Neste trabalho foram analisadas as propriedades dos concretos com a adição de baixos teores de fibras de polietileno tereftalato (PET), um poliéster utilizado na produção de garrafas e reciclado para a fabricação de cordas, sendo o seu estudo em concretos ainda não realizado. As fibras de PET foram adicionadas e estudadas no concreto no estado fresco e endurecido, em três comprimentos (10, 15 e 20mm), e três teores (0,05%, 0,18% e 0,30% em relação ao volume do concreto). Os concretos foram analisados nas idades de 35 e 150 dias. Os resultados dos ensaios mostraram que a adição de fibras provoca uma redução da trabalhabilidade do concreto no estado fresco. No estado endurecido, nota-se uma tendência de redução do módulo de deformação com o aumento do volume de fibras. Fibras mais longas causam um aumento da resistência à tração do concreto na flexão. Houve, também, um aumento da tenacidade e da resistência ao impacto aos 35 dias na presença das fibras. No entanto, esse efeito desaparece, devido a um processo de degradação das fibras na matriz do concreto. A degradação foi observada por análise de microscopia eletrônica de varredura. Em relação aos ensaios que avaliam a durabilidade dos concretos (absorção de água por capilaridade e profundidade de carbonatação), não foi verificada uma influência negativa das fibras sobre os concretos.
Original Title
Avaliação do desempenho de concreto reforçado com fibras de polietileno tereftalato (PET)
Neste trabalho foram analisadas as propriedades dos concretos com a adição de baixos teores de fibras de polietileno tereftalato (PET), um poliéster utilizado na produção de garrafas e reciclado para a fabricação de cordas, sendo o seu estudo em concretos ainda não realizado. As fibras de PET foram adicionadas e estudadas no concreto no estado fresco e endurecido, em três comprimentos (10, 15 e 20mm), e três teores (0,05%, 0,18% e 0,30% em relação ao volume do concreto). Os concretos foram analisados nas idades de 35 e 150 dias. Os resultados dos ensaios mostraram que a adição de fibras provoca uma redução da trabalhabilidade do concreto no estado fresco. No estado endurecido, nota-se uma tendência de redução do módulo de deformação com o aumento do volume de fibras. Fibras mais longas causam um aumento da resistência à tração do concreto na flexão. Houve, também, um aumento da tenacidade e da resistência ao impacto aos 35 dias na presença das fibras. No entanto, esse efeito desaparece, devido a um processo de degradação das fibras na matriz do concreto. A degradação foi observada por análise de microscopia eletrônica de varredura. Em relação aos ensaios que avaliam a durabilidade dos concretos (absorção de água por capilaridade e profundidade de carbonatação), não foi verificada uma influência negativa das fibras sobre os concretos.
Neste trabalho foram analisadas as propriedades dos concretos com a adição de baixos teores de fibras de polietileno tereftalato (PET), um poliéster utilizado na produção de garrafas e reciclado para a fabricação de cordas, sendo o seu estudo em concretos ainda não realizado. As fibras de PET foram adicionadas e estudadas no concreto no estado fresco e endurecido, em três comprimentos (10, 15 e 20mm), e três teores (0,05%, 0,18% e 0,30% em relação ao volume do concreto). Os concretos foram analisados nas idades de 35 e 150 dias. Os resultados dos ensaios mostraram que a adição de fibras provoca uma redução da trabalhabilidade do concreto no estado fresco. No estado endurecido, nota-se uma tendência de redução do módulo de deformação com o aumento do volume de fibras. Fibras mais longas causam um aumento da resistência à tração do concreto na flexão. Houve, também, um aumento da tenacidade e da resistência ao impacto aos 35 dias na presença das fibras. No entanto, esse efeito desaparece, devido a um processo de degradação das fibras na matriz do concreto. A degradação foi observada por análise de microscopia eletrônica de varredura. Em relação aos ensaios que avaliam a durabilidade dos concretos (absorção de água por capilaridade e profundidade de carbonatação), não foi verificada uma influência negativa das fibras sobre os concretos.