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APRENDENDO A DESENHAR COM OS MAIORES MESTRES INTERNACIONAIS volume | 4.1 INTRODUGAD por.Joccuesais 6 | CAPITULO UM: as FERREMENTAS DO OFicIO 7 | MATERIAIS BASICOS peia equipe da revista Wizard {1 | CAPITULO DOIS: DESENHO BASICO {2 | CONSTRUGAO DA FIGURA HUMANA por Jim Calafiore (6 | PERSPECTIVA BASICA por bart Sears (8 | PERSPECTIVA AVANCADA por Jim calatiore 22 | USANDO PERSPECTIVA por Jim Calafioe 26 | SOMBREAMENTO por Martin Wagner 30 | CAPITULO TRES: ANATOMIA 31 | ESTRUTURA por Kovin Maguire 35 | CABECA E TRONCD per Kevin Maguire = 39 | EXPRESSOES FACIAIS por kevin Maguive 43.1 MAOS por cary Frank “® 47 | PERNAS por Bart sears 50 | PES por dsriek Roberteon 54 | MULHERES por Joseph Michaot Linsner 58 | MULHERES VOLUPTUOSAS por asam Hughes 62 | MULHERES REALISTAS por Torry Moore 66 | SEX APPEAL por Michao! Tumor 70 | ADOLESCENTES E CRIANCAS por Tom Grummer a> 76 | PROPORGOES por Dale Keown 80 | CAPITULO QUATRO: FIGURAS EM ACAO 81 | LINGUAGEM CORPORAL por Mat: Haley 85 | AGAO E MOVIMENTO por dart Sears 89 | ESCORGO DINAMICO por matt Haley 93 | MOVIMENTACAG DE PERSONAGENS por Mike Wie wingo 97 | CENAS DE AGAO por Jim Loo £03 | ¥O0 por Phit Jimenez SCPE ROAR RS: {08 | CAPITULO CINCO: CRIE SEU MUNDO | REFERENCIAS por Joc Kubert { | REFERENCIAS FOTOGRAFICAS por Greg Land | CENARIOS por Phil vimenez 3 | AMBIENTAGAG por vim calstiore | TEXTURA por ar Adams | SUPERFICIES METALICAS por im catatore 35 | WEICULOS por Sean cnen (39 | CAPITULO SEIS: NARRATIVA 140 | FUNDAMENTOS DA NARRATIVA por Joe Kubert 145 | NARRATIVA por tic Wiringo {48 | PLANEJANDO UMA PAGINA por Norm Breytoee (52 | DISPOSIGAD DOS QUADROS por Tory Dodson {55 | TENSAO DRAMATICA per sim catarore 159 | RITMO por Jim Calatiore (63 | CAPITULO SETE: TECNICAS AVANCADAS {64 | DESENHANDO GRUPOS por George Pérez 170 | CRIANDO PERSONAGENS por Joc Kubert 175 |MONSTROS por Doug Mahnke 182 |ROBOS cor Pat Loe ‘87 | EFEITOS ESPECIAIS por Phit Jimenez | EFEITOS SONOROS por Watt Simonson 97 |ILUSTRACAD DE PAGINA INTEIRA por sim Cataiore 201 | CAPAS por Frank cho 06 | ARTE-FINAL por Joe Kubert 21) | ARTE-FINAL DE IMPACTO por steve Lieber 215 | LUZ E SOMBRA por Jim Caiafiore 219 |ESPACO NEGATIVO por Greg Hom 224 | SILHUETAS por Eduardo Risso 228 | CLIMA pocKetey Jones g 32 | DA PAGINA EM BRANCO A PAGINA FINAL por Tor Ranoy & Sear Honna_/ 238 | COLORIZAGAO por christian Licntner & Aron Lusen 2.42 | EXEMPLOS DE ROTEIRO por sian Michael Bendis 250 | ENTRANDO NO MERCADO por sean T. cotins 254 | INDICE INTRODUCAO __ JOE QUESADA ites anos atrs, durante ‘que pedemos chamar fle a ra Dourada da Ietragtio Moderna, os arictas que 60 candidatavarn a desenhar tisham quo ter um nivel técnica tie allo, que apenas 08 realmente excelentes conseguiam thar uma carrera rentave Naguola época, tudo, dosda livros « capas de revista até a primeira pagina dos jornaie @ ptare de filmes, requeria as habllidades atistioas dos melhores Hustradores do mundo. Era comum andar pelas ras ever as mais belas artes em outdoors, anncies de carrose até mesmo de comida enlatada.E esses artistas sentiam um grande orgulbo de saber ‘que podiam desenhar qualquer coisa, qualauer coisa musmo, ‘qve fesse requisitada. Flos tisham que; era 0 seu trabalho. Hoje, com os adventos da forografiae das artes digas, ha quer dia que a dlerioen era des grandes iitradoces pasou. fu seré que no? Eu dria que, enquanto todas as oportunidades do passado para grandes ilustragSes praticamente secaram, ainda existe ‘uma que, 20 meu ver, éo time bastido para os grandes listradores se expressarem e repetidamente exibicem suas habildades. Aquilo que o mercado do iuetragao pubiitria perdu. a inditria doe quadrinhos ganhout ‘Muitcs ja comentaram sobre como, ac longo de mais ov menos 20 anos, a are dos quadrinhos se sofisticou.Is30 porque em nenhum outro lugar do planete, em nenhuma ‘utra industria, é passive! eneantearo brilhantiamo que hoje existe no universo das HOs, Esto falando de Grandos Mestres na arte da lusragzo e, ainda mais importante, da narrativa visual. Esses grandes artistas, que em tempos. ‘mais simples estariam trabalhando em outros ramos, hoje poslom chamar o8 quadrinhos de lr. O lugar onde realmente 6 posetvel pegar um ldnis © usar sous done divinos. E iseo nos rome a este momento! Posso sentir a palma de suas mos comegand a suare seu corpo tremer de agitao, use), eu sl. wood mal pode esperar para passa por esta introcugdo ir droto 20 Exot a APRENDENDO A DESENHAR aque se revela nas paginas seguintes. Mas me aturem s6 mais um ou dois segundos, porque o gent! pessoal da Wizard me pect ara transmit algumae informaeées antas de comerarmos. Come oditor-chofe da Marvel, artistas somore me perguntam o que procuramos nos novos talentas. Seria algum estilo ou téenica especial, algum dinamismo maluca fu anatomia perteta? “Em que outro lugar do planeta Terra vocé encontraria ligdes to minuciosas para ajuda-lo acomecar suajornada nesta estrada rumo ao sucesso?” é nada disso, Nos procuramos Wes coisas basicas: um desejo ardente (amas chamar de 0 olho do tigre), a capacidade de contar ‘uma historia do forma clara @ 2 hablidado do dosenhar qualquer coisa. Qualquer coisa que cela requistada, laso parece familar? Pense ber. Como artista de quadrinhos, vocé pode tor ‘que desenhar um tiroteio no Velho Oeste em determinado momento e, no seguinte, uma fantastiea batalha medieval ‘Onde mais isco soria possivel? Onde mais vocd teria que saber fazer isso e, ainda por cima, fazer bem feito? (que nas leva 20 ttula deste io, f i Em que outto agar do planeta Terra vocé encontrataligdes ‘0 minucioas para aludé-o a eomacar eua jornaca nesta strada 0, para desenvolver a habildade 0 ¢ -onhecimento que poserdo toro um artista profissional fo quacrinhos? E onde mais vacé encontrana seeaslieses ensinadas por Grandes Masiros come Art Adams, Jim Calafiore, Sean Chen, Frank Cho, Gary Frank, Tom Grummer, Matt Hey, Scott Hanna, Greg Horn, Phil Jimenez, Dae Tom Raney, Eduardo Risa, Da Michael Turner, Martin Wagner @ jcringo? Isso mesmo: exatamente aqui Neste pequer eid com as melhores aulas de desenh elaboraces ra. a revista Wizard, voxé eneontrara o pont hegar 20 topo dos quadrinhas, € tudo isso vi frente de paalha, o8 melhores profssina's de Hos da atualdado. Ei, olno pra mim ~ cotou no comand da Marvel e para conseguir isso 36 precise fazer uns desenhos bonitirhes. Bom, t& cert com certeza, grande parte teve a ver com iso. Othe, eu sai que & primeira vit ido fo 800 que precise fazer, mas, was das coisas aq cerdifice's~coms ma Se rmostradas poder p paroeeram para todo 2 no carego ~, mins term um aogiede 6 verti pra caramba! TTenhaisso em mente vos’ va passar or ada as igses este into querer ‘mals. Imegine coneogur pagar sou agus! rabiscardo” seu personage favorito todos (0 das. Com certo isso ¢ be melhor do que caver buracoe, cera? Ese voed cetver endo este fro 26 po le, maravtha Divirta-serabiscando alguma cosa. Eu no ‘consigo pensar num hobby malo, Mas, ombre-se da uma cosa: n30 core caminho, nia pleas gdes tudo vai se lencabsarperfeitamonte. Ve® no pode so coneentar ageras am anatomia ou narativa visual sem estudarparspactva primeio, ‘bo podo aprimorar suas forte de luz som saber coma sivas em conjunto com a narrativa weal, Tuco faz pare de ma mesma coisx 0 aprendizado na arte da lustagi Clisace, Bom, 66 que eu tina. cizcr. Com certez, espero te ver numa crivis convenes da revista Wizardcam seu nave porto os, E quem sabe, avez um da vood rte ternar um dos nosses artistas superstars, Ou ainda ~ 0 adtor-chefe da Marvel El! Cuidado com escae las, hein! Te vejo nos quadrinhos. ‘Joe Quesada Editor-Chefe da Marvel 0s desontos incriveis de Jee Quesada ombelezaram 2 péginas das revistas Demaldor o X-Factor do Marvel. CAPITULO UM: Pt Pe pelo Re) a | os [e) CAPITULO! MATERIAIS BASICOS 222282822"... temenmo Jock Kirby precisa de ua borrachs. | comprar uma rch com proprisades magne numa oa Pacers cesteracn tet acon tsoticn-tifoseretamo se wech no concer os tos tornaro primo den Lou AletRows Serine | da papelou ence qo eve wn. saves ot ips pcaseesundrescoreton para ganar tanzo.Etecphdownforarvock obs ~ gales, aac, ‘evitara trustracaode user materais ruins, prejudicando, com isso, o esultade do trabalho. C problema 6 que entrar em uma loja de materia artsticos pela primeira vez pode ser como anquins, etc. -e he dar algumas dicas sobre as ferramentas. queas profissonais usamem seus trabalhos. Agora, pode qu bar seu cofrinne ei comprar matriais de verdade! DESENHO GRAFITE Oe lipie esto dloponivelsnac mals variadas den- ‘sidades, do2H (0 mais duro) ao 6B (o mais macio). Grafite “duro” ~ como é goralmente chamado ~ tem vida mais longa. «edobxa manos material para se apagar nae paginas. Com srafte macio, sobra mals residuo no papel, elo acaba mais epressa e vooé val notar que é mais dificil ante-finalizar ‘9bra ol, poe as partculas de nanquim tondom a dostizar para fora de ua superficie, LAPISEINAS Esse tipo especial de “lapis” (), alapiseira, ‘std disponivel om varias densidades de grafite © tom ‘uma grande vantagem sobre 08 lipis:voo8 nunea precisa ‘aponté-la. “Eu uso uma lapiseira 0.5 para todo 0 mew ‘trabalho de quatrinhos, grafites de H a 8", dizo dese nhista de OsVingadores, Steve McNiven. “Existem outras. lapiseiras (2), maiores, que basicamente portam grafites malores e mals grossos, que precisam ser apontados.” GRAFITE-AZUL Muito aristas, come George Pérez, do Liga ca Justiga & Vingadores sam ils do arate az (2) para fazer esbogos depos fnalizi-los com srafte pret. O srafiteazulnormalmente no aparece qvando oscaneado na forma de bitmap ou auandoxerocado a linhasdefnvas so mal facmentedsetacadas do esborono lapis final. O arate azul odo or achado em forma do piso apisoae, PINCEIS ‘TiP0s DE PINCEIS Provavelmente voc8 vai achar mais utilldades para pincdis na crlagdio de Quadrinhos do que para pinrar sua sala, gor isso, & Importante fazer uso dos pincéis correto. Pincdis argos e com ccerdas achatadas so bons para fazer linhas groseas, linhas ‘rapidas e para preencher grandes dreas de preto, enquanto os Nail | fings ¢ arredondados so usados para detalhes.O comprimonto ‘etamanho do cabo também afetam o resultado \WINSOR & NEWTON SERIE7 & PINGEIS KOLINSKY ‘série 7 WEN 6 usada por varios profisionas de cuadrnhos, inclindo John Cassaday, ds sie Surpreendentos X-Mon O arte-inalista de Batman Tom Nguyen, concord: "Nic se Contente com material barate, Pesoalmente, eu uso a srie 7 da WAN. Se cider bem dels, ess snobs vao durar para ‘Sempre. O conjuntoimportadechega a 300 cles, ndhvduaimente o mals caro pode ating 200 dares! Porém, para «quem desea se ornarprofissional, compriis um investimente que talveevalha a pen (No Bras a série Kolncky, a= aa pela Tigo, 6 mes faciimoneencontrada, Amarca Tere ¢usadaporvrios profissionai brasil, como desonhista @ are-finalisa Marcelo Campos de Action Comics, que dz: “Sto pinesls muito bons Uso somente esta marca. Os Kelisky fabricads no Bras so bom mais baraos, chagando a eustar ante I2 6 20 reas" Nota doTradutor. ESCOLHAS MAIS BARATAS £ claro que existem op ies mats acessives ao artista icant. Voce pode sempre aqui pinot de marcas varadas fazer tesos para habituar-se ao uso dessa feramenta, Mas ha um detlhe: les nao doram tanto quant opines mais arose demalhor quakdade AS FERRAMENTAS D0 OFIcIO MATERIAIS BASICOS. CANETAS & BICOS-DE-PENA + a 4 5 (utra epee para arte-inal sie ae cartes fe bicos-de-pene, que quando usatios cor- tamonto 680 oxcepcianaie, Assim como aconteee com os pinedis, voeé precisa esto- ther a ferramenta mals adoquada para trabalho a ser feito, MARCADORES ‘As canetas com ponta de fltro oferecem um Seguro fluxo de tinta, geralmente no si cearase so descartéveis.Oprobloma équea ‘ina delas tendo a desbotar com o tempo. AS pontas groseas (I) odo indicadas para reas srandes de preto, enquanto as finas (2 & 3) 30 mais indicadas para tragos precisos e delicados ‘CANETAS TECNICAS. Diferente dos marcadore, as canetas tecnicas (5) conservam arte nanauim por anos. Easas canetas sam propria tnta nang, ho recarregiveis © produzem tragos consistentes com espessura precisa (linha uriforme). Aém disso, a carga de nanquim celas {6 bem grande. o que penrite seu uso por muito mais tempo. “Em termos de canetas Técnicas, eu uso a Koh-|-Noor normals’, to ‘dosonicta John Cassada. Elasvér nas mals Variadss espessuias, por isso, o mais indicado & omprar um Conjunto tm certos inconvenientes: alguns artistas as consideram temperamentais e chatas de se limpar,além de pproduzirem inhas precisas demais edifcultarem a variaga da pe20 de trago. Se vocé quer uma linha de espessura variada (Como a maiora dos artistas de quacirinhos), é melhor usar bico-de-pena (4). Exiete uma grande veriedade de tamanhos {© modelos para ajudé-o a obtero efeito dessjado. $6 tenha em mente que o reservatéri de tinta é lmitado & prépria pena. ® por isso, acaba muito rapido. A pena tem que ser molhada diversas vezes e s6 deve ser usada para linhas relativamants ccurtas (ou