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AS ESTRUTURAB LOGICO-MATEMATICAR CAPITULO IV AS ESTRUTURAS LOGICO-MATEMATICAS § 19— A CONSERVACAO DAS QUANTIDADES.— A equilibragdo das nocoes de conservagao origina pro- blemas complexos, tratados de mancira excessivramente sumiria no nosso estudo de 1957 (Logique ct équilibre) como se se tratasse apenas de probabilidades de encontro entre o sujeito e as propriedades do objecto, quando o facto ¢ que intervém regulagdc n duzem, em especial, a fear a _correspondéncia dos aspec- tos positivog ¢ negatives dag transformacoes. 1°) No que diz respeito ao exemplo da bolinha de argila alonguda em forma de salsicha, lembremos os niveis observados, que traduziremos em termos de obser- vaycis ¢ de cordenacies Inferenciais: Mitel 1,—- No connervacéo, centrando-se o sujetto, em geral, @Pehas po comprimento da salatcha, Temos entio o Obs.8.— 4 Sesto do wiongor em rentide dnieo, Dal o Obs. O > ao aumento do Somprimento, sem considetagio das outras dimensdes. Coord, 8 ¢ O = au aumento da quantidade, a qual ainda sd ode wer avallada de mancira ordinal por simples comparacdo 1 Gita “Mt240q Shictale ¢ finals, reduzindo-ae a acho propriamente i 4 producéo de uma modificaco qualitativa dg estado (em Peas be transformaches continuas). Nive? de transicdo It, —O. Obs. 6 continita centrado nos alon- ; mae 6 progressive (de manetra mals ou menos conlinus Be. i a 0 DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO scontinua), o que conduz mats tarde ou mais cedo a ceutrontes ou por observacto continuads, a descoty iy it, espécies de 0bs.0: 0 alongamento © 0 adelgacamento. naa As Coord. inferenclals $ ¢ O mantém-se entio em 9 inst4vel: aumento de quantidade, enquanto h& centragin no ay te gamento, e diminuicfo de substncla quando ¢ observado o Bde “f gacamento. Nivel H.—Os Obs.8 diferenclam-se no sentidy de que a acgdo de esticar se torna soliddria com a de adelgacar: ase nos nossog estudos com B. Inhelder sobre a imagem Mental (") excontrimos por volta dos 6 anos um nivel {ntermédig em gus cs sujeltes, sem atingirem a conservacio, conseguem prever. correctamente o facto de que, alongando a salsicha, esta se tornari ecomprida e delgada> (ver o caso de Bel, 6;1, p. 326), wig que esta novidade diz entio respelto tanto acs Obs. O como ag Ots.S. Parece mesmo muito provivel que 4 idela de uma solida- ledade entre o alongamento o o adelgacamento da salsicka 36 pode constituir-se em funcio dos resultados observados no objects, pofs nada obriga o Individuo que alonga este objecto a lomar couscléncia do facto de que também o adelgaca, nfo ee diferen- ¢elando a acco mottiz, do ponto de vista simplesmente tacttlocines- tésieo, em dois momentos sucessivos, nem sequer (se a atenco do estiver centrada de antemflo sobre esta Posslbilidade) ¢m dois 2spectoa distintos: portanto, é provavelmente o Obs. O do adelga- gamento (observado ocastonalmente no nivel de transicdo I) que aetua rectprocamente selire o Obs. 3. Esta relactonagie dos Obs. O ¢ dos Obs. § dA ent&o origem a Coord. 8 & O com algum interease do ponto de vista da equill- brace, que, no nivel IV, conduziri a conservagho, O que 6 novo, relatlvamente ao nivel Il, & de facto, que ca alongamentos & sdelgacamentos J& nfio ao cancebldos como modificactes suces- sivas ou alternantes, sem relacgho entre al, mas sim com efeltot widariog que provém smultaneamento de uma sb ¢ meama acolo. Tor outro Indo, « em parte por esta razdo, esta accho fa noe 42 wentido Gnico, ¢, sem quo ee trate ainda de reversihilidade, 09 fuidtos prevém por st préprios um regresso empirico done te 4e Partida (reviramento sem conservagio durante # Seas muodificaches}. im contrapartida, o que ainda falls, pam tn qa, £ 8 Compreenstio do facto de que esta aolldariedade 2 Sumento ¢ uma diminuicho exprime uma compensachd ee i Paris.) PME © Tobelder, Z/image mentate cher Venfant, P/V: Ue ‘ AS ESTRUTURAS LOGICO-MATEMATICAS va: contioua a tratar-se apenas do conceito de duas variagtes qualitativas, com direccGes diferentes mas que nfo se onulam tima 4 outra. No entanto, © progTesso que esta solidariedade qualitativa constitu’ ¢ deslocar-se a tonlea das Coord. Se 0; o sujetto fA no se limita a uma comparagio esthtien entre um estado Inicial e um ¢stado final, com Inferéncla de n&o conservacio falsamente evidente, mas h& comeco de compreensiio da transformasin como transformacfo, pols esta surge mesmo dupla ou bipolar Além disso, a Intulgfo Infercncial dum reviramento possivel de algumas das acgées em jogo reforga este cardcter nascente de traneformacéin ¢ permite até ac sujelto, nos casos de variagtes pequenas, entrever ‘uma conservacie possivel, embora ainda sem justificacde tat Nivel 1V.