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FLORESTAw =... ES BIBLIOTECA PIONEIRA DE CIENCIAS SOCIAIS SOCIOLOGIA ENSAIOS DE SOCIOLOGIA GERAL E APLICADA oj LIVRARIA PIONEIRA EDITORA ‘SAO PAULO Capa de ELNO SCHMIDT wn Todas ot direitos reservados por ENIO MATHEUS GUAZZELLI & CIA. LTDA. Rus 15 de Novembro, 228 - 4° ander, sala 412 TTelefone: 33-5421 - Sao Paulo Impresso no Brasil Printed in Brazil INDICE Pretéelo PRIMEIRA PARTE PROBLEMAS TEORICOS E PRATICOS DA SOCIOLOGIA Biedreo izagdo", 67. 0 Conecito de das Classes Sociais, 7, Problemas : é aes, Introdugdo, 8. A’ Nog de “Soci io. Tnduitivo e Racioet fea, 100. "Teoria ma. Sociologia, 125, Odseto e Problemas Fundamentals da Sociologia Aplicada, 12. Apéndice, 151 AA Ciéncia Aplicada e a Bducagio Como Fatéres de Mudanea A Apliesgo dos Conhesimentos Sociolégices as Relagées {nternactonais oe Os Papéia Intelectuais dos Socidlogos em Face das Tensser @ Conflttos Internacionats, 222. 0 Conhecimento Sociol6gico classe tocial ou ainda de revisio em bloco de todo um aparato conceptual ¢ metodolégico, baseadas em probabilidades de apli- ynadas culturalmente, sfo prematuras no estado atual, A SOCIOLOGIA APLICADA: SEU CAMPO, OBJETO E PRINCIPAIS PROBLEMAS(*} gragao do indeterminado como critério do. pensamento cientifico. 1 = Introdugéo Parece fora de dividas que a Sociolog! égide de uma concepcéo do Importlocia insigaifcante A ctocia aplicada como esfea original joma do pensamento cientifico, Pelo concurso de duas ici opwent 0, catia: agenda bec raracs ees do saber cientifico. Embora ésse estado de espfrito tenha se alterado com rela tiva rapidez, cedendo lugar a uma concepgio mais complexa e ina AutOnoma” e "Campo € 93 construtiva da natureza e da importincia da ciéncia aplicad: sente volume of ou na filosofia naturalista do conhecimento raciocinio prético no racional de existincia, porém nic tomados nas manipul Os progressos recentes da investigagio sociolégica, pri vés dos trabalhos de Ka Sociologia Aplicada, concebida como 0 bisico da Sociologia. Os progressos alcangados por exemplo, define-a como “o intento de adequat nso dos estados atuais das coisas e das fem geral, & compreensio da que se manifestam ma transformacio do trio das sociedades humanas. Em seu campo seriam analisados imicos da vida social, que niio poderi : ‘amos da Sociologia ou por outras disciplinas que ia Aplicada desemboca, portanto, em uma fa vida social contemporinea, concebida insformagio incessar 1égicos fundamen ‘ocedimentos formais que do presente, as indicagées for pela observagio ou pela comparagio de observagGes em tendéncias descobertas pela Ferdinand ‘Ténnies, Prineiplos de Soclotoote, trad. de Vicente 1942, p. 349, investigagio do passado recente ou remoto. Em suma, entre of dlois exttemos, contides na construgéo axiomética de’ conceitos fundamentais e na descrigio empirica de situagées concretas de cexisténcia, as explanagées da Sociologia Aplicada surgiriam como as f6rmulas que explicam, em linguagem verdadeiramente causal fe nomotética, as origens e a evolusio dos sistemas sociaisglobais. £ evidente que essa tentativa de ordenagio dos campos da consttutivo e de sua significagio © dé respostas pessoais a0 relagées mantidas pela Soci no, com a Filosofia, com a Hi dam 0 homem como ser isolado senta em noses dias, io dois os seus principai De outro, confina a investigagao (sem acentuar, no entanto, o valor 0 proprio sociélogo). Essas duas 1agfio metodolégica atual da Socio- Sociologia. |A. segunda acepgio corresponde A antiga separagio das sma ciéncia que se voltam ou para a pesquisa 0 enti tativas de aproveitamento das descol pesquisa fundamental). Ela encontra grande difusio na obra dos. sociloges'franceses, ingléses e norte-americanos. Mas, sob varios aspectes, ela cresceu como uma disciplina integrada civilizagéo norte-americana, devendo-se aos socidlogos do pais 97 fem questio as tinieas contribuigGes que permitem caracterizar, positivamente, 0 objeto da Sociologia Aplicada assim entendida. Hibertou os 5 plexa heranga formagio da Sociologia Aplicada. afetavam a sociedade americana, no periodo m: ustrializagio © da fe comprometide, por causa das vinculagées lores com a ordem social urbanizagdo e pela indust |, a verdade 6 que le favorecia a insergio de uma perspectiva pritica na interpretagio sociol6gica dos fenfmenos sociais. O fato relevante influéncia a concepcio do conheciment pages priticas da esfera visavam eliminar a perspé pragmatisia © ta do ponto de vista sociolégico, mas de- finie a posigfio do pensamento cientifico. Asim, em pis jem: , Thomas ¢ Znaniecki demonstraram que 0 requisito de t8da intervengo pritica, orien- fc, deve ser 0 conhecimento prévio (por meio da ‘e da interpretagio tedrica) das condigées € “The Professional Ideology ot, Social imal of Sociology, 49, set, 1943, pp. tros autores, impugnaram a de exemplo a para a pritica — . Em resumo, apesar Bes, a Sociologia Aplicada formou-se ¢ desen- volveuse, not Estados Unidos, como uma diseiplina de cardter fempfrico-indutivo e como um setor pritico do conhecimento jente concebide como per- aplicada. “A Sociologia Aplicada pode ser definida como Sociologia com fim pritico.” Como “a Sociologia Aplicada procura itlizar 0s conhecimer pela ciénci jais desejivels! ‘Applied Sociology and Major Social 1° 2, dezembro de 1982, p. 186). ed 9 explicitamente sua Aquela é uma ciéncia; tal, 0 trabalho social que cabem em suas io pertinente & Socio- ee Aplicada. Sob éste ponto de vista, os limites que separam ‘comum € 0 conhecimento sociolégico uunidade Sologia Aplicada! Ma inseguro para a defini , a0 operar com a nosio de problema social tém Aplicada em disciplina que apenas estuda . Isso € tio verdadeiro, que Mannheim preferiu subs- tituir a expressio equivoea, no sentido com que ela € empzegada ie A nocho corresponder ao ponto de de comportar 0 recurso Porém, esti longe de contar com ppara fundamentar a Sociologia Aplicada como disciplina socio- légicaautnoma, joderiam ser removidas se fosse ‘um grupo de fenémenos 5 28) demonstrar os exige tum ponto de vista ‘admitir que os fenémenos assim caracterizados ser interpretados ‘na distingfo entre o “normal” e 0 “p ) Cf, Francis F Merrill, “The Study of Soclal Problems”, in ". E, Merrill e colabaradores, ‘Social Problems, New York, Alired “The study of Social Problems” (American Veja Kar] Mannheim, “The Pla 129 and Social Paycholopy, London, Routledge & Kegan Paul Jol lina sociolégica auténoma. tas dos organicistas baseavam-se_nas_similaridades entre 0 organismo © a sociedade, reveladas e nas implicagdes del principal sem davida Lilienfeld. Em sua opinigo, a ‘ocupar-se com o estudo das anomalias ie provocados por mudangas sociais stibitas, com efeitos patolégicos. Com isso, restringia 0 camy ia social & aniilise dos fenémenos que produzem efeitos ‘de degenereseéncia, deixando de lado os fendmenos momentineos ou da “evolugéo regres isciplina portanto, descobrir “as leis naturais que presidem ao desenvolvimento de tédas as ano- i} Esté claro que a posigio assumida pelos organicistas favorecia a evidéncia de uma separacio nitida entre as tarefas ¢ 0s campos e do técnico. O ci pode e deve contribuir para a solugio dos problemas praticos. ibui¢io precisa subordinar-se, fo manipulagSo racional direta dos problemas priticos (13) René Worms, Organiame et Société, Paris, V. Giard & E. 7 (@bbre suas concepetes a eld, La Pathologie Sociale, Paris, V. Giard exp. Introdugho, pp. XLIV-XLVI; itagso extrafda dap. 1D. 102 firea. das téenicas criadas pela citncia (tendo-se em vista a termi- ja de Stuart Mill e os problemas fea do ponto de imento produzida pelo soc igere até que ponto os orga Embora sem pret cenfrentaram o prob! ‘a distingSo entre distingfio © em suas implicagSes m podem ser encaradas como 0 arcabougo da versio Désicas dos orga projetadas em mais complexo: “para as sociedades como para os indiv é ‘a doenga, ao contririo, € a coisa nociva, fe que deve ser evitada. Se, pois, nés ) Ck Augusto Comte, Cours de Philosophie Positive, Paris, de Sehleioher Fréves, diteurs, 1906, vol. IV, p. 226. Paris, Presses Universitaires ce France, Décima ediglo, 1947, p. 4. (© grifo € nosso) ue apresentam ie de mérbidos ou patol6gic 5 logo no opera com organi sm sociedades consideradas discretamente, mas com 8 por comparacio © por abstragio, Em outras palavras, isso significa que 0 carter normal de um fato social precisa sei tipo para 0 conelusio de Durkheim de que cada “esp seu estado préprio de satide e a se @ normal, para um tipo social dete fase determinada de seu desenvolvim« na média das sociedades dessa espécie, consideradas ma fase correspoadente de sua evolugio”(*). Essa formulagio possui enorme importineia te6rica, Em contraste com a tendéncia domins dos, Durk- efeitos se revelam no plano da integragfo e da evolugio dot tipos socais.Désse Angulo, suas concepgdes envolvem uma Socio Togia Aplicada que se restringiria ao estudo de comportamentos i negligenciando a corresio de ‘norma que i Por isso, prefere preocuparse com os fatéres que amente graut de ajustamento dos indi Gres que determi prodispbe, insensivel- mente, a considerar o tipo médio como 0 tipo normal e a diagnos ticar como patolégicas todos os processos que parecem desviar-se Idem, p. 88 em, p. 64 Idem, p. 49 da ordem estabelecida no tipo social estudado. Durkheim deu-se conta de semelhante risco, indicando os cuidados que 0s soci6- Jogos precisam tomar quando investigam fases de transicio social. fesse ca80, 0 tinico tipo que se encontra contemporineamente lzado e dado nos fatos 6 0 do pasado, e portanto éle nio is io com as novas condigées de ex ‘em obras como fio e principalmente Ligées de Soi © que se pode: emnas sociedades industrais, ‘para a preservagio dos principios organizatérios consagrados pela ordem social existente. Como avaliar, atualmente, essa tentativa de ma? Duas contribuigdes posit la nos sugere algo fundamen las se relacionam com a aplicagio, precisam manter-se cocrentes ‘eam 05 alvos ¢ com a natureza de saber cientifico. Como tarefas ‘que se definem no Ambito da cifncia prépriamente ter em mira o conhecimento das exigéncias da nfo confundir-se com as em virtude de procesto téenico de alteragao da realida gundo, ela define, ente, 0 abjeto, os pro- blemas e © método da Sociologia Aplicada, concebida na forma de “patologia social”. aparentemente, portanto, ai terfamos a solugio do dilema que nos pr i dos Entretanto, ambas as contribuigées padecem de limitagées insanaveis. Quanto A primeira, € certo que no devemos con- fundir os paptis do socidlogo com os do téenico ou do homem de ado. Mas, o simile pritico, resultante do modélo clini oferece margem consistente de exploragio na esfera da realidade Social. sse simile € construtivo nas reas em que a intervenséo (2) Idem, p. 60 consciente pode basear-se nos conhecimentos (obtidos privia- sobre a operagio dos fatdres cujos eft fo do sistema considerado (como se pederia exemplifiear efeitos provaveis da ‘mesma como process rigido ou fechado srvencio da pelo desejo do restaurar determinado estado de eq. ditigir os raciocinios ¢ as atividades priticos. Como isso nao ‘corre, parece indubitivel que os organicistas e mesmo Durkheim puseram de lado um tipo de conhecimento que se afigura essen- cial ao tratamento racional dos problemas sociais Quanto & segunda contribuigdo, as presungées nas qui se baseia no foram confirmadas pelos resultados empi teGricos da moderna investigagai gio entre o “normal” e 0 “p: de impugnagao. De um lado, fundamento empirico. Nio exp Jima sugerem que 0s especi travam sua atengao em aspectos exteriores dos fenfmenos, que 1m deserevé-los, em bloco, como “normais” ou “patolé- sora, tende-se a dar maior ral, como a designa Mai ‘se reduz A mera reelaboracio pragmitica de conhecimentos explicagées acumulades, or! : da ‘como pretende Bossard. Sem divid: bertas Jogia expansio de seu prdprio campo de tra emiplrica dos problemas sociais¢ o estudo da intervengdo racional como processo socal. Por fim, ela nfo € uma disciplina que se propona investigar e interpretar uma categoria resrta de fend- Inenos sociais, de caricter “patolégico”, como supunham autores como Worms, Lilienfeld, Durkheim, etc. No terreno empirico cabe-the, naturalmente, estudar os aspectes sociopsticos do com- portamento des in do funcionamento das instiuigBes bu da organizacio dos sistemas socials. A investigagio désses fenémenos, no entanto, esti longe de exgotar seu objeto, que abrange outros tipos de indagagées sobre 0 contrdle do meio social ambiente pelo homem. (@)_Gh Paul Halmos, Towards a Measure of Man, ‘The Fron- tiers of Normal Adjustment, London, Routledge & Kegan Paul Ltd, 1957. ‘Vejamos, agora, o que se deve entender por Sociologia Apli- ncepgses apresentadas, parece-nos que Durk- sham em mente um bom programa de Sociologia, possui estudar fenémenos que nfo sio tratados, sis outros ramos da Sociologia, como os problemas sociais; e formular s que exigem: a) ie ‘anilise prospectiva), que i Ges € mee de acérdo com , Bossard tem razio quando conhecimentos fornecidos pela Sociologia Aplicada. Devido ao ponto de vista que prevalece em seu campo, que € 0 da citncia aplicada, nela a investigacio tempiricae a elaboragio tebrica se associam 3 intengio de descobrir de aumentar 0 contréle do homem sobre se tratando de propésitos priticos, fica, primacialmente, capacidade de cstabelecer relagées entre meios e racional dos meios e presumit os efeitos provaveis dos m cexploragio construtiva sem o recur ‘que nos sio proporcionades pela teoria, ‘nico ponto de referéncia para a previsio no pensamento cientifico. A sugestio central de "Ténnies, portanto, € altamente fecunda, ainda que deva ser 108 dos tipos de indagaco teérica, cabiveis no campo da Sociologia Aplicada. Ela precisa concentrarse, natural- rem sua unidade de jcamente, como processo social). A. outros que a Sociologia Aplicada pode beneficiar as explicagSes sobre regularidades de coexisténcia e regularidades Ciencia, descoberas ‘em outs, reas da. inveigacdo sociol6gica. 108 Em suma, a Soci fundamentais da Sociol mente, do estudo de pr. cocioldgi ale é feito segundo at normas do conhecimento cientifico © de acdrdo com os requisites empfricos e Iégicos da explicagio socio- tender a elaboracio ariam entregues a0 conheci- mento de senso comum. 