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FACULDADE AFIRMATIVO
CURSO DE PEDAGOGIA
CUIABÁ-MT
2004
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INTRODUÇÃO
* Em primeiro lugar, as atividades devem ser centradas nos interesses das crianças e
organizadas de modo a respeitar as condições de realização de cada uma delas.
* Em segundo lugar as atividades da educação infantil serão sempre globalizadas, isto é, não
existirão horários estanques com objetivos específicos a serem alcançados por um único tipo
de atividade, como a hora da linguagem ou da música, etc.
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CAPÍTULO I
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a atitude de quem a exerce esteja caracterizado pelo prazer, espontaneidade, liberdade e fim
intrínseco. Estudar é tanto mais proveitoso quanto mais jogo ele for para nós.
A ludicidade se processa tanto em torno do grupo como, das necessidades individuais,
recrear é educar, pois permite criar a satisfazer o espírito estético do ser humano, oferece ricas
possibilidades culturais. Orientar através do lúdico é suscitar prazer pôr atividades recreativas
tais, que o ser humano passa desenvolver ao máximo o potencial que traz ao nascer. É lidar
com crianças, adolescentes ou adultos, estimulando-os a um contínuo aperfeiçoamento. Com
isto queremos a verdadeira finalidade da educação, que é de desenvolver e fortificar o corpo
sob o ponto de vista estático e dinâmico, contribuir para o aperfeiçoamento total do indivíduo.
* O lúdico pode e deve ser trabalhado na Escola em todo os seus níveis, desde o jardim de
infância até o colegial e nível universitário.
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* É evidente que a Escola não pode ignorar ou manter-se à parte da recreação dos alunos,
qualquer que seja o nível escolar. Em aula o professor deve promover uma atmosfera de
prazer, atitude esta que se verifica quando fazemos uma coisa porque q queremos fazer, assim
facilitando a aquisição de conhecimento sistematizado;
* A Escola não tem a único finalidade de dar, em cada grau, os conhecimentos básicos que
constituem seus objetivos específicos, mas promover o desenvolvimento da personalidade
plena integração no meio social;
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CAPITULO II
O JARDIM DA INFÂNCIA
4 a 6 ANOS
A idade não deve ser visto como marco de referência, pois o processo de
desenvolvimento é contínuo e sempre influenciado pelas ocorrências do meio. O crescimento
físico, desenvolvimento mental e maior, ou melhor, capacidade de entrar em relações com os
outros varia conforme a natureza de cada uma, as condições do ambiente em que vive e as
experiências no meio familiar, entre os companheiros de brincar e na escola.
Nos 4 e 6 anos o crescimento da criança é mais ou menos rápido, tanto físico como em
sua coordenação, a habilidade manual da criança esta em aumento e concorre para aquisição
de conhecimento. Nesta fase sua imaginação é viva e é freqüente a confusão entre fantasia e
realidade, evitamos assim que fiquem fabulando, dando-lhe oportunidade de encontrar os
meios indicados para constituir, isto é, para expressar seu modo imaginário, transporta-lo a
condições visíveis e concretas, que ela mesma possa reconsiderar e modificar.(SANTINI,
1998)
Nesta idade a criança já pode falar com linguagem correta e desembaraçada. Elas
apreciam muito ouvir histórias, desejando que se repita a mesma diversas vezes sem
modificá-las em nada, a linguagem deve ser simples e animada, com diálogos que se repetem,
ação continuada e cumulativa, rapidez de ação, frases rimadas e ritmas.
Pode ser trabalhada história com musicas, e quem conta, tem que o fazer com
animação e ritmo. As cantigas ouvidas e repetidas constituem prazer para esta idade, assim
como canções religiosas e de festas de São João.
Lembramos que as crianças desta idade são muito egocêntricas e seu interesse pelo
meio social limita-se à satisfação de suas necessidades, entra em choque quando encontra
resistência à execução de um desejo seu. Tem muita pequena compreensão do ponto de vista
alheio. Seus direitos começam a entrar em choque com os direitos de pessoa de igual
tamanho, vencendo às vezes e cedendo em outras, vai estabelecer relações entre direitos e
deveres. Sendo desta forma, os professores devem estar bem esclarecidos sobre o processo
gradativo que o ser humano atravessa para viver em sociedade.
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Hás atividades que for de maior interesses aos pequeninos do jardim, devem ser
estimuladas pela professora como oportunidade de exercício de desprendimento do eu e união
com o todo, atividades como as brincadeiras de roda, ou brincadeiras que deixem duas
crianças em destaques exibindo-se ou comandando as de mais, as atividades com materiais
sonoros (cornetas, aptos, flautinha) são brinquedos que prendem a atenção das crianças. Pode
também ser trabalhados teatros com histórias até mesmo do cotidiano da criança. Nisto tudo
pode envolver a música, que deixa o clima muito mais animado para as crianças.
Os jogos coletivos também podem ajudar no desenvolvimento da consciência do ser
social, isto irá estimulá-los a aprenderem a se organizar e a cooperar, devendo evitar os jogos
que elimina os jogadores quando erram, pois, atraídos pôr algum motivo forte, de outros,
sente-se rejeitados e tristes porquê não querem que ele brinque. Através destas atividades
pouco a pouco as crianças vão permanecendo ainda mais tempo na roda, ou seja, se
concentrando mais na atividade, aguardando sua vez de agir e reconhecendo a vez dos outros.
Ele será capaz de auxiliar o próximo se tiver necessidade. Se o adulto souber brincar com as
crianças, aceitando as situações que o jogo lhe impõe, como se fosse uma criança mais
experimentada, assim sua presença será desejada pelos pequeninos e facilitará a ação de
conjunto. O adulto deve procurar compreender cada criança e promover oportunidades para
que cada uma encontre um motivo de alegria. O professor deve ser afável com as crianças,
alegre, bem humorado e ter iniciativa suficiente para infundir confiança e verdadeiro respeito.
Preencher o tempo livre da criança com brincadeiras assume um papel muito
importante para o futuro delas, é a forma da qual as crianças se utilizam para lidar com o
mundo das fantasias, percebemos aí, que a vida da criança deve ser uma vida lúdica. Temos
que o brinquedo é a mais refinada forma de educação, pois é através dos brinquedos que nos
tornamos aptos a viver em sociedade e num mundo culturalmente simbólico. Hoje
percebemos que o tempo livre da criança é preenchido com intermináveis deveres de casa, são
atividades programadas promovidas pelos pais ou pelos colégios.
Com isso fica claro que a criança que a criança vive antecipadamente uma vida de
adulto, isto é, claro para uma criança de classe média, já para as crianças de classe baixa resta
o trabalho de casa e quando consegue um tempo livre a rua como seu quintal. É difícil de
descobrir qual estão em melhores condições, mas se torna dever do estado, da instituição e
educadores promover o lúdico na vida da criança para que assim possa promover seu bem
estar.(MALUF,2004)
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* Conteúdo – Seria efetuado a partir do cotidiano local, podendo ocorrer mesmo na atual
organização curricular, ou seja, mesmo sem as condições ideais;
* Forma – Respeitando o ritmo dos alunos, mas não ignorando as diferenças na apropriação de
saber entre professores e alunos, uma vez que esse reconhecimento é necessário para a própria
superação dessas diferenças;
* Abrangência – Sua abrangência poderia ser efetuado ultrapassando o âmbito dos alunos
regularmente matriculados, mas se estendendo a família da criança, usando como possibilidade de
influência de conteúdo, calendário e programações;
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* Espaço – Pode-se ultrapassar os limites dos muros dos prédios escolares, estendendo-se a outros
equipamentos da comunidade próxima;
* Recursos Materiais – Utilizando os parcos que lhe são destinados, aliado a solução alternativa
da comunidade local, não significando deixar de exercer pressão para obtenção de recursos do
poder público (isto no caso de escolas públicas). Pode ser usado como material instrução ou de
recreação.
Dizer que não podemos propiciar atividades lúdicas para o bem educar é um erro, pois
a criatividade do professor deve ser à base de tudo. Pode ser ocupados todos os espaços das
instituições e todo material (sucata) acessível que estiver em nosso alcance, isto pode ser
aplicado não só em instituições públicas como também nas privadas. O aluno pode se utilizar
papel, lápis, giz de cera, fichas de cantos folclóricos de regionais, assim podendo valorizar a
cultura da criança. As brincadeiras como esconde-esconde, pega-pega, corrida do saco e
brincadeiras de roda, também é de grande valor, assim como, trabalhar a argila e fazer com
que as crianças confeccionem seus próprios brinquedos.
O cotidiano da literatura também é de grande interesse e pode despertar o interesse
pela leitura. De interessante ainda pode ter uma horta em que as crianças possam aprender o
valor de se cultivar a terra e aprender quais os alimentos são mais nutritivos e pode ajudar no
seu crescimento. É interessante que tenha um parquinho ao ar livre com atividades leves,
levando em conta a idade e o desenvolvimento de cada criança.
