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TERCEIRA PARTE QUESTOES GERAIS CAPITULO V A EQUILIBRACAO DOS OBSERVAVEIS E DAS COORDENAGOES § 2—AS REGULACOES RELATIVAS AOS OBSERVAVEIS SOBRE O OBJECTO (Obs.0).— Um observével, no sentido em que tomaémos este termo a propésito das interacedes de tipos Te I (§ 9a 12), é um facto verifieavel. Ora, toda a gente aceita (e 0 nada tem de exageraio MO designar este eon: e ent&o o problema das spresenta-se de mansira mais natursl 38 164 [ OBSERVAVEIS EB COORDENACOES easas construgdes sio permanentemente ameacadag contradigées (entre os contetidos perceptivos e as as conceptuais, entre estas de um observavel para entre observiveis ¢ a relagdo construida para os umir, etc.) € que uma contradicao entre factos ou entre nogdes consiste sempre numa compensacao incompleta. Dito isto, tentemos resolver, Portanto, neste dominio dos observiveis, o problema dag relagdes entre constru- ges e compensacées, distinguindo ag diferentes Varie- dades de regulac6es e tentando determinar com precisgo, para cada uma, as funcdes que desempenha. 2) As regulacdes mais elementares sao entéo as que consistem, relativamente a um observavel dado, em ajustar uma forma conceptual ao seu contetido percep- tivo, Mas ainda temos de distinguir dois casos: aquele que o conteddo perceptivo é relativo a um objecto exterior e aquele em que 0 contetido se relaciona com a scgaio propriamente dita e em que a forma conceptual faz parte, portanto, desta conceptualizacao que constitui & «tomada de consciéncia», O primeiro caso 6 mais sim- Ples; comecemog portanto por ele, e por duas observa- g6es prévias. Notemog em Primeiro lugar que esta regu- 40, por ajustamento de uma forma a um contetido, diz especialmente respeito ao pensamento, e, portanto, ds estruturas cognitivas que se basciam na funcao semi- Stica, © nao existe nog ni veis sengorimotores, nos quais © ¢squema ainda néo equivale a um conceito. De facto, ‘cco sensorimotora implica ou compreende tanto ntow perceptivos como elementos motores, sem distingdo entre forma o contetido, a nao ser pelas repe- © BeneralizagSes que delas extral entlio o es + ius ae & accao assim eaquematizada, quer dizer, to, generalizada, se aplica a objectos novos, isso * qicede 4 maneira de uma forma conceptual que ee ; & um contetido, visto que, precisamente, o objecto com codificado nesta Gltima altuagho se 2e enriquecer "ma forma, ao passo que, us primeira, é material- 166 O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO mente transformado, Notemos em segundo | regulagio forma-contetido, da qual vanise disoe que plos, corresponde 4 relagao a no modelo de interaces a (§9), isto ¢ a jungao entre a actividade As do Gee ea resisténcia real ou mula Ro do objecto: mag pi” modelo B falivamos de relagdo a, Beneralizando.q = casos em que © sujcito aplica toda uma estrutura (dan sificagdo, etc.) a um conjunto de objectos, enquanty - easo presente se tratara também da conceptualizars de observaveis isolados. A regulagao cuja natureza convém examinar egora intervém, de facto, em todas ag situagdes em que o sujeito confere aos observaveis qualidades que 56 ¢ maneira insuficiente correspondem aos seus caracteres perceptiveis, quer uma destas qualidades predicatives seja aplicada por erro, quer ag propriedades conservadss se mantenham incompletas. Ora, é evidente que as eox- ceptualizagGes iniciais sao quase sempre insuficientes para um ou outro destes dois pontos de vista, sendo o problema, portanto, o de estabelecer o mecanismo regu- lador por melo do qual se vai efectuar o reajustamenio de forma conceptual ao contetido perceptivo, Esse pr- blema pode afigurar-se inexistente ou banal, porque, par 0 empirismo, os caracteres do objecto sio outros tantes indiciog apresentados tal como sao, indiciog que 0 sujeite | se limita a registar simultinea ou suceasivamente p¥ | via acumulativa, sem necessidade de reajustamentos Na perapectiva da aasimilagio, pelo contririo, deve bs- ver sempre razées pclas quais o sujeito comeca PT conceber o objecto duma maneira exacta ou deformant. conforme os casos, ou ainda incompleta, e surge ett © problema real de procurar compreender por que Ey" lngSes ae conatituire um equilibrio entre as forms ods mi ¢.0 contetido ao qual estas se devem acom ee wo, we qualidade atribulda ao object® © 1, enacde e ——— 2 OBSERVAVEIgZ E COORDENA CORB atribulda a mediadores iméveig em de uma nego OB crapamlseeo con semi-interna. Mas também pode Bicio seja devida a uma omineaes ole {nsuficientemente analisados: por exemplo, a lee | constante (igual ao difmetro da bolinha inicial) aoa erianca pode atribuir @ salsicha (yer o § 19) cuanae nio atribui importéncia ao seu adelgacamento nas ex 2 riéncias que dizem respeito a conservacio, Mas a geral, as simples conceptualizacSes lacunares dos obser- | vaveis nao dao origem a qualquer deformacao aparente: por conseguinte, o que sobretudo temos de aqui observar | Bio essas conceptualizagées lacunares, porque, A pri ‘meira vista, as regulagdes que elas provocam parecem 'reduzir-se a fornecer complementos ou preenchimentos de lacunas, e, do ponto de vista do equilfbrio, uma lacuna £6 constitui uma perturbaciio que di origem a uma reac- ¢40 compensadora, na medida em que corresponde a um esquema ja activado ("). Virtude da influénci, cebida como Geri 3.