3 — Raciocinio Indutivo e Raciocinio Pratico na Teoria Socialégica: Os resultados da discuss precedente de existincia da Sociologia Ap! i fica-se pela necessidade, a0 m: acto socio cinio pragmatico. npre-nos ‘questo se coloca na Sociologia € até 4 indutivo ¢ ra © quais sio, finalmente, os seu examinados, inclusi to a0 primeiro tema, 6 preciso ter em mente a feigo jomada pelos problemas suscitados pela aplicagio nas (© autor esté preparands outro artigo sbbre "O Estudo Jeo. dos Problemas Sociais” ¢ espera, no futuro, reunir os fos de seu trabalho no eampo éa Sociologia Aplicada em obra de malor elaboragio teérica 109 formagio de uma ica dos objetos que lo fato da aplicagio, comportamento pode com bate nos pr6prias conbe- * de antemo pela teoria. Em regra, 0 conhe- possa provocar, ever fundamental, na bblemas de signif tecnologia cient cionado pela teoria, nestas cin processortéenico, de intervengio na realidade. Aésse processo, 0 sucesso passa a depender, quanti vamente, da capacidade dos agentes de rever ¢ ampliar os conhecimentos iniciais, mediante a pesquisa fundamental, pelo estudo dos provocados no comportamento dos fat6res, ‘mos, nas Jo compreende todos os elementos que podem dete: estétiea quanto din&micamente, a ordem inerente a um sistema social dado. A est que nenhuma explicagio ciais consegue um grau de general comparivel ao das explicaghes de ‘Quimica ou, mesmo, a Biologia. Porta ‘apenas sfo vilides universalmente de forma par- ial, seja no sentido de que tomam por objeto certas fases ou ‘componentes dos sistemas sociais,seja no de que s6 podem apanhar (0s sistemas sociais como um todo sob determinados aspectos. Em sintese, 0 caréter descontinuo e plurivoco dos sistemas sociais faz 110 ‘Com base na capacidade de previsio, ‘ada pelos conhecimentos tedricos puros, & possivel explicar © que poderé ocorrer no desenvolvimento de dado sistema social; ;possivel estabelecer prognéstico, relativamente seguros, do comportamento provavel dos elementos e fatdres rocesso de intervengio racional. A razio cconseqtiént feites dinfmicos das suc: nna combinagio dos elementos ¢ fatdres opers rente formais, essa circunstincia 6 irrelevante para a teoria. ta de padrées, de regu- nnas condigSes de observacio ¢ de interpretagio dos fendmenes socials. Todavia, do ponto de vista da aplicacio, daf decorrem fexigencias cognitivas especiais. & que, sem o recurso sistemitico A pesquisa fundamental, no decorrer do processo de intervengio nna realidade, torna-se impossivel saber, objetivamente, como as alteragSes introduzidas racionalmente chegam a repercutir no valor dindmico relativo dos elementos ¢ fat6res operativos, bem como nos efeitos déles que se vinculam com a preservagio ou a tranformagao do padrio de eq: inerente a ordem do sistema considerado. ‘vé como a relagio entre teoria ¢ aplicagio varia de acérdo com o campo da cigncia que se tenha em vista {iso acontece nfo s6 porque as exigncias praticas da intervengao ia realidade, mas também pelos conhecimentos ‘ciéncia, No que tange admitir que 0 tipo de conheci 6 pela pesquisa ss de apoio seguro & intervencao racional is para a escolha dos fins ¢ dos meios, tendo-se em vista as exigéncias da situagéo e a conexio elas com as tendéncias espontineas de alteragio do sistema ser entendidos na esfera do trabatho cientfieo, As conseqiténcias capacidade de prever 0 que poderd aconeeet no jualidades da referida orientaglo podem ser jologia modema, com as concepgdes de Preyer. inovadores e consis- de esperar, porque 10 reiproca, 0 seu movimento é sem- no como liberdade para jente, mas querer concreto em certas si erto presente no sentido de um eerto anta, “todo conceito de estrutura da especie, como tenica cultural de consctncia do pretente e de Es dos modos de lidar fenémenos sociais pod histérico-social. No ent indcuos do ponto de vis ites com 0 ponto de vista da cigncia apl ‘Operando conceptualmente com os problemas aceite su esara Gates da stsmyd pace, arab ido 0 tagbes, pois a conversio eas sociais, nos movimentes ‘ocorret como parte Ado proceso de formacio das ideologias e utopi ito redurida sua participacio ativa nas demaisfases daguele processo. Ora, © que nos preacupa, fundamentalmente, 6a discussio da segunda possbilidade, a nica GO dem, p. 242 ut ‘que permitiria converter os conhecimentos fornecidos pelas eitneias sociais em fat6res permanentes da intervengio racional nos pro- ‘cessos A limitagéo mais geral rela- ciona-se com a prépria atitude assumida pelo socislogo diante da converso dos conhecimentos soci curioso que parega, as disposigées priticas cientificamente leg timas ficam confinadas a0 processo de investigagio, em ver de serem estendidas ao proceso de idade. Esa 6 uma conseqiiéncia da (baseada em consideragées obtidas pelo estudo de movimentos como 0 lismo, etc.) depositada em mecanismos aut ‘onal dos proble- sucedesse em escala apres necessidade da Sociologia Aplicada seria duvidosa.” Todavia, sabemos que a regra é impée na vida coti- fedade de classes opie 20 et areas Cee ee fieas(*) © ainda nfo dispGe de um sistema institu- cional que aswegure a exploragio racional des conhecimentos Por isso, podemes afirmar que bisico da concepgio aplicada consistente com as nna realidade social Outra limitacio diz respeito 2 maneira de conceber ‘sao entre as explicagées sociolégicas e as exigencias préticas que poderiam ser atendidas por seu intermédio. A presungio funda- Ct. espectatmente J. D. Bornal, The Social Function of , London, George Routledge & Sons Ltd, 1999, cap, VI. , Revista Sociologia, (Vol. IL. — , 1980); trabalho reproduzido como’ eapitulo 4 do us 10 caso, & de ordem a admitir que a utilidade dos mntos sociol6gicos reduz-se ao esclarecimento dos meth bros individuats dos movimentos sociais e & escolha racional dos fins coletivos désses movimentos. Por iso, as explicagées poderiam dar conta apenas das tendéncias dominantes na transigio de uma ‘combinando assim o rigor l6gico a da intervengio, porém, se lidade. Para conduzi-lo preciso suplementar cages referentes As que separa, atual is existentes de manipulagio dos se quer priticamente ése futuro, se de na bem se € ile do presente ssmente como A limitagio, aqui, esté na noso de teoria, que nao é suficientemente ampla para abranger as situagies histérico-sociais e os problemas sociolégices eriados (GH) Hans Freyer, op. cit, p. 941 116 sgundo lugar, revela-se racional como objeto Gas indagagées sociolégicas 35 nas condiges em que ela se