movimentos curtos @ épldos, como hachures) NANQUIM snail 7 ooeecemneecee “Aprender como e por que ‘al deco au carte tne doer fuolenam : 4 2 netiorcom deminadoe toon donators, QS COISAS funcionam ajuda Sperimene vias meas pare descobr ual ds man acer soul fear ok sate Mctetoninemnovene A PEFSOnalizar sua arte ea a cae ane “gmeaceicartmversacn GeStacar seu trabalho. rnanquim mais consistente, como 6 0 caso do JOHN GASSADAY, Sucpreendentes X-Men Kooh--Noor. Voce pode misturé-ocom um mais. Talo, a16 achar a textura ideal. Se for usar bico- dde-pena, 0 mals indicado é um nanquim ralo, ‘que fiua com maiefacilidado no ‘papel. Canetas técnicas podem ‘ser diticeis de impar, portanto é melhor usar 9 tipo de tnta feito ‘especificamente para clas, E claro que voes vai comorer ‘erros no processo de arto-final, porisso, em seu arsonal no pode faltar guache branco. Ele ajuda 4 2 tornar oprete acinzentado 1 ot = (elim de sr unadopara ets = ‘opeciais) © € bem mals feria be contol que ov conection — *corretivos PE rrexcenv0 4 vesentian que funcionam diferontes formatos para impar areas grandes e pequenas, endo ficam saturadaa Seaicre Eomnateabarroepocwerercomiemacsramerecen para mim podem ‘fortis hate A 0 omUsiKr0R08h() -eatradamsesnencontciantnereos (10 funcionar peccaeppmena iy ree bral apap * ‘oni Fase boven er tra ice mileage cas box oa para vocé. As: Seen ce i Pormvens conn ceca tora nat atc uncut: SHIM sendo, faca Peed feet ceeon eteae me eevee peony ioscan angele gta uma pesquisa SORRACHABRANCADEVINIL(4)-essaéateramenadeconeriomibusa ANNES de ir até ree a nal delleae da beracho,Fundona mutaben sae manu a ; te eferoa ar maroc oc a aes uma loja de ma- ALMOFADA SECANTE (5) ~ s80 pequenas almotadas de algodiio com particulas ett ” Gtomdudawe Noten onmennaernincrmess terials de arte, ee creveucwven co mentes Soars cera oe ee ‘etc, eles podem deslizar sobre as particulas e nao arranhar a pagina. ton kf 8 FERRAMENTAS FO DE DESENHO ‘Sendo for uma abrrogo da nareza, ‘Yoed val rocisar do ajuda pare dooo- ‘ar lnhas rtase ceulos pertaes Por isso, sou arsenal deve ter uma réquath(),esquadros (2), enbartos de varia formas ¢ tamanhos (3), com- ‘asco (4), uma esponja comum (5) € ‘um pedago de pano qualquer (8) para ‘mantor uc impo. y PAPEIS Agora que ja sabe com 0 ‘que desenhar, onde voc’ vai ‘também usado para desenho a lapis), ¢ poroso, que é mais indicado nno uso de carvao, pastéis e balhos com grafi No Brasil, os papéis mai indicados (e mais facilmen achados) sio Fabriano, Schweller ¢ Opaline. AS FERRAMENTAS DO OFICIO. og 25 S/R CIT : SEU LUGAR DE TRABALHO ‘Quando criar seu propio estadio, af sim voc® vai se sentir um verdadsiro artista. Primeiro serd necessério uma prancheta ajustivel. 0 progo varia dependendo da marea e dos acosed- ‘jos que acompanham 0s modelos, ‘Além de uma confortavel cadeira, também sera preciso uma lumingria, O lendrio artista do Homom-Aranha, ‘John Romita Sr. di: *Recomendo uma ‘uminaria que tenba dois tipos de lam- ppadas - incandescente efuorescente. ‘Aclaridade que las omitom imi luz naturale no danifica sue viet ‘Vocé também pode ter um espelho ‘para sjudarno desento de exoressBes {aciais. Decore sou espapo de trabalho ‘com tudo que possa inspiré-lo~ dosdo pOsteres e bonecos de seus persona- zens favoritos at8 arte original que vvoc# tenha adquirido ~ @ esta pronto para comegar! OCR ELLE RSID Se a ae ae AS MELMORES REFERENCIAS ‘Aqui damos uma pequona mostra de alguns dos melhores livros de referéncia quando se esta aprendendo a desentiar pro- fissionaimente, Se vocd porcobie que precisa de ajuda em alguma coisa especifica, procure mais refer@ncias para melhorar ‘suas habilidades, [ANATOMIA & DESENHO DA FIGURA HUMANA ‘Anatomia Dindmica, Desenhe de Figura Humans, Cabocas Dinénvcas e Mos, todos de Burn Hogarth, o atista que deixou ‘sua marca nos quadrinhos desenhando as tira de Tarzan nos anos 30 ¢ 40. Esses livros ensinam vocé a construir ana~ tomias e explica como o corpo humane funciona ne desenhe. + George Bridgman’s Complete Guide to Drawing From Life um livro que traz centenas de pases dinamicas. Essa versio ‘etine @colegao antiga, apresentada om dois volumos. * Human Anatomy for Artists, de Eliot Goldfinger, um livro um tanto caro, mas bem explicatva, ‘TEORIA DOS QUADRINHOS. * Quadrinhos & Arte Seqiiencial, de Wil Eisner: artista eriador de Spi 1880 da narratva visual + Desvendande 0s Quadrinhios e Reinvenrando ‘03 Quadrinhos, de Scott McCloud: ambos 05 livros trazem idéias novas, conselhos ¢ diferentes pontos de vista sobre a arte dos quadrintos. ‘OBRAS-PRIMAS EM QUADRINHOS * Watchmen, de Alan Moore & Davo Gibbons: um entendimento revolucionario sobre o mundo dos super-herois. * Batman: Ano Um, de Frank Miller & David Mazzucchelli: um exemplo deslumbrante da utlizagao de luzes e sombras, + The Deadman Collection, de Neal Adams: uma mostra da novadora e dindmica arte de Adams ‘em seu apogeu, nos anos 60. wy e i AEE PT LAE LE NR PETES APRENDENDO A DESENHAR RRA CAPITULO DOIs: DESENHO BASICO SOW ML) Bea HCH: N Sasa LVL Te) BU Tac ae 017) Saar) CAPITULO DOIS: PARTE | -FIGURA HUMAN Bees: cisco 5s métodos de construcao da figura humana dem ser tao especiions a um desenhista ‘quanto o seu estilo. Tudo ¢ questo encontrar um processo de desenho confortavel, que também seja efciente em termos de tempo (ainda mais quando se trabalha em um titulo mesa) ‘Antes de comegarmos: esta iio 6 uma lig PROPORCAO ee eee Snes Coeaesac ae oe sere prot: Bee eae ie coe Coe eae diareeha end anatomia, Agu ndo tems espago suficionte para sequer comecar a expicar isso. Recomende que de | vocé compre livros especifices sobre o assunto.E ‘e alguma escola do artes dor aulas com modelos vivos,faga o curso sem pestandar. Por qué? Por- ‘que voce precisa dominar 0 basieo, entender a de | estrutura antes de comecaradistorcé-ia ‘bes de um ser human real, no vai funconar, no impor- ta quantos misculos sejam desenhados nele. F 0 tamanho ‘manor de sua eabega, comparado com. resto do corpo, que dé a ao gigante verde seu tamanho descomunal (tudo no Hulk tem que ser maior, © eu costumo aumentar euas mice também). O Thor, da mesma forma, nao pareceria correto se ‘seus ombros nao fossem mais largos que 0 norm CChecar as proporgdes pode ajudar a criar uma idontidad para o personagem, i ; i i i CABECAS Quando desenho qualquer figura, normalmente comeeo pela cabega. Acho mais fécil colocar o tronco numa cabeca jé desenhada do que o contrario. O diagrama abalxo mostra os quatro passce basicos para ge construir uma cabeca: Guando comego a desenhar uma posicao ‘specifica, fago isso com um “boneco de palitinhos". A menos que o personagom estoja de pé, parado, eu normaimente ‘nto gtrar um pouco sua estrutura, dan- do mais dinamismo & posigio, Na FIGURA A, desenhe’ inhas horizontals através da cabera, ombros @ cintura ~ os ‘wes maiores cis independentes do corpo humana. Na pose de deseanso ac lnhas ‘cam paraelas. Na figura soguinte, voce ode ver as rotagdes de cada so. Mas cui dado, voc’ pode toreer as figuras coments até @ ponio em que eles comecom a ficar “estranhas’, Qualquer grande porgi do corpo raramente consegue ficar perpend- cular 8 outra, Tente girar a cabeca 0 vari ‘que seu queixo no consegue chegar até o ‘ombro perfltamente...Bom,néo sem muita dor e uma futuraviita a um maceagita. 0 ‘mesmo vale para otronco eos quads, AAs vezes, desenho primeito as linhar “toreidas” para ver como vai ficar a ten so na figura. ¥ ‘Como pode ver, estou exbocando os planos bisizas do rsto ‘do uma forma mute sia (no quarto exompl, voc também. ‘poder ver como ver as sombras fcitam o taba). Est & 2 "esquelete"bisico de todas as caboras que dosenho,« 6s simplesente aust a estrutura para candier como esbogo ‘wo fiz. Na figure & esquerda, voce pode ver como detaine ‘mais a eabeg, partido de uma estrutua bésloa, DESENHO BASICO FIGURA HUMANA ossos EXPOSTOS ‘Agora vamos para o desenho mais ‘acabado na Figura B. Perece que ‘estou fazenco autro bonieco de pa- ‘ios, mae desta vez, no entanto, oa- ‘tou trabathando com os patos que ‘correspondem ao esqueleto huma- no (bem, na verdade somente ak ‘Buns deles e de mado simplficado). Jaco ajuda a trabalhar 0s tamanhos a visualizar as juntas do corpo, Voo8 vai pereeber a linha mais ‘grossa, que indica a espinha. Nosso estagio, acho que ajuda muito doso~ 0 ‘hat a espinia logo depois de fazer a caboga; facta manter @ propor (fo, fazendo a cabera, 0 tronco eos ‘quadrisficarem do tamanho ideal. A artir da coluna, eu desenho ¢ cat x tordcica © arco a droa pévica. Destes pontos, os membros si adt- ‘onados naturalmente. Note que outra ver eu desenhei as linhas "torcidas” atravessando ‘a cabeca, otronco ea érea pévica ESBOCANDO Nosta figura, eu eshocsi as formas bisicas do corpo hu- ‘mano ~ pelt, barrga, bragoe, pernas, tc, Ainda no estou ssendo muito especifico aqui; apenas tento me certicer de {que as proporgdes esto corretas. Eu uso formas simples como esferas,cilindros e blocos para construir a figura. O Cconhecimento de anatomia ajuda a dar forma ae desenho, ‘oe’ também vai notar que om alguns lugares, come 0 peito, ‘comecei a delinearplanos especificos, da mesma forma que flz.com a eabega, no inicio do capitulo, Petron arta Re ay eee a BOMBANDO! Agora vamos comecar a colocar grupos de misculos apecfors Figura). Denove, ka pesto emul a ‘undo sobre anatomia pois, sure que canailte livros especializados no assunto. Acho que revistas de musculac&o e fitness podem ajudar bastante, ‘ese que os misculassejam bem delineaos © 0 ‘modo como funciona bem dein, Miele no gm indopondontse une os outros: ees soem vma cada. (Gedo tarde vos va descotrir seu prprio it de desenh-io. EENTAO... ‘Coloque um uniforme, todos os superaderegos © ‘22t8 pronto! Agora vot pode dizer que a figura na ‘sogdo“ESBOGANDO” no parecia quo e wanofor- 1am Wolverine. ela estava to magrinhal E-essa¢exatamente a igo. 0 esquema bisico para a construgao das figuras € 0 mesmo tanto ara uma pessoal normal come para um baixinho ‘bombado, invocad e com paltes de dents sin- do das maos! Ha.. ele nto me escutou dizer iso. escutou? nt : Bom,tonho quowr.Valout = O talento de Jim Calafore tem agraciade as paginas de varias série, include Aquaman, de DC, elas, da Marval DESENHO BASICO, ‘que voc® quer saber esté ll, expicad de modo ro TERMINOLOGIA DA PERSPECTIVA |. Linha de Visdo: uma linha imagindria que sai do ponto de ‘vista do observador e val até o horizonte. 2.Linha do Horizonte: uma linha desenhada horizontalmente através do plano do desenho até o ponto de interseccao ‘com a Linha de Visio. '3.Ponte de Fuga: ponto onde viria linhas paralelas parecem ‘convereir na Linha de Horizonte. ‘4.Pomto de Visie: onto no cho de onde o espectador esta ‘lhando. '5,Plano do Desenho: plano vertical imaginéri através do qual Lg APRENDENDO A DESENHAR -audagSes, caros amigos! Muito do que soi sobre Geen ere | tr dros mons da ma via Un shat omar len ro ic ed deca ot Sher atre er de prec Or Te Set Chae: Ppt Dron Seat Way (uno trl66 la une rc Londen gore) Toe ‘vamento simples © lustrado. € um verdadeito tesouro ‘sobre o conhecimente de perspectiva De acordo com o Diciondrio Webster, “perspectiva” 6:"I. A arte de representar abjetos ers um plano, forma a mostrar trde dimensées ¢indloar a distancia do observador. 2. Proporgaé, inter-relaglo, escala, 3. Aparéncia em termos de distancia". Eu néo sel se oderia expicar melhor. 0 capectador esta vendo @ cena. Cada quado de uma histé- ‘ia om quacrnhos ¢ considerado um pian imaginaio, 6.Linha de Cho: uma ina horizontal desenhada para represen tara iterseaio do Plano doDesenho com o Plano do Cho. 7.Plane do Cho: plano horizontal no qual 0 espectador esta ‘arado, No prociea coro cho do dosenho em si. ‘.Perspectva de um Ponto de Fuga: 2 forma mais simples de Aesenhar uma perspective (diagrama acima) onde todas as linnas paralelasparecom converetr para um ince Ponto de Fuga no horzonte. ? é CONVERGENCIA E PROFUNDIDADE 0 principio da convergéneia atesta que quando um objeto ‘com los paralelosé visto em perspectva, as linha paralo- lee vindas do observador parecem se encontrar na Linha do Horizonte (som eonvergir). Essas lias so conhocidas como Linhas 6e Fuga, © @ pon- 1to:no qual elas convergem, Ponto de Fuga, PERSPECTIVA DE UM PONTO DE FUGA Ev.construi uma grade com a perspectiva de um Ponto ‘de Fuga a partir de cima. Note como 0 ponto de visio dda pagina anterior traduz-eo om um desenho. Perceba «linha com 16 graus que val do ponto de viefo até a LLinha do Horizonte, © note como esse Ponto de Fuga {| usado para ajudar a construc o chao © a parede da ‘grado. Também como a série de figuras com 1,80m de altura foram doterminadas pola lovalizagdo de pontes de equilibrio, seguindo as linhas de fuga do topo da ‘caboga até as verticals, desenhadas para cima, até os ‘pontos de equiliorio. Bom, hau bocadode coisas aecn- ‘ecenco aqui e temas pouco espaga para explear. Etude Isso e descubra as coisas da melhor forma que puder. ‘Quando objetos de tamanhos iguais recuam ao fundo, eles parocom ficar menores do que quando estavam perto do ob- ‘servadar. Isso 6 conhecido como Profundidade, Quando perspectiva é leve, a profundidade & gradual © quase impor- ‘ceptvel, mas quando a perspectiva éforcada, a profundida~ de fica dramatica © poderoes. eee een AQUI VOCE TEM a primeira visto om perspective, ¢ bem eluci dative, diga-se de passager. Sei que multe dessa teoria no faz sentido a primeira vista, nas continue praticando e desenhan- 4o, Ha tanto para se desenhar, e aqui tivemos realmente poueo ‘espaco, mas mantenha-se firme o fatalmente a gente vai falar mais sobre esse ascinante assunto, =» Bart Sears desanhou Dontes-de-Sabte para a Marvel e Liga da ‘Justiga Europa para a DC, © acha quo, 30 voce twer uma pers ectiva inica sabre a vida. desenhe-al a, pessoal! Aqui é Jim Calafiore de novo. | Descol prépr sm treinos como este, que s6 a minh: fécnica nao 6 0 bastante. Quando se trara de representar objetos a distancia o criar a iluséo de profundidade ¢ preciso saber perspectiv ‘Assim, devo acrescentar que aqui ‘Vamos comepar com a perspectva de tum Ponto do Fuga (Figuras & 2B). Isso exatamente © que parece: inhas de Porepeetiva riginadas de um nico onto chamado Ponto de Fuga, 0 qual fica exatamente na Linha de Horizonte. = como a Terra ~ ontéo ost linha 6 0 ‘asso hortzonte. Mas, no precisa ser. la também pade ser chamada de Linha da VieSo, Sea come quer chamé-a, a. estd em paralelo& cAmera. 