°) Lembremos em primeiro lugar alguns exemplos: o de seriacao, na qual no nivel I o sujeito di pouca im- portincia 4s alturas das varas e na qual, no nivel I, constréi um par e depois outro, afastando destes 03 ou- tros elementos; o da classificacio, em que a principio #6 os caracteres de semelhanga entre objectos sio retl- dos; o da conservacio da substancla, em que 0 adelga- gamento da salsicha comega por ser completamente dgnorado. Analogamente, nas experiéncias sobre : ies ‘balho», os sujeitos novos pensam ora no peso desloc: re ora no caminho percorrido, omitindo de cada vez 0ou O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO factor. Nas questdes de composigdes entre Torcas 4, direcg6es diferentes, abstraem dos ngulos, ete, i. Em que consistem entéo estas lacunas? & eVidente que nao siio escolhas deliberadas ou abstracedeg inten, cionais, porque, em cada um destes casos, as Tegula gies préprias dos niveis seguintes consistirao em Teintroduziy (ou mais precisamente introduzir) o que faltava a agsi. milagao inicial dos dados. Embora os processos em jogo dependam da conceptunlizagao, ¢ ja nao dependam, ou ji nao dependam apenas da percepcao, estamos em pre. senga de uma situagdo analoga a da centragao percep. tiva, com og seus dois caracteres fundamentais: por um lado, uma impossibilidade de abranger tudo 20 mesmo tempo, por nico haver dimens6es suficientes do campo de fixagdo do olhar ou da atencdo; por outro lado, uma deformacio sistematica, que equivale a sobrestimar o que esti centrado e desvalorizar o que se mantém na periferia, Alguns dos primeiros niveis da seriacio e da classificagao sao tipicos a este respeito: como mio con- seguem ampliar um campo (ou um ) da assi- milacgdo inicialmente restrito demais, 0 sujeito 56 avanga por pares ou justaposigdes, pondo momentaneamente de parte os outros elementos ou as suas propriedades. Nes- tag centracgdes que entio sao representativas ¢ ji 10 perceptivas, encontrariamos portanto de novo, por hips tese, o cardcter deformante dog elementos centrados, na medida em que sao sobrcavaliados por serem objectos da atengio, ¢ a deavalorizacio dos outros, na medida em que nfo estéio centrados; mas naturalmente que ainda falta concretizar, para ultrapassar 05 simples anslogiag metaférican, o dinamismo destes process0s, isso em termon de interacgiio entre a forma ce a adoptada e o contetido perceptivo ou Perec eo objectog asalmilados, De facto, a extensio dum o 2 de conceptualizagiio (como alii ji sucede cm pa cers enso dum campo perceptivo) depende da sua Oe sacl Entfo, de duas, uma: ou, os elementos (object oko Propriedades) mubavalindoa nilo wlio apercebides. OBSERVAVEIS £ COORDENAQOES apercebidos mas postos de parte, ¢, em ambos os casos, § necessirio explicar porqué. Se nao sio apercebidos, gendo perceptivels, isso quer dizer que um factor posi- tivo impediu a sua percepgdo: ora, ji lembrimos a este respeito (§ 17 em 3.°) alguns dos numerosos exemplos que mostram que a escolha daquilo que é apercebido e do que nfo o ¢ se deve @ uma orientacdo das actividades perceptivas por uma instancia superior relacionada com as nocdes, pré-operagoes ou operagées, A diferenca entre os dois casos distintos ¢ assim menor do que poderia ter-se admitido, o que equivale a dizer que o contetido perceptivel (seja ele apercebido ou nfo) se mantém com as suas reacgdes possiveis As restrigdes que os esquemas assimiladores exercem. Ora, estas restricdes existem, porque, se nao se for empirista, o esquema nado consiste num simples orgio de registo cujas conexdes com o objecto 840 reguiadas apenas pelas probabibilidades de encontro (sem conexfio) ou por uma filtragem sem actividade. De facto, se 0 esquema retém certos carac- teres ou objectos, isso deve-se a processos e organizacao internog que os tornam assimiliveis, mag que, por isso mesmo, exercem uma pressio negativa nos elementos postos de parte (1), sta pressiio pode entfo ser com- Parada com uma espécie de recaleamento, devido, nao @ contradicgdes entre sentimentos como recalcamento afectivo, mag sim a formas cognitivag de contradicao ou incompatibilidades, por exemplo o alongamento duma salsicha, concebido de certa maneira, exclui o seu adel- Bacamento, etc, Neste casy, a valorizacaio do clemento cn () 46 no nivel cortical, K, H. Pribram mostrou a existincia um controlo dos inputs que regula spreviamente o mecanismo oP UF do tol maneira que alguns inputs se tornam estimulos> Outros eo ellminados (Actas do Congreso Internacional de Pal de Mascovo, 1966). 