apre- senta como decorréncia de um processo social espontneo (como ‘corre, por exemplo, com 0 Utilitarismo e Socialismo). Se to- méssemos como ponto de referEncia as contribuigoes de Man- ‘heim (#), verfamos que ambos os pontes merecem uma corregao fundamental, Pois estas demonstram que os cientistas sociais preci- sam alargar sua nogdo de “teoria e, principalmente, estender suas investigagdes de mancira especifica aos process rolam sob o influxo da mudanga social provocada deliberadamente. pelo homem. Se os resultados desta discusso so corre de elementos pragméticos na teoria socioligiea € icias da intervencio racional. Esta requer um. recimento especifico das condigées de al 1 88 pode ser conseguido m fica das situagées. sub xpretacio teérica dos problemas soci fgador. Portanto, 2 Sociologi senta um pr ramos da investigagio sociol6gica confluir para , pois téda ciéncia aplicada aproveita os resultados prévios da pesquisa fundamental. Mas, mesmo nos casos em que o objeto j& ¢ bem conker forigem a um processo social que. quanto ao seu desenvolvimento © a tais questdes nao preocupavam os cientistas sociais, porque ham sob seus olhos as fu 1s dos conhecimentos (2)_ Cf Karl Mannheim, Libertad y Planificacién Si go de Rubén Landa, México, Fondo de Cultura Econémica, Freedom, Power, and Democratic Planning, New York, Oxfor University Press, 1950. u7 ccomplexas, que tentam eliminar as interferéncias irracionais con- mo pode ser exemplificado com as téenicas de plane- também nessa rea tenhamos cursos sociolégicos originais realidade. Pois, , “se pretendermos precisamos conhecer algo sobre o presente esto operando na transformagio de nossa vida enquanto a estudamos. Nem as teorias abstratar nem os fatos empiricos podem oferecer base segura para a acd que reconkecamos a necessidade de um trabalho emptrico cuida- ‘que estabeleca igagéo entre a andlite teérica ¢ de maneira érdenada ¢ & pretacio prépriamente breleva notar que esta discussio é ainda necessiria para esclarecer ‘em que sentido esta diseiplina promove 0 alargamento do aparato rico da ‘estendendo-o 2 conhecimentos relatives as pela pritica, dos objetos da indagacio 1Brmos das fungées ponto de vista est aspecto do tema. ‘Todavia, parece-nos conveniente situar os 16 onde os alvos cientificos da imente emaranhados com interésses Embora também Ihe caiba estudar 0 comportamento social sub-humano, a Sociologia formou-se e desenvolveu-se sob influxos que faciam dela uma “cigncia do homem”. A existéncia social humana absorveu de tal forma a atengio dos sociélogos, “que Freyer chegou a caracterizi-la como uma modalidade de auto- conscitncia das condigées de vida nas sociedades modemnas. De fato, tendo-se em vista a importincia das sociedades humanas como objeto da investigago sociolégica, podem-se estabelecer dduas constatagées bisicas. A primeira € que, devido & nat do seu objeto, a Sociologia tanto pode lidar com sistem: Tares aos que’ sfo investigados pelas ciéncias da mature : , as comunidades ani ana), quanto com sistemas de tipo diferente, investigador pode, inclusive, ocupar uma posigo no cars, simbslicamente, com 0s demais compo- pentes humanos do sistema, Nesta alternativa, a Sociologia pode ser encarada como modalidade de autoconhecimento, nascida da necessidade de estender a explicacio cientifica do mundo as situa- Bes de existéncia social do homem. A segunda & que, nessa qualidade, a intengio de explicar cientficamente a ‘existincia Humana em sociedade também se prende, diretamente, a razbes extrateéricas. Assim, a Sociologia nfo surge apenas como um produto do desenvolvimenté interno das ciéncias, mas como uma Complexa resposta & ambigio de aumentar a esfera de conheci- jtivos e de contréle zacional do homem sébre o meio logos costumam salientar, essa co- que prevalecesse a tendéncia a concentrar os desen- Yolvimentos teéricos da Sociologia nos processos que permitiriam explicar a formagio € a € da sociedade de classes, aparen- temente responsivveis pelas tenses e problemas soiais do presente. Portanto, encarando-se a sociologia através da porgio de seu objeto que diz respeito & vida humana em sociedade, & fécil perceber como e por que o labor cientifico influgncias que puderam ser negligenciadas nas cine turesa, De um lado, a faculdade de comunicar-se simbdlicamente com 0 “objeto” da investigagfo e, mesmo, de compartilhar de i investigador a vantagem GH) fase tema 6 discutido em outro trabalho do autor (et refertncia bibliogratica contida na nota nimero 2 déste capitulo) 9 ‘comportamento de individuos ou de massas d fe com polarizaGes definidas do “que cexplicagées sébre a ordem inerente a um si modo a pér em relévo as impulsées di ‘maotivagio bisica des comportamentos considerados, no significa que a teoria resultante seja mera transe ‘ica mais abstrata das expressGes (0 que decorre, por exemplo, di nantenha num plano de est pode incorporar os eleme radicais de mudanga too: que afligem as coletividades em que ‘que levaram Max Weber a dedicar-se tanto ao estudo do processo 120 de racionalizago sugerem que @sse influxo faz sentir-se mesmo nos especialistas que conseguiram realizar carreiras tidas como “exemplares”. as fungées que 0 Ble também precisa ser um conhecimento sSbre as condigies de alteragio do i recidos pelo raciocinio tativa generalizadora de inferéncias empiricas. Ble tem de pensar fos processos j4 estudados indutivamente em térmos de sua ‘operacio em condigées hipotéticas de alteracio deliberada da estrutura e do funcionamento do sistema social considerado, para Rt eter como os diferentes componentes estruturais ¢ funcionais do sitema se comportariam diante das modi 4 Visto nesse pl precisa ter plena inteligé correspondom suas des. inda renovacio do. pensamento cientifico, primeiro lugar, dogmatismo inerent excolhas que ainda ‘a questo de saber como converter em m segundo lugar, éle por Mannheim, que pressupde a do estrutural sociolégic rmecanismos espontineos da conversio podem reagir a Imente fundadas (© segundo ponto, por sia extensio introduzida nao » & preciso que se atente para o vengiio racional na realidade social cons as condigées de interven ‘a liberdade para a escolha e a utilizagio tanto tecnoldgicamente, quanto éicamente. 