0 € possivel PERSPECTIVA AVANCADA 21.1: cio falar sobre TODOS os aspectos sutis da perspec ‘iva... nem nesta ligdo e nem na préxima: “Usando Perspectiv da pagina 22. Como em qualquer autra técnica em que vocé esteja interessado, sugiro que procure livros especializados no assunta. Bom, vamos 2 ligao! Ponrane Fuse pomeonncone Se um abjeto¢arenado porum plano [iy APRENDENDO A DESENHAR, ‘A perspectiva de um Ponto de Fuga {ida somente com a profundidade de uma dimerséo. Na Figura C, a profun- ¢idade da sala 6 orintadia até 0 panto ‘ée fuga. AS outras das dimensées, altura e largura, permanecem parale- las e0 plano da cémera, ‘A perepectiva pode sor manipuiada para mudar o elma da sala alterando- 0 0 angulo da camera. Na Figura D. née doscomos a cimora até a altura se uma etianga. Poreba como a Lic ‘ha do Horizonte no mudou, apenas nocea relagio com ela. BRINCADEIRA , DECRIANCA | ‘Mas no vamos nos limitar a tormas ge0- imétricas. Toda profundidade depends da porspectiva, especialmente ax formas forpanicas. Aqui vamos. dois angulos extremos do Thor (Figuras E & F). 0 terceiro desenho, a figura manor, sord hhosso guia (Figura G). As inhas cartando © desonho nos mostram que eaberos sobre oposicionamonto relative dae dfo- rentes partes do corpo: largura de seus ‘ombros comparaca com o posicionamen= ‘to dos pés, 0 comprimonta de sua capa ‘em relagao aos pés e ombros, ¢ assim por dlante. Traduzindo isso para linhas que 8e originam em um Ponto de Fuga, nbs ‘consea.uimos uma proporgdo quase exsta da figura nas Figuras E &F. Voce rambém pode usar a perspectiva para estabelecer uma rolagio entre 0 tamanho dos cestiver mais Braximo de nés parecer maior na fla dos per- sonagens. Siga a linha da perspectiva e vera fue a eabeea de Ciclope bato quaee na altu- ra do ombro do Colossus. Além de manter a5 respectivas alturas dos personagens consis tentes, a perspoctiva também os mantém con- sistentes com o cenério. Em uma cena na rua, '0 ajuda a nao fazer um personagem maior do quo um poste, bese ecco ffl “Tus est em perspectiva, desde objetes simpes, como uma ama até abjetos bem mais complexos, como um caro. No sb onsegunes uma boa representaca0 ce tum caro em mavimento, como também 0 ficemos vindo em nossa drei, adicio- ‘anda drama edinamisme no desenhe Linhas de perspectiva temim podem ‘ser usadas como “linhas de ago". Igno- Su anitee alts crn ‘objeto, as outras que sobraram dio movi ‘mento ao carro. As linhas de aco usam 0 Ponto de Fuga do carro, mesmo estando_ em algum lugar fora da pagina. edo. do mesmo. (Para objetos ou partes de objetos que estejam © dois Pontos do Fuga na itutro~ fonte do huz © outro dirctamente abaixo, Dartindo do chi. A intersocedo das linhas iradiando na di- regdoo através de um objeto nos di aposiedo da sombras Pi] APRENDENDO A DESENHAR: ora do chi, como fiz com 0 jetho do Homem-Formiga e ‘a alga da caneca, vooé deve projetar uma linha vertical de ‘modo a indicar 0 ponto acima do chic). ‘Mas, tango: como ata ndo é uma perepectva de dois Pon- 1s de Fu, ndo 6 precieo se preccupar com as Linas do Hor onte, Aqui no estamos usando a perepectiva como nas outros ‘exemplos, sim como meta de ajudar vacb com as sombras. < o 79 r Zz a a Ww a CAPITULO DOIS: PARTE 4 USANDO PERSPECTIVA :.:c.:: ‘om, asora que vimos aperspectivade um Ponto | Por outro lado, nom tudo 6 assim tio simples, Perepoctivac ‘de Fuga, estamos prontos para encarar ade dois | de dois etrés pontos apresentam problemas bem peculares, ‘ede trés pontos. De certa forma, se conseguimos | mas, quando executadas de forme correta,o resultado final fazer vooé entender o basico, com as outras serd apenas mostra bem a diferonea entro um desenho comum e um ‘questo de somar perspectivas adicionais. Nao vamios | grande desenho. alterar os eonceitos aqui, apenas a maneira de aph ‘Bom, chega de perder tempo. Vamos comecar APONTANDO Enguanto a perspectiva de um posto lida somente com a manipulagio de ea, eo ponroge ruck ols pontos lida com duas dimensdes a (oc8s js tirham percabido, certo?). As- pee Es jm como om qualquer tipo de perspec tiva, nds temos uma Linha do Horizonte (01 linha de visio) em paralelo com 0 plano da camera, Desta vez, como os- ‘anos lidando com duas dimensBoe om perspectiva, temos dois Pontos de Fuga istintos ne Linha do Horizonte, de ‘onde partrio as linhas que se eruzam Figura A). Esbogar primero as formas | dsicas do desenho ajudaré a localizar ‘0 Pontos de Fuga que iro gerar 0 res- ‘ante dos objetos na cana. [Na Figura B estamos enxergando uma ‘esquina com prédios simplificados. ‘A largura e profundidade no esto ana paralelas 90 plano da camera (somente honaowre ‘altura esté), mostrando assim o efeito e distorgdo da perspectiva. — = FESTA EM CASA aqui esta nossa sala de novo, alinhada de, forma similar (Figura C). Note que com inte- t ores — a ndo sor que voc8 estejadeliberada- ‘mento distoroonde arealidade - aponas duas paredes da sala sio visiveis na tomada com dois Pontos de Fuga. Na Figura D. adicione! ‘alguns objetos & sala, que tém suas préprias perspectivas. 0 cubo no chao & orientado pela Linha do Horizonte da sala, mas rot lonado de forma que sua profundidade © largura precisam de Pontos de Fuga préprioe ( cubo flutuante precisa de sua propria Linha do Horizonte, mas agora imaginaria. ‘Aqui, eu n&o rie) nenhuma rogra nova, Apenas usel a perspectiva de dois Pontos ‘de Fuga maie de uma vez. Com qualquer tipo de nerspectiva, miltiplos objetos requerem miltipas Linhas do Horizonte, depondendo te seus posicionamentos. AOR i i i | i i i FA serenvenpo a DesENHAR SS eA NSE SEA RHE EMR \Voce também pode usar a perspectiva de dois Pontos de Fuga ara ajudar a distorcer um objeto. O cubo na Figura E parece ‘bom normal. Porém, aproximando mais os pontos, sua parte frontal vai fioar mats perto da cémera, dando o efeito de distor (glo chamado “olho-de-nete. PERSPECTIVA FANTASTICA ‘Bom, chega de cubos! Vamos para as colcas dvortidas, Vooé vai user perspec- tiva.em formas basicamente geométricas, como prédioe, ei pereeber que com {ois Pontos de Fuga as inas que formam o edficiodo Guartete Fantéstcolevam 1 Pontos de Fuga © a uma Linha do Horizonte que #2 encontram fora da pina, Soisso acontecer quando estver desenhando, cole pedagas de papel nas bordae do seu desenho de modo a estender sua superficie de trabalho, deixando saus Pontos de Fug fora do desenho, Assim que tiverterminado, elimine os papel. DESENHO BASICO ‘Uma répida dea sobre terminologla: a maloria dos rex- 108 sobre perspectiva tenta fcarlonge de termos “argura’“profundidae” elt ‘0 método mais facil de identificar as trés dimensées. Esto felando somente sobre as dmensdes relscio- i= inades eo plano da cdmorae & Linha do Horizont, Eu ‘hamo ae cmensiee orenrades pola Linha do Ho- Faamte de “proineeadeo angus. © & dinero perpendicular a Linha de Horizonte de “altura”. Se um prédio esta deitado com um de seus lados no chao, 0 ‘que antes ora a “altura”, passa a sera “targura’, Agora, te Lina de Horizonte era um pouco nada ert. Calmont eu ainda cham essa mentio ce altura”. P29 aPRENDENDO A DESENHAR. “altura”, Mas eu acho esse TRES PONTOS OK. Sentindo-se confiante com a pars pectva de dois Pontos de Fuga? Gtimo. Entéo, vamos para a do trés pontos. Esse tipo de perspective ¢ usado quan- do nonhuma das trés dmensbes esta paralela 20 plano de camera; ou sea, ‘agora, a altura requ dstorg. t6c- ‘nies é um pouce diferente. pois orereel- 10 Ponto de Fuga no esté na Linha do Horizonte, mas em um ponto perzendi- ‘ular a ela (Figura) Na Figura Hnés tems um prédio feito com dots Pontos de Fuga, que parece boom dstrcid. Na ralidade, a larerais «de um edifici tao alto no permanece riam paralelas umas as outras.Paraisso ser corrgdo, seria nocossérioo uso do lum tercoie Ponto de Fuga. HAGE GLI Finalmente, aqu esta apicacio detudoisso, come Aranha isso, qual seria graga?). se balangando acima da cidade, Uma tomada alta © aborta__-Ab, mals uma dia: em grandes livaras possivelencon- do Cabecade-Teia em acio sempre iraz dinamiemo o gran- _ rarlures om grades de perspectiva prontas, que voce pode deza ama cena. Geralmente, com uma porepoctiva de tée ser sobrepondo a olasafolha de desenho em cima de uma Pontos de Fuga, como ¢ visto aqui, todos 08 pontosficam mesa de lz. Embora esses gabaritos nao possam ajdé-io fora da rea do desenho. (E claro que cu nodera ter usado a saber quando, onde e como usar a prepectiva, oC® ndO uma foro aérea da cidade na mesa de luz, mas, se fizesse teréque desenhar suas grades manalmente toda vez ‘A PERSPECTIVA DE TRES PONTOS DE FUGA ¢ onde encerramos este ascunto. E a menas que voc! seja um Picasso, nao ‘existe perspectiva com quatro Pontos de Fuga, Sei que todas essas informagdes davem ter sido cansatwvas e chatas, mas va devagar, Nada disso & muito vificil, $6 procure manter as coisas em perspectva (desculpa...eu nao resist), Bom, agora dao fera.e maos & obra! Valou! saa FE ASSET EN DESENHO BASICO [EA] CAPITULO DOIS: PARTE 5 S$o M B REAM ENTO POR MARTIN WAGNER MUITO BEM, MEUS: QUERIDOS E OVENS KIRBYS... APONTEM $205 LADS! EU SOU ERICA, 90S HEPCATS, E Hove, UNTO DE MEU CRIADOR MARTIN WAGNER, VAMOS. DISCUTIR UM INGREDIENTE ESSENCIAL EM QUALQUER BOM DESENHO: LUZ & SOMBRA! uso CORRETO DA LUZ & SOMBRA, NAO SERVIRA 66 PARA INDICAR © QUKO CLARO OU 2SCURO SEU DESENHO € MAS TAMBEM PARA DARA ELE UMA CARGA DE EMOAO.. E AINDA FAZER COM QUE PARECA TRIDIMENSIONAL! QUESTOES LEGAIS: MRT DE ICA ESTA CERTA,PESSOML! USIAMENTE, ouMDO VOCE Fae. UM a DESEWHO, EXETEM DUE TPUS DE MUHINACHO QUE RAO AFETAR Sonanéanenro 1 PONTE DE W2 (ov LU2 PRIICPH) asian te & DELAQUE Sus we ESTIVN- DU, PODE SER DU SOL, DE UHA LAAPADA, ETC. 2 W2 AMBIENTE (ou REFLET DA: E AW2 REFCETIAPELAS PREDES WW OUTROS UBJETOS QUE ESTEJAHt NO GUADRO, SENDO REFLETIDAS DE WULT# AO ELEMENTO PRINCIPAL DO DESENHO. Sgore.. QUINTO HENDS CUISAS HOUVER PARA REFLETR AW2.. 3. = E GUsMTO HAS FORTE 4 W2FRR, HAS ESCURAS 4S SOMBRAS SERIO! EXEMPLOS: (cba bem basieas, mos. UH CORA WO DESERTO, noni suavoctavon® By dp OUMDHETROS Bete ~O1 S06 eawTE. — SOMBRAS BEM FORTES. 1 SUJENONIM QUITO TORU obi “W2vNbs DO TETO E Do BUR NO uD-HUD0 TUM 12 REFLETDAMQUE ~ POUCA OU QUASE MENAUHA SOHBRA aE COMO SOMBRER.. OHA OLWADA GERAE: VOCE PODE SOMEREA A Mtl, USWADO HACHURES, 8S (SSO DEPENDE DE PRATIAE SOMENTE FICA LEGH. USHUDO UM BCO-DE-PEMA. cE HED OVE VA Sco TARBEH) VOCE PODE USIR RETEULS WU FULES, OS CHAHADOS *ZP-+-TONE”, ANS (S50 QUASE WO EXISTE MAIS. HOJE EV USO 0 FORMATT. UBS: WO USE SS0 SE VOCE Ge “ccrwer rizenno wn oe cours (DU EN TIO, CUMS QUIDRNHOS HOLE EM DA, COMO O LUFT WAFFE 198, USA PROGRAMAS. CONGO PHOTOSHOP PMACROR SUFS SOTERA. ExCERENTE Con DRERENTES “TECWAAS E DESCUEEAO QUE PUNLENIRA BLAIR PRAVOCE “OR, (850 E LEGAL E TUDO HE, HAS COMO BOTAR EM PRATICH™ “NAO TEMIM, MEMOS! NAS PRORIMAS DUIS PAGWAS, ERICA Vit AUDKAOS, PASSO # PASSO! DESENHO BASICO HUITO BEM, NUH OBJETO SIHPLES, COMO UM CUBO. PEGUEH SUAS CIMETIS E. DEEH UHAOLWADA NUS TIPOS DE HACHURAMENTO QUE VOCES PODEH FAZER. VAMOS PRATICR. o CA RARANENED. E COMPOSTO POR CONJUNTOS DE LINHA CRUZADAS EH ANGULOS DE 90 GRNISH mins Sele an “imo zg os 1-0 44s eo Aes BEH, MOUI ESTA NOSSO CUBO! Sit S50 E COM CERTEZA UM CURD. VaOS CO- ECAR DECIDIDU DE QUE DREGIO VRANGSSA PONTE DE le. UE TALSE ELIVIER Stan A GUE VAIS] SoHaREAR ESTE Uo NOS QUEREHOS QUE 4 SOM UBO SEJA HAS CLIBK DO QUE 4 SOM ‘DANG CHW, POR QUE? DEVIDU A TODA AUB REFLETIOA ENTE, LEMBRAA-SE? ENTIO: = 2 LNHAS CRUZADAS NO COBO! = 4 UNHAS CRUZADAS NO CHRO! 20 DEAE AGURAVAMOS FAZER AMESHA CUA, HAS USANDO RETICULAS RECORTADAS (HOS TRAMOS COMO RECORTA-LAS HA PiGHIWA SEGUINTE), UIRbA? USAMOS Uet TOM HAS CLARO NO CBO. Fic ISTO ESTA ERRADO! ror ute 1:08 TRUS DE WACHURIS SIO OS MESHO NO CEO EMO CHRD.U DESENHO PRRECE SEH VOLUE. 