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Teatro Jesuta| Teatro Brasileiro| Semana de Arte Moderna| Martins Pena

Os colonizadores portugueses haviam trazido da metrpole o hbito das


representaes, ajustando a elas os preceitos religiosos.
As primeiras manifestaes cnicas no Brasil, cujos textos eram obras dos jesutas,
que fizeram do teatro, instrumento de catequese.
Os vrios autos, parecem uma composio didtica de quem tinha um dever superior
a cumprir: levar a f e os mandamentos religiosos, num veculo ameno e agradvel,
diferente da prdica seca dos sermes.
Acresce que os ndios eram sensveis a msica e dana, e a mistura das vrias artes
atuava o expectador como vigoroso impacto.
Ao longo do perodo colonial, o teatro praticamente inexistiu na literatura brasileira.
Excetuando-se as peas escritas pelo Pe. Jos Anchienta, no sculo XVI, as poucas
manifestaes teatrais dos perodos Barroco e Neoclssico no deixaram marcas e
no formaram uma traio. Coube ao Romantismo, o incio do teatro nacional.
Historicamente, a precedncia de Gonalves de Magalhes, cujo drama O poeta e
a inquisio foi escrito em 1839. Mas considera-se Martins Pena como verdadeiro
iniciados do teatro brasileiro, pela importncia, pela extenso e pela qualidade da
obra.
A maioria dos grandes autores romnticos, poetas e prosadores, dedicou-se tambm
ao gnero dramtico: Gonalves Dias, lvares de Azevedo, Castro Alves, Jos de
Alencar, Joaquim Manuel de Macedo.

Martins Pena deve ser considerado um caso parte dentro do nosso Romantismo.
Suas obras, sobretudo as comdias de costumes, tem as caractersticas do teatro
popular e retratam a vida brasileira rural e urbana, das classes mdias e popular, com
forte traos caricaturais e satricos.
Estimulado por Joo Caetano, iniciou sua carreira em 1838 com a encenao de sua
primeira pea, O juiz de paz na roa. Escreveu 28 peas, entre comdias e dramas.
Suas principais obras (O juiz de paz na roa, A famlia e a festa na roa, Judas em
sbado de aleluia, Quem casa quer casas, O novio, todas comdias) mantem ainda
hoje o interesse do pblico e so frequentemente representadas por companhias de
teatro. O novio foi adaptada como novela em 1975 e O namorador, para o cinema
em 1978.
MAGALDI, Sbato. Panorama do Teatro Brasileiro. 6 Edio - So Paulo 2014
AMARAL, Emlia. Coleo Novas Palavras 2 e 3. 1 Edio So Paulo 2010

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