se, portanto, de um fator externo que atua no mercado de consumo,
influenciando nas empresas.
- Marketing
- Comunicação
•Fazer conhecer
•Fazer gostar
•Fazer agir
•Clientes atuais
•Clientes potenciais Comunicação
•Público interno
•Clientes, atuais e potenciais
•Influenciadores
•Entidades oficiais
E quanto ao Mix...
Para o Marketing:
Política a traçar para as quatro variáveis, definindo o seu papel: produtos, preço,
distribuição e comunicação.
Para a Comunicação:
O composto de Marketing
Por muitos anos essa divisão do trabalho foi passada também para a área de segurança,
na qual os profissionais desta área eram os únicos responsáveis pela segurança em toda
a organização, sendo verdadeiros vigias, punindo e advertindo quem descumpria uma
norma, praticava algum ato inseguro ou deixava de usar algum EPI (Equipamento de
Proteção Individual).
Com o advento da qualidade, no início dos anos 90, surgiu uma nova mentalidade
trazida principalmente pelas empresas multinacionais, em que a qualidade deixou de ser
responsabilidade única e exclusiva do departamento de qualidade e ficou sob a
responsabilidade de todos os funcionários da empresa, em queo bom desempenho do
seu trabalho reflete na boa qualidade dos produtos fabricados.
Quando a empresa adota essa postura ela está liberando a equipe do departamento de
segurança para tarefas mais nobres, como a pesquisa de novos EPIs, mais confortáveis e
resistentes, o treinamento de equipes operacionais na nova FISPQ (Ficha de Informação
de Segurança de Produtos Químicos) - que substituiram a antiga MSDS (Material
Safety Data Sheet), é a folha de informações de Segurança do Material - o treinamento
de aplicação de auditorias comportamentais, treinamento de combate a incêndios,
formação de novos brigadistas e aplicação do DDS (Diálogo Diário de Segurança).
– Identificação do produto
– Composição e informações sobre ingredientes
– Identificação de perigos
- Medidas de primeiros socorros
- Medidas de combate a incêndio
- Medidas de controle e derramamento ou vazamento
- Manuseio e armazenamento
- Controle de exposição e proteção individual
- Propriedades físico-químicas
- Estabilidade e reatividade
- Informações toxicológicas
- Informações ecológicas
- Condições sobre tratamento e disposição
- Informações sobre transporte
- Regulamentações
- Outras informações
Auditoria Comportamental:
Auditoria comportamental é uma técnica de abordagem proativa que tem por finalidade
a orientação e conscientização sobre atos inseguros, condições inseguras, uso de EPIs e
atividades que estejam fora dos padrões comportamentais da empresa.
Para que tenhamos uma rotina pré-determinada sobre como realizar uma auditoria
comportamental, abaixo é apresentado um pequeno roteiro de abordagem.
“Não tem problema não! Faço essa tarefa há 20 anos e nunca aconteceu nada comigo”.
“Se eu usar o EPI que você quer que eu use, aí sim é que eu vou me acidentar, pois ele
me atrapalha na realização da minha tarefa”.
“Olhe, é rapidinho, só vou abrir aquela válvula e já volto”.
Essas reações são as mais comuns e o tecnólogo de segurança deve estar preparado para
rebater essa reatividade a trabalhar correto e com segurança. Para isso, mantenha
sempre a calma, não altere o tom de voz e, em caso de resistência, o tecnólogo de
segurança tem autoridade para solicitar a retirada do funcionário do local de trabalho,
encaminhando-o ao seu superior.
Importante
Jamais grite para chamar a atenção de um funcionário. Caso esse funcionário esteja em
cima de um caminhão tanque executando a abertura de uma boca de visita, espere o
melhor momento, quando ele dirijir o olhar para você, ou faça sinais com os braços. Ato
de gritar pode levar o funcionário a se assustar e a desviar a atenção do seu serviço, por
pior que ele esteja sendo feito, podendo causar um outro tipo de acidente
A auditoria comportamental ajuda muito na redução de pequenos acidentes que
contribuem para que ocorra um grave acidente no futuro, conforme a pirâmide de Bird
que foi apresentada no módulo de Segurança do Trabalho I.