2. ATORHADS SOMBRANTO COPEINA COPt 0 FORMATO DU cUBO. E DE ONDE ESTA vevbO A WU2? PT) APRENDENDO A DESENHAR SOTA AT COR TEAENTAR RET IEUL AS... ~esmme (STO AQUIE BEM FAC DE SER USADU (HAS TEM ALGUHAS DESUINTAGENS), ¢ * corte fora.o excesso e Poe ioe ecfregve bem para a reticula cima do desenho. se fikar no desenho! Uo MEG BEM A GUANTIDADE DE Zo cere yg excesso we re RETICULA QUE IRAUSAR (DICK SE GRUDIDO NO SEU ESTHETE. j TWER UMA MESA DE W2, SERA 2 BEM Hats FACIL). USANDO U4 2 : COTUETE, CUDIDUGMIENTE IG.) DESVAITAGENS DousoDERETANU + ELAS SHO CARAS! ce cons RECORTEO FUME ERETIRE~ PREGD RUDE VARI E1/TRE O DAFOLWA TRAV SPARENTE, COLOCANDO-O SOBRE AREA QUE QUER SUMBRER, Veja pobre GavitoArquoiro aqui (Figura) Ele precisa de um cz quem ale 6. Os bragos esto levemente stants do corpo mmassagstal Sua pose io énadahectca parece desconfor-(indleando que cle est preparad para tudo), seus puntos ‘vel. Veje come suas castas esto arqueadas e como obrago _cerrados (mas rlaxados), 0 ole caminha em frente (dsposto dele esta dura. € dit evar um cara assim a séro. ‘a encarar qualquer ameaga que o roeiicta jogue no seu cami- Pr outro lado, 0 Capito América parece contiante, herdico nh), ne pique para encher os Nazistas de pancadal , capac? QUANT TEND ais You Tee aus rcAR ASS mer ricunasem acco El SEGURE FIRME Uma das coisas mais importantes que aprendi sobre come desenhar uma boa linguagem corporal fol a mmaneira de segurar 0 tépis! Por muitos anos, tente| aebogar @ base dos meus desenhos segurand 0 laps de maneira firme, prépria para o detalhamento, 0 que resultava cm posce duras © pouco naturaie. Uma vez que me mostraram como usar uma pogada leve para fazer esbopos, meus desonhos ropontina- mente ficaram mais vivos e naturais! Esta pogada para esboros permite que voc8 use rodo 0 brago do ‘modo a erar linia amplas e curvas, Tente, FAGA UNA POSE Seja qual fra emoco que esejatemtando passar, vod dove som dvi sua figura ass que eu garanto que a pose fique 0 mais viva possi. Primi, escolho a altue que coro que opersonagem transmita Varnos dizer que eu queira Clsenhar um Cavalera da Lun ameaeador.“Ameagador” me {raz 8 monte uma imagom do Drécula. especialmente em se tratando de um porsonagom notumo como e Cavalera. Agora, Jl que ¢ um super-hero também precisa cr indica. No primeiro esbogo (Figura C), eu fiz 08 tagos bésicoe para a construgao da sua espinha dorsal, eaboca, bragos epernas. Mas eu percebi que a perma esquerda preeisava EY2 APRENDENDO A DESENHAR {do um &ngulo mais dinamico, por isso, eu a mudel ¢ adi- clonel a capa (Figura 0), que ajuda a dar mais movimento nna figura. Um segredo: eu esboro a pose o mais rapido que posso, desonhando 86 as linhas necvesarias para “ler” a pose. Quando acho que ela ja esteja transmitindo a postura que eu quero, comeco a desenhar 0 corpo do CCavaleiro da Lua sobre meu esbo¢o inicial, ainda usando 1 “pegada pra esbogos’. Tento nao usar a “pegada para ‘otaihamento” até comegar a desenhar os detalhes, como suas mos ¢ rosto, Decso joito, a tigura mantém a postura ameacadora que eu quero sem fear dura. NERVOS A FLOR DA PELE ‘A linguagem corporal pode transmitir as mais variadas eme- DERROTA Pobre Frank |g2oe. Tudo, desde amor até surpresa ou dor pode ser expresso Castle, Ombros caidas, através dos movimentos. Aqui estio alguns excmplos para voc ‘comecar a pensar sobre 0 que seu corpo esti tentando dizer. imo e depressio. Sniff! 2 ‘Alegre-se, Justiceiro ~ ouvi AMOR A pose que a Gata Negra cst taxando ac # tea Co uma garota apaixonada. Suas i -maos sobre um dos ombros, SNe Sect eabaganclnada nacre: EN endobj uno (pé curvada DOR Nao consigo pensar em notes See Ae te ‘4 proteger a rea afotada (alim de ficar étima na frente das cameras!). IMPACIENCIA Aqui nos ‘temas uma tipica pose de impaciéncia = bragos ‘ruzados, pé batendo , chio, Parece que / ‘SUAPRESA Surproca? Essa é sim- i, ples, certo? Nada disso. E se 0 seu a personagem estiver usando uma eon f -/ mascara, como 0 Homem-Aranha? HH Claro, voce poderia trapacear @ fazer 0 ‘buraco dos olhos bom abertos, mae / \ ‘vamos dizer que eles extjam cor- / trades na mascara e nto possam jf 5 mover Voce val argue usar ingua- / fem corporal paca contar a histra FIGURAS EM ACAO _LINGUAGEM CORPORAL ne ae GAROTAS Elvi ACAO (0k, prestem steno porque ou sé vou dzor isto uma iniea ver! (Aham) AS MULHERES TEM ESPINHAS DORSAIS! ls00 mosmo. (Como as pessoas de verdadet Elas quaso nunca fieam (ou melhor, ‘utuam) come @ Mary Jane Watson aqui (Figura E).Cara, a pose parece dolor... e em que dlabos ela esta se apoianda? Sei que ‘querem fazer suas perscnagens femininas atraentes, pessoal, mas Ido 6 86 porque 0 sou artista preterido desenha a personagem {feminina dele sempre com a mesma pose de desfle de biquini, ‘stoja ela utando contra deménios cu fazendo uma torraca, que ‘yoo precisa fazer a mesma coisa! ‘Com uma heroina tipo a Muher-Hulk (Figura F), por exempt, ood ‘deve desenhar uma figura fort, corjcea, capaz o, 6 ela, muito bonita. A postura ~ equibraca firme e com uma lve Inelinagdo de ‘cabega enquanto ela oa para nés por cima dos ombros ~ diz mito mais sobre apersonagem do que uma camiseta rasgada consoquiia, (@ esto exempio também mostra como fazer uma mulher parecer atraente sem mostrar 0 peito dela). Lembre-se de tater suas perso !nagons femininas como pes90as de verde, em vez de modelos de catalogo de biquiis,e elas sero muito mais memoriveis! hs EU PODERIA CONTINUAR POR VARIAS PAGINAS falando sobre as diferontes emogdes que a linguagem corporal consegue expressar, mas infelzmente vvém da vida real ~ observe outras pessoas e esboce” 0 tenho mais espago. Eno, ndo se esqueca de que, no final das eantas, ae melhores poses Para uma perspectva sobre o uso da linguagom corporal por mestres, procure olive Quadrinhos e Arte Seqiencial, do Will Eisner, ou qualquer trabalho de Alex Toth e Jack Kirby (Toth sendo mais suri e Kirby ultracinémico). Nao importa se desenar 6 Vincente nos sous perconagene fara adiferenga entre ur ‘eu ganha-pao ou seu hobby ~ colocar uma linguaigem corporal con ima ilstragao comum € uma inesquecivel obra de artel ‘Matt Haley fala aos Fis com linguagem corporal em Aves de Rapina, da OC, @ no Suporman que pode ser visto nas andncios dda American Express do comediante Jerry Seinfeld CAPITULO QUATRO: PARTE 2 ACAO & MOVIMENTO.........: lat Nés vamos falar sobre como criar a sensagao de Vida nos seus desenhos ompregando ago e movi- mento. Voos deve se lembrar que mesmo quando ‘alguém ou alguma coisa esta em repouso (parada), ela viva ¢ em movimento, Vocé precisa soprae vida nas ‘coisas que desenha, e ndo apenas com linhas de velocidade ENTRE NALINHA! ‘A maneira mais simples para comecar a criar movi- ‘mento om figuras, wo que quer que esteja se maven do, 6 trabalhar com a linha de centr. Ela é a linha desenhada através do centro da figura, soguindo a ‘coluna vertebral, @ descrave a ago goral desea figu- +a. Dé uma olhada nas inhas de contro ~ que 2 partir de agora podem também podem ser chamadas de linhas de agao ~ que eu desenhei a delta, Voja come ‘uma linha desenhada paralelamente lateral da folha, ‘ou & parte de baixo da pagina, cria uma sensariio de rigide? au falta de movimento. Perceba que inclinando ‘essa linha para frente ou para trés, mesmo que leve~ ‘mente, vocé comega a criar movimento. Agora olhe ‘para as ditimas linhas de ago desenhadas abatxo. ‘A que estd com o nome de CURVA. Este tip de linha ‘de centro, sozinha om conjunto com suae relagbea, 4 responsivel pela maloria, so no todas, aquelas ‘emocionantes cenas de uta quo todo mundo adora ‘ver nos seus quadrinhos preferides. Linhas do aco ‘curvas sdo as mais perceptiveis © faceis de fazor, ‘porque as ages que elas geralmonte descrovem sio ‘de um tipo mais exagerado. Assim como na atuaco artistica (pelo menos, eu ach), & sempre mais fil desenhar (ou interpretar) personagens exagerados ‘do que personagens com mavimentos e maneirismos de natureza mais sutl, Portanto, vamos comegar com a lnhas de ago curvas e grandes. ® ofeitos, mas com movimentos verdadeiros desenhados nas pessoas (ou qualquer outra coisa) que vocé esteja ilustrando. Assim sendo, tenha paciéneia. Exietom algumas regras egulas relativamente simples que podem aludar voc8 « aprender e capturar 0 movimento em desenhos astaricos ebidimensionais, ARADO PARA FRENTE : PARA TRAS ounvA Na iustragéo & esquerd pporceba como a linha do contro, lovemente inclina- dda para 1s, eria a sonca- ‘qo de que a porsonagom i afastando a cabega de alguma coisa ou reagindo ‘a algo. As linhas do centro io a base da agio, mauris meaeso! Ek ACAOs MOVIMENTO HEROIS EM ACAO ‘Agora que jé demos’ uma olhada nas tishas de Centro, vamos ver como elas se traduzem nas figuras. Aqui estéo duas linhas de agio cur- vas e, av lade delas, duas figuras desenhadas ‘usando as lintas de agdo com linhes de centro (estas duas palavras se virualmente inter- ccamibidveis), D8 uma boa olhada nas figuras. Obviamente, hé msis coisas acontecenda com ‘elas do que uma simples linha de centro, sobre ‘© que falaremos em breve, mas perceba como © hoo das figuras combina com 0 fluxo das linhas de agdo correspondentes. Como qualquer ‘utra coisa no desenino de boas histérias em ‘quadrinhos, agéo e movimento so conetruidos ‘em estdglos. Cada estdgio deve ser feito corro- tamente antes de passar para © préximo ou 0 ‘abaho tinal tera problemas, que eomeyaram cam o primeiro erro e continuaram presentes em cada estagio sucessivo, Aborde 0 seu trabalho de forma inteligente, pense bem nas coisas tente nao corer enquanto estivr aprendendo, Inviota 0 gou tempo agora e mais tarde os coisas 0 oncaixardo male faciiments. Seu trabalho seré melhor ¢ mais bem-sucedlde por causa disso. ‘Ao desenhnar sobre uma linha de centro, cons- ‘rua bem figura (veja a pagina 12 para algumas dicas), lembrando-se de usar a linha de aco ome base para acoluna ir construnde apartr dela, Para agdes simples ¢ diretas, mantenha ‘0 flixo dos bragos, pemas ¢ cabaca dontra da ‘mesma curva bsica da linha de ago. GIRA-GIRA Para dar ainda mais movimento a uma figura, tente rotacionar o tronco. sso significa girar a linha dos omiros para eriar um angulo com a linha dos quacris (como fica melhor explicado no desenho & esquerda). 0 ‘ombro pode se inctinar na direeao do quad, mas no muito. Lemibre- no ire os ombros em um dngulo malor do que 45° em relacdo aos qua- dris em qualquer diregaa! Ae torcer quadris e ombros, vocd cria tensio na figura, o que gora movimento, LINHAS OPOSTAS 806 vordade que linhas paralsas no eriam nenhum movimento (oe ‘rede nisso), enti linhas opostas devem criar.Olhe para as duas linhas de ago & dicta. Duas simples linhas de agao opostas, por sua prépria natureza, cram forga e tensio (elas nem precisam se cruzar). Imagine um heréi ¢ um vilio atracados numa batalha tténica bem ‘cima da Terra - energia brthando freneticamente ac redor deles, 0 {destino do mundo em jogo, seus msculos pulsando e vibrando com poder, ete, Usando estas linhas de aco, vocé pode desenhar isso! RNS MOA NLT ANE EN EE RST: [I] APRENDENDO A DESENHAR: 1 SIE Ps A A TG TESST SIMPLICIDADE E COMPLEXA i Agora nds temos que falar mais um pouco sobre a parte e Ail da ago w do movimento: as sulezas. Qualquce um, sentado, detedo, parado, andando por a, convoreande, : aseiatindo TV, cte,, esté em movimento ¢ tem vida ¢ emo- 7 ‘io, mesmo que este apenas resprando. Ate personagens 7 | di historias em quadinos dover aarecer quo respiram. Ke | ‘As pessoas no sio estétuas de madeira. elas rolaxam. 