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Manual de
Fotografia Digital
Por D e n n i s PAA30470C
. C u r t i n - S egunda E dição
Apoio
A
ShortCourses e o site PhotoCourse.com, são uns dos mais
importantes editores de livros, manuais e guias simples de câmaras
específicas. Os livros da PhotoCourse e da ShortCouses são utilizados
por centenas de escolas, adultos e programas comunitários de
educação, bem como pela maioria das empresas de câmaras e programas de
instrução policial e militar.
• Esta edição em lingua portuguesa é da responsabilidade da Goody S.A.
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E-mail: denny@shortcourses.com
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ISBN: 1-928873-75-8
O
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desenvolver e publicar conteúdos acessíveis e de alta qualidade sobre
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fotografia digital, quer para o estudo escolar quer independente.
Com os textos sobre fotografia de editoras tradicionais a exceder os
€ 50, é a altura de experimentar uma nova abordagem, à altura da era digital
– colorida, animada e disponível na integra em PDF eTexts™, que pode ser
visualizado em qualquer computador através do software gratuito Adobe
Acrobat Reader. Os documentos em eTexts e PDF vieram revolucionar os
negócios editorial e de impressão de várias formas, incluindo as seguintes:
• Actualização. Desde que não sejam necessárias actualizações de fundo,
os conteúdos podem ser revistos e actualizados sempre que necessário, e
não apenas nos prazos previstos de 2 ou três anos. Numa área em rápido
crescimento como a fotografia digital, estas revisões frequentes são muitas
vezes necessárias para manter os conteúdos actualizados.
• Distribuição e impressão. As editoras de manuais funcionam com base
num sistema de impressão e distribuição. Isso significa que correm grandes
riscos, investem milhões de dólares em marketing, promoção, armazenamento,
transporte e custos de publicidade. Todos esses custos acabam por ser
suportados pelos alunos, ou outros utilizadores. O novo modelo utilizado neste
eText (texto electrónico), não precisa de distribuição nem impressão. Desta
forma, os conteúdos são distribuídos electronicamente, a nível mundial, e
impressos apenas consoante as necessidades do utilizador.
• Impressão à medida. Em vez da impressão em massa, o modelo de
http://www.photocourse.com/itext/pdf/pdf.pdf
“impressão à medida” baseia-se na impressão dos conteúdos apenas quando
necessários – neste caso, pode imprimir apenas as páginas ou capítulos que
estão a ser estudados na altura. Já não é necessário carregar uma mochila cheia
de livros e, se os conteúdos se perderem ou danificarem, basta imprimir uma
nova cópia. Nada mais simples.
• Conteúdos à distância de um click. A edição em eText deste texto
permitindo-lhe a ligação a outros recursos de aprendizagem na Internet, ou
a animações. Através do eText™ pode clicar em botões para aceder a outros
conteúdos, disponíveis na página Web PhotoCourse.com. Para isso, basta ter
uma ligação à Internet.
• Botões para animações. Se estiver a utilizar a edição impressa deste
texto pode aceder às animações, em Inglês, em
www.photocourse.com/itext/pdf/pdf.pdf.
Este texto dá-lhe a conhecer o panorama completo da fotografia digital e inclui
os seguintes tópicos:
• Câmaras e imagens digitais (Capítulo 1)
• Fluxo de trabalho digital (Capítulo 2)
• Controlos da câmara e fotografia criativa (Capítulo 3–6)
• Flash e iluminação de estúdio (Capítulo 7-8)
• Partilhar e visualizar imagens digitais (Capítulo 9–10)
• Explorar para além das convencionais imagens estáticas (Capítulo 11)
Prefácio
N
inda há pouco tempo, um curso de “Fotografia Digital”, por
Experimente norma, implicava um curso de Photoshop. À medida que as
com filme! câmaras se tornaram cada vez mais populares, o curso de
• No Verão de 2003, introdução tornou-se à partida digital, uma vez que, actualmente,
a Associated Press a aprendizagem da fotografia começa com a utilização de uma câmara
noticiou que um digital. Com o amadurecimento desta nova era da fotografia digital, não
rapaz de 15 anos
denunciou um
tardará até que o termo “digital” na “fotografia digital” acabe por se tornar
rapto utilizando redundante. Ele será assumido à partida, já que esse será o meio pelo qual
o seu telemóvel a grande maioria da fotografia será obtida. Uma das principais razões para
para captar fotos
do indivíduo e da
esta rápida passagem da imagem em película para o digital deve-se ao facto
matrícula do seu de a fotografia estar inserida num mundo que se tornou digital. Para tirar o
carro. O homem máximo partido deste mundo digital onde vivemos, os fotógrafos também
foi detido no dia
seguinte.
precisam de ser “digitais”. Por enquanto, captar imagens em filme e depois
digitalizá-las é uma solução. No entanto, este processo é caro e moroso. As
• Um homem
encalhado numa
câmaras digitais acabam com essas limitações e captam à partida imagens
massa de gelo num formato digital universalmente reconhecido, o que torna mais fácil a
flutuante, durante sua visualização e partilha. Pode inserir fotografias digitais em documentos
uma expedição ao
Polo Norte, tirou
do Word ou em apresentações em PowerPoint , imprimi-las praticamente
uma fotografia digital em qualquer suporte, enviá-las por e-mail, integrá-las num slide show para
à pista de mil pés serem vista na TV, publicá-las numa página Web onde qualquer pessoa no
que tinha escavado à
mão e enviou-a por
mundo pode vê-las – e até mesmo gravá-las a laser em vidro ou em granito.
e-mail à equipa de Uma câmara digital, um computador e uma ligação de alta velocidade à
salvamento aéreo, Internet tornam cada um de nós um membro de uma rede, ou comunidade
mostrando-lhes que
era possível uma
em expansão, de fotógrafos e visualizadores.
aterragem.
Da mesma forma que as imagens digitais tornam mais simples a integração
de fotos em muitas outras coisas que fazemos, a tecnologia digital torna
mais fácil combinar câmaras com outros dispositivos. Uma das tendências
actuais, consiste em integrar câmaras em telemóveis e outros dispositivos
móveis. Através de apenas alguns botões, pode captar uma imagem e enviá-
la imediatamente por e-mail ou publicá-la numa página Web. Não demorará
até haver câmaras digitais em qualquer lado, e a qualquer hora. Que impacto
isso terá nas fotografias, ainda não sabemos ao certo, mas se a história não
“mente”, em breve as pessoas vão descobrir formas práticas, criativas e até
artísticas de utilizar estas novas ferramentas.
A evolução tecnológica sempre abriu novas oportunidades e apresentou
diferentes abordagens que alteraram a forma como as imagens são vistas e
utilizadas. Por exemplo, a introdução de uma câmara Leica de 35 mm, em
1930, representou uma mudança revolucionária, que facilitava a captura
de objectos em movimento. As imagens tornaram-se mais espontâneas
As tabuletas das e fluidas, bem diferentes das imagens de poses formais conseguidas com
lojas de fotografia câmaras grandes e incómodas. As câmaras mais pequenas permitiram aos
rapidamente passaram
a anunciar a impressão
fotógrafos captar discretamente a vida nas ruas e as pessoas em movimento,
de ficheiros digitais em sem interferir no curso da acção com a sua simples presença. A realidade
vez da revelação de pôde então ser captada inalterável e sem encenações. Num futuro próximo,
rolos. “A partir de hoje,
a pintura está morta!”
com câmaras incorporadas em praticamente todos os telemóveis, isso terá
proferiu o pintor Paul um impacto ainda maior. Apesar de ter sido quer a disponibilidade imediata
Delaroche, quando viu o quer a flexibilidade da fotografia digital a tornar o sistema tão popular, há um
primeiro daguerreótipo,
em 1839. Estava
aspecto que raramente é mencionado: a nova liberdade que isso nos dá para
enganado, mas explorar a fotografia criativa.
poderemos reformular a
sentença para “A partir Em 1870, quando William Henry Jackson transportava, numa mula,
de hoje, o filme está negativos de vidro de 20 x 24 cm ao logo do West americano, a sua hesitação
morto!”
antes de tirar uma fotografia era natural. Ele tinha de montar uma câmara
escura, sensibilizar a placa de vidro, expor a imagem, revelar o negativo e
depois desmontar e voltar a empacotar todo o material. Nós podemos não
carregar placas de vidro do tamanho de uma janela, mas continuamos a
hesitar antes de captar uma imagem. Fazemos sempre a mesma pergunta
mentalmente “valerá a pena?”. Subconscientemente avaliamos os custos,
A Leica original mudou o tempo, o esforço e por aí fora. Durante esse “momento decisivo”, muitas
a forma como os vezes perdemos a oportunidade para registar “aquela” imagem ou somos
fotógrafos captavam as incapazes de experimentar coisas novas.
suas imagens e agora,
com a M8, isso também Perdemos a oportunidade de evoluir criativamente e optamos por ficar por
se aplica ao digital. algo que nos é familiar e já fizemos anteriormente. Surpreendentemente,
Jackson teve uma grande vantagem que perdemos durante algum tempo.
Se uma imagem não saísse, ou se não tivesse mais placas de vidro, podia
simplesmente raspar a emulsão de um negativo já exposto, voltar a
A vantagem de sensibilizar a placa e tentar novamente. A fotografia digital, para além de
uma câmara não se eliminar a velha questão “será que vale a pena?”, também nos faz retomar
resume ao seu poder
em transformar essa era em que o suporte podia ser continuamente reutilizado (e nem
o fotógrafo num precisamos de uma mula para carregar o material). Entregue a câmara a
artista, mas no uma criança, aborde ângulos insólitos e originais, dispare sem olhar pelo
impulso que esta lhe
dá para continuar a
visor e ignore todas as ideias preconcebidas sobre como fotografar. Poderá
olhar, e a olhar. surpreender-se com as suas fotos ao explorar esta nova era dos disparos sem
limites.
Brooks Atkinson
Once Around the Sun As câmaras digitais surgiram apenas há alguns anos e estamos apenas no
despontar desta nova era. Onde ela nos pode levar, ninguém sabe ao certo,
mas é inevitável o entusiasmo de participar neste mundo em constante
mutação. Assim que começar a explorar o terreno, já estará rodeado desta
linguagem técnica, mas, na verdade, grande parte dela pode obviamente ser
ignorada. Para demonstrar que na verdade há coisas que nunca mudam, aqui
fica algo que Jacob Deschin, o fotógrafo editor do New York Times, escreveu
em 1952 sobre a nova era, quando a Leica veio revolucionar a fotografia:
“Quando o 35 mm atingiu o auge, os fotógrafos de prestígio transformaram-
se, de um dia para o outro, em autênticos “peritos” do novo suporte – falando
com à vontade do grão pequeno e das grandes ampliações possíveis. Na
verdade, eles precisavam de o fazer, em legítima defesa, pois, para quem
tinha dominado anteriormente a técnica de miniaturas, parecia importante
ser tecnicamente entendido, pelo menos nas conversas. As imagens não
interessavam realmente! Mas apesar desse vazio, muitas coisas boas vieram à
superfície e exerceram uma influência benéfica na fotografia em geral.”
http://www.photocourse.com/itext/glossary/glossary.pdf
Contents
Capítulo 1
Câmaras e Imagens Digitais
A
s imagens digitais são formadas por minúsculos pontos de cor.
Esses pontos, que normalmente existem aos milhões numa
imagem, são tão pequenos e estão tão juntos que se combinam e
transformam nos tons suaves e contínuos que estamos habituados
a ver nas fotografias captadas em filme. As imagens digitais podem ser
captadas directamente com câmaras digitais, ou através da digitalização
de transparências, negativos, ou provas impressas. O resultado final é uma
imagem num formato universalmente reconhecido, que pode ser facilmente
manipulado, distribuído e utilizado. Este formato digital de imagem, e em
particular o desenvolvimento da Internet, abriram novas portas para a
fotografia, como mostraremos neste texto. Vamos começar por dar uma vista
de olhos às câmaras e imagens digitais. Neste capítulo encontrará as bases
para a compreensão da fotografia digital.
No Início
Esta reprodução da
famosa pintura “The
Spirit of’ 76”, foi feita
com gomas jelly beans.
Imagine cada uma
dessas gomas como um
pixel, e verá que é fácil
perceber como é que
os pontos ou os píxeis
podem formar imagens.
Jelly Bean Spirit of ’76,
cortesia de Herman
Goelitz Candy Company,
Inc - Fabricante de
gomas (jelly beans)
Jelly Belly.
Não foi há muito tempo que muitos de nós ficaram ao corrente da existência
da fotografia digital (cerca de 1995). Esse foi o ano em que a Apple QuickTake
100 e a Kodak DC40 foram lançadas para o mercado, com preços relativamente
acessíveis. Estas câmaras, ainda parecidas com as de filme, captavam imagens
muito pequenas, mas foram um sucesso imediato. Algumas pequenas
empresas, agentes imobiliários e de seguros, e outros consumidores ávidos
por novidades, rapidamente se interessaram por elas. Elas tornaram-se de tal
Esta ilustração mostra
o tamanho proporcional forma populares que, a estes modelos iniciais, logo se seguiu o lançamento de
das fotografias captadas câmaras de outros fabricantes como a Casio, a Sony, a Olympus, entre outros.
com as primeiras A corrida continuou e esta “enchente” de novas câmaras está cada vez mais
câmaras digitais
(pequena) e com os acelerada. As coisas evoluíram tão rapidamente que, pelo mesmo dinheiro que
modelos mais recentes anteriormente podíamos comprar uma daquelas novidades, agora é possível
(grande). comprar câmaras com um rol infindável de características e especificações,
como vídeo, som e controlos de nível profissional, que captam imagens vinte
vezes maiores.
Estas primeiras câmaras de consumo não evoluíram isoladamente. As câmaras
profissionais, baseadas nas câmaras de filme, mas com sensores de imagem
para captar imagens digitais, cresceram em popularidade no meio profissional.
No entanto, os preços eram demasiado elevados, o que as tornava acessíveis
apenas a uma elite. A Kodak lançou também o Photo CD, permitindo aos
fotógrafos digitalizar as suas colecções de negativos e diapositivos a baixo
custo. O processo fez sucesso entre os profissionais mas entre os amadores
não foi tão bem aceite como a Kodak previra. Entretanto, as áreas editorial,
da publicidade, da medicina, e muitas outras, adoptaram o digital. As
A câmara digital Canon imagens digitais rapidamente conquistaram esses ramos, por poderem
EOS DCS 3, foi lançada ser instantaneamente visualizadas, enviadas por e-mail, ou inseridas em
em Julho de 1995 e documentos. Inicialmente, foram sobretudo os profissionais que conduziram
captava imagens de 1,3
megapíxeis. Custava à mudança da película para o digital, mas não tardou até que a maioria dos
cerca de 17 000 consumidores seguissem a mesma direcção. Actualmente, a indústria de
dólares. película já não está no seu auge, ao invés, está a esmorecer continuamente.
Mas, dada a escala desta mudança, como é que tudo isso passou a pertencer ao
passado?
A câmara digitalCanon
PowerShot 600, foi
lançada em Julho de
1996 e captava imagens
com 500 píxeis. Custava
mais de 1 000 dólares.
Willard Boyle (à
esquerda) e George
Smith (à direita).
Cortesia da Lucent
Technologies.
Porquê o Digital?
http://www.photocourse.com/itext/buying/buying.pdf
As câmaras de objectiva
fixa têm óptimos zoom
e captam imagens
grandes.
http://www.photocourse.com/itext/cases/cases.pdf
O tamanho
da câmara
Quando se trata de As câmaras de vídeo muitas vezes oferecem também opções de imagem
câmaras digitais, estática (fotografia). As imagens são mais pequenas que as conseguidas por
o tamanho não câmaras exclusivamente fotográficas, mas é bom ter esta opção quando se
importa tanto quanto
possa crer. As está a gravar um evento. Grande parte das câmaras digitais também têm
pequenas câmaras um modo de vídeo que permite captar vídeos curtos. Para muitos de nós, o
de bolso podem segredo para conseguir vídeos interessantes é mantê-los curtos. Uma câmara
captar imagens
tão boas quanto as de vídeo pode ter a capacidade de gravar uma autêntica “longa metragem”,
câmaras maiores. mas, quem quererá vê-la? Os pequenos vídeos de pouco mais de um minuto
A única diferença é podem captar os momentos mais importantes e ser partilhados por e-mail ou
que normalmente
têm menos publicados em conhecidas páginas da Internet, como YouTube.com.
funcionalidades e
uma resolução mais
baixa.
Algumas câmaras
digitais têm mais que
uma área de foco, e
aquela que está a ser
usada acende-se ou
pisca quando pressiona
o botão do obturador
até meio (seta em
cima). Quando o foco
se fixa, é habitualmente
mostrada uma luz
indicadora (seta em
baixo) e é possível que
a câmara emita um som
de aviso.
Controlos da Câmara
Enquadrar Imagens
Para escolher uma câmara digital, uma das primeiras coisas a decidir é se pretende
um modelo com ecrã e visor. Muitas das câmaras pequenas mais recentes
abdicaram do visor, em parte para terem mais espaço disponível para ecrãs
maiores. Isso é uma espécie de “presente envenenado”, uma vez que o papel de
cada um deles é bastante diferente, embora tenham coisas em comum. Se a sua
câmara não tiver um visor, será forçado a compor todas as suas imagens através
Os ecrãs mostram-lhe do ecrã. Isso significa que terá de lidar com luminosidade excessiva em dias de
como ficará a imagem sol forte e encontrar uma forma de evitar o desfoco causado pelo movimento da
vista a partir da
objectiva. câmara enquanto a segura de braços esticados.
Ecrãs
Os monitores são pequenos ecrãs LCD a cores incorporados na maioria das
câmaras. O seu tamanho, normalmente entre 1,5 e 4 polegadas, é definido a partir
da medida diagonal. A maior parte deles permitem-lhe fazer ajustes de brilho
Os melhores ecrãs são manualmente, ou então a câmara faz os ajustes para as diferentes condições de
flexíveis (giratórios iluminação automaticamente. Estes ecrãs são utilizados para apresentar menus e
e inclináveis sobre
qualquer ângulo),
reproduzir as imagens que captou. No entanto, em muitas, mas não em todas as
chamados ecrãs de câmaras, pode também enquadrar a imagem através do monitor. Grande parte das
ângulo variável. câmaras reflex não o permite, porque utilizam um espelho para reflectir a imagem
formada pela objectiva no visor. O sensor de imagem apenas gera a imagem
quando o espelho levanta e o obturador abre. Algumas câmaras reflex utilizam um
segundo sensor no visor para que a imagem seja apresentada continuamente no
ecrã LCD – um processo chamado live view (visualização directa). Isso, para além
de lhe permitir enquadrar a imagem a partir do ecrã, pode ser utilizado para gravar
vídeos, algo que as outras reflex não conseguem. Só o tempo poderá dizer se esta
funcionalidade será amplamente adoptada.
• O modo de revisão da imagem apresenta uma fotografia no ecrã durante
Com um ecrã giratório, alguns segundos, imediatamente após a captura. Algumas câmaras permitem-
pode colocar a câmara lhe manter a imagem no ecrã durante mais tempo para que possa apagá-las, ou
no chão e levantar
o LCD para ver o
executar outras funções de controlo da imagem. Algumas câmaras integram em
enquadramento, tal simultâneo os modos de revisão e reprodução da imagem, por isso, depois de rever
como aconteceu com a foto que captou pode percorrer as outras e utilizar os comandos disponíveis no
este tritão. modo de reprodução.
• Os histogramas são gráficos que mostram a distribuição de brilhos na sua
imagem, para que possa verificar se a exposição está correcta. A maioria das
câmaras com esta funcionalidade permitem-lhe apenas ver o histograma depois
de captar a fotografia, mas algumas permitem aceder ao histograma durante o
enquadramento.
Se a sua câmara permitir enquadrar a imagem a partir do ecrã (nem todas o
permitem), a imagem apresentada provém directamente do sensor de imagem,
O modo de paisagem
mostra a imagem na ou seja, trata-se de um sistema de visualização TTL (trough-the-lens – ou através
horizontal. da objectiva). No entanto, há alturas em que pode não querer utilizar o ecrã para
compor a imagem, pelas seguintes razões:
• Poupar a bateria. Os ecrãs grandes consomem rapidamente as baterias, por
isso, o melhor é mantê-los desligados sempre que possível e utilizar o visor para
enquadrar as fotografias.
• O brilho dos dias de sol intenso torna difícil a visualização da imagem no ecrã.
• A estabilidade diminui quando segura a câmara de braços esticados. Desta
forma, a trepidação da câmara pode fazer com que a imagem fique tremida.
O modo de retrato
mostra a imagem na Apesar dos inconvenientes, há várias situações em que utilizar o ecrã para
vertical. enquadrar é muito útil.
Algumas câmaras de
apontar-e-disparar
não têm visor, por isso
tem de enquadrar as
imagens no ecrã.
Capturar Imagens
Fotografia Contínua
Na maioria das situações, só se tira uma fotografia de cada vez, mas esta
não é a única forma de fotografar. Também é possível captar sequências
de fotografias. No modo Contínuo, basta manter a pressão no botão do
obturador e as imagens são captadas sequencialmente até se soltar o botão.
O número de imagens que é possível capturar de uma só vez está limitado
pela capacidade da memória intermédia da câmara (buffer) – um tipo de
memória que é capaz de armazenar rapidamente as imagens capturadas
A velocidade com que
é possível capturar
sequencialmente. Nas câmaras mais económicas, com memória intermédia
imagens em modo pequena ou sem memória intermédia, é possível que a câmara use uma
de disparo Contínuo imagem de menores dimensões para capturar sequências, já que isso reduz o
é especificada em
fotogramas por segundo
tempo de processamento e de armazenamento.
(fps). A velocidade
normal encontra-se
Depois de fotografar uma sequência, pode escolher a melhor imagem, usar
entre os 3 e os 5 fps. a totalidade das imagens para criar uma animação exibindo a sequência
rapidamente como fotogramas num filme, ou juntar uma série de sequências
O modo Contínuo de forma a realizar um pequeno filme.
permite capturar uma
série de imagens
semelhantes às de um
filme. Depois, pode
escolher a melhor
para imprimir, usá-las
todas para criar uma
animação ou utilizar
uma série para analisar
uma acção, como o
movimento de um
taco de golfe ou de um
bastão de basebol.
http://www.photocourse.com/itext/G-continuous/
Modo de Reprodução
De acordo com a lei de Murphy, se há alguma coisa que possa correr mal, isso
acontecerá certamente. Aqui estão algumas das barreiras que terá de enfrentar
com uma câmara digital.
• Se a câmara parecer estar desligada, pode simplesmente estar em modo de
descanso. Quando não utiliza nenhum controlo durante determinado espaço de
tempo, a câmara entra nesse modo para poupar a bateria. Para a reactivar basta
premir o botão do obturador até meio. Após um longo período de inactividade,
Os ícones do painel algumas câmaras desligam-se completamente e terá de ligá-las novamente. É
de controlo ou do ecrã possível alterar o intervalo de tempo necessário para que qualquer uma destas
da câmara indicam o acções ocorra.
estado da bateria. Esses
ícones, muitas vezes • Não conseguir ligar a câmara, as baterias estiveram descarregadas ou forem
semelhantes aos aqui removidas, ou não tiver inserido o cartão de memória.
apresentados, indicam
quando a bateria • Se a sua bateria acaba rapidamente, pare de utilizar o ecrã para enquadrar e
está completamente reproduzir fotografias. Se estiver frio, mantenha as baterias ou a câmara dentro do
carregada (à esquerda)
e fraca (à direita).
casaco.
• Quando ligar a câmara, aparece um ícone no painel de controlo que indica se a
Dicas bateria está totalmente carregada, a ficar fraca, ou quase descarregada e a precisar
Antes de cada sessão de ser substituída imediatamente. É aconselhável levar sempre baterias suplentes
verifique que: com a carga completa.
• A objectiva está • Quando liga a câmara pode ser apresentada uma mensagem de erro se houver
limpa. algum problema com o cartão de memória ou com a câmara.
• A bateria está
carregada. • Se não conseguir captar imagens, isso pode dever-se ao facto de o cartão de
• O cartão de
memória está na
memória estar cheio. Para libertar espaço para novas fotografias, transfira as
câmara e tem espaço imagens para um computador e formate o cartão de memória, apague algumas
suficiente. fotos que não quer, ou mude para um tamanho de imagem inferior.
• Todos os Muitas câmaras também não disparam até que a imagem esteja focada.
parâmetros estão em
conformidade com o • Para controlar qual a parte da cena que a câmara deverá focar, leia o manual do
que pretende. utilizador da sua câmara para perceber como funciona o foco nos vários modos de
exposição.
• Se a luz auxiliar de focagem piscar quando pressiona o obturador até meio, a
câmara pode estar com dificuldade em fixar o foco.
• Se a luz do flash piscar quando prime o botão do obturador até meio, o flash está
a carregar. Liberte o obturador por alguns segundos e tente novamente.
• Se as fotografias com flash ficarem escuras, provavelmente estará demasiado
distante do assunto. A maioria dos flashes incorporados só consegue iluminar
assuntos a cerca de três metros de distância, não têm potência suficiente para
iluminar assuntos demasiado distantes.
Pense bem antes de • Se as fotografias ficarem demasiado claras quando utilizar o flash, pode ter de
apagar ficheiros ou reduzir a potência do flash.
formatar o seu cartão
de memória. É fácil • Se as suas fotografias ficarem desfocadas, pode não ter a câmara firme quando
perder ficheiros. Se dispara o obturador. As maiorias das imagens desfocadas deve-se ao impulso
alguma vez apagar demasiado brusco quando dispara o obturador. Mas também pode estar muito
fotos ou formatar um
cartão por engano,
próximo do assunto, ou o motivo pode estar a deslocar-se demasiado rapidamente.
a única alternativa • Nunca tire fotografias ao sol ou a outras fontes de luz intensa. Isso pode
é tentar recuperar
as imagens com um prejudicar os seus olhos ou danificar o sensor de imagem da câmara.
software - basta fazer
uma pesquisa na
• Se os resultados não forem os esperados, isso pode dever-se ao facto de a
internet por “digital câmara estar a assumir parâmetros que definiu anteriormente. Algumas câmaras
image recovery”, para memorizam as alterações de parâmetros que fez, mesmo depois de a desligar e
os encontrar online. voltar a ligar. Verifique se a sua câmara tem uma opção que reponha os parâmetros
predefinidos de origem.
Um CCD é semelhante a
uma sanduíche de três
camadas. A camada
inferior contém os
fotodíodos. Sobre ela
está uma camada de
filtros coloridos que
determinam qual a cor
que cada um dos díodos
regista. Por fim, a
camada do topo contém
lentes microscópicas
que concentram a luz.
Imagem cortesia da
Fujifilm.
http://www.photocourse.com/itext/exposure/
Quando tira uma fotografia, o obturador da câmara abre por instantes e
Clique para explorar
como a exposição cada píxel do sensor da imagem grava a intensidade da luz que o atinge,
determina o quão acumulando fotões. Quanto maior a quantidade de luz que atinge um pixel,
escuras ou claras mais fotões serão gravados. Os píxeis que captarem as altas luzes de uma
ficarão as imagens.
cena terão muitos fotões e os que captarem as sombras terão menos.
No final da exposição, quando o obturador fecha, os fotões de cada píxel são
contabilizados e convertidos para valores digitais. Estas séries de números
são depois utilizadas para reconstruir a imagem, definindo a cor e o brilho da
combinação dos píxeis num ecrã ou numa prova impressa.
Com as câmaras de filme era possível utilizar qualquer tipo de película. Era
a película escolhida que dava ao fotógrafo determinado tipo de cores, tons e
grão. Se um tipo de película registava imagens com cores demasiado frias ou
quentes, bastava mudar para outro tipo. Com as câmaras digitais a “película”
é uma parte permanente da câmara, e comprar uma câmara assemelha-se
em muito à escolha da película a usar. Tal como na era do filme, os diferentes
sensores da imagem também “interpretam” as cores de formas diferentes, e
o mesmo acontece com o “grão”, com a sensibilidade à luz e por aí fora. Só
poderá avaliar esses aspectos examinando algumas fotografias captadas com
determinada câmara ou lendo artigos de revistas da especialidade.
Esta imagem mostra
uma ampliação dos Inicialmente os CCD eram os únicos sensores de imagem utilizados em
píxeis de um sensor
de imagem. Imagem câmaras digitais. Já tinham sido desenvolvidos eficazmente para aplicar
cortesia da IBM. a telescópicos astronómicos, scanners e câmaras de vídeo. No entanto
actualmente há uma alternativa bem implementada, o sensor de imagem
CMOS. Tanto o sensor CCD como o CMOS captam a luz através de uma
grelha de pequenos fotodíodos colocada na sua superfície. Diferem apenas na
forma como processam a imagem e são fabricados.
• O sensor de imagem CCD. O CCD (charged-couple device) recebeu esta
designação devido à forma como as cargas nos píxeis são lidas depois da
exposição. As cargas da primeira fila são transferidas para um local do
sensor chamado “read out register”. A partir daí são encaminhados para um
amplificador e depois para um conversor analógico-para-digital. Cada vez
que uma fila é lida e as suas cargas no read out register” são eliminadas, a
Uma “bolacha” de
silício, utilizada para próxima fila é introduzida e todas as outras acima descem uma fila. Desta
fazer sensores de forma, com cada fila “associada” à fila superior, cada uma das filas de píxeis é
imagem. lida – uma de cada vez.
•O sensor de imagem CMOS. Os sensores de imagem são produzidos em
fábricas chamadas “wafer foundries”, onde os minúsculos circuitos e os
http://www.photocourse.com/itext/CCD/
dispositivos são introduzidos em chips de silício. O maior problema dos CCD
Clique para ver de reside no facto de serem criados em fundições que recorrem a processos
onde provém o nome
“charge-coupled especializados e caros, que apenas podem ser utilizador para fabricar outros
device”. CCD. Por outro lado, as fundições maiores adoptaram um processo diferente,
chamado CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductos) para produzir
milhões de chips para processadores de computadores e memórias. O CMOS
é de longe o mais comum e mais rentável processo de produção de chips
a nível mundial. A utilização dos mesmos processos e equipamentos para
produzir os sensores de imagem CMOS, permitiu baixar incrivelmente os
custos de produção, pois os custos fixos da instalação fabril são cobertos por
um número muito maior de dispositivos. Como resultado desta economia,
os custos de fabrico de uma “bolacha” (wafer) CMOS são significativamente
mais baixos que os do fabrico de uma “bolacha” semelhante através do
processo especializado do CCD. Os custos tornam-se ainda mais baixos
porque no mesmo chip de um sensor de imagem CMOS é possível incluir
circuitos de processamento. Com os CCD, estes circuitos de processamento
têm de ser criados num outro chip.
Apesar das diferenças, estes dois tipos de sensores são capazes de produzir
excelentes resultados e ambos são utilizados pelas principais marcas de
câmaras. A Canon e a Nikon utilizam sensores CMOS nas suas reflex digitais
topo de gama, tal como muitos outros fabricantes.
Quando capturamos uma imagem, o número de píxeis usados para o fazer (às
http://www.photocourse.com/itext/pixels/pixels.pdf
vezes referidos como resolução ou contagem de píxeis (pixel count)), tem uma
enorme influência na dimensão da imagem impressa ou exibida no ecrã. Quanto
maior o número de píxeis utilizado maior será o detalhe e nitidez dos contornos.
Como os números importam, o melhor é fotografar à partida com a melhor
qualidade de imagem disponibilizada pela câmara. É sempre possível diminuir o
tamanho da imagem num programa de edição, mas não aumentá-lo sem interferir
na qualidade original.
Os píxeis quadrados são
organizados para formar
linhas e contornos
curvos numa imagem.
Quanto mais píxeis
forem usados, mais
suaves serão essas
curvas. Aqui, o mesmo
círculo vermelho está
representado por 4, 12
e 24 píxeis. Quando
são adicionados mais O tamanho em píxeis de uma imagem é especificado de duas formas – pelas suas
píxeis, os contornos são dimensões em píxeis, ou pelo número total de píxeis que contém. Por exemplo,
redefinidos e a forma podemos dizer que uma imagem tem 4368 × 2915 píxeis (em que “×” significa
começa a parecer-se
mais com o original.
“por”, ou seja “4368 por 2912”), ou 12,7 milhões de píxeis (4368 multiplicado por
2912). Como o termo “megapíxel” é usado para indicar um milhão de píxeis, uma
imagem com 12 milhões de píxeis pode ser designada como uma imagem com 12
megapíxeis.
As dimensões das
imagens são expressas
em píxeis (4368 ×
2912) ou em número
total de píxeis (12 719
616).
Não importa quantos píxeis tem uma imagem, quando demasiado ampliada ela
começa a perder nitidez e eventualmente, começamos a ver os píxeis – um efeito
chamado pixelização. É como as impressões tradicionais com emulsão de sais de
prata, em que se começa a ver o grão quando a imagem é ampliada a partir de
um certo tamanho. Quanto maior for o número de píxeis de uma imagem maior
pode ser a sua dimensão no ecrã ou no papel antes de ficar pixelizada. No entanto,
mesmo com câmaras acessíveis de 6 e 8 megapíxeis, a maior parte das imagens
dificilmente chegará a esse ponto, mesmo quando ampliadas para 20 × 25 cm.
http://www.photocourse.com/itext/pixelresolution/
Ao nível da edição também é vantajoso ter imagens de tamanhos superiores.
Clique para ver como
um número maior
Não só porque assim é possível reenquadrá-las, mas também porque é mais fácil
de píxeis forma uma trabalhar o balanço da cor, as matizes, a saturação, o brilho e o contraste, pois há
imagem mais nítida. mais informação na imagem.
Quando uma
imagem digital é
exibida ou impressa
com o tamanho
correspondente ao
seu número de píxeis
(esquerda), aparece
como uma fotografia
normal. Quando é
demasiado ampliada
(direita) os píxeis
começam a aparecer.
http://www.photocourse.com/itext/pixelzoom/
Clique para ver os
efeitos da pixelização ao
ampliar uma imagem.
http://www.photocourse.com/itext/pixels/pixels.pdf
O número de píxeis
de uma imagem, por
vezes referido como
resolução, determina
o tamanho da imagem
exibida no ecrã ou o
tamanho máximo para
uma impressão nítida.
Resoluções
do Ecrã
CGA 320 x 200
EGA 640 x 350
VGA 640 x 480
SVGA 800 x 600
XGA 1024 x 768
SXGA 1280 x 1024
WXGA 1366 x 768
SXGA+ 1400 x 1050
UXGA 1600 x 1200
WSXGA+ 1680 x 1050
WUXGA 1920 x 1200
QXGA 2048 x 1536
QSXGA 2560 x 2048
QUXGA 3200 x 2400
WQUXGA 3840 x 2400
http://www.photocourse.com/itext/imagesize/
Resolução Interpolada
http://www.photocourse.com/itext/resolution/
Clique para conhecer o
significado original de
“resolução”.
Os testes gráficos
têm pares de linhas
com diferentes
afastamentos.
http://www.photocourse.com/itext/pixels/pixels.pdf
1/2 8 6.4 Câmaras de apontar-e-disparar
Os sensores de imagens
das câmaras integradas
em telemóveis são
muito pequenos.
Cortesia da OmniVision.
Em algumas situações, as imagens não são tão limpas como deveriam ser. Parecem
Dica irregularmente granuladas com píxeis de cores que afectam as áreas suaves.
Para ver um dos Este efeito é conhecido por ruído e tem três causas principais:
tipos de ruído, deixe
a objectiva tapada e • Os fotodíodos do sensor são muito pequenos. Não há resolução possível para este
capte uma imagem. problemas, mas ele agrava os que se seguem.
Uma longa exposição
vai criar ruído, tal • Uma velocidade de obturação longa permite que a luz entre na câmara por um
como poderá verifi- longo período de tempo e é ideal para condições de luz fraca. Mas também deixa
car depois, abrindo e “entrar” o ruído.
aumentando a ima-
gem num programa • Uma definição de sensibilidade ISO alta permite-lhe utilizar uma velocidade
de edição fotográfica. de disparo mais rápida para evitar que a imagem fique tremida, mas também
aumenta o ruído.
Muitas câmaras têm um ou mais modos de redução do ruído para atenuar este
O ruído aparece na efeito.
imagem sob a forma de
píxeis de cor aleatórios,
sobretudo quando
utiliza velocidades de
obturação lentas ou
definições de ISO altas.
http://www.photocourse.com/itext/ISO/
Clique par ver os efeitos
do aumento do ISO.
http://www.photocourse.com/itext/noise/
Clique par ver os efeitos
do ruído numa imagem.
Com velocidades
de disparo lentas (à
esquerda) a exposição,
tal como os pingos
de água, é tão lenta
que há a possibilidade
de se formar ruído
na imagem. Com
velocidades mais
rápidas (ao centro e
à direita) o ruído é
controlado, devido à
rapidez da exposição da
imagem.
Pode parecer estranho, mas os píxeis dos sensores da imagem apenas capturam
luminosidade e não cor. Eles registam a escala de cinzentos – uma série de tons
desde o branco até ao preto puros. A forma como a câmara cria uma imagem a
cores a partir da luminosidade registada é uma história interessante, que provém
de um passado distante.
A escala de cinzento
é perceptível nas
fotografias a preto e
branco e é formada
por uma gama de tons
desde branco puro até
preto puro.
Capítulo 2.
Fluxo de trabalho digital
C
Capturar uma fotografia digital é apenas um dos passos de um processo
chamado fluxo de trabalho digital. Cada fotógrafo personaliza o seu
fluxo de trabalho digital até um certo ponto, mas todos os fluxos
integram os mesmos passos, após a captura das imagens e a sua
transferência: rever, organizar e classificar, e depois ajustar, publicar e arquivar.
Muitos destes passos, sempre foram realizados através do uso de uma variedade
de aplicações, incluindo aquelas que fazem conversão de ficheiros RAW, e as
de gestão e edição de imagem. No entanto, a primeira geração de aplicações
verdadeiramente inovadoras, tais como o Aperture, da Apple e o Lightroom
da Adobe, estão a dar uma nova forma ao trabalho digital. Estes programas
integram quase todos os passos do fluxo de trabalho numa única aplicação,
tornando o trabalho em fotografia digital, depois da captação das imagens,
mais fácil, rápido e eficiente. Estes programas também tornam o trabalho com
ficheiros RAW tão fácil como com ficheiros JPEG. Neste capítulo exploraremos
os passos do fluxo de trabalho digital, desde a captação de imagens até à sua
organização e edição no computador. A ênfase dada ao Adobe Lightroom,
deve‑se ao facto de este poder ser executado tanto no Mac OS, como no
Windows. O Aperture da Apple é um programa muito conceituado e partilha
muitos dos mesmos objectivos e características.
http://www.photocourse.com/itext/scan/scan.pdf
Quando realizamos a mesma tarefa inúmeras vezes, o mais provável é que
tenhamos desenvolvido uma rotina – uma série de passos que eliminam do
processo as variações e os problemas. Em fotografia digital chamamos a esta
rotina, fluxo de trabalho. A criatividade está confinada à captação e edição da
imagem. O resto do processo, pelo contrário, é bastante estruturado. Apesar de
cada fotógrafo personalizar o seu fluxo de trabalho de maneira a satisfazer as
suas necessidades, todos incluem uma variação dos passos seguintes – os quais
podem ser divididos numa série de “sub-passos”. Aquilo que é excitante no
Apeture e no Lightroom é o facto de conseguirem lidar com todos esses passos,
proporcionando uma solução para a totalidade do fluxo de trabalho.
1º Passo. Capturar fotografias
Formatos de Imagem
Formatos
Como a maioria das câmaras digitais oferecem mais do que um formato de
imagem, aqui estão algumas informações que ajudam na escolha do melhor
formato para as necessidades de cada um.
• JPEG é o formato usado pela totalidade de câmaras digitais. Designado à
semelhança do seu criador, o Joint Photographic Experts Group, este formato
permite-lhe quase sempre especificar o tamanho e a compressão da imagem.
No momento em que uma imagem é capturada neste formato, um chip de
processamento, baseando-se nos parâmetros usados na câmara, irá comprimir
e reduzir o tamanho da imagem. As alterações feitas à imagem não podem ser
desfeitas, visto que é a imagem final alterada que é gravada no ficheiro. Alguma da
informação original é perdida permanentemente.
• O RAW é um formato que está disponível em muitas câmaras, em especial nas
Dica câmaras reflex. Uma das expressões mais conhecidas de Ansel Adam, tirada da sua
experiência como pianista é “O negativo é a pauta, a impressão é a performance”.