10 faz Mannheim com o “planejamento 123 pragmético, ¢ possivel aumentar tanto a amplitude ¢ 0 alcance da previsio, quanto a capacidade de contréle homem, sobre a operacio de fatéres Assim, nao € dif ja a diferenca existente entre imento de senso comum e a i .dependen- temente da ql énfase nos alvos da agi que ‘a sua complexidade e em relagio com a situagio global no sistema, @ capaz de avaliar de antemio a conssténcia das diferentes pos- ngir os alvos visados © prognosticar qual seria construtiva. jocinio indutivo e o raciocinio prag- encontra duplo fundamento 0 de sistema com que 0 soeiblogo ages dessa combinagio 36 nos do assumido pela Sociologia Aplicada como jcos, que de outra forma no seriam cieitos, gragas que asseguram a sua emergncia e atividade. Outros processos sociais provocam efeitos que de modo uniforme, devido & idade. Por fim, existem pro- fem virtude do eardter extre- ;uturais e funcionais que asse- sguram a sua emergéncia e je. Um sistema cujo padrdo de equilibrio interno resulte de tendéncias dindmicas tao heteroge- 124 mente quando se referem a sociedades diferenciadas icagio das condigdes de alteragio da ordem soc .ga a ser completa sem a investi- {gagio sistematica dos processos socials irreversiveis que néles operem. (© mcesso dos sociélogos no estudo de tais processos subor= lidade de introduzir na explicagao prospectiva, De Marx a Freyer © sido empregados de duas manciras pela anilise sistematica do comportamento variam em escala histérica, sendo portanto espécie, & possivel reconhecer tendéncias dinfmicas de alterag3o ue resultam das polarizagées assumidas pelo “querer com pela anilise dos fatéres sociais cujo comportamento & suscetivel de contréle deliberado, de modo direto ou indireto (racionalizacio dos modos de pensar, de sere de agir). As contribuigées de Marx Weber e de Sombart demonstrara se tipo de contréle cons- titui um processo social, a ser investigado como qualquer outro tema da Sociologia, ¢ que a i ‘leangada dentro déle pela éncia ou pela tecnologia cientifica deriva das exigéncias psico- da vida modema. ‘Todavia, no plano em que o estamos considerando agora, ésse processo nos interessa pela perspectiva que ‘abre para o conhecimento da alteragio da ordem social através wana racional. O interésse por semelhante conhe- inicialmes i cos. Assim, Marx ‘eoncentrout sua atengio no significado da pratica para a verifi- 15 cago da teoria ¢ na exploragao do conhecimente cientifico pelo ‘Mas, logo éle 1a fonte plausivel de sondagem IAs reflexes de Mannheim _Bboral pare a socidade plan largamente na suplementagio do to sociologico empfrico-in ie io indutivo e racioeinio prag- der 0 Ambi tal combinagio a alegagao de © que nos parece evidente, a éswe respeito, & que se tem negligenciado a possbilidade do pensamento propor-ie essa com binagio de forma inteiramente objetiva. Movido pelo intuito (G8) _Veiavse, a respeito, Sir James Jeans, The Growth of Physical ‘Science, Imprensa da Universidade de Cambridge, ¢ The MacMillan Co, New York, 1048, esp, cap. VIII. 126 das ¢ as fungdes eventuais dos fenémenos observados| 1b) quando precisa explicar tendéncias dinfmicas em térmos do presente e do futuro do sistema social. Em tédas esas situagées, (8 elementos que poderiam servir como critérios de exploragio do racioeinio pragmatic so abstraidos das condigdes concretas de funcionamento e de desenvolvimento do sist representados pelos conheciment Por outro lado, a propria ut ‘assume uma forma consagrada cla nfo passa or meios dedutivos e dos, pela verificagao Mas, seus problemas emergem em esferas nas quais @ pr ‘exige conhecimentos tebricos prévios da situagio, i tconseguidos pelos meios normais da investigacéo ¢ da explicagio sociolégicas. Sob &se aspecto, os conhecimentos elaborados no eampo da Sociologia Aplicada nao diferem nem se opGem aos GH) _A reepeto desss funebes e do pouco desenvalvimento dado ao seu eaudo tn Socslogn, cl. Peemands, Erwcio SObre 0 Metodo G2 Tnterprctdo Funconalista na. Seetologia, op ci, Dp. 81-82 127 ponder, tedricamente, je contréle racional sSbre De acérdo twabalho, 2 Soci ‘campo ¢ problem: compartihado por grande nimero de e gados a si préprios. Se possuissem alguma utilidade, esta se ‘isa aplicada nfo chegou a ter, para esas finda e regular no processo de acumulacéo priticos, que pudes tifica exitente, Sabemos, atualmente, que o referido modélo de cigncia aplicada nio se ada cexerecu enorme influtneia n @ncia e de reelaboragio utilitéria dos conhecimentos teéricos dos demais ramos da Sociologia, ciso, por ispensar alguma atengio a certas ques- iminares, de cuja compreensio podert depender a do do ponto de vista que defendemos. Sem nto empirico e a teotia constituem requisitos . Esse fato 6 ver- ciéncia, inclusive para a Sociologia. ‘nos exime, porém, da necessidade de verificar até que ponto a teoria sociologica é potencialmente ‘itil A soluglio dos problemas priticos nem de examinar se o8 ton, The Practical Application of Sociology, fem ‘que trata da Soolologia Aplicada como pritiea”. dads que ela nos oferece permiter, na verdade, dirigir as prin- ipais faves do processo de int A andlise das duas questies werd Pensamos que jé chegou a oca concepgées dos sociélogos co 19) a superestimacio indevi a teoria sociolégica; 2°) a negligéncia das tarefas puramente centificas que se colocam nas fases preparatérias ou préticas de {ntervengio racional na organizagSo das sociedades humanas, Sem uum debate objetivo, franco e honesto desis questées, nfo. se compreenderd a ne: uum novo modélo de cincia aplicada, consistente com o: cisam ser enfrentados na esfera d fender por “teo ponto de vist t0 0s fatos sem Primeiro, em face sth no estigio carac- Ct, Taleott Parsons, The Structure of Social Action, The Free Press, Glencoe, Minois, 1949, p, 6 e seguintes (44) Ct. Francois Simiand, Le Salaire, L’Evolution Sociale et terfstico das “eineias de obse: .. Segundo, em vista da fetivamenteexploraveis admitam que segundo modélo explanativo verdade evidente ¢ reduzido na Sociologia. A prova disso werésse da maioria dos especialistas modern Simiand, Freyer, Mannheim, Parsons, Merton, Levy, Lazarsfeld, Lundberg, (41) Cl. J. F. Brown, Paychology and Social Order, McGraw-Hill Book Co, Inc., New York, 1988. (UB) "Vejarse indicagio bibliogrétiea na nota (1) ‘As chamadas “gene: item descrever regul dependéncias estruturais, traduzem a espécie de con el no campo da Sociologia ‘$6 a Sociologia Sistemitica e, em menor grau, a Sociologia Com- fio sistemitica mais ou .otética, intro- ‘mente enearado como 0 modélo por exceléncia do raciocinio cien- tifico por grande mimero de socislogos).. Esté claro que as potencialidades pragmiticas dos diversos tipos de conh®vimentos tebricos, com que lidam os socibloges, so naturalmente variiveis. A modalidade menos abstrata ¢ geral do conhecimento sociolégico & aquela que se refere a formas conereias de ajustamento de personalidades ou de grupos de personalidades e & integragio ou funcionamento de sistemas sociais ‘que possam ser reconstruidos como “um todo”. Estio ides e grupos de perso- los de comunidade, A. ‘modalidade mais complexa de explanagio sociol6gica da realidade, quanto ao nivel de abstragio e de generalizagio das interpretagies, i to aos estudos que tentam descobrir as tendéncias de moderno (como as de Mars, Sem entrar em min elcom 0 “Inguérito Social” (Social Survey) Produziram enorme valorizago positiva da primeira espécie de 132 & inegivel que se formaram dessa. modalidade de co camente indesejaveis, com relativa percepsio dos fatéres respon siveis por sua emergén¢ Jo na tena social. Logo inge consideravelmente