Scribd Logo
Upload

Welcome to Scribd!

  • A Crise Do Neoliberalismo Dominique Lévy Egérard Duménil

    Uploaded by

    Henrique Eduardo Guarani-kaiowá
    483 views69 pages
    Em A crise do neoliberalismo, Gérard Duménil e Dominique Lévy, dois dos mais influentes pesquisadores sobre o neoliberalismo, recontam a história desse novo estágio do capitalismo: do colapso dos subprimes à dita “Grande Contração”. Ao discutir a financeirização econômica, a reestruturação produtiva, as lutas de classes e as relações internacionais às portas de uma nova ordem global multipolar, os autores propõem uma reflexão fundamental à compreensão da história e dos rumos da economia. O livro traz uma análise da chamada “Grande Contração” de 2007-2010 no contexto da globalização neoliberal iniciada nos primeiros anos da década de 1980. Com uma abordagem crítica não dogmática, Duménil e Levy articulam uma enorme quantidade de dados perturbadores para revelar, como saldo da globalização neoliberal, o enriquecimento dos 5% norte-americanos mais ricos, em paralelo à redução de 40% para menos de 10% do PIB dos Estados Unidos em trinta anos. A queda do investimento interno na indústria, uma dívida doméstica insustentável e a crescente dependência de importações, aliados ao financiamento e ao desenvolvimento de uma estrutura financeira global frágil e impraticável, ameaçam a força do dólar. A menos que haja uma alteração radical da organização político-econômica do país, os autores preveem um declínio agudo da economia norte-americana – e não hesitam em diagnosticar: “Sair da crise vai ser muito difícil”. A do neoliberalismo é a quarta crise estrutural do capitalismo desde o fim do século XIX. A comparação com as crises anteriores – das décadas de 1890, 1930 e 1970 – coloca em perspectiva a análise profunda e detalhada que os autores fazem da situação atual. Contrapondo-se a diversas explicações sobre a crise econômica vigente, eles defendem a tese ousada de que a contração econômica em curso, à semelhança da Grande Depressão de 1929, é uma crise da hegemonia financeira. Em vez de lançar a culpa sobre indivíduos isolados, como o fazem, por exemplo, Alan Greenspan e Ben Bernanke, Duménil e Levy concentram-se nas forças estruturantes da economia. Para eles, a presente crise é resultado direto das contradições inerentes ao próprio projeto neoliberal. Suas tendências abalaram as fundações da economia da “base segura” – isto é, a capacidade dos Estados Unidos de crescer, manter a liderança de suas instituições financeiras em todo o mundo e assegurar a posição dominante de sua moeda –, uma estratégia imperial e de classe que resultou em um impasse. Segundo os autores, consertar a quebra da economia norte-americana exige a imposição de limites sobre o livre comércio e a livre movimentação de capitais, além de políticas destinadas a aprimorar a educação, a pesquisa e a infraestrutura; a reindustrialização e a fixação de tributação das rendas mais altas. Como observa Armando Boito Jr. no texto de orelha, “Diferentemente da maioria dos economistas, e inclusive de boa parte dos economistas críticos, Duménil e Lévy articulam a análise econômica com a sociológica e a política”. Assim, esboçam a natureza de um novo modelo – que, após essa crise estrutural, viria substituir o capitalismo neoliberal – a partir das dinâmicas da luta de classes e da correlação política de forças nos diferentes países e em escala internacional. A crise do neoliberalismo conta ainda com um prefácio inédito escrito especialmente para a edição brasileira, em que os autores atualizam sua análise com considerações acerca do lugar da União Europeia e do Brasil no cenário global, fazendo um balanço das políticas econômicas brasileiras a partir de 2000. Crítica “A crise do neoliberalismo é um relato criterioso dos fatores que levaram ao declínio econômico. Como Duménil e Lévy deixam claro, a economia não pode mais retornar à sua trajetória pré-crise”. – Dean Baker, Center for Economic and Policy Research “Esta discussão político-econômica original e rigorosa do capitalismo neoliberal global mostra a profundidade das raízes da crise atual e até que p

    Original Title

    A crise do neoliberalismo Dominique Lévy eGérard Duménil

    Copyright

    © © All Rights Reserved

    Available Formats

    PDF or read online from Scribd

    Did you find this document useful?

    Is this content inappropriate?