8 moxem ¢ se iritam 0 tempo todo, e 6 assim que devem j 80 09 sous personagens. Voeé pode deinilos mais reais © E vivos dando-hes movimento, especialmente movimentos 5 uta. Criar movimento suls 6 como eraragBs ampac, 96 i fue menes exagoradas. Ein vez delinhas de ago grandes, } curvas, exacerbadae © opostas, desene linhas do acco | ‘mais paralelae, menorae, mai etas¢ similares. Veja a figura a direita, Ela tem ago 0 movimento ~ no | ‘muito, mas obviamente é um desenho bidimensional vivo © } ‘que respira. Perceba como a sua lina de centro, loverente curva, 6 quase aralola a Borda da ndgina, mas ainda assim } indica movimento. Perceba também a curva sutil da linha i do brago, nao paralela ~ mais como uma parte da linha de fantro do que oposta 8 ela. Depots, 36 para dar un fnra incline! acabega para frente, dando presto © 40 a0 movimento, talver suserinde que um movimento tnaisenergéticoesté para acontacer. ‘A esquerda, nés temos um desenho répido, de linhas angulares, © o osbogo da figure usando essas linhas de acao. Este 60 uso sutil das linhas de ago opostas. Veja como apenas girando levemente os ombres (na verdade, em perspectiva - continue lendo) «© colocando a sua cabega numa linha de contro soparada, mes paralels,e torcendo & linha dos olhos num angul diferente da linha dos ombros (quase como torcer as linhas ‘do quactil © dos ombros), a figura, apesar de nao ter detalhes, parece quaso viva © fecpirando, Talvez isso seja um exagero, mas a figura na 6 mais estatica ou cansativa. Ela tem ago © movimento, QUESTAO DE PERSPECTIVA Colocar uma figura em parspectiva, ‘como no dosonho & dircita, 6 uma bos maneira de indicar movimento, assim ‘como colocar a figura num plano de Perspective, Essas duas coisas. sio ‘quase idénticas, s6 que a primeira implica na criagdio do uma porepectiva para a figura, escorrando-a, 0 dese- ‘ho no canto inferior direito envolve ‘um condrio om perspectiva e a colo- ‘cagio da figure dentro dele. Para mais, informages sobre isso, vola at ligdoe sobre perspectiva, na pagina, 16 © “Eseorge Dindmico", na 89. PALATE TTS neues em acao EE AGAO< MOVIMENTO _ INDO A FUNDO [Abaixo nés temos um’ desenho do Ciclope. Repare como a figura da esquerda parece dure, parada, como se tivessem pedido que o heréi posasse para uma foto de seu uniforme ® corpo para fazerem uma escultura ~ o que ficarla estétieo ddemais nos quadrinhos. Agora olhe para a figura da dirira, Ela ndo esté tao bem acabada como a da esquerda, mas veia ‘como © desenho tem mais vida e movimento. Ciclope parece capaz de um ataque, de disparar suas descargas dplicas © saltar pra fora da pagina! (Bor, mais ou menos...) ‘Aquinés estamos idando com profundidade. Acena éa figura ‘i esquerda tem muito pouea profundidade (ela foi feita para servir como referéncia de escultura para um bonoco, @ das utras visées ~ de perf e trasera - completam o desonho, dando a ida de volume), A cana da dirvita st earrogada de profundidade. Veja como ambas as figures ostéo poradas do ‘mesmo eit, com seus corpas na mestra posi¢a, mas ropare ‘como a da direta fol desenhada em um Sngulo, com uma love erspectiva (note as linhas de fuga decenhadas a partir dos és e ombros do Cilape. $6 por diversio, encontre o ponto de convergiincia destaslinhas, © Ponto de Fuga, ¢ traco uma linha horizontal. Repare que © Ponto de Fuga vai estar fora {a pagina). 0 que eu quero dizer & que voc® pode criar apo ‘movimento com o simples posiionamento da figura no papel. ‘Se desenhar a figura bem de frente, em profundidade na sua postura e corpo, ela fica chapada e sam vid. Othe pars os desenhos, lea © estude os dois, e voja como todos estes conesitos ost relacionados @irabalham juntos ‘em cada desonho. Entdo,tinalmonte, pratique! CAPITULO QUATRO: PARTE 3 ESCORCO DINAMICO......... fazer pessoas v objotos diminuirem © aumentarem em Derspectiva é crucial para qualquer tine de arte, nds temos. ‘que usar esta técnica para detxar os quadrinhos mais emacio- ‘nantes ~ tinal, esse 60 objetivo de tudo, certo? Explicado de forma simples, 0 termo “escorco dinémico” significa que um ic x nse sooo dindmico, poraueenquanto ‘objeto parece ficar menor na medida em que é afastado do ‘espectador; 0 escorgo é a principal ferramenta de um artista para fazer objetos de duas dimenses parecerem tridimensi his no papel. Usa sso de forma dinémica pode transformar 0 ‘soco do seu super-herdi num poderoso petardo ao invés de um {tapinha carinhoso. Vamos botaro grafite pra funclonar.. DUAS PERSPECTIVAS A primeira coisa que devemos fazer & mostrar a diferenga entre o escorgo na vida real (¢igamos, num filme) eo esoor- 0 dindmico das paginas de quadrinhos. No mundo real, 0 ‘bunho na ponta de um brago esticado no val parecer maior do que aquele a0 lado do corpo. Nos quacrinhos, por outro lado, © punho deve parscor maior conforme se aproxima da leitor, para simular 0 movimento © aumentar a tensao. Viu ‘como 0 *s0co real” do Aranha (Figura A) fica sem graga? [Nao ha nada de errado com a pose em si; ela s6 néo & muito envolvente. Mas 0 “soca dos quadrinhos" (Figura 8) parece capaz de arrancar sua eabeea — que é 0 que rnés queremos! [330 porque tratamos 0 brago como uma pilastra: ele vai ficando gradualmente mais largo conforme chega mais perto de n6s, e termina num punho maior do que © normal (mas néo exageradamente grande}. A coisa mais legal desta técnica é que voc® néo precisa adicionar linhas de velocidade ou efeitos sonoros ara passar a sua rmensagem; a figura sozinha jé conta a hietéria, FSCORCO DINAMICO CORPO DE MODELO E extromamente importante comprar um “manequim y ‘pare desenhista”,Esoa ¢ uma ferramenta muito itil pare en ‘envolver 0 seu cérebro no escargo, ja que vocé ade Fricurac] colocar o boneco em praticamente qualquer poee que ‘uiser, Algumas pessoas usam um programa do com Putador chamado Poser, mas as vezes nada substitu 4 coisa real. Qualquer ja de equipamentos artisticos ‘vende es8e8 manequins, que nBo s8o caros. A / AVANTE! (Ok, aqui vai o meu guia paseo-e-passo pessoal para planejar um e8corgo. Vamos dizer quo voe® qucira fazor uma cena dindmica dda Vampira voando pela pagina. Bom, primero temos cue decidir ‘uma pose (@ aqui onde © manequim pode ser uti) e fazer um esbogo dela (Figura C). 0 proximo passo ¢ acertar a8 proporgdes (© manequim também pode ajudar, ou vocé pode usar um bone- ‘uinho qualquer). Agore esboce, na posigao normal, a parte do corpo que vecd desojaoscorgar (nest caso, os bragoe paralloe 40 tronca) « depois trace o arco de movimento que cada brago faz na posigao que voce deseja colocé-os, novamente usando © ‘manequim come referencia (Figura 0). Muito simple, no? aT PILAR DE FORCA ma ver que os brags ettiam na propargio corrota 6 hore de "ganar masa” como 0 Arild dia, Para faze so. n6e vettaes uo veo o conhecio méiede de entender | an partes do corpo como combi ragies de estras, clint. « culos, Reparo, na Fleura como ‘nosso esbogo da Vampiradcom- \ “ * posto examente dae: sdldos Zee: tromético Este $o mato de “la- tes" que mencioeinoineio. ensor nos tragos da Vampira como plares cu canes toma mals fac viswaliloe num perepaivaforgao: oon voce pode. ~~ reldiios no devenho fal porafearem garecdoe com (¢ Sragon hana rosa fal a Vara era | voando como urea mperterine:cnanicamentel 2 BLL | [J srrennenno a vesennan SUPER-SOCO! ‘Muito bem, agora que dominames o escorgo numa simples vamos praticar um pouco... Aqui esta uma cena do Roi dos Mares em pessoa, 0 Namo, numa cena que voo® provavelmente encontraria na capa de uma revista ou ‘numa cena de pigina inter. Esta tomada tom ‘0s mesmos desatios do desenho anterior, 66 ‘que 6 um pouco mais difcl porque ele esté Vind bem na nossa dire¢ao! Nos simples _/ Irene escorgamoe © panho principal Ga figura 8 depos 0 brag ezaverd, Ql separadamente, VB como ole parece estar saltando para fora da pagina? Este 6 oefeito que nés queremos, certo? ee Co aa ee eee et) eer ri Hel \~ UM CORPO QUE CAI Tudo bem, OK, mas ¢ quando a cena é de alguém ppulando em vez de voando? Bom, aqui a pose 40 mals importante. Viu como 06 doie bragos dda Elektra estdo esticados para frente, como se la estivesse tentando amortecer a queda? Para. Criar uma cena mais envolvente, coloquel & mao direita da porsonagem na fronte do ombro. Ainda preciso desenhar 0 brago inteiro quando cons- ‘ruimas a figura, mas s6 precisamos finalizar 0 ‘miro © @ mio (0.que pode, ocasionalmente, oupar tempo), O resultado? € bom a Elektra ter tum guacho de esealada por pertol FIGURAS EM AGAO oH PONTO CEGO Este aaui ¢ complicadinno ~ 0 Demolidor ‘altando na nocsa slrogdo, M6 agore, ns escorgemos figuras. de cima para. baixo, ‘mas como vamos resolver esta stuae3o? & ‘cil ~ aplicamos os mesmos prinipios de antes, Depols de esbogar a pose certa (0 ‘manequim ajudou bastante nesta aqui) 16s nos cerificamos de que © torso est na perspectiva conta © depois vscorgaros cada um dos_membros do. Demolidor ‘separadamente, dando importéncia especial 8 porna aria, 4 que oa eat prestes aos avertarna caboga. Poste atenglo noo pé> da figura, poraue, mesmo que a gente 85 possa ver a sola das botas na figura fra, temos que desenar 0 pé intero na fase de eabogo para que oles salam dieito. Eu considero escorgar objtos de je forma dindmica mais fil do que escorea ean japeo ‘porque 08 olhos do leitor vlo porcelber com mats ‘acldade so uma poasos osta esaulita ou fora de Berspectva. Contudo, como a maioria de nés nao ¢ uma eneiclopédia ambulante, os artistas tém mais lberdade em se tratando de objetos inanimados, ‘como 08 que estio nesta pagina. Nés também demos usar nossa téenica de esferas/indros/ ‘eubos aqui, jd que grande parte dos objotos so ‘basicamente esferas, llindros ou cubos e, portan= ‘0, mais féceis de se desenhar. © ESCORCO DINAMICO pode sor uma ferramenta muito poderasa por isso, tuseva com sabedoria. Veo ni vai querer sacar ge alhoe do etor em Todos 08 ‘uadiros, nao & mesmo? Equlbrarcinamisine com sutileza vat manter 0 leitor reso as paginas. € claro que nés nos apoiamos nos ombros de gigantes, por 4200, 9 auser saber como os grandes mestres dam com isso, comece estudan- do 0 trabalhae de Ro! dos Quadrinhoo, Jack Kirby, ou de Neal Adams, ou John Romita (pai e filo). Sela qual foro seu esto de desonho ~lustratwo, cartum, manga = 0 uso de escorgo dindmico pode fazer suas hstdrias fiearom ‘empolgantes.cimpactantes,e deixar 0s letores querendo mais! > APRENDENDO A DESENHAR CAPITULO QUATRO: PARTE 4 MOVIMENTACAO DE PERSONAGENS Fantastico, E uma grande coisa que eles 18m ‘em comum é que todos precisam se mexer! ‘Sio todos herdis cheios de aco, o que oferece ‘muitas oportunidades pra explorar as formas do criar “movimento”. Nesta ligdo, vou contar a vos 0 que ou gosto do fazor pra dar vida 4s coisas que dosenho. Imprimir aos sous por- POR MIKE WIERINGO sonagone a iluedo do vida 6 um dos elementos ‘mais importantes no desenho das histérias om ‘quadrinhos. Isso aluda no 36 na narrativa © ‘no realismo dos personagens, como também 6 ‘muito divertido, O methor jeito de aprender a ddesenhar omogaes, claro, & bsorvando-as. Dé ‘uma olhada nas pessoas & cua volta. Voja TV, ‘cepecialmonte eapartes, como gindstica olim iea, Em sume, lhe em todos os lugares. Agora, Isso dito, vamos nos mexer! / / /., RAPIDO E RASTEIRO Eucrielalgumas manelras de mostrar o Mercurio fem velocidade desenfreada: basicamonto, usan- do as linhas de velocidade, Multas delas! Linhas ZF de velocidade sio étimas porque voré pode fazé- ‘Como as tinhas saindo do Mereiirio fazem pare- cer que ale esté vindo na sua diregae. Coloque lum rastro de velocidade, um ‘endo levantada, algumas pe ar, junto com alguns pedacos de papel voando, © \voc8 criou um velocista supersénico! PULA-PULA Uma das manciras mais logais de mos- trar a inerivol combinagdo do rapidez © agilidade do Homem-Aranha ¢ ucando ‘mditipas imagens. Voc8 pode mostrar 0 ‘Aranha pulando, ganda @ se torcendo dde qualquer forma imaginavel. Apenas esenhe suaves transi¢des entre os ‘movimentos (como se voc# fosse um animador). Fazer uma imagem flair utra ajuda o Caboga-de-Teia a fi ‘ainda mais fuidico e gracioso. Miitiplas, Imagens também so uma étima manei- a do mostrar a fantistica rapider do Mereiro enquanto ele nocautela algum inimigobrutamontes com um super- ‘s0c0 em alta velocidade, // ricunes em acao EI MONIMENTAGAS, DE PERSONAGENS TER MUNDO SUBMARINO Mesmo que provavelmente hala muito pouco oxigénio puro pra produzir bolhas nas profundezas onde Namor vive ( az baru), & divert tomar essa licenga as pra indicar de onde pe Submarino esta vindo ‘ram uma sensacao de ‘que a Agua esté se abrindo @ sua volta, enauanto ele raoga 08 mares. Parcoba ome 38 boinae, desde a mio até sun eabogs,ajudam @ mortar 9 movimento do brago eirito, onquante 0 retro de boas monoroe eaindo doe ecu és poeta. a imagem do que Namor eta nadando na nossa diego, Um cardume de peives nadando ac lado aluda mais \ ainda octet! perl ~ 9 velho MOVENDO NIONTANHAS ‘Um pouco da boa e velha terra firma (‘aso que dizer “terra aot ea) psec eosin te quando vocé esté desenhando perscnagens ¢ forte com o Auk agd Enqurtoe Giante Esmrala ‘choga pra uma sterrissagem (imagine um enorme efeito ‘sonore de “BUUUUM" atrés dele!), ele joga pra cima uma ‘grande quantidade de terrae poeira. Dosonhar varios poda- {G08 do chido e de rocha veando dé uma étima improssao ce ‘de que o Hulk aterrissou com um tremendo impactol A sua posigéo agachada também doixa a figura mais dindinica © ‘mostra 0 realism da gravidade puxando ole pra baro. TTambém é divertido desenhar um grandalhéo socando ‘outro ¢ prensando-o no chéo. Mostre as costas e parte de tras (Jaquele que tomou o golpe) moendo pedacos de podra, tera 6 p6 enquanto seu aga (e taseiro) machu- cada se arrasta palo chic. VENTO No ROSTO Voc’ pode usar 0 ar, ou mals especificamente 0 vento, pra cri alguns efeitos bem legais cheios de vida, Capas si étimas pra esse tipo de colga! VooB pode agitar até 5 cenas mais estéticas com capas fe venta ~ como este Cavalera da ‘Lua que eu desenhe!! Ele estétenso, ‘esgueirando-s0, pronto pra atacar. ‘mas no o8té se mexondo muito, ‘no. Entlo, eomo adicionar movi= ‘mento? Simples: faca a capa tre rmular de forma soturma ae vento dda noite. Adicione alguns pedacos ‘de papel voando morzegoe ¢ ‘voc$ criow uma cena fantastical do meu trabalho /) CHUVA ) DEFOGO (© Senhor do Fogo esta gtrando seu basio fumogante, debxan- 1 do um rastra de fogo maneico |/ ue voo® pode seguir, © criando ‘aquela sensagdo bacana de movi- ‘mento. Perveba como as diferen- tes espessuras do fogo ajudam ‘2 demonstrar movimento, Como ‘com a6 linhas de velocidade, 0 astro de fogo fica menor con- forme © movimento vai sumindo. Vocé pode fazer a mesma coisa Ca ‘com 0 Tocha Humana e seu rastro aa ‘do fogo quando ole seté vaando! nounsem aca EE paar Asin como msl com o baste do Senor do Fog, os ots podem rum «20 fundo da figura, lembrando de nao preencher todo © cenétio ‘Porque vo entrar balbes de texto no quaéro, Quando tudo isso esta ‘Bronte, comego a detaar 0 restanto. APRENDENDO A DESENHAR SEJA UM AMBIENTALISTA ‘qu esta Vampira, pousand para aprovitr um pouco da pez © auotude de Um ola ensolarado no bosque. Como ‘vcr este ambiomte © clea leso no pape! Aida em awe voce perguntou. Primeir encontro ume referénca. Eu queria uma flresta parocida com um parque natural, por isso, dei uma olhada 10% meus vos © revitas~ incisive em ros de animals, ji que oles tambsim possuem ceniros ~ e acho oo tnos ideas de arvores » vegracio. Nao importa se voce esta desenhando aves ou calinasverdeantes. Claro, as refe- rinclas pod ser frente, nas oprecessoé 0 mesmo. Em seguida eu esbogo a Vampira (Figura A-|) enquanto: breencho os detahes das vores arustos em ola dela (Fitura 62), tendo em mente a fontes de ir ©sombra OBJETOS Elvi CENA ‘Uma boa maneira de trabalhar é Imaginar seus porsonagens: ‘come sendo “atores’, @ 08 ceririos como 0 “palco" ou 0 “ser do filmagem”. Um paleo tem trés partes: primeiro plano, plano médio ‘plano de fundo, Estes e&o of trés nlanos de um cenario, que nds ‘usamos para criar um “espago” onde o personagom possa atuar. 