—~ No que se refere as Obs_ 8 & O, 0 facto assinalavel éque o alongamento ¢ o adelgngamento sio previstes ao mesmo tempo como efeitos da acgfo de estlear ( (soma dag classes ou das subclasses, ou, em forma infraldgica, Pedacos), s bac Telagdes, para mais ou para g ¥ thn-ae relative & copes iene: @ apenag depende soe cla (ou multipii¢agfo) serial entre poet a Santos croacentes ¢ diimetros decrescentes que condu- tt & no sentido de Spearman, De facto, 4 wafictentemente sabido penaagio das rela- que este com, oe a 4 anterior « quatquer medida ou quantificagio 4 45 O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO nio seja ordinal ou serial, ¢ dai um dos seus inte, it (ver og seus comegos no nivel I). Testa 3.°) Quanto ao mecanismo das regulacées em 5 niio 6 uma regulagao de ac¢oes orientadas para um ob tivo material, porque a transformacdo de uma bolinhs em salsicha nao tem dificuldade alguma e¢ pode ser feite em qualquer idade. As regulagdes apenas incidem ns leitura dos observaveis ¢ nas coordenactes inferenciais, e as lnicas perturbagoes em jogo resultam das contra. dices ou desequilibrios entre os observaveis, ou dog desmentidos dados pelos factos 4s coordenacdes nas. eentes. No ponto de partida (nivel I) no ha problema: a crianca efectua um alongamento de bolinha e daf con- celui que houve um aumento da quantidade, sem notar a diminuigéo do diaimetro, o que constitui, portanto, uma espécie de criacio de matéria, A primeira portur- bagio surge em seguida, Por contraste entre este Obs. 0 € um novo Obs. 8, quando a crianca se apercebe de que cste alongamento ac faz realmente por esticamentos sucesalvos, 0 que tende para substituir a nogio de um alongamento absoluto pela de deslocaciio. Mas, como heates niveis, a deslocagio de um movel nao exclui feu wongamento, a inferéneia (retrospectiva ou anted- padora) continua a ser de um aumento de quantidade. ita pertubagio mais grave é entio gerada pelo nove aes G, de weardo com o qual a salsicha se adelgaca 0° fo tempo que se torna mals comprida. O que 3 sorreccées Ou Tegulagées conceptualg sao entéo cnear- Tegadan de coordcnar aio og dol a d : de facto de um aumento de comprimento, Tees oe deslocagset = de massa, ¢, Pet outey tay que resulta de adelga- samento da’ salsicha: 6 caer ‘liddrio com um seguldamente a fare: esta dupla exigéncia que todas ( +) 2B ‘azeT Corresponder Ag partes B¢ te: Fado (—y 4 poxtmemldade da eatsicha aquilo que ¢ t Mento (+) ag dit, inicla, € Bos numentos de comprl ides de didmetro (—). 46 bebidas ee ite) AS ESTRUTURAS LOGICO-MATEMATIOAR Estas compensacdes progressivas, de natureza regu- latéria. ou incompleta antes de se tornarem operatérias e inteiras, conduzem no nivel IV 4 comutabilidade ou & vicariincia, e 4s correspondéncias inversas de relagdes. O primeiro problema a discutir é entio saber se ag com- pensagdes em extensio dog aspectog positivos e nega- tivos que acabam de ser referidos acabam por se com- pletar em virtude do processo da comutabilidade ov devido ao da vicariancia, com um destes a extrair a eonservacao do todo da identidade dos pedagas, do ponto de onde sao retiradog até aquele para onde sao trans- portados, e o outro a basear esta conservacao do todo no facto de uma nova reparticio manter a igualdade da soma das partes complementares, De facto, no caso par- ticular em que a vicariaincia no é estdtica (reparticao diferente dos subconjuntos sem deslocagdeg no espaco), * mag incide nas mudancas de posigdes espaciais, os dois ~~ mecanismos completam-se, partindo um da conservacgao dos elementog durante ag suas