    Report this Document
    Em A crise do neoliberalismo, Gérard Duménil e Dominique Lévy, dois dos mais influentes pesquisadores sobre o neoliberalismo, recontam a história desse novo estágio do capitalismo: do colapso dos subprimes à dita “Grande Contração”. Ao discutir a financeirização econômica, a reestruturação produtiva, as lutas de classes e as relações internacionais às portas de uma nova ordem global multipolar, os autores propõem uma reflexão fundamental à compreensão da história e dos rumos da economia. O livro traz uma análise da chamada “Grande Contração” de 2007-2010 no contexto da globalização neoliberal iniciada nos primeiros anos da década de 1980. Com uma abordagem crítica não dogmática, Duménil e Levy articulam uma enorme quantidade de dados perturbadores para revelar, como saldo da globalização neoliberal, o enriquecimento dos 5% norte-americanos mais ricos, em paralelo à redução de 40% para menos de 10% do PIB dos Estados Unidos em trinta anos. A queda do investimento interno na indústria, uma dívida doméstica insustentável e a crescente dependência de importações, aliados ao financiamento e ao desenvolvimento de uma estrutura financeira global frágil e impraticável, ameaçam a força do dólar. A menos que haja uma alteração radical da organização político-econômica do país, os autores preveem um declínio agudo da economia norte-americana – e não hesitam em diagnosticar: “Sair da crise vai ser muito difícil”. A do neoliberalismo é a quarta crise estrutural do capitalismo desde o fim do século XIX. A comparação com as crises anteriores – das décadas de 1890, 1930 e 1970 – coloca em perspectiva a análise profunda e detalhada que os autores fazem da situação atual. Contrapondo-se a diversas explicações sobre a crise econômica vigente, eles defendem a tese ousada de que a contração econômica em curso, à semelhança da Grande Depressão de 1929, é uma crise da hegemonia financeira. Em vez de lançar a culpa sobre indivíduos isolados, como o fazem, por exemplo, Alan Greenspan e Ben Bernanke, Duménil e Levy concentram-se nas forças estruturantes da economia. Para eles, a presente crise é resultado direto das contradições inerentes ao próprio projeto neoliberal. Suas tendências abalaram as fundações da economia da “base segura” – isto é, a capacidade dos Estados Unidos de crescer, manter a liderança de suas instituições financeiras em todo o mundo e assegurar a posição dominante de sua moeda –, uma estratégia imperial e de classe que resultou em um impasse. Segundo os autores, consertar a quebra da economia norte-americana exige a imposição de limites sobre o livre comércio e a livre movimentação de capitais, além de políticas destinadas a aprimorar a educação, a pesquisa e a infraestrutura; a reindustrialização e a fixação de tributação das rendas mais altas. Como observa Armando Boito Jr. no texto de orelha, “Diferentemente da maioria dos economistas, e inclusive de boa parte dos economistas críticos, Duménil e Lévy articulam a análise econômica com a sociológica e a política”. Assim, esboçam a natureza de um novo modelo – que, após essa crise estrutural, viria substituir o capitalismo neoliberal – a partir das dinâmicas da luta de classes e da correlação política de forças nos diferentes países e em escala internacional. A crise do neoliberalismo conta ainda com um prefácio inédito escrito especialmente para a edição brasileira, em que os autores atualizam sua análise com considerações acerca do lugar da União Europeia e do Brasil no cenário global, fazendo um balanço das políticas econômicas brasileiras a partir de 2000. Crítica “A crise do neoliberalismo é um relato criterioso dos fatores que levaram ao declínio econômico. Como Duménil e Lévy deixam claro, a economia não pode mais retornar à sua trajetória pré-crise”. – Dean Baker, Center for Economic and Policy Research “Esta discussão político-econômica original e rigorosa do capitalismo neoliberal global mostra a profundidade das raízes da crise atual e até que p

    Copyright:

    © All Rights Reserved
    Download as PDF or read online from Scribd
    Flag for inappropriate content
    483 views69 pages