0 primero plano (Figura B-I) & a parte “mais préxima” de née, (0s leitores, e esta geralmente bem na nossa cara, quase como 2 ‘estivéscemos Ia. Nossa mao poderia, 29 estondida, tocar primeira plano em alguns casos. O plano médio (Figura B-2) 6 geralmente ‘a parte onde os personagens estzo, porque ele ¢ 0 centro 80 foc, {do quadiro. 0 plano de fundo (Figura 8-2) sio as coisas que esto ‘beecem para trés (embora as vezes ni tao longe) © criam uma dlistante "parede" pera o palco onde o porsonagom eeté atvando, MUDANCA DE AMBIENTE oes pode desenhar seu personagem em qualquer ambiente, com ‘qualquer conério, com quaker tie do cima que deaeer Essa parte legal dos quactinhos. Mas lb: se lterar qualuor casa ro cand, ‘voc’ mudaré‘ocontero, © compartment do pereonagem deverd ‘mubar de forma aproprada Dé uma clhada. nas folhagons acima. Elas sugerem diferentes tinge de ambiente, As folhas de arbusto 8 esquerda (Figura C) suigerem um lugar mals seco e prximo do uma florsta. Ae fina 8 dicita so de uma selva ida su-ameriana (Figur 0. ‘Vivo que aconteve quand cu desenho um tina de florest ‘outro (Figura E-)? Todo © amblonto muda, ¢ a reagSo da Vamp (Gurpresa etemor) na Figura €-2 se wansforma de acordo.O cené- Samia cre seumunco [El] _CENARIOS. | PREPARANDO © PALCO Ok, digamos que seu herd foi enviado para 0 ‘Velho Oeste por um tel do tempo. Como vamos ‘taro eandio (ambiente) para ole atuar? Primero eneontranos referéncias: vos sobre ‘© Velho Oeste, duns de fotos eriea de fos do farceste deed 1820 até ov anos 80, e quck | uorcoiea coma referécia veual apronriada. Entéo colocamos isso tudo no papel. Eu eshocoi nosso herd (Figura F~) com uma pose de surpresa (efinal ee veio de uma grande cidade do presente) e © coloque! no plano medio, sendo nosso foco Depais comecei a construi o cenéio em volta i: ke dele. Aentrada de um saloon (Figura F-2) esténo primeiro plano, © que ajuda a estabelocer onde ‘nds, 05 leitores, estamos. A seguir poguel virias {otos diferentes © combine! todss para criar um i plano de fundo (Figura F-3) (a igpoja © 0 hotel ‘0 de duas fonts diforontos). Eu adiclonot ume ‘carruagom (Figura F-4) para transmitir um poueo mais d0 “eabor" lal. Tudo no seu cendrio deve parecer infogrado, © voc® no precisa tontar ‘onfior todo o tipo de busigangas nele ~ apenas o bastante para ajudar a estabelecer a clima geral do ambiente. Finalmente, aicione algumas pes- ‘3083 (Figura F-5) - moradores do lugar, vestidos ‘0m a indumentavia da épaca ~ como © uitima © ‘mais importante elemento da cena. Afra, 9 os herdis ndo tiverem outras pessoas para salvar © com quem interagir, pra que ees servem? VER PARA CRER Nao importa qual seja 0 seu estilo, ccartunesco ou realista, simples ou etalhado. © que importa ¢ voce criar cenérios convincentes onde ‘seus personagens possam atuar. {sso ¢ 0 mais importante, Seja una ‘casa de um conto da fadas infant, ‘um ediffcio em Manhattan ow uma cidade fururista, seu trabalho 6 criar ‘um contoxto convineente no qual ‘seus personagens possam viver. HA MUITO MAIS a dizer sobre cenérios, © aqui nds mal arranhamos a superficie. Apenas lembro-se de que eles ee impor- tantes. 0 eitor de quacrinhos gosta de ficar olhando para eles, ¢ os elementos ajudam seus poreonagone (sous “atores") a tabalhar com mais forga. Pelo mesmo motivo que atorcs se dé melhor com consrios do verdade do cue com tolas azuls de ‘roma ~ eles podem “entrar” no cenério com muito mats facilidade. Agora, faga o quo fizer, 6 importante que vacé cura dese- ‘nhar, e que continue treinando. Tudo se encaixaré com a prtica.E pense duas vezes antes de joger aquelas velhas revistas ‘National Geographic no Iixo ~ elas so as melhores referdneiae! @ SET SONA. DREN A AOS DENT STORE] APRENDENDO A DESENHAR \ | i i j SAEITUES. CINCO: PARTE 4 AMBIENTACAD js: 5 super-heréis vivem no munde real JE verdade, Nao no nosso mundo, mas enquanto __informago existe no ambiente em que voce esta ‘ruque esta nos dotathes. Olhe ao seu redor. Veja quanta todas ‘os leitores estiverem entre as capas de umarovis- as “coisas. Sao elas que garantem personalidade © pro- ta de quadrinhos, 0 que eles estdo lendo chega bem perio fundidade a um ambiente, que podem tomar um ambiente dda realidad, Qu pelo menos deveria. Um bom artista pode de fantasia real o bastante para capturat a lsitor e fazé-lo fazer voc® esquecer que esti lendo uma ficgS0. Come? 0 seroditar naqulo ONDENOS ESTAMOS? Um roteirista de quadrinhos geralmente responde a esta pergunta, descreveno 0 “ambiente de cada cana com um tinico qua- ‘dro, mostrando grande parte do lugar. Esse ‘quadro ¢ denominado “tomada de ambion- tagao". Mas a descrigio dos ambientes var ‘muito dependendo do roteirista, pode ser ‘desde uma pagina inteira de ancragéos até ‘uma simples frase come: ‘Deadpool entrano quarto do pulgueiro onde esta hospedado". Este ultimo tipo de descricdo deiva muito nas rmios do artista. 0 desenio ao lado uma solucio simples para a descrigio acima. Todos os elementos de um pulgueiro presentes: paredes, teto, Janela, porta, mesa.e cama detonadas - mas, ‘mesmo assim, 0 consrio no tem vida. O simplismo da cena é um extremo, mas eu ja \iamadores e profissionais criarem cenérios ‘ainda mais tosoos ¢ tentarem fazer a coisa [passar por uma tomada de ambientago, DETALHES SAO TUDO Estaversio|é édiferente, Eu adicionet alguns detalhes, como armas na cama, restos de cereal do café da ‘manna. granadas de mio, dotalhes raperta, uma fone de uz (ampada ‘sem soquete),outra porta no corredor ara dar profundidade, letreito de ‘neon © o prio do outro lado da rua, visto fora da janela. Note também as coisas mais suits: tranca no baterte da porta, 0 internuptor de: luz, 0 suporte vazio para mostrar a fata de cortinas. Tem até uma tomada, com ‘queimadura de eletricidade em vaia. Eu poderia ter adicionado mals armas, beratas correndo pelas paredes — talvez até um rato fugindo com modo. Mas os detalhes que adicioneljé io (© bastante para convidar 0 letor a ‘ontrar ne quarto e sent, em vez de fear agonae olhand. crc seu munoo [Ex AMBIENTACAO See | tt I . LOCALIZACAO, LOCALIZACAO, LOCALIZACAO Préxima pergunta: como nés apresentamos @ ambientacio? Seo roterista nao especificou nenhum angulo paraa cena, fea or conta do artista interpretar« emocéo, o impacto da tomada, a alitude do(s) personagem(s).E a atitude do ambiente ‘Sim, do ambiente. Ele 6 t20 parte da cena quanto as pessoas ai presentes. ‘Figura A mostra uma camera frontal. Estamos de frente para 0 Tocha-Humana aqui, como se estivéssemos no tere de ‘um préio do outro lado da rua. 0 Angulo & bastante direto. ‘A Figura B mostra uma edmera de baixo para cima, mais dramatica, como uma ‘tianga alhando um adult, estupetata. Ou ‘come mortaisolhando para um deus. ‘A Figura C tom uma pegada complta- mento diferente. O Angulo do cima para baixo rovela mais da cidade, o apsser do ‘Tocta parecer menor em comparagao. cle ainda paira acima dos “pontinhos abalxo, como um verdadeiro guardio, E observe os detalhos: 0s prégios om A © C no eo meras caixas com linhas no lugar das janelas; so todos diferentes & Aistintos, Os Huros de referSneia edo éti- ‘mos para isso = eu tenho trds com fotos 6 de Nova York. E repare nas esquinas: elas tém uma conceniracio maior de pessoas lesperando para atravessar a rua! Note como mesmo na Figura 8, 0 "4" do Edificio Baxter nao esta totalmente visivel. ‘Avantagem de usar um lugar bem conhe= cido € que uma pequena parte dele ja € suficiente para dar idéia do todo, [El aprenvenpo a eseNHan AO ANOITECER ‘Vamos vor como isso funciona no contexte de uma narrativa, ‘quadro a quadro de verdade, Em nossa cona de ambientago, © Demolidor est num de seus cendrioe soturros habitus ‘Mas apesar da quantidade de sombras no quadro, ainda ha ‘muito espago para informagées: uma pancada de enquina- ‘mantos de laboratéro, um pouce de begunga um rcipionte de Ico toxico derramado, e toques sutis como o exintor do IncBndio e relégio (va os detahes na Figura D). Ambien ‘escurns no so uma desculpa para o artista fui da sua res- ‘ponsabildade de criar um cenévio convincente (Figura) DICAS PRO eee ett ee eee ets eee ences Se ee ane Ce eons Sa acai E quase impossivol criar canarias complexes em todos os quadros, todas as paginas, sem perder 0 prazo de entrog 4o trabalho (acredite, eu ja tentei). Mas por isso mesmo & importante vee8 estabelecer um sdida ambiente - no & preciso inclul-lo em todos os quadros, especialmente em enas que se concentra na ago. So voo6 trabathou bem no comeco, quadros sem cenario tm uma chance muito maior de nao confundiro leitor. Agora, se vocé deu ao leitor uma ambiontagao lovo © sem substanela, seguida de qua- dros sem cenarios, nfo havers fluxo, 0 leitor pode nascar mais tempo se preocupande com o lugar onde esti os Personagens do que com a histéria, O que eu discuti aqui serve para qualquer ambientacio, imera ou externa. Voe8 acha que as florestas so s6 um amontoado de drvores? Ento va caminhar por um basque fe dé uma boa olhada & sua volta. Um deserto é apenas lum mar de dunas de arela idénticas no horizonte? Assista 0 filme Lawrence da Arabia ¢ veja quanta variedade um \deserto pode tor. No occano exictom incontaveis eepécies de corais, © um nico pebee no faz um cardume. Isso 60 aplica até aos locals de "fantasia". Assista ao seu filme favorito de ficgao cientifica olhe para tudo 0 que fol usado ara criar um ambiente convincente. Detalhes. A realidade etd nos deralhos, cme seumunco [EG AMBIENTACAO ARECOMPENSA ‘Agora, como esta técnica se encaixa numa pagina de quadinhos? Embora goralmente soja ueada no primeiro quadro, a ‘omada de ambientagéo nade fcar em quase qualquer parte de uma pagina (pode até vr no fina, se © ceo servir como tna, pte por marcar a ambientacao no segundo quedo, usande 0 primeiro coma 10 © oolhar do Domolider, com ce tuboe de onsaio quebrados ao fundo, dio uma sensagdo de pergo, que ¢ entao reforcada quando todo o ambiente ee revela, Para um ritmo dterent, eu paderia ter feito trés ou quarto quadros antes da ambientagio - claves leolado de diferentes ‘lomentoe,esticande a cena para crir uma tenséio maior antes de revelaro todo. Suas escalhas devem ser definiasape~ nas pelo que vai funcionar melhor na histria, Regare como, na romado de ambientagdo, esclh um Angule de Baio para cima e mais aberto para garantir que as lumindrias aparecessem. Eu precisava IncluFlee para que, chegande ao quadro {1és, nio houvesse confusio. 