169 O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO centrado, e retido por este esquema, conferir-the-ig oe certo poder no sistema formado pelo conjunto dog con. tetidos perceptiveis, ao passo que os elementog nig cen. tradog e desvalorizados, pela accéo de um i que pode ampliar-se da simples oposicao até & contr. digo propriamente dita, sio por isso meamo Object duma accao negativa que consiste em repeli-los. 4.) Mas o equilfbrio que assim se atinge entre , forma conceptualizada e o contetido perceptivel nio deixar de ser instavel, por duas raz6es evidentes. Em primeiro lugar, ag restrigdes, isto 6, as acgdes de valo- rizagao e reforcgo (interno), ou, pelo contririo, de re pressoes, exercidas simultfinea e solidariamente pela forma sobre o contetido, vido corresponder, em ambos Os casos, accées de sentido oposto do contetido sobre a forma, visto que este contefido continua a ser enri- quecido com observiveis em potencial, na medida em que sao perceptiveis (e que ji sio tal perce bidas inconscientemente, conforma Poke ier agers por estudos sobre a sua esubcepgiio>). A segunda razio de instabilidade é que a forma, Isto é, o esquema, se man- tém em actividade e pode, portanto modificar-se em virtude do efeito de novay relagdes ou coordenagies, que Ifo atenuar ou eliminar ag Posigdes ou contradi- aged que Sea ace heats caso ou em virtude do efelto raziea jun poss! cobrir novos observiveis. man in Serene . E ent&éo evidente que a pat 1, com semenics valorizados ¢ (ou'ceanlece eae © estado final, em que am s snemlialladon em pede igutdnde, So OStan Dt muito de regulagéea de tipo normal: viato que ji mio & pretende apenas preenchor lacun: 3 im fener desaparecer as rep; qd =) ee ton de ri pees log elementog até entio por Nascente destes elementos, sort constitulda pelo Poe } que tendem para entrar 0 110 OBSERVAVE!IS E COORDENACOES dos observaveis reconhecidos (*), e a compensa- 50 consistira entfio em modificar estes observiveis até ceitagao possivel, Ora, como esta modificagéo con- ote numa construgio que, por muito modesta que seja, uivale a reorganizar um pouco conceptualizacao, temos aqui mais um exemplo duma construcao resul- tante duma compensagio. § B—AS REGULAGOES RELATIVAS AOS OBSERVAVEIS SOBRE A ACCGAO («OBS. S») E A TOMADA DE CUNSCLENCIA.—Convém agora dis- cutir as mesmas questdes, mas no que diz respeito a8 observaveis Obs. 8 notados pelo sujeito sobre as suas proprias acces, e nfo sobre os objectos (Obs. 0). Vol- () Como exemplo desta tendéncia de um elemento pri- melramente ), os quais exercem ent&o pres- pore dss 68 ‘rio ao da repressio. $9 sentido contrario Compreende-se melhor, neste caso, o papel das regu- hyées que. quando da tomada de consciéncia da accao econamente dita (Obs. S$) ou da tomada de conheci- ne0 dos objectos (Obs,O), fazem passar um obser- rive! do estado virtual ou latente para o estado actual mconceptualizado. Portanto, o equilibrio entre a forma cxceptual que rejeita um observavel latente desse tipo {cbservavel que existe, no entanto, no estado sensori- zotor) € a pressao exercida por este contetido é insta- wl ms por uma razio notdyel quanto aos seus aspectos tgnitives: do ponto de vista das nodes conscientes em ta conceptualizaciio, o observivel potencial que s=* bara forcar a porta destas nocdes constitui uma crt © @ compensacio consiste, portanto, em rn a Hes anulé-la, e, portanto, negi-la por meio da P brits de aereumento « do § 13). Em contrapartida, bid actin sta do esquema Sensorimotor, que exerce Or sobre « van conceitos, n repressiio que estes exer- Vonopensantn oe & que constitui a perturbagiio, e ze rh eae releiees na accio de sentido contrario Uierior aq Tal ©. E entiio evidente que a regu- fre cay com, Tivaleri, portanto, precisamente a re- Picciz, nfve} Tnaaea, ue se mantém inoperante num Mn a cgulagto aiehe Por vencer em virtude dos aos, torque ne mpensadora, Ora, esta é também sditicncin da emcee € dar arigem a 1, Neste terren, zacio que a cla se tented que Ma constengh cer assim uma Th 0 DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO *) Estas diversas observacées sobre as situactes de ‘as oo ene (Obs, 8) conduzem, como fol dito noutre Togaratt @ rever em certos pontos a interpretacio que para ela fol pro. posta por Claparéde. Como se sabe, a propésito de uma boedtg experiéncia sobre a conaciéncia das diferencas entre dois Objects (mais ou