You are on page 1of 30

DEZ ANOS DO SISTEMA UNICO DE ASSISTENCIA SOCIAL (SUAS):

O SUAS que Temos e o SUAS que Queremos

Reginaldo Pereira1
Resumo: O artigo trata da política pública de assistência social em Guaxupé, suas conquistas,
dilemas e desafios no horizonte dos dez anos do SUAS. A perspectiva adotada pelo texto parte da
necessidade de se fundamentar o planejamento, a execução e avaliação de toda política pública nos
crivos da legalidade e transparência, da viabilidade técnica elaborada através de metodologia
especializada e na participação popular ou controle social. Tendo como objetivo oferecer alguns
subsídios para reflexão e aprofundamento no conhecimento da temática diante da realização da
Conferência Municipal e construir uma agenda comum de reivindicações, são abordados de forma
sucinta algumas questões pontuais, polêmicas e legais, todas com base em informações disponíveis
ao público e de livre discussão, de forma a ampliar as possibilidades de se reivindicar a elaboração
de estratégias sérias para a consolidação do SUAS nos próximos dez anos.
Palavras-Chave: Política de Assistência Social; transparência pública; controle social.

O Analfabeto Político

O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.

Berthold Brecht

1 O autor é Assistente Social, especialista em Políticas Públicas e pesquisador de temas sociais e políticos. E-mail:
preginaldo@ymail.com . Artigo elaborado em agosto/2015.
Introdução

Municípios de todo o país estão realizando as Conferências Municipais de Assistência Social,


este ano, avaliando os últimos dez anos do SUAS e propondo diretrizes para consolidar o SUAS nos
próximos dez anos. Em Guaxupé ocorreu a VI Conferência de Assistência Social realizada no
último dia 6 de agosto e a ocasião constitui grande oportunidade para o debate da política pública de
assistência social, suas conquistas e desafios. Este artigo tem como proposta colaborar na ampliação
do conhecimento público e no aprofundamento do debate da política de assistência social
oferecendo alguns subsídios para reflexão, crítica e avaliação bem como a construção de uma
agenda com propostas a serem apresentadas e reivindicadas.

A política pública de assistência social


Como é de inegável conhecimento público as políticas voltadas para a redução da pobreza se
tornaram destaque na agenda política do Estado brasileiro, ampliando a inclusão social com o
acesso a bens e serviços, fortalecendo o mercado interno e constituindo um importante segmento de
novos sujeitos/cidadãos demandantes de direitos e atuantes na política assim como de uma clientela
político-eleitoral (na ótica de qualquer político que pleiteia um cargo público).
As principais conquistas da política de assistência social dizem respeito ao reconhecimento
público estatal de que o enfrentamento das situações de risco social ou vulnerabilidade aos riscos
sociais relacionados à pobreza a que famílias e indivíduos estão sujeitos também são de
responsabilidade do Estado (e não consequência apenas de infortúnio ou fragilidade pessoal) assim
como a oferta em rede de um conjunto de garantias sociais. Este reconhecimento foi da Constituição
de 19882 incluindo a Assistência Social na política de Seguridade Social junto à Saúde e
Previdência Social, a aprovação da Lei Orgânica de Assistência Social 3 (LOAS) em 1993, passando
pela realização bianual das Conferências Nacionais de Assistência Social4 a partir de 1995 com a
reivindicação permanente de implantação de um Sistema de Proteção Social descentralizado e
participativo, até a aprovação da nova Política Nacional de Assistência Social 5 (PNAS) em 2004 e a
implantação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) a partir de 2005 (NOB SUAS 2005).
Neste processo de constituição de uma nova agenda política coube, tanto aos sujeitos que
tomaram as importantes iniciativas na reivindicação de um sistema de proteção social quanto ao

2 CF: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm .
3 LOAS: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/secretaria-nacional-de-assistencia-social-snas/cadernos/lei-
organica-de-assistencia-social-loas-anotada-2009/Lei%20Organica%20de%20Assistencia%20Social%20-
%20LOAS%20Anotada%202009.pdf/download .
4 CNAS: http://www.mds.gov.br/cnas/conferencias-nacionais .
5 PNAS: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/arquivo/Politica%20Nacional%20de%20Assistencia%20Social
%202013%20PNAS%202004%20e%202013%20NOBSUAS-sem%20marca.pdf .
Estado brasileiro que o efetivou, um grande protagonismo na implementação hierarquizada de um
conjunto de serviços, programas e benefícios socioassistenciais realizadas atualmente no âmbito da
Proteção Social Básica nos Centros de Referência de Assistência Social e Postos de Atendimento do
Programa Bolsa Família e no âmbito da Proteção Social Especial nos Centros de Referência
Especializado de Assistência Social (CREAS) além das entidades socioassistenciais conveniadas.
Este sistema de proteção social conta com condições de elegibilidade/seletividade definidos através
de critérios técnicos, serviços tipificados realizados por equipe multidisciplinar, controle social
através dos Conselhos Municipais de Assistência Social e cofinanciamento da gestão e dos serviços
pelos entes federados com a destinação de recursos específicos. Portanto, a tão propalada redução
da pobreza se deu através da realização conjunta de esforços (União, Estado, Municípios, Sociedade
e profissionais) e de uma notável mobilização de recursos humanos, técnicos, materiais e
financeiros em um curto período de tempo, com resultados dignos de nota.

O SUAS em Guaxupé
Nesta mobilização nacional pela consolidação de um sistema público de proteção social o
município de Guaxupé também foi responsável por importante protagonismo. Em 1995 é criado o
Conselho Municipal de Assistência Social; em 1996 é criado o Fundo Municipal de Assistência
Social; em 1998 é criado o Departamento de Ação Social (convertido em Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Social em 2009); em 2000 é criado um programa municipal de transferência de
renda (Bolsa Socio-Educativa) posteriormente substituído pelo Programa Bolsa Escola (2001) e
Bolsa Família (2004); em 2007 é implantado o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS)
e em 2011 é implantado o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e
aprovada a lei Municipal de Assistência Social. Junto a esta estruturação político-administrativa o
município foi recrutando e capacitando a indispensável equipe profissional multidisciplinar,
captando e destinando importante montante de recursos públicos para financiar os serviços e
mobilizando as mais variadas entidades prestadoras de serviços socioassistenciais a tipificar a oferta
dos seus serviços.
Este processo de estruturação permitiu ao município manter mais de 5,5 mil (cinco mil e
quinhentas) famílias cadastradas na Assistência Social via Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal6 (junho/2015), sendo 3,9 mil em situação de pobreza (renda por pessoa de até
meio salário mínimo – R$ 394,00). Em junho 1.725 famílias 7 foram beneficiadas pelo Programa

6 A informação é pública e se encontra disponível no site do MDS: http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/ (RI


Bolsa Família e Cadastro Único).
7 Informação é pública e se encontra disponível no site do Portal da Transparência:
http://transparencia.gov.br/PortalTransparenciaTRProgramaPesquisaFavorecido.asp?
exercicio=2015&codigoPrograma=1335&codigoAcao=8442&codigoFuncao=08&codigoSubfuncao=244&siglaEst
Bolsa Família com um valor médio de benefício de R$ 158,448. Mensalmente foram transferidos
uma média de R$ 285 mil às famílias que vivem em situação de extrema pobreza em Guaxupé este
ano, com uma expectativa de transferência de R$ 3,4 milhão até dezembro. Já o Benefício de
Prestação Continuada da Assistência Social (BPC), que paga um salário mínimo ao idoso ou à
pessoa com deficiência em situação de extrema pobreza e que não pode custear a própria
subsistência pelo trabalho ou benefício previdenciário - 955 beneficiários em junho/20159 - geram
transferências mensais de R$ 751,6 mil.
As transferências diretas às famílias pelo Bolsa Família e pelo BPC juntos correspondem a
mais de R$ 1,02 milhão mensal e R$ 12,4 milhões anuais injetados diretamente na economia do
município. Estes valores associados aos mais de R$ 600 mil anuais (referentes ao exercício de
2014) transferidos ao município pela União e pelo Estado para financiar os serviços e a gestão da
assistência social10 e os mais de R$ 3,6 milhões investidos pelo próprio município11 (referentes ao
exercício de 2014) geram um montante de investimentos superiores a R$ 16,5 milhões anuais na
política de assistência social. Sem contar os recursos mobilizados pelas próprias entidades
conveniadas. Observe o gráfico:

Gráfico 1Participação dos entes federados no financiamento da política de assistência social (mensal)

Cofinanciamento e Investimentos Entes Federados


R$ 300.000,00
R$ 9.000,00
União
R$ 1.020.000,00 Estado
Município

Fonte: MDS, Portal da Transparência

ado=MG&textoPesquisaAcao=&textoPesquisaPrograma=&textoPesquisaMunicipio=guaxupe&codigoMunicipio=4
573&Ordem=2 .