Na verdade o que não se pode dizer é que não podemos trabalhar o bem educar pôr
falta de material e/ou pôr falta de verba. Com os variados eletrônicos, as coisas simples pode
ter um grande encantamento para as crianças. Os pais e familiares irão se ver envolvido com
as atividades da criança a medida em que eles forem fazendo parte da confecção de seus
brinquedos, como? Quando, seria a pergunta correta, quando seus filhos começam a pedir a
mãe o jornal velho a caixinha de gelatina e todos os demais materiais que temos em casa e
não vamos mais utilizar, que é a sucata, e que pode ser aproveitado nas atividades escolares, e
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aos poucos os pais vão trabalhar juntamente aos seus filhos e se sentirão interessados nas
atividades de seus filhos, que é de grande valia ao aprendizado destes. Desta forma, aprender
vira prazer, e o que é prazeroso é muito mais fácil de ser assimilado.
Deve-se manter um cantinho para criança, ou seja, um cantinho da criança, pois a ela
deve ser estimulada a se organizar e a cuidar de seu material e dos brinquedos. É importante
que em um canto da sala tenha prateleiras onde elas possam guardar seu material, seu
brinquedo (principalmente aqueles que foram fabricados pôr elas), e uma prateleira só para os
livros. O adulto deve criar junto à criança a melhor maneira de dispor esse material, da forma
que dê um fácil acesso de manuseio de cada utilitário.(MALUF, 2004)
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CAPÍTULO III
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Além das pesquisas realizadas sobre o brincar voltado para as áreas da saúde e da
educação, surge, por um lado, no mundo todo, uma preocupação com o resgate do brincar, nas
diferentes regiões do mundo, enquanto patrimônio lúdico-cultural. Esta tendência leva a um
movimento de valorização de brincadeiras tradicionais regionais, contextualizadas nas
diversas culturas e épocas, afirmando-se o brincar como um fenômeno universal de grande
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* APRENDER A FAZER - Há uma tendência no mundo todo, a tornar mais próximas a área
de educação para o trabalho e a área de economia. 0 desenvolvimento da economia depende
da força dos trabalhadores que dependem, por sua vez, do investimento e preocupação dos
governos com a educação e formação dos seus cidadãos. No âmbito da profissionalização, o
brincar tem se constituído em um recurso motivacional muito interessante, utilizado tanto
nos cursos técnicos e acadêmicos, quanto dentro das próprias empresas e instituições. 0
fazer, em qualquer âmbito das nossas vidas, e sobretudo no trabalho, deveria ter como
ingrediente principal o prazer. E brincar e prazer integram a mesma categoria.
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Habitualmente, o brinquedo é visto como uma forma de atividade espontânea, que tem
função autônoma. Não é fácil englobar, em uma única forma a essência do brinquedo.
Segundo o estudioso holandês Johan Huizinga (1980), não se brinca a não ser por
iniciativa própria ou por livre adesão. Um brinquedo obrigatório perde o caráter de brinquedo;
é, evidentemente, outra coisa qualquer.
O brinquedo é definido pelo próprio participante como fictício, como não real, como
estranho à vida efetiva (é de brincadeira, não é a sério); todavia, é capaz de absorver
inteiramente o indivíduo, que se afasta da realidade.
Mesmo sendo uma atividade espontânea, o brinquedo desenvolve-se dentro de limites
e de lugar estabelecido e, sobretudo segundo normas próprias.
Não há um brinquedo sem as regras do jogo. Huizinga menciona, por fim, um último
caráter que se refere à sociabilidade da atividade lúdica. A maior parte dos brinquedos tem
caráter coletivo e a participação coletiva em um brinquedo cria determinadas ligações afetivas
que são típicas e importantes.
Os bons brinquedos são geralmente aqueles que a criança pode usar de várias
maneiras. Os brinquedos que mais ajudam as crianças a se desenvolverem, são aqueles
adequados aos seus interesses e às suas necessidades de aprendizagem.
À medida que a criança vai se desenvolvendo física e mentalmente, a margem de
escolha de brinquedos aumenta. Aos poucos ela começa a manifestar preferências por
brinquedos socialmente considerados como mais adequados para seu sexo (classificação
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imposta pelos adultos). Muitas crianças se apegam a algum brinquedo, que passa a ocupar um
lugar especial em sua vida e em seu desenvolvimento.
Na opinião de Salles (1984), os brinquedos podem suscitar na criança longos
momentos de contemplação e êxtase.
Acredito que os brinquedos representam um mundo imenso, infinito, cheio de
promessas, surpresas. São as riquezas do imaginário infantil, através deles as crianças liberam
os seus sentidos, em todos os sentidos.
Segundo, Maluf (2004) "O lúdico é o parceiro do professor". Brincar hoje nas escolas
está ausente de uma proposta pedagógica que incorpore o lúdico como eixo do trabalho
infantil. Minha aproximação com a realidade do Brincar nas escolas, levou-me a perceber a
inexistência de espaço para o desenvolvimento cultural dos alunos. Esse resultado, apesar de
apontar na direção das ações do professor, não deve atribuir-lhe culpabilidade. Ao contrário,
trata-se de evidenciar o tipo de formação profissional do professor que não contempla
informações nem vivências a respeito do brincar e do desenvolvimento infantil em uma
perspectiva social, afetiva, cultural, histórica e criativa.
É rara a escola que invista neste aprendizado. A escola simplesmente esqueceu a
brincadeira, na sala de aula ou ela é utilizada com um papel didático, ou é considerada uma
perda de tempo. E até no recreio, a criança precisa conviver com um monte de proibições,
como também ocorre nos prédios, clubes, etc.
Há um bom tempo, as escolas dão o devido valor ao Brincar. Valorizar neste caso,
significa cada vez mais levar o brinquedo para a sala de aula e Também munir os
profissionais de conhecimentos para que possam entender e interpretar o Brincar, assim como
utilizá-lo para que auxilie na construção do aprendizado da criança. Para que isso aconteça, o
adulto deve estar muito presente e participante nos momentos lúdicos.
Quem trabalha na Educação de crianças deve saber que podemos sempre desenvolver
a motricidade, à atenção e a imaginação de uma criança.
Em qualquer época da vida de crianças e adolescentes e porque não de adultos, as
brincadeiras devem estar presentes. Brincar não é coisa apenas de crianças pequenas, erra a
escola ao subsidiar sua ação, dividindo o mundo em lados opostos: de um lado o jogo da
brincadeira, do sonho, da fantasia e do outro: O mundo sério do trabalho e do estudo.
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Independente do tipo de vida que se leve, todos adultos, jovens e crianças precisam da
brincadeira e de alguma forma de jogo, sonho e fantasia para viver,
A capacidade de brincar, abre para todos: crianças, jovens e adultos, uma
possibilidade de decifrar enigmas que os rodeiam. A brincadeira é o momento sobre si
mesmo e sobre o mundo, dentro de um contexto de faz-de-conta. Nas escolas isto é
comumente esquecido.
Observo então que na escola não há lugar para o desenvolvimento global e
harmonioso em brincadeiras, jogos e outras atividades lúdicas. Ao chegar à escola a criança é
impedida de assumir sua corporeidade, passando a ser submissa através de horas que fica
imobilizada na sala de aula.
Sendo assim, para o aluno se auto-realizar é quando ele atinge seus objetivos
preestabelecidos com o máximo de rendimento e o mínimo de investimento de energia. Então
o conceito de auto-realização tem a ver com a eficácia pessoal.
Então quando o professor organizar suas atividades de aula, deve selecionar aquelas
mais significativas para seus alunos. Em seguida o professor deve criar condições para que
estas atividades significativas sejam realizadas. Destaca-se a importância dos alunos
trabalharem na sala de aula em grupos, interagindo uns com outros, e este trabalho coletivo
facilitará o próprio auto-desenvolvimento individual. Cabe ao professor em sala de aula
estabelecer metodologias e condições para desenvolver e facilitar este tipo de trabalho.
A identidade do grupo tem como resultado a integração de atividades mais amplas e
profundas, como do tipo de liderança, respeito aos membros, condições de trabalho,
perspectivas de progresso, retribuição ao investimento individual, compreensão e ajuda
mútua, aceitação. São estas as qualidades que devem ser trabalhadas pelos professores e este
deve estar atento principalmente ao componente com o qual o corpo dialoga através do
movimento: a afetividade. A afetividade é um valor humano que apresenta diversas
dimensões: amor, respeito, aceitação, apoio, reconhecimento, gratidão e interesse.
Brincadeira e aprendizagem são consideradas ações com finalidades bastante
diferentes e não podem habitar o mesmo espaço e tempo. Isto não está certo, O professor é
quem cria oportunidades para que o Brincar aconteça, sem atrapalhar as aulas. São os
recreios, os momentos livres ou as horas de descanso.
No entanto constata-se que é através das brincadeiras que a criança representa o
discurso externo e o interioriza, construindo seu próprio pensamento. O adulto transmite à
criança uma certa forma de ver as coisas. Quando apresentamos várias coisas ao mesmo
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Muito pode ser trabalhado a partir de jogos e brincadeiras. Contar, ouvir histórias,
dramatizar, jogar com regras, desenhar entre outras atividades, constituem meios prazerosos
de aprendizagem.