- Frank BirdNos anos de 1967 e 1968, o norte americano Frank Bird analisou 297
companhias nos Estados Unidos da América, sendo envolvidas nessa análise 170.000
pessoas de 21 grupos diferentes de trabalho. Neste período, houveram 1.753.498
acidentes comunicados. A partir desses dados foi criada a pirâmide de Frank Bird, onde
chegou-se a conclusão que, para que aconteça um acidente que incapacite o trabalhador,
anteriormente acontecerão 600 incidentes sem danos pessoais e/ou materiai
Observe os indivíduos
Observe se os EPIs, se estão sendo usados da maneira correta, se estão em bom estado
de conservação. Uma dica! Peça para olhar o solado da bota do funcionário, pois quanto
mais gasto, maior o risco de escorregões. Outro ponto muito importante é o estado de
conservação das luvas.
Observe a posição de trabalho das pessoas, se não estão executando tarefas distintas
muito próximas umas das outras, o que acarreta maior probabilidade de acidentes.
Observe a reação das pessoas. Acontece com freqüência o funcionário não estar usando
o EPI necessário e quando ele vê algum superior ou o tecnólogo de segurança do
trabalho chegar, trata logo de colocar o EPI, achando que está enganando.
Ergonomia. É verificar se na posição em que o funcionário está não poderá causar uma
lesão. Ergonomia será visto por vocês posteriormente, em outra disciplina.
Atenção!
Lembrem-se
Para reflexão:
A resistência dos trabalhadores será vencida gradativamente, um pouco a cada dia, 365
dias no ano.
A base de todo o estudo de Bird é em cima dos pequenos incidentes que acumulados,
podem gerar uma vítima fatal.
Por essa razão, grandes corporações adotam o conceito de incidente nível zero, que
basicamente é o registro de qualquer pequeno incidente que ocorra e é um indicador de
desempenho de segurança pré-perda, ou seja, se antecipa ao fato, também chamado de
proativo.
São distribuídas cartelas que cabem no bolso da farda do funcionário e este sempre que
presenciar ou sofrer qualquer pequeno incidente, deve registra-lo nesta cartela e, no
final do mês, entregar ao chefe do departamento que fará um levantamento prévio do
que ocorreu na área e em seguida passará ao departamento de segurança.
Com essa análise o chefe ou responsável da área, que é quem tem um bom
conhecimento da área; pode verificar se existem condições inseguras, se essas condições
já estão no plano de manutenção e; se não estiverem programar para que a condição seja
retirada o mais breve possível.
Atenção!
• Fiquem sempre atentos às datas das cartelas, pois com a rotina de trabalho,
muitos funcionários não anotam o que aconteceu no dia, “deixando para anotar
depois”, e não anotam o que ocorre: chega no final do mês o funcionário ABDC
fez 10 cartelas de incidente nível zero no mesmo dia, o que não reflete a
realidade do dia, nem da seção.
• Ocorre muito a repetição de eventos somente para fazer número de cartelas
preenchidas.
• Pequena quantidade de cartelas entregues no mês também não reflete a realidade
da área, pois, por mais organizada que esteja, sempre ocorrerão incidentes nível
zero. Isso mostra na maioria das vezes que os funcionários não acreditam no
sistema implantado. sendo assim converse com o chefe da área e agende um
novo treinamento para reciclar as idéias. Se isso for feito, vocês verão que o
sistema acaba operando por si.
Conforme citado acima, a partir do momento em que a empresa adota a cultura de que a
segurança é de responsabilidade de todos, o departamento de segurança do trabalho
agrega mais valor, pois deixará de ser o departamento fiscalizador e punitivo para
desenvolver novas técnicas, novos controles, buscar novos materiais, etc.
1 – PT – Permissão de Trabalho:
É um dos documentos mais importantes dentro de uma indústria. Sem esse documento o
funcionário não pode executar nenhuma manutenção.
Isso se faz necessário pois o executante, na maioria das vezes, não conhece os riscos da
área e, mostrando o que ele quer fazer, o responsável pela área pode re-orientar o seu
trabalho de forma a torná-lo mais seguro.