O facto de existirem
inúmeros formatos Em fotografia digital, o ficheiro de imagem é a nossa pauta e a performance é
RAW no mercado feita num programa de edição de imagem. Para obter a maior qualidade possível,
está a tornar-se um é necessário começar com a melhor pauta possível – um ficheiro RAW. Estes
problema. Aqui estão ficheiros contêm toda a informação sobre a imagem capturada pelo sensor
apenas algumas ex- da câmara sem ser processada ou ajustada de nenhuma forma. Isto permite a
tensões de ficheiros interpretação da informação por parte do utilizador e não por parte da câmara.
RAW que indicam
formatos diferentes e Quando se pretende ter o controlo total sobre a exposição, balanço de brancos e
incompatíveis: outros parâmetros, este é o formato a usar, já que há apenas quatro parâmetros
que afectam um ficheiro RAW permanentemente – a abertura, o tempo de
• Nikon—NEF obturação, a sensibilidade e o foco.
• Olympus—ORF
• Fuji—RAF Os outros parâmetros da câmara são guardados como metadados e afectam a
• Sony—SRF aparência das miniaturas ou apresentação das imagens, mas não o ficheiro RAW
• Canon—CR2 em si.
• Pentax—PEF Em muitas câmaras é possível capturar imagens RAW sozinhas ou acompanhadas
• Generic—DNG de um ficheiro JPEG, o que faz com que tenhamos um ficheiro RAW idêntico,
de alta qualidade, e um ficheiro de imagem mais pequeno e mais facilmente
ordenável.
Tanto o ficheiro RAW, como o JPEG têm nomes iguais, mas extensões diferentes.
As aplicações mais recentes, tais como o Lightroom tornaram o trabalho com
ficheiros RAW tão fácil que esta opção deixa de ser necessária, já que os JPEG só
ocupam espaço.
Uma das informações a reter é que nem sempre se nota à partida uma qualidade
superior nas imagens RAW. Estas são brilhantes quando têm problemas na
exposição ou no balanço de brancos.
Capacidade de Como as imagens RAW contêm muito mais informação com a qual podemos
armazenamento trabalhar, é possível iluminar áreas de sombra, recuperar detalhes perdidos nas
altas-luzes e fazer ajustes óptimos nas cores.
O número de
fotografias que é • DNG (Digital Negative). Os fabricantes de câmaras introduziram muitos
possível armazenar formatos RAW diferentes, que são frequentemente alterados. Há uma fonte que
usando determinados indica que existem mais de 140 formatos RAW, sendo que continuam a aumentar.
parâmetros, está Alguns deles são específicos de apenas um modelo de câmara. Ainda por cima, os
normalmente
identificado no ecrã
fabricantes são geralmente reservados no que diz respeito às suas especificações,
ou no painel de de maneira que há quase sempre ficheiros RAW que um determinado programa
controlo da câmara. não consegue ler, pelo menos até alguém os manipular de forma a serem aceites.
Estes inconvenientes e demoras são da responsabilidade dos fabricantes de
câmaras.
44 Este livro tem o apoio da
Formatos de Imagem
Logótipo do DNG
Sempre que uma câmara não captura imagens RAW neste formato, é sempre
possível convertê-lo usando um programa como o Photoshop ou o Lightroom. Ao
fazê-lo também é possível escolher armazenar o ficheiro RAW original dentro do
ficheiro DNG, caso seja necessário extraí-lo mais tarde.
O formato DNG é suportado pelo Photoshop e pelo Lightroom, bem como por
outros produtos da Adobe, alguns programas de outras empresas e uma série de
fabricantes de câmaras. Como acontece com todas as coisas na informática, apenas
o tempo dirá se este formato será universalmente aceite ou se vai gradualmente
desaparecendo.
• TIFF (tagged image file format) é um formato usado regularmente para
o intercâmbio de imagens entre aplicações e plataformas. É suportado por
virtualmente todos os programas de pintura, edição de imagem e paginação. Os
Ícone universalmente ficheiros TIFF tendem a ser maiores que os JPEG ou RAW e podem ser gravados
reconhecido referente a
Qualidade de Imagem. usando tanto 8, como 16 bits por cor.
Compressão de Ficheiros
http://www.photocourse.com/itext/compression/
Os ficheiros de imagem são enormes, quando comparados com outros tipos de
ficheiros. Por exemplo, ficheiros capturados por uma câmara de 12 megapíxeis,
Clique para ver os
efeitos da compressão podem chegar aos 18 megabytes. Ao aumentar a resolução de uma imagem,
aumenta também o tamanho do ficheiro. Para tornar os ficheiros de imagem
mais pequenos e manejáveis, as câmaras digitais usam um processo chamado
compressão.
Durante a compressão, a informação que está duplicada ou que tem pouco valor é
eliminada ou gravada de uma forma mais curta, reduzindo o tamanho do ficheiro.
Por exemplo, se uma grande área de um céu tem o mesmo tom de azul, só é
necessário gravar o valor para um único píxel, assim como a localização dos outros
píxeis com a mesma cor. Quando a imagem é aberta num programa qualquer,
o processo de compressão é invertido, dependendo da forma como foi usada a
compressão: com ou sem perdas de informação.
• A compressão sem perdas de informação comprime uma imagem, de
forma que, quando o processo é invertido, ao abrir a imagem, a sua qualidade é
igual à da fonte original – nada foi perdido. Apesar de a compressão sem perdas de
informação parecer ideal, o seu grau de compressão é baixo, pelo que as imagens
permanecem bastante grandes. Por esta razão, este tipo de compressão só é usada
nos ficheiros de maior qualidade, nomeadamente TIFF e RAW.
• A compressão com perdas de informação, é capaz de reduzir radicalmente
o tamanho de um ficheiro. Todavia, este processo arrasta consigo algum grau de
degradação da imagem, sendo que quanto mais um ficheiro é comprimido, mais
Aqui são mostradas degradado se torna. Em muitas situações, tais como a publicação de imagens na
duas versões da mesma
imagem. A de cima é o Web, ou na impressão de pequenas dimensões, a degradação da imagem não é
ficheiro JPEG original. óbvia. No entanto, se imã imagem for ampliada o suficiente, a degradação será
A de baixo mostra o apreciável. O formato que utiliza a compressão com perdas de informação é o
que acontece quando
se grava uma imagem
JPEG, e muitas câmaras permitem escolher o grau de compressão. Por exemplo,
várias vezes com o a maioria das câmaras permite escolher compressões entre Fine (1:4), Normal
parâmetro de menor (1:8) e Basic (1:16). Esta é uma característica importante, visto que há uma ordem
qualidade escolhido.
Cortesia de webweaver.
inversa entre a compressão e a qualidade da imagem. O uso de uma compressão
nu. menor oferece imagens melhores, que podem ser impressas em formato maior.
Profundidade de Cor
Dica
Quando olhamos para uma cena da Natureza, conseguimos distinguir milhões de
Quando os
fotógrafos falam
cores diferentes. Uma imagem digital é capaz de se aproximar desta realidade, mas
de profundidade de a qualidade da aproximação depende da câmara e dos seus parâmetros.
cor, eles referem-se A quantidade de cores de uma imagem é referido como profundidade de cor e é
apenas ao número
de bits por cor, ou
determinado pelo número de bits usados para armazenar cada uma das três cores
ao número total de de um píxel – vermelho, verde e azul. Ficheiros de imagem JPEG usam 8 bits por
bits, e ambas as cor. Para calcular a quantidade de cores que podem ser capturadas ou mostradas,
formas de expressão
significam a mesma
eleva-se o número 2 à potência do número de bits usados no seu armazenamento.
coisa. Por exemplo, Por exemplo:
ao dizer “imagens
com 8 bits” ou • Por cada cor, com uma profundidade de 8 bits, são capturados 256 níveis de
“imagens com 24 luminosidade, porque 28 = 256.
bits”, subentende-se
imagens JPEG e não • Com as três cores combinadas, temos 24 bits (8 bits por cor, vezes 3), e o número
imagens RAW.
total de cores obtidas é superior a 16 milhões (224 = 16 777 216).
As imagens RAW possuem uma maior profundidade de cor, o que proporciona
gradações mais suaves de tons e um número superior de cores, com as quais se
trabalha ao fazer ajustes à imagem. A superioridade do número é astronómica.
As imagens RAW são inicialmente capturadas pelo sensor de forma analógica, e
um conversor analógico-digital converte-as em imagens de 10, 12 ou 14 bits por
cor. Este número é aumentado para 16 nas imagens RAW e diminuído para 8 nas
http://www.photocourse.com/itext/pixels/pixels.pdf
JPEG.
• Por cada cor, com uma profundidade de 16 bits, são capturados 65 536 níveis de
luminosidade (216 = 65 536).
• Com as três cores combinadas, temos 48 bits (16 bits por cor, vezes 3) e o número
total de cores obtidas é superior a 281 biliões (248 = 281 474 976 710 656).
Estas cores adicionais não são usadas por ecrãs, impressoras ou outros
dispositivos, mas existem para optimizar as gradações na edição e ajuste da
imagem.
Aqui está uma tabela que resume estes factos:
Escolher um Formato
Quando escolhemos entre os formatos RAW e JPEG, há alguns factos a considerar
sobre cada um deles. Como não é fácil aumentar o número de píxeis e reter a
qualidade da imagem, ou remover os efeitos da compressão, depois de realizada,
é normalmente aconselhável usar o maior tamanho JPEG disponível e o menor
grau de compressão. Se for necessário reduzir qualquer um deles, é possível fazê-lo
mais tarde, num programa de edição. Quando se fotografa uma imagem com um
parâmetro de qualidade inferior, não é possível melhorá-la muito, ou obter uma
impressão de grandes dimensões e nitidez. O único problema desta abordagem é
que as imagens de maior qualidade produzem ficheiros maiores.
As imagens RAW são sempre captadas com o tamanho de ficheiro maior, e a sua
compressão é sempre feita sem perdas de informação.
Até agora, as imagens neste formato necessitavam de um passo adicional no pro‑
cessamento, mas como programas como o Aperture e o Lightroom foram projecta‑
dos de base após os ficheiros RAW terem sido introduzidos no mercado, lidam
com estes tão facilmente como com ficheiros JPEG.
46 Este livro tem o apoio da
Formatos de Imagem
Dica
É possível encontrar
em informática os
termos directório Um disco duro novo (1), tal como uma gaveta de arquivo vazia, não tem ficheiros
e pasta, que nem organização. Dividir um disco duro em pastas (2) é como dividir uma gaveta
têm o mesmo de arquivo com pastas suspensas. Acomodar sub-pastas dentro de pastas (3) é
significado. Quando como colocar pastas de cartão dentro das pastas suspensas da gaveta. Os ficheiros,
os computadores incluindo imagens, podem ser arquivados em qualquer uma das pastas ou sub-
eram usados quase pastas (4) - ou ainda na gaveta, fora das pastas, no chamado directório de raiz da
exclusivamente por drive.
profissionais, foi
introduzido o termo
directório. Quando o
Drives
uso de computadores Quase todos os computadores possuem mais que uma drive. De forma a
se generalizou, o
termo foi substituído
distingui-las, são-lhes atribuídas letras ou nomes tais como Macintosh HD,
por um de mais fácil e o seu tipo é identificado por ícones. Por exemplo, a já moribunda drive de
utilização – pasta. disquetes era identificada como drive A ou B, pelo que estas letras também
Na partilha de caíram em desuso. A drive que o computador escolhe para o sistema operativo,
fotografias também
se podem encontrar quando é ligado, é a drive C. Drives adicionais variam de computador para
os termos álbuns e computador, mas muitas vezes incluem outros discos duros, e drives de
galerias usados para CD ou DVD. Quando ligamos uma câmara, um leitor de cartões ou mesmo
designar a mesma
coisa. uma moldura digital ao computador, estes também passam a ser drives.
Muitos dispositivos são reconhecidos automaticamente quando são ligados
ao computador, mas alguns requerem a instalação de pequenos programas
chamados drivers, para que o computador os reconheça.
Pastas
As pastas são utilizadas para organizar ficheiros numa drive. Imagine que
trabalha num banco de imagens e lhe pedem para encontrar uma foto do
“Yosemite” (parque natural da Califórnia), sabendo que todas as fotografias
Ícone do disco duro da adquiridas pelo banco foram arquivadas desorganizadamente em caixas. Teria
Apple Macintosh.
que procurar em todos os lados até conseguir reunir aquilo que pretende.
Agora compare este exemplo com o de um banco que usa um arquivo bem
organizado, com pastas suspensas bem identificadas, agrupando imagens que
estejam relacionadas umas com as outras. Por exemplo, pode existir uma pasta
suspensa com o nome Parques Naturais da Califórnia. No caso de ser necessária
uma subdivisão de um tema, pastas de cartão podem ser inseridas dentro das
pastas suspensas – basicamente, trata-se de colocar pastas dentro de pastas.
50 Este livro tem o apoio da
Como são armazenadas as Imagens na Câmara e no Computador
É provável que haja uma pasta identificada com o nome Yosemite, que
http://www.photocourse.com/itext/G-folders/
contenha imagens deste parque. Quando tudo está correctamente identificado
e organizado, é fácil localizar as imagens que se pretende. O mesmo é
verdadeiro em relação aos cartões de memória e às drives do sistema do seu
computador. Ambos são equivalentes aos armários arquivadores vazios,
cheios de espaço para armazenamento, mas sem organização. A organização
necessária para encontrar alguma coisa no dispositivo de memória da câmara
(do qual falamos aqui) é criado pela própria câmara, mas no computador, a
organização tem que ser criada pelo utilizador (como veremos mais tarde).
Quando usa as ferramentas ou aplicações do sistema operativo, para visualizar
um dispositivo de armazenamento da câmara ou de um leitor de cartões,
verifica que está organizado da mesma maneira que as outras drives do
sistema. Quando esta contém mais que uma pasta, aquela que interessa aos
fotógrafos tem o nome DCIM (Digital Camera IMages). Se eliminar esta pasta,
a câmara criará uma nova (mas não recupera as imagens que a pasta continha).
O propósito desta pasta, chamada directório de raiz da imagem, é manter
agrupadas as fotografias captadas pela câmara. Quando usa o mesmo cartão
em dispositivos diferentes, é possível aparecerem pastas com ficheiros de
música MP3 ou outros.
A câmara digital cria e nomeia automaticamente sub-pastas dentro da pasta
DCIM, onde são guardadas as fotografias (como colocar pastas de cartão
dentro de pastas suspensas). Os três primeiros caracteres do nome de um
ficheiro, designados por número de directório, são números entre 100 e
999. Os cinco caracteres seguintes são conhecidos como caracteres livres e
podem ser quaisquer caracteres alfanuméricos escolhidos pelo fabricante da
câmara. Quando é criada uma nova pasta, ou quando outra pasta fica cheia,
é-lhe atribuído um número com mais um dígito do que o da pasta anterior.
Algumas câmaras permitem criar e nomear novas pastas, ou escolher entre as
pastas criadas por ela. Isto permite encaminhar novas imagens para uma pasta
específica e também reproduzir as imagens de apenas uma pasta, ao invés de
todas as imagens guardadas no cartão.
Árvores
Uma maneira de ilustrar a organização das pastas numa drive é exibi-las em
forma de árvore. Nesta perspectiva, todas as pastas se ramificam a partir da
drive, algo semelhante a um diagrama de organização. Se qualquer uma das
pastas contiver sub-pastas, estas são mostradas como um segundo braço, que
parte do primeiro. Quando usamos uma árvore, podemos expandir ou fechar
toda a árvore, ou apenas um dos ramos. Isto permite-lhe alternar entre um
resumo dos conteúdos do computador, e os detalhes de uma drive ou de uma
pasta.
Caminhos
Quando os ficheiros são armazenados em pastas de um disco, é especificado
Uma árvore exibida
um caminho para chegar a eles. Por exemplo, se um ficheiro com o nome
no Windows Explorer IMG_4692.JPG está dentro de uma sub-pasta chamada 146CANON, que está
identifica as drives e inserida numa pasta com o nome DCIM, na drive H, o caminho para esse
as pastas com ícones
e etiquetas. Os sinais
ficheiro é H:\DCIM\146CANON\IMG_4692.JPG. Os elementos chave de um
+ e – indicam se uma caminho – drive, pasta, sub-pasta e nome do ficheiro – são separados por
determinada pasta ou backslashes (\). É possível que esteja mais familiarizado com os caminhos
drive está expandida
(–), mostrando as sub-
mostrados pelo browser da Web, que usa uma abordagem semelhante. Por
pastas, ou fechada (+), exemplo, o URL…
escondendo-as.
http://www.shortcourses.com/index.html
…é o caminho para uma página Web específica. Normalmente, não se digitam
os caminhos, os ficheiros são abertos ao clicar nas drives ou nas pastas. No
entanto, muitos programas mostram no ecrã os caminhos, como uma ajuda
à navegação, facilitando a identificação da localização de um ficheiro no
sistema.
Aqui é mostrado o
caminho para o ficheiro
IMG_4692.JPG, da
sub-pasta 146CANON,
que se encontra na
pasta DCIM, na drive
H. A drive, a pasta,
sub-pasta e o nome do Directório Pasta Nome da imagem
ficheiro estão separados de Raiz
por backslashes. da Imagem
Aqui é mostrada a
forma como o Lightroom
exibe o caminho para
uma determinada
imagem.
Transferir Imagens
Algumas impressoras,
kiosks de impressão
e até televisores têm
ranhuras que aceitam
os cartões directamente
retirados da câmara, de
maneira a que possa
visualizar ou imprimir as
suas imagens sem um
computador. Imagem
cortesia da HP.
Os logótipos e as
ligações para cabos USB
e Firewire (IEEE 1394),
na parte de trás do Mac
Mini da Apple, são aqui
assinaladas a vermelho.
Imagem cortesia da
Apple.
As estações para
câmaras permitem ligar
facilmente a câmara
a uma impressora
ou mesmo carregar
as suas baterias.
Infelizmente cada
estação é específica do
modelo da câmara, por
isso quando adquirir
uma câmara nova, vai
necessitar de outra
forma de fazer as suas
ligações. Imagem
cortesia da Kodak.
A Sandisk fabrica um
cartão SD, que tem Ligações sem Fios
um conector USB, que
aparece quando se
Uma das últimas tendências do mercado é o uso de ligações sem fios entre
dobra o cartão. Este a câmara e o computador ou impressora, e entre a câmara e uma rede, de
cartão SD pode ser forma a ser possível partilhar as imagens imediatamente, usando o e-mail,
ligado sem o uso de
um leitor ou de uma
páginas de partilha, ou blogs de fotografia. Existem três abordagens básicas:
ranhura para cartões.
• Os infra-vermelhos ligam dispositivos em linha de vista, quando o raio não
é bloqueado.
• O WiFi faz ligação com impressoras sem fios, kiosks de impressão e redes
WiFi, tais como as redes domésticas e os hot spots públicos. Vem integrado
em algumas câmaras e é possível adquiri-lo em separado, para outras. Os
telemóveis com câmara enviam fotografias através da rede do operador, mas
estes praticam preços demasiado elevados. Felizmente, alguns telemóveis
permitem também a ligação a redes WiFi, cortando os custos da transferência
de imagens. Estas câmaras aderiram ao padrão DLNA (Digital Living
Network Alliance), que trabalha com rede WiFi 802.11b/g. Isto permite-
lhes comunicar entre si, bem como com uma rede WiFi, ou com outros
dispositivos de entretenimento.
A compatibilidade WiFi
da Kodak EasyShare
• O Bluetooth recebeu inexplicavelmente o seu nome, de Herald Bluetooth,
One permite a um rei dinamarquês do século X. É relativamente lento, muito mais que o
publicação de imagens WiFi. Apesar de ter sido inicialmente concebido com o intuito de substituir
numa página Web, ou
o seu envio por e-
todos os cabos suspensos numa secretária, o bluetooth está a encontrar
mail, usando uma rede actualmente, o seu espaço na fotografia, porque usa muito pouca energia,
doméstica ou um hot preservando a duração das baterias, e, ao contrário dos infra-vermelhos,
spot público. Imagem
cortesia da Kodak.
os dispositivos bluetooth não necessitam de estar em linha de vista para
transferir informação. Os kiosks de impressão costumam estar equipados
com bluetooth para que seja possível transmitir as fotografias para a
impressora. Com uma câmara digital e um telemóvel, que estejam ambos
equipados com buetooth, é até possível tirar uma fotografia com a câmara, e
enviá-la através do telemóvel. Existem também adaptadores USB e PC Cards
que permitem o uso do bluetooth para transferir imagens do telemóvel para o
computador.
Discos duros
Quando transfere imagens de um dispositivo de armazenamento para o disco
A Maxtor fabrica uma duro de um computador, torna-se possível a sua organização, edição e partilha.
linha económica de
discos duros de alta
Os discos duros têm-se tornado tão baratos, e a sua capacidade é tão elevada, que
capacidade, ideais para é quase possível ter uma reserva infindável de espaço em disco duro. Hoje em dia,
fotógrafos digitais. discos duros com preços acessíveis têm capacidades até 500 Gigabytes – espaço
Imagem cortesia suficiente para armazenar mais de 33 000 imagens de 15 Megabytes. Se estas
Maxtor. fossem imagens de filme, a 50 cêntimos a imagem, o disco duro seria uma pequena
caixa de fotografias com um valor superior a 16 000 euros. Uma das formas de
conceber esta capacidade impressionante é pensar no tempo que demoraria a
enchê-la. Se fotografasse 100 imagens de 15 Megabytes por dia, poderia fotografar
durante quase um ano inteiro até usar todo o espaço de um disco de 500
Gigabytes. Fazer cópias de segurança destes discos está fora de questão, Seriam
necessários 106 DVD, ou mais de 700 CD para copiar um disco como este. Até
as cópias de segurança em cassete ficaram para trás. A única forma acessível de
copiar colecções inteiras de fotografias é fazê-lo noutro disco duro.
Os discos duros
agrupados numa Discos Ópticos
configuração RAID
(Random Array of Além dos discos duros, o único dispositivo de armazenamento disponível são os
Inexpensive Devices), discos ópticos tais como os CD ou DVD. Estas drives existem em quase todos os
não só armazenam sistemas recentes de computadores e os discos são usados frequentemente para
informação, como guardar e proteger imagens importantes, partilhá-las com outras pessoas, ou
realizam cópias de
segurança automáticas. para gravar slide shows que podem ser reproduzidos num computador ou num
Se um disco falhar, este televisor ligado a uma leitor de DVD. (Quando um dispositivo de DVD está ligado
pode ser substituído e a um televisor, chama-se leitor ou gravador. Quando está ligado a um computador,
os ficheiros danificados chama-se drive ou gravador).
são automaticamente
reconstruídos pelos Estes discos, têm, no entanto, vários problemas – a sua capacidade de
dispositivos restantes. armazenamento é relativamente baixa, a sua qualidade de arquivo é questionável e
nem sempre são compatíveis.
• Capacidade. Um CD pode armazenar, no máximo 700 Megabytes de
informação. Numa era em que são comuns cartões de memória de 4 Gigabytes,
e câmaras que criam imagens RAW ou TIFF com 15 Megabytes, 700 Megabytes
podem ser pouco espaço. Actualmente, os DVD têm 4.7 Gigabytes de capacidade,
mais do que 7 vezes a capacidade de um CD. A capacidade de um DVD aumenta
para 9.4 Gigabytes quando falamos de discos com dois lados. Dispositivos mais
recentes, que funcionam com laser azul (ao contrário do habitual laser vermelho),
irão alargar os limites de capacidade dos DVD para lá dos 30 Gigabytes. Assim,
os DVD têm um futuro prometedor, no que se refere ao armazenamento das suas
fotografias.
Os CD-R Gold da Mitsui • Qualidade de arquivo. Tanto os CD como os DVD são formas de
são considerados um armazenamento relativamente recentes. Ainda não há certezas em relação ao
dos melhores CD de
armazenamento, por tempo que demorará até se perder informação gravada num destes dispositivos.
causa do ouro que é A maioria dos testes usam técnicas de envelhecimento acelerado que pode ou não
adicionado à camada reflectir com precisão o futuro das condições de armazenamento. É mais ou menos
reflectora – os outros consensual, que se forem fabricados e armazenados correctamente, podem durar
discos usam prata,
que não tem as
algumas décadas. Mas como não há certezas, o melhor é comprar CD e DVD de
mesmas propriedades marca e guardá-los em bolsas de materiais livres de ácidos, num local bem seco
de arquivo. Imagem e protegido da luz, tal como uma gaveta ou um álbum. Os discos que têm uma
cortesia do Diversified camada de gravação dourada duram supostamente mais que os que têm a mesma
Systems Group.
camada prateada.
56 Este livro tem o apoio da
Armazenar Imagens – No seu Sistema
Alguns marcadores, tais como os Sharpie, usam tinta à base de solventes e devem
ser evitados. É fácil identificar os marcadores que não se devem usar, pelo odor a
dissolvente. Estes solventes podem atacar a camada protectora do disco, mesmo
quando escreve apenas no lado correcto. Ao longo do tempo, possivelmente
medido em décadas, é possível que a informação seja afectada.
Para um aspecto mais profissional, pode adquirir etiquetas circulares
autocolantes para CD/DVD, que podem ser impressas numa impressora de jacto
Quando copiamos de tinta e coladas à superfície do disco. Um dos problemas destas etiquetas é o
imagens entre alinhamento, uma vez que, quando a etiqueta cola, já não é possível descolá-la.
dispositivos, as pens
USB são muito úteis. Para o ajudar a colar as etiquetas correctamente à primeira, existem mecanismos
Podem-se transferir que as centram, enquanto as cola ao disco. Quando usar estas etiquetas, aplique-
ficheiros de um as apenas após gravar o CD/DVD. Se a aplicar antes, esta pode ficar descentrada
computador para a
pen, através de uma e afectar assim a gravação.
porta USB e depois
transferi‑los de novo Muitas aplicações de gravação de CD/DVD, incluem programas usados para
para outro computador. dispor e imprimir etiquetas e até mesmo capas para caixas de CD/DVD. Algumas
aplicações e programas têm várias imagens de fundo à escolha (ou permitem o
uso das suas próprias imagens como fundo), e caixas, onde pode digitar o seu
texto. Não é necessário ter muitos conhecimentos técnicos ou artísticos para
obter um design decente.
Se pretender comercializar os seus CD/DVD, o próximo passo é uma impressora
de rótulos. Estas impressoras imprimem em discos especiais que têm uma
camada permeável num dos lados. Se um disco não tiver esta camada especial,
a tinta vai formar gotas na superfície do disco e não vai agarrar. Os discos para
impressão a jacto de tinta são produzidos por várias das maiores empresas e
estão à venda em lojas de material informático e de escritório e em retalhistas
A Neato fabrica um on-line. Várias impressoras fotográficas da Epson têm a capacidade de
aplicador que centra
o CD e a etiqueta,
imprimir rótulos directamente neste tipo de discos. Se o mercado aguentar
de forma a aplicá- esta funcionalidade, esta tornar-se-á mais comum. Estas impressoras incluem
la correctamente à programas que são usados para projectar e imprimir os seus rótulos. Quando
primeira. Imagem
cortesia da Neato.
estes estão prontos a imprimir, coloca-se o CD ou DVD especial num tabuleiro
que o protege, e o CD percorre na impressora o mesmo caminho que o papel.
Também existem impressoras que foram criadas com o único objectivo
de imprimir rótulos em discos, e até robots que vão inserindo os discos na
impressora, de forma a imprimirem uma série de discos sozinhos.
Quando precisar de grandes quantidades de um mesmo disco, é aconselhável
mandá-lo duplicar e rotular por profissionais. Também é possível apenas rotular
As drives que usam
tecnologia Lightscribe profissionalmente os seus discos, deixando um espaço para escrever o nome ou o
rotulam discos título mais tarde.
Lightscribe ao mesmo
tempo que estes são
gravados. Imagem
cortesia de Lightscribe.
Gestores de Imagens
Bibliotecas
A base de dados onde são guardadas as informações das imagens, é designada
como biblioteca ou catálogo. Assim que uma imagem lhe é adicionada, podem-
lhe ser aplicadas todas as ferramentas de gestão e edição. Algumas aplicações
mais antigas, forçavam-no a copiar o ficheiro original para a biblioteca, por isso,
esta nunca podia ocupar mais espaço do que aquele que tinha disponível no
disco, e, à medida que aumentava de tamanho, a aplicação tornava-se mais lenta.
As aplicações mais recentes permitem copiar ou mover fotografias para as
suas bibliotecas, mas também permitem referenciar fotografias que estão em
qualquer parte do seu sistema, ou armazenadas fora dele. Por exemplo, é possível
adicionar o conteúdo de um CD/DVD a uma biblioteca e voltar a arquivá-lo.
Depois, pode ver as miniaturas ou até pré-visualizações maiores das imagens,
apesar de estas não se encontrarem no sistema (off-line). Isto porque aquilo que
está a ver são as miniaturas e pré-vizualizações que foram guardadas na base de
dados quando adicionou as imagens à biblioteca.
Todas as miniaturas ou pré-vizualizações de uma biblioteca estão ligadas, ou
apontam para a sua imagem correspondente. Se clicar numa miniatura ou pré-
vizualização de uma imagem que esteja guardada no sistema, esta é aberta no
seu tamanho real. Se clicar numa miniatura de uma imagem que esteja guardada
num CD/DVD ou num disco externo, o programa indica o nome do disco no qual
a imagem está guardada.
Se a sua biblioteca crescer demasiado ou se tornar demasiado lenta, é possível
criar outras bibliotecas – uma para trabalhos profissionais e outra para pessoais,
por exemplo. Todavia, não é possível trabalhar nas duas bibliotecas ao mesmo
tempo, pelo que esta abordagem é algo limitada.
Localização
Os fotógrafos têm por hábito mover, renomear e apagar as suas fotografias.
Se efectuar estas operações através do gestor de imagens, este vai registar
correctamente essas alterações.
No Lightroom, é
possível assinalar uma Pastas Vigiadas
imagem com uma
determinada cor, e É possível manter certas pastas sob vigia, para que, quando algum ficheiro lhe
depois localizar todas for adicionado sem o uso do gestor de imagens, este seja automaticamente
as imagens que foram acrescentado à biblioteca. Assim, os conteúdos da pasta e da biblioteca mantêm-
assinaladas com a
mesma cor. se sincronizados.
Selecção
É possível seleccionar as suas imagens de variadas formas, incluindo por datas,
nomes ou extensões dos ficheiros. As selecções podem ser ordenadas de forma
crescente ou decrescente.
Classificação
Menu de selecção de Muitas vezes, as fotografias que tiramos são uma desilusão, por isso, focamos
imagens do Adobe a nossa atenção em apenas algumas imagens. Por esta razão, os programas
Lightroom. permitem a realização de uma classificação das imagens. Pode atribuir uma
classificação de 5 estrelas às melhores fotografias, 4 estrelas às imagens de
qualidade imediatamente inferior e por aí adiante. Existem outras formas de
classificar imagens, tais como adicionar marcadores que indicam as imagens
No Lightroom é possível escolhidas e as rejeitadas, ou etiquetas de cor às quais são atribuídos significados.
atribuir classificações A partir do momento em que são classificadas é possível mostrar, seleccionar ou
de 1 a 5 estrelas a uma
imagem. Quando essa pesquisar as imagens, usando estes critérios.
imagem é seleccionada,
a sua classificação é
exibida. Palavras-chave
É possível atribuir uma palavra-chave a uma ou mais imagens, para facilitar
a sua localização. Estas palavras podem referir-se a um lugar, um tópico, uma
pessoa, etc. Se usar as palavras-chave de uma forma consistente, conseguirá
encontrar facilmente todas as fotografias de “Emily”, tiradas em “Santa Bárbara”
ao longo dos anos.
Marcadores de selecção
e rejeição de imagens.
Filtros
Quando tem um elevado número de imagens na sua biblioteca, é provável
que queira trabalhar com um pequeno subconjunto. Para determinar quais
as imagens que deseja trabalhar pode usar filtros. Por exemplo, pode dizer ao
programa para mostrar apenas as imagens que foram tiradas esta semana,
este mês, ou em qualquer outro dia. Também pode escolher apenas as que
têm uma classificação de 5 estrelas, ou todas as fotografias que obtiveram uma
classificação até 3 estrelas, por exemplo. Os filtros variam de programa para
programa, mas todos têm a mesma função – filtrar as fotografias que não têm
importância, para poder concentrar-se apenas naquelas que lhe interessam.
Metadados
Quando fotografa uma determinada cena, a câmara guarda informações sobre
O cabeçalho (header) a imagem juntamente com o ficheiro. Também é possível acrescentar mais
é uma área do ficheiro
separada dos dados da informações usando aplicações de edição ou gestão de imagem. Quanto mais
imagem. extensa for a informação sobre uma determinada imagem, mais fácil será
encontrá-la mais tarde.
• A informação do tipo Exif (Exchangeable Image File Format) refere-se à
informação sobre uma imagem JPEG e é guardada no mesmo ficheiro que a
imagem em si. Esta informação inclui uma miniatura e apresenta os parâmetros
usados pela câmara na captura da fotografia, e até a localização da imagem, se
a câmara suportar um sistema GPS (Global Positioning System). As câmaras
digitais guardam esta informação como metadados, numa área do ficheiro da
imagem designada por cabeçalho (header). Esta informação não se destina
apenas à gestão de imagens, pode também ser usada por algumas impressoras
para obter melhores resultados. Basicamente, qualquer controlo automático
da câmara pode ser manipulado pela impressora, ou outro dispositivo, para
melhorar os resultados. Os ajustes manuais são considerados como uma escolha
deliberada e não serão manipulados. Ao abrir um ficheiro e guardá-lo noutro
Visualização da formato podem perder-se metadados. No entanto, actualmente, a maioria das
informação Exif de uma
imagem seleccionada no aplicações preserva esta informação, apesar dos fabricantes de câmaras por vezes
Lightroom. armazenarem secretamente metadados, que se podem eventualmente perder.
Este livro tem o apoio da 63
Capítulo 2. Fluxo de trabalho digital
Pilhas de Imagens
As pilhas de imagens são conjuntos de imagens relacionadas entre si, tais como
imagens fotografadas em modo contínuo ou onde foi usado bracketing. Ao
agrupar imagens em pilhas pode visualizar apenas a imagem que escolher como
representativa das outras, ou expandi-la para ver e comparar todas as suas
imagens.
A criação de pilhas de imagens ajudam a arrumar a desordem no seu ecrã, porque
deixa de ser obrigado a percorrer todas as imagens da pilha, a menos que tencione
fazê-lo. A aplicação usará informações (metadados), tais como o quão perto umas
Metadados IPTC de uma das outras as imagens foram tiradas, para criar pilhas automaticamente.
imagem seleccionada no
Lightroom
Mesa de Luz
Dica Quando trabalha num projecto (slide show, página Web ou publicação), chega a
Edição não um ponto em que deseja visualizar as imagens agrupadas mais ou menos da forma
destrutiva significa em que vão aparecer no trabalho final. Os fotógrafos de filme faziam-no, colocando
que é possível, em
qualquer altura, os slides numa mesa de luz, para experimentar várias combinações de imagens que
eliminar qualquer criassem efeitos visuais diferentes. Num programa de gestão de imagem, o ecrã
alteração feita a uma proporciona o equivalente digital a uma mesa de luz. Uma “tela” em branco onde é
imagem. possível, colocar, alinhar, redimensionar e agrupar imagens livremente.
Exportar
Tanto nas imagens RAW, como na edição não-destrutiva, o ficheiro original nunca
sofre alterações. Estas são aplicadas no momento em que a imagem é exportada
para outro formato, para outra pasta, ou para um ficheiro com nome diferente. Ao
exportar a imagem é possível também redimensioná-la, atribuir um espaço de cor,
especificar o formato e a compressão do ficheiro.
XMP
Os programas de fotografia mais recentes usam aquilo a que chamamos de edição
não-destrutiva, para que o ficheiro original nunca seja modificado. Assim, as
alterações feitas à imagem são guardadas na base de dados e de aplicadas apenas
quando o ficheiro é aberto.
Sempre que uma imagem editada é enviada ou copiada para outro sistema, as
alterações permanecem na base de dados. Para poder partilhá-las em conjunto
com a imagem, os programas tais como o Aperture e o Lightroom usam a
plataforma XMP (Adobe’s Extensible
Metadados Platform), de forma a integrar os metadados da edição no próprio
ficheiro da imagem, ou num ficheiro anexo, com o mesmo nome da imagem, mas
com a extensão xmp. Os metadados podem incluir a lista de alterações feitas à
imagem, bem como informações Exif e IPTC. Outras aplicações que suportem
a plataforma XMP, são capazes de aceder e usar os metadados para mostrar as
alterações em outros sistemas.
Arquivar
Quando a edição da imagem está terminada é necessário arquivar os metadados
referentes a essa imagem em conjunto com o seu ficheiro. As imagens podem ser
facilmente seleccionadas e gravadas num CD/DVD, ou num disco, permanecendo
listadas na base de dados, onde é possível ver as miniaturas, pré-visualizações e
metadados. Quando uma imagem que foi armazenada fora do sistema (off-line) é
seleccionada, o programa incita-o a inserir o disco no qual foi gravada.
Se pretender ter cópias de segurança fora do seu sistema, para que um mesmo
acidente não afecte todas as cópias da mesma imagem (incluindo a original),
o armazenamento on-line pode ser a resposta. É possível copiar imagens para
páginas Web, tais como a Carbonite e a Mozy.com. Cada uma delas instala um
pequeno programa no sistema. Cada vez que alguma imagem é alterada ou
adicionada, esta é assinalada, e a cópia de segurança é feita ao mesmo tempo de
trabalha noutros projectos. O único problema com este tipo de arquivo é que pode
ser muito lento, mesmo com uma ligação à Internet muito rápida. No entanto,
após a realização cópias de segurança mais importantes, as cópias das alterações
realizar-se-ão muito mais rapidamente.
http://www.photocourse.com/itext/hue/
http://www.photocourse.com/itext/sharpen/
Avaliar o ruído
Quando é usado um tempo de obturação muito longo, ou uma sensibilidade
(ISO) muito alta, é possível que a imagem fique com ruído. Verifique se
nas áreas escuras da imagem aparecem píxeis com cores arbitrárias, que se
parecem com o grão de uma fotografia de filme.
Edição global ou local
O ruído pode degradar Alguns dos ajustes abordados nesta secção afectam a imagem inteira, e outros
significativamente os apenas partes específicas. Estes ajustes, aos quais chamamos edição global ou
tons suaves. local, serão abordados nas secções seguintes.
68 Este livro tem o apoio da
Avaliar as suas imagens – histogramas
Mais
pixéis
Mais luminosidade
http://www.photocourse.com/itext/histogram/
Clique para explorar os
histogramas
Estas fotografias foram tiradas usando uma diferença de um stop entre elas, usando
a compensação da exposição. À medida que o valor de exposição aumenta, os píxeis
movem-se para o lado direito do histograma. É possível ver as alterações no tempo
de obturação, feitas na compensação da exposição, no movimento das lâminas da
ventoinha. A imagem em que o tempo de obturação foi mais curto, está mais escura
e as lâminas parecem paradas. À medida que se aumentou o tempo de obturação,
para aumentar o valor da exposição, as imagens vão ficando mais luminosas e é
visível o movimento das lâminas.
Amostras de histogramas
O aspecto de um histograma depende da cena fotografada e na forma de
expor. À excepção dos histogramas que mostram áreas sem informação, não
existem bons ou maus histogramas. A qualidade de um histograma depende
daquilo que pretende obter. De facto, pode preferir confiar na sua reacção
visual à imagem, em vez de na informação demasiado numérica mostrada
num histograma. No entanto, mesmo que nunca o utilize, é possível aprender
muito sobre fotografia digital, ao compreender aquilo que um histograma
pode dizer sobre uma imagem. De seguida são mostrados alguns histogramas
referentes a boas fotografias, bem como um pequeno resumo daquilo que nos
revelam.
A maioria das
tonalidades desta
imagem de uma traça
castanha colocada sobre
um cartão cinzento são
de um valor médio. É
esta a razão pela qual
existem muitas linhas
verticais agrupadas no
meio do eixo horizontal
do histograma.
Dica
Uma das melhores
qualidades do
Aperture e do
Lightroom, é a forma
como eles retêm
o seu espaço de
trabalho, quando
termina uma sessão.
Não há necessidade
de guardar o
seu trabalho. É
tudo guardado
automaticamente e,
da próxima vez que
abrir a aplicação,
tudo estará igual. Se
estiver a editar 100
fotografias para um
livro, estas estarão
todas lá, não há
necessidade de abrir
cada uma delas
antes de começar o A anatomia do Lightroom.
trabalho.
Quando abrir o Lightroom, vai reparar que este é dividido em secções.
1. O menu do topo do ecrã dá acesso a vários comandos. Os comandos mudam
consoante os módulos escolhidos.