a penetragio da inte- to da dinfmica da situagéo. © melhor ainda é © fornecido pela orientagio tanto, de modo bem diverso, pois bascou o estudo ¢ a anzlise dos dados na presungio de que os desajustamentos em questio nio podiamn ser encarados como simples expressio da incapacidade da jovem de correspontier as expectativas sociais da comunidade. ‘Além disso, agin sempre sob 0 pressuposto de que © diagnéstico requeria um conhecimento sistematico de condigGes e de procestor iis ou s6cio-culturais, que em regra nfo slo acessiveis lagagdes mais ou menos superficiais do inquérito social. Os resultados de sua realizacéo marcam época, porque demonstram duas coisas igualmente importantes. De um lado, que 0 diagnéstico 10 de desajustamentos sociais exigem uma Anilise positiva muito mais complexa e profunda do que se admi- ‘and Research, 7 ‘A melhor formulaggo sistemética da teoria e da prities no nos é dada por Leo Silbrman, Analysis of Society. Willlam Hodge and Co, Lid., London, 1951. (G0) Pauline V. Young, Social Treatment in Probation and Delin- quency, second edition. McGraw-Iil Book Co, Inc, New York, 1082, pb. 6082, 157-159 ¢ 899 e segulntes. 133, tia anteriormente, Em conseqiiéncia, sb mediante 0 emprégo as de pesquisa € possvel descobrir da pacier condigSes em que elas intoragiama regular socialistas consagraram a segunda expéeie de conhecimento sociolégico, reputando-a como ‘um instrum@hto essencial da consciéncia da situagio e da inter- ‘eno parcial ou global em sua estrutura ¢ funcionamento. Como sugeriu Laski, um dos mais completos porta-vozes désses pontos de vista entre os cientistas socials modernos, o eonhecimento de mas com os meios que permitiriam impedir ou limitar os dra psico-ociais decorrentes de seus desajustamentos, O que importaria, portanto, seriam os focos estruturais € de tais formulagées, pelo menos no estado ‘ainda € certo que o conhecimento global e jas nem sempre oferece base segura de previsio. Um (Gl) Harold I. Laskl, intervongfo nas discusses em térno da Technocratie, Libr 134 dos exemplos mais explorados, nesse sentido, relaciona-se com iio do tema no plano de uma jf nfo tem razo de ser. Os especia- ipos de_conhecimento tervengio racional na reali- vos € de meios, parece evict 10. positive dos processes_s0% Doutro lado, durante 0 tratamento propriamente t6pico dos los a contréle racional, também pa- 08 ¢ l6gicos que as justificam © as tormam jgualmente necessirias(). Correlatamente, no plano Como se evidencia na discussio metodolégica referida na Ct, Plorestan Femandes, Fundamentos Empiricos da Epll= eagdo Socioiégiea, Compania Editéra Nacional, Ss0 Paulo, 1958, passim. 135 da pritica, clas sfo antes complementares que exclusivas. Para alterar a poredo social do meio em que vive, 0 homem precisa fgualmente das duas modalidades de conhecimento sociol6gico. © planejamento, verbi gratia, atesta quanto isso é verdadeiro. Mesmo os planos mais res, de cringio de habitagées populares ou de desenvolvimento educacional, dependem, por fgual, do conhecimento de tendéncias e do conhecimento das condigées que a8 afetam, de modo positivo ou nes rentes fases de realizagio dos planos. Em nossos dias, deveriamos lacionadas com a valori- modalidade de conhecimento — as do pasado se preocuparam, raticos, conjuntamente, Devemos portanto, contra as Timitagées que~tesultam de um modo ral de encarar as coisas, fundi ‘mente compativeis entre si, do ponto de vista pragmatico, ‘compreensfio nova sefletir sébre as im praticas das diferentes modalidades de conhecimento sociolégico; mas, em formular a espécie de teoria que é requerida, fundamentalmente, pela intervencio passa a concentrar-se no que € essenci cimentos tesricor imediatamente steis a propésitos real iberada na organizasGo ou funcionamento dos chega-se a uma formulagio io socioldgica no mundo Togia correspondeu a duas ordens de exigéncias intelect teGricas, nascidas da preméncia de perceber e de explic digdes e processos do ambiente social tio complexos, que 3 sfera da conscifncia humana por meio do pensamento cient ) pritieas, decorrentes do grau de 136 ‘complexidade dos problemas sociais, enfrentados pelo homem na sociedade democratica e is ram verda- deira revoluga am e dentro de que limites, para cconstituirse plenamente como citncia, a Sociologia precisava converter-se numa forma de co cada, que consiste em produzir ‘a nossa capacidade de percep social ambiente As condigées nas quais os homens tentam alterar, deliberadamente e em excala social, a operagio e os efeitos de Forgas psico-sociais ou s6cio-culturais. .gées das potencialidades prt conhecimento teérico, na Socivlogia, mente, mediante a produgio de uma tworia, Os sociéloges revelaram, des log fs te pelo paradigma © aleance da previsio, assegurado. ‘que variam em escala e no plano ricos. Em conseqi ‘0 alcance e a sequranca da previsio, nas explicagGes sociolégicas, acabaram sendo afetados pela solugao (GA Conforme as anilises de Karl Mennheim, em Libertad y PlanificaciGn Social, p. it, ¢ Frocdom, Power, and Democratic Plan- ‘xing, ap. ct. 137 ‘encontrada pelos socidlogos para os problemas légicos de sua isciplina, ‘Tendéncias de desenvolvimento de cardter supra- jatérico chegam a ser formuladas com apreciivel generalidade € a exatidio (0 que poderia ser exe Durkhei r hist6rico, porém, sio 0, com pouca margem investigador consezue igmas tebricos ton A via de corresio désse defeit consiste em sabstituir aquéle paradigma teérico po! seja adequado & percepcio e & interpretagio de proces altamente instaveis, ainda que dos e estruturad fare legou-nos uma porcional & (© conhecim imputivei suficiente para guiar a inteli- géncia na percepgio e na explicagio de t6das as condigées do que possuem importincia determinavel para a inter- Téda uma por r, no obstante, submetidos a sugerimos acima, © aleance da da explanagio tedrica que a torna ‘mediante sucessivas reformulagées nto as reservas feltas por Ross a previ- (ct, Edward Alsworth Ross, Princt- ples of Sociology, third D. Appleton-Century, New York, 1988, pig. 707 138 socialmente organizada, alcance da teoria também é limitado por outras mazes. io. Portanto, € legitimo con- uso de elementos pragméticos nas explanagdes jem também como fonte de correcio e de adequa- que acabam se alterando ou no se manifestando em do curso tomado pelas transformagies provocadas nnte pelo homem. Sob outra perspectiva, io promove consideravel extensio do aleance f ‘20 mesino tempo que re- es decorrentes das varias linhas possiveis de intervengio racional na realidade. Isso patenteia, de outro Angulo, a importancia da contri- ‘ ia ao conhecimento positivo dos fend- Focalizando a realidade do prisma fornecido pelas condigdes ¢ intervengio racional, em dadas situagGes histérico- acumula conhecimentos que, para servir indam o campo da teoria. , porque acentua da transcende a0 manipulagio dos 139 turais da intervengio racional novas bases um volho 