    A Crise Do Neoliberalismo Dominique Lévy Egérard Duménil

    Uploaded by

    Henrique Eduardo Guarani-kaiowá
    Em A crise do neoliberalismo, Gérard Duménil e Dominique Lévy, dois dos mais influentes pesquisadores sobre o neoliberalismo, recontam a história desse novo estágio do capitalismo: do colapso dos subprimes à dita “Grande Contração”. Ao discutir a financeirização econômica, a reestruturação produtiva, as lutas de classes e as relações internacionais às portas de uma nova ordem global multipolar, os autores propõem uma reflexão fundamental à compreensão da história e dos rumos da economia. O livro traz uma análise da chamada “Grande Contração” de 2007-2010 no contexto da globalização neoliberal iniciada nos primeiros anos da década de 1980. Com uma abordagem crítica não dogmática, Duménil e Levy articulam uma enorme quantidade de dados perturbadores para revelar, como saldo da globalização neoliberal, o enriquecimento dos 5% norte-americanos mais ricos, em paralelo à redução de 40% para menos de 10% do PIB dos Estados Unidos em trinta anos. A queda do investimento interno na indústria, uma dívida doméstica insustentável e a crescente dependência de importações, aliados ao financiamento e ao desenvolvimento de uma estrutura financeira global frágil e impraticável, ameaçam a força do dólar. A menos que haja uma alteração radical da organização político-econômica do país, os autores preveem um declínio agudo da economia norte-americana – e não hesitam em diagnosticar: “Sair da crise vai ser muito difícil”. A do neoliberalismo é a quarta crise estrutural do capitalismo desde o fim do século XIX. A comparação com as crises anteriores – das décadas de 1890, 1930 e 1970 – coloca em perspectiva a análise profunda e detalhada que os autores fazem da situação atual. Contrapondo-se a diversas explicações sobre a crise econômica vigente, eles defendem a tese ousada de que a contração econômica em curso, à semelhança da Grande Depressão de 1929, é uma crise da hegemonia financeira. Em vez de lançar a culpa sobre indivíduos isolados, como o fazem, por exemplo, Alan Greenspan e Ben Bernanke, Duménil e Levy concentram-se nas forças estruturantes da economia. Para eles, a presente crise é resultado direto das contradições inerentes ao próprio projeto neoliberal. Suas tendências abalaram as fundações da economia da “base segura” – isto é, a capacidade dos Estados Unidos de crescer, manter a liderança de suas instituições financeiras em todo o mundo e assegurar a posição dominante de sua moeda –, uma estratégia imperial e de classe que resultou em um impasse. Segundo os autores, consertar a quebra da economia norte-americana exige a imposição de limites sobre o livre comércio e a livre movimentação de capitais, além de políticas destinadas a aprimorar a educação, a pesquisa e a infraestrutura; a reindustrialização e a fixação de tributação das rendas mais altas. Como observa Armando Boito Jr. no texto de orelha, “Diferentemente da maioria dos economistas, e inclusive de boa parte dos economistas críticos, Duménil e Lévy articulam a análise econômica com a sociológica e a política”. Assim, esboçam a natureza de um novo modelo – que, após essa crise estrutural, viria substituir o capitalismo neoliberal – a partir das dinâmicas da luta de classes e da correlação política de forças nos diferentes países e em escala internacional. A crise do neoliberalismo conta ainda com um prefácio inédito escrito especialmente para a edição brasileira, em que os autores atualizam sua análise com considerações acerca do lugar da União Europeia e do Brasil no cenário global, fazendo um balanço das políticas econômicas brasileiras a partir de 2000. Crítica “A crise do neoliberalismo é um relato criterioso dos fatores que levaram ao declínio econômico. Como Duménil e Lévy deixam claro, a economia não pode mais retornar à sua trajetória pré-crise”. – Dean Baker, Center for Economic and Policy Research “Esta discussão político-econômica original e rigorosa do capitalismo neoliberal global mostra a profundidade das raízes da crise atual e até que p

    Copyright:

    © All Rights Reserved
    Download as PDF or read online from Scribd
    Flag for inappropriate content
    of 69
    A CRISE DO NEOLIBERALISMO Gérard Duménil ¢ Dominique Lévy ACRISE DO NEOLIBERALISMO Eee omit SUMARIO. ei ae wv lato cn Li oe Preficio edo bras... ae a, eM ey pep ee emer em te aes td nt sucesso e fracasso de uma empreitada audaciosa. eel ‘Caputo 1 dkms bisa da hegemoni. eee at cence cxncacio areca Capitulo 2 ~ Anatom dea 8 nnn ra Speseu ce os eon eS Parte IO segundo reio das financas clases ists fnancers..n..5t Caphal3 ~O bento dscns sapere deed 9 Capitals =A spot do penne ss Parte it~ Una contguasto iol de clase quer ds homogeneiade ae deremuneta,80 10 nner Tia fun spon 2 Sotectnnn Se deremunrdv ere a“ ‘om Capital ~ As clase geen ¢ popes enn 3 Sees Capital 6 Una estar ed enn 9 Parte V -Fnancertzagne goblins: evantand ares, pedendo ‘contol, ie beeeee rE ng {Capitulo 7 Ur n2v0 str Fionn is 2084 {aptulo 8 —Lvrecominso eo boom nuncio gab aps ano 2000125 Uma etree poco Fanon eoliberai: iV Do boom ohio crise nani: macroecnomia Bs tale 3p 019 2900 ewe —— Capitulo 12-A segunda morta © boom mahi ese olay Capitulo 19 Aaimentagio donde das ips nm Capitulo 1 A perda do conto do lemeem tempo de tempest ou 207 ns 185 7 WVIt ~ Cle fnancis tempest no centr, capitalism obs salad. tie Teapto 18 Ur proces rad nnn (apie 16 Aon aie a Pula IP = Oabalodsestratura nance. jlo 18-0 Fatado sore 9 stor franco =A Gee Conta on =O cpio mana saludo a7 218 bra da Grande Depress: transis cs itn nos depois... uloBR= As retizes x polica do Nev Del mm ca do dsegirie um modeo. PREFACIO A EDIGAO BRASILEIRA A tia parte dente tivo & dead ts prapectives bers pel cre aan "economia politi do ps-cs: A cletéaca um és crie parted u70- ‘go otimisa de que a erie chogaria 0 fim. Quando escrevemos oI, i nos conscitncla da pose drain des ada de veto, pelo mens quando Pas biscs da glbslizga0 neoliberal serio questionados © dene sgnfiatvamente"eteetorialads” nos Estados Unidos. Jes como Chins, nda 0 Ral deverdo se tomar cada ex me ie us lags com os Extados Unidos. Paricularmente, seb ia acoajtra de dcini as tendécins de cules © economia norte-americana quando se nteromper a grande form, nove ones mundial ser mals mtiplar qu 2 fess madancas no orem be-sceidas 03 Estados Unidos, ode egenonninteracional deve se acentua. Nenburma da areas her asumias com urna w loag das prximas dads ain de ipennpaativo da economia dos Estados Unidos poder er eam~ mlideranca de de ea endécis lbolrantsireprimidas pecs contra busca iaaivel de aumento de rend por parte ita coin wi depnder da pes execia pes clases pop pts do mundo, nas trnacon on 0 compromise dh esevoto da proemintncs mundial dos stados Unidos, Jef Ov estes necesro oder serealzar no contexto pci die exquerda,cmbora, pel menos no fn de ars gern prea poo prone phe a ented ue a teal apenas © paso inal de um enc. Quanto ese proceso poder daar vai depender da as utas pica nactonaiseinteracionas A capacdade ios sadn Unidos de exec 0 juste neesiri de a China en ctu Acris do dar pera precipita ura soqutasis pre erat as ascetics biscas do proce. ts novasondens soca lobster de enfentar 3 fu peloaquecimeni lb. sas quests esto além. ante ope first wisn cme os pec oe me sibs le nip rennin ps da dotaalane ci BDA hci skins mda vere exo foun mpc de 20h, char cement ota a oo is rt ei pro ea ln ro con te sabe si pat tn Peppers ren prtcinn Si Opa Soe eae Parte 1 AESTRATEGIA DAS CLASSES ALTAS NORTE-AMERICANAS NO NEOLIBERALISMO: SUCESSO E FRACASSO DE UMA EMPREITADA, AUDACIOSA, A ans da crise atu envahve dua categories muito dtnas defend Bos dum do dni histrcs do ception edo outros means Macros encom A inerpretio da cise etna nese deses doi con. tos de process difcsdade et em fer tiga ambos cept sas ages ecproeae neolberasmo deve sr ented como uma nova fae na eelio do paisa, Como tal, pode ser descito itrisecmeate seus evan ¢ rages bisios. A refence «uma fe mal een vata questo dss ios» compara com eas een o aos araceitznn do nono pe do. A ane das tendéncias soci, poles» econtimiay