menos facilmente formuladas pelas criancas mee novas) é a consciéncla das semelhancas (um pouco Mals difters, de atingir, embora os sujeltos destas Idades sefam Induzidce generalizar de maneira excessiva, c, portanto, a Ulllizar as seme. thancas), Claparéde enunclou uma clel> da tomada de CONScleoig segundo & qual esta se produziria apenas & propésito das dess. daptacdes (neste caso, as diferencas, que se optem As generat. zagdes), nfo intervindo, por ser inGtil, quando se trata de meca nismos usuals na medida em que j4 est£o adaptados. J& tinhames sallentado, apés esta publicacdo, que as desadaptactes se pre. duzem na pertferia da accdo (contactos com 0 objecto), enquanty & zona em que o funcionamento se efectua sem obsticulos é a doy mecanismos internos da accfo: dai um equnciado mais geral pos. sivel, que equivale a sustentar que a tomada de consciéncia pro cede da periferia para o centro, isto ¢, parte dos resultados da accic para regreasar ao seu mecanismo interno. Mas parece que & pre. gente anflise obriga a alguma correccdo, a0 mesmo tempo que Broporciona ocasifio para algum esclarecimento suplementar Comecando por este, tornou-se claro Ue a tomada de conscitacta das accSes, em particular no que diz respelto acs seus aspectos sensorimotores, nio é um simples esclarecimento completo destey ou daquelas, pols implica necessariamente uma conceptualizacho: se assim for, compreende-se entio QUe a periferia da accdo dt ensejo a conceptualizacdes mais fiiceis, ao Passo que stingir oF aepectos centrais, exige um trabalho reflexivo superior (e regulr see mals complexas, conforme veremos adlante), Mae Do que a Tempelto & periferia propriamente dita observamos agora que pen todo ele 6 acessivel A tomada de consciéncia, ¢ que, em part quanto aos pontoa de contacto com o objecto em que desateptacho 6 mais forte (rotacdo inverag da bola, trajecto tan- DOT UMA Deceasidade de con: tualizacho, hé nisto ums Mnaghe eaante, porque, ~y rss | G1, V8 © tomo estado sobre Le conscience nas 6°" | ctusties ‘pereia: prise ts 7 OBSERVAVEIS & COORDENAGOES como se tratasse de regressar 4s com ee operatorian da accho (o que realmente miccde, cnt aa fh euma, diremos, portanto, que a tomada de conscitincla & Inver, gamente proporcional Bo grau de pensamento reflexivo (1) que ; facil numa conceptualizacio simples, isto 4, na eplicachio duma forma a um conteGdo (o que em geral sucede na erta da acco), ¢ tanto mals dificil, ¢, por conseguinte, demo- yada, quanto exige uma conceptuallzacho reflexiva sobre compo- {nternas (pré-operatérias ou operatérias, isto ¢, sobre con- teddos que por sua vez slo formas, e isto tanto mais quante tas composicdes sfo mals elaborndas), ou quanto implica a reorganizacdo duma conceptualizacio inicial (o que volta a pres- sepor uma forma nova que incide num contefido que é j4 uma forma) § &—AS REGULACOES QUE INCIDEM NAS RBELACOES ENTRE OS OBSERVAVEIS. — Depois de termos examinado as regulacdes que se produzem a propésito dos observiveis Obs. O sobre o objecto Obs. 8 sobre a acco, convém agora analisar as regulagdes que incidem nas relacionagoes entre observaveig quais- quer, e, em particular, nestes Obs. O e Obs. § segundo as trajectérias OS ou ¥-X assinaladas a pro- Pésito dos tipos de interaccdes II (§ 10 a 13). Ora, estas regulagdes sao de formas miltiplas, mas convém escla- fecer que nao ag distinguiremos cuidadosamente das regulacdes que incidem nag coordenacdes propriamente ditas (Coord. 8 ou 0), porque estas compreendem por definicdo inferéncias necessirias, que ultrapassam, por- tanto, ag fronteiras do observivel, ao passo que as rela- ges entre observiveis, embora atinjam o nivel das fun- 6es quantificadas (*), e, portanto, da legalidade, siio Por sua vez observaveis, e, no caso de inferéncias, apenas aglobam inferéncias indutivas, isto 6, nko necessirias € oO DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO tufldag por simples generalizagées dos obeervavels pageuenny ae interacgdes de tipo II distingue, Por uestiio de método (embora isso seja de facto men, facil), as relagdes entre os Obs.0 © 8, @, Portanto, ¢ trajecto OS, e as coordenacbes resultantes destas rela. cionagdes, ou, mais precisamente, inferidag a ‘Partir delas, ¢, por conseguintee, og trajectos Obs. 8 (ligadog a Obs. O) para Coord. 8 e Coord. 8 para Coord. 0, quer dizer a seta SO (perfeitamente distinta mas reciproca de OS). Aqui falaremos apenas do que se refere ag rela. des entre os Obs. 5 ou Obs. O ou ainda entre dois (tra. jecto OS), mas ainda nao falaremos das coordenacées no sentido estrito. 