1a. O conhecimento teérico, na Sociologia ome em qualquer outro ramo da ciéncia, € potencialmente Gl 5 Doutro lado, le conta entre obstante, parece claro que 0 conhecimento teérico na Sociologia ainda est longe de to fo conhecidas. Em prim lominfncia de um paradigma do objeto, subestimando ou as condigées de clas exprimem nfo foram compelides, © que também aconteceu com os demais {A Sociologia, como as dem: a is A solugio dos caminho para mal comegou @ ser palmilhado pelos propria importincia da dados precisos 2 respeito das flutuagGes do comportamento de retamente, a i de um conhecimento elaborado conforme priticamente, por especialistas ou por lei zagéex intelectuais complicadas, penosas e de a tédas as exigéncias e requisitos intelectuais da. intervengic racional do homem nos processos sociais a 5 — Objeto ¢ Problemas Fundamentais da Sociologia Aplicada: __A posigio que’ tomamos, na delimitagio do campo da Socio- logia Aplicada, leva-nos a procurar uma integragio das duas orientagées mencionadas acima, De um lado, pensamos que a les descrigio de situagGes concretas, que qualifieamos como ji mera etapa na forma a de reconhecimento e conscitncia désses problemas. De lado, julgamos a preocupagio exclu le previsio e de ente para condi spas da intervengao racio as; por introduzir conteddo pritico eficiente na preo- jo pelo conhecimento das tendéncias globais de desenvol- ar conhecimentos emplricamente circuns- esejéveis dos desajustamentos sociais, em si ie dio sentido mais amplo as intengbes pré- ticas subjacentes. ‘Tal corregio abre-nos, em suma, novas vias de 142 aproveitamento das contribuigdes dos sociélogos europeus © norte- fcanos, demonstrando que elas podem devem ser entrosadas Encarando as coisas déste Angulo, a Sociologia Aplicada opera, cempirica e Idgicamente, com duas ordens distintas de problemas fundamentais: os problemas que, por sua natureza, requerem explanagdes que tém em mira a formagio de um corpus teérico Sociologia Aplicada; os problemas que, por sua natu- 1 pritica, relacionadas com a srvengio racional 1 a exposigfo, podemos separar fessas duas ordens de problemas em dois grupos ¢ qualifici-los, respectivamente, como problemas de explicacdo tedrica e prol mas de explicaséio prética Quanto a0 primeiro grupo de problemas fundamentais, éle pode ser assim esquematizado: 1) estudo de fases da organi- zagio dos sistemas sociais nas ‘08 processos. socials recor- rentes produzem efeitos disnémicos; 2) estudo de fases da rmudanga social que surgem em conseqiiéneia da operagao, nos sistemas sociais, de condigies © de sociais que produzem efeitos disndmicos; 3) estudo de téenicas de contrdle social tendo em vista como elas emergem, sua natureza e condigées de integragio A organizago social e a cultura; 4) estudo das ‘condigdes e fundamentos psico-sociais e sécio-c onal na realidade soci estudo da natureza_e ” de reconstrugio social. [4 pouco interfése em examinar detidamente cada um désses t6picot no momento. A nogio to disnémico” foi cons ica de con (© desenvolvimento de téda esta parte do trabalho foi ido. “O autor espera voltar ao assunto proximamente, em ‘maior tblego. fA. R, Redelitfe-Brown, Structure and Function in ‘London, 1952, pag. 182 (@ ensaio fem sueslao fo! publicado em 1985) 143 produzem em virtude da operagio de nis, imanentes 20 modo de integracio do que sc considere. Exemplo disso € a da desorganizagio speito de como operam, suas fases expecificamente relacionadas com a emergi 44 ‘tuagio ou © agravamento dos problemas sceiais, aspectos nes quais la pode ser apontada, postiv it constante de perturbagées na ial. A falta de cudados dessa espécie conduziu norte-americanos(**) a se identificarem, material e ideoldgicamente, com certa orden social e a interpretarem os efeitos societrios da urbanizagio e da industralizagio, indise sntamse como objeto icada, como muito bem hhumano aprende a pereeber, a elementos da porgio social snémicos produzidos pelos contréle quanto & natureza déles permanentes) ¢ quanto ao nivel em que se manifestam (da orga- nizagio da personalidade, das instituigdes ou da sociedade como um todo) A intervengii racional aparece, encarada como técnica social que é como algo que se opde & mudanga social espontines, em Libertad y Planificacton . Power, and Democratic Planning, op. cit. virtude do carter “: ue assume, como mudanca social Isso nio impede que demo, em virtude da complexidade sociais na sociedade industrial e de ‘mesmos conhecimentos poss x6es concementes 20 modo de exp ‘a seguranga ou eapacidade iada pela sociedade indus- es, esta reagio é regulada por mecanismos sociais regular de concepgées seculares coletividades chegam ou glifncias nocivas de tais processes. 146 Quanto ao segundo grupo de problemas fundamentais, éle ido de esquemas formais de intervengio I na realidade social. amo interes mn reminds, pera « preparer es. a serem ent De um lado, € prec conhecimentos e capac ial e pela sociedade de classes. Nao se lade para as condigées atuais a enfrentar, profundo e extenso, uaré a ser repri fe qual serio construtiva pelo homem, B certo que a intervengto racional, como técnica social, requer condigées psico-tociais e sécio-culturais que s6 existem no i vel. Contudo, como téda inven- e explorada em sociedades ‘Dai a posibilidade de amparam ¢ es Como operar, 1: 148 ‘mente com aquéles processos através de téenicas de controle her- . Em_consegiiéneia, © sociélogo & levado a sngfo racional, nesse plano, em dois niveis imeiro, tomando em consideragio as reagées socie- adequado. Segundo, se e como ‘mesmos problemas sociais de modo mi ‘da manipulagio de condigdes, fatdres © possam ser subme alguma espécie berado. Os gran¢ terreno e a solugi das ciéncias sociais & reconstrusdo das bases da vida na socie- dade moderna. ‘Onde agrupamentos humanos vivem em “condigées and- je sor tentada com de simples: com freq mas para a esfera dos rismo como exemplo. Que disndmico da organizagio social (como aconteceu ¢ ainda acon- er le se situe entre os efeitos rezontal (como ‘onde as comunidades tem rm ponto de ataqh ‘io permite fi de tim némero restrito de casos pessoais ou da eliminagfo de Sintomas que sio definidos nas reagSes societérias como uma {questo de deedro ou como um perigo para a ordem socal Exemplos como éte sublinham a condigio melancélica do tra- 149 vide 1 50 balho pritico dos cient dos problemas sociai ee on ens ee oes ear Ee eee ja Aplicada poder os fendmenos realmente im (pesquisa de_ cert produzem efeitos disndmicos, e das condigées da Facional nas situagdes socials de existincia em que '@ Sociologia. Aplict 8 jarada, tedriea © priticamente, das técnicas socials Jue se inserem no plano imediato da ago. jologia Aplicada poder conduzir & sstema~ i ares dos uigdes e descobertas to da discussio j4 pés em vver, certos eles de objeto da de “cfei APENDICE(*) ‘As concepées relativas A interdependéncia entre “teoria” fe “aplicagio” no campo da Ciéncia tém sofride, nos ‘limos Pabileado em Ciénci e Culture (1995, vol. 7 — n° 2, ples mo), sob 0 titulo “Teoriss, em Contraste, de Cidncia Aplicada”. 