Para reflexão...
A aplicação do DDS é mais uma ferramenta de educação continuada, pois tudo que é
discutido nessas reuniões serve para que o funcionário pense antes de agir e questione
sobre a sua segurança. Essa postura ele acaba levando para casa, educando também os
seus familiares nas ações mais elementares do nosso dia-a-dia, mudando hábitos e
criando dentro de sua família uma visão de segurança, organização, limpeza e ordem.
Atenção!
Faça uma coisa de cada vez. Comece pelo DDS, depois converse com o seu superior
sobre expandir o DDS para o DDSMA. Sabemos que isso entusiasma, motiva: verificar
que está ocorrendo uma mudança positiva de comportamento. Porém não jogue muita
informação em curto espaço de tempo para os funcionários, deixe que eles primeiro
criem o hábito do DDS e, depois de 6 meses a 1 ano, aplique o DDSMA.
Lembre que a educação é continuada e não tem prazo para finalizar e o processo é
constante.
Sinalização Como Efeito Prevenção Contra Acidentes
Veremos agora uma área muito importante da segurança do trabalho que trata da
sinalização.
Alguns exemplos de sinalização industrial, você poderá encontrar nas cores das
tubulações, nos isolamentos de área e nos avisos espalhados pela área, como por
exemplo: “é proibido fumar neste local”.
Preste atenção!
Em uma unidade industrial, uma torre de andaime de 7 metros de altura está montada ao
lado de um equipamento para que a equipe de manutenção abra as bocas de visita desse
equipamento.
A primeira sinalização que deve constar na base do andaime é uma plaqueta na cor
verde com os seguintes dizeres: “Andaime Liberado”.
Isso significa que o andaime foi montado conforme padrões que envolvem além da
confiabilidade, a segurança. Caso no local, você encontrasse a seguinte placa vermelha
com os dizeres: “Andaime Interditado”, você subiria? Viram como uma simples
sinalização poderá evitar um acidente? Pois, imaginem que no caso de não existir a
placa de andaime interditado e o montador tivesse saído da área e nesse momento uma
pessoa alheia ao serviço resolve subir no andaime. Muito provavelmente ocorrerá um
acidente.
Por isso, no caso de andaimes, você não encontrar uma placa indicando a condição do
andaime, isole a área e procure imediatamente os responsáveis pela montagem e
explique a importância da sinalização.
Os mais velhos são de uma resistência muito maior do que os mais jovens, pois,
primeiro, eles acham que aquele local é uma extensão da casa deles, que eles conhecem
mais aquela unidade do que os próprios filhos, e que ele faz a mesma tarefa há mais de
20 anos e que em todos esses anos nenhum acidente ocorreu. Porém ele teve ao lado
dele durante todos esses tempos o elemento chamado SORTE! E não TÉCNICA!
O profissional de segurança do trabalho não trabalha com o fator sorte e sim com
técnica, treinamento e conscientização.
Vocês já observaram como a sinalização de segurança está inserida no nosso dia a dia?
Preste atenção!
Viram como a sinalização com a finalidade de evitar acidentes não é uma exclusividade
da área industrial?
A sinalização, conforme citado acima deve ser padronizada e esta padronização deve ser
a mesma seguida pela NR 26 – Norma Regulamentadora 26, que trata de sinalização de
segurança, e tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho
para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando
áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de
líquidos e gases e advertindo contra riscos.
Segundo a NR, no item 26.1.2, diz que os locais de trabalho deverão adotar cores com a
finalidade de indicar e advertir sobre os riscos existentes.
Segundo ainda a NR 26, a utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas
de prevenção de acidentes, conforme foi estudado acima.
Porém cuidado com a utilização das cores pois em demasia pode ocasionar em
distração, confusão ou fadiga do trabalhador. Devido a isso, a utilização das cores
deverá ser reduzido.
Vermelho
Azul:
O azul será utilizado para indicar “Cuidado!”, ficando o seu emprego limitado a
avisos contra uso e movimentação de equipamentos que deverão permanecer
fora de serviço.