2. O seleccionador de módulos na parte superior direita do ecrã, é onde se
seleccionam as várias opções – A opção Library (Biblioteca) serve para para
Arrastar o ponteiro
das miniaturas
importar, organizar e escolher imagens para editar, a opção Develop (Revelar),
(thumbnails), na grelha para realizar ajustes nas imagens, a opção Slideshow para criar apresentações
de visualização, ajusta o para visualizar no ecrã ou exportar para PDF, a opção Print (Imprimir) para
tamanho das imagens. ajustar as definições de impressão, e a opção Web, para criar galerias em Flash
ou HTML. No lado esquerdo do ecrã, aparece uma placa de identificação e um
monitor de progresso.
3. A área de visualização de imagens no centro do ecrã é onde são exibidas as
imagens seleccionadas em todos os módulos.
4. Os painéis à esquerda e à direita da área de visualização de imagens, contêm
ferramentas, layouts, e informações usadas no trabalho com imagens. Os
painéis disponíveis mudam consoante os módulos escolhidos, para que tenha
sempre acesso apenas às ferramentas necessárias à realização da tarefa em
Para exibir imagens
para comparação, na curso. Na maioria das situações, os painéis à esquerda mostram os conteúdos e
vista geral, deve-se os navegadores de predefinições, enquanto que os painéis à direita mostram as
clicar nas imagens e ferramentas necessárias à realização da tarefa em curso. É possível esconder ou
premir a tecla Ctrl em expandir um painel, clicando no seu cabeçalho.
simultâneo.
5. A barra de ferramentas tem botões onde pode clicar para aceder a
diferentes funções, em diferentes módulos. Pode exibir e ocultar esta barra de
ferramentas, usando a tecla T. Ao clicar na seta que aparece na parte direita
desta barra de ferramentas, nos Módulos Library (Biblioteca) e Develop
(Revelar), pode especificar quais ou botões a exibir.
7. A tira de negativos no fundo do ecrã mostra as fotos contidas numa
determinada pasta, colecções, colecções rápidas, ou conjunto de palavras-
chave, mantendo-se no mesmo lugar, mesmo quando muda de módulo. A
única forma de mudar as imagens mostradas é voltar à Biblioteca (Library).
O Módulo Library
Na primeira vez que usar o Lightroom, deverá abrir a Biblioteca e importar
Ícones usados para
mudar a área de fotografias das drives do seu sistema, ou directamente de uma câmara ou cartão
conteúdos para de memória. Tem a opção de deixar as imagens guardadas no mesmo local
grelha, lupa, vista (o que deverá fazer, quando importa fotografias de pastas guardadas no seu
geral e comparação de
imagens. sistema), ou de as mover para uma pasta específica.
A grelha de visualização ou área da imagem, tem quatro módulos, que são
acedidos através dos botões da barra de ferramentas (em baixo): grelha para as
miniaturas, lupa para ampliar a imagem e comparar duas imagens lado a lado,
e vista geral para comparar uma fotografia com um qualquer número de outras
imagens. Na grelha de visualização, as miniaturas podem ser reguladas para
vários tamanhos. Para comparar duas ou mais imagens na grelha, pode clicar
sobre as suas miniaturas e premir a tecla Ctrl em simultâneo.
Outros Módulos
Além dos módulos Library (biblioteca) e Develop (revelar) abordados
anteriormente, o Lightroom dispõe de outros módulos dedicados à produção de
imagens em vários formatos,
• A opção Slideshow permite criar apresentações para visualizar no ecrã, ou
exportar para PDF.
Os botões Sync
(sincronizar) permitem • A opção Print (imprimir) permite criar disposições de imagens seleccionadas,
copiar alterações feitas e imprimi-las.
a uma imagem ou os
seus metadados, para • A opção Web permite criar galerias HTML ou Flash, utilizando modelos
outras imagens.
fornecidos com o Lightroom.
Exportar
Quando edita imagens no Lightroom, as suas alterações não as afectam
permanentemente. No entanto, essas alterações tornam-se permanentes em
versões exportadas da imagem. Quando exporta imagens existem várias opções:
O fundo da imagem
original (à esquerda) foi
seleccionado e removido
(à direita).
Capítulo 3
Controlar a Exposição
O
controlo automático da exposição é uma das funções mais úteis de
uma câmara digital. O facto de ser a câmara a definir a exposição
enquanto o fotógrafo se concentra apenas na imagem é uma
grande vantagem. Isso é uma ajuda preciosa, sobretudo quando
fotografa cenas de acção, em que não há tempo suficiente para primeiro
avaliar o cenário e depois definir a exposição manualmente.
No entanto, não deve deixar sempre a exposição no sistema automático. Por
vezes, as condições de luz podem levar a exposição automática a produzir
imagens subexpostas (demasiado escuras) ou subreexpostas (demasiado
claras). Mesmo que possa fazer ajustes a uma imagem mal exposta num
programa de edição fotográfica, há informação nas sombras e nas altas
luzes que perdeu à partida e não poderá recuperar. Em algumas situações,
o melhor é deixar de parte o sistema de exposição automática na altura em
que tira a fotografia, sobretudo em ambientes com uma luz interessante
e invulgar. Por exemplo, terá de tomar o controlo quando fotografa em
contraluz, capta um pôr-do-sol cheio de cor, uma paisagem coberta de neve
ou regista a ambiente melancólico e escuro de uma floresta. Neste capítulo
vai aprender a utilizar os controlos da sua câmara para conseguir a exposição
que pretende.
A importância da Exposição
Nesta imagem há
detalhes nas sombras
mais intensas. O
pequeno quadrado preto
foi criado para que
tenha uma referência do
efeito do preto puro na
imagem.
Nos primórdios da
fotografia, inseria-
se uma lâmina/placa
(chamada waterhouse
stop) numa ranhura
da objectiva. A escolha
de uma abertura
correspondia á escolha
de um número/ f
actualmente. A tampa
da objectiva era
removida e colocada
novamente para iniciar
e terminar a exposição
– esta era uma versão
primitiva do obturador.
Esta câmara clássica
está rodeada por
aberturas (waterhouse
stops) e encostada a
ela está a tampa da
objectiva (obturador).
Umas velocidade do
obturador mais rápida
congelou o movimento
giratório das lâminas
do moinho de vento
(à direita) e uma mais
lenta arrastou o as
mesmas (á esquerda).
Modos de Exposição
http://www.photocourse.com/itext/speedseries/
Dicas
• Dependendo da luz
disponível, pode ter
acesso a apenas a
algumas velocidades
de obturador da
câmara. Para poder
utilizar velocidades
mais rápidas,
aumente o ISO.
Para fotografar com
velocidades mais
lentas use um filtro
de densidade neutra.
• O termo “stop”
remonta aos
primórdios da
fotografia. Quando Além de controlar a exposição, a velocidade do obturador é o controlo mais
havia demasiada importante sobre a quantidade de movimento captada numa fotografia.
luz, as lâminas Quanto mais tempo o obturador estiver aberto, mais o movimento do assunto
com aberturas
eram inseridas nas ficará arrastado e desfocado. No entanto isso significa também que a maior
objectivas para é probabilidade de a obter fotografias tremidas devido à oscilação câmara.
impedir que parte da Apesar de normalmente ser preferível evitar o desfoco nas suas imagens, por
luz entrasse.
vezes pode querer utilizá-lo criativamente.
Com velocidades de
obturador lentas,
sobretudo com câmaras
de apontar-e-disparar,
o ruído pode aparecer
e degradar os tons da
imagem.
Velocidades do Obturador
1 0”8 0”6
0”7
1/2 0”4 0”3
0”3
1/4 1/5 1/6
1/6
1/8 1/10 1/13 Velocidades do Obturador
1/10 Apesar de as câmaras digitais poderem definir qualquer fracção de segundo
1/15 1/20 1/25 para uma exposição, há uma série de parâmetros tradicionalmente utilizados
1/20 quando é o próprio fotógrafo a defini-las (o que não é possível fazer na maioria
1/30 1/40 1/50
das câmaras de apontar-e-disparar). Estas definições da velocidade do obturador
– chamadas “stops” – estão dispostas numa sequência, em que cada uma delas
1/45
permite a entrada de metade da luz da definição seguinte (quando se trata de
1/60 1/80 1/100
uma velocidade superior) e o dobro (quando se trata da próxima mais lenta).
1/90
Algumas das velocidade do obturador mais vulgares são apresentadas na
1/125 1/160 1/200 primeira coluna da tabela à esquerda, embora algumas câmaras tenham em
1/180 simultâneo velocidades mais rápidas e mais lentas.
1/250 1/320 1/400
• As velocidades inferiores a 1 segundo são fracções de segundo e muitas câmaras
1/350
apresentam-nas sem o numerador. Por exemplo, ½ de segundo aparece como 2.
1/500 1/640 1/800
1/750
• As velocidades de 1 segundo ou superiores são valores inteiros e muitas
câmaras apresentam-nas com o sinal indicativo de aspas ou de polegadas (“). Por
1/1000
exemplo, 2 segundos são apresentados como 2”.
Tipos de Obturadores
Há três diferentes tipos de obturadores utilizados em câmaras digitais
– de lâminas, electrónicos e de plano focal ou de cortinas. Os obturadores
Um obturador de de lâmina e de plano focal/de cortinas são mecânicos e têm partes movíveis
lâminas. – lâminas ou cortinas.
• Os obturadores de lâminas, únicos ou combinados com um obturador
http://www.photocourse.com/itext/G-shutters/
electrónico, são utilizados em algumas câmaras de apontar-e-disparar. Em
algumas câmaras baratas, o obturador também funciona como o diafragma
variando a sua abertura.
• Os obturadores electrónicos limitam-se a ligar e a desligar o sensor
para captar a exposição. É como ligar um aspirador para começar a juntar
o pó e desligá-lo para parar. Podemos encontrar estes obturadores nas
câmaras mais baratas, mas também, ironicamente, nas mais caras. Quando
concebidos com rigor podem ser excepcionalmente exactos.
• Os obturadores de plano focal ou de cortina, que encontramos em
todas as reflex digitais, abrem uma cortina para começar uma exposição
e fecham outra para a terminar. Nas câmaras mais recentes as cortinas
correm na vertical. Isso torna-as mais rápidas que as cortinas mais antigas
que corriam na horizontal, porque têm uma distância menos para percorrer.
Estas velocidades mais rápidas tornam possível utilizar velocidades de
sincronização do flash mais rápidas.
Com velocidades
de obturação mais
lentas (no topo) a
primeira cortina abre
completamente para
expor o sensor antes
que a segunda cortina
feche para terminar.
Com uma velocidade Shutter
do obturador mais
rápida (fila de baixo), Speed Readout
a segunda cortina
começa a fechar 30 seconds 30”
antes da primeira
estar completamente 4 seconds 4”
aberta, por isso há uma
abertura entre as duas 2 seconds 2”
cortinas a passar ao
longo do sensor. 1/2 second 2
1/4 second 4
1/30 second 30
O diâmetro da abertura pode ser ajustado para controlar o brilho da luz que
atinge o sensor da imagem. A abertura pode ser aumentada para permitir
a entrada de uma maior quantidade de luz, ou fechada para deixar entrar
menos luz. Quando se trata de exposição propriamente dita, as aberturas
mais pequenas deixam entrar menos luz para o sensor, logo, as imagens
ficam mais escuras. As aberturas maiores deixam passar mais luz, por isso, a
imagem fica mais clara.
http://www.photocourse.com/itext/DOF/
Clique para ver como
a abertura afecta a
profundidade de campo.
Dica
Consoante a luz
disponível, pode ter
acesso a apenas
algumas aberturas
da câmara. Para
utilizar aberturas
mais pequenas,
aumente o ISO.
Para fotografar com
aberturas maiores,
use um filtro de
densidade neutra.
As definições de abertura designam-se por números/f e indicam o diâmetro
da abertura. Cada número/f deixa passar metade da luz da maior abertura
seguinte e o dobro da anterior (menor). Desde a maior abertura possível até
à mais pequena, os números/f normalmente incluem os valores apresentados
na primeira coluna da tabela apresentada à esquerda, com as larguras
Aberturas maiores no topo. Nenhuma objectiva oferece a gama total; por exemplo, as
f/1.4 f/1.6 f/1.7
objectivas standard de uma câmara digital costumam ter uma gama de f/2 a
f/16. Lembre-se que à medida que o número/f se torna maior (f/8 para f/11,
f/1.8
por exemplo), o diâmetro da abertura torna-se mais pequeno. Isto pode ser
f/2.0 f/2.2 f/2.5
mais facilmente relembrado se pensar nos números/f como uma fracção:
f/2.6
1/11 é menor que 1/8, logo o diâmetro de uma abertura f/11 numa objectiva
f/2.8 f/3.2 f/3.5 é menor que o de uma abertura f/8. Muitas câmaras avançadas oferecem um
f/3.5 ou dois parâmetros entre as aberturas tradicionais. Na tabela à esquerda são
f/4.0 f/4.5 f/5.0 apresentados valores de um meio e um terço dos números/f (na segunda e
f/4.5 terceira coluna, respectivamente).
f/5.6 f/6.3 f/7.1 O maior diâmetro que pode utilizar depende da abertura máxima da objectiva
f/6.7 – a maior abertura. O termo “objectiva rápida ou luminosa” é normalmente
f/8.0 f/9.0 f/10 aplicado a modelos que podem utilizar uma abertura máxima grande. Por
f/9.5 exemplo, uma objectiva cuja máxima abertura é f/1.8 será mais rápida ou
f/11 f/13 f/14 luminosa que uma cuja abertura máxima seja f/2.6. As objectivas mais
f/13 luminosas são adequadas para fotografar com pouca luz ou para assuntos em
f/16 f/18 f/20
rápido movimento. Com a maior parte, mas não todas, as objectivas zoom
a abertura máxima muda à medida que altera a distância focal. Ela será
f/19
maior nas definições de grande-angular e mais pequena nas definições de
f/22
teleobjectiva, quando utiliza o zoom para aproximar o assunto.
96 Este livro tem o apoio da
Utilizar a Velocidade do Obturador e a Abertura em simultâneo
http://www.photocourse.com/itext/seesaw/
Exposição – A analogia do baloiço
Outra das formas de pensar na exposição é compará-la a um baloiço.
Enquanto uma criança sobe determinada distância, a outra desce uma
distância igual, mas a distância média ao chão de ambas permanece a
mesma. Em fotografia, quando o fotógrafo ou a câmara altera a abertura ou
a velocidade do obturador para deixar entrar mais ou menos luz, o outro
parâmetro terá de ser ajustado na direcção oposta, para manter a exposição
constante. A ilustração abaixo mostra de que forma uma alteração da
abertura tem de ser compensada com uma alteração da velocidade e vice-
versa. Quando estas alterações de compensação são aplicadas a exposição
mantém-se, mas a profundidade de campo muda ligeiramente e os assuntos
estão mais ou menos expostos ao desfoco por movimento.
1. Aqui a abertura a
abertura é de f/4 e a
velocidade do obturador
de 1/25 seg.
2. Se reduzir a abertura
em um incremento,
para f/5.6, a velocidade
do obturador também
tem de diminuir em um
incremento, para 1/60
seg., para manter a
mesma exposição.
3. Se reduzir a
abertura em mais
um incremento, para
f/8, a velocidade do
obturador também tem
de diminuir em mais um
incremento, para 1/30
seg., para manter a
mesma exposição.
Os sistemas de exposição das câmaras digitais funcionam todos com base nos
http://www.photocourse.com/itext/frostedglass/
mesmos princípios gerais. O fotómetro mede continuamente a luz reflectida
pelo assunto e utiliza essa medição quando o botão do obturador é premido
até meio para calcular e definir a abertura e a velocidade do obturador.
O fotómetro da sua câmara mede, em parte ou na íntegra, a luz reflectida pela
área da cena enquadrada no visor ou no ecrã. A cobertura do fotómetro (a
quantidade da cena que é incluída na sua medição) muda em concordância
com as alterações do enquadramento consoante altera a sua distância ao
assunto ou define uma distância focal diferente na objectiva. Supondo que
se acerca do assunto ou o aproxima através do zoom para enquadrar apenas
um detalhe no visor, esse pode ser mais escuro ou mais luminoso que outros
assuntos à volta. As definições da abertura e da velocidade do obturador
sugeridas para os detalhes e para a cena em geral serão diferentes.
Cada cena que fotografa assemelha-se um pouco ao que acontece com o padrão
quadriculado desta construção (à esquerda), mas talvez mais complexa. Algumas
partes de uma cena são completamente pretas, brancas ou de qualquer um dos
tons possíveis entre estes extremos. O fotómetro e os controlos do sistema de
exposição da câmara não podem “pensar”. Indiferentes à cena propriamente
dita, ao seu assunto fotográfico, cor, brilho, ou composição, o fotómetro tem
apenas uma função – ele mede a luminosidade geral, ou o quão clara ou escura é
uma cena. Depois, o sistema de exposição automática calcula e define a abertura
Ao posso que nós e a velocidade do obturador para transformar esse nível de brilho num “cinzento
vemos um padrão médio” na fotografia. Na maioria das situações isso funciona bem, pois, grande
quadriculado (no topo), parte das cenas têm uma luminosidade média correspondente a um cinzento
a câmara reconhece
apenas uma média de médio. Mas em algumas cenas e situações não isso não acontece e aí a exposição
tons cinzentos (em automática pode deixá-lo ficar mal. Vamos ver porquê.
baixo).
A maioria das cenas são formadas por uma gama continua de tons, desde preto
puro numa das extremidades, até branco puro na outra – a escala de cinzentos.
Quando fotografa em JPEG há 256 tons na escala (28) e quando capta imagens
em RAW há mais de 65 536 (216). O tom situado no centro destas gamas é o
cinzento médio, que reflecte exactamente 18% da luz que incide sobre ele.
A escala de cinzentos
captada nesta imagem
corresponde a uma
gama de tons desde
preto puro até branco
puro.
Tipos de Medição
Nem todas as áreas de uma cena são igualmente indicadas para determinar
a melhor exposição para a sua imagem. Numa paisagem, por exemplo, a
exposição do plano de fundo normalmente é mais importante que a exposição
do céu. Por este motivo, algumas câmaras oferecem mais que um método de
medição, incluindo os seguintes:
• A medição Matricial, por vezes chamada avaliativa, divide as áreas da
imagem numa grelha e compara o padrão de medição com uma série de
cenas típicas para seleccionar a melhor exposição possível par a imagem em
questão. Este modo muitas vezes está programado para ignorar algumas
secções da grelha, como os reflexos de um espelho, que de outra forma
poderiam “enganar” o fotómetro.
• A medição Ponderada ao Centro avalia a imagem na íntegra, mas dá maior
importância ao centro do fotograma, onde normalmente estão os objectos
principais.
• A medição Pontual, ou parcial, avalia apenas uma pequena área da cena.
Os modos de medição Isto permite-lhe basear a sua exposição numa zona específica da cena, em
incluem a Matricial (em vez de fazer uma leitura geral. Este modo é o ideal para fotografar assuntos
cima), Ponderada ao
Centro (ao centro) e contra fundos claros ou escuros. Em algumas câmaras o ponto de medição
Pontual (em baixo). Os encontra-se no centro do visor ou do monitor. Noutras pode deslocá-lo por
pequenos quadrados outras áreas da cena.
representam as áreas
de foco que pode • A medição Pontual AF utiliza para a medição a mesma área que seleccionou
escolher.
para a focagem. Uma vez que muitas câmaras avançadas permitem escolher
uma de entre várias áreas de focagem, isto dá-lhe a possibilidade de definir a
leitura da exposição e o foco para um assunto descentrado.
A medição centrada pode causar alguns problemas. Por exemplo, um objecto
escuro colocado descentradamente sobre um fundo muito luminosos pode
não ficar bem exposto, porque a sua localização não corresponde com a
área que o fotómetro está a enfatizar. Ou, em alguns casos, quando utiliza a
câmara na vertical, o fotómetro pode dar mais ênfase apenas a uma parte da
imagem. Estas situações não são comuns, mas quando ocorrem pode utilizar
o bloqueador ou as compensações da exposição para conseguir uma boa
Controlando a leitura,
a exposição desta cena leitura. Estas técnicas serão abordadas neste capítulo.
centrou-se no aquário e
por isso as pessoas no
primeiro plano ficaram
subexpostas.
Cartões Cinzentos
Tendo em conta que o sistema de exposição foi concebido para definir
a exposição de forma a captar um cinzento médio (Zona V), em muitas
situações, é possível conseguir exposições perfeitas utilizando um cartão
cinzento. Quando preenche o enquadramento ou utiliza a medição pontual
com um destes cartões e prime o obturador até meio, a sua câmara irá indicar
a melhor exposição sem ter em consideração o quão clara ou escura é a cena.
Depois, pode utilizar o bloqueador da exposição (AE Lock) para capturar a
imagem com estas definições.
Quando preenche o
visor ou as áreas de
medição com um cartão
cinzento e prime o
obturador até meio,
a câmara indica a
melhor exposição, sem
considerar o quão clara
ou escura é a cena.
A maioria das cenas que fotografa têm uma luminosidade geral de cinzento
médio. Algumas áreas da cena podem reflectir 90% da luz e outras 5%, mas
no geral a quantidade média de luz reflectida pela cena é 18% - o equivalente
à reflectida por um motivo cinzento médio.
Sempre que fotografa uma cena normal com esta luminosidade geral, o seu
sistema de exposição automática expõem-nas correctamente. Entre as cenas
de cinzento médio mais comuns estão:
• Cenas em dias de sol forte cuja luz está por trás de si quando está voltado
para a cena.
• Cenas em dias nublados ou sob luz difusa, como à sombra ou em exteriores
com luz uniformemente distribuída.
Esta paisagem, do
Canyon de Chelly, foi
captada numa manhã
nublada utilizando a
exposição automática.
Nem todas as cenas perfazem uma média de cinzento médio. Vamos ver
algumas das situações mais comuns em que o seu sistema de medição
automática pode ter problemas e terá de pôr de parte as definições de
exposição indicadas.
Um assunto
relativamente pequeno
contra uma grande
extensão de céu, na
maioria das vezes
ficará subexposto,
a menos que utilize
as compensações da
exposição.
Quando uma cena é mais escura ou mais clara que um cinzento médio é
necessário ajustar a exposição para captar a cena de forma realística. Para
isso, os modos de exposição automática de muitas câmaras permitem
aumentar ou diminuir a exposição em dois incrementos ou mais. Aqui
apresentamos as definições mais comuns.
• +2 é utilizado quando a luz é extremamente contrastada e as áreas de
sombra mais importantes são demasiado escura relativamente às áreas mais
iluminadas.
• +1 é o mais apropriado para assuntos com luz lateral ou em contraluz, cenas
de praia ou neve e para o pôr-do-sol ou outras situações que incluam uma
fonte de luz intensa. É também o ideal para objectos muito luminosos.
Uma subexposição
de dois incrementos • 0 (o valor predefinido) é mais indicado para cenas uniformemente
manteve o fundo escuro iluminadas e quando as áreas de sombra importantes não são muito mais
e expos correctamente escuras que as áreas luminosas.
as áreas iluminadas
pelo projector. • -1 deve ser utilizado quando o fundo é bastante mais escuro que o assunto,
como em cenas nocturnas, ou retratos em frente a uma parede muito escura.
• -2 é aplicado a cenas com contraste invulgar, como em cenas nocturna
em que um fundo extremamente escuro ocupa grande parte da imagem e
importa reter os detalhes das áreas mais luminosas.
1. Estes três cartões
foram enquadrados de
forma a preencher o
visor quando a foto foi
captada.
2. O sistema de
exposição da câmara
fez com que todos os
cartões aparecessem
a cinzento na
fotografia. Apenas
o cartão cinzento
médio, ao centro, está
correctamente exposto.
3. Aumentando a
exposição do cartão
branco e diminuindo
a do cartão preto
permitiu captá-los
+2 0
de forma realística.
Para o cartão cinzento
médio, ao centro, não
foi necessário qualquer
-2
ajuste manual.
+ Escuro + Claro
O histograma à
esquerda mostra
que a imagem está
sobreexposta e os
píxeis na extremidade
direita (as altas
luzes) estão sem
informação. A utilização
da compensação da
exposição na captura
da imagem deslocou
o histograma para a
esquerda (em baixo, à
esquerda). Com este
ajuste os detalhes das
sombras e das altas
luzes foram registados.
1. Aponte a câmara
para a área onde quer
fazer a leitura – neste
caso ela está no centro.
Prima o obturador até
meio para bloquear a
exposição e o foco.
Se a imagem fosse
captada sem antes
bloquear a exposição,
ficaria demasiado
escura, porque o
fundo influenciaria a
exposição.
Algumas câmaras
permitem seleccionar
o número de disparos
e o incremento de
exposição entre
cada uma delas.
Aqui, a escala não
tem bracketing (em
cima), e, nas imagens
seguintes, está
definida para um, dois
e três incrementos
de diferença entre as
exposições.
Capítulo 4
Controlar a Nitidez
U
ma das primeiras coisas que repara imediatamente numa
fotografia é se ela está ou não nítida. As fotografias muito nítidas
revelam detalhes ainda mais ricos que aqueles que poderia notar
na cena original. Se a imagem não estiver toda nítida, o olhar
do observador é imediatamente conduzido para a área que está. Se as suas
imagens não estiveram tão nítidas quanto gostaria, pode analisá-las para
identificar o que está mal.
• Foco. Se a imagem parecer completamente suavizada, ou se o assunto
principal estiver desfocado mas as outras partes da imagem nítidas, a
focagem da câmara estava incorrecta ou provavelmente estava demasiado
próximo do motivo principal.
• Profundidade de campo. Se a área central da imagem estiver mais nítida do que
o fundo ou do que o primeiro plano não, não tem profundidade de campo suficiente.
• Movimento da câmara. Se a imagem está toda tremida e desfocada, sem
qualquer área nítida, a câmara oscilou durante a exposição. Alguns pontos
aparecem como linhas e os contornos não estão definidos
• Movimento do assunto. Quando parte da imagem está nítida mas um objecto em
movimento aparece desfocado, a velocidade do obturador estava demasiado lenta.
Neste capítulo vamos ver como assegurar que as suas imagens ficam nítidas,
quando assim o pretende, e como usar criativamente o desfoco.
http://www.photocourse.com/itext/tripods/tripods.pdf
Quando o obturador está aberto, o movimento indesejado da câmara é uma das
principais causas das fotografias desfocadas. Com luz brilhante e quando utiliza
o flash, pode reduzir este problema bastando para tal segurar a câmara com
firmeza e premir o botão do obturador com suavidade – mantendo-o a meio
curso enquanto o foco se fixa. Com velocidade de obturação mais lentas, como
as que utiliza com luz escassa, sobretudo com objectivas longas ou com uma
aproximação do assunto com o zoom, precisa de um suporte para a câmara.
A câmara estava fixa
na foto à esquerda e
em movimento na da
direita.
Segurar a câmara
Á medida que aproxima um assunto com o zoom, aumenta a distância focal
da objectiva. Ao recuar o zoom, ela diminui. Numa câmara reflex pode fazer o
mesmo optando por uma teleobjectiva ou por uma objectiva grande-angular.
Prima o obturador muito Á medida que a distância focal da objectiva muda, o mesmo acontece com a
suavemente – nunca velocidade do obturador mínima para conseguir uma imagem nítida quando
com demasiada força. segura a câmara à mão. A regra é nunca fotografar com a câmara na mão
Pare quando carrega
até meio até que o foco com uma velocidade menor que a sua distância focal. Por exemplo, com uma
se fixe. objectiva de 35 mm pode utilizar uma velocidade de 1/50 seg. Com uma 200 mm
deve aumentar a velocidade para, no mínimo, 1/250 seg.
Quando capta uma imagem sem um apoio, encoste bem a câmara ao rosto. No
momento imediatamente anterior a tirar a foto inspire profundamente, depois
expire e sustenha a respiração enquanto prime suavemente o obturador.
DICA
As câmaras reflex
digitais têm um Apoiar a câmara
espelho que levanta Em situações de pouca luz, quando não utiliza o flash, precisa de apoiar a câmara
para que a luz atinja
o sensor quando
para evitar o desfoco nas suas imagens. Uma forma de o fazer é encostar-se
capta a imagem. a uma parede ou a uma árvore e apoiar os cotovelos ao corpo. Pode também
Por muito leve que utilizar uma mesa, um tronco ou um muro para colocar a câmara. Para uma
seja o espelho, pode estabilidade maior, muitas câmaras têm um encaixe que permite colocá-las num
provocar vibrações
quando levanta. Par tripé quando quer imagens mais nítidas.
evitar isso, algumas
câmaras têm uma
função de bloqueio Utilizar o temporizador ou o controlo remoto
do espelho.
Praticamente todas as câmaras digitais têm um temporizador e algumas um
controlo remoto. Apesar de ser muito utilizado para permitir que o fotógrafo
fique também na fotografia, o temporizador é uma excelente forma de reduzir
o desfoco em situações de luz fraca. Coloque a câmara numa superfície firme,
enquadre a imagem e utilize o temporizador ou o disparador remoto para captar
a foto. Não permaneça em frente à câmara quando carrega no obturador para
começar a contagem. Se o fizer, pode impedir a câmara de focar correctamente.
Se utilizar o temporizador para um auto-retrato, aponte-a para algo que esteja
à mesma distância que ficará quando se colocar na posição certa e prima o
Um ícone do
temporizador. obturador para focar e activar o temporizador.
Há muitas situações
em que pode encontrar
suportes no ambiente
que o rodeia. Apoie-
se numa parede ou
numa árvore, com os
cotovelos encostados
ao corpo. Pode ainda
procurar um tronco,
um muro, uma mesa
ou outra superfície para
colocar a câmara.
Estabilização de Imagem
A estabilização de
imagem da Nikon,
chamada VR, de
Vibration Reduccion
(redução da vibração),
e o sistema IS da Canon
fazem oscilar um grupo
dentro da objectiva,
para contrariar o
movimento da câmara.
Há filmes de várias
sensibilidades ISO,
como este de ISSO 100
e 800, da Samsung.
As suas fotos nem sempre têm de ser nítidas para serem eficazes. Em
muitos caso, o melhor é ter uma área da imagem mais nítida que as outras.
A sua fotografia pode ter vários tipos de nitidez e desfoco. O primeiro está
relacionado com a forma como o movimento é transmitido e é determinado
por factores como a sensibilidade do sensor da imagem, a luminosidade
geral da cena, a distância focal da objectiva, bem como a velocidade,
direcção e distância a que está o assunto. Um outro tipo está relacionado
com profundidade de campo, que define que quantidade da imagem, desde
o primeiro plano até ao plano de fundo, ficará focada. Mesmo que esteja a
fotografar uma cena estática, parte da imagem pode não ficar nítida se não
tiver profundidade de campo suficiente. No entanto, uma profundidade
de campo limitada pode fazer com que um fundo confuso se torne menos
distractivo, colocando-o fora de foco.
Numa cena, o
movimento pode
ser arrastado ou
desfocado dependendo
da velocidade do
obturador, entre
outros factores. A falta
de nitidez pode ser
utilizada criativamente
para dar expressão ao
movimento, como nesta
foto de uma queda
de água, no Yosemite
National Park.
Uma profundidade de
campo reduzida permite
chamar a atenção do
observador para o
assunto em primeiro
plano, mantendo o
fundo pouco definido.
Direcção do Movimento
Quando o obturador está aberto, um assunto que se mova paralelamente ao
sensor da imagem irá passar por mais píxeis do sensor e por isso ficar mais
desfocado do que um motivo que se mova na direcção ou na direcção oposta da
câmara. É por essa razão que é possível utilizar uma velocidade mais lenta para
Foi utilizada uma os assuntos que se dirijam ou afastem da câmara do que para os assuntos que
velocidade do obturador
alta para congelar este percorram a cena de um lado ao outro – estes ficarão mais desfocado se utilizar
salto da Emily. as mesmas definições
http://www.photocourse.com/itext/distance/
Distância ao Assunto e Distância Focal das Objectivas
http://www.photocourse.com/itext/distance/
Se o assunto estiver próximo da câmara, o mais pequeno movimento é o suficiente
para causar desfoco. Um motivo – ou parte dele – longe da câmara pode deslocar-
se consideravelmente antes que a imagem no sensor se mova muito. A distância
focal das objectivas também influi sobre isso porque determina a distância
aparente a que está o assunto. Aumentar a distância focal da sua objectiva – para,
por exemplo, aproximar o motivo com o zoom – produz o mesmo efeito dos
assuntos próximos. Quanto mais aproximar um assunto com o zoom, menos ele
terá de se deslocar para que o movimento da imagem no sensor seja o suficiente
para a imagem ficar desfocada. Para ver os efeitos da distância no desfoco da
imagem, olhe pela janela de um carro em alta velocidade (mas não quando está
A velocidade do
a conduzir). Os objectos do primeiro plano parecem voar ao passo que os do
obturador necessária horizonte não parecem mexer-se.
para controlar a
nitidez de um objecto Velocidade Rápida Lenta
em movimento é do Obturador
determinada pela
velocidade do assunto, Necessária
pela direcção do
movimento e pela
distância.
http://www.photocourse.com/itext/shutterspeed/
Velocidade do
Assunto
Direcção do
Movimento
Nesta imagem de
um comboio a alta
velocidade, as áreas
mais próximas da
câmara são as mais Distância Focal
desfocadas, ao passo da Objectiva
que as áreas mais e Distância ao
distantes parecem
mais nítidas. Uma vez Assunto
que todo o comboio
se desloca à mesma
velocidade, a foto
mostra em que medida
a distância afecta o Para aumentar a nitidez de assuntos em movimento, aqui estão algumas
desfoco.
coisas que pode fazer:
• Fotografar assuntos em rápido movimento que se desloquem na sua ou na
direcção oposta.
• Deslocar-se para longe do assunto ou utilizar uma objectiva de distância
focal abrangente.
• Optar pelo modo de Prioridade ao Obturador e escolher uma velocidade
rápida, como 1/500 seg.
• Aumentar o ISO, mas isso faz aparecer algum ruído na imagem.
O foco é apenas um dos factores que afectam a nitidez das suas imagens,
mas é fundamental, já que determinar que áreas da imagem ficarão mais
nítidas. Para perceber como, imagine a área da cena que foca como um plano
horizontal, semelhante a um vidro, que atravessa a imagem de um lado ao
outro e que fica paralelo à superfície frontal do sensor da imagem – chamado
plano do filme. As áreas dos objectos interceptadas por este plano imaginário
serão abrangidas pelo foco principal - as áreas mais nítidas da fotografia.
O plano de foco principal é pouco profundo e inclui apenas as partes da
cena que estão à mesma distância da câmara. Quando foca, manual ou
automaticamente, objectos mais próximos ou mais afastados, o plano focal
move-se em concordância. Consoante o plano muda, os objectos a diferentes
distâncias da câmara podem ficar focados ou fora de foco. Nas câmaras
reflex, o plano de foco principal corresponde ao que normalmente aparece
mais nítido no visor ou coincide com a área de foco activa.
A
Aqui, o plano de foco
principal mudou da
águia (em cima) para a
rede (em baixo).
http://www.photocourse.com/itext/criticalfocus/
Clique para ver como a
focagem altera o plano
de foco principal.
Imagine a área da cena para onde definiu o foco (A) como um plano horizontal,
semelhante a um vidro, paralelo ao sensor da imagem. Os objectos que coincidam
com este plano imaginário estarão no foco principal e serão as áreas mais nítidas
da sua imagem. Este plano de foco principal tem muito pouca profundidade e inclui
apenas as áreas da cena localizada a uma distância idêntica da câmara.
Algumas câmaras
permitem mover a
área de foco pelo ecrã.
Pode também ser
possível fazer coincidir a
medição Pontual com a
área de focagem.
Foco – Técnicas
As câmaras podem ter quatro tipos de foco – Foco Automático, Foco Manual, Foco
Fixo e selecção de modos de Cena.
Autofoco
O sistema de autofoco (AF) de uma câmara ajusta automaticamente o foco para que
a área central do visor, ou a área coberta pela área de foco activa, pareçam muito
nítidas. Quando prime o botão do obturador até meio e o foco se fixa pode acender-
se a luz verde do autofoco no ,ou perto do visor. A área utilizada para o foco pode
piscar ou mudar de cor e a câmara pode emitir um sinal sonoro.
Quando opta pelo autofoco, o plano de foco principal da imagem será o que estiver
coberto pela área de foco activa. A maior dificuldade do foco automático é fixar-
se no lado direito da cena. Se o assunto principal for muito pequeno ou estiver
descentrado, a câmara pode focar para o fundo. Se houver mais do que um item na
cena, o ponto de foco pode não ser o pretendido. Se a câmara tiver múltiplas áreas de
focagem, experimente seleccionar apenas a do centro para saber exactamente onde é
que a câmara está a focar.
Se tiver dificuldade em focar, certifique-se em primeiro lugar que não está
demasiado próximo do assunto, já que todas as objectivas têm uma distância de
focagem mínima. Depois, verifique se está no modo Macro está ou não activo e se é
isso que pretende (é fácil esquecer-se que essa opção está activa). O autofoco também
costuma ter dificuldades com:
• Cenas com pouco contraste.
• Quando o assunto que está na área de foco é mais luminoso que o resto da imagem.
• Quando um objecto está mal iluminado.
• Quando tanto os objectos próximos como os mais distante coincidem com a área de
foco.
Algumas câmaras
• Quando o assunto está em movimento.
mostram mais do
que uma área de
Se a câmara não conseguir focar, em alguns casos emite um sinal sonoro ou
foco no visor. Aqui, luminoso (luz a piscar). Se isso acontecer, use o foco Manual ou a função de bloqueio
estão indicadas cinco de mesmo.
áreas por parêntesis
rectos. Desta forma Uma vez que a focagem é tão importante, muitas câmaras têm várias opções de
pode seleccionar focagem, incluindo as seguinte:
manualmente qual a
área a utilizar para focar • AF Único. Foca apenas quando prime o botão do obturador até meio.
a câmara.
• AF Contínuo. Mantém sempre a câmara focada.
• Foco Servo. Normalmente, quando prime o botão do obturador até meio, o foco
fica bloqueado. Se o objecto se deslocar na direcção ou no sentido oposto da câmara
http://www.photocourse.com/itext/servofocus/
fica fora da área de foco principal. Se a sua câmara tiver o modo de foco Servo, um
Clique para explorar o assunto em movimento permanece focado desde que coincida com uma das áreas
efeito do modo de foco AF e o botão do obturador continue premido até meio. Este modo é óptimo para
Servo.
desportos e fotografia de natureza, ou qualquer situação que envolva fotografar
assuntos em movimento.
• Foco de Seguimento (Predictive). É uma extensão do modo Servo e encontra-
se em algumas câmaras reflex avançadas. Quando um assunto se move na direcção
ou para longe da câmara, numa proporção constante, ela prevê onde o motivo estará
quando o obturador abrir. Esta é opção ideal para fotografar eventos desportivos,
ou outras situações em que o assunto se desloque rapidamente, como quando uma
criança a correr na sua direcção.
122 Este livro tem o apoio da
Foco – Técnicas
2. Sem soltar o
botão do obturador,
componha a imagem da
forma que quer e prima
completamente o botão
para captá-la. Se isso
não tivesse sido feito
nesta imagem a câmara
teria focado a parede.
Profundidade de Campo
As reflex digitais adoptam a abertura máxima para que o visor fique mais
luminoso quando compõe a imagem. Quando prime o botão do obturador até
meio a abertura é alterada para a que será usada na exposição. Para verificar
a profundidade de campo algumas câmaras têm um botão de antevisão. Ao
Normalmente o
diafragma está premir este botão a abertura da objectiva é fechada para o número/f que
completamente aberto seleccionou, para que através do visor possa ter uma ideia do que ficará ou
para compor a imagem não nítido. No entanto, quando utiliza aberturas pequenas a imagem no visor
(em cima) e fecha
quando tira a fotografia é muito escura. Quando a abertura máxima é seleccionada, como acontece
(em baixo). frequentemente em ambientes com pouca luz, não verá diferenças.
Círculos de Confusão
Quando é utilizada uma abertura grande (em cima), o cone de luz é mais largo e os
círculos de confusão rapidamente aumentam, tornando a profundidade de campo
limitada. As aberturas mais pequenas (em baixo) formam cones mais estreitos por
isso, os círculos não aumentam tanto e a profundidade de campo é maior.
Aqui foi utilizada a Para controlar a profundidade de campo, tem de considerar três factores.
maior profundidade de
campo possível para • O diâmetro da abertura. Quanto mais pequena for a abertura, maior será a
manter tudo nítido, profundidade de campo; e quanto maior a abertura, menor ela será.
desde a parte da frente
do avião até ao plano • Distância da câmara ao assunto. Á medida que se afasta de um assunto
de fundo. para focá-lo, aumenta a profundidade de campo; e á medida que se aproxima,
diminui.