A medida que a criança interage com os objetos e com outras pessoas, construirá
relações e conhecimentos à respeito do mundo em que vive. Aos poucos, a escola, a família,
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em conjunto, deveram favorecer uma ação de liberdade para a criança, uma sociabilização
que se dará gradativamente, através das relações que ela irá estabelecer com seus colegas,
professores e outros pessoas.
Para que isso aconteça, a criança não deve sentir-se bloqueada, nem tão pouco
oprimida em seus sentimentos e desejos. Suas diferenças e experiências individuais devem,
principalmente na escola, ter um espaço relevante sendo respeitadas nas relações com o
adulto e com outras crianças. Brincando em grupo as crianças envolvem-se em uma situação
imaginária onde cada um poderá exercer papéis diversos aos de sua realidade, além de que,
estarão necessariamente submetidas a regras de comportamento e atitude.
Santa Marli Pires dos Santos (1997) Diz: “Brincar é a forma mais perfeita para
perceber a criança e estimular o que ela precisa aprender e se desenvolver”.
Se a escola não atua positivamente, garantindo possibilidades para o desenvolvimento
da brincadeira, ela ao contrário, age negativamente impedindo que esta aconteça. Diante
desta realidade, faz-se necessário apontar para o papel do professor na garantia e
enriquecimento da brincadeira como atividade social da infância. Considerando que a
brincadeira deva ocupar um espaço central na educação, entendo que o professor é figura
fundamental para que isso aconteça, criando os espaços, oferecendo material e partilhando
das brincadeiras.
Agindo desta maneira, o professor estará possibilitando às crianças uma forma de
assimilar à cultura e modos de vida adultos, de forma criativa, social e partilhada.
Estará, ainda, transmitindo valores e uma imagem da cultura como produção e não
apenas consumo.
Devemos ter espírito aberto ao lúdico, reconhecer a sua importância enquanto fator de
desenvolvimento da criança. Seria importante termos na sala de aula um cantinho com alguns
brinquedos e materiais para brincadeiras. Na verdade qualquer sala de aula disponível é
apropriada para as crianças brincarem. Podemos ensinar as crianças também, a produzir
brinquedos. O que ocorre geralmente nas escolas é que o trabalho de construir brinquedos
com sucatas, fica restrito às aulas de arte, enquanto professores poderiam desenvolver
também este trabalho nas áreas de teatro, música, ciências etc, integrando aos conhecimentos
que são ministrados.
É muito interessante ver uma criança transformar um simples copo de plástico numa
fantástica nave espacial com tripulantes e tudo. A sucata é um recurso, se mostra como um
lixo real e depois de transformada em algo passamos a dar origem a objetos construtivos,
expressivos. O brinquedo (sucata) é assim denominado por se tratar de um objeto construído
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artesanalmente com diversos materiais, como madeira, plástico, lata, borracha, papelão e
outros recursos extraídos do cotidiano.
A tensão entre o desejo da criança e a realidade objetiva é que da origem ao lúdico
acionado pela imaginação. Assim podemos afirmar que as brincadeiras por abrir espaços para
o jogo da linguagem com a imaginação, se configura como possibilidade da criança forjar
novas formas conceber a realidade social e cultural em que vive, além de servir como base
par a construção de conhecimentos e valores. Isto faz com que o Brincar seja uma grande
fonte de desenvolvimento e aprendizagem.
É necessário que desde a pré-escola, as crianças tenham condições de participarem de
atividades que deixem florescer o lúdico.
Podemos observar mais atentamente:
*A importância da repetição ocorre durante a brincadeira, fato este que não deve ser simplesmente ao
prazer propiciado pelo exercício, mas trata-se acima de tudo, de uma forma de assimilar o novo.
*O valor da imaginação e o papel a ela atribuído quer no desenvolvimento da inteligência das
crianças, quer no processo de aprendizagem, do ponto de vista da formação de conceitos( Compreender como
ocorre o processo de representação da criança e seu alcance, uma vez que ela consegue combinar
simultaneamente o pensamento, a linguagem e a fantasia).
*Na brincadeira a criança tem a oportunidade não apenas de vivenciar as regras impostas, mas de
transformá-las, recriá-las de acordo com as suas necessidades de interesse e ainda entendê-las. Não se trata de
uma mera aceitação, mas de um processo de construção que se efetiva com a sua
participação.(GUERRA,1996)
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CAPÍTULO IV
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Podemos dizer que é uma oficina de criação lúdica, onde crianças e jovens
experimentam, conhecem, exploram e manipulam diversos brinquedos, construindo assim seu
próprio conhecimento, desenvolvendo autonomia, criatividade e liberando suas fantasias.
O mundo de brinquedos é a primeira idéia que surge para quem entra na
Brinquedoteca.
Nas Brinquedotecas existem brinquedos variados, novos, usados, brinquedos de
madeira, plástico, metal, pano, aquele da propaganda, um que nossos pais brincavam, ou
aquele tão desejado. Brinquedos que vão realizar sonhos, desmistificar fantasias ou
simplesmente estimular a criança a brincar livremente. Quando uma criança entra na
Brinquedoteca, deve ser tocada pela expressividade da decoração, pela alegria e a magia do
espaço.
Sendo um ambiente para estimular a criatividade, deve ser preparado de forma
criativa, com espaços que incentivem a brincadeira de “faz de conta”, a construção de
brinquedos e a socialização.
O que não podemos esquecer é que qualquer que seja o tipo de Brinquedoteca, o
acervo de brinquedos, as brincadeiras, vão proporcionar a criança e ao jovem, momentos
criativos, alegres, com muito prazer e aprendizado.(GOUVEA,1969)
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O autor não enfatiza diferença entre jogo e brincadeira, caracterizando os jogos pelo
prazer, o caráter não sério, a liberdade, a separação dos fenômenos do cotidiano, as regras, o
caráter fictício ou representativo e sua limitação no tempo e no espaço.
O autor destaca como principais características do jogo:
"ser uma atividade livre, conscientemente tomada como não séria e exterior a vida habitual, mas ao mesmo
tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total. É uma atividade desligada de todo e qualquer
interesse material, com a qual não se pode obter lucro, praticado dentro de limites espaciais e temporais próprios,
segundo uma certa ordem e certas regras. Promove a formação de grupos sociais com tendência a rodearem-se de
segredo e a sublimarem sua diferença em relação ao resto do mundo por meio de disfarces ou outros meios
semelhantes" (1971).
Vygotsky afirma que nem sempre o jogo possui estas características, por que em certos
casos "há esforço e desprazer" na busca do objetivo da brincadeira.
Neste caso, fazendo distinção entre jogo e brincadeira, pode-se constatar que o desprazer
em busca do objetivo é característico do jogo enquanto que a brincadeira, por seu caráter
descomprometido e desvinculado de padrões e objetivos não submete seu praticante ao desprazer
e ao desconforto, pois o interesse por ela termina a qualquer momento.
Alguns estudiosos, diferenciam os termos brinquedo, jogo e brincadeira, e mostram a
importância dessas atividades para o desenvolvimento do ser humano.
Para Bomtempo (1987), brinquedo significa tanto o objeto que serve para a criança
brincar como o ato de brincar; jogo é a atividade com regras que definem uma disputa "que serve
para a criança brincar" e brincadeira é, "o ato ou efeito de brincar, entreter-se, distrair-se com
um brinquedo ou jogo".
Segundo João Paulo Monteiro, tradutor do livro de Huizinga, Homo Ludens, em outras
línguas não há a diferenciação existente na nossa.
Mariotti (1996) destaca que o jogo é uma atividade mediante a qual a criança constrói a
realidade. Construir a realidade é sair do seu mundo interno e subjetivo para começar descobrir e
configurar a realidade objetiva e exterior. Afirma ainda que, através do jogo a criança pode ser
protagonista de diferentes papéis, situação esta que futuramente vai traduzir-se na afirmação da
personalidade.
Os jogos são atividades que os participantes possuem uma maneira formal de proceder e
estão sujeitos a regras. Se direcionados e conduzidos de maneira adequada, favorecem momentos
de confraternização, participação e integração, aliviando o cansaço físico e mental. Proporciona
aos participantes entendimento das expressões como jogar, busca pela vitória, cooperação,
aceitação da derrota e equilíbrio durante a realização das atividades, com os adversários de jogo
ou companheiros.
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Conforme Mariotti (1996), os professores primários devem utilizar-se do jogo como meio
para desenvolver as capacidades pessoais e sociais, permitindo a criança manifesta-se com
liberdade.
Os jogos podem ter duas classificações quanto às regras. Podem ser pequenos jogos ou
grandes jogos.
Os pequenos jogos têm suas regras mais flexíveis, mais simples e em menor quantidade,
enquanto os grandes jogos têm regras totalmente fixas, mais complexas e em maior quantidade.
Em conseqüência disso, num pequeno jogo o animador atua como orientador e num grande jogo,
o animador atua como árbitro.