8 Bolsa Família: no período compreendido entre janeiro e junho de 2015 o valor do menor benefício foi R$ 35,00 e o
valor do maior benefício foi de R$ 772,00.
9 A informação é pública e se encontra disponível no site do MDS:
http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php (Relatório de Programas e Ações MDS).
10 A informação sobre os valores dos repasses do Governo Federal é pública e se encontra disponível no site do MDS:
http://aplicacoes.mds.gov.br/suaswebcons/restrito/execute.jsf;jsessionid=D36603FFA37C0C27E3BB8B072595805
E?b=*dpotvmubsQbsdfmbtQbhbtNC&event=*fyjcjs .
11 A informação é pública e se encontra disponível do site do Município:
http://www.guaxupe.mg.gov.br:8080/portalcidadao/#075f539f0b7223f116d2c85c4ce1b1752fccb0db1fd92284312b3
3310fb199ef6050e9373e0f36365cbb7737a0e49e582e657146a648fd13d54aa9e4338df879e807578fb1eeafd79d4d27
293f964fe5e5aa3b085cbcd1ef6adf57d9d0462b4e9466b5cb51e297716e102a7519d7e3e86fa111cd9a6d0b75fcc1b83
5b66fc812 (Despesas por Estrutura Administrativa – Valores Liquidados).
Estes recursos, além de financiar programas como o Bolsa Família e o BPC, financiam os
serviços de Proteção Social Básica como o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família, o
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e os Benefícios Eventuais; e os serviços de
Proteção Social Especial como o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e
Indivíduos, Serviço de Abordagem Social, Serviço de Proteção a Adolescentes em Cumprimento de
Medida Socioeducativa, Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua e Serviço de
Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias além dos Serviços
de Acolhimento para Crianças e Adolescentes, Idosos e Pessoas em Situação de Rua. Estes
programas, serviços e benefícios beneficiam milhares de famílias e indivíduos.
É importante destacar que o público-alvo da política de Assistência Social é caracterizado
justamente como o segmento social territorializado mais fragilizado pela desigualdade na
distribuição de renda. De acordo com o Censo 2010 os 20% mais ricos do município se
apropriavam de mais da metade (54,9%12) de toda a riqueza produzida aqui. Associado a este
processo de exclusão social, nosso público compreende os segmentos sociais não emancipados
pelas demais políticas: baixa escolaridade e qualificação profissional insuficiente, com recorrência
de trabalho precarizado ou desemprego e ausência de cobertura previdenciária, tendo como
consequência experiências vivenciais marcadas pela violação de direitos, baixa representatividade
política e trabalhista e expressividade cultural identitária fragmentada.
Os investimentos na política de assistência social não são de pouca monta, pois além de
beneficiar estas famílias em situação de risco e vulnerabilidade social reduzindo a pobreza,
ampliando os indicadores de desenvolvimento humano e formando novos sujeitos/cidadãos (além, é
claro, de constituir novas clientelas), injetam R$ milhões na economia do município. Os valores dos
investimentos dos entes federados em assistência social – R$ 16,5 milhões em média –
correspondem em comparação a 17% das despesas “liquidadas” do executivo municipal (R$ 93,68
milhões em 2014) se aproximando de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) municipal e gerando mais
de 100 postos de trabalho diretos e indiretos. A título de curiosidade, o município ficou entre os 200
municípios do país com os mais altos PIBs per capita (com R$ 39 mil de PIB per capita Guaxupé
ficou em 196º lugar em 201313).
Se a política pública de assistência social mereceu tais investimentos anuais nos últimos 10
anos, ganhando status de uma das principais políticas públicas, significa que o tema deve ser tratado
com seriedade. Logo, é justificado que voltemos nossa atenção para os principais e atuais desafios
da assistência social no município de Guaxupé. Considerando a realização da Conferência

12 A informação é o Censo 2010, disponível no site: http://www.relatoriosdinamicos.com.br/portalodm/1-acabar-com-


a-fome-e-a-miseria/BRA003031326/guaxupe---mg .
13 Informação disponível no site: http://economia.terra.com.br/infograficos/pib-per-capita-municipios/ .
Municipal de Assistência Social, ocasião ímpar para o Município expor suas estratégias, devemos
elencar alguns desafios pontuais.

Desafios da política de assistência social para o município


1. Financiamento da política pública de assistência social: observamos que o município tem
reduzido o investimento de recursos no financiamento da assistência social em proporção às
despesas orçamentárias totais. Observe a tabela a seguir com os dados dos últimos 3 anos
(liquidado):

Tabela 1: Investimentos em Assistência Social (despesas liquidadas)

Ano 2012 2013 2014


14
Despesas Gerais R$ 67.118.037,00 R$ 77.252.421,00 R$ 93.687.628,00
Assistência Social R$ 3.264.442,00 R$ 3.496.788,00 R$ 3.901.836,00
Percentual 4,86% 4,52% 4,16%
Fonte: Portal do Cidadão Guaxupé

Observa-se que os investimentos em Assistência Social cresceram proporcionalmente apenas


metade do crescimento das despesas totais no período. Se continuar nesta toada em 2020 os
investimentos em Assistência Social serão somente 2% das despesas do município.
Ao mesmo passo que o investimento de recursos próprios pelo município em assistência social
diminuiu, os investimentos dos recursos federais repassados ao município também caíram
consideravelmente. Observe a tabela abaixo:

Tabela 2: Investimentos proporcionais dos recursos federais


Ordem Ano 2012 2013 2014 2015
Repasses MDS no Exercício R$ 520.678,36 R$ 662.864,84 R$ 612.061,80 R$ 127.127,24
A

Saldo em Conta (Dez./ ano R$ 146.989,18 R$ 56.515,39 R$ 365.211,71 R$ 537.836,71


B
anterior)
(A + B) Repasses MDS + R$ 667.667,54 R$ 719.380,23 R$ 977.273,51 R$ 664.963,95
C
Saldo do ano anterior
D Saldo do exercício (Dez.) R$ 56.515,39 R$ 365.211,71 R$ 537.836,71 R$ 520.547,85
15
E Investimentos (C - D) R$ 611.152,15 R$ 354.168,52 R$ 439.436,8 R$ 144.416,1

14 Despesas referentes ao orçamento liquidado, disponível no site do


município:http://www.guaxupe.mg.gov.br:8080/portalcidadao/#075f539f0b7223f116d2c85c4ce1b1752fccb0db1fd9
2284312b33310fb199ef6050e9373e0f36365cbb7737a0e49e582e657146a648fd13d54aa9e4338df879e807578fb1ee
afd79d4d27293f964fe5e5aa3b085cbcd1ef6adf57d9d0462b4e9466b5cb51e297716e102a7519d7e3e86fa111cd9a6d0
b75fcc1b835b66fc812 .
15 A variável investimentos foi calculada tomando como a base a diferença entre o montante dos repasses no exercício
F Percentual ou taxa 91,54 49,23 44,97 21,72
16
Fonte: MDS

Observe como os investimentos foram se reduzindo em relação aos repasses federais. Nesta
toada poderemos ter uma taxa de desinvestimento e não sem razão, pois o município vem
reservando em conta-corrente há quase 15 meses (março/2014) mais de R$ ½ (meio) milhão dos
recursos federais transferidos. Importa saber se existe algum plano de investimento da maior parte
destes recursos ainda este ano, ou se serão investidos no ano eleitoral (2016) ou ainda se serão
deixados para o próximo gestor.
A manutenção dos recursos federais em conta, além de tornar o município vulnerável à
suspensão dos recursos (atingido pela Portaria MDS nº 36/201417 e a consequente Resolução
SEDESE nº 58/2014 - suspende o repasse por parte da União/Estado de recursos aos municípios
que os estavam mantendo em conta ao invés de investir – o município já deixou de receber valores
superiores a R$ 40 mil do Piso Mineiro a partir do segundo semestre de 2014) e pelas dificuldades
impostas pelo ajuste fiscal18 que levaram ao atraso no repasse de alguns recursos19, por bloqueio de
repasses ou suspensão, seja por decisão deliberada ou inaptidão, Guaxupé deixou de receber valores
superiores a R$ 40 mil mensais20 de acordo com informações do MDS e salvo erro de registro o
prejuízo pode chegar a mais de R$ 400 mil até o final do ano. O questionamento que se faz aqui é
que tipo de avaliação técnica e política foi realizada para respaldar a decisão de conservar os
recursos em conta ao invés de investi-los?
Enfim, é importante observar que o cofinanciamento do SUAS é constituído por um conjunto
de repasses ou pisos diferentes para custear serviços específicos21.