que learn no leimento do nealbealsmo ¢ também um insti tanto da nate to do destino dess onder sacl Smetricene a nogio de am ere dn Asi algunas perguntas reliminares dem se esgondidas. gue € una i eptalsmo? Como ess fase fram etbelecdas? Com vo despa HQ soa craters especiicas do neces como tl O objet ro aptulo interpreta da scene ed queda do neces iheperonia mundial dos sao Unidos 0 contero mats abrangete da ead cpiaisno. rine nancis em seas are aga os Estas Unidos e no mama em pera define im ‘Arie do eoiberai sch aocoasdanscegnto ioe eB cpl nee ak dora orca mee ac eine donnie os El © scans, ar vies finances ea ob Sc ver ecogin © = a neni cea ne ot el sin component neem rumen anes io We re ple can srr er ss Tan doce nan chemin Br tc canbe di meen aan a onus oecen coenchs Capitulo 1 ADINAMICA HISTORICA DA HEGEMONIA ste capt ocala as hierarguas entre clases paises, mas espeicamen ‘co neoliberal emo hegemonia dels ea dominate dos Estados Unies ‘glbaliasio nether. A soqutcia de ora, climate cise do neaibe ‘also €inespetada somo um epxiionahistria de ascens e ques dessa configures ace nternsconas Oneoberalmoruge om is een fede is orden sci, qu em conjuntoconstuem o capital modern, 0 ej o capital ded oii do séulo XX. Aascensiea quad cada ua ‘esa ordens soci por ser dads pela caren decries sports, ob "erie eta como al. dds istrinsdashegemonias interna Sons 5 diferentes, em certo send, emboraas as catgaias de endmencs ‘chim obvisment interrasionadas ~ por exemplar doneaibralismoau- ‘ment a ames pendent sobre a egemenia norte smerians 0 neoliberalismo como hegemonia de classe: imperialismo na globalizagéo neoliberal © neiberatismo & wm fnimeno mulfietad,reuado de todo um con- Jani de derinares tr overt ¢aiel precaSeu. Na ‘rd printers das ave tnd js ram enn i Su Segunda Ger Mil undo foram dei x aractersicas bisa slide eno vgentss ns América Lana, poder se onaidrados a rines mates Snpieinds a cero pot, pode se four oneibraon inti iio Eton Ue 0 Blo no nein duc dca, pouros aon dep arpa continental e eps fro» mndo Oa de 17, quando o Fiera Rese Banc etl hore mec dca oer deur ao el que parce pecs pas one nia elem da nad no noo pro. ins cera de ous cad Copia ean gua nic pr Ro craton sob oneal, ao acl Geno inernaconaents fo dcerinaa por norco deca ropes em bene ds Cader mas has deena, to @ c= popeetson captains e 5 ages 51 eros d admins A aor concentra de rend em foo dua capa fe a ez crcl da or ren sol Os dado dice de vena rma ene ne aa Sob espe od ia {nn ue cong dpdere Spat nasa ose deta” Acs dsr ert conti an acecentan pe co gue crest ren do capil nate arena vr de the dor tos Une Io creas anges tabs herarqiasmpernunacaracerapetaente cpa ‘nom engred uo deel redo Se vii tend cia coments Fre pro pada sobre masa de bao taro jena tas de cdo annie ais osanor 97) ou nmin ateromprtendnca de gue Abeta ths fetes comico edo cpl ngiro ocanne par rnd inet retro ees e boondeas cons oc ees ea as too on gene cian eg da cies al os tas Che (de rer mares gu sv pr cone = Benes tens dcp © comics a peso sore os tuba Cito dcompete dex pes eno cso ode cea do sats © oiidnents oer Gard gers tonhem eo ane hs Seren Japa, Greve sofia exprin do casos fnancen Sopa pls e240, pst ens fonts de en ser tance par anata es, nant abe ron qu Aho parcel sigue dees ao env enc ecb Ue una crescent superar de ated itis ei Teka ume tcp oat a fe oto aaa Animes tad genie tm st no inresecparts daclssl, &rcoenc ros dierent, pn nia ds Beas Unde Sa "econ lar cosine dep eee ‘ea Di tres incr oo frum qu de UnuoSosng +i da op como ete polite O neler carps di ‘nerd ea ete aern dre ende 9 F se Io Epes oo. coms tuners ssa do cmt de presi wu FD cd nt pre ca tourer unineme os nga co ee a Fm cmieqtncao dr nein com metatarsal ‘ord alba terol ccd ome gaia mt 44 ipo od © manda, ded x rnp ues cpa doce ll spines dear por ples us ee cag coma tm Ain Amie at Gr cd e920, Coss oh oso tgs dinperilioo rcp nme eases es Ghnisepoder alm lnc ote de taco 4 fcr Royrincplintraent plc smpr ina dusngoeo linger i espa cin a a

    You might also like