Canalizações de ar comprimido
Prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em
manutenção.
Avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência.
Verde:
Canalizações de água;
Caixas de equipamento de socorro e urgência;
Caixas contendo máscaras contra gases;
Chuveiros de segurança;
Macas;
Fontes lavadoras de olhos;
Quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança etc.;
Porta de entrada de salas de curativos de urgência;
Localização de EPI; caixas contendo EPI.;
Emblemas de segurança;
Dispositivos de segurança;
Mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica);
Laranja:
Púrpura:
A cor púrpura deverá ser utilizada para indicar os perigos provenientes das radiações
eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares.
Lilás:
A cor lilás deverá ser utilizada para indicar canalizações que contenham álcalis. As
refinarias de petróleo poderão utilizar o lilás para identificação de lubrificantes.
Cinza:
• Cinza claro:
• Cinza escuro:
Alumínio:
O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e
combustíveis de baixa viscosidade (ex. óleo diesel, gasolina, querosene, óleo
lubrificante etc)
Marrom:
O marrom pode ser utilizado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluido não
identificável pelas demais cores.
Pensando nessa aplicação, as indústrias ampliaram além das fronteiras dos laboratórios
e começaram a se preocupar com os produtos químicos que circulam diariamente pelas
dependências da empresa, os produtos que estão armazenados no almoxarifado e os que
estão aguardando a liberação do laboratório.
Muitos desses reagentes industriais são importados e as suas etiquetas não estão em
português, mais um motivo de preocupação, no tocante a tradução da etiqueta de
identificação desse material.
Pensando nisso, é que a rotulagem preventiva segue algumas regras, as quais vocês
devem ficar atentos:
A sinalização de segurança não se limita apenas as cores, existem diversos símbolos que
são utilizados para alertar as pessoas dos riscos que elas estão expostas.
Transgredir a sinalização de segurança é muito grave, pois a sinalização bem feita pode
ser considerada um EPC (Equipamento de Proteção Coletiva), que protege as pessoas,
isola uma área perigosa e alerta para os perigos que muitas vezes não são visíveis por
pessoas leigas e que não conhecem a área.
Quando falamos em indústrias nos lembramos logo dos caminhões tanque que circulam
carregados de produtos perigosos, porém não podemos esquecer que muitos produtos
químicos utilizados nas indústrias estão no estado sólido, dispostos em sacos de 25 a 50
Kg ou líquidos, porém acondicionados em bombonas de 200 litros e que são
transportados em caminhões abertos, cobertos por lonas ou caminhões do tipo baú...
Legislação ONU.
Esses produtos são analisados por uma comissão de especialistas da ONU de acordo
com suas características, são classificados ou não com perigosos para fins de transporte,
aqueles produtos que não possuem número de ONU não são isentos de perigo,
principalmente à saúde, por isso o cuidado deve ser o mesmo.
Classe de risco:
Classe 1 – Explosivo
Figuras -
1.1. Substâncias e artigos que tem perigo de explosão da massa.
1.2. Substâncias e artigos que tem perigo de projeção, mas não um perigo de explosão
da massa .
1.3. Substâncias e artigos que tem perigo de fogo e um perigo de explosão secundário
ou um perigo de projeção secundário, mas não um perigo de explosão da massa.