• Distância focal da objectiva. Utilizar uma objectiva grande-angular ou
afastar o assunto utilizando o zoom, aumenta a profundidade de campo; e utilizar
uma objectiva longa ou aproximar o assunto com o zoom, diminui-a.
Cada um destes três factores afecta por si só a profundidade de campo, mas o seu
efeito será maior se os combinar. Pode conseguir a menor profundidade de campo
com uma teleobjectiva, quando está próximo do assunto, utilizando a abertura
máxima; ou a maior profundidade de campo, quando está afastado do assunto,
com a objectiva definida para grande-angular, com a abertura mínima.
http://www.photocourse.com/itext/DOF/
Abertura
Clique para ver como
a abertura influencia a
profundidade de campo.
Distância da
câmara ao
assunto
Aqui, a profundidade
de campo da câmara
foi definida de forma
Distância
a manter apenas o focal
pássaro focado. As
partes da imagem
mais próximas e mais
afastadas da câmara
tornaram-se cada vez
menos focadas.
As marcas de
profundidade de campo
de uma objectiva Leica.
Uma profundidade de campo limitada, por vezes referida como foco selectivo, é
http://www.photocourse.com/itext/selectfocus/
ideal para isolar um assunto de um primeiro plano ou fundo confuso. Quando
Clique par explorar o
a imagem tem uma nitidez constante, o observador presta a mesma atenção
foco selectivo. a todas as partes da foto. Mas, se algumas partes estiverem focadas e outras
não, o olhar do observador é conduzido para a área mais nítida. Pode focar
selectivamente a câmara e atrair a atenção do observador para determinada
parte da cena, limitando a profundidade de campo. Para isso deve focar apenas o
ponto principal e deixar o primeiro plano e o fundo fora dos planos de foco mais
próximo e mais afastado – ou seja, desfocados.
Apenas a bola de
pastilha elástica está
nítida, o primeiro plano
e o fundo não.
Aqui, a atenção é
direccionada para a
lagarta da borbotela-
monarca que está
nítida. O rosto da
criança está desfocado
e menos distractivo,
mas suficientemente
nítido para vermos a
expressão.
Dica
As câmaras de
apontar-e-disparar
têm uma grande
profundidade de Para diminuir a profundidade de campo pode tentar:
campo, por isso
terá mesmo de • Fotografar com pouca luz para aumentar a abertura.
adoptar os limites
para obter o efeito • Utilizar uma objectiva longa ou aproximar o assunto com o zoom.
do foco selectivo.
Aproxime—se, faça • Aproximar-se do assunto.
zoom in e escolha
uma abertura • Optar pelo modo de Prioridade à Abertura e seleccionar uma abertura grande,
grande.
como f/4.
Capítulo 5
Captar Luz e Cor
O
s sensores de imagem das câmaras digitais estão projectados para
produzir cores que correspondam às cores da cena original. No
entanto, existe um grande leque de variações entre sensores e entre
os circuitos e os programas que processam as imagens cruas até
fotografias finais. Os resultados obtidos dependem, em parte, da exactidão
com que a imagem é exposta e da correspondência entre o balanço de brancos
do sensor e a tonalidade da cor que ilumina o sujeito. Mas as diferenças de
resultados podem ser ainda mais subtis.
Com câmaras de filme, os fotógrafos exploravam uma grande variedade de
filmes, antes de escolherem aqueles que mais lhes agradavam. Isto porque cada
tipo de filme tem características únicas. Em alguns o grão é muito pequeno,
noutros é maior. Um determinado filme pode reproduzir cores mais quentes que
outros, ou ligeiramente mais frias. Estas variações subtis entre filmes são muito
ligeiras, mas mesmo assim perceptíveis, e com o tempo os fotógrafos tendiam
para o uso de um único filme. O “filme” em forma de sensor de imagem, está
integrado no corpo da câmara. Quaisquer que sejam as suas características, serão
aquelas com que vai ter que lidar até adquirir uma câmara nova.
Neste capítulo, exploraremos o mundo da cor e a forma de a gerir nas suas
imagens.
Porque é que vemos cores? A luz do sol ou de uma lâmpada parece não ter
http://www.photocourse.com/itext/color/
uma cor particular. Parece ser apenas luz “branca”. No entanto, se passarmos
a luz por um prisma, é possível vermos que ela na realidade contém todas
as cores, o mesmo efeito que ocorre quando gotículas de água na atmosfera
transformam a luz num arco-íris. Um objecto colorido, tal como uma folha
parece ser verde porque quando é atingido pela luz, reflecte apenas os
comprimentos de onda de luz verde, absorvendo todos os outros. Um objecto
branco, tal como um bem-me-quer, reflecte a maioria dos comprimentos de
onda que o atingem, absorvendo apenas alguns. Um objecto preto absorve a
maioria das cores, e reflecte apenas algumas. Tintas, corantes ou pigmentos
em impressões a cores também absorvem e reflectem selectivamente certos
comprimentos de onda de luz, produzindo assim o efeito de cor
Apesar da luz do Sol
parecer incolor ou
“branca”, ela contém
realmente uma escala
de cores semelhante
ao arco-íris. É possível
ver estas cores, com
recurso a um prisma.
Os objectos brancos
reflectem a maioria dos
comprimentos de onda,
da luz que os ilumina.
Quando todos esses
comprimentos de onda
são combinados, nós
vemos branco. Por outro
lado, quanto todos eles
são absorvidos, vemos
preto.
Um objecto verde,
como uma folha,
reflecte apenas os
comprimentos de onda
que criam o efeito visual
do verde. As outras
cores presentes na luz
são absorvidas pela
folha.
Balanço de Brancos
Apesar de a luz do Sol, ou de uma lâmpada parecer ser branca, ela realmente
http://www.photocourse.com/itext/whitebalance/
contém uma mistura de todas as cores, sendo que as suas proporções
afectam a cor da cena que é iluminada. Normalmente não conseguimos ver
Clique para explorar de
que maneira o balanço as diferenças, porque os nossos cérebros as compensam automaticamente.
de brancos afecta a No entanto, há situações em que o efeito é tão intenso, que não podemos
forma como as imagens deixar de o notar. Por exemplo, quando o nascer ou o pôr-do-Sol projectam
são capturadas.
um brilho quente e avermelhado sobre tudo aquilo que iluminam. A cor da
luz com a qual fotografamos é especificada pela sua temperatura em graus
Kelvin, assim como a temperatura ambiente é especificada em graus Celsius.
Temperatura Tipo de
de cor iluminação
Sombra
A luz fluorescente tem
várias temperaturas de
cor, dependendo do tipo
de lâmpadas. Algumas Céu nublado
são equilibradas para a
luz de dia.
Flash electrónico
O brilho quente que ilumina uma cena durante o pôr ou o nascer do Sol é
Dicas geralmente bem-vindo, e até mesmo procurado pelos fotógrafos. No entanto,
• Se gosta do brilho as dominantes de cor introduzidas por outras fontes de luz são geralmente
quente das luzes
incandescentes, pode
inconvenientes, porque as cores das fotografias não se assemelham àquelas que
captá-lo, mudando o nos lembramos. Para eliminar as dominantes de cor e capturar imagens com
balanço de brancos cores que parecem ter sido captadas ao meio-dia, é usado o sistema de balanço
para Daylight.
de brancos da câmara. Este sistema ajusta as imagens para que as cores sejam
• A temperatura de captadas da maneira que as vemos, independentemente da fonte de luz. Por
cor da maioria das
lâmpadas muda
exemplo, o parâmetro para luz fluorescente compensa a luz esverdeada das
com a passagem do lâmpadas fluorescentes e o parâmetro para luz de tungsténio compensa a cor
tempo, e à medida mais quente e avermelhada das lâmpadas de tunsténio.
que aquecem.
Assegure‑se que Muitas câmaras digitais oferecem vários parâmetros de balanço de brancos, a
verifica o balanço
de brancos
maior parte deles para situações de iluminação específicas.
periodicamente
durante uma sessão
• Automático (geralmente usado por defeito). Funciona numa grande
mais longa. variedade de condições de iluminação.
• Daylight (luz de dia). É usado para fotografar em exteriores, com luz
do Sol. Quando fotografa em interiores, se gosta do brilho quente das luzes
incandescentes, pode captá-lo com este parâmetro.
• Cloudy (nublado). É usado para fotografar em exteriores com céu com
nuvens, ou totalmente encoberto.
• Incandescent ou tungsten (incandescente ou tungsténio). É usado
para fotografar em interiores, sob iluminação incandescente.
• Fluorescent. É usado para fotografar em interiores, sob lâmpadas
fluorescentes.
• Flash. É usado para fotografar com o flash. Como o a luz do flash é
equilibrada para luz de dia, também é ideal para eliminar dominantes de cor de
certas situações de iluminação
• Color temperature (temperatura de cor). Permite usar um parâmetro
específico da escala de Kelvin. Num estúdio, onde conhece a temperatura de
Ícones típicos de cor das luzes, é possível ajustar a câmara para que a sua temperatura de cor
balanço de brancos corresponda exactamente à das luzes. Noutros parâmetros é possível usar um
(no sentido dos colorímetro para determinar o valor da temperatura a usar.
ponteiros do relógio,
a partir de cima): • Manual. Permite ajustar manualmente o balanço de brancos, ao apontar a
Auto (AWB), manual,
flash, fluorescente, câmara para uma folha de papel branco ou um cartão cinzento.
tungsténio, nublado,
sombra e luz de dia. À medida que altera o balanço de brancos, pode verificar os resultados no
monitor, durante a sessão, se a sua câmara permite usá-lo para compor imagens,
ou no modo de reprodução, depois de capturar a imagem. Se examinar as
imagens com cuidado, é possível verificar que algumas áreas brancas têm alguma
dominante de cor. (Pode ampliar a imagem para ver melhor os detalhes).
Se as suas imagens tiverem uma dominante de cor, é normalmente fácil eliminá-
la em alguns programas de edição de imagem. Por exemplo, no Lightroom, basta
clicar numa área de cor neutra com o selector de balanço de brancos.
O selector de balanço de
brancos do Lightroom.
Os ajustes de balanços
de brancos da câmara
podem afectar em larga
escala as cores obtidas.
Aqui, o mesmo objecto
foi fotografado com
dois ajustes diferentes
– daylight, ou luz de dia
(em cima, à esquerda),
que proporciona tons
mais quentes, e auto ou
tungsténio (em baixo,
à direita), que reproduz
as cores de uma forma
mais realista.
Uma maneira de
assegurar a obtenção
de cores perfeitas
numa fotografia, é
através do uso de um
colorímetro, que mede
a temperatura de cor
exacta para cada cena.
Com recurso a um
programa como o
Lightroom, é possível
determinar o balanço
de brancos de uma
imagem RAW, depois
de esta ter sido
fotografada.
A luz do meio-dia de
um dia de sol, produz
cores naturais, que
são reproduzidas com
exactidão.
Nascer e Pôr-do-Sol
O nascer e o pôr-do-sol,
são pouco interessante
por si só. São os
objectos em primeiro
plano, tais como a linha
do horizonte, ou efeitos
atmosféricos pouco
comuns, tais como esta As cores do céu são mais ricas na meia hora que antecede o nascer do sol e
nuvem negra, que lhes na meia hora depois do crepúsculo. Ser paciente compensa, quando observa
dão algum ímpeto.
as mudanças do céu durante esses períodos. Pelo menos, o facto de o sol se
encontrar abaixo do horizonte, reduz bastante os problemas de exposição.
Por outro lado, é comum algumas nuvens se iluminarem, reflectindo a luz
Aviso! para outras nuvens, criando uma fantástica abóbada de cor reflectida.
Nunca olhe directa-
mente para a luz do
sol através do visor
da câmara. Pode
danificar seriamente
os seus olhos.
Com a inclusão do
disco solar na fotografia
de um nascer ou
pôr-do-sol, os seus
elementos chave podem
ficar subexpostos e
mais escuros do que
o esperado. Para
resolver este problema,
aumenta-se a exposição
em um ou dois valores.
Em vez de apontar
a câmara para o sol,
fotografe com o sol
nas suas costas, para
capturar as cores
quentes das cenas
banhadas pela sua luz.
Condições Meteorológicas
Fotografar à Noite
É possível fotografar inúmeras cenas à noite, em exteriores, por isso não pouse
Dicas a sua câmara só porque o sol já se pôs. Fontes de luz (candeeiros de rua, faróis
À noite, desligue o de carros, letreiros de néon) ou áreas muito iluminadas (edifícios iluminados
flash, a não ser que
pretenda iluminar
ou áreas por baixo de candeeiros de rua) dominarão as fotografias nocturnas,
objectos que se porque se destacam contra os planos de fundo escuros. Componha as suas
encontrem perto de cenas de maneira a que estas áreas mais claras sejam uma parte dominante
si. Mantê-lo ligado
pode estragar a sua
da fotografia. O uso de um tripé para suportar a câmara durante as exposições
fotografia. longas, previne que a fotografia fique tremida devido a qualquer movimento da
câmara, que ocorra enquanto o obturador está aberto.
As cidades estão cheias
de luzes que podem ser
usadas para iluminar
cenas nocturnas,
Muitas câmaras possuem um modo de retrato nocturno, que usa o flash para
iluminar um objecto em primeiro plano contra um céu ou horizonte nocturnos.
Muitas câmaras têm O modo de paisagem nocturna, também é usado para fotografar de noite, mas
modos de paisagem ou não dispara o flash.
retrato nocturnos.
Para captar imagens interessantes de fogo-de-artifício, coloque pessoas ou
água em primeiro plano. Os objectos identificáveis numa imagem, tais como
um edifício ou monumento iluminados ajudam a dar à pessoa que olha para a
fotografia, uma noção de espaço. Fotografe contra o vento, porque o fogo-de-
artifício produz muito fumo, o que constitui um problema, se estiver a favor
do vento. Tente fotografar uma série de imagens de explosões diferentes, para
aumentar as probabilidades de obter uma boa imagem. Também pode usar
o flash em modo de sincronização lenta, para iluminar as figuras do primeiro
plano. Prepare a exposição para o fogo-de-artifício, seleccionando o modo de
prioridade à abertura ou ao obturador, e use valores de exposição de f/2.8,
a 1/30. Também pode tentar aumentar a sensibilidade, usar a compensação
da exposição, e várias combinações de aberturas de diafragma e tempos de
obturação, para além daquelas que são aqui mencionadas.
O fogo-de-artifício pode
ser dramático, mas É habitual usar exposições longas à noite, e, para isso algumas câmaras têm a
difícil de capturar. É opção bulb, no modo de exposição manual. Nesta opção, o obturador mantém-
necessário experimentar
muito, e as câmaras se aberto enquanto estiver a carregar no botão. Esta é uma óptima forma de
digitais são ideais para capturar trilhos de luz, mas de o obturador estiver aberto mais do que 1 segundo,
estas situações porque pode aparecer ruído na fotografia, na forma de píxeis brilhantes e coloridos,
permitem a visualização
dos resultados dispostos de forma aleatória. Para reduzir o ruído em tempos de obturação mais
instantaneamente. longos, use a redução de ruído da câmara.
Este livro tem o apoio da 143
Capítulo 5. Captar Luz e Cor
O navio U.S.
Constitution atracado
no Porto de Marblehead,
iluminado por
projectores.
Há um momento ao nascer e ao
pôr-do-sol, em que existe luz
suficiente no céu fazendo que este
seja do mesmo valor tonal que o
primeiro plano.
Esta fotografia de Chicago foi tirada da janela
de um avião, logo após o pôr-do-sol. Alguns
O ruído aparece numa minutos mais tarde, a cena seria demasiado
fotografia, como grão escura para fotografar sem o aparecimento de
ou píxeis aleatórios arrastos, decorrentes de tempos de exposição
multicoloridos. muito longos.
A Direcção da Luz
A luz vinda de um
dos lados da imagem,
aumenta a sensação
de textura e volume,
porque este tipo de
iluminação produz
sombras visíveis, que
enfatizam os detalhes
das superfícies. Os
fotógrafos de paisagem
costumam preferir
trabalhar ao início da
manhã, ou ao final da
tarde, porque o sol se
encontra mais baixo e
pode iluminar de lado as
cenas, proporcionando
texturas interessantes
às superfícies.
A iluminação vinda
de cima ocorre no
exterior, ao meio-dia,
e no interior, quando
a iluminação de
tecto predomina. Se
fotografar uma pessoa
nestas condições, vai
reparar que este tipo
de iluminação projecta
sombras por baixo dos
olhos, do nariz e do
queixo. Para evitar esta
situação pode tentar
levar o modelo para a
sombra. A iluminação
de topo pode iluminar
selectivamente os
objectos, tais como a
bandeira no bolso deste
indivíduo, que estaria
à sombra, com uma
luz vinda de um ângulo
inferior.
A Qualidade da Luz
Capítulo 6
Compreender as Objectivas
M
uitas câmaras digitais vêm equipadas com uma objectiva zoom
para que possa aproximar (zoom in) ou afastar (zoom out) um
assunto e abordar as oportunidades fotográficas de diversas
formas. Aproximar um motivo com o zoom permite-lhe captar
planos fechados (close-up) de um retrato, ou a acção à distância em eventos
desportivos. Ao afastar um motivo com o zoom pode captar vista abrangentes
(grande-angular) de um grupo, de um espaço interior, ou uma paisagem
extensa. A capacidade de mudar o seu ângulo de visão quando enquadra
a imagem é um dos seus controlos criativos mais poderosos. Nas câmaras
reflex digitais e telemétricas, pode utilizar uma objectiva zoom, mas também
há muitas objectivas de distância focal fixa disponíveis, algumas das quais se
destinam a situações específicas, como a fotografia de close-up.
As objectivas modernas foram concebidas em computadores, revestidas
quimicamente para melhorar a transmissão de luz e depois montadas com
precisão em corpos do tipo barril com sistemas de montagem específicos.
A sua função principal é receber a luz reflectida por uma cena e focá-la da
forma mais nítida possível no sensor de imagem da câmara. Uma objectiva
de alta qualidade faz isto de uma forma muito precisa, mas para tirar o
máximo partido das suas potencialidades tem de conhecer um pouco as suas
características e o seu efeito nas imagens.
Neste capítulo vamos abordar as objectivas e a sua utilização na fotografia
digital, para que fique com as bases necessárias para utilizar as objectivas de
forma mais eficiente e mais criativa.
Introdução às Objectivas
A maioria das câmaras digitais têm uma objectiva zoom fixa que não pode ser
removida ou trocada. Uma das grandes vantagens disso é o facto de a câmara estar
fechada, o que impede a entrada de poeiras para o sensor da imagem. As câmaras
reflex digitais têm objectivas intermutáveis, por isso pode mudá-las consoantes
as circunstâncias, mas a câmara fica exposta às poeiras. Muitas objectivas
apresentam informações que podem ser úteis para as suas fotografias. Tenha -as
em consideração quando escolhe uma objectiva e dispense algum tempo para a
leitura de informações que venham com qualquer modelo que compre.
As câmaras de
apontar‑e-disparar
normalmente têm uma Gama de distância
objectiva com zoom de focal como
3x, mas podem ter uma
gama muito maior. Esta multiplicador (12x).
câmara da Canon está
equipada com um zoom
de 12x.
Gama de aberturas
Gama de máximas quando
distância faz zoom de
As câmaras reflex dos focal em mm. grande-angular para
principais fabricantes
permitem-lhe escolher teleobjectiva
uma vasta gama de A informação em torno da objectiva pode incluir:
objectivas. Esta é a
gama disponibilizada • A distância focal da objective ou a gama do zoom em mm. A gama do
pela Canon.
zoom da objectiva é muitas vezes apresentada como um multiplicador. Por
exemplo, 6.0-72.0 mm corresponde a 12x (72 dividido por 6).
http://www.photocourse.com/itext/canonlenses/canoneflenses.pdf
• A abertura máxima determina o quanto a objectiva abre. Isso está
indicado nas objectivas como um rácio, por exemplo 1:2.8-3.7. Na maioria
das objectivas zoom são dados dois valores máximos, porque a abertura
muda consoante utiliza a maior ou menos definição do zoom. No entanto,
algumas objectivas não alteram a abertura ao longo da gama total do zoom.
Isso permite-lhe definir a exposição e utilizar qualquer gama focal do zoom
sem alterar a abertura ou a velocidade do obturador. Uma abertura máxima
grande é melhor, porque permite utilizar uma profundidade de campo mais
curta, uma velocidade de obturação mais rápida para congelar a acção, e
aumentar a gama do flash. Uma objectiva com uma abertura máxima de f/1.4
é três incrementos (stops) mais rápida que uma objectiva com uma abertura
máxima de f/5.6. Isso significa que em vez de utilizar uma velocidade
do obturador de 1/15 seg. pode utilizar 1/125 seg. Os inconvenientes das
objectivas com uma abertura máxima grande são: o preço, o tamanho e o
peso. A abertura máxima de uma objectiva é determinada através da divisão
As objectivas com do diâmetro real do diafragma aberto pela distância focal da objectiva. Esta
aberturas máximas é a razão pela qual a abertura da maior parte (mas não todas) das objectivas
grandes permitem zoom muda à medida que percorre a gama do zoom e altera a distância focal.
usar velocidades de
obturação rápidas • O tamanho dos filtros ou de outros acessórios que possam ser
e designam-se por
objectivas rápidas ou encaixados na parte frontal da objectiva. O diâmetro é muitas vezes
luminosas. apresentado com o símbolo φ, como φ85 mm.
http://www.photocourse.com/itext/imagecircle/
Um sensor mais
pequeno penaliza-o
quando o utiliza com
uma objectiva de
distância focal mais
pequena (em cima, à
esquerda). O sensor
capta uma parte mais
reduzida do círculo
da imagem (a linha
exterior a branco) que
uma câmara com um
sensor de tamanho
equivalente ao 35
mm, ou de filme, que
tem uma distância
focal efectiva mais
abrangente.
http://www.photocourse.com/itext/antishake/
Objectivas Zoom
A maioria das câmaras com objectiva fixa têm uma objectiva zoom incorporada.
http://www.photocourse.com/itext/G-zoom/
As objectivas zoom também são muito populares entre os utilizadores de
câmaras reflex. Este género de objectivas permite escolher qualquer distância
focal da gama do zoom, o que as torna muito práticas. Essa gama é indicada em
mm e, em algumas câmaras com objectiva fixa, como um multiplicador. Por
exemplo, uma câmara com uma gama de 28-90 mm é também designada por
zoom de 3x (90 dividido por 28 dá cerca de 3). Uma objectiva com uma gama de
6-72 mm será designada por um zoom de 12x (72 dividido por 6 é 12).
O zoom pode ser de tês tipos: óptico, digital e de corte (cropping):
• O zoom óptico altera realmente a quantidade da cena que cabe no sensor da
imagem. Cada pixel na imagem contém os dados originais, por isso a imagem
final é nítida e tem qualidade.
• O zoom digital, encontrado em muitas câmaras com objectiva fixa, considera
uma parte da imagem reflectida no sensor da imagem e aumenta-a para que
preencha todo o sensor. Para isso acrescenta novos píxeis à imagem através da
interpolação. A imagem interpolada não tem a mesma quantidade de píxeis
originais que uma foto captada com um zoom óptico, por isso a qualidade é
inferior. Na verdade, esta função do zoom é desnecessária, já que pode conseguir
precisamente os mesmo resultados reenquadrando uma imagem num programa
de edição fotográfica e depois aumentando-a. Ignore a publicidade sobre o zoom
Se a sua câmara tiver
um anel do zoom na
digital e zoom total e considere apenas o zoom óptico. Se este último termo não
objectiva pode rodá-lo for utilizado nas campanhas publicitárias, tenha cuidado.
durante uma exposição
lenta, para criar uma • O zoom de corte (Cropping), designado por Smart Zoom pela Sony, funciona
espécie de explosão de como o zoom digital mas não adiciona novos píxeis à imagem. A imagem é
luzes na imagem.
reenquadrada e ele utiliza apenas uma parte dos píxeis originais, não aumenta
a imagem. O efeito é precisamente igual ao reenquadramento da imagem num
programa de edição fotográfica.
Para fazer zoom out na maioria das câmaras com objectiva fixa tem de pressionar
uma alavanca em determinada direcção, ou premir o botão de zoom out, para
Fazer zoom através da encurtar o ângulo de visão. Usar a alavanca na direcção oposta, ou carregar no
objectiva assemelha-
se a afastar-se ou a botão de zoom in, permite aproximar os assuntos. Nas reflex digitais, e algumas
aproximar-se de uma câmaras com objectiva fixa avançadas, pode fazê-lo rodando o anel da objectiva.
cena. Esta casa foi
fotografada a partir
do mesmo ponto,
utilizando uma objectiva
zoom com definições
desde grande-angular
até teleobjectiva.
Uma objectiva é designada por “normal” quando capta uma cena tal como o
olho humano a vê. Isto parece um contra senso, porque o ângulo do olhar é
mais abrangente que qualquer objectiva normal. No entanto, pode demonstrar
a si próprio porque é que uma distância focal específica é normal para a sua
câmara. Durante uma viagem de carro experimente utilizar o zoom, ou uma
objectiva longa, enquanto visualiza o tráfego através do ecrã. Uma distância
focal longa faz com que os carros distantes apareçam mesmo ao seu lado; se
olhar com os seus próprios olhos verá que os carros não estão de forma alguma
tão próximos como lhe parecia. Com distâncias focais mais curtas os carros
parecem distantes, mesmo que estejam relativamente próximos. Uma distância
focal normal faz com que os carros pareçam estar à mesma distância que os vê
normalmente.
Outra forma de o demonstrar consiste em colocar duas fotografias de tamanhos
bastante diferentes numa parede. Olhe para cada uma delas separadamente
através do ecrã da câmara, com a objectiva definida para uma distância focal
normal (ligeiramente superior ao seu limite de grande-angular). Aproxime-
se o suficiente para que cada uma delas preencha o ecrã, depois utilize uma
distância focal mais longa e verá que parece estar demasiado próximo; e uma
distância focal mais curta que lhe dará a sensação de estar demasiado próximo.
http://www.photocourse.com/itext/panorama/
Para melhorar a
qualidade de imagem
a Kodak criou uma
câmara com duas
objectivas - uma Uma objectiva grande-angular também oferece uma extensa profundidade
para uma cobertura de campo. Isso torna-a ideal para a fotografia de rua e de acção. Quando sair
grande‑angular. para captar situações que acontecem rapidamente mantenha a objectiva na
definição grande-angular do zoom, ou utilize uma objectiva grande-angular,
para ter o máximo de profundidade de campo quando responde rapidamente a
Fazer zoom out uma oportunidade fotográfica.
aumenta a profundidade
de campo e abre o
ângulo de visão, sendo
ideal para fotografias
em interiores. A maior
profundidade de campo
também facilita a
focagem e permite
captar momentos
fugazes, que de outra
forma poderia perder.
As objectivas garnde-
angular podem distorcer
os objectos mais
próximos das margens
do fotograma – a
chamada “distorção de
barril”.
As objectivas
grande-angular são
propensas a distorções.
Normalmente as
verticais convergem
quando a câmara não
está perfeitamente
nivelada.
Captar retratos a
partir de um ponto de
vista alto faz com que
as cabeças pareçam
muito maiores do
que o que realmente
são, pois estão mais
próximas da câmara
e da sua objectiva
grande‑angular.
Uma distância focal longa é ideal para retratos, pois permite-lhe manter-se
longe do assunto e mesmo assim preencher o visor com o rosto ou enquadrar
apenas a cabeça e os ombros. Manter-se a afastado evita a perspectiva
exagerada resultante de abordagens muito próximas quando utiliza uma
objectiva de distância focal curta. Também ajuda o seu modelo a descontrair
caso fique apreensivo (como a maioria das pessoas) quando se aproxima com
Aproximar-se do
assunto com uma
objectiva de distância
focal curta cria algumas
distorções nos retratos,
mas o resultado
funciona. Talvez não
seja a abordagem mais
lisonjeira – a imagem
provavelmente será
mais interessante para
os outros do que para o
modelo.
http://www.photocourse.com/itext/distortion/
Clique para explorar
como é que as
objectivas grande-
angular distorcem os
assuntos.
As objectivas macro
permitem-lhe
aproximar-se muito do
assunto, mas têm uma
profundidade de campo
muito curta. Aqui focou-
se o olho do tritão para
que fosse a área mais
nítida da foto.
http://www.photocourse.com/itext/perspective/
Clique para explorar a
perspectiva.
Quando se aproxima e
escolhe uma distância
focal com um ângulo
mais abrangente o
tamanho do assunto
mantém-se, o ângulo de
visão abre-se e o fundo
diminui em termos de
proporção.
Muitas objectivas têm uma rosca na parte frontal que permite encaixar filtros
e outros acessórios. O problema de alguns acessórios é que eles alteram
permanentemente a imagem que capta. Se utilizar um programa de edição
fotográfica para obter o mesmo efeito, pode ter sempre a versão original da
imagem e aplicar todos os efeitos desejados durante a pós produção. Estes são
alguns dos acessórios que pode encaixar:
• As objectivas intermutáveis estão disponíveis para todas as câmaras reflex digitais
e telemétricas.
• Os conversores para objectivas permitem aumentar a gama do zoom de câmaras
com objectiva zoom fixa (que não pode ser removida). Estes conversores encaixam
Esta lente de conversão no zoom da objectiva. O problema destas lentes é que são desenhadas para
para grande-angular câmaras específicas. Podem ser bastante caros e se comprar uma câmara nova, ou
foi aplicada na mesmo uma versão mais recente do mesmo modelo, os conversores podem não
câmara através de um
adaptador na objectiva. funcionar com a nova objectiva.
• Os colares de tripé (lens collars) rodeiam a objectiva e têm um apoio de tripé. Isso
permite-lhe montar a objectiva, em vez do corpo da câmara, num tripé, de forma
a que a combinação corpo/objectiva fique equilibrada. Quando coloca a objectiva
no tripé pode desapertar o colar para rodar a câmara para a posição vertical ou
horizontal, enquanto a mantém centrada. Isto elimina a necessidade de tombar a
câmara para captar fotos na vertical.
• O pára-sol protege o elemento frontal da objectiva de pancadas e evita que a
luz dispersa atinja a objectiva, para não provocar brilhos indesejados ou efeitos
fantasma nas imagens.
• As tampas protegem a parte frontal e traseira da objectiva quando não está a
utilizá-la. Uma tampa para o corpo protege a câmara quando não tem nenhuma
objectiva encaixada. Nas câmaras de anpontar-e-disparar a objectiva por vezes está
protegida por uma tampa deslizantes quando não está a utilizá-la.
• Os filtros de protecção mantêm a parte frontal da objectiva livre de riscos e
sujidade.
• Os filtros polarizadores circulares eliminam os reflexos de vidros, água e outras
superfícies reflectivas, escurecem céus azuis e melhoram a saturação das cores. Se
optar por um filtro polarizador linear não pode utilizar o foco automático. Uma vez
que estes filtros bloqueiam uma parte da luz, as exposições aumentam em cerca de
2 ou 3 incrementos (stops) – trata-se do factor do filtro.
• Os filtros Skylight reduzem as dominantes azuis que normalmente aparecem
quando fotografa assuntos à sombra ou em dias luminosos.
• Os filtros UV absorvem a luz ultravioleta e reduzem o efeito do nevoeiro quando
fotografa paisagens ou planos aéreos.
• Os filtros de densidade neutra (ND) diminuem a quantidade de luz que entra
na câmara para que possa utilizar velocidade de obturação longas, ou aberturas
maiores, em condições de luz intensa. Isso ajuda-o a obter fundos mais suaves em
retratos e a capturar melhor quedas de água. Algumas câmaras têm uma função
que permite obter o mesmo efeito digitalmente, sem recorrer ao filtro.
Um filtro polarizador • Os filtros de focagem suave suavizam o foco para tornar os retratos mais
(em cima) escureceu
o céu e removeu os lisonjeiros e para esbater paisagens ao estilo romântico.
reflexos das folhas,
tornando as cores mais
• As lentes para close-up ampliam o assunto sem afectar as definições de abertura.
intensas. Em baixo • Os filtros de conversão de cores permitem-lhe controlar com precisão a forma
está a mesma imagem
captada sem o filtro. como captura as cores. Tornam-se desnecessários em câmaras que permitem um
controlo rigoroso do balanço de brancos.
164 Este livro tem o apoio da
Capítulo 7. Fotografia com o FlashAA30470C
da Câmara
Capítulo 7
Fotografia com o Flash da Câmara
O
flash automático integrado na câmara é tão conveniente e fácil de
usar, que por vezes nem reparamos que ele dispara. Quando o flash
está em modo automático, está sempre pronto a disparar, sempre
que o sistema de exposição automática decida que é necessário.
Mas a luz proveniente deste tipo de flashes tem certas características que
podem fazer a diferença na aparência das suas imagens. Por exemplo, as
fotografias em que o flash integrado é disparado, têm uma iluminação sem
profundidade, porque este tipo de flash não cria sombras projectadas por
iluminação lateral, que revelam texturas e volumes. Abordagens alternativas,
tais como o uso de um flash externo, de flash de sincronização lenta, ou de
nenhum tipo de flash, podem produzir resultados mais interessantes. De
qualquer forma, à medida que se for familiarizando com as características
do flash, será capaz de as usar de forma cada vez mais proveitosa. Neste
capítulo, abordaremos a fotografia com o flash da câmara, incluindo os
modos e técnicas do flash, unidades de flash externas, e acessórios.
Alcance do Flash
http://www.photocourse.com/itext/guidenumbers/guidenumbers.pdf
Já alguma vez reparou em pessoas que usam o flash para fotografar a lua, uma
paisagem urbana, um concerto, ou evento desportivo, mesmo das bancadas? Qual
o efeito que pensa que o flash tem nestas fotografias? Não muito, porque não existe
nenhum flash com um alcance tão grande. Na realidade a maioria dos flashes
integrados têm alcances que vão até aos 3 metros. Existem apenas três maneiras
de aumentar o alcance do flash:
• Usar uma abertura de diafragma maior para deixar entrar mais luz
• Aumentar a sensibilidade (ISO) para que seja necessária menos quantidade luz
para obter uma boa exposição.
• Usar um flash externo com um número guia superior (número que indica o
alcance do flash).
A luz de um flash
diminui com a
distância. Quando uma
determinada distância é
duplicada, a quantidade
de luz é reduzida
para um quarto. Esta
relação chama-se Lei do
Quadrado Inverso.
Quando tira uma fotografia o obturador numa câmara reflex está totalmente aberto
http://www.photocourse.com/itext/flashsync/
apenas por um período muito curto, mesmo em velocidades de obturação mais
Clique para explorar
lentas. Se uma determinada velocidade de obturação é demasiado alta, as duas
a velocidade de cortinas do plano focal formam uma pequena abertura que percorre o sensor de
sincronização do flash. imagem. Como resultado, a explosão de luz do flash pode não conseguir expor todas
as partes do sensor, e por isso parte da cena não é capturada numa imagem. O
tempo de obturação mais rápido no qual o sensor é totalmente exposto é chamado
de velocidade de sincronização do flash, e encontra-se geralmente entre os 1/125
e os 1/500 de segundo. Se escolher directa ou indirectamente uma velocidade de
obturação maior, muitas câmaras irão ignorar a sua escolha, e baixar a velocidade.
O flash pode disparar assim que o obturador fica todo aberto, ou mesmo antes de
começar a fechar.
• A sincronização à primeira cortina (o modo usual) significa que o flash
Os obturadores centrais, dispara quando a primeira cortina do obturador abre completamente para expor o
ou de lamelas, comuns sensor de imagem.
em câmaras “apontar
e disparar” permitem • A sincronização à segunda cortina significa que o flash dispara
velocidades de imediatamente antes da segunda cortina começar a fechar o obturador,
sincronização do flash
superiores, porque não terminando a exposição.
usam cortinas.
Um obturador de plano focal abre uma cortina para iniciar a exposição e fecha uma
segunda cortina para terminá-la. A velocidades de obturação superiores (em cima),
a segunda cortina começa a fechar antes da primeira cortina ter percorrido todo o
sensor, formando assim uma abertura que o percorre. A luz do flash só consegue
expor a área descoberta pela abertura das duas cortinas que se movem muito
rapidamente. À velocidade de sincronização do flash, ou velocidades inferiores (em
baixo), a segunda cortina não começa a fechar enquanto a primeira não estiver
completamente aberta. É quando o obturador está totalmente aberto que o flash
dispara.
A sincronização à
primeira cortina dispara
o flash no início da
exposição, e depois
regista a luz ambiente.
Como resultado, a faixa
de luz do objecto em
movimento aparece à
sua frente.
A sincronização à
segunda cortina dispara
o flash no fim da
exposição, depois da
luz ambiente ter sido
registada, por isso a
faixa de luz é um rasto
atrás do objecto.
Flash Automático
Quase todas as câmaras digitais têm um flash electrónico integrado, que está
ligado ao sistema de exposição automática. Quando liga algum flash externo
à câmara, este também fica integrado no sistema de exposição. Tanto o flash
integrado, como o flash externo são controlados por ajustes que realiza na câmara,
um dos quais é o flash automático. Neste modo de flash, o flash dispara quando a
luz que ilumina a cena é fraca. Algumas câmaras também reconhecem as situações
em que o sujeito está em contraluz, e disparam o flash automaticamente para que
o objecto não apareça como uma silhueta contra o plano de fundo iluminado.
Usar o flash automático é muito conveniente, no entanto, deve estar ciente das
seguintes questões:
• Muitas câmaras têm um indicador LCD que acende quando pressiona o botão
do obturador até meio. Quando a luz do indicador é constante, quer dizer o flash
ver ser disparado quando tirar a fotografia. Se a luz do indicador for intermitente,
significa normalmente que o flash está a carregar. Liberte o botão do obturador,
As unidades de flash
integradas abrem-se
espere alguns segundos, e tente de novo.
quando são necessárias
(em cima), ou são fixas
• O alcance do flash integrado na câmara é muito curto, geralmente por volta
no corpo da câmara dos 3 metros. Usar um flash deste tipo numa divisão extensa, ou em exteriores,
(em baixo). para fotografar um objecto igualmente grande, não funciona. Uma solução é o
recurso a um flash externo mais potente. Outra é desligar o flash e ver que tipo de
imagens obtém usando a luz disponível, ou usar o flash de sincronização lenta para
combinar a luz ambiente com a luz do flash.
• Quando se aproxima demasiado de um objecto, a objective de algumas câmaras
bloqueia a luz do flash e projecta uma sombra. Uma solução é distanciar-se do
objecto, e talvez usar uma distância focal maior para compensar.
• Alguns flashes sobreexpõem os sujeitos do primeiro plano, quando estes se
encontram demasiado próximos, Algumas câmaras permitem variar a intensidade
O ícone do botão do flash quando isto acontece.
do flash, que é
universalmente • Apesar de alguns flashes integrados se abrirem, muitos estão tão perto do eixo
reconhecido. da objectiva que as pessoas fotografadas em divisões mal iluminadas, aparecem
normalmente com os olhos vermelhos. Para reduzir este problema, muitas
câmaras têm um modo de redução de olhos vermelhos.
• Como o flash integrado é tão pequeno, ele emite uma luz dura e directa e não
pode ser rodado para que a sua luz seja reflectida numa parede ou no tecto, para a
difundir e suavizar. A luz frontal directa projecta poucas sombras que aumentem a
aparência de textura ou volume do objecto. Como resultado, as fotografias podem
parecer insípidas, e no seu pior, podem assemelhar-se a fotografias de polícia ou
de cartas de condução. Uma solução é usar um flash externo, que permita reflectir
a luz numa parede, no tecto, ou até mesmo numa sombrinha.
• Por causa da posição frontal do flash, a sua luz produz sombras por trás do
sujeito, quando existe um fundo próximo. As soluções possíveis incluem o uso do
flash reflectido, ou afastar o sujeito da parede.
As unidades de
flash integradas • Em situações de luz fraca, o fundo pode ficar totalmente negro, porque a
no telemóveis são exposição é calculada para o objecto em primeiro plano, iluminado pelo flash.
geralmente LED, que Para captar alguns detalhes no plano de fundo, é necessário usar o flash de
ainda não têm potência
suficiente para boas sincronização lenta.
fotografias de flash.
Para alterar o modo do flash, normalmente existe um botão com o símbolo de
um relâmpago, que permite percorrer todos os outros modos de flash da câmara.
À medida que os percorre, geralmente aparece um ícone no painel de controlo a
indicar o modo de flash em curso.