Do ponto de vista da forma, pode-se definir o jogo em breves palavras como uma ação
livre, sentida como fictícia e situada à margem da vida quotidiana, capaz, contudo, de absorver
totalmente ao jogador. Uma atividade desprovida de todo o interesse material e de toda utilidade,
que acontece num tempo e num espaço expressamente determinados, desenvolve-se obedecendo
a regras estabelecidas e suscita na vida as relações entre grupos que deliberadamente, rodeia-se
de mistério ou acentuam mediante o disfarce, sua estranheza face ao mundo habitual.
Para Kishimoto (2001) tentar definir o jogo não é uma tarefa fácil podendo a mesma ser
entendida como por exemplo jogos políticos, jogos de adultos, de crianças, xadrez, contar
histórias, brincar de mãe e filha, quebra cabeça etc...
A autora afirma ainda que no Brasil os termos jogo, brinquedo e brincadeira ainda são
empregados de forma indistinta, demonstrando um baixo nível de conceituação neste campo.
Enfatiza que cada contexto social constrói uma imagem de jogo conforme seus valores e modo de
vida, que se expressa por meio da linguagem.
O brinquedo enquanto objeto é sempre suporte da brincadeira. É um estimulante material
para fazer fluir o imaginário infantil.
A brincadeira é a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo e
mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que é o lúdico em ação. Brinquedo e brincadeira
relaciona-se diretamente com a criança, e não se confundem com o jogo.
Segundo Lorenzini (2002), percebe-se que há na verdade, a busca de uma compreensão
mais ampla da questão da brincadeira.
Conforme o dicionário Aurélio (1988), brincadeira é o ato ou efeito de brincar, brinquedo,
entretenimento, passa tempo, divertimento, gracejo.
Para Barreto (1998), brincadeira é a atividade lúdica livre, separada, incerta, improdutiva,
governada por regras e caracterizada pelo faz de conta. É uma atividade bastante consciente mas
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fora da vida rotineira e não séria, que absorve a pessoa intensamente. Ela se processa dentro de
seus próprios limites de tempo e espaço de acordo com regras fixas e de um modo ordenado.
Segundo Luise Weisse (1989), através do brinquedo, a criança inicia sua integração
social, aprende a conviver com os outros, a situar-se frente ao mundo que a cerca. Ela se exercita
e se concentra brincando.
Mariotti (1996) afirma que no jogo espontâneo as crianças protagonizam situações
criativas e escolhem ser as promotoras e condutoras das atividades que realizam.
Segundo Lorenzini (2002), o jogo ou a brincadeira tem uma força instintiva e o homem
recapitula sua experiência por meio deles. Nenhuma teoria do jogo é completamente aceita ou
universal, porém todas abrangem a noção de que essa atividade tem grande valor educacional.
Para Cavallari e Zacarias (1998) há diferença entre jogos e brincadeiras, e todas as
atividades recreativas, quaisquer que sejam, sempre serão ou uma brincadeira ou um jogo, não
fugindo a isso.
Os autores evidenciam os seguintes aspectos como sendo fatores diferenciais entre os
jogos e as brincadeiras: vencedor, final, regras, ápice, evolução, modificações e conseqüências.
4.1.1-AS BRINCADEIRAS
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4.1.2- OS JOGOS
Se uma atividade recreativa permite alcançar a vitória, ou seja, pode haver um vencedor,
estamos tratando de um jogo. O jogo busca um vencedor.
Sempre tem seu final previsto, quer seja por pontos, por tempo, pelo número de
repetições, ou por tarefas cumpridas.
O jogo sempre terá regras. Não existe jogo sem pelo menos uma regra que seja.
Sempre terá um ponto alto a ser atingido, como por exemplo, marcar um ponto ou cumprir
uma tarefa.
Todo jogo apresenta uma evolução regular, ele tem começo, meio e fim,
conseqüentemente, existem maneiras formais de se proceder.
Se for necessários fazer uma modificação nas regras do jogo, ele deve ser interrompido e
depois reiniciado.
Pode-se tentar prever algumas conseqüências ou conclusões dos jogos.
Segundo Carvalho (1999), os jogos e brincadeiras representam um elo na construção de
novos conhecimentos, estabelecendo um maior dinamismo e criatividade no processo de ensino-
aprendizagem. A autora acredita que é necessário além de buscar um novo sentido para este
processo, descobrir o elo de ligação entre a sala de aula e a realidade social em que se encontram
inseridas as crianças, para que o ato de aprender deixe de ser apenas memorização ou repasse de
conteúdos para ser a construção do conhecimento.
Oberteuffer e Ulrich (1977) consideram que uma pessoa, jogando, reage totalmente a
experiência, expressando seu mundo interior e exterior.
Segundo Lorenzini (2002), devido à evolução urbana, a brincadeira de rua esta deixando
de existir, o que limitará o acesso à experiência sensorial, motora, social, cognitiva, afetiva e
cultural, que era própria da infância em um passado não muito distante.
Para a autora, se as brincadeiras de rua estão deixando de existir naturalmente, elas devem
ser substituídas por atividades e locais que sejam adequados as atuais possibilidades. A autora
enfatiza ainda que não pode ser esquecido é que as necessidades da criança continuam sendo as
mesmas. A principal conseqüência desses acontecimentos foi que começaram a existir limitações
de tempo e espaço e as brincadeiras passaram a ser orientadas pelo adulto e desenvolvidas em um
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grupo maior de participantes. Todo este processo de mudanças culturais resultou em mudanças na
educação formal: a escola se tornou o principal agente de formação da criança.
A atividade diária, na residência, na escola, na rua e mesmo no trabalho, pode e ser
considerada como um jogo. Quase sempre há uma competição ou uma imitação e sempre ocorre
uma interação com o meio e um aprendizado, enfim, sempre há jogo.
O jogo é uma necessidade infantil, tem uma finalidade educacional porque começa como
exercício funcional. A criança que joga, torna-se um adulto preparado. O jogo tem um papel
amplo: leva a criança a pensar (MACEDO, 1991).
Para Lorenzini (2002) ao tentar estabelecer a diferença entre jogos e brincadeiras há
apenas uma pequena nuança: o jogo é uma brincadeira com regras e a brincadeira, um jogo sem
regras. O jogo se origina do brincar ao mesmo tempo em que é o brincar.
É difícil estabelecer se uma atividade é uma brincadeira, um pequeno jogo, ou um grande
jogo. Para podermos definir, temos que ver como esta atividade será desenvolvida no caso
estudado e assim chegar a uma conclusão.
A importância de se fixar esta diferenciação é que de acordo com a faixa etária que
estivermos pretendendo animar, poderemos escolher o tipo de atividades empregar, pois de
acordo com suas características, é notório que as brincadeiras atingem faixas etárias mais baixas,
enquanto pequenos jogos atingem faixas etárias intermediárias, e os grandes jogos são propícios
as faixas etárias mais elevadas.
O próprio recreacionista pode utilizar uma mesma atividade em forma de brincadeira,
pequeno jogo, ou grande jogo, adaptando-a ao público a ser atingido. Para transformar uma
brincadeira em jogo, um pequeno jogo em grande jogo ou vice-versa, basta utilizar as regras de
acordo com as características da atividade.
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resume o modo pelo qual cada realidade interpreta um dado teórico que reflete a orientação
cultural de cada país.
Spodek e Saracho ( 1990) comentam que os Estados Unidos foram o modelo inicial
para a grande maioria dos países. Missionários cristãos, protestantes disseminaram o jardim
froebeliano em muitos países asiáticos e latino-americanos.
Para adaptar a pedagogia froebeliana aos pressupostos da filosofia confuciana que
subsidia culturas orientais, China e Coréia modificam idéias relativas ao desenvolvimento
individual para justificar a ênfase no grupo, a base do sistema desses países. Da mesma forma,
a implantação do modelo froebeliano no período de modernização do Japão, na era Meiji
(1868-1880), sob a influência americana, exige a tradução e adaptação da obra Mutter und
Koselieder, que inclui músicas e gravuras coerentes com valores da cultura
japonesa.(SPODEK E SARACHO, 1996)
A apropriação do brincar enquanto ação livre ou supervisionada depende da forma
como foi divulgada pelos discípulos froebelianos: Schrader-Breymann e Bertha von
Marenholz-Büllow. A primeira cria a Casa Pestalozzi-Fröbel, com orientação para o brincar
livre, influenciando a Suécia e, a segunda, volta-se para o uso diretivo dos dons froebelianos,
recebendo o apoio dos americanos. (HADDAD E JOHANSSON, 1995)
Marenholz-Büllow, seleciona os dons, deixando de lado o simbolismo das brincadeiras
interativas e a ação livre da criança, tornando a instituição mais parecida com a escola.
Schrader-Breymann, opõe-se ao caráter disciplinador, faz o jardim de infância aproximar-se
do lar, introduzindo tarefas domésticas como parte do currículo, que juntamente com as
brincadeiras, representam os eixos do desenvolvimento da criança na proposta sueca.