1.4. Substâncias e artigos que não apresentam qualquer perigo significante.
1.5. Substâncias muito insensíveis que não tem perigo de explosão da massa.
1.6. Artigos extremamente insensíveis que não tem perigo de explosão da massa.
Classe 2 - Gases
Fig. 01 -
2.1 Gases inflamáveis
2.2 Gases não inflamáveis/Gases não tóxicos
2.3 Gases tóxicos
2.4 Gases venenosos (Canadá)
Classe 3 - Líquidos inflamáveis
Fig. 03 -
4.1 Sólidos inflamáveis
4.2 Substâncias sujeitas à combustão espontânea
4.3 Substâncias que em contato com água emitem gases inflamáveis
Classe 5 - Substâncias oxidantes/Peróxidos orgânicos
Fig. 04 -
5.1 Substâncias oxidantes
5.2 Peróxidos orgânicos
Classe 6 - Substâncias venenosas (tóxicas)
Fig. 06 -
6.1 Substâncias tóxicas
6.2 Substâncias infecciosas
Classe 7 - Material radioativo
Número de risco
0 Gás inerte
22 Gás refrigerado
223 Gás refrigerado inflamável
225 Gás refrigerado oxidante
23 Gás inflamável
236 Gás inflamável tóxico
Gás inflamável que pode conduzir espontaneamente à
239
reação violenta
25 Gás oxidante
26 Gás tóxico
265 Gás tóxico oxidante
266 Gás altamente tóxico
268 Gás tóxico corrosivo
286 Gás corrosivo tóxico
30 Líquido inflamável ou líquido que se aquece sozinho
Líquido inflamável que reage com água que emite gases
323
inflamáveis
Líquido inflamável que reage perigosamente com água
X323
emitindo gases inflamáveis
Líquido altamente inflamável (ponto de fulgor abaixo de
33
21°C)
333 Líquido pirofórico (extremamente inflamável)
X333 X333 Líquido pirofórico (extremamente inflamável) que
reage violentamente com água
336 Líquido altamente inflamável tóxico
338 Líquido altamente inflamável corrosivo
Líquido altamente inflamável corrosivo que reage
X338
perigosamente com água
Líquido altamente inflamável que pode conduzir
339
espontaneamente a reação violenta
36 Líquido tóxico que se aquece sozinho
362 Líquido inflamável que emite gases inflamáveis
Líquido inflamável tóxico que reage perigosamente com
X362
água emitindo gases inflamáveis
38 Líquido corrosivo que se aquece sozinho
Líquido inflamável corrosivo que reage com água emitindo
382
gases inflamáveis
Líquido inflamável corrosivo que reage perigosamente
X382
com água emitindo gases inflamáveis
Líquido inflamável que pode conduzir espontaneamente à
39
reação violenta
40 Sólido inflamável que se aquece sozinho
Sólido inflamável que reage com água emitindo gases
423
inflamáveis
Sólido inflamável que reage perigosamente com água
X423
emitindo gases inflamáveis
Sólido inflamável em estado fundido (derretido) à
44
temperatura elevada
Sólido inflamável tóxico em estado fundido (derretido) à
446
temperatura elevada
Sólido inflamável tóxico ou que se aquece sozinho Sólido
46
inflamável tóxico ou que se aquece sozinho
Sólido tóxico que reage com água emitindo gases
462
inflamáveis
48 Sólido inflamável corrosivo ou que se aquece sozinho
Sólido inflamável corrosivo que reage com água emitindo
482
gases inflamáveis
50 Substância oxidante
Peróxido orgânico inflamável que pode conduzir
539
espontaneamente à reação violenta
55 Substância fortemente oxidante
556 Substância fortemente oxidante tóxica
558 Substância fortemente oxidante corrosiva
Substância fortemente oxidante que pode conduzir
559
espontaneamente à reação violenta
56 Substância oxidante tóxica
568 Substância oxidante tóxica corrosiva
58 Substância oxidante corrosiva
Substância oxidante que pode conduzir espontaneamente à
59
reação violenta
60 Substância tóxica ou prejudicial (nociva)
Substância tóxica ou prejudicial (nociva) inflamável (ponto
63
de fulgor entre 21°C e 55°C)
Substância tóxica ou prejudicial (nociva) inflamável (ponto
638
de fulgor entre 21°C e 55°C) corrosiva
Substância tóxica ou prejudicial (nociva) inflamável (ponto
639 de fulgor entre 21°C e 55°C) que pode conduzir
espontaneamente à reação violenta
66 Substância altamente tóxica
Substância altamente tóxica (ponto de fulgor não acima de
663
55°C)
