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O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO

(CONCLUSÃO)

Introdução
A avaliação externa das Escolas que tem vindo a ser desenvolvida pela IGE, desde 2006, tem marcado muito as mesmas, pois estas têm
sentido a necessidade de aderir a uma cultura de avaliação, ou de auto-avaliação, que permita a uma prestação de contas, decorrente de uma
maior responsabilidade inerente à sua autonomia e a um desenvolvimento de aprendizagens significativas, que proporcionem as decisões mais
adequadas, à resolução dos problemas emergentes da própria escola, do meio envolvente e de uma sociedade assinalada pela mudança.

É de salientar o esforço e o investimento, que desde 1996, que tem sido realizado pela Rede de Bibliotecas Escolares, ao nível da dotação de
recursos financeiros, físicos, logísticos e humanos, envolvendo as Autarquias, no sentido de as Bibliotecas Escolares não serem simplesmente,
armazéns de recursos, mas passarem a ser parceiros activos no desenvolvimento do ensino / aprendizagem dos nossos alunos, praticado nas
salas de aula. Neste contexto, surge o modelo de auto – avaliação das Bibliotecas Escolares, proporcionando o conhecimento às mesmas, dos
seus pontos fracos e fortes, com o objectivo de desenvolver novas práticas e melhorias, contribuindo assim, para o sucesso escolar.

No entanto, urge a necessidade de unir esforços, para que a Avaliação Externa das Escolas e o Modelo de auto – avaliação das Bibliotecas
Escolares, não se assemelhem a dois processos distintos ou paralelos, mas sim, a um só, com os mesmos objectivos e valências.

Assim, e indo ao encontro do desenvolvimento da tarefa pedida para esta sessão, escolhi quatro Relatórios de avaliação de Agrupamentos
verticais de Escola, mas que estão sob a alçada de Direcções Regionais diferentes:

 Agrupamento de Escolas de Amareleja Agrupamentos de escolas que pertencem à DREA , na


margem esquerda do rio Guadiana, no Alentejo interior.
 Agrupamento de escolas de Vila Nova de São Bento A primeiro está incluído no Concelho de Moura e o
segundo no Concelho de Serpa.

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Agrupamentos de Escolas que pertencem à DREL, na


 Agrupamento de Escolas Paulo da Gama
periferia de Lisboa, na margem sul do Tejo, incluídos no
 Agrupamento de Escolas Eanes Lobato Concelho do Seixal.

Os quatro Agrupamentos de Escolas tiveram avaliações diferentes nos cinco domínios:

- Resultados Suficiente

- Prestação do serviço educativo Suficiente

• Agrupamento de Escolas de Amareleja - Organização e gestão escolar Bom

-Liderança Bom

- Cap. de auto – regulação e melhoria da escola Suficiente

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- Resultados Bom

• Agrupamento de Escolas de Vila - Prestação do serviço educativo Suficiente

- Organização e gestão escolar Suficiente


De São Bento
-Liderança Suficiente

- Cap. de auto – regulação e melhoria da escola Suficiente

- Resultados Suficiente

- Prestação do serviço educativo Suficiente

- Organização e gestão escolar Suficiente


• Agrupamento de Escolas Paulo
-Liderança Suficiente

Da Gama - Cap. de auto – regulação e melhoria da escola Suficiente

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- Resultados Bom

- Prestação do serviço educativo Bom

• Agrupamento de Escolas - Organização e gestão escolar Bom

-Liderança Bom
Pedro Eanes Lobato
- Cap. de auto – regulação e melhoria da escola Suficiente

Tipo de referências que são feitas em relação à Biblioteca Escolar, nos Relatórios analisados:

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Os cinco Domínios de Relatório do Relatório do Relatório do Relatório do


avaliação da IGE Agrupamento de escolas Agrupamento de Agrupamento de Agrupamento de
de Amareleja - 07 a 09 Escolas Vila Nova de Escolas
Escolas Paulo da Gama
Gama Escolas Pedro Eanes
de Janeiro de 2008 - São Bento
Bento - 13 a 15 - 11 a 13 de Novembro de Lobato – 7 a 9 de Janeiro
Moura Fevereiro
Fevereiro de 2008 - 2008 - Amora - Seixal de 2008 – Amora - Seixal
Serpa

1. Resultados - …as principais estratégias


para superar as dificuldades tem
1.1 Sucesso académico
sido…PNL (pag5)

1.2 Participação e
desenvolvimento cívico - actividades de enriquecimento -Participação e desenvolvimento
curricular, nomeadamente as da cívico …envolvendo as
crianças/alunos nas actividades
B E / C R E. ( pag. 6)
de enriquecimento curricular e
as as actividades da BE /
CRE.(pag. 6)
1.3 Comportamento e
Disciplina

1.4 Valorização e impacto


das aprendizagens

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2. Prestação do
serviço educativo
2.1 Articulação e - o PNL …são instrumentos de
sequencialidade articulação intra e
interdepartamental. (pag 7)