168 Este livro tem o apoio da
Redução de Olhos Vermelhos
http://www.photocourse.com/itext/redeye/
É comum encontrar fotografias em que as pessoas aparecem com os olhos
vermelhos. A luz do flash entra pela pupila do modelo, e é reflectida pelo fundo
Clique para explorar
do seu olho (a retina) de novo para a câmara. Como a retina é irrigada por muitos
o fenómeno dos olhos vasos sanguíneos, a luz que ela reflecte é vermelha. Para reduzir este fenómeno,
vermelhos a câmara tem um modo de redução de olhos vermelhos que dispara um pequeno
“pré-flash” ou acende uma lâmpada de redução de olhos vermelhos, para fechar
a íris do modelo, imediatamente antes do flash ser disparado. Esta solução
nem sempre funciona. Para eliminar os olhos vermelhos é necessário um flash
externo que esteja posicionado mais longe do eixo da objectiva. Se o único flash
disponível for o da câmara, use uma distância focal mais curta, peça ao modelo
O ícone universalmente para olhar directamente para a câmara, aproxime-se, aumente a iluminação
http://www.photocourse.com/itext/redeye/
reconhecido, para o geral da divisão, ou coloque o modelo perto de uma janela iluminada. É possível
modo de redução de remover os olhos vermelhos num programa de edição de imagem, mas é sempre
olhos vermelhos.
mais fácil evitar essa situação. Em muitas câmaras é possível desligar o modo de
redução de olhos vermelhos.
. Em várias situações, ele não é necessário, e introduz um pequeno tempo de
espera entre o pressionar do botão do obturador e a captação da fotografia, por
causa do “pré-flash” ou da lâmpada de redução de olhos vermelhos.
Os olhos vermelhos
podem ser sinistros,
e a menos que seja
muito bom a usar um
programa de edição de
imagem, o melhor é
evitá-los.
Um cabo de extensão
permite o uso do
flash mais afastado
do eixo da objectiva,
para reduzir os olhos
vermelhos.
Ícone universalmente
reconhecido, para o
flash de enchimento
Flash Desligado
http://www.photocourse.com/itext/G-sync/
Com uso do flash, por vezes o objecto principal da fotografia fica muito escuro, ou
demasiado iluminado, ou o flash de enchimento não proporciona os resultados
esperados. Estas situações acontecem por uma variedade de razões. É possível que
o objecto esteja demasiado próximo ou afastado da câmara, pode ser demasiado
pequeno ou estar demasiado descentrado, ou pode ser muito escuro ou claro contra
um fundo com a tonalidade oposta. Como já foi abordado anteriormente, é possível
O flash proporciona usar a compensação, o bracketing, e o bloqueio para controlar a exposição. Com
geralmente boas algumas câmaras é possível ter o mesmo tipo de controlo, quando utilizar o flash.
exposições, mas
se o sensor for
bloqueado, é possível
obter resultados Bloqueio da Exposição do Flash
estranhos, tais como O bloqueio da exposição do flash (FE-L – Flash Exposure Lock) funciona de uma
esta sobreexposição
grosseira do objecto forma muito semelhante ao bloqueio da exposição automática (AE Lock). Quando
principal. escolhe esta opção e pressiona o botão do obturador, é disparado um “pré-flash”
e o sistema de exposição lê e armazena temporariamente os valores da exposição
do flash. Depois é possível recompor a cena, realizar ajustes de exposição ou foco,
e então tirar a fotografia, usando os valores armazenados. O bloqueio da exposição
do flash é extremamente útil quando o objecto principal da cena está descentrado
Ícone típico de
no enquadramento. Também torna possível a eliminação de potenciais erros de
compensação do flash. exposição causados por reflexos indesejados de superfícies altamente reflectoras,
tais como espelhos ou janelas.
http://www.photocourse.com/itext/flashcomp/
Compensação da Exposição do Flash
Clique para explorar Se o objecto fotografado com flash fica demasiado escuro ou iluminado, é possível
a compensação da
exposição do flash. usar a compensação da exposição do flash. Este modo funciona exactamente da
mesma forma que a compensação da exposição, ajustando a potência do flash, sem
alterações na abertura do diafragma ou no tempo de exposição. Esta é uma forma
ideal de equilibrar a luz do flash e a luz natural ao usar o flash de enchimento, e
+2 +1 0 -1 -2
As cinco fotografias de expor correctamente cenas ou objectos que são mais escuros ou claros que o
foram tiradas com
flash. A diferença de
normal. A função de compensação da exposição permite geralmente a variação das
exposição do flash é de exposições do flash em mais ou menos 2 stops, em incrementos de 1/3 de stop.
1 valor de exposição
entre cada uma delas.
Compensação da Exposição e do Flash
Também é possível utilizar a compensação da exposição do flash em conjunto
com a compensação de exposição da câmara. A compensação da exposição da
câmara ilumina ou escurece o plano de fundo, que é iluminado com luz natural,
e a compensação da exposição do flash ilumina ou escurece o objecto iluminado
pelo flash. Esta é uma combinação eficaz de controlos de exposição que lhe permite
captar imagens exactamente como pretende.
Na imagem da
esquerda, foi usado o
flash para fotografar a
flor. Na direita, o valor
de compensação da
exposição foi ajustado
para -2, para escurecer
o plano de fundo.
http://www.photocourse.com/itext/tilthead/
Unidades de Flash Dedicadas
As unidades externas de flash são disponibilizadas por várias fontes diferentes,
mas as melhores são as chamadas unidades de flash dedicadas, que são geralmente
disponibilizadas apenas pelo fabricante da câmara. O termo “dedicadas” significa
que a unidade de flash está projectada para funcionar com um modelo de câmara
específico. Apenas o flash dedicado é completamente integrado no sistema de
exposição automática da câmara, oferecendo funções adicionais para expandir
as capacidades da câmara. As unidades de flash não dedicadas têm que ser
normalmente utilizadas em modo manual. Uma das vantagens do flash dedicado
é que o sistema de exposição da câmara isola o flash quando é atingida a exposição
correcta, tal como acontece com o flash integrado. As unidades de flash que não são
projectadas especificamente para o modelo da sua câmara, disparam normalmente
a potência máxima, e a exposição tem que ser controlada através dos parâmetros
da câmara. Os flashes dedicados também fazem zoom, para cobrir a cena inteira,
de forma a acompanhar o zoom ou a troca das objectivas. Assim como ao afastar
o zoom, aumenta o ângulo de visão, o flash expande o seu feixe de luz de forma a
cobrir toda a área. Ao aproximar o zoom, ou trocar de objectiva para uma distância
focal mais longa, o feixe de luz do flash estreita-se, aumentando o seu alcance.
Uma das maiores vantagens de muitas unidades externas, é que permitem
rodar a cabeça do flash, para reflectir a sua luz em paredes, tectos, ou reflectores
próprios. Isto permite difundir e suavizar a luz, iluminar as sombras e distribuir
Ring-Lite, da Canon
desenhado para
a luz sobre uma área muito maior. Os objectos de fundo ficam muito mais
fotografia de close-up. iluminados do que com o flash directo. A luz reflectida percorre uma distância
muito maior, pelo que o alcance do flash é menor. É possível verificar que
algumas divisões são demasiado grandes para que o flash reflectido funcione
eficientemente, a menos que haja outro objecto grande e claro, que não as
paredes ou o tecto, onde reflectir a luz do flash. Usar o flash desta forma também
consome mais energia, pelo que o tempo de reciclagem se torna maior.
Flash Anelar
Existem duas importantes razões para usar o flash em fotografia de close-up.
Com o uso de um flash, é possível usar aberturas menores para obter uma
maior profundidade de campo, e explosões de luz muito curtas, a pequenas
distâncias, evitam que a imagem fique tremida devido a movimentos do
objecto ou da câmara.
Uma nova variação do Também é possível reflectir a luz do flash num reflector para iluminar o objecto
flash anelar é o Twin
Lite da Canon, que tem
de outro ângulo, para obter um melhor efeito de luz. Um tipo de flash especial
duas cabeças de flash para esta utilização é o flash anelar. Estas unidades de flash, que encaixam
ajustáveis. Funciona em volta da objectiva e disparam um circulo de luz para o objecto, são ideais
quase como um estúdio
montado na câmara.
para fotografia de close-up, nos ramos da medicina, medicina dentária e
fotografia de natureza. Como este tipo de flash não produz sombras, é possível
determinar o disparo de apenas um dos lados do anel, ou que um dos lados
dispare com mais intensidade que o outro, para que sejam formadas sombras
que revelem a textura e modelação do objecto. A Canon fabrica o flash Macro
Twin Lite, projectado para fotografia de close-up profissional. Existem também
outras empresas que fabricam unidades de flash semelhantes a esta. Nestas
unidades de flash, as cabeças podem ser rodadas independentemente à volta
da objectiva, apontadas separadamente e até mesmo removidas do suporte e
montadas fora da câmara.
Existe uma variedade de acessórios para flashes externos, tanto para uso geral,
como para fotografia de estúdio.
• Os alimentadores para flash contêm grandes baterias recarregáveis que se
ligam ao flash por cabo, e são suficientemente compactos para transportar no
cinto. Eles não só possibilitam a realização de sessões fotográficas mais longas,
Os alimentadores como também reduzem o tempo de reciclagem da carga do flash (o tempo que
aceleram os tempos de demora o flash a recarregar para estar pronto para a próxima fotografia). Com
reciclagem e permitem
a realização de sessões
um acessório deste tipo, nunca vai falhar uma fotografia por causa da falta
fotográficas mais de bateria ou porque o flash não reciclou suficientemente depressa. Quando
longas. acontece, numa série de fotografias, aparecer uma que é muito mais escura que
as outras, quer dizer que foi tirada antes do flash ter tido tempo para recarregar.
• Os suportes para flash, muitas vezes utilizados pelos fotógrafos de casamentos,
elevam o flash para que fique mais afastado do eixo da objectiva. Isto não só
elimina os olhos vermelhos, como também permite iluminar a cena de um
ângulo que produza algumas sombras. Estes suportes são montados na câmara
através do encaixe para o tripé. O flash é encaixado numa sapata sem ligações e
estas são feitas através de um cabo de sincronia.
Suporte para flash.
• Os reflectores de flash reflectem a luz emitida pelo flash, suavizando-a, porque
usam uma maior superfície reflectora. Uma das versões destes reflectores usa
aberturas para permitir que alguma da luz seja reflectida pelo tecto, enquanto
que o resto é reflectido na direcção do objecto.
• Os difusores de flash são como caixas de luz translúcidas que espalham a luz do
flash, de forma a suavizá-la.
• Os cabos de extensão (mostrados abaixo) permitem ligar o flash à câmara
sem ter que o montar na sapata. Isto permite usar o flash a alguma distância
da câmara, através do uso de um tripé. O flash integrado na câmara está muito
perto do eixo da objectiva, e dispara ao longo desse mesmo eixo. Afastar o flash
da objectiva usando um cabo de extensão permite obter efeitos de luz mais
interessantes e projectar sombras que mostram a textura e o relevo dos objectos.
Reflectores de flash.
Difusor de flash.
Capítulo 8
Fotografia de Estúdio
A
luz que necessita para fotografar é muitas vezes proporcionada pela
Natureza. No entanto, há alturas em que não existe luz suficiente,
ou o tipo certo de iluminação, para a realização dos seus objectivos.
Nestas alturas, os fotógrafos usam flashes electrónicos ou luzes de
estúdio, acompanhados de reflectores, difusores e outros dispositivos que
ajudam a controlá-los. Os estúdios profissionais gastam pequenas fortunas
em equipamento de iluminação, mas nem toda a gente precisa de um estúdio
profissional. Ruth Bernhard, que recebeu parte dos seus conhecimentos de
Edward Weston, fez fotografias fantásticas de conchas, com o equipamento mais
simples e barato que se possa imaginar. Em 1945, escreveu: “Antes de fotografar,
eu dedico muito tempo ao estudo da iluminação. Gosto de utilizar projectores
pequenos e pouco potentes em combinação com espelhos de toilette – do tipo
das “lojas dos 300”. Raramente direcciono a luz directamente para a superfície,
prefiro usá-la tangencialmente. Se alguma sombra mais dura interfere com a
delicadeza da composição, uso ecrãs de difusão, mesmo nos espelhos. Com uma
luz suave e pouco abundante, e um planeamento cuidado, a lindíssima forma
plástica da concha pode ser recriada.” Por causa do custo e dos conhecimentos
requeridos, a fotografia de estúdio tem estado reservada aos fotógrafos
profissionais. No entanto, com o aparecimento das câmaras digitais e a enorme
expansão de publicações baseadas na Internet e de leilões on-line, este tipo de
fotografia é realizado hoje em dia por milhões de fotógrafos amadores.
Umas das coisas que o uso de câmaras digitais fez renascer é a iluminação contínua
em estúdio, semelhante aos candeeiros de pé ou de mesa, que temos em casa. Este
tipo de luz desapareceu, quando a iluminação de flash foi introduzida na fotografia
de filme. Era necessário utilizar filtros na objectiva ou no projector, para fazer
corresponder a luz com o tipo de filme utilizado. A escolha dos filtros certos requer
muitos conhecimentos e experiência, já que só se podem conferir os resultados
depois do filme ser revelado. No entanto, com as câmaras digitais, o balanço de
brancos elimina esta preocupação, e por isso a iluminação contínua voltou a ser
popular, especialmente em estúdios domésticos, ou de pequenos negócios. Uma
das grandes vantagens da luz contínua é que torna possível visualizar o seu efeito
directamente, ou através do visor da câmara. Quando muda as luzes de posição,
consegue ver as alterações nas altas luzes e nas sombras. Isto permite-lhe interagir
directamente com a montagem da iluminação, fazendo com que pareça que está a
pintar com luz.
Suporte de luz O único problema deste tipo de iluminação é o calor que é gerado por alguns tipos
desmontável.
Imagem cortesia de de lâmpadas, especialmente as de tungsténio e as de halogénio. A utilização de
Smith‑Victor. lâmpadas mais recentes, muito mais frias, elimina ou reduz dramaticamente este
problema. Existem três componentes a ter em conta neste tipo de iluminação:
suportes, reflectores e lâmpadas.
Suportes
Existem suportes de variados estilos e preços. O seu objectivo é servir de apoio
a projectores, sombrinhas, difusores, caixas de luz, e outros dispositivos de
iluminação com posições fixas. Geralmente são desmontáveis, para facilitar a sua
arrumação, e têm pernas seccionadas para permitir o ajuste da altura. Também é
possível adicionar um braço extensor (boom) para aumentar a distância a que se
encontram as luzes, os reflectores, difusores e outros dispositivos. Para a maioria
Os reflectores para das finalidades, os suportes não precisam de ser muito altos, basta que tenham
projectores e outro entre 1,8 e 2,5 metros.
tipo de lâmpadas estão
disponíveis para quase
todos os suportes de Reflectores
luz. Imagem ortesia de
tabletopstudio.com Existem vários tipos de reflectores, desde os que se encontram em lojas de
ferragens, a dispendiosos reflectores profissionais. Há várias características a
considerar ao escolher reflectores:
• A forma como são montados nos suportes que planeia usar. Se a montagem não
for segura, o reflector pode sair de posição a qualquer altura.
Um braço de extensão • O tamanho e o ângulo da luz que o reflector projecta. Alguns projectam feixes de
montado num suporte luz mais estreitos que outros. Alguns são mesmo classificados como pontuais ou
de luz permite amplos por causa dos seus ângulos de cobertura.
posicionar o projector
por cima do objecto • A voltagem para a qual estão projectados.
sem que o suporte
apareça na fotografia.
Imagem cortesia de Lâmpadas
Smith-Victor.
A lâmpada é a parte mais crítica do sistema de iluminação contínua.
• As lâmpadas de tungsténio, especialmente os projectores para fotografia,
geram uma enorme quantidade de calor. Algumas têm durações muito curtas
(até 3 horas). Como eram o único tipo de lâmpada disponível quando uso deste
tipo de iluminação era mais popular, são responsáveis pelo nome alternativo da
iluminação contínua – hot lights (luzes quentes).
Lâmpada compacta • As lâmpadas HMI (Halide Metal Oxide) são lâmpadas em arco, pequenas e
fluorescente. dispendiosas, que geram 4 ou mais vezes luz que as de tungsténio, com menor
emissão de calor. A temperatura de cor da sua luz é semelhante à da luz de dia.
Este livro tem o apoio da 179
Capítulo 8. Fotografia de Estúdio
• As lâmpadas fluorescentes são baratas, geram menos calor, gastam 90% menos
energia e duram 100 vezes mais do que as lâmpadas de tungsténio (até 10000
horas). A sua potência também pode ser descida até 3% do total, proporcionando
uma temperatura de cor mais consistente. Um novo género de lâmpada
fluorescente, chamada lâmpada fluorescente compacta (CFL) está disponível em
várias temperaturas de cor. A lâmpada de 6500ºK emite luz branca, geralmente
chamada de Cool Daylight (luz de dia fria), as de 5000ºK equiparam-se à luz do
O Tri-Lite da Calumet meio-dia. Como estas lâmpadas têm tão boas características, são a melhor opção
usa três lâmpadas para a fotografia digital.
fluorescentes que quase
não geram calor. Isto O sistema de balanço de brancos da câmara é capaz de captar correctamente
permite posicionar a as cores sob qualquer tipo de iluminação. No entanto, é preciso lembrar que
luz perto do objecto,
para obter o nível
tipos de luzes diferentes projectam cores diferentes numa composição. É por
máximo de iluminação isso que as fotografias tiradas dentro de casa têm normalmente uma dominante
sem o danificar devido avermelhada, e as que são tiradas sob luzes fluorescentes têm uma aparência
à exposição a calor esverdeada. Quando escolher luzes ou lâmpadas para o estúdio, especialmente
intenso.
de iluminação contínua, deve investigar dois termos relacionados com a cor,
usados para as descrever – temperatura de cor e índice de reprodução de cor
(color rendering index)
• A temperatura de cor descreve o quão fria ou quente é a fonte de luz. Por
exemplo, as lâmpadas incandescentes têm uma tonalidade mais quente e
mais avermelhada do que as HMI, que são mais frias. A temperatura de cor é
expressa em graus Kelvin (K). A luz de dia, num dia sem nuvens, ronda os 6500º
Kelvin, uma mistura da luz do sol a 5500ºK com a luz do céu a 9500ºK. As
luzes com temperaturas de cor mais baixas são mais avermelhadas, as de maior
temperatura têm tonalidades azuis. Para medir a temperatura de cor, é possível
Os projectores mais usar um colorímetro. Este dispositivo é bastante dispendioso, e apesar de ser
baratos para fotografia
digital são os candeeiros
crucial em fotografia de filme, não é tão necessário em fotografia digital, por
de mesa com braço causa do sistema de balanço de brancos.
articulado. Combinam
suporte e lâmpada em • O índice de reprodução de cor (CRI – Colour Rendering Index) é uma medida
apenas uma unidade. relativa que indica a forma como as cores mudam, quando iluminadas por um
género de lâmpada particular, quando comparada com uma fonte de luz de
referência, como a luz de dia. A luz de dia tem um CRI de 100, o máximo valor
possível.
Quanto mais perto o CRI de uma fonte de luz estiver dos 100, mas exactamente
reproduz as cores. A potência da luz contínua é geralmente expresso em watts, e
ocasionalmente em lúmen.
Para verificar se os seus • Os watts descrevem o consumo da potência, e não a quantidade de luz emitida.
fusíveis ou disjuntores Por exemplo, pode haver vários sistemas de iluminação que usem lâmpadas de
vão aguentar as luzes
que pretende usar, 100 watts, mas a sua eficiência de rendimento pode variar até 100%, ou mais.
adicione todas as
voltagens e divida-as • Os lúmenes indicam a intensidade da luz contínua e são a medida da potência
por 110, para calcular total de uma lâmpada. Uma lâmpada fluorescente compacta de 27 watts tem
o número de amperes. 1750 lúmenes, o mesmo que uma lâmpada de tungsténio de 100 watts.
Se o resultado for um
número superior ao • A eficiência do reflector assegura que a luz disponível seja direccionada para
dos fusíveis ou dos o objecto a ser fotografado, e não para áreas fora do campo de visão da câmara.
disjuntores, use menos
potência ou ligue as Geralmente, quanto mais brilhante for uma luz, menor é a abertura de diafragma
luzes em circuitos necessária, ou maior pode ser a distância entre o objecto e os projectores. No
diferentes entanto, para fotografar sobre uma mesa, quase qualquer tipo de luz funciona.
Alguns projectores de luz contínua vêm equipados com um interruptor
regulador de potência. Isto permite ajustar a luminosidade da lâmpada sem
alterar a distância entre o projector e o objecto. No entanto, é preciso lembrar
que a alteração da luminosidade de uma lâmpada, afecta a temperatura de cor
da sua luz. Ajuste sempre o balanço de brancos da câmara depois de alterar a
luminosidade de uma lâmpada.
Sapatas
câmaras têm uma
sapata, na qual pode Muitas câmaras têm uma sapata na qual pode ser ligado um flash externo,
ser introduzido um flash que está projectado para funcionar com a câmara. As ligações eléctricas para o
externo.
obturador e para o sistema de exposição automática são feitas automaticamente
assim que o flash é colocado no seu lugar. Existem adaptadores para estas
sapatas que permitem a ligação de cabeças de flash de estúdio.
Terminal PC
Um terminal PC (Prontor-Compur) localizado no corpo de algumas câmaras
permitem a utilização de cabos para ligar as unidades de flash. O cabo que se liga
Terminal PC a um terminal PC chama-se cabo de sincronização, ou cabo PC. Quando tira uma
fotografia, é enviado um sinal, a partir da câmara e ao longo do cabo, que faz o
flash disparar. Quando uma determinada câmara não possui um terminal PC,
mas tem uma sapata, é possível usar um adaptador que permita a utilização de
um cabo de sincronização.
Quando uma unidade de flash é ligada a uma câmara pode ser aconselhável o
Cabo de sincronização. uso de um regulador de voltagem. Estes dispositivos reduzem a voltagem de
Cortesia de Paramount sincronização para os 6 volts, protegendo a câmara de picos de voltagem, que a
Cords.
danificariam.
http://www.photocourse.com/itext/lightquality/
Clique para explorar a
luz dura e suave.
Luz Objecto
Uma caixa de luz cria
um banco de luz suave
quando é posicionada
perto de um objecto. As
caixas de luz também
são equilibradas para
luz de dia.
Luz Objecto
A bola de basebol
foi fotografada com
luz dura (em cima, à
esquerda) e com luz
suave (em baixo, à
direita). As diferenças
são flagrantes. A luz
suave “envolve” a bola,
porque a sua fonte é
muito maior. A luz dura
tem um efeito mais
dramático na textura da
superfície da bola.
A Smith-Victor fabrica
um ecrã difusor que
alarga o tamanho da
fonte de luz. Este ecrã
reduz a influência da
luz directa da pequena
lâmpada montada no
reflector.
sistema reflector
TableTop da LumiQuest.
Um simples espelho de
toilette pode ser um
prático reflector.
As sombrinhas estão
disponíveis em vários
formatos, desde as de
montar na câmara, às
de tamanho jumbo.
Imagem da sombrinha
Jumbo, cortesia de
Bogen Photo Corp.
Imagem da sombrinha
de montar na câmara,
cortesia do BKA Group.
Utilizar Difusores
Difusor de tecido
montado num suporte.
loja de artigos de belas-artes. As estruturas para telas são muito úteis porque
podem ser adquiridas desmontadas, aos pares, e depois montadas em
diversos tamanhos. Estes difusores podem parecer simples, mas são usados
até por profissionais.
A Lastolite fabrica a
Ezybox, uma caixa
de luz desmontável
e de fácil arrumação.
Imagem cortesia de
Bogen Photo Corp.
O exCube permite
fotografar pequenos
objectos com luz difusa.
Um pequeno difusor
pode ser montado
numa unidade de flash
externo para suavizar
a luz.
Ecrãs de tela. • As lentes Fresnel são utilizadas para fazer convergir o feixe de luz.
Imagem cortesia de
Smith‑Victor. • Os ecrãs difusores feitos de plástico, papel ou tecido translúcido, são colocados
à frente de uma fonte de luz para suavizá-la.
• As grelhas de favos tornam fazem com que a luz adquira um efeito mais
direccionado e menos difuso. Os raios de luz obtidos com este dispositivo são
mais paralelos e não suavizam as sombras nem os contrastes, como acontece
com a maioria dos difusores.
• Os gobos ou bandeiras são painéis colocados entre a fonte de luz e o objecto.
Estes bloqueiam a luz recebida pela objectiva ou por certas partes da cena, ou
Grelha de favos. criam padrões de sombras no plano de fundo ou no objecto. Uma forma de
Imagem cortesia de
Smith-Victor os utilizar é posicioná-los entre a luz e a parte mais iluminada do objecto para
reduzir o contraste e eliminar reflexos.
Ecrã difusor. Imagem
cortesia de Smith-Victor
Gelatinas (Snappies).
Imagem cortesia de
Smith-Victor
Mapa de cores Macbeth. • A Escala de Cinzas da Kodak é utilizada para verificar se está a capturar todos
os valores tonais possíveis. A escala tem 20 passos, em incrementos de uma
décima da densidade, entre o branco 0.0, e o 1.90, um tom muito próximo do
preto. Quando fotografa esta escala, deverá ser capaz de ajustar os controlos de
brilho e contraste do monitor ou do televisor, até conseguir visualizar os 20 tons.
Se a imagem mostrar vários dos tons mais claros, todos brancos, quer dizer que a
imagem está sobeexposta. Se o mesmo acontecer nos tons mais escuros, a imagem
está subexposta.
O Guia de Separação
de Cor (em cima) e a • O Guia de Separação de Cor da Kodak oferece-lhe um termo de comparação entre
Escala de Cinzas (em a cor do objecto e cores impressas conhecidas. É possível usá-lo como um guia
baixo), ambos da Kodak
são disponibilizados em
para ajustar o balanço de brancos, o matiz e a saturação da sua câmara. Se enviar
dois tamanhos: 35 e 20 uma fotografia para uma gráfica, para ser incluída num catálogo, o guia ajuda a
cm. criar as transparências necessárias para a impressão. O cartão contém 9 parcelas,
com dois valores de saturação para cada uma. Quando fotografa estas parcelas de
cor, o seu objectivo é que as cores mostradas no ecrã se pareçam o mais possível
com as originais.
A saída de vídeo da
câmara pode ser
utilizada para ligar
um televisor durante
as suas sessões
fotográficas. Isto
permite a visualização
imediata da imagem,
em grandes dimensões.
(A folha usada no
projector previne que a
luz ilumine o plano de
fundo).
Materiais
Um dos materiais mais usados para fazer planos de fundo são as cartolinas
disponíveis em variadíssimas cores em qualquer papelaria. Para um assunto de
É possível colocar rolos maiores dimensões, os fotógrafos profissionais usam um rolo de papel próprio,
de papel de todas as cuja largura pode ir até aos 3,5 metros. Existem suportes próprios para estes
cores num suporte
para planos de fundo.
rolos, que facilitam a renovação do plano de fundo, com papel novo e limpo.
Cortesia de Smith-Victor Os planos de fundo estão disponíveis numa grande variedade de cores e até
padrões, mas o branco, o cinzento e o preto são boas escolhas para quase todos
os objectos. Também pode usar cartolinas coloridas, ou colocar filtros na luz do
fundo para adicionar cor a um fundo branco. Se usar cores, considere a forma
como a cor do plano de fundo se relaciona com a cor do objecto fotografado.
Também é possível utilizar materiais invulgares para fazer planos de fundo.
Materiais tão variados como tecido, ardósia, azulejos ou madeira podem
funcionar bem, se complementarem o motivo e estiverem bem iluminados. Em
alguns casos, podem-se adicionar outros elementos ao cenário, para invocar
um determinado estado de espírito. Por exemplo, uma caneta requintada
pode ser mostrada num cenário rico, com madeira de grão fino e livros
encadernados com cabedal.
As papelarias têm
restos de cartolinas, Iluminação
que são ideais para
cenários de dimensões
A iluminação do plano de fundo é tão importante como a do objecto em si. As
reduzidas. técnicas mais comuns utilizam iluminação uniforme, em gradações, ou sem
sombras.
• A iluminação em gradações é criada quando se curva o plano de fundo,
que depois é iluminado a partir de cima. Isto projecta mais luz na parte inferior
do plano de fundo, o que resulta numa gradação entre um tom mais escuro no
topo, e um tom mais claro, na base.
Para obter um plano de Se necessário pode aplicar um fragmento de folha de alumínio na parte de trás
fundo sem sombras, do projector para evitar que a luz ilumine a parte superior do plano de fundo.
pode-se usar uma caixa Também é possível elevar o objecto, colocando-o sobre um suporte de vidro ou
de luz.
acrílico, para que a luz lhe passe por baixo.
• A iluminação sem sombras permite-lhe fotografar o objecto contra um
fundo branco ou colorido, de forma a parecer que ele flutua. Uma das maneiras
de o fazer, é sobreexpondo o plano de fundo. Algumas pessoas são da opinião
que uma sombra projectada à frente do objecto, lhe confere “peso”. Para a
obter, coloca-se a luz principal por cima e atrás do objecto. É possível usar
uma luz de enchimento ou reflectores para iluminar a frente da cena. A forma
mais fácil de obter uma iluminação do plano de fundo sem sombras, no caso de
um objecto de dimensões reduzidas, é colocá-lo sobre um suporte de vidro ou
acrílico iluminado pela parte inferior. Se publicar as imagens na Internet, pode
usar este conceito para fazer com que os objectos “flutuem” no plano de fundo.
Com um plano de fundo branco na imagem, e um plano de fundo branco na
A Bogen fabrica planos página Web, parece que os objectos “flutuam”. Também é possível converter
de fundo desdobráveis. a imagem para o formato GIF, tornando o seufundo transparente, para que o
Cortesia de Bogen Photo
Corp. objecto flutue em planos de fundo de qualquer cor.
Nestas imagens,
os planos de fundo
utilizados foram uma
cartolina cinzenta (em
cima) e um pedaço de
ardósia (em baixo).
Posicionar a Câmara
Na imagem da
esquerda, a câmara
foi inclinada, fazendo
as linhas paralelas
convergir. Na fotografia
à direita, o plano
focal da câmara
estava paralelo ao
objecto, reproduzindo
correctamente as linhas
verticais.
A fotografia da
esquerda foi tirada
de muito perto,
com uma objectiva
grande‑angular. A
imagem da direita foi
tirada de uma posição
mais afastada e com
uma maior distância
focal. As imagens são
muito diferentes uma da
outra, sendo que a da
direita é muito mais fiel
à realidade.
Ambas as fotografias
mostram objectos com
margens rectas. No
entanto, ambas foram
captadas com objectivas
grande-angular e
sofrem de distorção
cilíndrica.
A Luz Principal
Nestas imagens, a
luz principal está
posicionada à esquerda,
acima e à direita do
busto.
A iluminação vinda
de baixo, pode dar
um efeito misterioso
aos retratos e outros
objectos. Não é a forma
que estamos habituados
a ver as cenas serem
iluminadas.
A Luz de Enchimento
Para além da luz principal, muitas fotografias são tiradas com uma luz de
enchimento que, em exteriores, corresponde àquela que incide sobre o objecto,
num dia de céu aberto. Em estúdio, esta luz é posicionada na direcção oposta
da principal. O objectivo não é eliminar as sombras, mas antes suavizá-las,
ao iluminar apenas o suficiente para revelar os pormenores. Em algumas
situações é utilizado um cartão de enchimento em vez de uma unidade de
iluminação. Este reflecte a luz principal, fazendo-a incidir sobre a parte do
objecto que está à sombra. É possível alterar a posição da luz de enchimento
A luz de enchimento, para obter diferentes efeitos. Ao posicioná-la perto do eixo da objectiva, reduz
oposta à luz principal, a possibilidade de aparecerem sombras confusas que não favorecem o objecto.
ilumina as sombras que
esta cria no objecto.
Como a luz de enchimento tem menos intensidade que a luz principal, ela pode
ser mais facilmente dominada pela luz ambiente vinda dos candeeiros ou das
janelas. Esta luz ambiente não é necessariamente nociva, desde que tenha
em mente o seu efeito no balanço de brancos. Para eliminar ou reduzir a luz
Dica
ambiente, basta apagar os candeeiros ou fechar as persianas das janelas.
Cada alteração de
um stop duplica a A luz de enchimento tem normalmente metade da intensidade da luz principal.
intensidade da luz, A sua intensidade relativa pode ser controlada de várias maneiras. Por
e as proporções de
iluminação são ex- exemplo, pode ser afastada do objecto, podem ser usados difusores, ou pode-
pressas da seguinte se usar uma unidade de luz menos potente. Na luz de flash, também é possível
forma: ajustar as proporções de iluminação entre as luzes, especificando a diferença
• 0 stops = 1:1 entre os valores de exposição obtidos. Algumas luzes contínuas possuem um
• 1 stop = 2:1 interruptor regulador de potência.
• 2 stops = 4:1
• 3 stops = 8:1 Quando usa duas ou mais fontes de luz para iluminar uma cena, as diferenças
• 4 stops = 16:1
de intensidades são expressas como uma proporção. Por exemplo, se duas
fontes de luz têm a mesma intensidade, a proporção é de 1:1. Se uma das luzes
for mais intensa que a outra, as proporções podem ser de 2:1, 3:1, 4:1, etc. O
http://www.photocourse.com/itext/fill/
primeiro número da proporção é o número de stops de diferença entre os dois
níveis de iluminação. Quanto maior for a proporção, mais contrastada será a
Clique para explorar a
luz de enchimento imagem. Em proporções muito elevadas, as altas luzes e as sombras perdem
informação.
A luz de enchimento,
posicionada à direita do
objecto, está cada vez
mais próxima.
A Luz de Fundo
A luz de fundo
está posicionada
lateralmente e ilumina
o plano de fundo, sem
iluminar o objecto.
http://www.photocourse.com/itext/background/
Clique para explorar a
luz de fundo.
A Luz de Recorte
Uma luz de recorte pode ser colocada por trás do objecto, em direcção da
câmara, para iluminar os contornos e separá-lo do plano de fundo. Em
fotografia de retrato, esta luz é utilizada para iluminar os cabelos, mas
também é utilizada em muitos outros assuntos. A luz de recorte é geralmente
posicionada atrás do objecto, num plano mais elevado que as restantes.
Como aponta na direcção, é importante que seja totalmente bloqueada pelo
objecto, ou fora do campo de visão para reduzir a possibilidade da criação de
reflexos indesejados (flare) e de redução de contraste. Se algum destes efeitos
A luz de recorte é aparecer, utilize uma bandeira para bloquear a luz da objectiva.
geralmente montada
atrás do objecto, num
plano mais elevado que
as outras luzes.
http://www.photocourse.com/itext/rim/
Antes de montar o cenário de uma sessão fotográfica, deve reflectir sobre aquilo
que pretende captar – a iluminação é um meio, não um fim. O fim é obter uma
imagem que é não só um registo descritivo do aspecto de um objecto, mas que
também seja visualmente interessante. As pessoas devem gostar de observar
uma imagem porque esta lhes captou a atenção. No mínimo, a imagem deve ser
profissional e mostrar alguma perícia.
Antes de mais nada, deve respirar fundo, e lembrar-se que ser paciente
compensa. O objectivo é tirar uma boa fotografia, não interessa o tempo que
Transparência possa demorar. No final de contas é muito mais rápido acertar na primeira
sessão, do que ter que repetir tudo de novo. E não se deixa atrair pela ideia de
que qualquer imagem pode ser aperfeiçoada no Photoshop. É possível salvar
uma má imagem, mas nenhum programa vai tornar uma má fotografia numa
imagem perfeita.
Assim que estiver no estado de espírito certo, pergunte-se o que é que
pretende transmitir sobre o objecto. Uma maneira de começar é identificar as
características que pretende realçar. A maioria dos objectos apresentará uma ou
mais das características seguintes:
• A transparência é uma característica que permite que a luz atravesse o
Superfície reflectora
objecto. Quando fotografar um motivo com esta característica, tal como uma
peça de vidro, minerais, ou joalharia, tente colocar uma luz por trás do objecto.
• Um objecto com uma superfície reflectora, tal como a prata, precisa de ser
fotografado de maneira a que reflicta apenas objectos neutros, tais como cartões
pretos, que revelam a sua modelação e melhoram a sua aparência.
• Um objecto de superfície plana, tem apenas duas dimensões a considerar, a
altura e a largura. Este tipo de objectos, tais como impressões, mapas ou gráficos
precisam de ser iluminados uniformemente.
Superfície plana.
• Para captar um objecto com profundidade, ou tridimensional, a iluminação
deve ser irregular, para criar sombras e criar a ilusão de volume. A profundidade
de campo também é importante, para captar nitidamente todas as partes do
objecto.
• Alguns objectos são caracterizados por terem pormenores que precisam
de ser evidenciados. Quando fotografa um item usado, é necessário mostrar os
danos feitos com o tempo, ou outros detalhes, tais como etiquetas interessantes,
ou outros. Uma maneira de enfatizar os detalhes é aproximar-se o objecto. Outra
maneira é através da utilização de uma iluminação que os destaque.
Assim que tiver tomado as decisões que se referem ao objecto em si, terá que
reflectir sobre o cenário onde o quer fotografar. Este cenário, é essencialmente, o
plano de fundo onde ou vai colocar.
• Em muitos casos, os planos de fundo mostram apenas uma cor ou um tom,
Profundidade ou mesmo a ausência de ambos. Alguns objectos podem ser valorizados se forem
colocados sobre um fundo que evoque um determinado estado de espírito. Por
exemplo, uma peça de prata dos índios Navajo pode ficar melhor se for colocada
sobre uma pedra, do que sobre um fundo branco. Pense em maneiras de utilizar
superfícies, cores, tons e até reflexos que valorizem o motivo principal da
fotografia.
• A escala pode ser importante, e pelo menos um dos objectos representados
deve ter uma dimensão facilmente reconhecível por todos, para demonstrar a
Pormenor. escala dos outros objectos.
Veja o facto de não ter despesas com filme e poder visualizar imediatamente
os resultados, como um convite à experimentação. Mude as luzes e os reflec-
tores de posição, experimente diferentes fundos e difusores. O único limite é
a sua imaginação, e a sua vontade de inovar.
A escala é importante.
Na imagem da
esquerda, o pin
apresenta detalhes
suficientes, mas não
apresenta nenhuma
indicação do seu
tamanho. Quando
é incluída uma
pequena moeda na
imagem, determina-
se imediatamente a
dimensão do pin.
Dica
• Ficaria
surpreendido
com a quantidade
de fotógrafos
famosos que
expunham suas
imagens com base
na informação
disponibilizada
com o filme que
usavam. Não há
nada de errado Quando tira fotografias em estúdio, considere os seguintes aspectos:
em determinar
a exposição das • Mantenha a luz ambiente a uma fraca intensidade, para controlar a ilumi-
suas fotografias,
através de nação sem interferência e contaminação de outras fontes de luz.
tentativa e erro,
utilizando o • Utilize o adaptador de corrente da câmara (se o tiver), para deixá-la perma-
monitor. nentemente ligada.
• Lembre-se que • Desligue a função de desligar automático, para que a câmara não se desligue
o seu visor ou
monitor podem a todos os minutos.
mostrar apenas
95% da área • Se possível, use o monitor para compor e analisar as suas fotografias. No en-
da imagem. tanto, não confie demasiado na sua imagem. É muito difícil avaliar a nitidez,
Podem aparecer a exposição e o balanço de brancos num ecrã tão reduzido.
elementos
inesperados nas
margens das
fotografias.
Capítulo 9
Exibir e Partilhar Fotos no Ecrã
D
esde os primórdios da fotografia que as imagens têm uma forma sólida
e concreta. Uma foto tinha de ser colocada num lugar público ou
passada fisicamente de pessoa em pessoa para que todos pudessem vê-
la. Foi com a invenção do televisor que as fotos adoptaram um formato
electrónico. Mas a TV não era uma boa forma de os fotógrafos partilharem as suas
imagens porque ninguém tinha um estúdio, um transmissor, autorização ou a
restante parafernália necessária. Actualmente, o que nos permite trazer a fotografia
para o televisor é o formato digital. E há uma lista variada de tipos de ecrã para
exibir as suas imagens, desde os integrados nos telemóveis, aos monitores do
computador, passando até por sistemas de cinema em casa.
Há também muitos meios de exibir as suas fotos, desde simples anexos de e-
mail a elaborados slide shows com transições profissionais e música de fundo ou
narração. Independentemente do ecrã que escolhe ou da distribuição das suas
imagens, é fácil partilhar as suas fotos com os outros. Aliás, é tão fácil partilhar
imagens digitalmente que muitos acreditam que o mercado da impressão
fotográfica “tem os dias contados”. As fotos estarão por toda a parte, mas em
dispositivos electrónicos e não em papel. Podemos are imprimir uma foto
ocasionalmente e não uma centena delas todos os anos, como provavelmente até à
pouco tempo faria.