0 terceiro quadra 8 fi feito para focalizar a atengdo do leitore proparéle para o quarto avadro, que revela Bardo Sangue no tea. Agora a cena esta estabelecida! m © CAPITULO CINCO: PARTE 5 TEXTURA ess: so: tito bem, seus vermes initeis, escutem bem! Hoje nés vamos falar sobre texturas no dese- ‘Aho de histérias em quadinhoe! Nao precisa ‘8 asaustar ainda, seus frouxos! Usadas devidamente, as ( Toxturas no vlo te machuc Pra voo8s que no mo co ‘Adams, mas podem mo ch rmexam-sal Andem! ANDEM! ALERTA LARANJA ‘Vamos comegar com algo simples: um puntuado de leranjas. Algumas delas passaram por maus bocados. E mesmo que todas as laranjastenham texturas diferentes, atextura ajuda a thes dar forma. Aqui esta uma linda Esta fruta foi cromada. Eu Estaaquijétovediasmelho- Estaéumasnriguidade!Perificada! laranja fresca. Voc# —usei linhas curvas estiiza- res. Querla que ela pare- Dura como pedral Voc8 pade per- ode perceber como usei das dentro des contomos cesse bem mofada, por isso ceber que usei pequenas linhas Pequeninaslinhascurvas dalaranja. Isso ajuda a criar sei inhas curtas e retas, curvas, além de tragos curtos © (mais delas perto da cur- uma sensagao de reflexo radar um aspecto nojento_retos. Fiz isso pra mostrar que ‘Yatura e menos no cen- sem precisar ter todo 0 tra- © embolorado, Novamente, ainda é uma laranja, mas que esté 110) pra mostrar que a balho de desenhar tudo © trabalhei com linhas finas € muito dura e seca. Repare como laranja tem profundidade que esta em volta da frutagrossas pra mostrar que © contomanaoé suave camona pri (cepessura) e massa rofetido na sua superficie. objeto tem massa, rmeira laranja, 0 que faz esta aqui parecer moio murcha, Eeeeca! COMBINE E MISTURE Aqui esto algumas texruras alestéras. Algumas podem ser de pedra ou tolos, outras de uma impressio digital ou de madeira. Poderia uma delas ser um antebrago coberto de coura? Talvez algumas solam de tioos diferentes de pele: peixe, lagarto, humana, macaco despentoado ou até mesmo 0 coure do Godzilla. Vocé é quem gabe, cri seu munoo FFE ; ; é. | DESAFIO EW _ PROFUNDIDADE ‘Arazio pela qual eu gosto de usar muitas texturas nos meus persona ‘gens @ objetos & que elas ajudam a pasear uma seneagio de profun- ‘idade, peso e massa. Uma dae partoe mais importantes da narrative as historias em quadinhos & convencer olitor sabre a relidade de historia, Sim, eu sei que quadrinhos sio deserinos bidimensionais¢, Portanto, nao sio reas. Mas adiclonartextura as figuras ajuda o letor 4 acreditar nesea lusdo, como no exemplo & clea, ANATUREZA DABESTA ‘Texturas também podem ajudara defini, ou pelo mencsindicara, loposielo. Tome cuidado pra.ndo colocarlintias demais no rosto dela. Vooé nao quer que Ann parega velha. ‘As texturas do Monkeyman séo um pouco mais mar- cadas. Eu dosenhei rugas profundas no rosto dele ra mostrar que o gorlao é mais volho do que a ‘Ann, Também quis passar uma sensagio de maturidade sabedoria. E repa- Fe coma um simples detalhe nos olhos faz com que eles aregam ameacadores, até de outro. mundo (Peto menos, eu acho). ‘que desene! no sujeto, pra rir uma aparéncia. sua. Ele parece bem nojento, nio? LOUCO DE PEDRA 0 Coisa ¢ um bom exemplo de textura de pedra bruta ‘Tragos curtos,recortados ¢ retos ajudam a mostrar isso. Use um nimero menor de tragas e mais finos nae aroae ‘que voo8 quer destacar na figura, © mal linhas grossas ras areas de eombra, ‘Guando a fnalzag0 ¢ feta de modo adequadi, ela pode ajudar a dar a uso de peso e massa. Este tipo de final- _zagdo funciona bem em tol e outros materials secos © dros. € bordas retas também ajudam a mostrar dureza Este & Gorhemoth, um monstro feito de lixo vivo. Para ele, nos queremos uma aparéncia suja, imida e viscosa Tentando mostrar sso, eu deeonhei grupos de formas par indicar um tom iregular @ entdo tentel mostrar que \imido dando britho na parte inferior dos bragos. leso m que ele refers levemente o cendtio ao seu redor,o que, ‘mim, faz com que Gorhemot feito de lio ele poderia ter muitas eu quis que ficasse gosmento. E adi ‘hes, como insetos voando em volte, também pode ajudar a Indicar odores desagracaves. CRIATURAS RASTEJANTES camarade, com uma cabeca de formato bizarro, stra outro tipo de material duro. Para ele eu limagine! um tom orgénico, oleoso e quitinoso ‘como uma conch. As linha bem curvas na cabepa Y] sjudam a mostrar sua natureza lisa polida. Lembre- 88 de variar 0 peso das linhas 20 fazer isso, ou ® gulos grossos e escuros, como os deralhes os braces, ajuda a deixar 0 aspecto do nosso ‘monstro mais mecanico. LLomibre-se:tente eempre pessar ume sensapio de profundidade, peso e massa. Aposar We voc’ 56 erxergar um lado do objeto, © lado opesto (aquele que voc’ nao Para fazer um cara nojento, mal-humorade, um tante quanto obeso e defi- nitivamente ant-higiénico como o Mojo, nés precisamos buscar um vious! ‘cheio de bolhas e feridas. Estes detalhes extras nos ajudam a mostrar, mais ‘massa e volume. Exatamente coma isso é alcancado neste caso & lfc de se colocar em palavras (pra mim, pelo menos). Mas em parte tem a ver com o dingulo das hachuras perto das éreae sombreadas do Mojo, assim ‘como todas as manchas desenhadas no seu corpo, Es treinar que vocé ‘consegue chegar Ii, ‘Repare também que 0 po do sanduiche do Mojo tem texuras similares as da laranja no inicio da ldo. Mas, tudo bem. Nao é um pedago de plo de verdade, 60 desenho de um pic. Vood no val precisar comer. Seu trabalho ¢ simplemente ‘ar uma sensacio de realism ‘em qualquer objeto ‘que estiver ius ‘rando. Estamos ESPELHO, b & ESPELHO MEU &) —_E quando tiver que desenhar uma personagem ‘com fexturas ulralisas e super-reflexivas? Voce: pode tentar desenhar todos os objetos réximos refletidos na superficie do corpo Tente desenhar linhos. de. varias \\\, esp658uras parloias aos contor- S\\ nos da figura, Sugia também ‘alguns brihos © cintlagdoe em algumas. areas, Todas 8808 colsas ajudam a mostrar uo personage altaente reflex va som que soa necesséro decennar todos os reflerose fica loves. Lombre- 56, voc est apenas tentando ria uma lusio de reaicade, nao realdade em si auc rote ni at eee aes cere ee ‘ porque ou desenho texturas desta maneira que vac’ ‘reciea fazer igual. Hé outros excelentes artistas, como Brace Timm @ Mike Mignola, que conseauem representa uma enorme gama de texturas com apenas trée pontas © um trago (Deus, eu odeio esses caras!) E lembre-se: quando tiver de desenhar uma laranja, \VAPEGAR UMA LARANJA’ Voo6 pode observar a forma ‘como os artistas deseriham as coicas, mas, de vez em ‘quando, observe as coisas na vida real, Acree, ego vai ‘melhorar muito seu desenho. ‘Uma itima cbservagéo antes de ir: encuanto trata-las ‘com respeito, as texturas scrdo suas amigas! Agora, landando, seus molongas! =» ‘Astexturas diver de Art Adams podem ser vistas em um ‘monte de Hs legais como X-Men, de Marvel Monkeymané. O'Brien, da Dark Horse, ection Comics, da DC. cues GAPITULO CINCO: PARTE 6. SUPERFICIES METALICAS 100 fal Junto com lyeraecouro, esta é uma importante | espelho. Isso simplesmente no funcionaria em uma narrativa textura no mundo dos quadrinhos. Suma com elae | quadra a quacira (a nao eer em cena de efeito epectic, como varios super-heréisficarSo correnda por aidemaos.| um rosto refletido num escudo). Por isso, nds enganamos, ‘arias, sominus ou sem alguns equipamentos (ou muitos). | Debeamos que as areas de luz, sombra ebrilho simulem oefolto Infelizmente, metal odo néo pode ser graficamento repre- | de mado que oa leitaes 0 vejam como metal. O que nem & 130 semtado como na realidade, rofletindo tudo ao redor como um | ffeil assim também. JOGANDO BOLA Uma boa maneira de comecar ¢ com um simples exercicio usando uma esfera cromada, Na Figura A nés dividimas a estera corn uma linha escura a0 longo do seu “Equador”, designando a metade de ‘cima como refletora de “luz", © de balvo come “eombra. A fonte de luz na Figura B esta agora por trés da osfora, luminando sua parte traseira, 0 que cria uma grande érea de sombra, A Figura C traz a fonte de luz para 0 “nosso” lado da osfora, expandindo frea que cetlete luz, Na Figura D a luz se moveu para as 10 horae ‘mais ou menos. Note como o canto superior da drea com sombra 90 Curva com o formato da esfera conforme ela muda de posiglo. Ha dois pontos importantes aqui: primetro,fique sempre atento © ‘soja consistente em relacao as suas fontes deluz. Segundo, entenda a tsfera como uma forma tridimensional e no apenas um circulo, Para iterpretar como a luz se comporta ao longo do objeto voc® procisa ensar que 0 objeto ocupa espiago no mundo real, especialmente em ‘8 atando de formas goométricas¢ volumosas placas de armachira, LUSTRE SUAS PLACAS ‘Aqui esto dos bons exemplos do placas do armadura. A armadura ‘simples do Fanatico (Figura £) 6 étima de ce desenhar, especialmente 0 capacete em forma de bala, Armaduras volumosas eo feitas basieamen- ‘te com formas geométricas lisas o requerom simples formatcs para eeu ‘detalhamento, No Fanético eu usel uma luz trassia sinllar & da Figura 1 © separei a luz das sombras com contomos esouros fortes e limos, Embora eu tenha ilaminado a borda superior do capacete e ombros com ‘uma tna mals slta de “reflexo’, 0 sombreamerito geal é muito simples (ou geralmentedetalho as irons de sorbra com pro, mas aqui deixe-as ‘om abero para dar a0 Fanético um efeito mais dramético) TNA armadura do Maquina de Combate (Fisura F) pode parecer muito mais dfll de iterorotar do quo a do Fandtice, mas concentardo-se nas suas partes a invés do tode voce vaiver que nio&. A maloria das armaduras ‘volumosas pode ser dvidida om vias formas geome ‘cas 0 semicircle na ombreie, as paredes verticals o colar octogenal, @ mela efera na ortha, os ae diseros das placa peioris, ete. Com uma fonte de luz consistent, ead tem pode ser deraiad em suas dimensées particulares. ' i i i i i i i crie seu munoo [El BRACO FORTE ‘Metal colado a pele apresenta alguns problemas especificos, cuja maloria depende de um bom ‘conheclmento da estrutura fundamental (ssos, miscul, et.) Jé que es0 ¢ 0 que influeneia ‘0s padrdes de reflexos. Com este bragodireto (Figura G), primeiro eu escolhi uma fonte de luz (no “nosso” lado do brago, mais ou menos as 2 horas), 0 que me levou a definr as éreas de ‘sornbra mais profundas criadas pelo formato dos misculos. Depois adicionellinhas de reflexo, ‘alineando a fonte de luz retletida no lado direito do brago. Para a iluminagao interna usei ‘algumas linhas duplas de modo a sequir ¢ acentuar a forma dramatica com quo a musculatura irregular recebe a uz. As inhas em metais colados a pele podem ter mais vida @elegaincia, mas ‘tome culdado para ndo se entusiasmar demais @ encobrir a estrutura por babe. ‘A Figura G-| até a G-é ilustram graus variados de brilho. Para uma aparéncia chapada @ ppouce polida () sombreie apenas as dreas profundas, detxando 0 resto sem brilho. Uma Unica linha de brilho ao longo da borda oposta do brago (2) dé um especto suavemente polido ine~ tantaneamente. A Figura G-3 altamente pola onde toda curva. luz as refletem. Eu geralmente guardo um brilho mais forte ( ‘mundo ou novinhas em foiha. Alguns estouros de luz nas bordas e pequenos ovals de uma ‘fomte de luz refletida garantem uma superticie superbrithante. Digno de nota aqui também é que estes bracos esto envolts por fabxae de moral Ao dobar lum pequene vo no sombreamento entre cada faixa, eu acentueiofato de que todo este metal 6 formado por camadas agrupads. DE METAL Pole de metal, em pereonagens como 0 Surfista Prateado, no apresentam ‘nenhum problema nove, ane ser que oct precise expressar uma maior fhuldez gral. Oando 0 brago arto (@ deta) do Surficta ioladamente © ‘comparando-o com os bragos seccio- rnados anteriores, voc8 pode ver que ‘les sdo muito parecidos, exceto pela maior deineagio da estutura mus- car do brago do Surfs, para fazer le parecer mais definido do que uma ~ simples capa de metal. Este efito de ser levado ainda mais adiante, aré © ponto om que cada musculo < se toma o seu préprio amontoado de 5 ‘etal ~ cada misculo reluzente sepa ‘do dos outros por fortes contornios (6 antebraco do Colossus, por exem- pio), lee0, mais uma vez, demanda ‘um bom conhecimento das estrururas rmuscuares envolvidas. APRENDENDO A DESENHAR PE METAL Vivo ‘Aqui vlo algumas técnicas répidas do ‘sombreamento pra fazer seu metal ‘exist num espago real de trs dimen ‘Ges. Voltando aos exomplos anteio- res, vocé pode ver que eu usol ectos ‘ruques 0 tempo todo. No brago esquerdo do Méquina de Combate (Figura G) eu sombresi os ‘componentes individuals (ombrelra, ‘brago e luva) como se oles niio esti ‘yessem conectados uns 20s outros. ‘Cada parte tem sua propria forma, mas ‘como um todo, elas sao bom chapados. Na Figura | eu fiz um eeforgo para ima- sinar como cada componente afetaria 08 outros. A luva projeta uma sombra ‘elo antebrago, assim como a ombroi- ‘a faz com o biceps, Comparando 09 dois, toda aikustragdo"salta" do papel Cconsideravelmente mais na Figura, DDeixar uma fina margom braneca (shamada hale) entre ‘9 sombreamento ¢ @ contomo do brago (Figura J) ¢ a ‘maneira mais simples de rotratar uma superficie rfiexiva, (s halos podem ser alterados para alcanear efcitos dis- ‘into, Aumentar a profundidade do halo (Figura ) indies ‘uma forte fonte eecundétia de luz. No intuito de ampiar ‘sso para uma fonte de luz secundaria extromiamente bri- Inante, eu remeov todos os detalhes da érea como halo na Figura L. Guard isso para momentos especais. ce ee eet Pree tee METAL Cee ENFERRUJADO Ferrugem, surproendantomento, 6 fill 4 Usondo uma mangueira ‘sombreando 4 superticie de forma “chapada", como ‘mostrei Ié atrés na seco dos “bragos". Depois foi si ‘me divertirsujando tudo, comeganda com a mangueira bem limpa numa ponta e piorando progressivamento ‘canforme ia chegando até o final. ASAP UESERSERED RIE SEU MUNDO. Basicamente tudo 0 que iscutimos até agora pote ‘ser visto aqui, nesta ustrago do Homem de Ferro (eu desenhel esta ‘armadura na revista Iron Man 325) Criei uma forte fonte de luz com a carga de repul-Y ‘si0 e deixei que ela se projetasse ao longo as vérias formas; a armadura volumosa do ‘sapacete, placas peltorais © bragadciras, 0 metal que se moda as suas pomas, torso bragos (om faixas a0 redor dos biceps @ coxas). 