Repasses mensais do cofinanciamento e valores acumulado em saldo (2014/2015):

anual (A) somado ao saldo em conta-corrente do ano anterior (B) e o saldo em conta corrente em dezembro do ano
em questão (D). Em julho/2015 o saldo em conta era de R$ 520.547,85.
16 Tanto as informações sobre os recursos transferidos mensalmente como o saldo em conta corrente por município
estão disponíveis no site do MDS: http://aplicacoes.mds.gov.br/suaswebcons/restrito/execute.jsf?
b=*tbmepQbsdfmbtQbhbtNC&event=*fyjcjs .
17 Portaria MDS nº 36/2010: http://blog.mds.gov.br/fnas/wp-content/uploads/2014/08/Portaria-036_2014_MDS.pdf .
18 Confira também nos sites da Folha: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/06/1636182-governo-atrasa-
repasses-de-verba-para-controle-do-bolsa-familia.shtml; e do Estadão:
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,atraso-de-5-meses-em-verba-da-uniao-a-prefeituras-ja-afeta-assistencia-
social,1689191 .
19 Confederação Nacional dos Municípios (CNM): http://www.cnm.org.br/noticias/exibe/cnm-explica-motivo-dos-
atrasos-em-repasses-para-o-cofinanciamento-dos-servicos-socioassistenciais . Acesso em 30/07/2015.
20 Considerando os pisos de financiamento do PAIF e do SCFV, do PAEFI, IGDSUAS e Piso Mineiro.
21 Quantos aos valores, periodicidades e atraso dos pisos foram considerados os valores nominais (o que está
registrado) no sítio do MDS: http://aplicacoes.mds.gov.br/suaswebcons/restrito/execute.jsf?
b=*dpotvmubsQbsdfmbtQbhbtNC&event=*fyjcjs .
Piso Valor Médio Periodicidade Última Acumulado Parcelas Parc. atraso,
Parc. Paga em Conta22 Acumuladas susp. ou bloq.
IGD-PBF23 R$ 8.838,00 Mensal 04/2015 R$ 145.798,24 16 meses R$ 27,1 mil

IGDSUAS24 R$ 1.019,00 Mensal 08/2014 R$ 11.636,15 11 meses R$ 10,1 mil

PBF25 R$ 8.400,00 Mensal 09/2014 R$ 137.558,00 16 meses R$ 75,6 mil

PBVA-SCFV26 R$ 18.200,00 Mensal 10/2014 R$ 88.451,95 5 meses R$ 108 mil

PFMC27 R$ 6.500,00 Mensal 10/2014 R$ 40.000,70 6 meses R$ 52 mil

PTMC28 R$ 11.865,40 Mensal 06/2015 R$ 931,46 - -

PAC I29 R$ 6.460,25 Mensal 03/2015 R$ 32.160,85 5 meses R$ 19,3 mil


AcesSUAS R$ 73.520,00 Anual 12/2013 R$ 62.266,07 - -
Piso Mineiro R$ 9.000,00 Mensal ? - - -
Média R$ 70 mil Saldo R$ 518,8 mil Ausentes R$ 290 mil
Fonte: MDS
O valor médio mensal dos repasses seria em torno de R$ 70 mil, mas em 2014 girou em torno de R$ 51
mil e em 2013 foi de R$ 55,2 mil. Constam no sítio do MDS, entre parcelas em atraso, suspensas ou
bloqueadas em 2014/2015 valores superiores a R$ 290 mil. Efetivamente suspensas ou bloqueadas constam
recursos do Piso Mineiro do segundo semestre de 2014 e do PBV-SCFV do primeiro trimestre de 201530.

Existem ainda outros pisos de financiamento de serviços que o município ainda não se
credenciou. Ao todo, os repasses fundo a fundo de assistência social podem captar valores
superiores a R$ 100 mil mensais.
Tanto na captação destes recursos quanto na sua utilização o município é obrigado a observar
a legalidade (cada recurso possui uma destinação específica) e a transparência (publicação). Umas
das situações mais comuns nas autuações de municípios fiscalizados pela Controladoria Geral da

22 Referente a Julho/2015.
23 IGD-PBF: Índice de Gestão Descentralizada do PBF - repasses mensais para estruturar a seção e os serviços do
Programa Bolsa Família. Valor do repasse: média 12 meses (2014).
24 IGDSUAS: Índice de Gestão Descentralizada do SUAS - índice de avaliação do desempenho da gestão do SUAS,
com repasses mensais para estruturar a gestão do SUAS.
25 PBF: Piso Básico Fixo - repasse para cofinanciar os serviços socioassistenciais do CRAS (PAIF).
26 PBVA-SCFV - Piso Básico Variável do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - repasse mensal
para cofinanciar estes serviços do CRAS. Valor do repasse referentes à média dos primeiros 6 meses de 2014.
27 PFMC: Piso Fixo de Média Complexidade - repasse para cofinanciar os serviços do CREAS.
28 PTMC: Piso de Transição de Média Complexidade: repasse pra cofinanciar os serviços socioassistenciais de
habilitação e a reabilitação de pessoas com deficiência.
29 PAC I: Piso de Alta Complexidade I - repasse para cofinanciar os serviços do abrigos institucionais.
30 Nos Relatórios de Informações (RI MDS) da Proteção Social Básica e Especial constam os repasses do PBF,
PBV/SCVF e do PFMC como liberados até junho de 2015. No entanto, considerando os valores nominais
registrados/ausentes nos saldos e parcelas do monitoramento financeiro do MDS, não há nenhuma confirmação até
o momento.
União31 (CGU) é o desvio de finalidade da aplicação do recurso, situação passível de improbidade
administrativa. No mesmo sentido os relatórios da CGU estão recheados de autuações designadas
como “aplicação de recursos em despesas não elegíveis”, “ausência de identificação da origem dos
recursos nos comprovantes das despesas”, “bens e equipamentos adquiridos com os recursos sem
incorporação ao patrimônio público ou identificação da origem do recurso ou do programa a que se
destina”, etc..
Por lei os municípios estão obrigados a dar a devida publicidade ao receber estes recursos:
Lei nº 9.452/199732:
A Prefeitura do Município beneficiário da liberação de recursos (…) notificará os partidos
políticos, os sindicatos de trabalhadores e as entidades empresariais, com sede no Município,
da respectiva liberação, no prazo de dois dias úteis, contado da data de recebimento dos
recursos.

Outra demanda que devemos reivindicar do município seria a publicação das despesas por fonte
e natureza (identificação) dos recursos, de forma a se acompanhar periodicamente o desembolso dos
recursos e sua destinação. Por último, para se fazer uso adequado dos recursos públicos no
financiamento da política de assistência social espera-se que os municípios adotem uma sistemática
que se fundamente no respeito aos princípios de administração pública como documentar a
disponibilidade do recurso com a lei que permite utilizá-lo em tal ou tal investimento bem como
elaborar o plano de execução, emitir relatório técnico por profissional especializado sobre a
viabilidade deste investimento e submeter a proposta ao Conselho Municipal ou realizar consulta
pública.