deslocacdes, e partindo © outro da sua reuniao de acordo com as diferentes re- Partigdes. Sucede o mesmo quanto a natureza das nega- ea, consistindo aquela que caracteriza a comutabili- dade numa subtraccio inicial que permite a adic&o no Ponto de chegada do trajecto, ao passo que na vicariin- ia a negacdo exprime 2 diferenca entre uma parte ¢ a outras: dease ponto de vista, os dois processos aio ambos igualmente necessérios. Mas aqui vém juntar-se os caracteres tivos ¢ Regativos relativos is formas sucessivas do objecto, Porque ag partes ou , cujas operacdes essenciais com- preendem precisamente a identidade (+ 0) e a reversi- bilidade (*) T.T-1 = 0, isto é, a compensacao completa das negacées e afirmagdes, Se o que precede for exacto, a comutabilidade, a vicariancia e a compensacio dss relagées (+) e para (—), que siio trés expresses 0 derivados de agrupamentos, nfio constituem entio fat- toa primeiros, mag sim as reaultantes de mecanismos Fefuladoree que conduzem a estag eatruturas, De facto. te apereasionante observar como a principal sas pee “naery que Provocam as regulacdes, isto 6,a descoberts tas nto da salsicha, evolil segundo as trés {s0et pee ame pl ha nivel I, 6 simplesmente oa tanto multo perseptivel ney sate, Observivel Oty OF tipo «. Depots d Mee gee & wn. com mente pases as fu is do nivel 1, o adelgee ® mer, no nivel II, solidhrio com 0 s/ons* BE _—_—_—— Dt 8 mu ty ReTeENCO Que 98 T tor uma yperacto pot 448 _—_—_ _ Ec AS ESTRUTURAS LOGICO-MATEMATICAR mento, ¢ j& nao constitul, portanto, uma perturbagio, mas sim uma variacao integrada no sistema, o que é um comportamento de tipo A. Finalmente, no nivel IV, esta variagéo torna-se dedutivelmente neceasaria, em conexio com © conjunto do sistema e com as suag ope- ragoes inversas (comportamento y) que asseguram uma correspondéncia exacta entre as negacOes e ag afirma- ges, mas no final de uma demorada equilibracéo por regulagdes cuja reversibilidade constitui, portanto, o resultado e naéo o motor. § 20— AS CLASSIFICACOES E A QUANTIFICA- CAO DA INCLUSAO. — Numa interpretagiio da equili- bragéo em que a razao dog desequilibrios iniciais é atri- buida & primazia sistemAtica das afirmacdes ou dos ele- mentos positivos dos sistemas cognitivos e 4 caréncia correlativa das negacdes, enquanto o equilibrio progres- sivo exige a sua simetria e a sua correspondéncia neces- sirias, convém voltar resumidamente aos problemas, j& tantas vezes estudados, da classificagéo e das dificul- dadea da inclusio. De facto, se todos os problemas de classificagdo se reduzem a questéeg de coordenagéo entre as semelhangas e as diferengas, niio & menos claro que ag diferencag consistem em negagoes virtuais, ou, pelo menos, implicam-nas: tem ento interesse procurar saber ne as regulagdes em jogo e as compensacdes pro- Sreasivas que ag mesmag tendem para estabelecer se Vio basiesiar$ nesta construcéio das negagdes, c em que formas uceasivas, 1”) Comecemos, para boa ordem, por lembrar os qus- tro rns princlpais do desenvolvimento das classifi- cagdes (*) : | i ii O DES. Nivel J.— Quando se d&o indicagdes como cfuntar iguals, a crianga comeca por colocar um objects 4 outro andlogo, que coloca ao lado do primeiro. Depo, tists, Hi , Clee tinuando a proceder a passo e passo (no tempo), sem antecipador, e por justa posicio (no espaco), acaba por La de Ugacdes (por exemplo passando da forma para g or) oo substitul-las por qualsquer conveniéncias (por exempio um gulo colocado sobre um quadrado, como se fosse uma Cam resultado 6 uma reunifio que na sua totalidade tem ums espacial definida: alinhamentos, colunas, figuras de duas ades (rectingulos, etc.), A este propésito, falaremos de y, © Og Seus dois caracteres sfc os seguintes: a preensio» ¢ devida a assimilacdes a passo e passo, exquaniy, A é realmeste devida a um problema de ne- Gagao e nao de enumeragéo, visto que a comparacaéo numérica dos A e B é fcil por correspondéncia. O pro- blema central para o sujeito é compreender que se 0 todo B e a parte A aiio simultaneamente diferentes e semelhantes, a semelhanga vence na forma afirmativa «todos og A sao B», enquanto a diferenca deveria