68 Substância tóxica ou prejudicial (nociva) corrosiva
Substância tóxica ou prejudicial (nociva) que pode
69
conduzir espontaneamente a reação violenta
70 Material radioativo
72 Gás radioativo
723 Gás radioativo inflamável
Líquido radioativo inflamável (ponto de fulgor não acima
73
de 55°C)
74 Sólido radioativo inflamável
75 Material radioativo oxidante
76 Material radioativo tóxico
78 Material radioativo corrosivo
80 Substância corrosiva ou ligeiramente corrosiva
Substância corrosiva ou ligeiramente corrosiva que reage
X80
perigosamente com água
Substância corrosiva ou ligeiramente corrosiva inflamável
83
(ponto de fulgor entre 21°C e 55°C)
Substância corrosiva ou ligeiramente corrosiva inflamável
X83 (ponto de fulgor entre 21°C e 55°C) que reage
perigosamente com água
Substância corrosiva ou ligeiramente corrosiva inflamável
839 (ponto de fulgor entre 21°C e 55°C) que pode conduzir
espontaneamente à reação violenta
Substância corrosiva ou ligeiramente corrosiva inflamável
(ponto de fulgor entre 21°C e 55°C) que pode conduzir
X839
espontaneamente à reação violenta reagindo perigosamente
com água
85 Substância corrosiva ou ligeiramente corrosiva oxidante
Substância corrosiva ou ligeiramente corrosiva oxidante
856
tóxica
86 Substância corrosiva ou ligeiramente corrosiva tóxica
88 Substância altamente corrosiva
Substância altamente corrosiva que reage perigosamente
X88
com água
Substância altamente corrosiva inflamável (ponto de fulgor
883
entre 21°C e 55°C)
885 Substância altamente corrosiva oxidante
886 Substância altamente corrosiva tóxica
Substância altamente corrosiva tóxica que reage
X886
perigosamente com água
Substância corrosiva ou ligeiramente corrosiva que pode
89
conduzir espontaneamente à reação violenta
90 Substância perigosa diversa
Diagrama de Hommel:
Na rotulagem, deverão ser utilizados os códigos das substâncias com características de:
danos à saúde (azul), inflamabilidade (vermelho), reatividade (amarelo) e riscos
específicos (branco).
A todo momento o trabalhador pode estar correndo o risco de sofrer um acidente, nas
coisas mais elementares em que faz, como por exemplo, subir em uma escada para
trocar uma lâmpada, carregar um balde, sofrer um escorregão em um piso molhado ou
tropeçar.
Tudo isso pode ocorrer também na sua casa, por isso, pensem sempre “fora da caixa”,
não fiquem pensando que segurança do trabalho se aplica somente no ambiente fabril,
mas deve ser aplicado também no seu lar e com os seus familiares.
Todo e qualquer acidente pode e deve ser evitado e para que isso seja uma realidade
necessitamos de ferramentas que garantam que isso realmente vá ocorrer e duas dessas
ferramentas são o EPC (Equipamento de Proteção Coletiva) e o EPI (Equipamento de
Proteção Individual).
Deve-se tentar de tudo antes de utilizarmos o EPI, porém, como os EPI’s geralmente
são mais baratos que outras soluções de engenharia que envolvem tempo e dinheiro,
acabam aplicando o EPI antes mesmo da solução definitiva.
Um bom exemplo é vocês imaginarem a área que tem um filtro de mangas, que abate
partículas, e que este está quebrado, o que pode ser feito é a aplicação de máscaras de
pó, o mesmo raciocínio pode ser aplicado ao abafador de ruídos de uma grande
máquina, ao invés de instalá-lo, fornecer protetores auriculares ao funcionários.
Perceberam a diferença?
Os óculos de segurança têm diversos modelos, que variam quanto ao tipo de armação,
de lentes e de materiais que os compõem. Antes de adquiri-los é necessário avaliar a
situação de trabalho para a qual de destinam.
Tanto os EPIs oculares como os faciais só podem ser colocados á venda ou utilizados
com CA.
Os protetores oculares e faciais são importantes não somente por serem necessários em
vários setores, mas principalmente por protegerem os olhos e a face de trabalhadores de
diversos danos, que podem ser irreversíveis. Acidentes oculares de trabalho geram
incapacidade e limitações do indivíduo.
Tipos
Óculos de segurança.