Neste capítulo vamos explorar essa área. Vamos abordar o envio de fotos por
e-mail, ou pró mensagem instantânea; ver como criar e exibir slide shows, criar e-
books de fotografia; colocar fotos em sites de partilha de imagens ou conceber o seu
próprio site ou blogue; criar protectores de ecrã e ou mapear as suas fotos.
Uma das formas mais vulgares de partilhar imagens é através do e-mail. Basta
escrever uma mensagem, anexar ou inserir o ficheiro da imagem, e enviá-lo para
um ou mais destinatários. Os e-mails tornaram-se de tal forma universais que os
telemóveis e PDA já incluem esta função. Até já se fizeram tentativas de integrar
esta funcionalidade em algumas câmaras para que pudesse enviar imagens
directamente. Certamente veremos isso alastrar-se a muitas outras.
1. Abra um novo e-mail Há três formas básicas de incluir uma fotografia numa mensagem, como anexo
e seleccione o comando ou inserida no corpo da mensagem.
Inserir > Imagem para
pesquisar no sistema
a imagem que quer
enviar. Anexar fotos
Nos primeiros dias da computação, os e-mails eram extremamente básicos.
Uma mensagem poderia conter apenas letras, números e alguns símbolos,
como pontuação. Por serem tão básicos, a única forma de enviar fotos ou outros
ficheiros era anexando-os à mensagem – da mesma forma que coloca uma
fotografia dentro do envelope da carta que envia. Quando o e-mail chegava ao
destinatário, tinha de se abrir o anexo para o visualizar. Praticamente todos
os programas de e-mail ainda têm algures no menu um comando de Anexo.
2. Depois de seleccionar Quando usa este comando, depois insere o nome do ficheiro de imagem que
uma imagem, ela é quer anexar, ou faz uma pesquisa para o encontrar no sistema. Depois de anexar
inserida no e-mail e
pode enviá-la para a foto, basta clicar no comando Enviar e a mensagem com o anexo é enviada.
quem quiser. Quando um e-mail com um anexo chega ao destinatário ele pode abrir o anexo
para ver a foto. Aí também é possível guardar a imagem para ser visualizada
como qualquer outra no sistema do destinatário.
O maior problema com os anexos é que podem ser utilizados para difundir vírus,
por isso, muitas pessoas deixaram de os abrir e alguns sistemas de firewall ou
filtros bloqueiam-nos.
Regras do E-mail
Dica
Há algumas regras a considerar quando envia fotos por correio electrónico,
Para partilhar uma
colecção de fotos sobretudo no que respeita ao tamanho e ao formato. Muitas pessoas ainda
por e-mail tem de utilizam sistemas de ligação por modem. Quando envia uma foto para uma
a comprimir em destes endereços certifique-se que é suficientemente pequena para não obstruir o
ZIP através de um
programa, como o sistema à chegada. Muitos ficheiros de imagem têm mais de 1 megabyte e levam
WinZip ou o Stuffit, demasiado tempo a serem guardados num computador com ligação à Internet
que transforma por modem. Estas imagens são também demasiado grandes para serem exibidas
todas as imagens
num único ficheiro na maioria dos ecrãs, por isso o utilizador tem de as arrastar e percorrer. Não só
que pode depois ser é incorrecto enviar uma imagem demasiado grande (ou demasiadas imagens),
descomprimido pelo como também podem ser bloqueadas durante o envio do e-mail ou pelas
destinatário.
definições do computador do destinatário. Elas podem também exceder o espaço
disponível da conta de utilizador do destinatário e bloquear outros e-mails. Para
tornar uma imagem mais pequena utilize um programa de edição fotográfica
para reduzir o tamanho para cerca de 640 x 480 píxeis e aumente a compressão
do ficheiro. Uma imagem mais pequena continuará a parecer óptima no ecrã. Se
utilizar o Windows XP, o Wndows Vista ou o OSX da Aplle, pode redimensionar
uma imagem quando a quiser enviar. Certifique-se que envia as imagens num
formato suportado pela maioria dos programas de e-mail, como JPEG. Se
enviar ficheiros do Photoshop (PSD), RAW ou TIFF, o destinatário não poderá
Quando clica com o
botão direito sobre uma
visualiza-los, a menos que tenha um programa que suporte esses formatos.
imagem no Windows XP
e escolhe Enviar para>
Para transferir ficheiros de imagem grandes que estejam a ser bloqueados
Destinatário de Correio, pelo portal do e-mail ou pelas limitações da caixa do correio, experimente
uma caixa de diálogo transferência peer-to-peer ou cliente/servidor, que iremos abordar neste
questiona-o se gostaria
de tornar a imagem
capítulo.
mais pequena.
Cartões de felicitações
Uma variante de enviar fotos por e-mail é enviá-las como um postal on-line ou
cartões de felicitações, por vezes designados por postais electrónicos ou eCards.
Pode enviar um postal com uma mensagem e uma foto para qualquer pessoa que
tenha um endereço de e-mail e um navegador da Internet. Os sites de cartões
também costumar ser livres de encargos ou têm uma cota de subscrição anual.
Estes sites oferecem uma grande variedade de postais, com diferentes temas por
onde escolher, mas também pode adicionar as suas fotos e mensagens pessoais
a um postal. Por exemplo, em bluemountain.com, basta clicar em Add-a-Photo
O Photoshop Elements (Adicionar uma foto) para pesquisar entre as imagens do seu computador
permite-lhe criar
facilmente postais para e escolher uma para o seu postal electrónico. Quando envia um postal pode
enviar por e-mail. acontecer uma de duas situações: alguns sites exibem-no no ecrã do destinatário
quando ele abre o e-mail, mas a maioria envia apenas uma mensagem de e-mail
com instruções para ver o postal. Esse aparecerá como uma hiperligação para
a página da Internet onde o postal está armazenado. Se a hiperligação estiver
sublinhada, o destinatário só tem de carregar sobre ele. De outro modo, tem de
copiar e colar a hiperligação na caixa de endereços do navegador da Internet.
Alguns sites enviam-lhe uma notificação quando o destinatário visualiza o cartão.
Se, depois de enviar o postal, se arrepender, muitos sites permitem-lhe apagá-lo
– com alguma sorte antes de o destinatário o ver.
Se não quiser utilizar um serviço online, há muitos programas de edição
fotográfica que permitem criar postais para enviar pelo correio ou por e-mail.
Por exemplo, o Photoshop Elements disponibiliza modelos e permite enviar os
postais como um ficheiro PDF.
O iChat Theater da
Apple.
Slide Shows – Na TV
Utilizar DVD
Com o constante decrescer do preço dos leitores de DVD, já é habitual
encontrarmos um destes dispositivos em qualquer sala de estar. Os DVD
podem ser gravados no seu computador e têm uma capacidade suficiente para
armazenar slide shows de alta qualidade. Para criar uma destas mostras utilize
um programa de slide show (abordaremos este tema posteriormente) que
faça a conversão para um formato compatível com a TV e depois grave-a num
DVD. (Pode utilizar também Video CD (VCD) e Super Video CD (SVCD) mas a
qualidade de imagem apresentada por estes formatos é menor que a facultada
Algumas câmaras
incluem um controlo
pelo formato de DVD e pode desapontá-lo. Se tiver apenas um gravador de CD,
remoto para que possa pode fazer uma ostra com apenas algumas imagens, gravar o disco e tentar
passar as imagens, reproduzi-lo antes de perder demasiado tempo com isso.)
rodá-las ou fazer zoom.
As consolas de jogos representam uma área cada vez mais importante. O Xbox
Music Mixer foi um dos primeiros “jogos” a permitir descarregar fotos, vídeos e
música do PC para a Xbox, para criar slide shows com a sua música favorita como
som de fundo. Podemos esperar que muito mais soluções deste género sejam
lançadas para o mercado. A PlayStation 3 da Sony reproduz os discos Blu-ray (BD)
mais recentes, com capacidade para 25 e 50 GB.
A Sony e outros
fabricantes
disponibilizam Ligações sem fios
pequenos leitores de
DVD portáteis que lhe Uma das mais recentes formas de ligar o computador à TV é através de um
permitem exibir os seus servidor multimédia (home media server) que se liga à TV ou ao sistema de
slide shows onde quer entretenimento em casa, que comunica com outros dispositivos na rede Wi-Fi
que esteja. da casa. Quando pensar em adquirir um destes dispositivos certifique-se que se
informa bem sobre as características, sobretudo no que diz respeito aos formatos
de imagem suportados. Todos eles são compatíveis com JPEG, mas podem não
o ser com ficheiros TIFF, RAW ou do Photoshop. Pode utilizar apenas um home
media server num espaço coberto por uma mesma rede. Como a rede pode ser
conectada utilizando fios – uma rede Ethernet, mas a maioria dos sistemas são
wireless (sem fios), com emissão do sinal pelo ar até determinada distância. Com
uma tecnologia sem fios tem a liberdade de estar em qualquer parte da casa, ou
até no pátio, e mesmo assim mantém o acesso à Internet e a outros dispositivos
em rede, incluindo os dispositivos de entretenimento sem fios que tem em casa.
Todos esses dispositivos novos ou em fase de lançamento utilizam um standard
designado por 802.11 – actualmente802.11g. há diversos tipos, incluindo o mais
Os computadores recente e mais rápido. Estes dispositivos estão integrados no standard Digital
portáteis com drive de Living Network Alliance (DLNA), que funciona com transmissão em rede Wi-Fi
DVD são plataformas 802.11b/g. Isso dá-lhes a capacidade de comunicar entre eles, mas também com
ideais para apresentar
slide shows para uma rede Wi-Fi e outros dispositivos de entretenimento em casa.
pequenos grupos. Para criar uma rede sem fios de entretenimento em casa, comece com os
componentes necessários a uma rede Wi-Fi e adicione-lhe um servidor
multimédia:
• Um router ligado por cabo a um modem ou a outro dispositivo que utilize
para o acesso à Internet. O router tem ligações por cabo para fazer a ligação a
computadores próximos. Pode também ligá-lo num ponto de acesso wireless
através de unidades recentes que combinam estas duas funções num “router
wireless”.
• Os pontos de acesso wireless têm antenas para receber e enviar sinais a
partir das partes remotas da rede. Em alguns sistemas elas são unidades separadas
que se ligam ao router, noutros sistemas são combinados no router como uma só
unidade.
• Os adaptadores de rede sem fios são utilizados por cada uma das
A Xbox corre programas componentes da rede, incluindo: computadores, impressoras, discos rígidos e
gravados da TV, vídeos,
filmes, música e fotos a
servidores multimédia. Eles assumem diferentes formas, incluindo cartões que se
partir de um PC ou de inserem numa ranhura ou dispositivos que se ligam através de USB ou conexões
uma TV. FireWire. Grande parte dos computadores mais recentes e dispositivos portáteis
têm Wi-Fi.
• Um servidor multimédia liga-se ao televisor por cabo e acede à rede sem fios,
por isso é possível aceder a aplicações e a ficheiros armazenados no computador
através da TV. Embora outros fabricantes já tivessem tentado difundir este tipo
de dispositivos, o servidor multimédia Apple TV foi o mais bem sucedido porque
extrai os seus filmes e conteúdos da TV do famoso iTunes, e exibe fotos através
do iPhoto, quando se trata de um Macintosh, ou a partir do Adobe Photoshop
Elements ou Adobe Album, num PC Windows. As imagens são fantásticas, porque
o sistema requer definição melhorada ou uma TV panorâmica de alta definição.
Utilizando o comando à distância incluído, pode ver as suas imagens a uma
distância de cerca de nove metros. A Apple TV também tem um disco de 40GB
O Location Free Portable para armazenar mais de 50 horas de vídeo, 9 000 músicas e centenas de fotos em
Broadband TV, da Sony. alta resolução; e tem uma capacidade de saída de alta definição de 720p.
Um router wireless.
Cortesia da Linksys.
Um ponto de acesso
wireless. Cortesia da
Linksys.
Apesar da TV ser ideal para slide show, muitas não têm uma resolução
Dica equivalente à de um bom ecrã do computador ou a variedade de aplicações
Os sistemas disponíveis no computador. Também pode exibir qualquer slide show gravado
de mensagens num DVD novamente no computador, mas com outros formatos isso nem
instantâneas e
de partilha de sempre é possível. Vamos ver algumas alternativas:
fotos peer-to-peer
tendem a permitir
colocar slide Sites de Partilha de Fotos
shows na Internet
directamente a partir Os sites de partilha de fotos são claramente a opção mais simples. Basta publicar
do seu disco rígido. a sua imagem num destes sites, depois os utilizadores clicam no botão de slide
Abordamos esse show para ver as imagens sequencialmente. Há alguns websites que agrupam as
tema neste livro.
suas imagens num slide show em Flash que pode depois publicar em qualquer
website, incluindo sites sociais como o MySpace.
Animações GIF
Os ficheiros de animação GIF são provavelmente os géneros mais simples
http://www.photocourse.com/itext/gif/naturelog.htm
de slide shows na web. Quando vista através de um browser, a imagem
é reproduzida directamente na página a intervalos especificados pelo
autor. A apresentação pode estar definida para terminar ou para reiniciar
constantemente. O utilizador nem sequer precisa de clicar em nenhum botão
pois a reprodução é automática. A capacidade de agrupar uma série de imagens
como uma animação GIF está integrada em vários programas de edição
fotográfica, mas também há aplicações específicas para isso. Quando utiliza estes
programas, defina um tamanho idêntico para todas as imagens, bem como a
mesma proporção e orientação antes de as integrar numa animação GIF.
Apresentação cuidada
As apresentações em DVD que podem ser vistas na TV também podem
ser reproduzidas num computador com um leitor de DVD e um programa
como o Windows Media Player, o DVD Player do Mac, ou o RealPlayer. O
programa que utiliza para criar slide shows para gravar em DVD também
pode opções para guardar a apresentação noutros formatos, que na maioria
podem ser reproduzidos num browser. Alguns formatos criam apresentações
suficientemente pequenas para enviar por e-mail. Outros criam apresentações
mais pesadas que podem ser publicadas num website ou distribuídas em CD.
Quando faz duplicações, torna o produto público ou tem lucros com isso, está
a desrespeitar a lei. A cópia e distribuição generaliza de música MP3 tornou
as pessoas menos sensíveis aos direitos de autor, mas, utilizar o trabalho de
alguém sem a sua permissão representa sempre falta de ética e normalmente
é ilegal. Há apenas dois tipos de música que pode utilizar sem permissão
– livre de direitos de autor (royalty free) e de domínio público:
• A música livre de direitos de autor é paga e gravada por determinada
entidade, ou retirada do mundo das gravações de domínio público. A
utilização desta música é livre, mas é paga uma taxa uma única vez à
produtora pelo tempo e trabalho dispendido na recolha e publicação de uma
colecção. Algumas fontes permitem-lhe experimentar as músicas na Internet
para escolher e comprar online apenas as que quer.
• A música de domínio público é de livre utilização porque já não é
abrangida pelos direitos de autor (copyright), ou o seu autor ou qualquer
outro interveniente na sua criação disponibilizou-a para domínio público.
Seria bom que houvesse uma forma fácil de avaliar que algo é de domínio
público, mas não há. Há todo um segmento da área jurídica dedicado aos
vários aspectos da propriedade intelectual, que muitas vezes são pouco
claros. A melhor opção é procurar uma fonte de música fidedigna que possa
utilizar e deixar essa questão ao seu cuidado.
Geralmente existem pequenos excertos musicais ou faixas completas. Os
trechos de músicas são curtos e repetem-se consecutivamente durante as
suas apresentações. Par slide shows mais longos, precisa de músicas inteiras
que acompanhem as apresentações, mas não tenham demasiado impacto.
Tenha o cuidado de ler a licença de utilização antes de comprar uma
música. Na Shockwave-Sound.com obtém o que designam por Total Buyout
Synchronization License. Isso significa que a música pode ser sempre
utilizada com imagens, texto ou outros conteúdos gráficos/áudio, desde que a
O Garage Band, da música esteja em segundo plano e não como conteúdo principal do produto.
Apple, permite-lhe Esta licença permite-lhe utilizar a música quantas vezes quiser, em diferentes
compor as suas próprias projecto, sem ter de pagar mais por isso. Mas está limitado a um máximo de
músicas. Contém
mais de 2000 Apple 499 cópias físicas de qualquer produto que contenha a música. Para fazer
Loops (excertos) de mais cópias precisa de uma Mass Production Licence.
vários instrumentos e
géneros musicais, com Se divulgar o seu slide show numa estação de televisão pública local, precisa
uma vasta selecção de de direitos adicionais. Poderá ser mais fácil compor a música directamente
performances pré-
gravadas. É como ou pedir à assistência para cantarolar.
ter o seu próprio
acompanhamento
musical. Há mais Escolher um Programa de Slide Show
de 100 softwares
de instrumentos Houve uma autêntica avalanche de programas de slide show – são tantos que
e, com um teclado é impossível avaliá-los todos. Estão disponíveis como aplicações específicas
USB ou MIDI, pode para criar slide shows, ou sob a forma de funcionalidades integradas noutros
produzir e gravar som
utilizando centenas de programas. Mesmo que não tenha noção, pode até já ter uma no seu sistema.
instrumentos, incluindo Os programas de slide shows apresentam-se de várias formas:
um piano, guitarras de
12 cordas, vibrafones, • As aplicações de edição de vídeo permitem criar slide shows sofisticados
instrumentos de e dar-lhe o máximo de controlo, sobretudo quando sincroniza música e usa
percussão, órgãos,
pianos electrónicos, efeitos especiais. Um slide show assemelha-se a um filme mas os fotogramas
sintetizadores e baixos. são reproduzidos mais devagar.
Quando escolhe uma aplicação de slide show, uma das características chave a
ter em conta é os formatos de saída suportados. Isso determina quer a forma
de distribuição da apresentação quer a sua visualização. O ideal é poder gravar
versões que possam ser publicadas na Web, enviadas por e-mail aos amigos,
exibidas num iPode ou gravadas num DVD. Se o formato de saída já estiver
implementado e for largamente utilizado, o espectador deverá estar informado
sobre actualizações necessárias e novos sistemas disponíveis. Os formatos
novos, ou menos generalizados, normalmente requerem um leitor ou um
plug-in que o utilizador deve a instalar a primeira vez que os usar. Estes são os
formatos mais habituais:
• MPEG (Moving Picture Experts Group) é um standard para vários formatos
de compressão. O MPEG-1 é utilizado para a Vídeo CD e para a compressão
do conhecido formato de áudio MP3. O MPEG-2 é adoptado para o formato
de qualidade de emissão em televisores, televisão digital e DVD. O MPEG-3
foi originalmente criado para HDTV, mas entretanto foi descontinuado (não
confunda com MP3). A última versão, MPEG-4, é a primeira versão criada para
o fluxo de trabalho digital – captura, elaboração de documentos multimédia,
codificação, edição, distribuição e exibição. Este formato é compatível com
Digital Rights Management, HD-DVD e Blu-Ray e é reproduzível na maioria
dos dispositivos incluindo leitores Quicktime, telemóveis, Apple iPode, Sony
PSP e Pocket PC.
• O QuickTime (.MOV) é uma estrutura multimédia desenvolvida pela Apple.
Este formato tem semelhanças com o MPEG-4.
• Os ficheiros Flash Video (FLV) podem ser enviados por e-mail ou puvlicados
O iPode pode reproduzir na Web e visualizados com o Adobe Flash Player. Este formato é suprtado pelo
slide shows gravados no
formato MPEG-4.
YouTube, Google Video, Reuters.com e MySpace. Os ficheiros Flash (SWF)
não são considerados formatos de vídeo e são semelhantes aos utilizados em
animações gráficas de vectores para a Web.
• Os ficheiro Adobe PDF (PDF) pode ser exibidos como slide shows em
qualquer sistema com o Acrobat Reader 5.1, ou posterior, instalado.
• As apresentações em PowerPoint (PPT) podem ser visualizadas por qualquer
pessoa que tenha o Power-Point ou o visualizador gratuito PowerPoint no
computador. O Keynote da Apple tem o seu próprio formato de ficheiros,
que pode ser lido noutro Macintosh. A aplicação gratuita em OpenOffice.org
permite exportar as apresentações para Adobe Flash (SWF) e PDF, bem como
abrir e guardar ficheiros PowerPoint.
• Os ficheiros EXE são programas que contêm quer as imagens, quer o
software necessário para as visualizar. Uma vez que este tipo de formato pode
ser utilizado para transmitir vírus, pode ser bloqueado por algumas firewall
ou sistemas de segurança da Internet, e alguns utilizadores têm grandes
desconfianças relativamente a ele.
• O Motion JPEG (M-JPEG) considera cada fotograma de um filme como uma
imagem JPEG. Já foi largamente utilizado pelos modos de vídeo das câmaras,
mas foi substituído pelo MPEG-4.
•O WMV (Windows Media Video) é utilizado na distribuição de vídeo na
Internet, bem como num formato de DVD standard que utiliza uma variante
designada por WMV HD. Os conteúdos em WMV HD podem ser reproduzidos
em computadores ou leitores s de DVD compatíveis.
• O formato AVI (Audio Video Interleave), introduzido pela Microsoft, é
considerado ultrapassado, mas continua popular devido à sua compatibilidade
com softwares de edição e reprodução de vídeo existentes, bem como com o
Windows Media Player.
O mais irónico da fotografia digital é que à medida que torna mais fácil e mais
acessível exibir imagens para milhões de pessoas isoladamente ou pequenos
grupos em frente ao televisor, mais dispendioso se torna apresentar as
imagens para um grupo reunido numa sala. Os dias dos projectores de
lanterna já lá vão e os slide shows de 35 mm também já saíram de cena.
Os slide shows são agora apresentados através de projectores digitais (por
vezes designados como projectores multimédia) sobre ecrãs. Se nunca se
A luminância da cor é aborrece com as apresentações em PowePoint , isso deve-se à tecnologia
um novo critério para
avaliar a qualidade de utilizada. A sua apresentação pode ser guardada em qualquer dispositivo de
um projector. Para a armazenamento do computador e reproduzida a partir daí, ou disponibilizada
calcular, os lúmenes através de uma TV ou leitor de DVD para o projector. Aqui estão alguns
das três cores primárias
(vermelho, verde e aspectos a considerar quando escolhe um projector.
azul) são medidos em
nove áreas, três de
cada cor. A avaliação
dos lúmenes é somadas
e depois é calculada a
média para determinar
o rácio da luminância
da cor.
Um projector da Epson.
Características do ecrã
A qualidade do ecrã é a características mais importante e é difícil avaliá-la sem
ver as imagens directamente. Isso implica que vá até uma loja, no entanto, a
maioria não tem molduras em funcionamento expostas. Irá perceber que os
géneros variam muito, mas todas foram desenhadas para se assemelharem, em
maior ou menor grau, a uma moldura tradicional e muitas até têm caixilhos
muito familiares. Encontra molduras com um design elegante e sofisticado,
mas também há modelos semelhantes às de madeira cuidadosamente
trabalhada. Os fabricantes parecem querer tornar estes dispositivos mais
apelativos adicionando molduras grandes a pequenos ecrãs.
• O tamanho e resolução são duas características determinantes para a
qualidade da imagem apresentada, mas também para o preço da moldura. As
especificações exactas são difíceis de obter e por isso é praticamente impossível
avaliar por comparação, mas a relação entre estas duas características é
Esta moldura de 40 essencial. As resoluções disponíveis são semelhantes às encontradas noutros
polegadas, da Digital dispositivos digitais: 640 x 480, 800 x 600, 1024 x 768 e 1280 x 1024. Com
Picture Frame, tem cada uma destas resoluções a qualidade de imagem irá diminuir à medida que
uma resolução de 1280
x 1024. Uma vez que o ecrã for maior, pois os píxeis disponíveis são expandidos por uma área maior.
o ecrã tem 34 x 29
polegadas, a densidade Para calcular a densidade de píxeis do ecrã, primeiro tem de calcular a área de
de píxeis é de 1 329 por visualização do ecrã e a resolução. Por exemplo, se o ecrã tiver 4 x 6 polegadas
polegada quadrada, ou e a resolução for de 640 x 480; 4 x 6 = 24 polegadas quadradas; e 640 x 480
36 píxeis por polegada.
equivale no total a 307 200 píxeis. Depois tem de dividir o total dos píxeis pelas
polegadas quadradas para encontrar o número de píxeis por polegada quadrara
– 307 200/24 = 12 800 píxeis por polegada quadrada. A raiz quadrada desse
número dar-lhe-á o valor de píxeis por polegada, neste caso 113. Os valores
superiores oferecem mais qualidade, mas a comparação só pode ser feita entre
ecrãs com aproximadamente o mesmo tamanho.
• A expressão “píxel por polegada” refere-se à distância entre o cento dos
píxeis e os números menores apresentam vantagens. Esse valor permite-lhe
ter uma ideia da densidade de píxeis e será mais elevado num ecrã de maiores
dimensões com baixa resolução.
• O número de cores tem um grande impacto na qualidade de visualização
das suas fotografias. Os ecrãs de baixa qualidade terão um valor na ordem dos
milhares (normalmente 256 000) e os de alta qualidade na ordem dos milhões.
Outras funções
• Um controlo remoto permite-lhe alterar as especificações e controlar
o slide show em curso. Os botões de zoom e pan permitem-lhe explorar
detalhes nas fotos.
• O software pode permitir-lhe adicionar legendas, sons, efeitos especiais e
Uma moldura Memento, de transição, ou rodar as imagens.
com um controlo
remoto, da A Living • As actualizações do software podem ser descarregadas a partir do
Picture. website do fabricante, para melhorar a sua moldura.
• Em alguns modelos, uma bateria recarregável permite-lhe ligar a
moldura por algum tempo, sem recorrer a fios, para que possa passá-la a
outras pessoas enquanto exibe as suas fotos.
• Um relógio integrado liga e desliga a sua moldura consoante as suas
definições. O melhor será definir horários diferentes para os dias da semana
e para os fins-de-semana. Pelo menos uma moldura (Philips) permite-lhe
especificar uma data, como um aniversário, quando determinada foto é
exibida.
Quando a fotografia surgiu, a única forma de incluir fotos em livros era fazer
impressões e depois colocá-las nas páginas. A primeira obra ilustrada desta
forma foi o livro “Pencil Nature”, da autoria de Henry Fox Talbot, publicado em
partes entre 1844 e 1846.
Durante muito tempo, o único método de reproduzir fotos em massa era
gravá-las numa pedra ou chapa que depois se cobria de tinta e pressionava
contra o papel para transferir a imagem. O método funcionava, mas a imagem
era convertida para linhas desenhadas durante o processo. À medida que
as tecnologias de impressão foram evoluindo, tornou-se possível imprimir
fotografias acompanhadas por texto, como se faz actualmente. No entanto,
a impressão de alta qualidade sempre foi muito dispendiosa e só se justifica
quando se produz um grande número de cópias para comercialização. Isso
Uma gravura em aço tornou a indústria de publicação praticamente impenetrável - com todos os seus
feita a partir de uma
fotografia. No detalhe editores, agentes e outros ramos associados. Na verdade, é um privilégio viver
aumentado pode ver os numa era em que a auto-publicação não só é possível, como, em alguns casos,
pontos e linhas usados preferível. As bibliotecas foram repensadas e os fundos redireccionados para os
para recriar a foto. materiais digitais, enquanto os livros impressos foram relegados para segundo
plano e a sua procura diminuiu. Esta grande mudança ainda tem um grande
caminho a percorrer, mas já é possível usufruirmos das suas vantagens.
Os fotógrafos profissionais encontraram apenas duas saídas, as exposições em
galerias e as monografias (livros com as suas fotos). As mostras em galerias não
são acessíveis a todos e, por norma, não têm muitos visitantes, mas continuam
a ser uma boa forma de dar a conhecer o trabalho do autor. As monografias não
têm um grande volume de vendas, porque acaba por ser mais barato folheá-las
nas livrarias. (Um editor de livros fotográficos afirmou que tentar vender um
livro de fotografias é como convencer um cliente a ir ao cinema assistir a um
filme que já tenha visto). Actualmente, com a criação de eBooks que podem
ser facilmente enviados por e-mail ou descarregados da Internet, os fotógrafos
podem expor o seu trabalho a uma audiência muito mais vasta. Uma das grandes
vantagens de utilizar o formato PDF é o facto de possivelmente não precisar de
aprender a dominar um novo programa. Pode utilizar qualquer programa com
o qual esteja familiarizado para criar um álbum fotográfico, um jornal, uma
ilustração, ou qualquer outro documento com fotos e, na fase final, utilizar o
mesmo programa para criar ficheiros PDF. Feita a conversão para PDF, pode
distribuir o eBook digitalmente (como explicamos nesta secção), ou imprimi-lo
(como mostramos no próximo capítulo).
Criar um eBook exige três passos – desenho das páginas, conversão para PDF e
distribuição.
Quando exibidos,
os ficheiros PDF
apresentam uma tabela
de conteúdos onde
pode clicar, e muitos
outros elementos
de navegação como
miniaturas de capa
páginas.
Planear um Livro
O processo de criação de um eBook é igual ao de criação de qualquer livro
impresso.
O primeiro passo é criar um esquema do livro, juntando o texto, as legendas e as
fotografias. Existem vários programas que pode utilizar para compor um livro. Os
mais conhecidos na indústria editorial são, por exemplo, o InDesign e o Quark. No
entanto, estes programas custam centenas de euros e aprender a dominá-los não
é nada fácil. Se não tiver acesso a nenhum programa deste tipo, pode obter cópias
de programas tais como o Aperture da Apple e o Publisher da Microsoft, que são
muito mais económicas. Todas estas aplicações incluem modelos predefinidos
com elementos gráficos, tipos de letra e cores fáceis de escolher. É possível utilizar
estes modelos tal como são disponibilizados nos programas, ou adaptá-los à
medida que ganha experiência, mas também é possível criar as suas composições a
partir do zero, utilizando quaisquer elementos que deseje, incluindo tipos de letra,
fotografias ou outras ilustrações.
Um programa de edição não é o mesmo do que um processador de texto. Num
programa de edição, é possível criar caixas nas quais digita o texto, arrastar os
cantos ou os lados da caixa para mudar-lhe o tamanho ou a forma, mudar a caixa
de posição e até rodá-la para fazer com que o texto fique na diagonal. As fotografias
são colocadas numa página e também é possível mover, rodar e redimensioná-las.
As caixas de texto e as fotografias mantêm-se no mesmo lugar, mesmo que o texto
seja apagado. O texto pode correr de uma caixa para outra, como num documento
de várias páginas, ou estar contido numa única caixa, como num cabeçalho ou
numa legenda.
Uma imagem pode valer mais do que mil palavras, mas é surpreendente como
uma legenda ou outro texto podem ajudar a contextualizá-la. Pense em imagens
num diário de viagem, com uma introdução que prepara o leitor, e com legendas
que explicam quem e o quê está representado em cada fotografia, bem como
onde e quando foi tirada. Junte algumas histórias interessantes, e um conjunto de
fotografias que só tinha significado para as pessoas que participaram na viagem,
transforma-se num diário ou num livro com significado para toda a gente.
Para compor fotografias numa página, é possível arrastar os cantos para as ampliar
ou reduzir, sem alterar o seu número de píxeis. Quando uma imagem é reduzida, o
número de píxeis por polegada (ppi – pixel per inch) aumenta porque são reunidos
numa área mais pequena. Pelo contrário, quando a imagem é ampliada o número
de píxeis por polegada diminui, porque são distribuídos por uma área maior.
Geralmente, uma imagem deve ter pelo menos 100 ppi para visualização no ecrã, e
200 ppi para fazer cópias impressas, por isso tente não usar imagens com números
muito inferiores a estes.
Ler um eBook
Os eBooks em PDF podem ser lidos e impressos por qualquer pessoa cujo sistema
tenha a versão gratuita do Acrobat da Adobe (Acrobat Reader) instalada. (A
http://www.photocourse.com/itext/ebooks/mewoods.pdf
maioria dos sistemas têm este programa, e se não tiverem, é possível descarregá-lo
gratuitamente a partir da página da Adobe.)
Quando abre o documento no Acrobat Reader, ele é exactamente igual àquele que
criou noutro programa – tem os mesmos tipos de letra, a mesma formatação, os
mesmos elementos gráficos e cores que o original. Esta é a razão pela qual este
formato é tão utilizado na criação de eBooks e outras publicações com muitas
ilustrações e excelentes designs. O Acrobat Reader disponibiliza os controlos
http://www.photocourse.com/itext/ebooks/monarchs.pdf
utilizados para “folhear”, percorrer ou ampliar o documento, ou até pesquisar
palavras-chave contidas no texto.
As miniaturas de todas as páginas do documento, a tábua de conteúdos e as
ligações tornam a tarefa de navegar num documento PDF extremamente fácil. Até
é possível fazer o texto ser lido em voz alta e apresentar as páginas em slideshow.
Para ver algumas das possibilidades, são disponibilizados excertos de dois eBooks,
aos quais pode aceder através dos botões das Extensões mostrados à esquerda.
Um dos excertos pertence a um livro de fotografias tiradas ao longo de um ano
num bosque. O segundo é retirado de um livro sobre a criação de borboletas
monarca.
Um dos programas de
depende fortemente
do PDF é o Photoshop
Elements. Ele usa-
o para reproduzir
sons, vídeos e efeitos
de transição, em
slideshows e cartões
electrónicos.
Carregar imagens
Depois de criar uma conta numa destas páginas, pode colocar as suas imagens
num álbum ou galeria, que podem ser públicos ou protegidos com palavra-passe.
Neste caso, a galeria só pode ser acedida pelas pessoas com quem partilhou a
palavra-passe. Como o processo de carregar as fotografias é aquele que exige mais
interacção da sua parte, este deve ser o mais simples possível. Existem vários
métodos de carregar imagens, e alguns serviços disponibilizam mais do que um.
• Programas no ambiente de trabalho. Alguns serviços disponibilizam
gratuitamente programas que pode utilizar para organizar e editar as imagens no
seu ambiente de trabalho, que depois serão transferidas para as suas galerias. Esta
é a melhor opção se pretende partilhar um grande número de fotografias, ou usar
regularmente o mesmo serviço.
• Pesquisadores. Muitos serviços têm um botão de pesquisa na página que se
clica para carregar as imagens. Quando encontra o ficheiro que pretende carregar
basta seleccioná-lo e carregar no botão Upload.
• Applets. Alguns serviços disponibilizam um plug-in do pesquisador. Este é
utilizado para seleccionar no seu sistema as imagens que pretende carregar. Em
muitos casos, estes apresentam-se em forma de janela, para a qual arrasta os seus
ficheiros de imagem. Estas applets permitem-lhe transferir várias imagens sem ter
que descarregar e instalar programas no seu sistema.
Este livro tem o apoio da 227
Capítulo 9. Exibir e Partilhar Fotos no Ecrã
A página de partilha
de subscrição
paga Phanfare
lidera o mercado,
porque sincroniza
automaticamente as
suas galerias Web com
pastas específicas do
seu sistema.
Dica
Métodos de classificação
Não utilize as
páginas de Quando publica as suas imagens numa página de partilha, estas costumam
partilha de fotos ser agrupadas em pastas. Esta organização é feita segundo um método de
como o único
armazenamento classificação. Algumas páginas permitem que os utilizadores e os visitantes
das suas imagens. classifiquem imagens através de etiquetas. Este método de classificação pode
Mantenha os ser restrito ou alargado. O método utilizado no Atpic é alargado, porque não
originais em sua
posse, para o caso existem restrições no que diz respeito às etiquetas utilizadas. Pelo contrário, a
de algo acontecer classificação de imagens no Flickr é restrita. No Atpic, as etiquetas associadas
com a página. às galerias e aos artistas são mostradas com as imagens.
O SmugMug é um
dos sistemas pagos
de partilha de
fotografias preferido
dos utilizadores. Tem
um design excelente
e características
inovadoras, tais como
a inclusão das suas
fotografias num mapa.
O espaço de partilha
de fotografias do Flickr
lidera o mercado de
páginas gratuitas.
Introduziu o conceito de
classificar as imagens
com etiquetas, e
tem uma legião de
utilizadores leais.
Quando pretende ter o controlo absoluto da página Web onde publica as suas
Dica imagens, a melhor opção é criar a sua própria página Web. As únicas coisas
que precisa são um domínio, um serviço de hospedagem, e uma ferramenta de
Quando publica
imagens na Internet,
elaboração de documentos multimédia. Aqui são analisadas algumas das opções.
é fácil serem • Contas gratuitas. É possível que o seu serviço fornecedor de Internet lhe
roubadas. Existem ofereça uma ou mais contas gratuitas. Ao disponibilizar modelos de páginas que
serviços, tais como
picscout.com que
têm a aparência geral pré-estabelecida, facilitam ao máximo a construção de uma
marcam as suas página Web. É quase tão fácil como preencher impressos. Os visitantes entram na
imagens digitalmente página através de um URL, tal como http://johndoe.home.comcast.net (comcast
e procura é o nome de um fornecedor de Internet). Também é possível utilizar ferramentas
continuamente essas de elaboração de documentos multimédia mais poderosas para criar as suas
marcas na Web. páginas no computador, e depois copiá-las para a sua página Web, dispensando os
Quando as encontra, modelos e outras ferramentas. Alguns serviços oferecem este tipo de ferramentas
o serviço informa- com download gratuito.
o, para que possa
tomar as devidas • O seu próprio domínio (nome). Se a sua intenção é ter uma página Web
providências. mais profissional, o melhor é registar o seu próprio nome de domínio, tal como
www.oseunome.com e depois encontrar um local na Internet onde hospedar a sua
página. Empresas como a Pair.com ou a Network Solutions fornecem ambos os
serviços. Apesar de ter de pagar uma taxa anual para registar o domínio, e taxas
mensais para o serviço de hospedagem na Internet, o seu bónus é geralmente
obter um endereço de e-mail gratuito. Por exemplo, como registei o nome de
domínio shortcourses.com para a minha página Web, agora posso utilizar o
endereço de e-mail denny@shortcourses.com. O meu serviço de hospedagem na
Internet não guarda as mensagens enviadas para esse endereço, antes reenvia-
as imediatamente para a conta de e-mail do meu serviço fornecedor de Internet
(Comcast). Sempre que eu mudar de conta de e-mail, basta aceder ao serviço
de hospedagem e indicar o novo endereço. Enquanto mantiver o domínio
shortcourses.com activo, tenho um endereço de e-mail permanente.
Quando escolher o seu serviço de hospedagem, há vários aspectos a considerar:
• Qual é o limite de transferência de dados? Existe normalmente um limite
mensal da quantidade de dados que podem ser transferidos a partir da página
Web, para os visitantes. Os ficheiros de imagem podem ser bastante pesados, e
se tiver a sorte de ter um grande número de visitantes, isso pode significar um
aumento de custos. Como são calculados esses aumentos?
• Quanto espaço de armazenamento é disponibilizado? É necessário
armazenar as suas imagens e outros ficheiros na página, e normalmente existe um
limite.
• Que tipo de ferramentas são disponibilizadas on-line para ajudar
a construir a sua página? É possível usar outras ferramentas, tais como o
Dreamweaver para carregar as informações? O tipo de ferramenta que precisa
para construir a sua página depende do seu objectivo.
• Construtores integrados de galerias. Quando pretende apenas publicar
imagens na sua página, vai verificar que muitos programas de edição de imagem,
tais como o Aperture, o Lightroom e o Picasa criam galerias em formato HTML
automaticamente, completas com hiperligações e botões de navegação. Quando
as páginas são geradas, deverá carregar todos os ficheiros para uma pasta na sua
CuteFTP permite-lhe página Web. Quando um visitante da galeria seleccionar qualquer miniatura, a
transferir ficheiros para imagem será mostrada em dimensões superiores. Estas páginas também têm
a sua página Web, todos os botões de navegação e outros dispositivos que permitem a um visitante
como se fosse uma percorrer as imagens. O Aperture disponibiliza um formato de diário, que lhe
qualquer drive do seu permite adicionar legendas ou textos às suas galerias.
sistema. As pastas e
ficheiros do seu sistema • Construtores independentes de álbuns, tais como o JAlbum foram
são mostrados no painel projectados especificamente para o ajudar a criar páginas de galerias que depois
da esquerda, e os da são copiadas para a sua página Web. Estes programas incluem modelos que
sua página Web, no da lhe permitem estabelecer o estilo da galeria e dos controlos da navegação, e cria
direita. Basta “arrastar automaticamente miniaturas e as ligações destas às imagens maiores. Quando a
e largar” os ficheiros
do computador para a criação do álbum está terminada, o programa copia todos os ficheiros necessários
página Web para a sua página Web.
Os modelos pré-
definidos permitem-
lhe publicar as suas
imagens na Internet de
forma quase imediata.
Imagem cortesia de
Web Gallery Wizzard.
Um dos modelos
de galerias Web do
Lightroom.
Alguns termos
• HTML significa
Hypertext Markup
Language e é a
linguagem usada
para criar páginas
Web.