1") Antes de atacar os problemas centrais duma teoria da equilibragio, das regulacoes inerentes 4s situa. g0es relacionais de contradicao ou diferenciacdo de no goes inicialmente globaig e virtualmente contraditérias, o primeiro ponto a discutir é a construgao das relagdes imediatamente coerentes, Porque exprimem ligagdes ob. servaveis sem dificuldade pelo sujeito. Mas para nés o problema, de acordo com o nosso programa, é estabelecer 6e estas construcdes elementareg equivalem jé a compen- sar perturbacGes, por outrag palavras, se as regulacdes que presidem & sua elaboragao por correccées sucessivas J aio compensadoras, E Infelizmento multo trabathoso analisar as primelras assim lagbea conceptuais, porque a erinn¢a que mal comeca a falar (0 que 4 0 momento mats interessante a este respeito) n&o & capas Prectsamente, de comuntcar ¢ que Pensa ou de responder As per- gunlas, Por eata motivo, alnda ha multos ¢ instrutivos estudor A fazer sobre o periodo que val de 1 14-2 a 8 ou 4 anos, Mes limitando-nos a algumas Notactes anteriores, podemos ao menos indlcar que oa primelroe exquemaa coneeptuals, em opoai¢do com 8 orkanlzacho mitada mas hotavelmente coerente dos esquems! sensorimotores, na fase Mento, Be constituem em situacdes frequentemente conflltuosss A te gintira forma destes conflltoa manifesta-co durante & UU §& dos conceltos conatruldos em Parte pelo sujelto e que se encod” tram ent&o parti entre a8 duas exigéncias contririss da 280 atlanta anced OBSERVAVEIS E COORDENA COER dade o da plasticidade: por exemplo, tablicna com o Lermo entre os proprics objectos ind!- Posto isto, niio 6 portanto nada metaférico falar de Perturbacdo, quando um objecto novo ¢ posto em con- fronto com o objecto ou objectos que jA esto assimi- hum esquema conceptual, O jogo das regulagées Consiste em dosear as identidades ¢ equivaléncias ou diferencas, conforme ag reaisténciag do objecto as ten- clas nealmiladoran varidvels. No que se refere 4 iden- » eatudamos de perto (*) as dificuldades desta —— tant.) Ver o volume XXIV de Etudes d'Epistémologle géné- 181 o DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO 5 podem constituir problema para og gy: q Te edo um mesmo liquido muda de toma | assar de um recipiente para outro, ou um arame direity @ depois curvado, ou um mesmo ser vivo muda de tama. nho durante o crescimento: mesmo a identidade, a do caricter evidente que assumira mais tarde ou Mais cedo nestas situacées, resulte, portanto, duma compen. sacio que de modo nenhum é imediata, 2 qual, para um mesmo objecto, s¢ opde a modificagdes de forma ou qj. mensio. Keciprocamente, as diferencgas podem exigir regulagdes que oponham compensacGes aos indices que facilitem a assimilacéo. Viu-se no § 20 a dificuldade equilibrar, numa classificacao, as diferencas com ag se. melhaneas, etc., ou, no nivel I da seriacao (§ 21), a diff. culdade de aperceber as diferengas de altura quando uma tendéncia assimiladora impoe a primazia das equiva. léncias, e o exemplo do , por no haver reciprocidades, ete., e, sobretudo, por nao haver graus e continuidade nestes graus («mais ou menos grandes, ete.), e, portanto, seriabilidade. E entio cm virtude das suas lacunas e da sua indiferen- _ ciagao que se mantém absolutos, Ora, este ¢ um pri- meiro passo na direcgdo destes graus, 20 qual assistimos agora, ¢ tem de procurar-se o se mecanismo numa extenaao dus regulagica que conduziram 4 constituigao das aimples difcrencass ¢ semelhangas. De facto, uma vez Spoitas duas classes de elementos individuais pelas suas Walificacdes x e y ( = ndo-w ), segue-se que cles prd- Prios podem ser distinguidos no interior de cada classe Por oposicées andlogas: neste caso, a oposi¢io x e ndo-e *plicada no interior dog a envolve uma contradicéo (ou Prudocontradigio) que #66 pode ser climinnda se &8¢ Thatizar 9 qualificagao, isto é, introduzindo uma quali- Propriamente dita, para o que servirao os termos 183 8 O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO «muito pouco», «um pouco» 2, etc., emultor e cum cos y (=ndo-w). . Quanto a saber de onde vém estes graus, é davida da prépria regulagdo. Esta, que consist, = compensar uma perturbagio, consegue essa compensa, gio primeiro por uma assimilagao (semelhanga) oy recusa, seguida por uma assimilagao a um esque; oposto (diferenca). Mas, se estas assimilacdeg nao forem imediatas e houver, portanto, regulacao Prévia, est, comeca por compensagdes mais ou menog intensas ¢ compreende nela propria, portanto, graus ¢ oscilagie, para «mais» c para «menos». Vem entao a tomada de consciéncia desta graduacdo imanente 4 regulacio, nog casos em que o contetido a assimilar impde a presen de elementos intermédios, a qual se traduz por uma conceptualizagao ainda incompleta num ¢poucochinho», eventual. mente distinguidos entre x (pequenas) e y (grandes), existiriam, no entanto, j& no interior dos x e dos y, os graus designados por «um pouquinho X», eum pouco