Onde usar
Cada trabalhador deve ter o óculos adequado ao seu biotipo. Não é recomendável o
fornecimento de um modelo e tamanho para todos os trabalhadores da empresa.
Protetores faciais
São equipamentos caracterizados por um visor articulado fixado a uma testeira, que se
ajusta ao usuário por meio de uma carneira, com regulagem por furos ou catraca. Não
deve dispensar o uso dos óculos de segurança. Devem ser em policarbonato ou PETG.
A resina e o acrílico não podem mais ser utilizados. Há muitas variações de protetores
incluindo as utilizadas pelos bombeiros; apicultores; trabalhadores de cana-de áçúcar,
entre outros.
Onde usar
Máscaras de solda
Onde usar
Tipos de Lentes
Policarbonato
Possuem um alto índice de refração, têm um peso muito baixo. Sua desvantagem é que
a proteção correta (coating) podem arranhar mais facilmente que as de cristal e
orgânica.
Onde usar
Proteção eficiente contra raios ultravioletas e alta resistência ao calor. Ideal para
usuários expostos aos riscos de partículas multidirecionais, por ser de material usado
para blindagem. Como em serralheria, metalurgia, extração, operação de máquinas em
geral,
Trivex
Onde usar
Aplicação igual as lentes de bicarbonato, sendo que são mais apropriadas para trabalhos
de alta precisão, pela qualidade óptica superior que proporciona. Podem ser utilizadas
em todas as áreas em que as lentes de policarbonato são indicadas e ainda nas áreas de
informática (TI), energia elétrica (transformadores e equipamentos de precisão) e
industria química.
Orgânica
Não tão resistentes como as de policarbonato e trivex, mas também podem ser utilizadas
em segurança, desde fabricadas dentro das normas. Índice de refração menor e peso
maior que as de policarbonato. Ganha na relação custo, são mais acessíveis. Possui alta
resistência a impactos, porém risca com mais facilidade que as de cristal.
Onde usar
Em alguns casos de solda são mais eficientes do que cristal e policarbonato, pos
desviam as partículas, proporcionando mais longevidade ao produto. Indicadas para a
industria em geral por possuir custo mais baixo. Porém, nos locais de maior
periculosidade aos impactos de partículas multidirecionais, como na operação de
máquinas de corte, é mais indicado o policarbonato.
Cristal
Para torna-se lente de segurança passa por processo de endurecimento que lhes confere
a resistência.
Onde usar
Ainda indicada em alguns casos de solda, áreas muito quentes ou que recebem
partículas incandescente ou locais onde ocorre muita poeira, pois são as mais resistentes
a arranhões.
Podem ser usadas nas atividades realizadas por soldadores, por ambientes com poeira e
grãos como no setor alimentício.
Em resumo:
A maioria dos óculos de segurança apresentam 3 tipos de lentes que podem ser
utilizadas em situações diferentes a saber:
Lentes transparentes.
São as lentes mais tradicionais e utilizadas no dia a dia dos trabalhadores de indústrias e
principalmente laboratórios, protegendo os trabalhadores de respingos de produtos
químicos que na sua maioria são perigosos.
Lentes fumê.
São lentes escuras, que parece com um óculos escuros normal. A sua utilização é para
além de proteger de partículas sólidas e respingos líquidos, também protege de
iluminação excessiva, a qual faz com que o trabalhador feche os olhos para reduzir a
irritabilidade que a alta luminosidade traz, podendo levar assim a um acidente.
Esse tipo de lentes é usado em depósitos de enxofre sólido a céu aberto, onde a
coloração amarela do enxofre fica mais intensa com os raios solares causando assim
grande irritabilidade aos olhos.
Lentes amarelas:
Dicas
Orientação especial deve ser dada aos usuários de lentes de contato para que utilizem
óculos planos associados. No caso de óculos com grau, alguns tipos de lentes como as
progressivas (multifocais), quando usadas pela primeira vez, requerem um tempo maior
de adaptação, além de exigirem maior rigor e precisão.
As lentes de segurança graduada devem sempre ser fabricadas e dentro dos padrões
exigidos pela Ministério do Trabalho e Emprego.