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PRÓ - LETRAMENTO - PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE

PROFESSORES DAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO DA MATEMÁTICA

LOCAL: MACEIÓ-ALAGOAS ESCOLA ESTADUAL TOMÁS ESPINDOLA


TUTORA: IEDA

DOSCENTE ALUNO: CIRA ROCHA DE OLIVEIRA HANCOCK.


ATIVIDADES PARA O SEGUNDO CICLO (3ª/4ª Séries ou 4º ou 5º anos)

ATIVIDADE 1:
Projeto Sertão Verde.
Criação: Cira Rocha de Oliveira Hancock.
Matrícula: 0040144-7
Escola Estadual Dom Adelmo Machado
Curso realizado: Pro letramento de Matemática realizado na Escola Thomaz Espíndola.

Matérias envolvidas:

Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, Geografia, História, Arte, Sociedade e Cultura.

Justificativa:

A Matemática nos acompanha em todos os momentos de nossas vidas, mesmo antes


de nascermos, é todo um período de áreas e perímetros que nos envolve diariamente até
mesmo quando falecemos. È importante mostrarmos de uma forma simples e lúdica para
nossas crianças (futura geração do planeta), como é interessante essa matéria e como é
constante em nossas vidas e simples de calcularmos. Devemos tocar sim quando surge este
conteúdo, seja qual for o ano letivo e não simplesmente fazer de conta que isso não pode ser
resolvido naquele momento ou até mesmo agora. Mostra-se de uma forma mais branda de
acordo com a capacidade da turma e não chegando ao extremo do cálculo matemático, no
núcleo da coisa. Temos o dever de despertar e romper as barreiras criadas em suas mentes,
levando-os ao máximo de suas criatividades e capacidades, fazendo-os compreender a partir
de seus conhecimentos prévios, buscando melhores formas de colocá-los introduzidos nos
conceitos matemáticos, de forma gratificante e criativa. Introduzir na Matemática novos
conhecimentos de outras matérias, gerando assim um apreender, um letramento.

Objetivos:

- Conhecer a história e sofrimento do povo do sertão Alagoano e brasileiro no período de


seca.
- Conhecer a vegetação Alagoana.
- Compreender o poder da alimentação para uma vida saudável.
- Compreender as migrações.
- Cálculos de perímetro e áreas de figuras sobrepostas em malhas quadriculadas.
- Procedimentos e instrumentos de medida em função do problema e da precisão do resultado.
- Compreender a necessidade de se fundar cooperativas e projetos, para o resgate do sertão
alagoano e brasileiro, antes que se transforme em deserto.
- Apreender sobre a importância de reduzir, reutilizar e reciclar para evitar mais danos ao
planeta, fazendo com que ele cada vez mais fique superaquecido devido à grande poluição
causada por nós.

Etapas previstas:
- Sondagem de conhecimentos prévios.
- Material didático para elaboração das atividades.
- Leitura do texto: “O Sonho do Sr. Cornélio”.
- Introdução passo a passo, das atividades das formas de conhecimento da área e perímetro,
bem como as outras disciplinas introduzidas de acordo com a necessidade e capacidade da
turma.
- Culminância com exposição dos trabalhos concluídos. Convidar os pais e as outras salas
para apreciação.

Material Necessário:
- Malha quadriculada transparente (papel manteiga ou transparência para confecção da mesma
ou até mesmo sacola plástica, qualquer coisa transparente que se possa desenhar). Obs.: Pode
se fazer, um papel A4 ficar transparente utilizando óleo de cozinha ou outro óleo e esperando
secar.
- Mapa de uma porção de terra, localizada em um mapa de Alagoas na parte do agreste ou
outro mapa como queira.
- Fotos ou vídeos de uma batida de feijão (desenhe se não conseguir as outras opções).
- Fotos de crianças desnutridas ou explicações do soro caseiro e da importância de uma
alimentação equilibrada e saudável.
- Fotos e painel dos possíveis agentes poluidores e como evitar este ato.
- Materiais diversos para confecção de arte reciclada como, vasos de pets, porta lápis, etc.

Desenvolvimento do Projeto:

O Sonho do Sr. Cornélio.