2. Reestruturação político-administrativa: para se adequar ao SUAS os municípios são obrigados


a reestruturarem técnica, humana e político-administrativamente suas secretarias (órgão gestor da
assistência social), além da aprovação de lei municipal que consolida e reconhece o SUAS no
município. Neste sentido, apesar de Guaxupé já ter aprovado sua lei municipal de assistência social
(Lei nº 2.119/2011), ainda não reestruturou sua secretaria, formalizando e dotando-a das seções e
funções essenciais. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social ainda “trabalha” com a
estrutura administrativa aprovada em 1998 (Lei nº 1.396/1998) que estabeleceu duas divisões de
serviços e três coordenadorias além do secretário (a). Para complicar ainda mais, durante os 2
primeiros anos (2013/2014) um diretor e dois coordenadores desta Secretaria foram ocupados em
outras seções ou secretarias (Obras, Desenv. Econ. e Meio Ambiente, SINE, etc.). Atualmente estão
ocupados na Assistência Social 2 diretores. Os 3 cargos de coordenação foram pulverizados em

31 A CGU fiscaliza dezenas de municípios anualmente por sorteio ou denúncia. Relatórios de municípios fiscalizados
podem ser obtidos no site da CGU: http://sistemas2.cgu.gov.br/relats/relatorios.php .
32 Lei nº 9.452/1997: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9452.htm .
outras seções/secretarias ou em desvio de função, destinando ao órgão gestor da Assistência Social
menos atenção e fragilizando a capacidade de articulação e a tomada de decisões.
Justamente este item (restruturação) constitui uma das metas ainda não alcançadas pelo
Município no Pacto de Aprimoramento do SUAS 2014-201733:
Meta 18 - Estruturar a Secretaria com a formalização de áreas essenciais: na estrutura do
órgão gestor de assistência social, constituir as divisões de Proteção Social Básica e Proteção
Social Especial (com subdivisão de Média e Alta Complexidade) além das coordenadorias de
Gestão Financeira e Orçamentária, Gestão de Benefícios Assistenciais e Transferência de
Renda e Gestão do SUAS com competência de Gestão do Trabalho, Regulação do SUAS e
Vigilância Socioassistencial. (MDS, 2015)

Observe que o Pacto de Aprimoramento do SUAS exige no mínimo duas divisões e três
coordenadorias. Bastaria ao município, em um primeiro momento, alterar a nomenclatura da
estrutura existente já há 17 anos e adequar estas funções às novas atribuições. Lembrando que o
município já teve dez anos para realizar esta estruturação.
O processo de adequação administrativa exige o reconhecimento/formalização das demais
funções do SUAS: coordenadores do CRAS e do CREAS e Gestor do Programa Bolsa Família, com
as responsabilidades e gratificações cabíveis. É necessário também criar novas ocupações/funções
necessárias à execução dos serviços da assistência social e já instituídos legalmente em âmbito
federal: além das ocupações/funções de nível superior: Assistente Social, Psicólogo e Advogado
(NOB SUAS/RH, 2006 e Resolução CNAS nº 17/2011); as ocupações/funções de nível médio:
Cuidador Social, Orientador Social (Portaria CNAS nº 9/2014) além das ocupações/funções de
Entrevistadores e Digitadores (Cadastro Único). Estas funções de nível médio, quando executadas
nesta Secretaria, estão sendo exercidas por estagiários e jovens aprendizes quando não por agentes
de administração.
Além da necessidade de ampliar o quadro de Assistentes Sociais (7 postos vagos) e de
Psicólogos (5 postos vagos) em todo o município, a Secretaria precisa contratar um advogado(a)
permanente para a Assistência Social (o que já foi reivindicado na Conferência de Assistencial de
2013) e criando os novos postos de trabalho, recrutar e capacitar cuidadores, orientadores e
entrevistadores/digitadores para o Cadastro Único (para se adequar à lei o município precisaria
contratar no mínimo uma dezena de novos servidores de nível médio). Um município que valoriza a
política de Assistência Social se esforça para dotá-la dos recursos humanos e técnicos necessários.
Somente esta adequação permite o desenvolvimento de um ambiente saudável para os trabalhadores
do SUAS e com garantia de cobertura e qualidade dos serviços prestados à população usuária.
Uma outra demanda urgente para o município é ampliar a cobertura de serviço da Proteção

33 A informação sobre as metas alcançadas e ainda não alcançadas é pública e está disponível no site do MDS:
http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/relatorio.php .
Básica ofertando novas unidades de atendimento. Um município com mais de 50 mil habitantes e
com a área territorial de Guaxupé precisa de no mínimo dois CRAS com as respectivas equipes
constituídas. Afinal, o Pacto de Aprimoramento prevê dentre as prioridades: acompanhar mais de
10% das 5,5 mil famílias cadastradas no Cadastro Único e 10% das 955 famílias com membros
beneficiários do BPC, além das cerca de 916 famílias que declararam viver em situação de absoluta
pobreza (renda per capita inferior a R$ 2,55 por dia), dentre outras. Do mesmo modo a seção do
Cadastro Único que atualmente oferta atendimento em um único posto de atendimento no
município, com mais de 5,5 mil famílias cadastradas e já mudou de lugar 5 vezes nos últimos 5
anos, precisa diversificar territorialmente seu atendimento.

3. Controle Social: o Controle Social da política pública de Assistência Social é realizado de forma
permanente pelos Conselhos Municipais de Assistência Social, além da realização bianual das
Conferências Municipais e outros eventos: fóruns, audiências públicas, etc.. Cabe aos conselhos
apoiar o município no planejamento, fiscalizar a execução e realizar a avaliação dos serviços
socioassistenciais desenvolvidos. O processo de fiscalização exige por parte dos conselheiros a
realização de visitas técnicas, vistorias e autuações, elaboração de relatórios de inspeção, atas e
encaminhamentos, entrevistas com trabalhadores do SUAS e famílias usuárias, etc.. É justamente a
inoperância dos conselhos municipais uma das situações mais autuadas pela CGU nos municípios:
são relatos de “inoperância das Instâncias de Controle Social (ICS)”, com “ausência de atas e de
relatórios de visitas e inspeção”, “atuação deficiente com ausência de visitas técnicas e relatórios de
inspeção”, “ausência de capacitação dos integrantes do órgão de controle social” e o “não
acompanhamento da execução dos programas assistenciais no Município”, só para destacar os mais
comuns.
Alguém já comparou a atuação deficiente de um conselho municipal que se atém a realizar
uma única reunião mensal apenas com secretários e diretores, respeitadas as diferenças, a um fiscal
do trabalho que ao fiscalizar um empresa, se atém a entrevistar o empresário e o gerente, sem
avaliar as reais condições de trabalho na empresa: qual o crédito que este fiscal teria diante dos
trabalhadores? E, falando por experiência própria, a política de assistência social constitui uma das
politicas em que mais ocorre violação dos princípios de administração pública, seja pela novidade
desta política, seja pela “insignificância” dos valores da maioria dos benefícios considerados
individualmente, seja pela falta de capacitação dos gestores e fiscalização das instâncias
fiscalizatórias.
Assim, sendo uma das funções mais importantes da política de Assistência Social, é necessário
que o protagonismo da participação social seja valorizado e encarado como umas das principais
propostas do voluntariado e da militância social hoje. Há que se criar meios de articulação e escuta
tanto dos usuários dos serviços quanto dos trabalhadores. E destacando que o Conselho
Municipal representa a sociedade, jamais permitir que o processo decisório sobre uma política
pública seja realizado entre quatro paredes, mas garantir a devida legalidade, moralidade,
eficiência e publicidade do processo de tomada de decisão, execução e avaliação. Sendo assim,
é possível exigir a publicação das atas das reuniões do conselho, suas deliberações e resoluções. Do
mesmo modo, tomar conhecimento do conteúdo destes documentos e levá-los ao debate público
seria um procedimento básico para todo vereador.
Outra questão que o Conselho deve ficar atento é o respeito pelas suas Resoluções na execução
dos serviços. Por exemplo: há cerca de 4 anos o Conselho aprovou uma Resolução (Resolução nº
01/2011) estabelecendo critérios para o atendimento das solicitações de isenção do Imposto de
Transmissão de Bens Imóveis Inter-vivos (ITBI), questão que já gerou polêmica nesta gestão que
resolveu ignorar a Resolução e estabelecer novos critérios sem o crivo do Conselho e reforma da
Resolução anterior. E se os cidadãos suja solicitação foi indeferida resolverem recorrer da decisão
com base na Resolução do Conselho? Uma situação no mínimo curiosa!
Enfim, duas das metas ainda não alcançadas pelo município no Pacto de Aprimoramento do
SUAS:
A. Regularizar o Conselho Municipal como a Instância de Controle Social do Programa Bolsa
Família (a legislação anterior preconizava uma instância própria);
B. Possuir na representação do Conselho Municipal, dentre os representantes da sociedade civil, 1/3
de usuários do SUAS e 1/3 de trabalhadores do SUAS (proporcionalidade).
Além disso, os conselheiros devem ser devidamente capacitados e assistidos pela secretaria.
Lembrando que por lei - NOB SUAS 2012, art. 121 – VII - o município se obriga a investir no
mínimo 3% dos recursos do IGD- PBF e do IGD-SUAS no Conselho Municipal, o que, atualmente,
com os mais de R$ 140,8 mil em caixa, o Conselho deteria acesso a mais de R$ 4,2 mil34).

