1) O documento discute emulsões cárneas, definindo-as como suspensões coloidais de gordura e água estabilizadas por proteínas. 2) Detalha os objetivos e mecanismos da emulsificação, incluindo fatores que afetam a estabilidade como temperatura, tamanho de gotículas e pH. 3) Fornece exemplos de produtos cárneos emulsionados como salsichas e mortadelas, descrevendo seus processos de fabricação.
1) O documento discute emulsões cárneas, definindo-as como suspensões coloidais de gordura e água estabilizadas por proteínas. 2) Detalha os objetivos e mecanismos da emulsificação, incluindo fatores que afetam a estabilidade como temperatura, tamanho de gotículas e pH. 3) Fornece exemplos de produtos cárneos emulsionados como salsichas e mortadelas, descrevendo seus processos de fabricação.
1) O documento discute emulsões cárneas, definindo-as como suspensões coloidais de gordura e água estabilizadas por proteínas. 2) Detalha os objetivos e mecanismos da emulsificação, incluindo fatores que afetam a estabilidade como temperatura, tamanho de gotículas e pH. 3) Fornece exemplos de produtos cárneos emulsionados como salsichas e mortadelas, descrevendo seus processos de fabricação.
GRADUAO EM ENGENHARIA DE ALIMENTOS Produtos crneos emulsionados Prof. Fbio Anderson P. da Silva Definida como sendo uma suspenso coloidal de dois lquidos no solveis entre si (imiscveis), mas que se mantm dispersos um no outro pela ao de um agente emulsificante interfacial. Emulso/massa crnea: unio de molculas de gordura (fase dispersa) e gua (fase contnua) atravs de protenas solubilizadas. As emulses crneas no so consideradas emulses verdadeiras, pois no possuem propriedades clssicas como o tamanho da fase dispersa (dimetro superior a 5 m). EMULSO OBJETIVOS DA EMULSIFICAO Assegurar a estabilidad e fsico- qumica do produto Conferir propriedad es sensoriais tpicas Aspectos econmico s MECANISMO DE AO 1. Para o preparo da soluo crnea, fundamental solubilizar protenas miofibrilares (actina e miosina); 2. Protenas + gua rede que envolve a gordura; 3. Para solubilizar as protenas deve-se cominuir a carne e tratar com sal ou salmoura. Produtos crneos - Emulso Produtos crneos - Emulso Equipamentos utilizados Cutter. Fonte: google imagens Emulsificador contnuo. Fonte: google imagens Vdeo Produtos crneos - Emulso Equipamentos utilizados Temperaturas ideais de processamento: -2C no incio e 12 C na fase final; Temperaturas muito baixas danificam as facas; Formao da massa (emulsificao): 1. Rompimento da estrutura fibrosa dos msculos exposio das protenas; 2. Presena de sal, gua e aditivos solubilizao e intumescimento das protenas (matriz viscosa); 3. Protenas solubilizadas maior resduo de aminocidos (emulsificantes) Produtos crneos - Emulso ESTABILIDADE DA MASSA 1. Teoria da emulso: formao de um filme proteico interfacial (antes do cozimento); 2. Teoria do aprisionamento fsico: gotculas de gordura retidas por uma malha proteica rgida (durante e aps cozimento); Importncia do sal: 1. Responsvel pela solubilizao das protenas; 2. Polifosfatos tem ao semelhante ao sal; 3. Maior e melhor solubilidade proteica maior concentrao de sal; Produtos crneos - Emulso FINALIDADE DO COZIMENTO 1. Dar consistncia ao produto pela coagulao das protenas e pela sua desidratao parcial; 2. Aumenta a vida til; 3. Acelera a formao de cor; 4. Fixar a cor, pela desnaturao da mioglobina. Produtos crneos - Emulso AGENTES ESTABILIZANTES 1. Principais agentes emulsificantes: protenas sarcoplasmticas e miofibrilares; 2. Miofibrilares: solveis em presena de sal (principais responsveis pela estabilidade da emulso); 3. Sarcoplasmticas: colaborar na formao da matriz proteica; - Aditivos no crneos: protena de soja (lecitina); - Ingredientes no proteicos: carboidratos (amido) reforam a cimentao do gel;