Sr. Cornélio é um nordestino daqueles muito arretado de bão, viveu na cidade do Rio
de Janeiro, mais o seu coração era mesmo nordestino e ele sonhava muito em fazer mudanças
por lá, no agreste, ele havia passado sua infância e aprendeu tudo sobre o sertão, aquela terra
era muito boa, no inverno era uma belezura tudo verde, uma fartura, muito milho, abóbora,
melancia, as flores das craibeiras lindas amarelas como ipê e roxas, feijão, era uma festança e
vejam só, na batida do feijão seco tinha até cantoria dos agricultores , ele chutavam o feijão na
casca(vagem) seca e davam uma paulada enquanto cantavam músicas nordestinas e tomavam
uma pinga (bebida local), muitos usavam um lenço no rosto cobrindo o nariz e a boca devido
a poeira que soltava das cascas, é uma coisa linda de se ver, este povo guerreiro em pleno sol ,
cantando e felizes pela colheita. Ao pensar que antes do feijão chegar as nossas mesas, os
agricultores levantam cecinho cedinho antes de o sol raiar e vão à roça, lá ficam de sol a sol
até dar a hora do almoço (quando tem), almoço muitas vezes frio, lá pra tardinha é que vão
para casa. Pois é, o feijão é plantado como semente tem a quantidade de caroços certos sabia?
Não pode ser muito, nem um só, tem uma medida correta. Quando a terra foi arada (um ferro
é passado no chão puxado por algum animal (boi, jumento) ou enxada para deixar a terra
fofinha) onde a sementinha vai brotar com mais força, tratando para que as ervas daninhas
não o sufoquem, colhidos quando secos e após vai para a batida (método antigo), hoje já
existe máquinas que fazem este serviço elas retiraram muitos empregos , mas...ainda se
encontra algumas cantorias por ai , podemos ver alguns agricultores batendo feijão.
Bem... O fato é que o Sr. Cornélio não agüentava mais de ver seu povo morrendo de
fome.
Hum... Você deve estar se perguntando fome? Como pode? Lá não tem tanta fartura?
Sim, mas só no período das chuvas , quando passa tudo fica seco, mais tão seco que você mal
ver uma gotinha de água, a terra racha no chão, às vezes nem nuvens no céu têm, as plantas
secam, o gado morre de fome e sede e muitas pessoas se mudam (migram) para as regiões do
Sul e Sudeste do país, vejam onde elas ficam no mapa e vocês vão ver como é distante, o
Brasil é muito grande, muitas perdem até família, crianças ficam desnutridas, magrinhas e não
suportam chegando a falecer. O sol é tão quente e vai destruindo tudo.
E seu Cornélio falou: “um dia verei este sertão verde em plena seca, se governantes
não ligam fazem do povo seu comércio eleitoral, eu não farei isto, não esperarei mais, vou
mudar esta história!”, você não imagina o que aconteceu... Ele fez uma fezinha na mega sena
acumulada e não é que ganhou! Agora já com um bom dinheiro ele soube que lá do outro lado
do planeta tem um lugar chamado Israel. È isto mesmo! Aquele tão falado na Bíblia e nos
jornais, o povo lá estuda muito sobre a seca, pois lá tem deserto e eles conseguem ter
plantações. Mas a história deste povo fica para outro dia...
Bem... Seu Cornélio contratou um rapaz muito experiente chamado Benjamim e junto
com seu neto Ariel viram uma área bem seca e grande, mas acredite! Bem fértil por não ser
muito usada. Eles deram início ao projeto só que tinha algo que não havia ficado esclarecido
seu Cornélio queria saber como era que se calculava esta tal de área e eles o ajudaram. Sr.
Cornélio ficou muito encantado com a descoberta e muito, mas muito feliz com o
aprendizado, afinal ele agora também sabia calcular áreas e iria finalmente ver seu sonho
concretizado.
O Sr. Cornélio se animou todo a querer calcular novas áreas que pretendia comprar no
futuro. Sabe o que ele descobriu? Que o desenho feito da área da malha quadriculada, cada
quadradinho de 1cm² (um centímetro quadrado), correspondia aproximadamente à área do
mapa desenhado por Benjamim. Era justamente a área que ele havia comprado e onde o
projeto Sertão Verde seria iniciado.