4. Entidades Socioassistenciais: as entidades prestadoras de serviços socioassistenciais exerceram


um papel de inegável relevo na história do município no âmbito da política de assistência social. Na
verdade, nas primeiras quatro décadas de legislação do município (de 1948 a 1988) as subvenções
às entidades tinham um verdadeiro caráter de “terceirização” da política de assistência social. Neste
sentido compreendemos o porquê da Assistência Social transferir às entidades conveniadas mais de
R$ 1,7 milhão em 2014, o que significou quase 45% de todas os investimentos nesta política. Tal

34 A informação é pública e está disponível do site do MDS:


http://aplicacoes.mds.gov.br/suaswebcons/restrito/execute.jsf;jsessionid=FB91789708818A310A0CBD1FC586C0
DD?b=*tbmepQbsdfmbtQbhbtNC&event=*fyjcjs .
notícia reflete o grau de dependência do município destas entidades.
A evolução dos investimentos públicos nas entidades nos últimos anos foi acompanhada de um
processo de tipificação dos serviços ou de adaptação da oferta qualificada de serviço nos moldes
preconizados pela legislação do SUAS, sobretudo, pela Tipificação Nacional dos Serviços
Socioassistenciais35 (Resolução CNAS nº 109/2009) e a adequação de recursos humanos (NOB
SUAS/RH, 2006), dentre outras. Na verdade este processo de adequação ou tipificação dos serviços
socioassistenciais ainda constitui o grande desafio de diversas entidades, considerando suas
histórias e estruturas. Importa levantarmos uma questão: se as mais importantes entidades
financiadas com os recursos da Assistência Social deixarem de ofertar seus serviços, seria somente
a Secretaria de Assistência Social obrigada a mobilizar recursos para atender a grande demanda ou
atingiria outras como a educação, a saúde, a cultura e esporte?
A Lei nº 13.019/201436 ou lei das entidades entra em vigor em janeiro de 2016. Com este novo
instrumento toda parceria do município com as entidades se dará através de edital de chamamento
público. Para isso caberá aos municípios elaboraram seus termos de colaboração, comporem
comissão de seleção e acompanhamento das parcerias e realizarem o chamamento público,
garantindo a isonomia, a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a probidade
administrativa, repassando valores iguais para serviços de uma mesma natureza.

Lei nº 13.019/2014
Art. 9º. No início de cada ano civil, a administração pública fará publicar, nos meios oficiais
de divulgação, os valores aprovados na lei orçamentária anual vigente para execução de
programas e ações do plano plurianual em vigor, que poderão ser executados por meio de
parcerias previstas nesta Lei.
Art. 10º. A administração pública deverá manter, em seu sítio oficial na internet, a relação
das parcerias celebradas, em ordem alfabética, pelo nome da organização da sociedade civil,
por prazo não inferior a 5 (cinco) anos, contado da apreciação da prestação de contas final da
parceria.
Art. 23 – Parágrafo Único - Sempre que possível, a administração pública estabelecerá
critérios e indicadores padronizados a serem seguidos, especialmente quanto às seguintes
características: objetos, metas, métodos, custos, plano de trabalho e indicadores quantitativos
e qualitativos de avaliação de resultados.

Como podemos constatar a nova lei, com o objetivo de ampliar a legalidade, a transparência e
a eficiência financeira na execução dos serviços através das parcerias, estabeleceu novos
instrumentos de trabalho com um grau considerável de complexidade. E reconhecendo a
importância do trabalho das entidades para o município, o prazo que resta para as adequações (5

35 Resolução CNAS nº 109/2009:


http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/protecaobasica/servicos/projovem/arquivos/tipificacao-
nacional.pdf/download .
36 Lei nº 13.019/2014: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm .
meses) e a polêmica que os repasses geraram no último ano, seria razoável a apresentação de um
plano de trabalho com os procedimentos que estão sendo adotados para fazer face aos novos
desafios.

5. Vigilância Socioassistencial: a Vigilância Socioassistencial37, área vinculada à gestão do SUAS,


tem como responsabilidade a produção, sistematização e análise de informações territorializadas
sobre as situações de risco e vulnerabilidade que incidem sobre famílias e indivíduos, bem como
informações tipificadas sobre o volume e a qualidade dos serviços ofertados pela rede
socioassistencial38 (SNAS, 2005). O monitoramento permanente da rede de serviços
socioassistenciais permite, a um só tempo, alimentar as unidades de atendimento com informações
sobre caracterização do público-alvo e a oferta de serviços necessários (diagnósticos e planos de
atendimento) e retroalimentar a própria seção da Vigilância com informações coletadas sobre a base
de dados das respectivas unidades de atendimentos em um circuito que atende em tempo real as
manifestações da questão social no território de referência.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social – MDS, a Vigilância Socioassistencial,
no seu processo de trabalho, considera as diferentes etapas da vida do cidadão, desde a infância,
passando pela adolescência, idade adulta e terceira idade e ainda acompanha os padrões de oferta
dos serviços nas unidades da assistência social, produzindo e sistematizando informações que
demonstrem a qualidade dos serviços ofertados. Trata-se de uma área de gestão da informação
dedicada a apoiar as atividades de planejamento, supervisão e execução dos serviços
socioassistenciais e trabalha através do fornecimento de dados, indicadores e análises que
contribuam para a efetivação do caráter preventivo e proativo da política de assistência social, assim
como para a redução dos danos.
Constata-se desde já que a execução da política de assistência social obriga o monitoramento
permanente de toda a rede de serviços. É a seção de Vigilância Socioassistencial que garante a
manutenção deste monitoramento e a eficiência da relação dos serviços e dos recursos investidos,
mas o município de Guaxupé não mantém esta seção nem destina recursos para sua implementação.
A despeito da sua não -existência, podemos elencar alguns indicadores que importam serem de
conhecimento público:

IGDSUAS: O Índice de Gestão Descentralizada do SUAS 39 constitui um indicador de desempenho


37 Vigilância Socioassistencial: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/vigilancia-socioassistencial%20 .
38 Vigilância Socioassistencial – Texto base apresenta à CIT no processo de revisão da NOB SUAS 2005, disponível
em: file:///C:/Users/REGINALDO/Documents/07_Luis%20Otavio.PDF .
39 IGDSUAS: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/orientacoes-igdsuas-para-site/201crepasse-de-recursos-do-igd-
suas201d .
da gestão do SUAS nos municípios também utilizado como parâmetro para o repasse de recursos.
Variando de 0 (zero) a 1 (um), o indicador é composto tanto por dados da estruturação do CRAS
(infraestrutura física, recursos humanos, serviços realizados e disponibilidade de atendimento)
como da execução financeira dos recursos do fundo de assistência social. O IGDSUAS do
município40 em 2014 foi de 0,6 (desempenho regular). Com este desempenho o município ficou em
3.867º (três milésimos, octingentésimo sexagésimo sétimo) lugar no ranking do IGDSUAS do país.
Quanto ao ranking mineiro o município ficou em 553º (quingentésimo quinquagésimo terceiro)
atrás de municípios da região como São Pedro da União (228º), Alpinópolis (236º), Nova Resende
(267º), Bom Jesus da Penha (384º), Guaranésia (304º), Monte Belo (356º) e Muzambinho (514º).
Logo, diante destes resultados, é necessário avaliar em quais variáveis o município está deficiente e
elaborar um plano de providência para sanar tais deficiências em um determinado período de
tempo, plano que deverá ser executado, monitorado e avaliado periodicamente.

IGD-PBF: O Índice de Gestão Descentralizado do Programa Bolsa Família 41 também constitui um


indicador de desempenho da gestão do programa nos municípios. O indicador é composto pela
relação entre o número de famílias que o município acompanhou pelo número de famílias que o
município deveria acompanhar e também constitui parâmetro de repasses mensais destinados
exclusivamente para investimentos na gestão do programa. Com um IGD-PBF de 0,89 o município
apresenta bom resultados, cabendo ao Conselho Municipal cobrar o investimento nos serviços da
seção (os recursos de mais de 12 meses estão parados em conta). O fator que queremos ressaltar é
que os trabalhadores da seção do Cadastro Único em muitos municípios do país trabalham de forma
mais precarizada, seja quanto aos vínculos trabalhistas, a remuneração ou a capacitação para o
desempenho das funções. No município, por exemplo, 4 dos 7 profissionais atualmente ocupados na
seção são jovens aprendizes (um profissional solicitou transferência de departamento devido ao
estresse relacionado ao nível de (des)organização da seção). Seria interessante cobrar da União que
as variáveis da composição do IGD-PBF também contemplassem a manutenção de equipes
profissionais com servidores estáveis e capacitados.