(HADDAD E JOHANSSON,1995)
Nos Estados Unidos, na virada do século, a literatura mais recente sugere que os
programas froebelianos enfatizam o brincar supervisionado, que encoraja a uniformidade e o
controle nos estabelecimentos destinados a imigrantes pobres e o brincar livre prevalece nas
escolas particulares de elite (BLOCH E CHOI, 1990).
Bloch e Choi (1990) indicam a presença do brincar supervisionado nas creches que
surgem ainda no século 19, durante a Guerra Civil, estimuladas pelo Movimento de
Assentamento das Famílias, pelo crescente aumento de pobres urbanos, fruto de
deslocamentos sociais causados pela industrialização, urbanização e intensa imigração. Nessa
época, a América sendo uma sociedade relativamente homogênea busca ideais como
liberdade individual, ordem social e unidade nacional. Com a penetração dos imigrantes e o
crescimento da pobreza urbana, buscam-se meios para americanizar imigrantes a partir da
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Dessa forma, para que o ser humano expresse a espiritualidade de Deus, seria
necessária "a liberdade para auto-atividade e autodeterminação da parte do homem, criado
para ser livre à imagem de Deus. " (FROEBEL, 1912)
Concepções de homem e sociedade envolvendo a liberdade do ser humano de auto-
determinar-se, buscar o conhecimento para a humanidade desenvolver-se, definem a função
da educação infantil que se reflete no brincar, considerado " a fase mais importante da
infância - do desenvolvimento humano neste período - por ser a auto-ativa representação do
interno - a representação de necessidades e impulsos internos," (Froebel, 1912) "a atividade
espiritual mais pura do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típica da vida humana enquanto um todo - da
vida natural interna no homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo
e interno, paz com o mundo...A criança que brinca sempre, com determinação auto-ativa, perseverando,
esquecendo sua fadiga física, pode certamente tornar-se um homem determinado, capaz de auto-sacrifício para
a promoção do seu bem e de outros....Como sempre indicamos, o brincar em qualquer tempo não é trivial, é
altamente sério e de profunda significação. " (FROEBEl, 1912)
Considerado por Blow (1991), psicólogo da infância, Froebel introduz o brincar para
educar e desenvolver a criança. Sua teoria metafísica pressupõe que o brincar permite o
estabelecimento de relações entre objetos culturais e a natureza, unificados pelo mundo
espiritual. Froebel concebe o brincar como atividade livre e espontânea, responsável pelo
desenvolvimento físico, moral, cognitivo, e os dons ou brinquedos, objetos que subsidiam
atividades infantis. Entende, também, que a criança necessita de orientação para seu
desenvolvimento. A perspicácia do educador leva-o a compreender que a educação é ato
intencional, que requer orientação, materializados na função da jardineira usar materiais para
facilitar a construção do conhecimento de pré-escolares.
Entretanto, a aquisição do conhecimento, requer a auto-atividade, capaz de gerar auto-
determinação que se processa especialmente pelo brincar. Programas froebelianos permitem a
inclusão de atividades orientadas subsidiadas por pequenos objetos geométricos, chamados
dons, materiais como bolas, cilindros, cubos, papéis recortados, anéis, argila, desenhos,
ervilhas, palitos de madeira pelos quais se realizam atividades orientadas, as ocupações,
geralmente intercaladas por movimentos e músicas.
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brincadeiras, mas de ensino, escrita e cálculo (Franco, 1912) . Mais uma vez vence a
tendência de escolarização.
As escolas maternais criadas nessa época para atender filhos de operários também não
parecem autorizadas a utilizar a metodologia froebeliana. Somente os jardins de infância, de
meio período, distribuídos em 3 anos de curso seqüencial, concede-se o direito à proposta do
brincar. (KISHIMOTO, 1988, 1990)
Quando da criação dos Parques Infantis, por Mário de Andrade, observa-se mais uma
vez a discriminação da criança pobre. Para o poeta, o brincar deveria ser a expressão de
brincadeiras tradicionais, livres, divulgadas pela oralidade infantil, para educar e aperfeiçoar a
cultura de qualquer criança, inclusive do operariado paulista dos anos 30. Entretanto, Nicanor
Miranda, seu sucessor, implanta o brincar orientado, controlado e supervisionado como sendo
o modelo ideal para retirar das ruas rebentos do operariado para educá-los (Faria, 1993). Aqui
prevalece, o critério da classe social. Mais uma vez, no início da industrialização em São
Paulo, à semelhança da experiência americana, o brincar controlado fica atrelado à classe
econômica de seus usuários.
A apropriação das teorias infantis presentes no movimento progressivista como as de
Dewey, Montessori, Decroly, Kilpatrick, Freinet e outros mostram outros exemplos na
realidade brasileira (KISHIMOTO, 1988, 1990).
No jardim de infância da Escola Normal Caetano de Campos, de São Paulo, instituição
pública que recebe a elite paulista, sob a orientação de Alice Meirelles Reis, desenvolvem-se
metodologias escolanovistas, entre os quais centros de interesses e inúmeros jogos divulgados
por Decroly, Froebel e Montessori. Entretanto, nas classes pré-escolares anexas aos grupos
escolares estaduais, que atendem crianças de menores recursos, para ajustar-se ao espaço
físico disponível, com carteiras pregadas no chão, ausência de materiais diversificados e
professores não qualificados, prevalecem folhas mimeografadas reproduzindo jogos
educativos sugeridos por Decroly, que exigiam apenas exercícios gráficos, geralmente
mecânicos. A apropriação de Decroly nessas classes demonstra a dura realidade da expansão
dessas instituições que não conta com docentes qualificados e nem mesmo salas e recursos
apropriados para o trabalho infantil. Dentre as inúmeras sugestões propostas por Decroly
como centros de interesses, oficinas, brincadeiras motoras, e construção de brinquedos,
utilizou-se, apenas, as folhas impressas com desenhos de jogos de identificação.
Essa orientação valeu-lhe a denominação "classes de decepção infantil"( Kishimoto,
1990). Dentro desse mesmo princípio de privilegiar classes sociais, nota-se a metodologia
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os objetivos desse nível de ensino. Adotar uma instituição da "moda", que valoriza o lúdico
como um apêndice, sem questionar as funções da brincadeira enquanto proposta educativa é
outro exemplo que mascara a inconsistência de um projeto educativo baseado no brincar
(KISHIMOTO,1995b, 1994).
A divulgação da brinquedoteca no seio de creches e pré-escolas e o desconhecimento
de suas funções aparece no Congresso de Brinquedoteca realizado em Santa Maria, em 1996,
com inúmeras questões relacionadas à natureza das duas instituições.
Pré-escolas particulares, que funcionam em sobrados, com salas pequenas, geralmente
de orientação acadêmica, procuram absorver idéias relativas ao uso do brincar, criando
brinquedotecas. Nesse caso, salas abarrotadas de mesinhas e cadeiras para receber cerca de 20
crianças, impedem a reorganização do espaço físico com a introdução de brinquedos e cantos
para brincadeiras. Criada em alguma sala disponível, a brinquedoteca é a alternativa para
sanar a dificuldade, e ao mesmo tempo, garantir a orientação conteudística. A brinquedoteca
enquanto espaço distinto, fora da sala de aula é a imagem que predomina no imaginário de
uma profissional de creche: "Teria uma coisa que eu li, que eu acho que seria interessante,
uma brinquedolândia, né? Um lugar prás crianças brincarem fora da sala de aula. Um
espaço também tampado, arejado, mas só com brincadeiras, com uma tia diferente. Um tia
que não fosse a deles..."(VEILLARD, 1996).
Pela visão do profissional, o brincar não pode integrar-se às atividades educativas,
ocupa lugar fora da sala, não sendo sua tarefa interagir com a criança por meio da brincadeira,
cabe a outro esse papel. As razões da dicotomia entre o educar e o brincar indicam as
dificuldades enfrentadas pelas profissionais de compreender o lúdico: " Você ter pessoas,
assim, que fossem treinadas, e que tivessem sempre nessa questão da brincadeira. Porque eu
acho que a brincadeira é uma coisa muito difícil, porque eu tenho dificuldade prá criar
brincadeiras" (VEILLARD, 1996).
Um olhar para os currículos dos cursos de Magistério e de Pedagogia, repletos de
conteúdos que não qualificam o profissional para a compreensão e inserção do lúdico no
trabalho pedagógico demonstram a dimensão do problema. Em decorrência, o
desenvolvimento infantil não privilegia um ser holístico, o brincar restringe-se ao exercício
muscular, conduzido por um professor de Educação Física: "(...)o professor de Educação Física, ele
já sabe que tipo de exercícios. Ele tem aquele jeito de bolar, assim, uma brincadeira que as crianças exercitem
os músculos(...) eu acho que ele tá habilitado. E(...) seria uma pessoa só, que poderia trabalhar um dia com
cada turma na semana" (VEILLARD, 1996).