2.2 Acompanhamento da
prática lectiva em sala de
aula

2.3 Diferenciação e apoios

2.4 Abrangência do currículo - Procura promover nos alunos - è de salientar a organização


e valorização dos saberes a valorização do da BE / CRE ( integrada nos 3
dos saberes e da conhecimento… no domínio da pólos) onde funciona, com
aprendizagem Língua Portuguesa, como bastante impacto para a
ferramenta através de projectos dinâmica interna, a rádio
de melhoria ,no âmbito das escolar. ( pag.9)
actividades do CRE ligadas ao
PNL. (pag.8)

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3. Organização e - Todas as Escolas do


- de realçar, quanto à Área de
gestão escolar Agrupamento possuem
Projecto a contribuição da BE /
3.1 Concepção, planeamento e Bibliotecas.
( Pag.4) CRE no apoio aos projectos
desenvolvimento da desenvolvidos tendo como
actividade projectos aglutinador “ os
Direitos Humanos “ ( pag.9 )
…as funcionárias da biblioteca …Em duas escolas do 1º Ciclo
- os funcionários não tiveram existe também BE / CRE , com
acesso à formação, no entanto, em virtude da formação
3.2 Gestão de recursos uma docente destacada para o
no presente ano lectivo, três especifica e necessária. ( pag.9)
humanos desenvolvimento de actividades
deles já frequentaram acções, nesses espaços. Os alunos de
no âmbito das Bibliotecas cada turma acompanhados
Escolares (pag 9) pelos docentes Titulares,
realizam aí actividades
dinamizadas pela referida
-Todas as Escolas do docente. (pag 10)
Agrupamento dispõem de
Bibliotecas, integradas na Rede
3.3 Gestão de recursos
de Bibliotecas Escolares,
materiais e Financeiros funcionando as dos pólos em - O CRE / BE está bem
parceria com a Câmara equipada e os alunos são - …A BE /CRE ocupa um amplo
Municipal de Moura. Estas acompanhados por docentes e espaço e está bem equipada,
apresentam um acervo funcionários que lhe prestam o nomeadamente quanto ao
bibliográfico satisfatório e estão apoio necessário .(pag. 9) equipamento informático
equipadas com material (pag.10)
informático. Na escola sede, os
alunos acedem livremente à
Biblioteca, onde são
acompanhados por docentes e
por uma funcionária, podendo
utilizar os computadores,
unicamente, para a realização
de pesquisas e trabalhos
escolares. (pag9)

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- Na EBI da Amareleja, os
equipamentos informáticos são
em número suficiente, porém,
obsoletos, o que lhes retira
eficácia. (pag.9)

3.4 Participação dos pais e outros


elementos da comunidade educativa

3.5 Equidade e justiça

4 . Liderança
4.1 Visão e estratégia

4.2 Motivação e empenho

4.3 Abertura á inovação - participação na “Candidatura - Plano nacional de Leitura


de Mérito”, com a catalogação (pag.10).
on-line dos títulos existentes em
todas as
Bibliotecas do concelho de
Moura pag11
A cooperação com a Câmara
Municipal de Moura para a
criação de Bibliotecas,
simultaneamente escolares e
públicas, denota a preocupação

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pela melhoria dos hábitos


culturais das comunidades.
(pag.11)

- A autarquia é o principal
parceiro educativo do - O Agrupamento desenvolve - O Agrupamento está envolvido
4.4 Parcerias, protocolos e
Agrupamento, colaborando na alguns projectos como o PNL, em projectos nacionais, tais
projecto RNBE … (pag. 5 ) como a Rede Nacional de
dinamização das Bibliotecas
Escolares. (pag.11) Bibliotecas e o PNL. (Pag 12)

5 . Capacidade de
auto – regulação e
melhoria da Escola.
5.1 Auto-avaliação

5.2 Sustentabilidade do
progresso
Pontos Fracos apontados
pela IGE:
- fraca utilização das TICs
como instrumento de
aprendizagem e
desenvolvimento. (pag. 13)

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Conclusão:
Face ao que foi exposto, muito embora a amostra seja pequena, e na análise de alguma documentação apresentada em agenda, para as
Escolas que vão ser alvo de avaliação externa, este ano lectivo, 2009/2010, podemos adiantar algumas palavras:

 O Professor Bibliotecário não consta em nenhum painel agendado.

 Apesar de todos os relatórios contemplarem a BE e dois até remeter para a sua função pedagógica, mas com pouco destaque, a
maior parte das referências surgem ligadas à gestão de mais um espaço físico, da sua organização, aos projectos ou parcerias,
não valorizando Biblioteca Escolar em termos da articulação curricular

 A equipa da IGE deverá futuramente, integrar o Modelo de auto – avaliação das Bibliotecas Escolares nos seus domínios e
factores, de uma forma mais explícita e com impacto no sucesso escolar.

Bibliografia
 Toda a documentação disponível na plataforma

 Os Relatórios de avaliação dos Agrupamentos analisados

 A agenda da equipa da IGE que vai utilizar nos encontros com as Escolas que vão ser avaliadas este ano lectivo – 2009/2010

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