Vocês já sabem calcular área de um terreno? Vamos ver como se calcula?

Primeiro foi feito uma malha quadriculada, vamos tentar uma em nosso caderno?
Vejam a da lousa, podemos usar uma régua para construi-lá. Benjamim explicou que cada
quadradinho da malha quadriculada tem uma área de “um centímetro quadrado”. Nossa! Você
deve estar se perguntando... O que isto quer dizer? Bem, tem uma área correspondente a um
quadrado que possui um centímetro de cada lado, (Você sabia que a figura geométrica
QUADRADO possui quatro lados iguais? È verdade! Possui sim.). “Perímetro não é apenas
soma das medidas de um lado” é na verdade a medida do contorno de determinada figura
geométrica ou podemos dizer contorno de uma lagoa (Mundaú, Manguaba - AL), da nossa
sala de aula, da nossa escola, da horta que esta sendo construída ou que poderá ser um
minhocário, etc. Quando se trata da figura geométrica QUADRADO fica mais fácil calcular,
pois ela tem 4 lados iguais , então podemos multiplicar o tamanho por 4. Eles vão descobrir
muitas coisas, dentre elas surgirá que se dois lados são iguais no caso de retângulos poderá se
utilizar o dobro. Deverá se trabalhar com arredondamentos, cálculos aproximados e
comparação. Você estará dando a eles a oportunidade de elaborar gêneros diferentes e
desenvolver estratégias. Seja paciente, tudo será em longo prazo, cada um tem o seu tempo de
aprendizado. Nem DEUS fez o universo e o planeta com tudo que nele habita em um só dia, o
tenha como exemplo.
Mas... E se for uma figura com circunferência ou curva qualquer? Como
devemos calcular?
Temos que mostrar diversas figuras de formas diferentes e calcular as medidas dessas
figuras não só perímetros de um polígono , cálculo, mas devemos encontrar uma forma de
mostrarmos a diferença entre conceitos de área e de perímetro.
Proponho uma tarefa interessante para as crianças a partir de outra observada por mim
da professora Rosana de Oliveira em pesquisa pela internet, ela utilizou uma fita métrica,
jornal e cola. Propôs aos alunos à construção de um metro quadrado com um metro de cada
lado onde os alunos puderam comparar com o chão da sala, eles irão verificar quantos
“daquele” metro criado por eles caberiam na sala. Antes deverá se perguntar quantos daquele
metro criado, eles acham que caberia na sala e então registre na lousa como escriba e eles no
caderno, você ai estará estimulando a habilidade de estimativa do aluno. Pode surgir a questão
de não caber um número inteiro de quadrados no chão e então você poderá trabalhar a fração
junto. Eles poderão cortar o metro quadrado, registrar em forma decimal, desenhos e até
mesmo oral. Negocie com eles qual a resposta mais apropriada. Após esta medida entra minha
idéia (para outra aula), peça aos alunos que cada um traga uma caixa de sapato, (para as
meninas) poderá trazer a caixa para a construção de uma sala de bonecas e para os meninos
poderá ser uma caixa maior onde eles poderão cortar a altura e montar um campo de futebol
com arquibancadas feitas de caixa de creme dental e caixas de fósforo (vazias), iremos então
trabalhar a planta baixa onde o objetivo é calcular o perímetro e a área que caberão os móveis
ou o campo de futebol com seus traçados perfeitos e arquibancadas. Mostre se puder, através
de fotos, os diversos formatos de campos de futebol o Maracanã no Rio de Janeiro é um deles.
Traga folders de plantas baixas das construtoras, eles possuem o desenho da planta baixa dos
apartamentos que estão à venda e coloque-os em um mural de observação. Não esqueça! Tudo
deverá ser registrado em malha quadriculada para melhor observação da área encontrada. Eles
ficarão empolgados e você poderá até fazer um torneio de futebol de salão (com eles) e ao
mesmo tempo o aprendizado se tornará mais intrigante e interessante. Não preciso dizer que a
reciclagem esta constante nesta tarefa, recorde-os que o lema são os 3 Rs, reduzir , reutilizar e
reciclar.