IDF: O Índice de Desenvolvimento Familiar42 constitui um indicador de avaliação do grau de


vulnerabilidade social aos riscos sociais relacionados à pobreza que as famílias e territórios estão
sujeitos. O IDF foi desenvolvido a partir da atribuição de valores (de 0 a 1) a dezenas de variáveis

40 A informação é pública e se encontra disponível no site do MDS:


http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/orientacoes-igdsuas-para-site/igdsuas-m .
41 IGD-PBF: http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php?file=entrada&relatorio=153# .
42 IDF: http://www.mds.gov.br/falemds/perguntas-frequentes/bolsa-familia/cadastro-unico/gestor/cadunico-indice-de-
desenvolvimento-da-familia-idf .
que contemplam desde o nível de fragilidade na composição familiar (presença de crianças,
adolescentes e jovens, gestantes e nutrizes, pessoas idosas ou com deficiência, ausência do cônjuge
e maioria em situação de dependência), no acesso ao conhecimento (presença de pessoa não
alfabetizada ou semialfabetizada ou com o ensino fundamental ou médio incompleto), acesso ao
trabalho (maioria das pessoas não ocupadas, presença de trabalho informal, rural ou com
rendimento inferior ao salário-mínimo), disponibilidade de recursos (rendas e despesas inferiores ao
nível de pobreza e dependência de benefícios e transferências socioassistenciais), desenvolvimento
infantil (presença de criança ou adolescente fora da escola e com baixa escolaridade, em série
incompatível com a idade ou ainda trabalhando) e habitação (domicílio alugado e/ou precário, com
mais de duas pessoas por dormitório, com acesso precário aos serviços públicos). Com este
indicador é possível avaliar técnica e quantitativamente o nível de vulnerabilidade de famílias e
territórios, verificando que tipos de vulnerabilidades são mais recorrentes e comprometedoras e
elaborar planos de ação e investimento para saneá-las. Em Guaxupé, a partir das informações do
IDF em 2010 (MDS), ficamos sabendo que as dimensões que mais afetavam as famílias em situação
de vulnerabilidade social se referiam às dimensões da configuração familiar e do acesso ao
conhecimento, trabalho e renda. Tão logo, cabe ao município desenvolver planos de trabalho para
enfrentar as causas da pobreza, ou seja, o “motivo”, o “quando” e o “em que” não faltam para se
investir os recursos da assistência social parados em conta.

Pobreza e transferência de renda: os dados do Cadastro Único/Guaxupé revelaram (MDS,


junho/201543) que quase mil famílias no município vivem em situação de miséria absoluta, assim
definida pelas pessoas com renda inferior a R$ 2,55 por dia e a maioria são crianças44. Tão logo
urge dar a devida atenção à questão: estas famílias estão sendo acompanhadas pela proteção social
básica ou se trataria de subdeclaração de renda? Por outro lado, desde janeiro de 2013 mais de 325
famílias proporcionalmente teriam deixado o Programa Bolsa Família, o que constitui uma
informação importante assim como é importante observar também que a legislação do programa
(Portaria MDS nº 617/201045) assegura às famílias que declararem renda per capita acima de R$
154,00 (limite para entrar no programa) e inferior a R$ 394,00 (meio salário-mínimo) que
permaneçam recebendo o benefício no seu período de validade ou até o processo de
revisão/averiguação cadastral. Cabe, portanto, ao Conselho Municipal cobrar e ao município
demonstrar que tem respeitado a legislação e que não está prejudicando famílias em situação de

43 Relatório CadUnico/PBF: http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php .


44 MDS/TABCAD: http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/cecad/tabulador_tabcad.php?p_forma=2#tabela_link .
45 Portaria MDS nº 617/2010: http://www.mds.gov.br/bolsafamilia/legislacao-1/portarias/2010/Portaria_no_617-
_de_11_de_agosto_de_2010.pdf .
pobreza de forma deliberada bloqueando ou mantendo bloqueados benefícios elegíveis sem
respaldo na legislação ou documentação comprobatória que o permita.

Assim como os indicadores de desempenho e avaliação acima demonstram, a seção de


vigilância socioassistencial pode desenvolver várias formas de avaliação a partir da produção de
dados e análise de indicadores. Estes indicadores poderão ser aplicados também na realização das
parcerias com as entidades prestadoras de serviços socioassistenciais bem como na gestão
financeira que o município apresenta fragilidade na utilização dos recursos.
Além das questões levantadas acima a realização de um competente estudo técnico da gestão
da política de assistência social no município pode levantar várias outras situações irregulares ou
marcadas por fragilidades desnecessárias que merecem a atenção da sociedade. E acreditamos que é
justamente esta falta de cobrança do respeito aos princípios da administração pública e sua devida
fiscalização que geram situações como a que assistimos “quase” impotentes de corrupção que se
alastra na sociedade política.

Conclusões
Recapitulando os mais importantes pontos analisados podemos elencar algumas reivindicações
mais pontuais (agenda):

1. Gestão Financeira:
1. Planejar a ampliação dos investimentos municipais em assistência social a médio prazo
(10 anos) rumo aos 5% das despesas orçamentárias (reivindicação já presente na
Conferência anterior);
2. Dar a devida publicidade à captação dos recursos socioassistenciais contabilizando a
identificação do repasse e informando o desembolso (investimento) por repasse;
3. Planejar a execução financeira dos recursos com avaliações de resultados trimestrais ou
quadrimestrais, observando a legalidade, a apresentação de estudo técnico sobre a
viabilidade dos investimentos e o controle social;
4. Cobrar a fiscalização in loco por parte do Conselho Municipal do uso dos recursos para
prevenir o “desvio de finalidade” do recurso;

2. Reestruturação político-administrativa e ampliação da oferta dos serviços:


1. Cobrar do município a reestruturação político-administrativa da Secretaria de
Desenvolvimento Social com a formalização das áreas essenciais bem como o
reconhecimento das funções e a criação das ocupações necessárias (lembrando que a
Secretaria de Educação realizou uma reestruturação semelhante em dezembro/2013);
2. Cobrar do município a realização de processos seletivos e o planejamento da formação
continuada dos servidores (reivindicação já realizada na última Conferência);
3. Ampliar a oferta dos serviços de Proteção Social Básica com a criação de, no mínimo,
mais um CRAS com a respectiva equipe em outro território do município (já reivindicado na
Conferência anterior) bem como a implantação de mais um posto de atendimento do
Cadastro Único;
4. Exigir do município o reordenamento da oferta dos serviços relacionados ao
acompanhamento de adolescentes e jovens em situação de conflito com a lei (SINASE);
5. Exigir do município a elaboração de estudos ou planos de trabalho sobre a implementação
de programas sociais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa de
Segurança Alimentar e Nutricional, Programa de Assistência Técnica e Fomento ao pequeno
produtor rural (ATER), Feira Verde (troca de recicláveis por alimentos), etc.;
6. Exigir do município que os cargos da estrutura administrativa do órgão gestor da
assistência social (duas divisões e três coordenadorias) sejam destinados a exercerem
funções desta política pondo fim ao desvio de função;

3. Controle Social:
1. Exigir do município que a composição do Conselho Municipal atenda as exigências legais
e pactuais com membros representantes dos trabalhadores do SUAS e dos usuários bem
como a realização das diligências necessárias aos procedimentos de apoio e fiscalização;
2. Exigir do município a realização de investimentos necessários e obrigatórios no Conselho
Municipal (estrutura, recursos humanos, técnicos e financeiros, oferta de atendimento,
formação continuada, etc.);
3. Exigir do município a publicação das deliberações, Resoluções ou mesmo as Atas das
reuniões do Conselho;
4. Exigir que todos os Benefícios Eventuais concedidos pelo município sejam
fundamentados em Resoluções aprovadas pelo Conselho bem como a prestação de contas
mensais e cobrar o devido respeito às Resoluções;
5. Exigir a criação e estimular outras formas de participação popular como fóruns locais e
regionais, eventos, audiências, comitês, consultas populares, etc. (já reivindicado na última
Conferência);
6. Exigir do município a adoção permanente de uma sistemática de legalidade,
transparência, eficiência e controle social permanentes;