X>, etc. Ora, até aqui cada elemento de uma das colecgdes x ou y (ndo-z) era perturbador Para os da outra, e cada um dos dois esquemas z ¢ y desempenhava um papel compensndor, Daqui por diante, pelo contrario, consti- tuem-se relacdes andlogag de diferengas e semelhangas ho interior dos dois esquemas, ¢ isto até bastante longe, Porque, em virtude de cada elemento ser diferente dos cutroa, por muito pouco diferente deles que seja, aca- ari por haver tantos subesquemas como objectog indi- viduals (rotulagem). Neste caso, uma vee que o ins- mento compensador, por outras palavras, cada ¢s- quema assimilador total x ou y, se amoldou ¢ enriqueceu, tera tendéncla parn ainpliar a sua acciio, o que os orien- » Visto serem dois, para a assimilacio reciproca. "a, % of caracteres a ¢ y Bio incompativeis (donde =-¥=0 ou + X—X = 0), og graus proximos sio me- wos compativeis, quer dizer, & mais facil constituir Interseceden entre emulto pequeno» ¢ , pode englobar-se com este numa subclasse comum aog , Daf ent&o as duas fases seguintes, Na primeira, um dos esquemas z ou y assi- mila todos os elementos da outra, mediante a distingao dos graus: se a crianga partir de y (= 05 grandes), entao os z ( = pequenos) serio cada vez menos y, e se partir de x sucedera o contrario; Mas, como ja se esta fazendo uma conceptualizacao de conceptualizacao (z ou y para «mais» ou para de maneira que 2." < 3." no sentido zy cquivale a 8° > 9” no sentido yx (contando og mesmas clementog de 1 a 10, M4s nos dois. Sentidos de percurso). Ora, este é de facto o nivel da seringao operatéria com o seu caracter rela- Clonal, o pun reversibilidade e a sua transitividade, pro- dutos finala dag regulagdep anteriores (§ 21), Ao todo, ¢ no que se refere as pseudocontradigdes, © ponto de partidn desta evoluciio @ constitufdo pelas poulacées, 4uc, para um conteddo dado, opGem relagées re temethuneas Umpéom, portanto, uma forma assiml- pee para compensigio dag perturbacéeg constituidas tem, ¢ ‘ope ou Sabectos deste contetide que af resis- tanto, qian Telacdes do diferenca (opdSem-se, por- ye milagio © um esquema © pare a teansterit ¥ I= ndo-r}) quando © contetido seja deformado OBSERVAVEIS E COORDENAGGES r auséncia de acomodagao) se for assimilado em x, Lae assim, o ponto de partida da construcao é cons- fruido pelos dois esquemas a ¢ ndo-zx (= y), no con- ditérios quando se aplicam a objectos diferentes, mas toe parecem contraditérios (pseudocontradi¢ao) quando pien respeito ao mesmo objecto (inclusive nag for- mas > ¢ < quando estas si0 sugeridas). A evolucdo deste processo regulador inicial conduz, em contrapar- fida, a passar destas duas colecgdes disjuntas e y (=ndo-r) para interseccdes crescentes, até uma iden- tifteagdo final por assimilagao reciproca das duas clas- ges, e uma compreensio do facto de uma pequena dife- renga equivaler a uma grande semelhanga e reciproca- | mente, com compensagao completa das relagdes < e >. | Agora no que se refere 4s contradicdes reais, como ro exemplo dos barcos pequenos e grandes, a diferenca sl4 no facto de as duas classes 2 e y iniciais (leves e pesados) compreenderem mais do que estas duas qua- lificagdes, e 08 conceitos utilizados serem heterogéncos por serem indiferenciados: o barco leve nao é forte, mas é suportado pela Agua que ¢ forte, enquanto o barco pesado é forte ¢ pode manter-se por si s6 sobre a Agua, Pelo que a nogéo de pesado implica o conceito de forte © este engloba componentes multiples (conforme é a “gua que tsuporta> ou o barco que se «mantéms). Mas é digno de nota que as regulagdes que a pouco e pouco ire levar a crianga a vencer cstng contradicdes, siio, ‘paar desta diferengn essencial, analogas ds que lhe eee libertar-se das psacudocontradi¢des, porque, de ee loo meaino metodo das compensagoes Pprogres- ‘as entre on Mais ¢ og menos ( > ¢ -<), 0 sujeito nao Pei jebear de se aperceber de que esse método leva rents Cason a consequéncian aceithveis (relagdes coe- % eimene Passo que noutros casos as compensagées abeur dn ymantém incompletas ¢ as consequéncias 9 equival las. De facto, se o maia pesado é na realidade melhe lente do menos leve, a qualidade de «se manter 7 Bobre a Aguas nito equivale 2 «ser menos supor- 187 mena | O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO 4guas, visto que hi duas causas em presen, s ee sae. e que a nocéo de forca & tomada em dois sentidos distintos, suportar ¢ manter-se. Se o gu. jeito procedesse por graus como numa seriagao, che. garia até & conclusio de que a meio caminho das rela. cées extremas, o barco mediano ja nao Serla suportado pela agua, porque seria pesado demais, endo se man. teria 2 si préprio de modo suficiente, porque seria leve demais. Portanto, a crianca, quando quer generalizar a relagdo entre