0 som- breanento mai simples das placas da armadura a ‘sopara do detalhamento mais aolto e fuido do metal Colado a pole, As sombras empurram as places de armadura sobrepostae para fronte, especialmente ‘a sombra que se projeta atrés do capacete e sobre parte do ombro, jogando 0 eapacete para frente de ‘forma convincente, Eu brinquet com alguns dos brihos de rflexo mais soltos (@ maioria no meta colado a pele, ‘mas também ao longo do eapacete), avicionando alguns “pontos” ovais de luz refletida como tempero, X e qualquer tipo de ciniagdes, é que a armadura do Homem de Ferro sempre me pareceu melhor quando néo estava bic lhando como se tivesse sido recém-polida. TRAGAM WIAIS ARMAS! Finalmente. qual super-herdi ndo estaria perdido sem seus acessérios? O ‘escudo do Capitdo América é 0 exemple perfeito de um domo raso (Figura 'M). que tem seus préprios sistemas de sombras ¢ reflexos. Tanto as areas sombreadas como de brio tendem a se irradiar do centro. Eu exagerei o feito aqui para fins demonstrativos. Eas armas sio sempre divertidas; no #6 iss0, so male facels pare apli- car texturas metalicas do que se pode imaginar. Assim como a armadura {do Méquina de Combate, praticamente qualquer arma pode ser dividida em formas geométricas separadas. Simplesmente escolha uma fonte de ‘TECNICAS PARA METAL varlam de artista para artista. A minha d nitivamonte no é a unica, mas 6 © osrilo que funciona melhor para mim. So qualquer uma das dicas jores entrar em sintonia com vocé, pogue-a e integre ao seu esti- lo. Esse 6 0 objetivo: encontrar Vérias estilos¢ técnicas que tenham 1 ver com voce e ir modelando-os dentro do seu proprio estilo. py IES] APRENDENDO A DESENHAR CAPITULO CINCO: PARTE 7 VEICULOS 25:0 _desperto em mim uma paso pla eriago edotalhamente {de chet fetospelohomem, Assim sendo, estou aquipara ‘ensinar a vocts tudo sobre o desenho de veicuos. Seja.o 0¢8 pode achar injusto que alguns super heréis possam voaro outros no, Othe, no se sinta mal, porque os nio-voadoree tém ‘qui logats 36 vai depender da sua habilidace de riage e desenho. Na faculdade eu me formel em Desenho Industria sso ‘uma cena comum de ru, 0s veieulos esto om toca parte. Pegucasuacarta de eprendizeaperteos intos. Vo est | | fate areata ee ee ces a | pene ten | lL eeieren enact CUIDADOS COM O CARRO ‘Vamos comogar com um carr bésic - desené-o pode ser dvicida em quatro passos face's rimeiocrio ura coxa com formeto geval Bara determinar tamanho, proporgdo eangulo (Figura A) Tudo 0 que ‘rocleamoe fazornosta fase € esbocaro formato ecrarlinhes-euia Para os estégios posterores. € semore uma bea idéin avaiar © que vocé tem a cada passo para garantr que tudo ost fel & cua visio ‘original antes de seguir em frente. ‘Segundo, eu desenho at formas maiores ido carro me baseando cuidadosamento nie Iinhas-guia de perspectiva para garantr a ‘estutura @ 4 simetria (Figura 8), A meioria ‘dos caros ~eepectalmonte dotigo eaporte = € {eitainteiramente de curvas, mas voed precisa ‘er em mente as linhas retas de perspectiva ‘de onde estas curvas vieram para conseguir ‘deserhivlas de forma convineante, Se ee eee ean a‘ i i i ‘ i NEES ASSETS Terceiro, continuoi adicionando mais das linhas ‘que embelezam 0 carro @ todas as suas partes & ‘formas (Figura C). Sempre trabalhe de geal para ‘© especifico; ou sefa, certifique-se de que a forma {eral do farol esta no lugar e do tamanho cortos {antes de adicionar qualquer detalhe, como as for- ‘mas do interior ou a textura do vidro. Neste ponto ‘nds jd temos as linhas do desenho final, Quarto, adlcionei os detathes (Figur 0). Isso ld oso e solder ao desenho e cra realsmo, Num carro comum nés detalhamos metal pintado, ago cramado, vdro traneparente, ete. Observe como estes materiale 0 na vida roale ostiize-os para rotratar as propriedades singulares de cada wn. Nao se esqueca que eles projetam sombra no ‘ho! E como as janelas so transparentes, voe® ‘geralmente pode vor_uma_silhucta do Interior ‘iravés das janolas, Note come 9 briho parcial iret cugere 2 presenca de um péra-brisa 20 ‘bscurener a sihueta interna. Ah. NEo dé quase pra sentir aquelecheirinho de carro nove? SUPERMAQUINA ‘Como carros sd maquinas comploxas, eu gosto de usar referéncias, especialmente se o carro tom bastante importincia. ‘Na maioria das vezes, 0 Angulo do veicuio que voc® esta desenhando nao val bater com o Angulo do carro na sua foto, por {soo val ser preciso improvisar. Uma técnica muito util para desenvolver ¢ a habilidade de rotacionar o carro na sua mente ‘extrapolar 0 angulo que vocé precisar. NEo ét2o dificil quanto parece: quase tada a informagao que vocé precisa vai estar ‘em uns trés ou quatro angulos. 0 tinico lado que voeé nd precisa ver é a trascica. Lembre-se, carros edo simétricos © 60 ‘encaixam dentro de uma eaixa de perspectiva hésica. Apenas certiique-se de que o carro mantém as meamas proporcbes ‘© nfo fica muito comprido ou compacto conforme muda o angule de vise. APRENDENDO A DESENHAR SIGA 4 REFERENCIA Eu no conseguiria enfatizar o quanto as referéncias sao realmente importantes, venham elas de somerciais de TV ou até mesmo do seu proprio carro parade na garagem. 0 desenho acima sofre de falta de Agora, este aqui molhorou. O dose- Este aqul,ndo. Para chegar a este cfel- intrmagéo cbsarada. Nés todos no néo foi decalcado ou conde, 108 precio sor abeenaror Oqiefaz onsogumos magar um caro ras _-mas fl usa uma referéncia para mca parecer defonado?Enprea sas cabwgasmas, quando se rata orfendr a eapectende doo for- _derenes encase detahamento de dserhéledelienbrarmutes mas e melhor o» detalhes, ue adclona realomo ce vane oe. Geter especens ss gralmente. indica: um aro novi” rome, Lembro-e: no dosent todos resuacm um deseo aed {5 cars bihando como se ete: Sem numa exposiao. \Voe# deve ter notado um fendmeno nos carras dos quadri- ‘nhos: todos eles podem voar! Isso raramente acontece na vida real, mas nos quacrinhos parece que ni existe desgas- te de pneus: a no ser que estejam astacionados, os pnous ‘nunca tocam o chao! A regra é: sempre deserhe seus earros ‘como se estivessem no meio do uma perseguigao em alta velocidade pelasladeiras de Sto Francieco. 16 ATRASADO, PRO*OE. | SPEED RACER : | | | RIE SEU MUNDO VEICULOS TUNAGEM ‘Ainda mais divertido que desenhar veiculos reais 6 inven= tar os seus. Os carros esto ficando mais clean na medida fem que as linhas duras dao lugar a curvas sonsuais, mae festa no é uma regra rigida. Algune voiculos bem logaie ~ jas invieivois a radar, blindados e Lamborghinis ~ $80 {do uma natureza mais plana, Exponha'se ao maior nimeco de fontes ¢ formatos de veiculos que puder: militares, car 0s esportivos, anim@, filmes de fieglo clentitiea @ aselm por diante. Uma palavrinha sobre design: ou desenhei 110s tives de naves diferentes aqul para mostrar 0 que las retratam. Sua primeira preccupagao a0 desenhar urs veiculo é saber quais formas e detalhes deve escolher para passar o objetivo do seu veiculo. Depois disso, 6 $6 traba- ‘har para ele ficar supertransado. ee pove Figura E. Que informagées nds obtemes deste jato dos Vingadores? Sabemos que ele ¢ feito com a tecnologia de um {uturo préximo pelas partes que reconhecemos serem deriva dias de aetonaves atuais, como as asas, 0 pira-brisa, ac ontra- das de ar, 0s suportes de arma, ote. Nés tomas uma indicagio {do sou tamanho (quase igual a um énibus) pele formate & cescala geral bem simples das suas partes reconheciveis. Note (8 desgastes na superficie. Isso nos diz que a nave é “real” & ‘que vem sendo usads ha algum tempo. Figura F. Quats informagées podemos extrair do modelo © do desenho da nave? Note a imagem em dngulo ascendente pperspectiva forgada. Isso, junto com as formas comploxas © ‘tlineas, nos diz que 0 veieulo 6 imenso (quase do tamanho ‘do um afranha-eéu, ou maior). O desenha angular também Indica que a nave 6 feta com a tecnologia de um futuro dis- ‘ante, mas humana, Figura G. As formas bizarras @ organicas, junto com sua total falta de identificagao com a tecnologia humana, nos ddizem que a nave é de uma natureza completamente alie- nigena. Ela também tem um brilho de outro mundo. Mesmo ‘com sev desenho bizarro e extratorrostra, ainda 6 possivel {dar algumas indicagdes do seu tamanho. A proporgao entre ‘suas partes nos diz que cla tom um tamanho intermedirio ‘entre a8 duas outras naves anteriores, ESTA FOIA VISKO GERAL de uma lg bastante complexa. Se seus resultados deixarem muito a desejar tenha paciéncia. A ‘chave aqui ¢treinar einer muito ~ algo cue, se for como eu, vocé no se importara nem um pouco em fazer, A melhor forma de fear bom no desenho de voiculos é curr desenh-les. Uma vez que voc’ tenha deminadl a arte do desenho e eriagio dos ‘ransportes, seus heréis radardo por ai com estilo, sejano ar, na terra, no mar ou até mesmo no espace. ® ‘Sean Chen simplesmente nao consegue dilgr abalxo do limi de velocidad, Para conhecer mais ds seus veiculos, dé uma ‘othada no trabalho dle nas revistas ron Man, Wolveine e X-Men: O Fir, [Eh vrrenvenvo a esentian CAPITULO SEIS: we | * FUNDAMENTOS DA NARRATIVA * NARRATIVA SC Cah) Ss fe CPSU Uti by eH. CAPITULO SEIS: PARTE FUNDAMENTOS DA NARRATIVA ssc: |! Eu-sou Joo Kubort (ou um fac-simile carieaturado), te 6 0 primeira de uma série de artigos sobre Oo narrativa, que me foi pedido, assim como a outros artistas, que esorevesse para voces, letores da revista Wizard. ‘desenhista profisional. Contar uma histéria de forma visual ‘com clareza, impacto, drama, humor 9 um suave fluxo de cont- huidade é realmente tudo © que um desonhista dove almjar, Imagens tonitas sio étimas de se clhar. Fazem hem aos ‘Transformar texto em figuras pode coar eomo um procesea facil, mas na verdade 6 uma tarefa difcl. Cartas vezes, até intimidadora. No entanto, este & 0 principal trabalho de um clho. Ma de ler, 0 ROTEIRO QUADRO UM- Descrig&o: Quadro grande. Cena distante. Um homem das cavernas entra numa area de aparéncia selvagem, cheia de grandes rochas e depressoes pantanosas. Homem (pensamento): NUNCA VI ESTE LUGAR ANTES, QUADRO DOIS- Descricao: Ele é surpreendido por um som se vira na diregao do grit. QUADRO TRES- Descrigdo: Por tras de uma grande rocha, uma mulher vem i correndo na sua direcao. Ela esta eniouquecida de pavor, gritando. Mulher: SOCORRO... SOCORRO, P-POR FAVOR! QUADRO QUATRO- Descrigéo: Um gigantesco T-Rex robético entra em cena correndo. QUADRO CINCO- Descrigdo: Close da cabeca do T-Rex rugindo/mostrando os, um grito. Ele ESGHEei. NEE CAGO, IRENE ‘et osatNon eerazenoo sScae ed 2 OaseNaR RO MESIG “BAES, Coatenrense sh eSopeves paiverso. va [Eh arrenven0 a vesennan 288 Imagens forem complicadas ¢ dificeis do dontincar, a histéria co tora clusiva, E sea histérla for afl! nhista no fez sou trabalho dirt. pests waneraa ‘Soe um aorero PROASSOUL ssciiro.¢ pave PASSO No Process pe Coneeree PALA IRAE BM GUA tie soweee THUMBNAILS. __ terme thumbnair {8.1.2 radugio literal seria “una do polegar'] se rofere ‘esbogos inca fetes em miniatura come preparaco para os desenhos finals fem tamanho real. Enesse estigio que v transformar as palavras ‘em pensamentas¢ las, resulftando nas ilustracBes de uma histéria. Comece fazendo os seus primeiros dosenhos bom sates. kgnore os detalhes ‘Sei que esta ansioso para fazer um desenho finalzado de verdade, mas ainda é muito cedo. Vocé no deve se esforcar demais nos desenhos iniclas, que pode ‘queteralterar ou até eliminar depois. Faca seus primeiras eshocos bem sols, ‘mas com clareza sufcionte para entondor © que tinha imaginado quando for finaizé-os mais asiante, INCLUA OS BALOES FEACOS ANS A as gen Peto Co me ere We BOK LevEMeNE NS z= Nicin' 2 eso auuoaen oietntGure oe eSaacos teriormente. Faz pouco sentido planejar toda a composigio do um quac 208 DETALHES FNALIEASOS, ee ee ie FUNDAMENTOS DA NARRATIVA. E a k a s & | ci le LN ‘cisamos planejar 0s quadros com informacSes graficas eufic ‘mente. Qualquer coisa que atrapalhe o fluxo (como um grand ‘Uma histéria em quadrinhos deve ter uma transieao suave de um quacro para outro. Come desenhietas, née tentamos dar ‘a impressio de movimento apesar de desenharmos figuras estaticas. Para aleangar @ impressio de movimento nds pre ‘atrapalha oflur da histéria para o litor (Figura A). Um fluxo interrompido impede o movimento. 38 Bara que 0 leltor faca aligagdo entre quadros em sua io entre quatiros, ou informagaes griticas insuficientes) le | (Fie VARIAGOES - DE TAMANHO A variagdo do tamanho dos objetos e das figuras & ‘xtremamente importante para criar movimento, ‘Uma rie do quacros contendo figuras de tamanho similar tende a anular ou amortecer © movimento e a ago. € como fazer ‘um fimo com uma camera fixa. Poucas mudangas nos tamanhos significam menos movimento e a¢o mais truncada. sed Wy ob Seats eno ths Po m s ao ERENT , sent teva Ly D Se SE CIES PE RP

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