151 cinglienta anos, transformagées tio profundas, que se poderia admitir que a propria teoria de cifncia aplicada esté recebendo nova formulagio. & interessante notar que varios fatdres con- ‘correram para éxe fim, difundindo atitudes val peito da naturera da cincia aplicada e da pesquisa aplicada em face da pesquisa experimental que, no pasado, s6 eram compartilhados por especialistas vinculados 4 alguma concepso do mundo radical. Entre ésses fatOres, cumpre mencionar, primeiramente, as transformagies associadas as pesquisas da Fisica e da Quimica, com apoio nos recursos fornecidos pela Matematica ¢ pela téc- nica modema, as quais culmina i ‘atdmica e na sua exploracio p: co fatos mais relevantes dizem re cente do Estado na esfera do fiscalizagdo da pesquisa. cient relévo a preocupacio pelos Aescobertas("). Qualquer que seja 0 as causas © 0 significado désse deservolvi inegivel. fle repercutiu de forma revoh icos. Em particular, ésse acontecimento serve da existéncia e da intensidade das presses no sentido de organizar racionalmente, com 2 cooperagio intima e regular dos cientistas, as tarefas ligadas com 0 aproveitamento rapido de descobertas consideradas steis, ‘A incluso dessas notes, como aptndice do ensalo anterior, justiti= case plenamente, pelo’ esclareeimento que trazem A ofientacio efendida pelo autor. 1) Ct. especialmente W. Gelhorn, Security, Le ‘New York, Cornell Universiiy Press, 1950. 08 9. Com referéncia as novas atitudes don eientistas, “a Gpoca da irresponsabilidade do clentista pelos resultados de seu trabalho J@ passou" (pég. 161). ‘A significagio e as. conseqiién na organizacio das atividades ‘scala piiblica — pois éle sempre foi praticado ia, principalmente depois da Primeira Revolugéo perdem o terreno em certos paises, como os Estados letas em outros, como ‘Quanto ao que nos que as tendéncias a0 antes, para as relagGes entre cia, Embora tais tendéncias de- ais da sociedade, & medida que gresio das ciéncias doh marcari uma nova fase na hi fazendo deslocar a primazia d cigncias que tratam do comp sivel prever se isso vird a ocorrer de fato. Mas, parece evidente que © interésse pelas pesquisas e descobertas dessas disciplinas Planning. th. America, New York, Doubled . A Bond, The Economie Development of the Miadle Bast An Outs fine af Plonnea Reconstruction efter the Wer, London, Kegan Path TTheneh, ‘Tribes 1948 153 tende a aumentar paulatinamente, com os progressos do plane- jamento. As medidas que precisam ser tomada Tizagio das relagdes econémicas ¢ das ativida: como na propria esfera da exploragio sistem ficos em fins praticos, exigem dados e explicagées, bre © comportamento humano, a constituigio das as possbilidades da mudanga social provocada. os progressos alcangados pelas cigncias do homem, Jiu em témo das relagdes dos hors 1odo que os efeitos do aproveitamento descobertas das ciéncias experimentais nas relagdes dos ‘si ni assumiam uma importancia defini exquema. Admitia-se que a citncia acabaria pc ficar a sociedade, pois as mudancas na esfera da téc ‘caiam na réde de relagies e de determinagées que controlada no Smbito experimental. O que eeorre com as ciéncias que estudam 0 homem no nivel super- & exatamente 0 inverso, Nos limites em que os felmento clentisica 156 conhecimentos por elas fornecidos possuem implicagées, importante de progresso tesrico. ‘A segunda influéncia se refere as possibilidades de apro- -o das descobertas das ciéncias humans, atra- a exploragio da teoria em fins préticos. Por isto, os especialistas acabaram se interessando, pelo estudo das técnicas de contréle do com: lade, com a esperanga, sm “como” assegurar a criagio de meios regulares wento das contribuigdes das ciéncias humanas, O pode asegurar na consti- ‘baseadas no conhecimento ico © no_propésit , onde for possivel, a mudanga esponténea pela mudanga provocada. Uma das obras, lum novo esquema de form “aplicagio" no_pensament pressuposto de que aim humano e da vida em s0 indo uma concepsa0 sta e da propria passado, cientifica’ 4) Karl Mannheim, Libertad y Plani ‘de R. Landa, Mex! ia de ciéncia aplicada em elaboragio, 0 foco de tual se concentra no problema do contréle (vendo pritices) como uma fase definida da atividade (Ou seja, a aplicagio nao é mais suposta como uma 4 & organizagéo rotineira do elinica que seja, a0 mesmo tempo, fou no tratamento de desajustamentos sociais orientado socio Togicamente, Segundo, a aplicagao constitui uma condi far do progresto te6rico da cincia no mundo modern anciamento privado ou i apesar dos obstacul ralmente aponta ws favoriveis de desem vimento em lab @ Apud P, Freedman, The Principles of Scientific Research, ‘Washington, Public Affairs Press, 1980, pig. 14 157 de inclur 08 caracteres as implicagées da cidncia apicada arenes dense de *ciincia’(). mic ae ‘Ao que parece, um dot prinipair rettades dea nova fonna de ene lterependinin one rae Sepoae? ext a revoligio copericana, que se establece ‘na compre. ensio das. potencaldades pritcas do conhecimento,centhca viéveis nem ineviiveis. Mas, consttuem algo contr de antemao, qualquer que soja rama 2 ue te conte ot alterar dei tureza, da vi Pode-se Assim, 0 processo de ‘se caracteriza, fundamentalmente, em tédas as disciplinas to. Mais smportante que a de Erilcio Ghservedos a sua formulagio: ef. ea. 0) 158 pretam como uma contiadigio inerente & © novo ponto de ‘ncia as circunst€ncias que produzem cessas descontinuidades culturais. 8 de presumir-se que le poder conteibuir para reduzi-las ou elimind-las, ja que 0 aparecimento ea pers Sineronizagio entre as duas fases da profundo é 0 contraste entre as duas ja: a que prevaleceu no pasado, © a que esté.surgindo Nas minimas questoes de importincia, tanto quanto nos prineipios que fundamentam a ciencia aplicada e determinam sua posigéo em face da ciéncia ppura, as duas teorias divergem de maneira radical. Parece, orém, que 0 contraste entre ambas provém antes da forma ide integraséo da ciéncia na civiliagao moderna, do que de argumentos l6gicos ou de necessidades praticas inconcilivets ‘Av cigncia se tornox uma férga sécio-cultural organizada da sociedade, As fungSes que ela preenche, no sentido de manter znto da “civilzacio nao podem sequer softer paralelo com 0 que ocorrew las e as orientagies contidas de utlizagio dos conhecim nfo impede que se rec je um ertério pragma- tista de avaliagio, que a teoria mais adequada é a que permite tolucionar o maior mimero de problemas atuais. Sob éste aspecto, a nova teoria da cifncia aplicada nfo 96 procura resolver problemas que antes nfo fe propée questées nascidas da vinculagéo da mundo modemo, que possuem excepeional importincia para © inicio de uma era de melhor aproveitamento das descobertas cientficas.

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