a forga da agua e o peso dos barcos, dira que a &gua continuaré a suporti-los, e que, se a Agua o pode fazer quanto aos grandes, isso deve-se ao facto de estes, na realidade, serem pesadog mas e < , Mas Os conceitos de grandeza, peso e forga darao origem a subclasses diferenciadas, a rela- Seg distintas, mas coerentes, conforme os seus diversos significados possivels. A solugio deste problema da eli- minagéo dag contradicgées reais parece relacionar-se, portanto, com as mesmas compensacGeg entre relagdes que no caso dan pseudocontradicées, conforme os dife- Tenteg modos sucessivog Propriog dag regulacées iniciais ¢ das nimetriag operatoring finals, 4*) Somos assim levados a examinar a questiio das Tlagoes funclonais ou dependéncias entre varidves, cujo papel & evidente no exemplo anterior. Mas, para ©, temoa de voltar aos nivela examinados em 2° 3, re quats aa relacdes globais iniclais comecam a quanti- ea em termos de «maiss @ «menos, De facto, assim que 8 reconhece que uma diferenca é variivel ¢ compreende, portanto, graus diversos, o sujeito pass. 188 OBSERVAVEIR & COORDENAGORS peer capaz de observar a ligacio posstvel entre duns Gries distintas de variagGes, o que constitui uma fun- 30, A fonte desta pode ser ji a ligacdo entre um acon- tecimento B ea sua condigéo A, no caso em que a su- ressio de A implica a de B (sublata causa, tollit effec- tus), mas a isto vem juntar-se, no caso de variagdes de ae de b o facto de a cada valor de a poder corresponder on valor em ¥. Estas co-variag6es implicarao entao a formacéo das fungdes constituintes, embora ainda sim- plesmente quantitativas e ordinais (e ser conservagdes) por altura dos 514-7 anos, mas que se quantificarao na forma de funcées constituidas ( = quantificadas) a par- tir do nivel das composicSes e conservacGes operatorias. Do ponto de vista das regulacdes, as funcSes tém especial interesse, porque é sempre por tentativas que osujeito as descobre, quer fazendo variar os observaveis sobre o objecto quando se trata das relacdes apenas | eatre objectos (modelo IC, § 12, fungéo XY), quer por uma regulagio da prépria acgfio nos casos IIB e sobre- tudo TIA (§ 11 ¢ 10), em que og resultados Obs. O sio fongio dos ajuatamentos da acgdo, conhecidos pelos Obs. 8, No caso das relacGes entre objectos, as varingdes d variével independente a, em y= f(x), podem ser omsideradas perturbacgdes na medida em que modifi- ‘4m o estado anterior, e¢ as variacées de y serao as compensacdes que conservam a relaciio, embora durante 4 fase de descoberta da fungiio seja muitas vezes a Partir dag variagées y que o sujeito chega 4s de = {e, do ponte de vista da sua tomada de conhecimento, % Ppapéis kejam entéo invertidos)., Mas, no que diz res- Pelto as relacdes entre os Obs. O ¢ os Obs, 8, quando a Propriamente dita Intervém como factor, # situa- | Ho & multo maig complexa, Conforme se lembrou no | 23, a tomada de conseiéncia procede cm geral 0 partir ud Temultados (periféricos) da acgio na direcgio fe | ‘Mecanismo (central), sendo muilas vezea diffe eabor r os primelros, Dagui resulta quo © aujelt®, ‘2 pretenda chegar a um resultado, concebido 189 almente como fungio da sua accio, pode eae ignordncia bastante grande das coer jogo. Entao, de duas uma. Em primeiro lugar, a acein pode comecar por um insucesso, e dal a necessidade de uma melhor regulagio activa: neste Ca80, as Variacieg do objecto sao perturbadoras ¢ a8 Correcedes devidas 3 regulagdo da accfio sio compensadoras, mas, comp 86 os observaveis cabre o objecto (Obs. 0) permitem recti. ficar os observiveis sobre a accdo, os Obs. § dependem, portanto, do Obs.O ¢ em seguida voltam a compensar as suas variagdes (que sio perturbadoras em ri C40 aos Obs. O e S anteriores), Por exemplo, o sujeito comeca por falhar quando tenta atirar uma bola contra um certo alvo depois de ricochete contra uma parede. Neste caso, 0 ponto atingido contra a Parede desem. penha um papel perturbador e o sujeito vai regular o seu lancamento (compensacio); mas como nio sabe se deve apontar para a parede 4 esquerda ou & direita do ponto anterior, serdo as observagdes seguintes (Obs. 0) 2 corrigir estes observaveis sobre a accdo (Obs. S). Ou entao, pelo contrario, a acco tem éxito com mais faci lidade mas nao hi mais consciéncia que antes, e, por- tanto, conceptualizacao adequada do sett funcionamento, ©, mais uma vez, 8i0 os observaveis sobre o objecto (Obs. O) que permitem corrigir (por regulacio que agora ¢ conceptual ¢ ji nfo é material como no caso nte) oa errop sobre os Obs.