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O rodízio de uso da sala por várias turmas permite que, pelo menos uma vez por
semana, as crianças tenham acesso aos brinquedos e brincadeiras. Mas mesmo nessas
ocasiões, nem sempre se garante o uso livre dos brinquedos. Predominam atividades dirigidas
pelos professores selecionando brinquedos educativos ou delimitando o tipo de brinquedo
utilizado pela criança. O brincar enquanto recurso para desenvolver a autonomia da criança
deixa de ser contemplado nesse tipo de utilização.
Nas instituições em que se permite o uso livre, cantos extremamente estruturados e
fixos, impedem a criação de projetos de brincadeiras por parte da criança. A concepção de
brincar como forma de desenvolver a autonomia das crianças requer um uso livre de
brinquedos e materiais, que permita a expressão dos projetos criados pelas crianças. Só assim,
o brincar estará contribuindo para a construção da autonomia. A pré-escola japonesa dá um
exemplo muito claro de como é possível acreditar na criança, dar espaço para que cada uma
crie seu projeto de brincadeira na companhia de seus pares.(KISHIMOTO, 1996).
A prática pedagógica nas creches e pré-escolas parece referendar grandes espaços,
vazios de brinquedos e objetos culturais que estimulem o imaginário infantil e permita a
expressão de temáticas de faz-de-conta.
Predominam, sempre, salas e corredores desprovidos de objetos em que se pode
apenas correr, pular, rolar, trombar com outros. Muitas vezes, uma bola ou alguns brinquedos
dispersos estimulam a posse e a manipulação, sem vinculação com qualquer intenção de
brincar da criança ou, ainda, o oposto, salas repletas de mesas e cadeiras em que se
desenvolvem atividades coletivas, consideradas "pedagógicas", sob a supervisão do professor.
Os brinquedos estão geralmente guardados em estantes ou armários, longe do acesso das
crianças. Quando disponíveis, não há preocupação em adequá-los à faixa etária, se estão em
bom estado, se há quantidade suficiente, se estimulam ações lúdicas que propiciem a
expressão do imaginário. A produção de brinquedos voltada para finalidades externas, como
presentes para os pais, não subsidia a representação simbólica. A ação motora que integra
toda brincadeira é vista como independente da cognição, afetividade e sociabilidade, portanto,
sem relação com o desenvolvimento da linguagem e oportunidades de exploração.
Os brinquedos aparecem no imaginário dos professores de educação infantil como
objetos culturais portadores de valores considerados inadequados. Por exemplo, bonecas
Barbies devem ser evitadas por carregar valores americanos. Bonequinhos guerreiros ,
tanques, armamentos e outros brinquedos, com formas bélicas, recebem o mesmo tratamento
por estarem associados à reprodução da violência. Brincadeiras de casinhas com bonecas
devem restringir-se ao público feminino. Brincadeiras motoras, com carrinhos e objetos
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móveis, pertencem mais ao domínio masculino. Crianças pobres podem receber qualquer tipo
de brinquedo, porque não dispõem de nada.
A pobreza justifica o brincar desprovido de materiais e a brincadeira supervisionada.
Escolas representadas por diversas etnias começam a introduzir festas folclóricas, com
danças, comidas típicas, como se a multiculturalidade pudesse ser resumida e compreendida
como algo turístico, pelo seu lado exótico, apenas por festas e exposições de objetos típicos,
não contemplando os elementos que caracterizam a identidade de cada povo. Enfim, são tais
atitudes que demonstram preconcepções relacionadas à classe social, ao gênero e à etnia, e
tentam justificar propostas relacionadas às brincadeiras introduzidas em nossas instituicões de
educação infantil. Da mesma forma, a concepção de que o brincar deve restringir-se a espaços
como o playground, ou a uma sala como a Brinquedoteca, mostra o quanto o brincar está
ausente de uma proposta pedagógica que incorpore o lúdico como eixo do trabalho infantil.
As instituições infantis selecionam aspectos da cultura relacionados com o saber
instituído da escola elementar: a escrita e os números, excluindo elementos caracterizadores
da cultura do país como o carnaval, rituais do Bumba meu boi, festa de coroação dos reis,
capoeira, futebol, as lendas... Nota-se, também, a falta de materiais típicos da fauna e flora
brasileiras, como folhas, galhos, pedras, conchas, frutos, flores, penas etc. A produção de
objetos não reflete a riqueza do mundo cultural e natural. Mesmo o uso da sucata industrial
fica empobrecido com a falta de um tratamento que ofereça identidade cultural a tais objetos.
O imaginário infantil não reflete a riqueza folclórica, com suas lendas como a vitória-
régia, gibóia, boto cor-de-rosa, que habitam regiões da Amazônia e Mato Grosso. As lendas e
contos, contribuições de indígenas, negros e brancos, que resultam na pluralidade cultural da
população brasileira e que habitavam o imaginário das crianças dos tempos passados
excluídos do rol de conteúdos escolares demonstra a separação entre a escola e a cultura
(KISHIMOTO, 1993).
A riqueza das lendas e contos divulgadas por pintores como Portinari, que retrata a
mula-sem-cabeça representando o pegador nas noites escuras de Brodoski, como memórias de
infância, Rego (1969), em Menino de Engenho, conta suas lembranças dos tempos do
engenho de açúcar, em que se brincava de capa bode, a brincadeira de faz-de-conta em que só
brancos podiam construir um engenho de açúcar para ser o proprietário, em que se simulava o
Antonio Silvino, o cangaceiro do nordeste, empunhando armas e organizando batalhões
(KISHIMOTO, 1993).
As imagens sociais dos tempos passados perdem-se, guardados em gavetas que não
foram mais abertas em virtude do novo modo de vida dos tempos atuais que impede a
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transmissão oral dentro de espaços públicos. Cabe à escola a tarefa de tornar disponíveis o
acervo cultural que dá conteúdo à expressão imaginativa da criança, abrir o espaço para que a
escola receba outros elementos da cultura que não a escolarizada para que beneficie e
enriqueça o repertório imaginativo da criança.
Vygotski (1988) revoluciona a Psicologia ao mostrar que a cultura forma a inteligência
e que a brincadeira de papéis é a atividade predominante do pré-escolar que favorece a criação
de situações imaginárias, de reorganização de experiências vividas; Bruner (1996) reforça
essa perspectiva ao mostrar que a educação deve entrar na cultura.
Pesquisas efetuadas em creches e pré-escolas demonstram que os materiais
privilegiados pelas instituições infantis continuam sendo os gráficos e os
educativos.(Kishimoto, 1996, 1996, Canholato, 1990, Pinnaza, 1989), referendando mais uma
vez valores relacionados às atividades didáticas, predominando o modelo escolar,
marginalizando a expressão , criatividade e iniciativa da criança. A cultura brasileira repleta
de festas e folclore sistematicamente está ausente dos domínios escolares. É essa seletividade
a que se refere Furkin (1996), ao apontar como a educação relaciona-se com aspectos da
cultura. A inversão desse modelo pode efetuar-se por um processo político de introdução dos
elementos folclóricos no contexto da educação, à semelhança do Japão, que nos anos 70, ao
perceber o desaparecimento das brincadeiras tradicionais, fruto da intensa industrialização e
urbanização do país, introduz medidas políticas visando recuperá-las, a partir da inserção de
brinquedos e brincadeiras nos currículos infantis.(KISHIMOTO, 1995c, 1996)
Outro aspecto ausente das discussões de profissionais de educação infantil é a
interação criança-criança e criança adulto por meio da brincadeira.
Qual o papel do adulto como representante da cultura, responsável pela educação
infantil?
Qual o significado de objetos do mundo cultural para o desenvolvimento infantil?
Pode-se construir conhecimento a partir de brinquedos e brincadeiras?
Pode-se desenvolver a linguagem?
Brincadeiras em grupo servem para socializar crianças, levar `a compreensão de
regras?
Brincadeiras de faz-de-conta contribuem para a formação do símbolo?
Crianças que expressam suas representações mentais se desenvolvem?
Quais os tipos de brinquedos mais adequados a cada faixa etária?
Como devem ser utilizados os diferentes brinquedos?
Como introduzir brinquedos e brincadeiras dentro de propostas pedagógicas?
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O jogo, como reconhecem Platão (na sua Paideia), Huizinga no Ludens) e Rogger
Caillois (O Homem e seus jogos) é tão antigo quanto a cultura, pois é parte dela. E é neste
contexto que os jogos florescem como uma ampla rede de significados.
Assim sendo o jogo se constitui como forma de :
* linguagem(ens);
* produção simbólica;
* produção estética.
Abordando a arte na perspectiva infanto-juvenil, necessariamente temos que nos
remeter ao lúdico , ou seja o jogo. Até porque, tais manifestações se encontram
profundamente entrelaçadas.
Friedrich Schiller já no séc. XVIII anunciava a presença do lúdico na vida do homem,
e ao mesmo tempo o condicionava à postura estética. Na sua obra - A Educação Estética do
Homem - ele propugna pela existência de um impulso natural humano de origem no sensível
que é o jogo. Além do caráter sensível e estético do jogo, Shiller, como ninguém, conseguiu
divisar uma face poética do jogo: suprimir o tempo no tempo. Conjuga-se no lúdico o impulso
sensível e o formal, a medida que isto simula e ocupa o tempo.
