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ART-MA2
Setembro/2014
Resumo:
MACHADO, Arlindo. Pr-cinemas e ps-cinemas. Editora Papirus.
Capitulo 4
As imagens tcnicas: da fotografia sntese numrica
O texto comea apontando que temos uma instancia produtora de imagens,
um cinematgrafo interior (MACHADO, 2011, pg 201) mas no temos como
exterioriza-los. Podemos usar nosso aparelho fontico para nos comunicar mas
somos incapazes de projetar as imagens que criamos internamente. Se
tivssemos um rgo que transmitisse quando quisssemos essas imagens
poderamos nos comunicar s por elas, e sem as mediaes tcnicas esta
comunicao seria mais direta.
Imagem tcnica toda representao plstica enunciada por ou atravs de
algum tipo de dispositivo tcnico (MACHADO, 2011, pg 202) mas no
necessariamente eletrnico, o processo da arte artesanal ou semiartesanal se
utiliza de tcnicas, seja no aspecto manual de preparao de tintas ou
tratamento de telas, seja no aspecto matemtico da perspectiva renascentista,
por exemplo. Toda imagem materializada em algum tipo de suporte o
resultado da aplicao de algum tipo de tcnica de representao pictrica
(MACHADO, 2011, pg 203). S no tcnica a imagem que formamos em
nosso interior, h um imenso abismo entre as imagens que concebemos em
nossa imaginao (...) e as que podemos materializar e socializar como os
meios e as tcnicas disponveis (MACHADO, 2011, pg 203).
A ideia de olhar para o visor com apenas um olho vem do princpio da Tavoletta
de Brunelleschi que constitua apenas um ponto de referncia para o olho do
pintor, a imagem renascentista era monocular, os Renascentistas usavam
aparelhos para auxilia-los a obter esses resultados. Vem do Renascimento
tambm a popularizao da cmara escura, dispositivo que reproduzia o
mundo visvel da forma mais exata. A imagem reproduzida pela cmara porm,
produzia distores e tinha problemas de definio. Para corrigir este problema
Daniele Barbaro criou no sculo XVI um sistema de lentes cncavas e
convexas conhecidas at hoje como objetivas. Os renascentistas queriam uma
forma de produzir imagens imunes subjetividade humana.
A fotografia filha legtima da iconografia renascentista (MACHADO, 2011, pg
206). Do ponto de vista tcnico ela utiliza dos recursos tecnolgicos dos
sculos XV e XVI (cmara escura, perspectiva monocular e objetivas) e por
outro lado ela assume a funo que as imagens daquela poca e do perodo
neoclssico tinham na sociedade, a funo documental. A descoberta das