tra- duzir-se na forma negativa «nem todos os B siio A», dos quais B>A, coisa que a crianga deste nivel no con- segue. Citemos a este propdaito ag belas contraprovas inadag por Inhelder, H. Sinclair e M. Bovet no seu lvro Apprentissage ct structures do la connaissance: Por exemplo, pediram aos sujeitos que aumentassem 0 numérico da subclaase A mantendo B constante. Do nivel IT, os aujeitos, ou acreacentam um meerio de slementos a Ac a A’ (do que resulta um Simento de B contrario As Instrugdes), ou entiio siio Mificlentemente astutos para suprimir on A’ ¢ aumentar assim os A: em ambos 0s casos, isto equivale « evitar Operas tao parcial em. A’. 86 08 sujeltos do nivel Speratério (IV) compreendem que ¢ preciso dimiauir 4 i658 O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO de se se soma x a A, e, portanto, admitem que para um mesmo todo uma adigio a 4 implica uma subtrac- Gao de A’ e reciprocamente. No nivel IV, finalmente, as diferencas ¢ semelhancas sio equilibradas de mancira completa, no sentido de que as primeiras sio compreendidas como negacdes Parviais, na medida em que os A’ passam a ser ¢ reci- procamente. Esta evoluedo dos niveis I para IV, que dura dos 3-4 anos até 7-8 anos, mostra assim da ma- neira mais clara aquilo em que a equilibacZo majorante constitui uma compensagao gradual dos caracteres posi- tivos e dag negaqGes: o desequilibrio inicial é devido a4 uma primazia sistematica dag semelhaneas, ao passo que as perturbagées, representadas neste caso pelas dife- rencas, 530 apenas menosprezadas ou repelidas (com- portamento «). Seguidamente, ag negacGes perturba- doras sao integradas no sistema (comportamentos &. mas na forma restritiva de simples diferencas, sem que estas se traduzam por auténticas operacdes inversas. Finalmente, no Gltimo nivel y. as diferencas conduzem &s negagdes parciais (A’=B—A) e a comparacao torna-se rigorosa na forma dag correspondéncias neces- sirias entre operagées direetas e inversas. § 21— A SERIACAO E A TRANSITIVIDADE. — Esta questio da ordem seria}, até agora estudada ainda mais frequentemente que a anterior, precisa, no entanto, de voltar a ser examinada do Ponto de vista da equili- bragin, em primecire lugar porque foi insuficientemente analisada no nosso estudo sobre o equilfbrio cognitive de 1957 (pp, §9 8 92), mas, sobretudo, porque neste cxem- plo @ compensacio das propricdades positiva: negagbes, que domina todo o problema da equilibragéo rarants, ne, apreseat de mancira muito especifica. afer to & situacio da seringio & neste agpecto muito diferente da classificacio. Nosta tiltima, uma subcinase 4 Constitul, além des seus caracteres positivos, a comple mentar, quer dizer a. negativa, da subclagse A sob & 155 ue faga a seriagio de dez réguas pequenas com com- rimentos diferentes, 0 sujeito tem de admitir simul- neamente; 1) que «grande» significa cnao pequenos ¢ reciprocamente, mas 2) que «mais grande» equivale a ‘menos pequenos e¢ 3) que um mesmo termo B pode ser, ' anto, qualificado como + grande ou pequeno con- | forme for comparado a Aouad (seA cB < Cj) em { yez de ser caracterizedo de maneira absoluta pelo facto de pertencer a uma classe K ou K’ (=néo.K), Por outras palavras, ja nao se terio de considerar seme- thancas e diferengas como categorias opostas, mas sim | gemelhancas maig ou menos grandes que sio, por isso mesmo, diferencas menos ou mais pequenzs. | t i k | AS ESTRUTURAS LOGICO-MATEMATIOAS, ’ asso total Bi se B= A +A’, entio A= B.nao-A e Gre B.ngo-A. Pelo contririo, se se pedir ao sujeito q P ta L*) Recordemos primeiro os cinco niveis seguintes (para dez dementos a seriar por ordem crescente}: Nivel f.—Colocacfio de algumas Mguas pequenas mals ov ae paralelas e verticals, mas sem ordenagio propriamente ita. Nivel HA.-~O sufelto consegue construir pares justapostos, formadoy em cada caso por um elemente pequena e um grande. cme DCF AH, etc, mas sem conseguir lgi-los por cone- wes interpares, Em LB, procede da mesma maneira mas por ore iu «pequeno», um D, C, B, A) © menor que os seguintes (E¢<) ¢ a tranaitividade. 