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A arte e o jogo, ficam assim, colocados como adorno ou alegoria, e nada mais, como
se quem os elaboram estivesse sob os efeitos de um piloto automático acionado, e que,
desacionado, não se memorizam, não se resgatam, não se processam na mente.
Ao mesmo tempo a arte passa a ser vista apenas como algo a ser contemplado, fruído
no outro - na obra do outro - sem admitir que não vejo o outro senão pela experiência que
realizo, colho e processo.
Julgamos também que se menospreza a capacidade conceitual ou racional que se
aplica na elaboração técnica das artes ou dos jogos.
Mas, sem reduzir ao caráter do conceitual ou racional em que se revestem os processos
de produção da arte, poderíamos também indagar: onde fica a estética, que também perpassa
os discursos conceituais na educação.
Parece-nos que há um preconceito quanto as considerações do estético, quando se sabe
que todas as ações humanas estão permeadas pela forma estética.
Ou seja, em outras áreas do conhecimento se releva o valor da estética, como no
ensino da língua, da geografia e outras tantas ciências. Porque então se perguntar do valor da
arte?
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Parece-nos, no entanto, que não há uma falsa compreensão do que seja o estético em
geral, pois admitir essa pergunta seria o mesmo que se interrogar para que serve o
conhecimento.
Ocorre que, numa sociedade de extremado culto ao valor utilitário e imediatista do
saber, a educação estética fica desarticulada face aos maiores interesses pelo conhecimento e
criação que objetivem a produção econômica.
Por outro lado, não se destaca nas diversas disciplinas escolares o estético ali contido.
Não se ressalta a estética criadora da literatura, não se propugna por um ensino criador
literário, não se sublinha a estética do desenho geométrico, da expressão cênica, da apreciação
estética dos relevos geográficos, e assim por diante. O estético na verdade parece ficar locado
apenas nas obras de arte, no seu conjunto histórico, o que fica distante do aluno.
Talvez estas indagações é que tenham levado o nosso sistema educacional a não o
considerar de forma equilibrada e séria dentro do currículo escolar, tanto quanto sua
experiência em arte e no seu próprio jogo.
Ao mesmo tempo é necessário que se reconheça que a educação por essência tem
como preocupação a criação de novos saberes e assim de novas estéticas.
Para reforçarmos este caráter da estética presente na educação, observemos esta
referência dada por Walter Garcia ao pensar o sentido da palavra educação:
“...No sentido primitivo, a palavra educação tem suas origens nos verbos latinos educãre ( alimentar,
amamentar, criar), com significado de algo que se dá a alguém, e educere, que expressa a idéia de conduzir
para fora, fazer sair, tirar de. Nesta acepção, educação representa um ato a desenvolver, de dentro para fora,
algo que está no indivíduo....O sentido educere sugere a libertação de forças latentes e que dependem de
estimulação para virem à tona.
Estes dois sentidos têm marcado as teorias e práticas pedagógicas de tal forma, que podemos afirmar,
sem medo de incorrer em imprecisões, que os conceitos de educação tradicional e de educação nova, estão
fortemente impregnados desta ambigüidade semântica.
Com efeito podemos observar que a educação tradicional tem entre seus componentes mais
importantes, o fato de que os grandes problemas estão voltados para o professor, para o programa, para a
disciplina, enfim, para algo que é exterior ao educando....A educação nova se identifica , pois, mais diretamente
com o sentido de educere, uma vez que os limites da ação educativa representam algo eminentemente pessoal e
dependem das possibilidades de cada um, conforme os estímulos adequados que receba...”(GARCIA,1975)
A dimensão dada por W. Garcia nos leva a entender que a expressão artística reside na
concepção de educere, sem que com isso não se encontre dentro de educare outros
parâmetros da educação estética, como aqueles valores já consagrados pela história da arte, e
que assim estabelecidos, passam a constituir algo já externado e que poderá se consubstanciar
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Não há como discutir que a idéia de infância foi uma criação da idade moderna, no
sentido de criar uma aura em torno dessa faixa etária, criando-se uma ideologia que confunde
a natureza humana com algo de eterno, puro, feliz e ingênuo.
Calligaris em seu recente artigo - O reino Encantado chega ao fim - nos remete a
pensar nessa ideologia criada na Modernidade e que ora se estrangula ao longo do trajeto
histórico das Sociedades Industrializadas ou em vias de industrialização.
“A criança é uma caricatura da felicidade impossível: vestida de feliz, isenta das
fadigas do sexo e do trabalho, idealmente despreocupada...”(CALLIGARIS:1994).
Indaga e esclarece o mesmo autor, se na verdade o amor que inventamos na
modernidade permanece, ou não se trata de um mito criado que se esgarça nos meandros da
perversidade do capitalismo industrial , e que não deu conta de acompanhar o mesmo mito da
infância.
“A infância talvez tenha sido a mais duradoura das utopias concebidas pela
modernidade. Com tantos outros ideais imaginados nos últimos 200 anos, o mundo
maravilhoso das crianças também entra em crise na era pós-industrial e pós-moderna...”
(CALLIGARIS:1994)
O processo de adultização cresceu nos últimos anos como o contraponto ou negação
do mito que criamos - da infância que se recobria de uma aura de congelamento - não cresce.
O desenvolvimento da mercadoria enquanto objeto de desejo extremado na sociedade
tecnológica, aperfeiçoa estratégias para criar novos consumidores e atinge a infância,
contradizendo o mito da pureza, e da incapacidade nas delícias do consumo.
Invadida pelo consumo, parte da infância sacia seus desejos de consumista e do outro
lado uma outra infância não realiza. Nasce um imaginário de vitimização, de exclusão -
marginalização.
Lasch ao contemplar tal questão diz: “A produção de mercadorias e o consumismo alteram as
percepções do eu como do mundo exterior ao eu; criam um mundo de espelhos, de imagens insubstanciais, de
ilusões cada vez mais indistinguíveis da realidade. O efeito do especular faz do sujeito um objeto; ao mesmo
tempo, transforma o mundo dos objetos numa extensão ou projeção do eu. É enganoso caracterizar a cultura do
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consumo como uma cultura dominada pelas coisas. O consumidor vive rodeado não apenas por coisas como
fantasias. Vive num mundo que não dispõe de existência objetiva ou independente e que parece existir somente
para gratificar ou contrariar seus desejos....” (1986)
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Isto porque o jogo reúne, para se exteriorizar, características tais como - ação e
intervenção no mundo sob a égide da forma. No mesmo artigo, além de atestar a presença da
estética na representação infantil, ele instiga a educação para a produção criadora expressiva.
“...A educação artística deve ser , antes de tudo, a educação desta espontaneidade
estética e dessa capacidade de criação das quais a criança pequena já manifesta a
presença...”(PIAGET;1966).
Em seguida Piaget realça a relação do jogo com a expressão estética, e como a mesma
é partícipe dentro da realidade objetiva.
“...As manifestações espontâneas disto que se pode chamar arte infantil devem pois, ser consideradas
como tentativas sucessivas de conciliação entre tendências próprias do jogo simbólico( o qual não se constitui
ainda arte em sentido estrito) e aquelas que caracterizam as formas adaptadas da atividade ou se se prefere,
síntese entre a expressão do eu e a submissão ao real. Quando nela se ativa o desenho de construção, de
representação teatral, etc., a criança buscará satisfazer simultaneamente suas necessidades e adaptar-se aos
objetos, tanto como aos outros sujeitos. Ela continua, em um sentido, a expressar-se, mas também ensaia inserir
aquilo que pensa e sente em seu mundo de realidades objetivas e comunicáveis, que constituem o universo
material e social.”(PIAGET:1966).
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Das características apontadas pela autora, podemos então perceber que mesmo aquilo
que é produzido pela imaginação humana, como no caso - a arte -, não deixa de ser uma
relação combinatória, pois não existe um novo sem um existente que se combine,
incorporando algo que o faz transcender. Assim, o produto da criação ao se fazer conhecido,
integra-se a realidade e é a realidade do processo criador.
Nesse sentido o conhecimento estético produz o objeto, e ao mesmo tempo ele é
enredado pelo processo histórico tornando-se assim objeto do conhecimento humano.
A imaginação portanto advinda do subjetivo, mas mesclada pelas influências do
social, retorna ao social em forma de produto da criação, atestando realidade imaginária e
objetividade social.
Krammer destaca a inter-relação realidade e imaginação, e demonstra a sua forma de
operar na objetividade do mundo, a medida que o homem a constrói levado pela dupla
influência, ao mesmo tempo em que ele consubstancia a realidade pela criação , o que
extrapola o criador e o seu imaginário subjetivo.
“...Imaginação e realidade estão sempre relacionadas, na medida em que é possível
criar uma obra, um objeto ou um instrumento, que não corresponde a nenhum objeto real.
Assim, a experiência - ampliada pela imaginação - se materializa num produto. E essa obra
criada extrapola o autor.”(KRAMER:190093).