• FTP significa File
Transfer Protocol e é
usado para carregar
os ficheiros da
página Web para a
Internet.
A maioria de nós
evita ter que
escrever em código
HTML (à esquerda).
Normalmente
preferimos trabalhar
visualmente (à direita).
Programas tais como
o Dreamweaver
permitem-lhe trabalhar
de ambas as maneiras.
Um blogue (contracção da expressão Web log) é uma página que permite uma
actualização cronológica fácil e rápida. É a publicação instantânea na Web,
no seu melhor. Tipicamente constituído por entradas breves, como um diário
pessoal, as informações publicadas mais recentemente, são mostradas no topo
da página, “empurrando” as mais antigas para o fundo, e eventualmente para
um arquivo. Os conteúdos deste tipo de diários públicos é tão variado como as
pessoas que os criam, e alguns blogues tornaram-se extremamente populares.
Visite, por exemplo, um blogue muito conhecido sobre gadgets, em engadget.
com. Além de publicarem os seus próprios conteúdos, muitas pessoas publicam
ligações a outras informações interessantes na Web, incluindo outros blogues.
Com o tempo, os blogues dividiram-se em várias categorias. Por exemplo,
um blogue fotográfico é apenas um blogue cujo único, ou mais importante
componente, são as fotografias. Uma variante deste tipo é um moblog, ou um
blogue criado com sons, fotografias e texto, feito para dispositivos sem fios, tais
como os telemóveis com câmaras. Para muitas pessoas, os blogues fotográficos
são como diários pessoais, de viagens ou outros. Alguns até permitem que os
http://www.shortcourses.com/naturelog/
visitantes comentem os seus conteúdos. Esta é uma forma fantástica de partilhar
as suas fotos com um grupo e obter as reacções às imagens ao mesmo tempo.
Para criar um blogue, é necessário seleccionar um serviço de weblogging. Alguns
são baseados na Web e, depois de abrir uma conta, sempre que visitar o seu site,
aparece um formulário no seu browser. Depois, basta clicar na janela de edição, e
começar a digitar e formatar texto, adicionar imagens, e clicar no botão Publicar
para enviar a sua nova entrada para o seu servidor Web.
Este processo não só é simples, como lhe permite fazer novas entradas em
qualquer lugar com acesso à Internet – até a partir de um cybercafé em Istambul.
Também existem serviços que lhe permitem instalar um programa no seu
computador, ou mesmo colocar o blogue na sua própria página Web, mas estes
requerem algum entendimento sobre a forma como funciona uma página Web.
Se não tem experiência em criar páginas, será mais fácil trabalhar com aqueles
que usam formulários on-line para fazer as suas entradas, porque estes realizam
todo o trabalho por si. Assim que o seu blogue estiver criado, pode convidar
pessoas a visitá-lo, enviando-lhes o endereço. Também pode fazer com que as
outras pessoas criem ligações para o seu blogue, ou promovê-lo em algumas
listas de blogues on-line, tais como o www.photoblogs.org.
A criação dos blogues é tão recente, que só agora a sua utilização se está
a tornar verdadeiramente generalizada. Ainda não há muitas grandes
empresas envolvidas (do tipo da Microsoft), apesar de o Google já ter
lançado o Blogger.com. Com um campo tão novo e tão vasto, as inovações
ocorre a todo o momento, por isso deve visitar páginas de criação de blogue
frequentemente para se informar sobre as variações em oferta.
Quando procurar um serviço de hospedagem de blogues fotográficos, há
várias questões a ter em atenção:
• Modelos. É possível criar uma página visualmente atractiva através da
Aqui estão alguns dos
modelos de blogues escolha de um dos muitos modelos predefinidos, fornecido pelo seu serviço
disponíveis no ou outros. Estes modelos oferecem não só os gráficos, como também o
blogger.com. esquema de apresentação das entradas e ligações entre outros.
• Gratuito ou pago? Muitos serviços oferecem ambas as versões. Os
serviços gratuitos são bastante básicos, muitas vezes têm publicidade, e não
lhe permitem publicar imagens. Para ultrapassar a versão básica, pode ter
que pagar uma pequena taxa.
• O serviço redimensiona automaticamente as imagens? Para que
tamanho?
Se está cansado de olhar para o mesmo ecrã do seu computador dia após dia,
pode animá-lo um pouco, usando uma das suas fotografias para o fundo do ecrã,
chamado Wallpaper ou fundo do ambiente de trabalho.
Qualquer imagem pode servir, mas uma que seja mais ou menos da mesma
dimensão, e que tenha a mesma proporção do monitor, resulta melhor. Assim
que descobrir a resolução do seu ecrã, por exemplo 1024 x 768, também pode
utilizar o seu programa de edição de imagem para a redimensionar para o formato
exacto. Alguns programas gestores de wallpapers fazem esse dimensionamento
automaticamente. Alguns até permitem a utilização de imagens mais pequenas
que o ecrã, e permitem fazer opções tais como Center (Centrar), Tile (Mosaico) ou
Stretch (Esticar) para especificar o esquema de apresentação do seu ecrã.
Como a personalização do wallpaper é tão popular, muitos programas integraram
esta função.
Para assinalar uma imagem como wallpaper com qualquer um destes programas,
basta seleccionar um comando ou clicar num botão. Alguns programas levaram
este processo mais à frente, e permitem a criação de um slideshow, para que o
fundo do ecrã mude em intervalos de alguns segundos. As suas imagens podem
ser mostradas numa ordem específica ou aleatória e podem ser mudadas todos os
dias, sempre que reiniciar o seu computador. Por exemplo, o Stardust Wallpaper
Control, é uma barra de ferramentas acessória que lhe permite alterar o wallpaper
Uma imagem de com um único clique, alterá-lo automaticamente de cada vez que o computador
wallpaper nas opções
Tile (em cima), Center
é reiniciado, ou segundo um horário previamente especificado. Quando escolher
(no meio), e Stretch uma imagem, lembre-se que pormenores complexos colidem com os ícones do
(em baixo). ambiente de trabalho. As fotografias mais minimalistas, como por exemplo, cenas
de nevoeiro ou paisagens funcionam melhor.
O Google Screensaver
cria uma montagem
com as imagens de uma
pasta que especificar.
Uma fotografia do
marcador US Geologic
Survey no Montecito
Peak, perto de Santa
Barbara, situado no
mapa do Google Earth
através do SmugMug.
O Photoshop Elements
5 permite “arrastar e
largar” imagens num
mapa e depois carregá-
lo para uma página
Web. Os visitantes vêm
o mapa e os clicam nos
ícones para ver as suas
imagens.
Capítulo 10
Exibir e Partilhar Fotos Impressas
A
nsel Adams abservou uma vez “O negativo é a partitura e a prova
o concerto”. As provas finais sempre foram muito apreciadas
e emoldurar impressões fotográficas sempre foi usual. Aliás, o
fotógrafo que mais vendeu até hoje provavelmente foi Wallace
Nutting, cujas fotos coloridas à mão estavam penduradas em praticamente
todas as casas da burguesia Vitoriana, do início do século XX. Na era digital,
também pode imprimir fotos para expor ou colocar em álbuns, mas não
precisa de se limitar a isso. É fácil utilizar o computador para desenhar livros
ilustrados, calendários, ou outros materiais e depois imprimi-los a cores
na sua impressora a jacto de tinta. Também pode utilizar serviços locais
ou online para imprimir livros com as suas fotos, ou colocá-las em t-shirts,
chávenas de café, tapetes de rato, calendários, postais, bijutarias e até em
bolos. Pode ainda gravá-las a laser em vidro, pedra ou madeira – dando um
novo significado ao termo “impressão a laser” e “materiais de arquivo”, Neste
capítulo vamos explorar as diversas opções disponíveis para a impressão das
imagens. Apesar de algumas se aproximarem muito do kitsch, todas oferecem
oportunidades criativas para quem queira explorá-las artisticamente, ou
pretenda apenas apreciar e partilhar as suas imagens.
Para criar imagens, as impressoras a cores dividem a página numa grelha com
http://www.photocourse.com/itext/CMYK/
milhares, ou até milhões, de minúsculas células, cada uma das quais tem de ser
reconhecida pelo computador. A impressora depois pulveriza ou usa pontos de cor
Clique para ver como se
pode combinar o ciano,
disposto em padrões para criar a imagem.
o magenta e amarelo
para criar todas as
cores. Cores CMYK
Como já viu, os monitores a cores utilizam três cores transmitidas (vermelho, verde
e azul - RGB) para criar imagens a cores no ecrã. Trata-se do chamado processo
aditivo da cor, porque adiciona quantidades variáveis criar todas as cores. As
impressoras utilizam luz reflectida e três cores (ciano, magenta e amarelo – CMY)
para criar imagens no papel. Trata-se do processo subtractivo da cor, porque as cores
impressas subtraem a luz absorvida por elas de forma a que apenas o vermelho,
o verde e o azul sejam reflectidos para os nosso olhos. Quando as três cores são
misturadas em quantidades iguais formam o preto – chamado preto composto. As
impressoras incluem um tinteiro preto adicional porque o preto composto tende a
ser demasiado monótono e sem brilho para imprimir caracteres e os pretos ricos das
fotos. Estas quatro cores dão o nome ao processo CMYK (C de cyan, M de magenta,
Y de yellow e K para black).
A mistura visual das
três cores básicas
cria outras cores.
A combinação do
magenta e do ciano
cria o azul (esquerda),
a do amarelo e do
ciano cria o verde (ao
centro) e a do amarelo
e do magenta cria o
vermelho (direita). A
impressora não imprime
branco – é criado pela
cor do papel vista
através das camadas de
tinta. Se não imprimir
em papel branco, não
obterá tons brancos.
A certa distância aparentam ser tons contínuos mas, quando ampliados aparecem
como vários pontos de cores diferentes. Criar softwares de impressoras que
permitam gradações suaves assemelha-se mais a um trabalho artístico que
cientifico. Como resultado, há grandes variações que nos métodos utilizados quer
nos resultados obtidos. Quando as gradações suaves das cores do original parecem
igualmente suaves na impressão e as mudanças de tons do original e da prova
correspondem à mesma gama, está comprovada a competência do sistema de
sombreado. Se o processo não for eficaz, as transições suaves estarão deslocadas,
A saturação e a formando faixas de cor, e podem originar efeitos moiré ou pontilhados. Este processo
densidade é controlada
pelo número de
consiste em ordenar pontos de impressão em grupos de grelhas, chamadas células de
pontos impressos em meios tons ou de tela, para depois utilizar esses pontos maiores como uma unidade
cada célula. Menos única para imprimir os píxeis. Os pontos impressos em cada célula controlar a cor e a
pontos significa menos
saturação. Imagem
intensidade da mesma.
cortesia da Tektronix.
• Para controlar as cores, em cada célula são impressas várias combinações de
pontos a partir das cores disponíveis. Por exemplo, para imprimir a cor púrpura a
impressora utiliza uma combinação de pontos magenta e ciano.
• Para controlar a densidade, a impressora varia o número de pontos impressos em
cada célula. Quanto maior a área coberta, mais escura será a célula. Para matizes
menos saturados, a impressora deixa alguns pontos por imprimir, para que a cor do
papel, normalmente branca, apareça através deles. Nas impressoras mais recentes
são utilizadas tintas diluídas para as cores mais claras.
As formas são criadas
variando os padrões de Programas de controlo das impressoras
pontos em cada célula.
As formas impressa Todas as impressoras vêm com um software que controla a conversão de dados
à esquerda são RGB para CMYK. O programa de controlo da sua impressora normalmente está
produzidas por píxeis
quadrados, como se vê disponível através da caixa de diálogo da impressão (Imprimir/Print), e apresenta
nos objectos do lado 0 botão Propriedades (Properties) ou Definições (Setup). A partir dessa caixa de
direito. Imagem cortesia diálogo pode especificar parâmetros como: tipo, tamanho e orientação do papel, a
da Tektronix.
qualidade de sida deseja e o número de cópias. Aí define também o perfil de saída,
normalmente especifico para os tipos de papel. Com base nas suas definições, o
programa determina a forma mais eficiente de aplicar os pontos de tinta na página.
Dica
Não confunda os
pontos por pole-
gada (dpi) de uma
impressora, com o
sistema de píxeis por
polegada (ppi) de
uma imagem. Cada
pixel é reproduzido
por vários pontos
impressos. Se souber
a quantidade de dpi
da sua impressora,
pode dividi-la pelos
ppi da sua imagem
para calcular quantos
pontos são utilizados
por pixel.
A caixa de diálogo do
programa da impressora
Epson 2400.
Imprimir - Online
Em muitos sítios pode entregar o cartão de memória da sua câmara, tal como
fazia com os rolos de negativos. No entanto, quando um serviço local não está
disponível, ou não lhe é conveniente, pode utilizar um dos muitos serviços
de impressão online, como o Shutterfly ou o Snapfish. A partilha de fotos
(abordada no capítulo anterior) é combinada com a impressão fotográfica,
em muitos sites. Com isso pretende-se que o utilizador ou aos seus visitantes
possam encomendar impressões das fotos carregadas. Para além das
impressões tradicionais em papel fotográfico de diferentes dimensões, estes
serviços aplicam as imagens em canecas, t-shirts e praticamente qualquer
item que possa imaginar.
O programa Phanfare
torna fácil carregar as Impressoras on-line
fotos para um álbum
fotográfico on-line para A maior parte das impressoras utilizadas para imprimir fotos em casa são a jacto
encomendar fotos. de tinta, que estão longe de atingir a qualidade das técnicas tradicionais, que
utilizam a luz para expor papel fotográfico de prata-halide. Mas, a antiga técnica
de expor, revelar, parar, fixar e lavar impressões na câmara escura ainda hoje
é utilizada, mesmo no mundo digital. Estes serviços online expõem as imagens
digitais em papel fotográfico tradicional, recorrendo a várias técnicas – incluindo
a que o papel é exposto com Leds ou lasers vermelho, verde e azul. Depois da
exposição o papel é processado quimicamente, como antigamente. O resultado
é uma imagem de qualidade fotográfica mais durável e mais barata que muitos
outros métodos de impressão fotográfica de alta qualidade.
A Cymbolic LightJet
5000 utiliza lasers
para expor materiais
fotográficos
convencionais com
dimensões até 40 x 50”
(102x127 cm).
Formatos de Impressão
É aceite generalizadamente que uma imagem é melhor quando impressa
entre 200-300 píxeis por polegada. Isso significa que para conseguir uma
imagem de 7 x 5 polegadas (18 x 13 cm) a sua imagem tem de ter no mínimo
1000 x 1500 píxeis, embora alguns assuntos permitam utilizar menos. A 150
ppi, a maioria das imagens vai parecer suavizada. Se aumentar para cerca
de 200, nota algumas melhorias e, a 300 dpi, a qualidade será a melhor.
Quando calcular o tamanho aceitável das impressões, lembre-se que qualquer
enquadramento diminui o número de píxeis. Quem afirmou que “o tamanho
não interessa”, certamente não se referia às fotos. Não há nada tão fascinante
como uma foto aumentada para um formato de poster, excepto talvez para
um painel publicitário ou para a parte lateral de uma carrinha.
Imprimir uma imagem Para imagens maiores utilizam-se impressoras de grande formato. Por
tipo “azulejo” permite exemplo, a Apple imprime imagens com 50 x 76 cm. Estas impressoras usam
criar posters gigantes. rolos de papel e podem ser de jacto de tinta ou de papel fotográfico de prata-
halide. Algumas impressoras de jacto de tinta permitem imprimir em papel
impermeável, adequado para expor em exteriores. Para acrescentar texto num
poster, ou para criar um com várias imagens, deve utilizar um programa gráfico
ou de edição fotográfica.
Aspectos a considerar
Quando tem imagens prontas a carregar, deve considerar os seguintes aspectos:
• Procure informação no Web site para saber como conseguir os melhores
resultados.
• Carregue imagens com alta resolução, mesmo que demore mais.
Quanto maior for o ficheiro com que o serviço terá de trabalhar, melhor será a
impressão final.
• Utilize o formato de imagem certo. Se não está a utilizar JPEG, verifique
se o serviço aceita o outro formato. Se não aceitar, pode utilizar um programa
de edição fotográfica para o converter para JPEG, ou procurar um serviço que
aceite o formato que pretende utilizar.
• Use o espaço de cor correcto. Praticamente todas as impressoras estão
preparadas para imprimir imagens em sRGB. Se as imagens tiverem o espaço
de cor Adobe RGB ou ProPhoto, as cores da impressão vão parecer apagadas.
• Minimize os efeitos da compressão. Um dos problemas das imagens
em JPEG é os artefactos da compressão. Se enviar imagens directamente da
câmara isso não acontece. No entanto, depois de editar e gravar as alterações,
a imagem é novamente comprimida e perde qualidade. Para evitar isso, grave
as imagens editadas em PSD, TIFF ou outros formatos que não comprimam a
imagem e grave apenas a versão final em JPEG. Independentemente do método
que utilizar há também a possibilidade remota de perder alguma informação
Exif necessária á impressora para obter os melhores resultados.
• Minimize os cortes. Este pode ser um problema, porque as proporções
da maioria das imagens diferem das dos papéis fotográficos. O serviço de
impressão online normalmente vai preencher o papel, mas, para isso, parte
da imagem pode ficar fora das margens e não ser impressa. Para minimizar os
cortes, antes de carregar a foto, certifique-se que a sua foto tem o aspect ratio
apropriado – ou seja, reenquadre-a você mesmo.
• Edição. Muitas imagens digitais beneficiam bastante com um aumento
da nitidez ou com o ajuste da gama tonal, utilizando um programa de edição
fotográfica. Se não fizer os ajustes antes de carregar a imagem, pode não obter
as melhores impressões. Por outro lado, o próprio Web site pode ajustar as suas
Para imprimir preencher imagens, por isso, verifique as informações relativas às alterações que deve, ou
uma folha de 10 x 15
cm com uma imagem, não, fazer.
te que a cortar nas
margens de cima e de • Levantar na loja. Alguns serviços têm acordos com lojas, por isso pode
baixo. fazer a encomenda on-line e levantar as imagens numa loja.
Imprimir – Na Loja
Imprimir – Na loja
Algo que não vai querer deixar de fazer, mesmo com a mudança para o digital,
são as típicas impressões de 10 x 15 cm, feitas numa hora pelos laboratórios.
Nem mesmo os fotógrafos mais ávidos querem ficar limitados à impressão
de fotos apenas através do computador. As boas notícias são que a fotografia
digital tornou-se mais parecida com a fotografia tradicional de filme, com a
impressão disponível nas lojas locais e grandes cadeias. A única diferença é que
em vez de entregar um rolo ao balcão, leva o cartão de memória. Estas lojas
podem até aceitar que retire o cartão da sua câmara para transferir as imagens
para os seus sistemas enquanto espera. Dessa forma o cartão é-lhe devolvido
e pode continuar a fotografar enquanto as suas impressões estão a ser feitas.
Uma hora depois, pode passar na loja para levantar as impressões. Informe-se
antecipadamente na sua loja. Os custos podem ser um pouco mais altos, mas
Um centro de imagem
digital de uma loja de
provavelmente eles também contribuem para o desenvolvimento do comércio
fotografia, equipado tradicional e da comunidade local.
com impressoras que
podem ler imagens a Muitas lojas têm também quiosques fotográficos selfe-service. Basta inserir
partir de um cartão de o seu cartão de memória (ou qualquer outro suporte onde armazenou as
memória ou CD.
imagens) e fazer impressões você mesmo. Quando utilizar um quiosque
fotográfico, deve ter em atenção alguns aspectos:
• As opções de entrada incluem cartões de memória e CD e, em alguns
casos, ligações Bluetooth sem fios para que possa imprimir imagens a partir do
telemóvel.
• Copiar para um CD? Se faz as impressões e depois formata o seu cartão
de memória, deixa de ter essas imagens disponíveis para outras impressões ou
Os quiosques têm
projectos. É o mesmo que não ter os negativos na fotografia tradicional. Copiar
ranhuras para grande as imagens para um CD permite-lhe ficar com as imagens, mesmo quando as
parte dos cartões e apaga do cartão de memória para ter espaço para outras fotos.
até CD. Muitos têm
também compatibilidade • Editar? Um ecrã táctil permite-lhe fazer ajuste de reenquadramento,
Bluetooth ou Wi-Fi para
imprimir directamente a
remover olhos vermelhos, adicionar texto, ou melhorar a luminosidade e o
partir da câmara. contraste.
• Impressões e projectos. Pode fazer impressões em vários formatos e
diferentes layouts (fotos 10 x 15, reenquadramentos aumentados ou provas
de contacto das suas imagens), mas também utilizar modelos para adicionar
margens, criar impressões originais, calendários com fotos, cartões comerciais,
postais de felicitações, entre outros.
• Ligação à Internet? Alguns quiosques também lhe permitem carregar fotos
para um Web site para arquivar ou partilhar com os amigos e com a família.
Uma vez na Web, os visitantes podem encomendar produtos como chávenas de
café decoradas com as suas fotos, ou talvez enviar as imagens por e-mail.
• Tecnologia de impressão utilizada? Alguns quiosques de impressão
utilizaram papel fotográfico tradicional à base de prata, tal como os mini-labs
ou os laboratórios profissionais. Outros produzem impressões por sublimação
ou a jacto de tinta. Uma vez que são utilizadas tantas tecnologias de impressão,
a qualidade de impressão pode variar. Á medida que experimenta quiosques
Um quiosque Sony diferentes, pode perguntar a um responsável quais as tecnologias que usam
PictureStation.
para poder perceber qual a sua preferida.
Quando utilizar estes quiosques pela primeira vez, o melhor é pedir a um
empregado para imprimir a primeira foto enquanto observa. Por vezes têm de
fazer mais que uma para que fiquem perfeitas, mas não lhe cobram um valor
extra.
É óptimo poder imprimir em casa, porque pode ser mais criativo na escolha do
papel e experimentar versões diferentes de uma imagem. Há apenas dois tipos de
impressoras largamente utilizadas para a impressão doméstica. As impressoras
de secretária maiores – 21 x 28 cm e maiores – são de jacto de tinta. Algumas
mais pequenas, de formato 10 x 15 cm são térmicas.
Impressoras térmicas
Algumas tecnologias de impressão utilizam pigmentos ou matérias corantes em
vez de tinta.
• As impressoras de sublimação térmica (dye-sublimation) produzem
imagens com qualidade fotográfica e tons contínuos, semelhantes às obtidas nos
Uma vez que uma laboratórios fotográficos. Esta tecnologia de alta qualidade é também utilizada
impressora de em muitas impressoras de formato 10 x 15 cm.
sublimação faz uma
passagem por cada uma O termo “dye” na sua designação refere-se ao facto de o processo utilizar
das quatro cores (em
cima), as centenas de
matérias corantes sólidas. “Sublimação” é o termo científico para um processo
elementos aquecidos em que matérias sólidas (neste caso corantes) são transformadas em gás sem
nas suas cabeças de passarem pelo estado líquido.
impressão térmica
vaporizam o corante As impressoras de sublimação têm as suas matérias corantes (ciano, magenta,
sólido sobre o papel. amarelo e preto) em painéis do tamanho da impressão e usam um papel especial
Ao contrário de uma
impressora de jacto de que absorve por contacto o corante vaporizado. Em alguns casos os corantes e os
tinta, os pontos podem papéis são vendidos juntos.
ter qualquer saturação
(em baixo). Imagem Durante a impressão, é feita uma passagem no papel para cada cor – ciano,
cortesia da Tektronic. magenta, amarelo e preto. Uma cabeça de impressão térmica com centenas
de elementos aquecidos vaporiza o corante sólido, que depois é difundido na
superfície do papel.
Uma vez que os corantes são transparentes, um ponto ciano pode ser impresso
sobre um magenta para fazer um ponto azul. Variando a quantidade de cinao,
magenta e amarelo pode-se produzir qualquer cor da gama da impressora. Na
passagem final a impressora aplica uma cama da clara para proteger a imagem.
A Canon Selphy 710 Uma impressora de sublimação térmica pode imprimir um ponto de tinta por
é uma impressora de cada píxel que tenha a mesma cor e tonalidade que o píxel da imagem. Resumindo,
sublimação. Cortesia da
Canon.
um ponto pode ser de qualquer uma das 16 milhões de cores. Se o píxel for
vermelho claro, a impressora imprime um ponto vermelho claro. Se o pixel for
vermelho escuro, a impressora imprime um ponto vermelho escuro. Quando
estes pontos são impressos próximos uns dos outros, e vistos a uma distância
de visualização normal, formam gradações suaves e uniformes, tal como as
impressões fotográficas à base de prata.
Uma vez que podem variar a densidade de cada cor, as impressoras de sublimação
não têm de usar o processo de sombreado para criar uma vasta gama de cores. E,
uma vez que não há padrões de pontos sombreados, as cores são aplicadas como
um tom contínuo; daí a qualidade realística das fotos.
A Canon iP 90 é • O processo Thermo-Autochrome, adoptado em algumas impressoras
praticamente do da Fuji, utiliza um papel especial com camadas separadas para os pigmentos
tamanho de um livro. ciano, magenta e amarelo. Cada camada é sensível a determinada temperatura
Imprime fotos a cores – o amarelo tem a sensibilidade mais baixa, seguido do magenta e do ciano. A
com 21 x 28 cm, tem
ligações em fios IrDA e impressora usa cabeças de impressão térmicas e ultravioleta e o papel passa tês
Bluetooth opcional. Tem vezes por elas. No primeiro passo, o papel é exposto à temperatura que activa
um adaptador óptico o pigmento amarelo. Essa camada depois é fixada pela cabeça de impressão
para o carro e uma ultravioleta. A temperatura é aumentada e o processo repete-se para cada uma das
bateria recarregável.
outras duas cores, no entanto, à passagem da camada ciano não se segue a fixação
pela cabeça ultravioleta.
• Zink (zero ink) - o que significa “sem tinta” – é uma tecnologia de impressão
recente que utiliza um papel, aliás um plástico, com cristais de tinta coloridos
embebidos. Á medida que o papel passa pelas cabeças de impressão aquecidas,
cada pixel é selectivamente aquecido para activar os cristais e formar as cores.
Ao contrário do processo thermo-autochrome, o papel é o único elemento que
se move e passa uma única vez pela impressora. Por esta razão, as impressoras
podem ser muito pequenas. As impressoras de tamanho de bolso utilizam esta
tecnologia e, com o passar do tempo, talvez o sistema ainda venha a ser aplicado às
câmaras.
Desta forma, quando inserir a imagem num álbum ela terá um aspecto mais
cuidado e profissional do que se estivesse descentrada.
Se já teve dificuldades em centrar uma foto como margens numa folha de 21 x 28
cm, talvez isso se deva ao aspect ratio – as proporções entre a altura e a largura
da imagem. Muitos laboratórios fotográficos cortam as suas imagens para s
imprimir. O dilema é o mesmo que tentar imprimir um quadrado numa folha
rectangular. A única forma de mostrar a imagem toda é imprimi-la com margens
brancas no lado maior da folha. Se aumentar para preencher a folha, uma parte
Quando as proporções dela é cortada – isto é o que fazem os laboratórios.
não coincidem, parte da
imagem sairá do papel Para além de colocar uma imagem única numa página, também há alturas em
e não será impressa.
que pretende colocar mais do que uma imagem na mesma página. Como deve
compor as imagens, de forma a aproveitar ao máximo cada folha de papel?
Já foram desenvolvidos muitos programas com esse propósito, e actualmente
essas opções de layout estão integradas nos programas de edição de imagem.
Basicamente, esses programas oferecem vários modelos de layout. O utilizador
especifica a pasta ou as imagens que pretende, ou arrasta e larga imagens
individuais sobre as áreas iluminadas do modelo, onde são automaticamente
redimensionadas – e muitas vezes cortadas – para encaixar. Há algumas
situações em que esses programas ou funções podem ser úteis, como:
• Provas de contacto ou folhas de índex, que mostram miniaturas das imagens,
juntamente com as informações que especificar, como o nome do ficheiro e a
data da captura. Pode utilizar estes índex para gerir as suas colecções de imagens
ou inclui-los num CD/DVD para que o visualizador possa identificar o que
Uma prova de contacto
está no disco sem abrir os ficheiros. Muitos programas permitem-lhe definir o
do Photoshop Elements. número de colunas e filas de imagens que quer na folha. Quantas mais imagens
colocar na página, menor será a dimensão de cada uma. Muitos programas criam
estes índex em formato HTML para que possa publicá-los na Web, como uma
galeria – muitas vezes com hiperligações para versões maiores.
• Os pacotes de imagens permitem imprimir uma imagem, com o mesmo ou com
vários tamanhos, em cada folha. Esta funcionalidade assemelha-se ao método
dos estúdios fotográficos, em que são encomendadas uma prova de 20 x 25 cm,
três de 13 x 18 cm e vinte do tamanho “de passe” da mesma imagem.
• Imprimir imagens mais pequenas. O mais provável é que não queira, nem
A função de pacote precise, de imprimir sempre fotos de formatos grandes. Pode optar por
de imagens (Picture
Package) do Photoshop tamanhos mais pequenos ou imprimir duas ou mais imagens numa folha grande
Elements, permite-lhe e depois cortá-las.
dispor automaticamente
as fotos em vários Papel de dupla face. Quando imprimir os dois lados de uma folha de papel de
layouts. dupla face tem de colocar o papel duas vezes na impressora. Imprima a primeira
imagem como habitualmente. Depois vire a página ao contrário e encaixa a
extremidade oposta para que as duas fotos sejam impressas no mesmo sentido.
Quando imprime um papel de dupla face para encadernar, tem de encaixar a
mesma margem em ambas as passagens, por isso tem de utilizar um programa
de edição de imagem, ou outro software, para ajustar a segunda imagem à
orientação correcta da página.
Quando tiver os papéis para imprimir, tem de escolher que software usar.
Muitos programas de edição fotográfica têm modelos que pode utilizar para
compor as suas imagens e textos. Se domina algum programa de edição
fotográfica, é tudo o que precisa. No entanto, também há programas de
layouts de cartões com modelos, clip art, fontes e outras funcionalidades para
o ajudar a criar facilmente cartões de todos os géneros. Há sites, como a da
Avery, que também lhe permitem personalizar e imprimir em produtos da
marca directamente a partir do Web site. Uma guilhotina rotativa para papel
é uma ferramenta útil para cortar e dobrar o papel. Ela permite-lhe cortar
o papel à medida e há também lâminas especiais para adicionar recortes ou
cortes irregulares às margens. Os entalhes permitem dobrar o papel de uma
forma profissional.
Aspectos a considerar
A Fiskars produz
guilhotinas rotativas Na altura de escolher uma impressora é difícil avaliar os modelos disponíveis
(em cima) com lâminas através das especificações ou mesmo experimentando-os numa loja. Esta é
intermutáveis (em
baixo) – uma para uma área em que realmente deixar-se levar pelas tendências tem o seu preço.
margens rectas, outra Grande parte dos profissionais utilizam impressoras da Epson, no entanto,
para fazer marcas a Canon está a crescer em popularidade. As impressoras de outros fabrican-
de dobragem e outra
para aplicar margens tes normalmente são muito boas e oferecem mais que o que muitas pessoas
criativas. chegarão a precisar. Em particular as impressora de 10 x 15 cm, muitas das
quais utilizam tecnologia de sublimação, podem produzir fotografia fantásti-
cas. Quando escolher uma impressora deve considerar:
• Custos. O preço das melhores impressoras é relativamente baixo em com-
paração com o custo dos consumíveis de que vai precisar. Não deixe que a sua
escolhe se baseie apenas numa pequena diferença de preços.
• Durabilidade. As impressões feitas com papeis e tintas baratos desvan-
ecem-se e deterioram-se, memo quando guardadas no escuro. Grande parte
dos fabricantes de impressoras tem alguns modelos que utilizam tintas ex-
tremamente duráveis – criando impressões que permanecem inalteráveis ao
fim de 200 anos, ou mais – desde que utilize as suas tintas e papéis.
• Compatibilidade. PictBridge é uma norma industrial que permite impri-
mir imagens a partir de câmaras digitais e camcorders compatíveis, indepen-
dentemente do tipo ou da marca, sem recorrer ao computador.
• Conectividade. Grande parte das impressoras liga-se ao computador
através de um cabo USB. Algumas também permitem inserir cartões flash
ou ligá-las directamente à câmara através de um cabo, para imprimir sem o
computador. Outras impressoras têm uma estação de ancoragem (dock) onde
pode colocar a câmaras para fazer a ligação. Depois utiliza o ecrã da câmara
para seleccionar e imprimir imagens. Para imprimir imagens a partir da
A Epson Stylus Photo
R380 imprime a partir câmara sem utilizar cabos, tem de ter conexões sem fios Wi-Fi, Bluetooth ou
de cartões de memória infravermelhos.
ou do computador, em
papel ou CD. • Papéis disponíveis. O tamanho e a espessura dos papéis que pode utili-
zar numa impressora variam. Verifique as especificações para saber se pode
imprimir no papel que pretende.
• Etiquetas de CD/DVD. Permite-lhe imprimir etiquetas em CD/DVD?
Tipos de papel
Há quatro tipos de papel de qualidade fotográfica para jacto de tinta: RC, com
revestimento sensível à luz, papéis expansíveis, normalmente utilizado com tintas
à base de matéria corante, e papéis de belas-artes de algodão, utilizados com tintas
à base de pigmentos.
• Os papéis RC (com revestimento de resina) são produzidos de forma
semelhante aos papéis de prata-halide com revestimento de resina das impressões
tradicionais. Uma folha de papel é colocada entre camadas de plástico e a camada
superior é revestida com polímero preparado para receber a tinta. Se deixar cair
uma gota de água sobre esta camada, ela é absorvida lentamente e seca sem
ondular o papel. As imagens permanecem brilhantes porque a tinta é absorvida
pela camada de polímero e não pelo papel de base, no entanto a capacidade de
resistência à água da camada superior varia de marca para marca. Estes papéis
oferecem a mais ampla gama de cores e dividem-se em três categorias, segundo os
seus acabamentos:
Brilhante, designado por superfície F, tem uma superfície muito lustrosa, quase
reflexiva.
Lustre/Acetinado, designado por superfície E, tem uma superfície irregular
com algum brilho que varia de profundidade consoante o fabricante.
Semimate, designado por superfície N, é igual ao lustre, mas sem textura.
Se dobrar cuidadosamente um dos cantos de um papel RC, ouvirá um estalido.
Pode até dobrar ligeiramente uma impressão sem fazer dobras. Este papel
também é resistente a rasgos, pregas e aderência a outros objectos. Uma camada
anti-ondulação na parte de trás mantém a impressão plana, mesmo quando
humedecida ou exposta a grandes quantidades de tinta na parte frontal.
252 Este livro tem o apoio da
Jacto de Tinta – Papel de Impressão
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melhores resultados,
procure papeis de
belas artes, como os
Hahnemühle. São
papeis mais robustos,
texturados e duráveis,
que outros papéis
para jacto de tinta.
Algumas folhas, como
a da imagem, são de
face dupla. Tipicamente
feitos 100% de algodão,
estes papéis não têm
acidez, mas um Ph
neutro.
Formatos de papel
Os tamanhos de papéis para jacto de tinta são especificados em polegadas,
milímetros (mm) ou por letras. Grande parte das impressoras pode utilizar todos
os formatos de papel até 19 x 13 polegadas (210 x 350 mm) – com rolos pode
obter-se uma largura muito maior. As impressoras um pouco maiores podem
facultar provas até ao formato Super A3/B. Para formatos maiores tem de recorrer
a um laboratório ou serviço de impressão online.
Os formatos de papel
mais comuns são 19
x 13” (40 x 32 cm
– Super A3/B), 17 x
11” (43 x 28 cm – B) e
11 x 8.5” (28 x 21 cm
– Letter).
Tal como o papel, a escolha da tinta determina o quão vivas e brilhantes ficarão
as suas impressões, bem como a sua durabilidade. Normalmente ao escolher
uma impressora opta também pelo tipo de tinta, pois os fabricantes condicionam
o utilizador a utilizar os seus próprios consumíveis. Muitas marcas adoptaram
até um sistema de integração de chips nos seus tinteiros, para que não possam
ser legalmente copiados. Mas isso não é necessariamente uma desvantagem. Os
principais fabricantes de papel fazem um R&D extensivo para assegurar que as
suas combinações de tinteiros/papéis funcionam bem. Com tinteiros mais baratos,
As tintas UltraChrome ou de fabricantes terceiros, a qualidade e a duração das impressões podem ser
K3 da Epson incluem inferiores.
8 tinteiros – dois tons
de ciano, dois tons de Algumas impressoras recentes utilizam 12 cores individuais; as CMYK originais,
magenta, amarelo e versões mais claras de ciano e magenta, diferentes tons de cinzento e preto, e
três tons de preto.
outras cores. Há impressoras que podem inclusivamente variar o tamanho de cada
ponto impresso, garantindo uma maior flexibilidade. As tintas diluídas e os pontos
mais pequenos melhoram a suavidade dos tons, sobretudo em áreas pouco densas
como as altas luzes ou os tons de pele. Sem estes dois métodos, a única forma de
uma impressora de jacto de tinta conseguir reproduzir esses tons suaves é não
imprimindo determinados pontos. O resultado é o aspecto granulado ou a falta de
suavidade nessas áreas da imagem. Os vários tons de cinzento e preto permitem
fazer impressões a preto e branco de qualidade. As cores adicionais (para além
do ciano, magenta e amarelo) permitem que a impressora reproduza cores com
menos tinta.
Algumas impressoras Algumas impressoras têm todas essas cores num tinteiro multi-segmentos e outras
da Canon utilizam 12 em tinteiros individuais. A vantagem destes últimos é poder substituir apenas
tinteiros individuais.
uma cor e não todas as outras ao mesmo tempo. Independentemente da sua
embalagem, elas podem ser de duas variedades: corantes ou pigmentos.
• As tintas à base de corantes têm corantes dissolvidos em líquidos. Quando
aplicadas no papel, os corantes são absorvidos uniformemente, reflectindo a luz
com a mesma uniformidade e proporcionando uma vasta gama de cores vivas.
• Os pigmentos são partículas de cor, normalmente revestidas com resina ou
polímero e suspensas num líquido. As partículas não são distribuídas pela
superfície do papel com a mesma uniformidade que os corantes, por isso a luz
torna-se mais dispersa e a gama de cores tende a ser mais curta que a das tintas à
base de corantes. A quantidade de cores que uma impressora consegue reproduzir
designa-se por gama de cores (gamut). Apesar de as tintas à base de corantes
normalmente terem uma maior gama de cores, elas tendem a ser menos estáveis.
Por essa razão a camada da tinta no papel não é tão espessa como a criada pelas
tintas à base de pigmentos. Para além disso, os corantes são mais afectados pela
exposição à luz solar, ultravioleta e ao ozono. As tintas de pigmentos são preferíveis
quando se pretende longevidade. No entanto, as diferenças entre elas diminuem
à medida que se melhoram ambas as áreas. Os corantes têm se tornado mais
estáveis e os pigmentos mais pequenos e mais uniformemente distribuídos
Quando escolher uma tinta deve ter em consideração:
• Se as suas impressões tiverem linhas horizontais irregulares
(banding) ou outros problemas, utilize o programa utilitário da impressora
Pode encarar a gama de para limpar e alinhar as cabeças de impressão. Os bocais das cabeças de impressão
cores como uma caixa são tão pequenos que podem ser bloqueados por poeiras do papel, resíduos de
de lápis de cor. Uma
caixa com poucas cores
tinta ou tinta seca.
(em cima) tem uma • A maioria das tintas para jacto de tinta são à base de água, por isso é
gama limitada, ao passo
que uma caixa com importante que mantenha a impressora e as provas impressas afastadas da água.
muitos lápis (em baixo) Os fabricantes de consumíveis estão a desenvolver papéis mais resistentes à água.
tem uma gama extensa.
Cortesia da Prismacolor • Quando um tinteiro acaba, deixe-o instalada na impressora até o substituir.
(www.prismacolor.com). Isso ajuda a evitar que a tina seque no bocal da cabeça de impressão.
A Epson anunciou que um estudo recente mostra que 72% dos consumidores
gostariam que uma fotografia durasse para sempre. Isso não é possível, mas
depois de tanto empenho para captar as suas fotos, certamente vai querer que
elas e os suportes em que são impressas ou armazenadas electronicamente
tenham a maior duração possível. Os dois maiores problemas a evitar são os
danos físicos e químicos. Para evitar os danos físicos deve guardar os discos e
as impressões em bolsas ou entre folhas, e depois colocá-las em álbuns, caixas
ou gavetas. O maior problema é a deterioração química. Quando escolhe os
papéis, as tintas, os envelopes, as molduras, as caixas, as caixas de CD/DVD,
entre outros, está a combinar várias composições químicas. A forma como esses
químicos reagem em contacto ou quando próximos uns dos outros afectam a
longevidade das suas imagens. As reacções são complexas e ocorrem a longo
prazo, por isso é difícil prever o seu efeito. O máximo que pode fazer é evitar
combinar determinados produtos e adoptar sempre as alternativas mais seguras.