§ por um jogo de y oes. Por mplo, na siluacdo precedente dos ricochetes, 2 variagio das tentativas, mesmo quando estas tém Exlto, é que permite ao sujeito tomar cons céncia da maneira camo orientoul os stils movimentos {cin funcio dos fingulos de incidéncia ¢ reflexio). Assim ee ve, portanto, a razio peln qual no modelo IA ({ 10), considerarnog & direccio OS naa relagoeg entre ag duas capécles de observaveig Obs,O c¢ Obs, § quase constan- temcnte preponderante em relaciio a direcgiio SO. Em concluaio 3 ineidem ar . © estudo das regulacdes que inc! nas relacéea entre og observavels mostra que nestes 190 Variagbes em | OBSERVAVEIA BE COORDENAGOER casos, tal como nas conceptualizacdes dos observavei; de partida (§ 22 ¢ 23), as construgées necessiriag para a passagem de um nivel de desenvolvimento para outro gio orientadas pelas compensacées, § 25— AS REGULACOES DAS COORDENACO (, E entao intervém as coordenacées, devidas as inferéncias do supito (Cord. 8), mas atribufdas ao objecto (Coord. 0): do facto de as duas fungdes a e b (setas a e b no mo- del do § 9) terem direc¢des cruzadas, o sujeito conclu, nes sem o aperceber directamente como percepcio de uma passagem visivel ou sensivel, que algo se «trans- mitius dele para o objecto, ou, de maneira geral, do agente para o objecto passivo. Em que é que consiste neste caso esta transmiasio, que é simultaneamente pro- fordo (na medida em que o paciente é modificado) e excservacao (na medida em que o movimento transmi- ‘ido herda do movimento produtor?). A transmissio equi- vale de novo a admitir, mas agora em virtude de uma Composicao inferencial e nag em virtude de uma obser- "igao, um jogo de compensacées; o que & ganho pelo Peciente (0 movimento Mo) & perdido ou despendido Pelo agente, ¢ é cata compensagao necessiria que, em os nfiveis de interpretagio, volta a encontrar-se | Com conceptualizacdes diversas, até A conservacio da antidade do movimento transmitido (mv) ¢ da energia lca tranaferida (1/4 mv"). Ora, nos niveis sensorimo- © perceptivog j& existe uma eomposigiio inferencial io A. e@tueCendo alte o gujetto, maa no dominio dos observavels, ect pede, do tactor deo aubytitule por urea. bala, de bIINA, Petters, ‘og Quatro observdvela sem alteracio, salvo on creas Sclivas elo substituidas por simples variacics 193 0 DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO ou pré-inferencial, ¢ a8 regulagGes inerentes ao eaquema. tismo sensorimotor ou a percepcao que O asseguram j a nsadoras. ato ee onan dos esquemas sensorimotores de causalidade isso é facil de determinar acompanhando os progressos da especializagio e objectivagdo crescentes da causalj. dade (§ 16), com as suas repercuasdes sobre a causa. lidade perceptiva tactilocinestésica, Quanto & causali. dade perceptiva visual, é também evidente que a que implicam (no sentido de Helmholtz, hoje correntemente aceite), de maneira que, mesmo neste terreno elementar, a causalidade como causalidade deve ser concebida como uma coordenacgio (Coord. 8), e nio como um observi- vel, se se fizer distincfio entre os observAveis aperce- bidos directamente e de modo individual ou local, ¢ 8 sua resultante global. 2°) Quanto as formas superiores ou nocionais da causalidade, de novo #e encontra em cada uma as coor- denagdes inferencials do sujelto (Coord. 8) mas atri- t moviewnte nels Sperceblda por via proprioceptiva sobre ° mével retardado e por via visual sobre o proprie 194 UBBERVAVEIS gp COORDENAGGER das NOs seus resultados ao Préprio objecto (Coord. O) com as suas estruturas de compensacdeg Preparadas ‘ou asscguradas pelo jogo de Tegulagées ji compenga- doras. Por exemplo, nas coordenagieg succssivas que conduzem 4 transmissio media! B B s a & a 2 a z ‘ o 8 3 B a. & 3 ° 2 Compensacao o movimento de partida ganho pela Ultima bola Passiva com o que fizeram as precedentes. Quando comega a transmissio mediata Semi-interna inspirada pela transitividade ope- ratéria, esta correceao do esquema conceptual prece- dente satisfaz o sujeito, Porque uma transmissio que ja catravés» dos méveis, pela sua propria natureza, Paige «dado» por qualquer bola activa ( (no sentido fisico de oposto 4 accio), o iltimo nivel atinge, pelo con- trario, a categoria dos comportamentos de tipo ;. No dominio das explicagdes causais por composigio aditiva de elementog (esquemas corpusculares), 0 jogo das compensagdes nfo é menog evidente. O acicar que se dissolve num copo de 4gua desagrega-se em frag. mentos cada vez menores: neste caso o seu desapareci- mento final (que equivale, portanto, a uma perda) comega por s6 ser compensado por processog globais como € < doseando o pré ¢ o contra das avaliagGes ten- tadag e dag suag Consequéncias, e, portanto, de cada também neste caso, se ag correcgdes c) Mas, se & certo que qualquer regulagio consiste numa actividade se compensam Pay compreende formas, e estas formas al pro; . do meno, io resulta, por um tase doe, oo mals

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