A força da relação - realidade x imaginário - se dá em função do processo semiótico
que age como verdadeiro catalizador desse duplo. Assim o signo e os instrumentos( objetos)
na obra de Vygotsky constituem um dos conceitos fundamentais para a compreensão dos
sistemas de linguagem, da consciência e mesmo da imaginação.
Os signos e os instrumentos correspondem a forma como o indivíduo se relaciona com
a natureza e a transforma. Esse dado de transformação e mudança é fundamental na obra de
Vygotsky, pois denuncia o caráter histórico dos fenômenos culturais. Daí aquele autor admitir
que a imaginação não é isolável no âmbito subjetivo, particular , mas possui um caráter
coletivo, que transita por subjetivos amalgamados pelo social.
Solange Jobim e Souza consegue decantar essa articulação, trazendo-a bem claramente
para o desenvolvimento da cultura infantil:
“...De acordo com Vygotsky, no desenvolvimento cultural da criança, toda função aparece duas vezes;
primeiro em nível social e, mais tarde, em nível individual. Esse processo de internalização, quer dizer, de
transformação de um processo interpessoal em um processo intrapessoal, implica a utilização de signos, supõe
uma evolução complexa em que ocorre uma série de transformações qualitativas na consciência da criança.
Dessa forma, estudar a constituição da consciência na infância não se resume em analisar o mundo interno em
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si mesmo, mas sim em resgatar o reflexo do mundo externo no mundo interno, ou seja, a interação da criança
com a realidade....(SOUZA:1994)
A autora nos mostra como o individual é moldado pelo social, e não como se refere
Piaget ao falar da fala egocêntrica - que o esquema de desenvolvimento se postularia primeiro
num pensamento artístico não verbal à fala socializada e ao pensamento lógico. Já para
Vygotsky o “ ...curso do desenvolvimento do pensamento não vai do individual para o
socializado, mas do social para o individual...”, ou do interpessoal para o intrapessoal. Piaget
mais tarde chega a reconsiderar as críticas de Vygotsky.
Desta feita, o imaginário que se mescla com a realidade, e destacadamente, quando
este se incorpora à obra criadora, se constitui como uma realidade cultural, portanto,
constituinte da objetividade histórica.
No que diz respeito a questão do real e imaginário no contexto- sócio histórico é
fundamental que se perceba que a ordem do real é submetida pela ordem da representação do
imaginário, ou como ainda se expressa Angel Pino:
...Real e imaginário opõem - se não em termos de verdade e ilusão, como fazem o
idealismo e o realismo empiricista, uma vez que o real não se apresenta de forma direta e
imediata, mas sua representação, a qual é uma formação imaginária...”(PINO :1991)
Pino destaca ainda ao discutir - mediação semiótica em Vygotsky - a questão
“filosófica e psicológica , do acesso ao real”. Na verdade esta questão envolve o caráter da
realidade, que se envolve numa teia ambígua, pois temos realidade - como expressão do real e
realidade como exterioridade do real.
Constitui-se fato a três ordens: - o simbólico, o real e o imaginário - e que se
entrelaçam. É pois, o real, aquilo que se apresenta sob a forma da produção semiótica - do
símbolo, e que relata um imaginário.
Tomando apenas o termo imaginário, nos esclarece Jurandir Freire Costa:
“ o termo imaginário é a substantificação de uma atividade psíquica, a imaginação por sua vez, é a
derivação latina de fantasia em grego. No pensamento grego, fundamentalmente em Aristóteles, a questão da
phantasia pertencia ao quadro da gnoseologia. Phantasia deriva do substantivo phaôs, que significa brilhar,
dar a luz, iluminar, especialmente referido aos corpos celestes.
Desta última palavra deriva dois verbos: phainô (mostrar), com sua freqüente forma
intermediária phainomai (aparecer) e phantazô (tornar visível, aparecer, mostrar-se a si
mesmo), donde os nomes verbais phantasia e phantasma. Em latim, imaginativo vem do
verbo imaginari, que por sua vez deriva do substantivo imago, contração de imitago. Imitago
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vem do verbo imitari, cujo radical im é a mesma de similis, e que significa imitação,
semelhança(MANZEDO,1978) apud (COSTA:1989)
Ora, desta especulação etimológica percebe-se contido em imaginar:
* mostrar
* aparecer, tornar visível
* imitar.
* fantasiar
Por fim Hume chega a mostrar a relação entre o imaginário e o social ao assim se
referir:“nenhuma idéia pode existir na imaginação sem ter sido causada por uma impressão
prévia...”(1989)
Ora, poderei até deformar o percebido, do social, mas sua fonte é ele e minha
subjetividade filtrante.
A expressão criadora infantil nada mais é que a atividade da imaginação sendo ao
mesmo tempo reflexo da realidade , portanto de um imaginário\ social que a cerca. Estimular
a criação é prover o indivíduo de fontes de linguagens “,de compreensão de si , e do social -
impregnado de realidades imaginadas e vividas que o cerca. É incentivar a re-leitura do
mundo que se partilha no imaginário social
A expressão criadora infantil também se constitui como elemento que articula a
percepção, o pensamento, e permiti-lhe introduzir nas poéticas ou escrituras diversificadas em
que se estabelecem o social e o contemporâneo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização desta pesquisa justificou-se pelo fato de apesar das várias propostas e
ações existentes no âmbito da Educação, como projetos educacionais, simpósios, seminários,
programas de governo, percebe-se que os resultados continuam insatisfatórios, o que
demonstra a necessidade de mudanças no contexto educacional, sendo assim, o professor
torna-se um dos principais, senão o mais importante protagonista dessa mudança. Portanto sua
formação e sua prática têm sido motivos de estudos.
O Lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana. Assim, na
idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica. A criança e mesmo
o jovem opõem uma resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica,
não é prazerosa.
Estudos demonstram que através de atividades lúdicas, o educando explora muito mais
sua criatividade, melhora sua conduta no processo de ensino-aprendizagem e sua auto estima.
O indivíduo criativo é um elemento importante para o funcionamento efetivo da
sociedade, pois é ele quem faz descoberta, inventa e promove mudanças.
Almeida (1998) nos diz: “A função da pedagogia” dos conteúdos “é dar um passo à frente no
papel transformador da escola, mas á partir de condições existentes. Assim, a condição para que a escola sirva
aos interesses populares é garantir a todos um bom ensino, isto é, a apropriação dos conteúdos escolares que
tenham ressonância na vida dos alunos”.
A escola passou a difundir um ensino enciclopédico, imaginando quanto mais
conteúdos passassem, mais os alunos se desenvolveriam, o que não é verdade. Para serem
assimiladas, as informações devem fazer sentidos. Isso se dá quando elas incidem, no que
Vygotsky (2001) chamou de zona de desenvolvimento proximal, a distância entre aquilo que
a criança sabe fazer sozinha (o desenvolvimento real) e o que é capaz de realizar com ajuda de
alguém mais experiente (o desenvolvimento potencial). Assim, o bom ensino é o que incide
na zona proximal.
No entanto, o sentido verdadeiro da educação lúdica, só estará garantido se o professor
estiver preparado para realizá-lo e ter um profundo conhecimento sobre os fundamentos da
mesma.
Assim podemos perceber que o Lúdico apresenta uma concepção teórica profunda e
umas concepções práticas, atuantes e concretas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BAUR, Robert; EGELER, Robert. Ginástica, jogos e esportes para idosos. Rio de janeiro:
Livro Técnico, 1983.
CAVALARI, Vinícius Ricardo e ZACARIAS Vani. Trabalhando com recreação. 3. ed. São
Paulo: Ïcone, 1998.
COSTA, Lamartini Pereira da. Teoria e prática do esporte comunitário e de massa. Rio de
Janeiro: Palestra, 1981.
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FRIEDMANN, Adriana. Brincar crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo:
Moderna, 1996.
GOUVEA, Ruth. Recreação – 4ª Edição. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1969.
GUERRA, Marlene. Recreação e Lazer – 5ª Edição. Porto Alegre: Sagra – DC Luzatta, 1996.
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: O jogo como elemento da cultura. São Paulo:
Perpectiva/Ed. USP, 1971.
MACEDO, Lino de. Jogos infantis: aspectos afetivos e cognitivos. In: I Simpósio UNESP de
Psicologia e Educação. Faculdade de Filosofia e Ciências - UEP "Júlio de Mesquita Filho".
Marília, 1991.
MALUF, Angela Cristina Munhoz – Brincadeiras para Sala de Aula. Petrópolis, RJ: Vozes,
2004.
MARCELINO, Nelson Carvalho. 1950 – Lazer e Educação. Campinas – SP: Papirus, 1987 –
(Coleção Fazer – Lazer).
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64
SANTINI, Rita de Cássia G. Dimensões do Lazer e Recreação. São Paulo: Madras, 1993.
SANTOS, Carlos Antonio dos. Jogos e a Atividade Lúdica na Alfabetização. Rio de Janeiro:
Sprint, 1998.
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