1. Tipo e condies do equipamento utilizado; 2. Temperatura e tempo de emulsificao; 3. Tipo e tamanho das partculas de gordura; 4. pH; 5. Momento de utilizao e quantidade do sal; 6. Tipo e porcentagem de protenas; 7. Viscosidade da massa; 8. Formao da matriz geleificada. Uso do gelo para controle da temperatura no cutter. FATORES QUE AFETAM A FORMAO E A ESTABILIDADE DE UMA EMULSO CRNEA - Diminuio da viscosidade decrscimo da estabilidade da emulso; - Fuso das molculas de gordura maior rea superficial mais protenas emulsificantes; - Desnaturao proteica reduz capacidade emulsificante; - Favorecimento da coalescncia (reagregao) das gotculas de gordura. FATORES QUE AFETAM A FORMAO E A ESTABILIDADE DE UMA EMULSO CRNEA TEMPERATURA FATORES QUE AFETAM A FORMAO E A ESTABILIDADE DE UMA EMULSO CRNEA TEMPERATURA Sob temperatura controlada, o FPI apresenta microporos (diminuio da presso interna). A medida que a temperatura aumenta, a espessura do FPI aumenta, dificultando o mecanismo de liberao da presso interna, resultando em quebra da emulso. A medida que diminui o tamanho da partcula de gordura, maior a rea superficial, sendo necessria maior quantidade de protena emulsificante. FATORES QUE AFETAM A FORMAO E A ESTABILIDADE DE UMA EMULSO CRNEA TAMANHO DAS GOTAS DE GORDURA Emulses excessivamente picadas rea superficial crtica muito grande afeta estabilidade da emulso Efeito sobre as protenas
FATORES QUE AFETAM A FORMAO E A ESTABILIDADE DE UMA EMULSO CRNEA pH VISCOSIDADE DA EMULSO - Reduz com a gua adicionada; - Depende do teor de sal e do pH. CAUSAS DOS DEFEITOS DA EMULSO Separao da gordura Formao da emulso baseia-se no uso correto dos ingredientes crneos e no crneos, embutindo estes em tripas com cozimento posterior. Inabilidade dos ingredientes crneos para emulsionar ou aprisionar a gordura, prevenindo sua separao. Principal defeito em emulsionados CAUSAS DOS DEFEITOS DA EMULSO Separao da gordura CAUSAS DOS DEFEITOS DA EMULSO Tempo entre a emulsificao e o cozimento Embutimento inadequado ou cozimento rpido ou alta UR no forno. No pode ser elevado SALSICHAS Produto crneo industrializado, obtido de uma emulso de carne de uma ou mais espcies de animais de aougue, adicionados de ingredientes, embutido em envoltrio natural ou artificial, ou por processo de extruso e submetido a um processo trmico adequado. Nota: as salsichas podero ter como processo alternativo o tingimento, depelao, defumao e a utilizao de recheios e molhos.
PROCESSO DE EMULSIFICAO Produtos crneos - Salsichas CLASSIFICAO 1. Salsicha; 2. Salsicha Tipo Viena; 3. Salsicha Viena; 4. Salsicha Tipo Frankfurt; 5. Salsicha Frankfurt; 6. Salsicha de Carne de Ave (Peru, frango, etc.) Produtos crneos - Salsichas FLUXOGRAMA Desossa Matrias primas Moagem e formulao Misturadeira Emulsificao (cutter) Embutimento Cozimento Depelagem Tingimento Resfriamento Embalagem Produtos crneos - Salsichas PRINCIPAIS DEFEITOS 1. Limosidade superficial e formao de gases. 2. Enrugamento; 3. Esverdeamento; MORTADELAS Produto crneo industrializado, obtido de uma emulso das carnes de animais de aougue, acrescido ou no de toucinho, adicionado de ingredientes, embutido em envoltrio natural ou artificial, em diferentes formas, e submetido ao tratamento trmico adequado. Nota: embutido bastante consumido pela populao (em relao a carne fresca, supre as necessidades nutricionais dirias recomendadas) PROCESSO DE EMULSIFICAO MORTADELAS Classificao PROCESSO DE EMULSIFICAO MORTADELAS PESAGEM E SELEO DOS INGREDIENTES MOAGEM E COMINUIO DAS CARNES PR-MISTURA DAS MATRIAS PRINAS E INGREDIENTES EMULSIFICAO MISTURA DO TOUCINHO E EXTRAO DE AR NA MASSA EMBUTIMENTO COZIMENTO E DEFUMAO EMBALAGEM EMBALAGEM MORTADELAS VDEO 1 VDEO 2 VDEO 3 VDEO 4