4. Entidades Socioassistenciais:
1. Exigir do município a apresentação de um plano de trabalho sobre as adaptações
necessárias (formalização, estrutura e recursos humanos e técnicos e cronograma de
execução) quanto à lei das entidades;
2. Propor o desenvolvimento de indicadores de desempenho da gestão e da qualidade dos
serviços prestados através das parcerias;

5. Vigilância Socioassistencial:
1. Formalizar e implementar a área de Vigilância Socioassistencial, dotando-a dos recursos
humanos, técnicos, materiais e financeiros necessários;
2. Elaborar, apresentar e divulgar Diagnósticos Municipais anuais (já reivindicado na última
Conferência);
3. Elaborar estudos e apresentar planos de trabalho sobre as adaptações necessárias à
melhoria dos indicadores de desempenho;
4. Elaborar novos indicadores de desempenho e avaliação;
5. Apresentar informações em tempo real, relatórios mensais e pareceres eventuais ao
Conselho Municipal;

Constatamos que mais da metade das mais de 30 reivindicações da última Conferência


Municipal (2013) não foi atendida e o município sequer apresentou justificativas. Voltamos a
destacar: todo o processo de planejamento, execução e avaliação da política de assistência social
deve seguir fundamentação legal, critérios técnicos e a devida transparência. Ao adotar esta
sistemática, o município supera a dependência de “cargos” e “nomes”, afasta o risco de práticas
clientelistas e ineficientes assim como os “desmontes” que infelizmente assistimos na passagem de
uma gestão para outra. Diante de tais desafios, imagine se o município passar por outro desmonte
no início de 2017 como passou no início de 2013?
Eis pois alguns desafios que justamente a realização de uma Conferência Municipal de
Assistência Social pode responder com a apresentação de reivindicações e elaboração de estratégias
de curto, médio e longo alcance. E nos apoiando na “Proposta de Governo46” do atual grupo político
que propôs no último pleito um modelo de gestão participativa, inovadora e eficiente, enfatizando a
importância da democratização dos processos decisórios e concluindo com uma expressão
paradigmática: “radicalizar a democracia”, acreditamos que esta contribuição atende parcialmente a
proposta.

Obs.: qualquer erro identificado no artigo, quando não de responsabilidade das fontes
pesquisadas deve ser atribuído unicamente ao autor.

46 Proposta de Governo da Coligação Guaxupé no Coração:


http://divulgacand2012.tse.jus.br/divulgacand2012/abrirTelaPesquisaCandidatosPorUF.action?
siglaUFSelecionada=MG .
ANEXOS
Demonstrativo Parcelas Pagas - Por Grupo

Ano: 2014 Esfera Administrativa: MUNICIPAL IBGE:312870


UF: MG Município: GUAXUPE Porte:PEQUENO II
Referência: Exercício População:49.491
Agrupamento: Grupo
Canal: MUNICIPAL
Data: 21/08/2015
Hora: 00:12:34

Grupo/Piso Total Bruto Total Desconto Total Bloqueio Total Líquido

PSE 276.149,80 0,00 0,00 276.149,80


PISO FIXO DE MÉDIA COMPLEXIDADE - PAEFI 65.000,00 0,00 0,00 65.000,00

Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 19/02/2014 800466 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2014 MUNICIPAL 18/03/2014 800857 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 11/04/2014 801395 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 09/05/2014 801667 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 12/06/2014 802136 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 06/2014 MUNICIPAL 15/08/2014 803030 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 30/01/2015 800277 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 30/01/2015 800304 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 09/2014 MUNICIPAL 27/01/2015 800078 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 10/2014 MUNICIPAL 26/02/2015 800834 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38

PISO DE TRANSIÇÃO DE MÉDIA COMPLEXIDADE 142.384,80 0,00 0,00 142.384,80

Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 19/02/2014 800542 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2014 MUNICIPAL 01/04/2014 801019 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 23/04/2014 801536 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 09/05/2014 801688 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 12/06/2014 802076 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 06/2014 MUNICIPAL 04/08/2014 802718 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 10/10/2014 803315 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 06/11/2014 803894 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 09/2014 MUNICIPAL 18/11/2014 804536 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 10/2014 MUNICIPAL 15/12/2014 805464 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 11/2014 MUNICIPAL 31/12/2014 805874 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 12/2014 MUNICIPAL 25/02/2015 800698 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

PISO DE ALTA COMPLEXIDADE I - CRIANÇA\ADOLESCENTE 40.000,00 0,00 0,00 40.000,00

Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 04/08/2014 802609 15.000,00 0,00 0,00 15.000,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 18/11/2014 804801 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 10/12/2014 805349 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 10/11/2014 804236 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 11/2014 MUNICIPAL 14/08/2015 809964 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 12/2014 MUNICIPAL 13/08/2015 809812 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11

PISO DE ALTA COMPLEXIDADE I 28.765,00 0,00 0,00 28.765,00

Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 13/02/2014 800298 4.271,25 0,00 0,00 4.271,25
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2014 MUNICIPAL 14/03/2014 800790 4.271,25 0,00 0,00 4.271,25
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 11/04/2014 801192 4.271,25 0,00 0,00 4.271,25
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 15/05/2014 801960 4.271,25 0,00 0,00 4.271,25
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 04/08/2014 802573 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 06/2014 MUNICIPAL 14/08/2014 802960 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 10/10/2014 803346 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 06/11/2014 803950 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 09/2014 MUNICIPAL 07/11/2014 803981 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 10/2014 MUNICIPAL 10/12/2014 805061 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 11/2014 MUNICIPAL 31/12/2014 805625 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 12/2014 MUNICIPAL 26/02/2015 801001 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11

PSB 225.000,00 0,00 0,00 225.000,00


PISO BÁSICO VARIÁVEL - SCFV 149.400,00 0,00 0,00 149.400,00

Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo

FUNDO 000647/00003240
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 10/02/2014 800114 54.000,00 0,00 0,00 54.000,00
MUNICIPAL 43

FUNDO 000647/00003240
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 03/07/2014 802205 18.300,00 0,00 0,00 18.300,00
MUNICIPAL 43

FUNDO 000647/00003240
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 13/10/2014 803378 36.900,00 0,00 0,00 36.900,00
MUNICIPAL 43

FUNDO 000647/00003240
15588042000162 10/2014 MUNICIPAL 31/12/2014 805846 13.400,00 0,00 0,00 13.400,00
MUNICIPAL 43

FUNDO 000647/00003240
15588042000162 10/2014 MUNICIPAL 13/08/2015 808602 26.800,00 0,00 0,00 26.800,00
MUNICIPAL 43

PISO BÁSICO FIXO 75.600,00 0,00 0,00 75.600,00

Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 21/02/2014 800601 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2014 MUNICIPAL 18/03/2014 800828 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 15/04/2014 801454 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 09/05/2014 801813 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 10/07/2014 802340 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 06/2014 MUNICIPAL 07/11/2014 804034 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 29/01/2015 800226 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 29/01/2015 800251 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 09/2014 MUNICIPAL 28/01/2015 800151 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X

PROGRAMAS 1.600,00 0,00 0,00 1.600,00


BPC NA ESCOLA - QUESTIONÁRIO A SER APLICADO 1.600,00 0,00 0,00 1.600,00

Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo

FUNDO 000647/00003070
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 23/04/2014 801509 240,00 0,00 0,00 240,00
MUNICIPAL 68

FUNDO 000647/00003070
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 19/05/2014 801982 1.360,00 0,00 0,00 1.360,00
MUNICIPAL 68

GESTAO 109.312,00 0,00 0,00 109.312,00


ÍNDICE DE GESTÃO DESCENTRALIZADA DO SUAS 7.949,38 0,00 0,00 7.949,38

Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 10/02/2014 800060 985,23 0,00 0,00 985,23
MUNICIPAL 03

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2014 MUNICIPAL 12/03/2014 800716 985,23 0,00 0,00 985,23
MUNICIPAL 03

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 11/04/2014 801241 985,23 0,00 0,00 985,23
MUNICIPAL 03

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 09/05/2014 801609 985,23 0,00 0,00 985,23
MUNICIPAL 03

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 24/07/2014 802418 985,23 0,00 0,00 985,23
MUNICIPAL 03

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 06/2014 MUNICIPAL 06/11/2014 803684 985,23 0,00 0,00 985,23
MUNICIPAL 03