2°) O nivel I é interessante Porque, tal como nas claasificagdes, o aujeito comeca por menosprezar as dife- rencas, e iaso apesar das inatrugdeg que insistem, no entanto, na gradacéo do Sar pe © maior. A partir do nivel II, pelo contrario, a diferenga & aceite pelo sujeito, mas, ¢ aqui também a semelhanca do que sucede nas classificagdes, numa forma alheia a qualquer nega- Gao e que exprime simpleamente outra Propriedade posi- tiva: aos elementos «pequenos> opGem-se assim os «grandes», mas isto consiste apenag em admitir dola Predicados distintos. Quanto & seriagio, isto corresponde & ignorar, portanto, as relagdes «mais» ¢ «menos, do que reaulta como consequéncia que um mesmo elemento, AS ESTRUTURAS LOGICO-MA TEMATICAB des. Quando, pelo contrario, cada elemento é con- grant4o individualmente, pode ser neste caso opesto ee mas nfo pode ser oposto & dois ao mesmo tempo, . md ca C, € tanto menos quanto B > AeB € <, como no nivel de (neo TD) se afigurarem incompativeis. Resulta gaqui a reacgao fundamental de que as réguas pequenas 96 podem ser dispostas em pares, um pequeno-um grande, ttc, mas gem relagdes entre og pares porque isso pres- suporia. comparagoes duplas. Assim que estéo justapostos estes diversos pares, a perturbagdo que entao se produz é devida & desordem que dai resulta, pois os pares nao sao iguais entre si e misturam, na sequéncia que se obteve, grandezas per- ceptivamente muito diferentes: dai a correceao que con- giste em reconhecer uma diferencga nova, os «médios», que nfo pertencem nem aos pequenos nem aos grandes mas constituem uma terceira categoria, como sucederia se foasem quadradog entre circulos e triangulos (*). O progresao é entio uma repartigiéo do todo em trés : pequenos, médios e grandes, ou uma justa- oe pice termcn nao coordenados entre si. £ de notar, » que a ordem ida pelas instrugdes se comega a manifestar no cee Ue os ternog sucessivos “rem orientados interiormente de maneira regular: pipe médio, grande, etc., mas isto mantém-se sobre- Perce; ptivo, porque n&o bé outras r¢lagdes entre 08 3*) A desordem que assim se mantinha é seguida- mente substitulda por tentativag de compensacio no erage Sake em 1967, rasio, constitulam um TIA? de Hgacho entre an relacten , mas on extiidon sfec- sto tngeloinc ans O2bte & memeéria die seriactes ¢ & sun expren Attire © pre. 1 on Pisabinetin. we ebekekte AINER See 187 O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO sentido destas semelhangas, do que resultam compro- miss0s que promovem a transigao com o nivel II e con. sistem, quer em construir uma escada em fungso da linha de cumieira, mag sem fazer caso das bases das réguas pequenas, quer em prolongar os ternos em quenas séries de quatro ou cinco elementos. Vé-se entiio que se produz, na concepcdo das relagdes cem compreen- Séo», a formacdéo de «pré-relacdes> interessantes, que H. Sinclair denominou <«rotulagem» e se mantém pré- ximos dos juizos predicativos: e < , 0 que torna em parte rela- tivos os predicados «pequeno», «médio» e «grande>; mas a aérie construlfda continua a ser de sentido unico, e 0 sujeito ainda niio reconhece a propriedade dupla que um termo intermédio tem de ser simultaneamente «maior» que © precedente e «menor» que o seguinte: conforme mostrou H. Sinclair, o sujelto, quando se lhe pede que deacreva a série acabada nos dois sentidos do percurso, sente-te embaragedo porque, por exemplo, o pentiltimo elemento, que era «ainda maior», no sentido ascendente, passe & ser num sentido e dos < segundo outra di- receao, e, em compreensio, pela equivaléncia das relagoes «maig pequeno» e «menos grande» ou inversamente. Mas esta compensacio reconhece-se sobretudo por duas novi- dades da fase. A primeira é a do modo de construgéo da série, sem tentativas, e, conforme se viu (em 1.°), por combinagdo de FE > D, C, B, Ae de E< F, G, etc, ou ainda do modo de intercalagio imediata de elementos acreacentados. A segunda, que tem grande import&ncia, éa construgdo da transitividade: ora, esta resulta direc- tamente dog mecanismog formadores da compreensao dos (+) e dos (—), porque se (+} + (—) =90, também (+) + (+) = (++) e(—) + (—)= =(——), donde (A << B)+(B

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