Vamos ver os outros cálculos que o Sr. Cornélio fez? Vamos tentar compreender
e resolver também?

Proponha outras figuras de preferência com curvas e crie novos cálculos a partir delas,
abrindo um leque de opções para outras disciplinas e outros projetos desejados por você e
aceito por eles. Poderá usar caixas de sapatos para colocar um par do tamanho deles,
verificando assim que todos possuem pés de tamanho diferentes e que as caixas têm área e
perímetros diferentes de acordo com o tamanho.
O educador pode utilizar muitas opções diferentes e interdiciplinarizar várias matérias.
Após leitura do texto, comente a história com os alunos, discuta a importância da água
para o planeta, das cooperativas e do reflorestamento principalmente do agreste antes que vire
deserto, (Aproveite para falar sobre o povo do EGITO), a desnutrição e o que devemos fazer
para evitar. Poderá se dividir em várias aulas uma complementando a outra, cada uma em sua
disciplina em seu segmento.
Divida a turma conforme preferir, em dupla haverá um melhor aproveitamento.
Forneça uma malha de papel quadriculado para cada grupo e um mapa da vegetação de
Alagoas onde estará mostrando as áreas divididas. Peça-os para pintarem o mapa destacando a
parte do Agreste. Exponha e mostre fotos das diversas vegetações existentes no agreste e fale
sobre a grandiosidade da planta chamada imbuzeiro, bem como dos cactos. Aproveite para
fazer um terrário de cactos ou outras plantas.
Os alunos irão sobrepor a malha quadriculada ao mapa de uma forma que caiba a
maior quantidade de quadrinhos no interior da figura.
Deixe colado na lousa com adesivo, uma imagem feita em cartolina ou impressa com a
representação da medida abaixo:

1cm Área = 1cm x 1 cm = 1cm²


1cm

Em seguida, forneça um mapa de Alagoas Vegetação do Brasil, peça para os alunos


contarem quantos quadradinhos de 1cm² cabe na figura. O resultado dessa contagem
representa aproximadamente a área do mapa. Nesta oportunidade, peça para que discutam o
que entenderam por preservação do meio ambiente, migração, desnutrição. Mostre a
localização do agreste de Alagoas e separe em uma figura do mapa maior na lousa, uma parte
do agreste entre Poço das Trincheiras, Maravilha, Ouro Branco e Santana do Ipanema. Esta
parte será a parte comprada pelo Sr. Cornélio do texto lido.
Solicitar aos alunos que tragam imagens de algum personagem animado o qual eles
sejam fãs ou de alguma imagem que eles gostem até mesmo uma foto deles.
O educador poderá utilizar a imagem que eles trouxeram para um trabalho em ARTE
criando caricatura ou fazendo a ampliação de desenhos ou redução dos mesmos. Estes devem
ser expostos para apreciação de todos. Elogie!
Leve o mapa do Brasil ou outros que queira e peça para que eles coloquem a malha
quadriculada e somando os lados dos quadradinhos que coincidem com o contorno do mapa
para encontrar um valor aproximado do perímetro deste.

TRABALHOS DESENVOLVIDOS DURANTE O PROJETO:


Em anexo.

BIBLIOGRAFIA:

- Pró Letramento – Programa de Formação Continuada de Professores das Séries Iniciais do


Ensino Fundamental – Fascículo 5 páginas: 39 ,40 e 41.
- Qual é o perímetro - Ter, 20 de Janeiro de 2009 18:35
Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/online/planosdeaula/ensino-
fundamental1/PlanoAula_281628.shtml
- ESCOLA ESTADUAL ALFREDO PAULINO, R. Caativa, 15, 05059-040, São Paulo,
SP, tel. (11) 3831-8647
- ESTAÇÃO CIÊNCIA - CENTRO DE DIFUSÃO CIENTÍFICA, TECNOLÓGICA E
CULTURAL DA USP, R. Guaicurus, 1394, 05033-002, São Paulo, SP, tel. (11) 3673-7022
- Rosana de Oliveira*- Professora de Matemática da Prefeitura do Rio de Janeiro,
Prefeitura de Angra dos Reis, Presidente do GEPEM (Grupo de Estudos e Pesquisas do Rio
de Janeiro) e Mestre em Educação Matemática – USU/RJ.
- Colégio Rainha da Paz. End. Rua Dona Elisa de Morais Mendes, 39 Alto
de Pinheiros – São Paulo Tel.:(11)3021-5711 Professora:Rosa Maria
Lopes S. Rosada.