Para começar, evite todos os papéis de impressão, molduras, bolsas e caixas com
acidez (devem ter um Ph neutro). Este tipo de papéis, como os de impressão de
jornal, altera a cor e descoloram ao longo do tempo. Também não deve utilizar
bolsas em PVC (cloreto polivinílico). Em vez disso utilize as de polietileno ou
polipropileno. Todos os materiais que ser estáveis e duráveis, para que afectem
as imagens o mínimo possível.
Para além do papel e da tinta, a durabilidade das suas fotos pode ser afectada por:
• Armazenamento e exibição. As impressões terão uma duração mais longa
quando guardadas em caixas de arquivo e álbuns, pois estão protegidas da luz,
gases e danos mecânicos. Os conservadores recomendam que mesmo para
exibições curtas, o mais adequado é emoldurar as imagens com um vidro. Isso
protege-as do derramamento acidental de líquidos, de impressões digitais e da
exposição ao fumo de cigarros ou vapores.
• O calor e a humidade excessivos devem ser evitados. A exposição
prolongada à humidade pode criar bolor em qualquer tipo de impressão.
Também pode provocar perda de nitidez, alterações nas cores e na densidade
e migração de corantes, sobretudo em impressões à base de corantes e em
papéis expansíveis. A temperatura afecta a reacção química e, quanto mais alta
for, mais rapidamente se desencadeiam as reacções. As impressões de jacto de
tinta com tintas à base de pigmentos normalmente são menos sensíveis às altas
temperaturas e à humidade do que as impressões à base de corantes e provas
tradicionais à base de prata-halide. O Image Permanence Institute recomenda
que as fotos sejam armazenadas em lugares com humidade relativa entre 20 e
50% e temperatura igual ou inferior a 25 graus. Os lugares com condições de
temperatura e humidade extremas costumam ser as caves e sótãos, por isso evite
guardar aí as suas fotos.
• Os oxidantes que danificam as imagens podem ser emitidos pelos papéis,
Para ter uma ideia tintas, colas, fita-cola, tintas de capas e etiquetas e outros elementos que
mais precisa de como possam estar guardados juntamente com os álbuns e caixas. Quando as fotos
apenas dois elementos
– temperatura e
estão expostas ao ar, o ozono ataca as tintas e os papéis, sobretudo os papéis
humidade relativa microporosos impressos com tintas à base de corantes. Mantenha as impressões
– afectam a longevidade longe de fontes de ozono, como monitores, televisores, ar condicionado e outros
das fotos, o Image
Permanence Institute
equipamentos de alta voltagem. Para exposições longas, emoldure as imagens
disponibiliza para com um vidro ou guarde-as em álbuns para evitar os danos provocados pelo
download um cálculo ozono. As impressões a cores tradicionais à base de prata não são especialmente
de preservação para
o armazenamento de
afectadas pelo ozono, mas podem estar vulneráveis a outros contaminantes
fotografias. atmosféricos, como o fumo do tabaco.
Quando consegue uma impressão realmente boa, o mais natural é que queira
expô-la. O método tradicional consiste em colocá-la dentro de uma moldura.
Para emoldurar uma imagem são utilizados dois cartões de moldura, um dos
quais tem uma janela em esquadria através da qual se vê a fotografia.
Emoldurar e montar
uma impressão
assemelha-se a fazer
uma sandwish de várias
camadas, como pode
ver na imagem.
Moldura
Vidro
Cartão de
Moldura
Imagem
Cartão de
Montagem
Placa de Base
A imagem mostra
como juntar os cartões
de moldura de forma
a ficarem alinhados
(à esquerda) e como
pode utilizar a fita-cola
para fazer um “T” para
montar a impressão no
cartão de moldura de
base (à direita).
Dica
Se imprimir imagens
em tamanhos e
formatos standards,
pode encontrar
facilmente molduras
de cartão já prontas
e depois trocar a
imagem sempre que
quiser.
Emoldurar
Há molduras dos mais diversos materiais, estilos, cores e acabamentos. Elas
podem ser pré-fabricadas e vendidas como kits, ou feitas à medida. Quando
procurar ideias para molduras, visite galerias locais e lojas on-line. Aqui ficam
Os mostradores de
alguns tipos de molduras a considerar:
peitoril têm vários
tamanhos e permite-lhe
• As molduras pré-fabricadas estão disponíveis em vários tamanhos. O
exibir imagens sem ter problema é que a indústria ainda se gere pelos formatos tradicionais de filme: 10 x
de as pendurar. 15 cm, 13 x 18 cm, 20 x 25 cm, 28 x 35 cm e 40 x 50 cm. Entretanto as fotografias
digitais são impressas em papéis de 21 x 28 cm, 28 x 43 cm e 33 x 48 cm.
• Os kits de molduras são vendidos em pares com várias dimensões para que
possa montar as molduras com qualquer tamanho ou forma. Pode utilizar um
dos pares para a altura da imagem e outro para a largura. Deve comprar um vidro
separadamente e depois montá-lo juntamente com a foto e com a moldura. Um
dos principais fabricantes destes kits é a Nielsen-Brainbridge.
• As molduras personalizadas são feitas por encomenda, por isso costumam
ser mais caras. Mas se quiser uma moldura exclusiva ou a sua foto tiver uma
formato ou tamanho pouco usual, esta pode ser a única solução.
• As antigas molduras de impressão, de madeira, para câmara escura.
Originalmente utilizadas nas técnicas de impressão directas, serviam para colocar
o negativo de vidro e o papel em contacto, para depois se expor as imagens à luz
do sol. A vantagem destas molduras é que têm molas que podem ser facilmente
removidas, permitindo substituir as imagens quando quiser.
• Molduras magnéticas para frigoríficos e superfícies metálicas.
• Os clips de canto suíços eliminam a moldura e utilizam quatro pequenos
clips para segurar uma imagem com moldura de cartão contra uma placa de
vidro.
• As molduras de acrílico, muitas vezes utilizadas para expor anúncios em
espaços comerciais, vendem-se em lojas de material para escritório e também
funcionam com fotografias. A sua imagem desliza ao longo dos lados da moldura.
Alguns modelos podem colocar-se numa mesa e outros pendurar na parede.
Pendurar
Quando pendurar fotografias, evite lugares onde a luz do sol, ou outra luz forte,
incida directamente sobre elas. Se não poder evitar a luz forte, pode rodar a
imagem ou aplicar um vidro ou acrílico que filtre os raios UV.
• Um dos sistemas de suspensão utiliza uma calha na parte superior da
parede, com cabos finos descentrados, onde pode pendurar as suas fotos. Pode
colocar a imagem a qualquer altura e em qualquer posição ao longo da calha.
Há molduras de vários Pode utilizar os pares de cabos para colocar mais do que uma imagem.
tipos de madeira (em
cima) e de alumínio (em • Os ganchos para pendurar imagens estão disponíveis com parafusos muito
baixo). pequenos, para não deixar furos grandes na parede.
Os pins em “L”
permitem montar uma
foto com vidro para
exibir a placa ou outro
material. Estes pins
eliminam os custos
das molduras e são
ideais se quiser mudar
frequentemente as suas
mostras.
As caixas de
armazenamento
normalmente são
de cartão, mas a
Pina Zangard produz
caixas especiais para
armazenar fotografias
importantes e para
apresentações.
Há capas apelativas,
como esta da Kolo,
que utilizam folhas de
protecção. Credito:
Kolo, LLC.
Uma encadernação
com parafusos utiliza
páginas perfuradas,
parafusos e uma capa
exterior. Imagem
cortesia da Red River
Paper.
Este álbum da
Kolo contém uma
encadernação com
parafusos e páginas
imprimíveis em
ambas as faces, numa
impressora de jacto de
tinta.
Os parafusos Chicago
têm duas partes (macho
e fêmea) e têm diversos
comprimentos.
O MyPublisher permite
fazer o download
gratuito do seu
software Bookmarker
para instalar no seu
sistema. Ele permite
criar um livro numa
série de passos simples
– coloque as fotos,
organize-as, faça o
livro, pré-visualize e
encomende.
Impressoras
O que tornou a publicação de provas únicas possível foi o desenvolvimento da
imprensa digital. Muitas gráficas utilizam a HP Indigo 5000,uma impressora de
alta velocidade e qualidade elevada, que utiliza toners líquidos e sete cores. Uma
página impressa numa Indigo apresenta cores muito ricas e muitos detalhes,
como as páginas de uma revista. (Outras impressoras da Kodak, Punch, Graphix
e a Xerox iGen3 utilizam um processo de toners a seco).
A impressora Indigo
5000.
Encadernações
Quando faz um álbum fotográfico tem de escolher uma encadernação. A maior
parte dos métodos de encadernação utilizam máquinas para perfurar as páginas
e depois colocam uma espiral de metal ou plástico, ou um pente. Alguns sistemas
de encadernação são relativamente baratos e estão disponíveis em várias
papelarias e centros de cópias. Pode adquirir o equipamento ou mandar fazer a
encadernação. Pode optar por um dos seguintes tipos de encadernação:
As encadernações em espiral utilizam uma espiral contínua de metal ou plástico
que encaixa ao longo das pequenas perfurações circulares das páginas. Este
método permite abrir completamente o álbum ou mesmo dobrá-la para facilitar
a leitura.
• As encadernações em pente utilizam uma peça com dentes que encaixa nas
perfurações do álbum para juntar as páginas.
• As encadernações com arame são semelhantes às em pente e permitem
virar facilmente as páginas do álbum e abri-lo completamente.
Se tenciona vender o
seu livro na Amazon • As encadernações cosidas, como as dos livros brochados, utilizam uma fita
ou em lojas locais,
precisa de um numero de tecido fundida ao longo da margem esquerda que funciona como lombada.
de código de barras
(ISBN), na parte de trás • As encadernações de capa dura são semelhantes às encadernações cosidas,
do livro. Pode adquiri- mas os materiais das capas são mais rígidos.
los em alguns serviços
de impressão online, a • As encadernações com faixa utilizam uma tira de plástico para juntar as
preços razoáveis. Tenha folhas.
em atenção que os
revendedores esperam
ter descontos de 50%
ou mais. É difícil ter
Aspectos a Considerar
lucros. Para mais Para fazer um livro de fotografia deve ter em consideração:
informações sobre ISBN
aceda a isbn.org. • Durabilidade. A maioria dos sites não têm este aspecto em consideração, mas
quanto tempo irá durar o seu livro? Verifiquem se eles utilizam papéis com Ph
neutro e se foi realizado algum teste para saber as reacções das suas combinações
de tinta/papel ao longo do tempo.
• Ajuda. Uma vez que não tem amostras disponíveis, quando faz uma encomenda
online, que tipo de ajuda disponibilizam online? Informaram-no sobre a melhor
forma de preparar as suas imagens para a sua impressora? Por exemplo, no
MyPublisher o cliente é informado que se quiser preencher uma página de 21 x 28
cm com uma imagem, essa terá de ter 2066 píxeis de Tamanho, largura por 2034
de altura. As suas imagens tês esta resolução?
• Tamanho. O tamanho destes livros pode ir desde o equivalente a um baralho
de cartas até aos formatos de qualquer livro normal. Os tamanhos mais pequenos
podem ter uma imagem por página, por isso não é preciso desenhar as páginas.
Os tamanhos maiores podem ter desenhos de páginas elaborados, com várias
imagens.
• Temas e desenhos de páginas. Os desenhos de páginas e os temas que
disponibilizam são interessantes? Pode alterar o estilo das fontes, o tamanho e as
cores?
• Texto. Pode adicionar texto e legendas? Escolher as fontes? Colocar números de
páginas? O desenho das páginas é flexível?
• Edição. Há ferramentas de edição para poder fazer pequenos ajustes à imagens
enquanto desenha o livro?
• Capas. Algumas são lisas, outras têm uma janela recortada para que se possa
ver o título e a foto da primeira página. Outras permitem colocar etiquetas ou
sobrecapas de papel, tal como os livros que encontra nas livrarias. As capas podem
ser duras ou maleáveis e em vários materiais. Pode imprimir uma imagem na capa
e colocar o título na lombada, para identificar facilmente o livro numa estante.
• Papéis. Qual a gramagem dos papéis que utilizam?
• É possível imprimir as imagens sem margens para preencher toda a
página?
• O reenquadramento das imagens é automático, mas pode resultar em cores
de cabeças ou de outros elementos importantes da imagem. Há alguma forma de
ajustar as imagens para que sejam reenquadradas da forma que pretende?
• Descontos. Quando fizer a encomenda, verifique se há descontos na
encomenda de mais do que uma cópia.
Álbuns Ilustrados
Fotos em Tecido
Quando quer que uma foto dure, se possível, para sempre, tem de a gravar a laser
ou em vidro, mármore, granito, madeira, acrílico, num espelho, ou noutro material
sólido. O trabalho final pode ser utilizado na entrada de casa ou do escritório,
em muros, balcões, pavimentos, recordações, troféus, placas comemorativas,
chuveiros, paredes, lareiras, vedações, entre outros. Dê asas à sua imaginação.
Estas fotos podem ser exibidas por si só, emolduradas ou incorporadas em
projectos como portas de quartos e camarins. Na verdade, o tamanho das
gravações laser é ilimitado. Utilizando azulejos pode fazer gravações com qualquer
dimensão. A cor pode depois ser adicionada tingindo os poros do material gravado
com tintas especiais. Depois é aplicada uma protecção para a cor.
Este retrato foi gravado Para criar uma imagem, o vidro, pedra, ou outro material é colocado numa mesa
em vidro e as margens
foram iluminadas para sobre a qual está montado um laser que pode mover-se para trás e para a frente
criar um efeitos mais e para ambos os lados. O movimento do laser é controlado com rigor por um
dramático. programa de computador, semelhante à aplicação que controlas as cabeças de
impressão na sua impressora. À medida que o laser se desloca linearmente dispara
intensas ondas luminosas superiores – cada onda imprime um ponto na superfície
do material. Quando finaliza uma linha, retrocede e começa a gravar outra, e assim
sucessivamente. O computador que controla o laser pode inclusivamente variar a
intensidade de cada onda para controlar a profundidade de gravação do material.
A imagem final é incrivelmente detalhada, dependendo do material em que é
gravada.
Se aquilo que procura são imagens coloridas permanentes e à prova de água,
pode optar por gravações em porcelana ou esmalte cozidas num forno. Primeiro
Uma foto gravada em a imagem é impressa num papel de transferência especial utilizando toners de
vidro e retro-iluminada.
cor cerâmicos. Depois o papel é mergulhado em água e a imagem aplicada ao
artigo em cerâmica. Por fim a peça é cozida num forno e as cores fundem-se
na superfície, o que garante a sua permanência e durabilidade. Uma vez que o
processo utiliza toners cerâmicos a imagem não desvanece e é completamente
lavável numa máquina de lavar loiça. Estas peças cerâmicas podem ser utilizadas
em jóias, morais de azulejo, ou colocadas em lápides. A fotografia digital começa
também a entrar na área da decoração e a tendência para colocar imagens em
paredes e superfícies de mármores está a aumentar.
Esta imagem foi
gravada sobre granito.
Capítulo 11
Para Lá da Imagem Estática
A
fotografia digital vai mais além das imagens estáticas, porque lhe
permite levar as suas fotografias aonde não era possível antes. É
quase como se tivesse entrado numa era em que, tudo o que con-
seguir imaginar, é possível captar, ou criar. A tecnologia permite-
lhe explorar as suas visões artísticas de novas e entusiasmantes maneiras. É
possível criar imagens que mostram profundidade em 3 dimensões, larguras
muito extensas, e explorar a animação com ficheiros GIF e livros animados.
Estas possibilidades podem ser combinadas com a capacidade das câmaras
digitais de capturarem pequenos clipes de vídeo e som, e sequências de ima-
gens – até fotografia time-lapse e de visão nocturna.
Fotografia Panorâmica
A maioria das fotografias, mesmo aquelas tiradas com uma objectiva grande-
angular, mostram apenas uma pequena parte da cena. Para capturar uma vista
mais expansiva, é necessário realizar um círculo de 360º completo, ou em partes,
fotografando a partir de um ponto específico, apontando para a vista envolvente.
Existem algumas câmaras que fazem exactamente esse processo – capturam
imagens panorâmicas à medida que rodam num ângulo até 360º. No entanto, a
maioria das câmaras digitais criam panorâmicas utilizando uma técnica antiga.
Durante muitos anos, fotografaram-se cenas em secções, que eram montadas lado
Fotografias individuais, a lado para criar uma única cena panorâmica. Foi, no entanto, o desenvolvimento
mas ligeiramente das câmaras digitais e dos programas para os computadores, que tornaram
sobrepostas são possível a criação de fotografias panorâmicas sem junções aparentes. Basta
capturadas em torno de
um ponto de rotação. capturar uma série de imagens a partir de um único ponto de rotação, e depois
Cortesia da Apple. “cosê-las” umas às outras num programa específico.
As fotografias panorâmicas apresentam uma das dimensões muito superior
à outra, e podem incluir uma imagem de uma cena com até 360º. Usando
http://www.photocourse.com/itext/panorama/
uma câmara digital, pode capturar uma imagem panorâmica de três maneiras
diferentes:
• É possível utilizar qualquer câmara para tirar uma série de fotografias
ligeiramente sobrepostas, à medida que roda a câmara, e depois usar um programa
específico para juntar as fotografias umas às outras sem junções aparentes. Como
o alinhamento é muito importante para obter um bom resultado, muitas câmaras
têm um modo de panorâmica, ou de junção de imagens, que mostra linhas de guia,
ou parte da fotografia anterior, para que possa alinhar e sobrepor ligeiramente, e
de uma forma exacta a próxima imagem.
• Algumas câmaras permitem “coser” as imagens umas às outras directamente e
assegurar que a exposição é a mesma, para que as imagens se misturem de uma
forma perfeita. Estas câmaras podem reduzir o tamanho das imagens para manter
o ficheiro suficientemente pequeno para o manipular.
Apresentar panorâmicas
Depois de fotografar uma série de imagens para uma panorâmica, é
As panorâmicas necessário usar um programa de junção de imagens para “cosê-las” umas às
também podem ser
verticais. Basta captar outras sem junções aparentes. Uma vez terminada, é possível apresentar uma
as imagens umas acima imagem panorâmica em vários formatos.
das outras.
• Imprimir. É possível fornecer uma panorâmica terminada, como uma
imagem estática, em qualquer um dos formatos mais populares, tal como o
JPEG. As imagens deste tipo apresentam um problema quando se pretende
imprimi-las, por causa do seu comprimento. No entanto, muitas impressoras
de jacto de tinta estão preparadas para imprimir imagens muito compridas,
algumas até suportam um rolo de papel. Se quiser que ela seja impressa por
um profissional, confirme os serviços de impressão, ou procure um centro de
artes gráficas perto de si.
• Publicação na Web. Tal como com outra imagem qualquer, é possível
publicar uma panorâmica na Web. Para imagens deste tipo, também é
Existem objectivas, tais possível apresentá-las de uma forma em que é possível, com um browser,
como a 360 One VR, percorrê-las ou aproximá-las. Para tornar possível esta interactividade, é
que usam um espelho
esférico para capturar necessário guardar a imagem num formato como o QuickTime VR (QTVR)
uma panorâmica num e a pessoa que a visualizar tem que ter um browser ou um plug-in que o
único fotograma. São suporte. Quando são cumpridos estes requisitos, o visitante pode rodar a
complementadas com
o uso de programas imagem para cima, para olhar para o céu, para baixo, para olhar para o solo,
que corrigem a imagem ou girar a imagem a toda a volta. Até é possível clicar em pontos específicos
distorcida para lhe para ir de uma divisão para outra, ou para reproduzir outros tipos de média,
dar uma aparência
mais realista. Imagem tais como gráficos, texto, vídeo, ou sons. Algumas aplicações permitem
cortesia da Kaidan. guardar uma panorâmica em HTML para que a página Web e todos os
ficheiros necessários sejam gerados automaticamente. Não são necessários
conhecimentos especiais em programação HTML ou Java, basta carregar
todos os ficheiros de saída para a página Web.
Fotografia Estereoscópica
Uma imagem
estereoscópica do
parque natural de
Yosemite, da autoria de
Thomas Houseworth.
Para ver as imagens, coloque a sua face perto delas, e depois afaste-se
Aqui estão apresentados lentamente, enquanto fixa o olhar num ponto imaginário por trás das imagens.
os populares óculos Quando conseguir ver três imagens, concentre-se na do meio até se transformar
anáglifos, de baixo numa imagem tridimensional. Rodar a cabeça ligeiramente para os lados pode
custo. ajudar a obter o efeito.
• Imagens anáglifas. Du Hauron, um cientista francês, patenteou o método
anáglifo de fotografia estereoscópica em 1891. Os anáglifos, usam um par de
imagens coloridas, geralmente vermelhas e azuis, sobrepostas uma à outra, com
uma delas ligeiramente desalinhada.
Animações
http://www.photocourse.com/itext/G-continuous/
Fotografia time-lapse
Os vídeos em que aparece uma flor a abrir, ou um edifício a ser construído em
segundos são chamados de fotografia em time-lapse. Em algumas câmaras,
é possível usar o modo time-lapse para captar as fotografias em intervalos
predefinidos. Deste modo, a câmara irá captar fotografias repetidamente,
nos intervalos definidos, até ser desligada, a bateria terminar, ou o cartão
A Time Machine é capaz de memória ficar cheia. Entre duas fotografias, a câmara entra em modo de
de tirar fotografias em hibernação e todos os controlos são desligados para conservar a bateria. Em
intervalos predefinidos, câmaras que não possuam o modo time-lapse, é possível por vezes encontrar
ou quando os seus
sensores detectam som programas que operem a câmara a partir de um computador.
ou movimento. Imagem
cortesia de
www.bmumford.com. Criar e ver animações
Depois de captar a série de imagens, é necessário um programa para as
combinar.
Aqui estão alguns factores a considerar:
• É possível especificar por quanto tempo cada imagem permanece
no ecrã? Para slideshows, cada imagem deve permanecer mais tempo do
que numa animação.
• O programa redimensiona as imagens para um único tamanho,
ou é necessário fazê-lo antes de montar a animação?
A câmara foi apontada
para um alimentador de• Quais os formatos de saída? Um dos formatos mais populares é o GIF,
pássaros, e foi usada
a fotografia timelapseporque pode ser reproduzido num browser sem um plug-in. Também é
para captar imagens reproduzido na própria página, e não numa janela em separado. O problema
em intervalos de alguns
deste formato é que só suporta 256 cores, em vez dos milhões de cores que a
minutos. Esta é uma
das imagens obtidas. sua câmara consegue captar. Para uma maior qualidade, alguns programas
permitem-lhe exportar o ficheiro num formato de filme, tal como AVI,
MOV, MPEG ou Flash. Alguns programas permitem até ao espectador girar
http://www.photocourse.com/itext/timelapse/
o objecto na direcção contrária ou aproximar e afastar a imagem. Quando
publica a sua animação numa página Web, o visitante visualiza-a no browser.
Se o ficheiro for um GIF, ele vai ser reproduzido continuamente se esse modo
foi o escolhido, ou então o visitante terá que clicar no botão Refresh para
reiniciar a animação. Se o ficheiro for de um dos formatos mais poderosos, é
possível abrir um plug-in para reproduzi-lo.
Filmar
Muitas câmaras digitais são capazes de capturar pequenos clipes de vídeo, que
podem ter uma qualidade surpreendente. Apesar de a maioria das câmaras
SLR não capturar vídeo, existem algumas excepções. O problema é que nas
câmaras SLR, as imagens só são criadas no sensor quando o obturador se abre,
e por isso não é capaz de captar um fluxo de imagens. Para contornar este
obstáculo, a Olympus usa um segundo sensor no visor, de maneira a enviar
imagens continuamente para o monitor, e capturar vídeos.
Na maioria dos casos, o tamanho das imagens é reduzido em relação aos
formatos permitidos para a fotografia estática, para que a câmara seja capaz
Os vídeos podem ser de processar o vídeo à medida que é capturado, e para que os ficheiros sejam o
reproduzidos por um mais pequenos possível. Os tamanhos variam normalmente entre o 160 x 120,
computador equipado o formato de qualidade TV 640 x 480 (VGA) e o formato HD 1280 x 720.
com os programas
próprios. A maioria das câmaras usam os formatos de vídeo AVI, MOV, ou MPEG para
que possa visualizar ou partilhar os seus vídeos de várias maneiras diferentes.
(Se o seu vídeo não se encontra no formato certo, é possível encontrar
programas que o convertam, pesquisando no Google a expressão “vídeo
conferência”).
• O seu computador é capaz de reproduzir filmes desde que esteja equipado
Ícone universalmente com os programas apropriados. Estes programas vêm com as câmaras,
reconhecido do modo de normalmente num CD, mas muitos dos sistemas operativos já incluem este
captura de vídeo.
tipo de aplicações.
• Para reproduzir vídeos num televisor, é necessário que se encontrem
http://www.photocourse.com/itext/video/
em formato MPEG, gravados num VideoCD ou DVD. No entanto, é possível
reproduzir qualquer formato se usar um cabo para ligar a câmara ao televisor,
e usar o dispositivo de reprodução da câmara.
• O e-mail é uma óptima maneira de distribuir pequenos clipes de vídeo, mas
se este durar muito mais que apenas alguns segundos, pode ser demasiado
grande para enviar. O recipiente também tem que ter o programa de
reprodução instalado para poder visualizar o vídeo.
• As páginas Web, tais como o YouTube.com, que lhe permitem partilhar
vídeos com amigos ou estranhos, estão a generalizar-se rapidamente. Basta
carregar o seu clipe, e enviar o endereço para os amigos, para que estes o
possam visualizar.
Se alguma vez viu um documentário de Ken Burns na PBS, sabe o quão eficaz
podem ser os movimentos laterais (panning) e de aproximação com zoom, em
imagens estáticas. Ken Burns disse que as pessoas que já viram os seus programas
comentam muito o seu uso do vídeo, apesar de ele usar maioritariamente imagens
estáticas. Para dar a estas imagens movimentos do tipo de um filme, ele usa um
suporte de animação e uma câmara de vídeo que é programada para percorrer um
caminho, à medida que se desloca lateralmente e utiliza o zoom. O vídeo resultante
O Imagematics
traz vida àquilo que seria uma apresentação perfeitamente estática, aproximando a
StillMotion Creator imagem nos detalhes das cenas de maiores dimensões. Quando as suas fotografias
premite-lhe controlar as estão em formato digital, é possível obter os mesmos efeitos com programas que
áreas da imagem onde simulam a câmara e o seu suporte. Efectivamente, estes transformam um único
pretende utilizar o zoom
ou o panning. fotograma num vídeo, que depois pode ser guardado numa variedade de formatos.
Depois, é possível enviar o vídeo por e-mail, inseri-lo num slideshow, colocá-lo
numa página Web, ou distribui-lo em CD/DVD. A característica que permite
realizar esta tarefa está disponível em programas independentesm tais como
o ImageMatics StillMotion Creator, ou em programas integrados, tais como o
iPhoto.
Para criar estes movimentos básicos, basta especificar as áreas da imagem a
serem mostradas no primeiro e no último fotograma da sequência. Na maioria
dos programas, estes fotogramas-chave são caixas com contornos, que é possível
arrastar para alterar o seu tamanho e posição. Por exemplo, se o contorno do
primeiro fotograma-chave integrar toda a imagem original, e o segundo, apenas
um rosto, a “câmara” vai automaticamente utilizar o zoom e os movimentos de
No Photoshop Elements, panning, para ir da imagem geral para o rosto isolado. Cada fotograma-chave é
é possível seleccionar
um ponto de partida posicionado numa barra cronológica que especifica o início e o fim do movimento.
e de chegada, que
quando o slideshow é
reproduzido, a imagem
irá aproximar-se e
deslocar-se de uma
área para a outra.
Metamorfose
Há já muitos anos que existem cartões que mostram uma imagem quando
são vistos de um determinado ângulo, e uma segunda imagem quando são
ligeiramente inclinados no sentido inverso. O princípio por trás destes
cartões é designado por fotografia lenticular e foi demonstrado pela primeira
vez por Gabriel Lippman em 1908. (Lippman também desenvolveu um
processo de fotografia a cores, o que lhe valeu o Prémio Nobel da Física em
1908.) Dependendo da forma como as fotografias ocultas são tiradas, as
imagens lenticulares podem dar a ilusão de movimento ou de três dimensões.
É possível que já as tenha visto em caixas de CD, cartazes de cinema, cartões
do Pokémon, lembranças, etc.
Com uma câmara digital é possível criar imagens lenticulares em casa ou
mandá-las fazer por preços acessíveis.
Como Funciona?
Uma imagem lenticular tem duas componentes; uma imagem impressa e
uma lente lenticular através da qual a imagem é visualizada. São necessários
três passos para criar uma imagem deste tipo:
1. Capturar as imagens. Como uma fotografia lenticular mostra uma
imagem depois da outra à medida que muda o ângulo de visão, esta cria
animações muito parecidas com as antigas animações em pequenos
livros (flipbooks). Por esta razão, cada imagem é designada como um
“flip”. Quantas mais imagens, ou “flips” usar, mais complicada se torna
a preparação. Para uma imagem lenticular composta de apenas duas
fotografias, o processo é bastante simples. A regra básica é que as imagens
têm que ter o mesmo tamanho, mas nem precisam de estar relacionadas
uma com a outra. À medida de aumenta o número de imagens (flips), mais
Quando este botão com a animação se parece com um filme. O limite máximo de fotografias a usar
propaganda política, depende em parte do tamanho da imagem. As imagens mais pequenas podem
é inclinado a imagem
muda de uma fotografia ter mais flips porque o ângulo de visão se altera pouco de um lado para o
de Nixon, para uma de outro. Em imagens maiores, quando o ângulo de visão varia muito ao longo
Agnew. da imagem, as tiras devem ser mais largas para prevenir o aparecimento
de “imagens falsas”, quando se vê mais do que uma tira. As imagens mais
pequenas podem conter mais de 36 flips ou fotogramas, mais ou menos 1
segundo de vídeo.
2. Entrecruzar as imagens. O programa utilizado neste processo divide
cada uma das imagens em tiras muito estreitas. Depois entrecruza as tiras
da mesma maneira como se baralha na perfeição um baralho de cartas.
Quando olha para uma Se a imagem tiver dois flips, a primeira tira a ser utilizada pertence à
imagem lenticular a imagem 1, a segunda à imagem 2, a terceira novamente à imagem 1, e assim
partir de diferentes
ângulos de visão, vê sucessivamente. Depois, o programa guarda a imagem entrecruzada num
diferentes tiras da ficheiro pronto para imprimir.
imagem impressa.
Imagem cortesia da 3. Imprimir e montar as imagens. A imagem entrecruzada pode ser
Panasonic. impressa em qualquer impressora de alta qualidade. A impressão será depois
montada por trás de um ecrã lenticular – uma folha de plástico na qual é
moldada paralelamente uma série de lentes cilíndricas. Cada uma das lentes
tem uma distância focal igual à espessura da folha de plástico transparente
na qual é moldada e amplia a tira que está imediatamente por trás. Quando o
ângulo de visão muda, a tira que está a ser ampliada também muda.
Escolher as Imagens
A maneira como são capturadas as imagens determina qual a forma final da
imagem lenticular. Aqui são enumeradas algumas das possibilidades:
• As imagens com movimento são duas quaisquer imagens que se
alterem de uma para a outra quando a fotografia lenticular é inclinada.
• As imagens a três dimensões são criadas quando fotografa o mesmo
objecto de diferentes ângulos, mais ou menos como num par estereoscópico.
Uma das formas de o realizar é montar uma barra específica no tripé da
câmara. Entre as duas fotografias, a câmara deve manter-se a apontar em
frente, mas deve ser deslocada alguns centímetros. Quando as imagens são
entrecruzadas, parece que o objecto surge do cartão, à medida que o inclina.
• Os efeitos de vídeo são criados quando fotografa uma sequência de
imagens em modo contínuo, a partir da mesma posição. Por exemplo, é
possível usar o modo de disparo contínuo para capturar os fotogramas
necessários para um pequeno vídeo. Também é possível criar um efeito de
metamorfose.
Aqui, a fotografia
(em cima) e o texto
(em baixo) foram
preparados no
Photoshop para terem
o mesmo tamanho.
Quando as imagens
são entrecruzadas,
cada uma delas é
dividida em tiras muito
estreitas, como se pode
ver na pequena secção
ampliada (à direita).
Antes de o cinema ter sido inventado, já existiam vários dispositivos ópticos que
produziam efeitos de animação. Com nomes estranhos e difíceis de pronunciar,
tais como taumatrópio, fenaquistoscópio, zoetrópio e praxinoscópio, estes
dispositivos mostravam um cartão giratório com pequenas imagens, cada uma
à semelhança de um fotograma de uma animação. À medida que os fotogramas
rodopiam, parece que a imagem se move por causa da persistência da visão, que
transforma no cérebro as imagens individuais num fluxo contínuo. É possível
O praxinoscópio tem
uma tira de papel comprar ou fazer estes dispositivos antigos. Os seus nomes estranhos e únicos
com imagens no eixo tornam a pesquisa na Internet relativamente fácil. Por exemplo, se pesquisar o
exterior. Quando gira o termo fenaquistoscópio, todas as páginas que o motor de busca encontrar terão
dispositivo, e observa alguma coisa a ver com esse dispositivo.
as imagens num dos
espelhos do centro, Outro dispositivo que tem sido utilizado para mostrar animações é o livro de
parece que estas se
movem. imagens animadas (flipbook), uma versão antiga e sem recurso a alta tecnologia,
das animações GIF.
É provável que esteja familiarizado com estes livros, os quais se seguram com uma
mão, e se percorrem rapidamente com a outra. Uma série de imagens transforma-
se numa animação quando as páginas são percorridas suavemente e à velocidade
certa.
É possível criar o seu próprio livro de imagens animadas, utilizando uma
impressora e uma série de imagens. Pode até imprimir as imagens no canto
superior ou inferior direito das páginas de um relatório, de maneira a que as
pessoas possam ver a animação quando percorrerem as suas páginas. Pode
ser uma forma de chamar a atenção. No entanto, na maioria dos casos, serão
Aqui é apresentado preferidos os livros de imagens animadas individuais. Para começar é necessário:
um livro de
imagens animadas 1. Capturar uma série de imagens com o modo de disparo contínuo da
com fotografias câmara. Também é possível captar vídeos se tiver o programa que extrai e guarda
de locomoção de
Muybridge. Imagem
fotogramas individualmente.
cortesia de Optical Toys. 2. Projectar o seu livro de forma a imprimir as várias imagens com o mesmo
tamanho. A montagem é facilitada de as páginas forem numeradas. Estes livros
podem ser de qualquer tamanho, mas é mais fácil percorrer as páginas de um livro
pequeno. O tamanho aproximado de um cartão de vista funciona perfeitamente.
De facto pode utilizar estes cartões para criar as suas animações. Certifique-se que
deixa espaço suficiente para a encadernação num dos lados das páginas. O lado
pelo qual o livro deve ser encadernado depende se é destro ou canhoto.
3. Faça o projecto do livro de imagens animadas utilizando um programa
próprio para o efeito, ou qualquer outro, desde processadores de texto a aplicações
de edição de imagem. Muitos programas têm modelos predefinidos para o Avery e
outros produtos, que realizam o desenho básico. Certifique-se apenas que usa uma
imagem diferente para cada cartão. Muitos programas de criação de cartões de
visita assumem que pretende usar sempre a mesma imagem em todos os cartões.
Lembre-se que quanto maior for o número de páginas, a animação será mais longa
e suave.
4. Imprima as páginas do livro no papel com mais gramagem que a sua
impressora aceitar, e depois recorte todos os fotogramas. Se a sua impressora não
imprimir um papel suficientemente espesso, é possível imprimir as imagens em
papel normal e depois colá-las numa cartolina.
5. Disponha as imagens por ordem e encaderne o livro com agrafos, tiras de
borracha, ou cola. Algumas pessoas preferem percorrer o livro da última página
para a primeira. É conveniente experimentar ambas as maneiras.
6. Segurando o livro no lado encadernado, percorra rapidamente as
páginas e veja as imagens em movimento.
Visão Nocturna
Esta imagem de um
rapaz passeando o
seu coelho à noite,
foi capturada com
um Astroscope da
Electrophysics numa
câmara Canon.
Imagens Térmicas
A formação de imagens térmicas é a única tecnologia que é capaz de captar
imagens na escuridão total. Em vez de luz, estas câmaras captam a energia
infra-vermelha emitida em proporção pela temperatura de um indivíduo.
Aglomeração de Este é o tipo de tecnologia mostrada nas séries policiais, e é capaz de
borboletas monarca penetrar fumo, nevoeiro ou neblina. As imagens térmicas são normalmente
suspensa num
eucalipto, no seu local a preto e branco, sendo que os objectos frios são mostrados a preto e os
de reunião de Inverno. objectos mornos ou quentes a branco. Algumas câmaras captam imagens
Imagem capturada em cores falsas para poder distinguir melhor as diferentes temperaturas.
com um Astroscope
da Electrophysics Para melhorar o desempenho, alguns dispositivos acondicionam o detector
numa câmara Canon. num recipiente selado a vácuo, para que possa ser arrefecido até atingir
Imagem cortesia de temperaturas muito baixas. Isto faz com que os dispositivos sejam maiores,
Electrophysics.com
mais pesados e mais caros.
Vegetação na margem
de um pequeno lago
em Santa Barbara,
na Califórnia, captada
com um Astroscope da
Electrophysics numa
câmara Canon. Cortesia
de Electrophysics.com
Decidimos acabar este capítulo com o tópico Fotografia Pin Hole, onde as
dispendiosas objectivas da sua câmara são substituídas por um orifício da
largura de um alfinete. Surpreendentemente, não são necessárias objectivas para
conseguir tirar uma fotografia. É até possível fazer uma câmara com uma caixa
de sapatos, com um pequeno orifício num dos lados e material fotossensível
no outro. Conhecido como câmara pin hole ou estenopeica, este dispositivo
Este dispositivo da primitivo é capaz de captar uma imagem e registá-la em material fotossensível.
Finney combina um Para fazer uma fotografia a caixa é carregada com algum tipo de filme e o orifício
orifício pin hole com é tapado com fita-cola opaca. Ao descolar a fita-cola (como um obturador) e
uma zone plate.
descobrir o orifício (como o diafragma de uma objectiva) inicia a exposição,
e para terminá-la basta colar de novo a fita-cola no orifício. O filme exposto é
depois removido da caixa num laboratório e a imagem é revelada. Em fotografia
digital, o orifício é colocado na tampa do corpo de uma câmara com objectiva
amovível. A exposição é feita como noutra fotografia qualquer, mas deve ser
muito mais longa. Isto porque os orifícios destas câmaras correspondem a
aberturas com valores até f/321, o que proporciona uma enorme profundidade
de campo. Uma variante da fotografia pinhole é a fotografia zone plate. Os raios
de luz curvam-se, ou são difractados quando passam por uma aresta, e a zone
A zone plate usa anéis
pretos para difractar a
plate tira vantagem deste princípio. Uma zone plate é uma película transparente
luz. com uma área central rodeada de círculos pretos concêntricos. O tamanho,
número e espacejamento entre os círculos depende da distância focal e abertura
de diafragma do dispositivo. Por esta razão, devem ser encomendadas zone
plates com distâncias focais que correspondam à câmara.
Os tempos de exposição com uma zone plate são muito mais curtos do que
com o orifício pin hole, mas as imagens não são tão nítidas. Alguma luz passa
directamente pelo filme, sem ser difractada e por isso as altas luzes têm uma
aparência fantasmagórica e romântica, semelhante a halos de luz.
Um passo à frente das câmaras estenopeicas, está a Loreo Lens in a Cap
(“objectiva numa tampa”). Este simples dispositivo tem uma lente fixa na tampa
A Diana é uma câmara
de filme muito barata, do corpo da câmara. O sistema de exposição automática deixa de funcionar com
feita de plástico, que este dispositivo, mas é possível ajustar a velocidade de obturação para controlar
é usada por muitos as exposições. Esta lente equivale a uma objectiva de 35 mm com aberturas entre
artistas. A Loreo Lens
in a Cap simula o efeito
f/5.6 e f/64 (seleccionadas num disco) e profundidades de campo desde os 50
desta câmara na sua cm até ao infinito. Para fazer planos aproximados, é possível complementar este
digital. dispositivo com um Loreo Lubot para obter uma imagem 10 vezes maior.