PESQUISAS PARA AJUDA:

Como fazer um terrário

A Escola Estadual Alfredo Paulino construiu um terrário em


um aquário de vidro com várias camadas de solo pedrisco
de jardim, areia, terra e terra adubada. A equipe do projeto
Mão na Massa sugere esta versão simplificada, que também
funciona para a realização do experimento.

Foto: Bárbara Aguiar

Foto: Bárbara Aguiar

MATERIAL NECESSÁRIO
• 1 garrafa pet de 5 litros com tampa
• 1 arame comprido para enterrar as plantas

• 1 vareta de pipa com algodão e plástico na ponta para afofar a terra

O solo
• 2 xícaras de pedras 4 xícaras de terra adubada
Os vegetais
• 1 ou 2 mudas pequenas de plantas resistentes à falta de água, como suculentas ou grama de
jardim
Os animais
• pequenos bichos, como minhoca, tatu-bola e joaninha

Foto: Bárbara Aguiar

Coloque as pedras na garrafa e depois a terra adubada para formar o solo. Introduza
cuidadosamente as plantas, enterre as raízes com a ajuda do arame e afofe o solo com a
vareta. Em seguida, coloque os bichinhos. Por fim, regue bem o solo e as plantas e tampe a
garrafa.

Quer saber mais?

CONTATOS

ESCOLA ESTADUAL ALFREDO PAULINO, R. Caativa, 15, 05059-040, São Paulo, SP, tel. (11) 3831-8647

ESTAÇÃO CIÊNCIA - CENTRO DE DIFUSÃO CIENTÍFICA, TECNOLÓGICA E CULTURAL DA USP, R. Guaicurus, 1394, 05033-002, São Paulo, SP, tel. (11) 3673-7022

BIBLIOGRAFIA

A NECESSÁRIA RENOVAÇÃO DO ENSINO DAS CIÊNCIAS, Anna Maria Pessoa de Carvalho (org.), 264 págs., Ed. Cortez, tel. (11) 3864-0111 , 32 reais

CIÊNCIAS: FÁCIL OU DIFÍCIL?, Nélio Bizzo, 144 págs., Ed. Ática, tel. (11) 3990-2100 , 29,50 reaisexto

História:

A palavra Geometria significa "medida de terra"; associa-se à prática de medição


das terras, seja para partilha entre herdeiros, seja para demarcar terras antes e depois
das enchentes do Nilo, seja para outras atividades deste tipo.

Heródoto, historiador do século V a.C., relata como foram divididas as terras para
tributação no Antigo Egito.

As antigas civilizações de beira-rio (Nilo, Tigre, Eufrates, Ganges, Indo) desenvolveram


uma habilidade em engenharia na drenagem de pântanos, na irrigação, na defesa contra
inundação, na construção de templos e edifícios: uma Geometria prática.

Vemos nessas atividades a necessidade de descrever os contornos, para a demarcação


dos lados de um terreno; a idéia de área, para a tributação e para a divisão entre
herdeiros; a idéia de volume, utilizada na irrigação e, ainda, a inter-relação de todos
esses conceitos, quando se trata da construção de templos.

Hoje, continua sendo necessário "medir a terra", por motivos semelhantes aos dos povos
da Antigüidade: tributação, demarcação de terrenos, construções de galinheiros e currais
etc. E, além destas atividades do cotidiano, existem problemas matemáticos
considerados passatempos, ou desafios, envolvendo a divisão de uma determinada figura
em outras menores que possuam a mesma área, que envolvem o conhecimento de
volumes e/ou perímetros.

Rosana de Oliveira*

* Professora de Matemática da Prefeitura do Rio de Janeiro, Prefeitura de Angra dos Reis,


Presidente do GEPEM (Grupo de Estudos e Pesquisas do Rio de Janeiro) e Mestre
em Educação Matemática – USU/RJ.

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