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 06/11/2014 803736 1.019,00 0,00 0,00 1.019,00
MUNICIPAL 03

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 27/01/2015 800052 1.019,00 0,00 0,00 1.019,00
MUNICIPAL 03

ÍNDICE DE GESTÃO DESCENTRALIZADA - IGDBF 101.362,62 0,00 0,00 101.362,62

Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 24/03/2014 800915 8.654,78 0,00 0,00 8.654,78
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 02/2014 MUNICIPAL 09/05/2014 801841 8.538,08 0,00 0,00 8.538,08
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 04/07/2014 802257 8.452,08 0,00 0,00 8.452,08
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 440891 4.321,84 0,00 0,00 4.321,84
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 11/08/2014 802874 8.375,30 0,00 0,00 8.375,30
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 14/10/2014 803465 9.195,19 0,00 0,00 9.195,19
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 06/2014 MUNICIPAL 07/11/2014 804102 9.114,10 0,00 0,00 9.114,10
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 10/11/2014 804391 9.019,45 0,00 0,00 9.019,45
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 09/12/2014 804953 8.912,56 0,00 0,00 8.912,56
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 09/2014 MUNICIPAL 31/12/2014 805707 8.989,75 0,00 0,00 8.989,75
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 10/2014 MUNICIPAL 24/02/2015 800485 8.921,47 0,00 0,00 8.921,47
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 11/2014 MUNICIPAL 02/06/2015 803242 8.868,02 0,00 0,00 8.868,02
MUNICIPAL 9X
Totagl Geral - Grupo 612.061,80 0,00 0,00 612.061,80
Demonstrativo Parcelas Pagas - Por Grupo

Ano: 2015 Esfera Administrativa: MUNICIPAL IBGE:312870


UF: MG Município: GUAXUPE Porte:PEQUENO II
Referência: Exercício População:49.491
Agrupamento: Grupo
Canal: MUNICIPAL
Data: 21/08/2015
Hora: 00:13:05

Grupo/Piso Total Bruto Total Desconto Total Bloqueio Total Líquido

PSE 90.572,40 0,00 0,00 90.572,40


PISO DE TRANSIÇÃO DE MÉDIA COMPLEXIDADE 71.192,40 0,00 0,00 71.192,40

Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2015 MUNICIPAL 07/05/2015 801983 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2015 MUNICIPAL 07/05/2015 802331 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2015 MUNICIPAL 05/06/2015 803523 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 04/2015 MUNICIPAL 05/06/2015 803501 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2015 MUNICIPAL 26/06/2015 804790 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 06/2015 MUNICIPAL 03/08/2015 807632 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54

PISO DE ALTA COMPLEXIDADE I - CRIANÇA\ADOLESCENTE 15.000,00 0,00 0,00 15.000,00

Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2015 MUNICIPAL 04/08/2015 807923 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2015 MUNICIPAL 13/08/2015 809571 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2015 MUNICIPAL 13/08/2015 808540 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11

PISO DE ALTA COMPLEXIDADE I 4.380,00 0,00 0,00 4.380,00

Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2015 MUNICIPAL 03/08/2015 807743 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2015 MUNICIPAL 13/08/2015 809794 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11

FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2015 MUNICIPAL 13/08/2015 809831 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11

GESTAO 36.554,84 0,00 0,00 36.554,84


ÍNDICE DE GESTÃO DESCENTRALIZADA - IGDBF 36.554,84 0,00 0,00 36.554,84

Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 01/2015 MUNICIPAL 01/06/2015 803071 9.138,71 0,00 0,00 9.138,71
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 02/2015 MUNICIPAL 06/07/2015 806067 9.138,71 0,00 0,00 9.138,71
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 03/2015 MUNICIPAL 27/07/2015 807245 9.138,71 0,00 0,00 9.138,71
MUNICIPAL 9X

FUNDO 000647/00003003
15588042000162 04/2015 MUNICIPAL 17/08/2015 809989 9.138,71 0,00 0,00 9.138,71
MUNICIPAL 9X
Totagl Geral - Grupo 127.127,24 0,00 0,00 127.127,24
IBGE: 312870 População: 49.491

Município: GUAXUPE Porte: PEQUENO II

Contas Vinculadas ao FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL


Saldo das Contas em 31/12/2014
CNPJ: 15.588.042/0001-62
PROTEÇÂO TIPO DE CONTA AGÊNCIA CONTA SALDO
Gestão IGDBF 647 30039X R$ 102263,54
Gestão IGD-SUAS 647 300403 R$ 20019,59
Total da Gestão R$ 122283,1
Programas BPC 647 307068 R$ 1666,12
Programas ACESSUAS 647 324035 R$ 70691,12
Total da Programas R$ 72357,24
Proteção Social Básica PBFI 647 30042X R$ 134882,14
Proteção Social Básica PJOV 647 300446 R$ 7614,49
Proteção Social Básica SCFV 647 324043 R$ 127651,30
Total da Proteção Social Básica R$ 270147,9
Proteção Social Especial PACI 647 300411 R$ 30710,31
Proteção Social Especial PTMC 647 300454 R$ 540,34
Proteção Social Especial PFMC 647 300438 R$ 41797,76
Total da Proteção Social Especial R$ 73048,41
TOTAL DE RECURSOS NAS CONTAS DO FUNDO R$ 537836,7

Contas Antigas Vinculadas à PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAXUPE


Saldo das Contas em 31/12/2014
CNPJ: 18.663.401/0001-97
NOME PERSONALIZADO NO BB TIPO DE CONTA AGÊNCIA CONTA SALDO
PGUAXUPEFMASIGD-SUAS IGD-SUAS 647 290769 R$ 0,00
PGUAXUPEFMASPBFI PBFI 647 255416 R$ 0,00
PGUAXUPEFMASPFMC2 PFMC 647 268321 R$ 0,00
PGUAXUPEFMASPJOV PJOV 647 250694 R$ 0,00
PM GUAXUPE -API API 647 65625 R$ 0,00
TOTAL DE RECURSOS NAS CONTAS DA PREFEITURA R$ 0,00

TOTAL DE RECURSOS DO MUNICÍPIO DE GUAXUPE - MG R$ 537836,7


IBGE: 312870 População: 49.491

Município: GUAXUPE Porte: PEQUENO II

Contas Vinculadas ao FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL


Saldo das Contas em 31/07/2015
CNPJ: 15.588.042/0001-62
PROTEÇÂO TIPO DE CONTA AGÊNCIA CONTA SALDO
Gestão IGDBF 647 30039X R$ 145798,24
Gestão IGD-SUAS 647 300403 R$ 11636,15
Total da Gestão R$ 157434,3
Programas BPC 647 307068 R$ 1744,43
Programas ACESSUAS 647 324035 R$ 62266,07
Total da Programas R$ 64010,50
Proteção Social Básica PBFI 647 30042X R$ 137558,00
Proteção Social Básica PJOV 647 300446 R$ 7972,39
Proteção Social Básica SCFV 647 324043 R$ 80479,56
Total da Proteção Social Básica R$ 226009,9
Proteção Social Especial PACI 647 300411 R$ 32160,85
Proteção Social Especial PTMC 647 300454 R$ 931,46
Proteção Social Especial PFMC 647 300438 R$ 40000,70
Total da Proteção Social Especial R$ 73093,01
TOTAL DE RECURSOS NAS CONTAS DO FUNDO R$ 520547,8

Contas Antigas Vinculadas à PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAXUPE


Saldo das Contas em 31/07/2015
CNPJ: 18.663.401/0001-97
NOME PERSONALIZADO NO BB TIPO DE CONTA AGÊNCIA CONTA SALDO
PGUAXUPEFMASIGD-SUAS IGD-SUAS 647 290769 R$ 0,00
PGUAXUPEFMASPBFI PBFI 647 255416 R$ 0,00
PGUAXUPEFMASPFMC2 PFMC 647 268321 R$ 0,00
PGUAXUPEFMASPJOV PJOV 647 250694 R$ 0,00
PM GUAXUPE -API API 647 65625 R$ 0,00
TOTAL DE RECURSOS NAS CONTAS DA PREFEITURA R$ 0,00

TOTAL DE RECURSOS DO MUNICÍPIO DE GUAXUPE - MG R$ 520547,8


PORTARIA Nº 36, DE 25 DE ABRIL DE 2014
Dispõe acerca dos procedimentos a serem adotados
no âmbito do Sistema Único da Assistência Social,
decorrentes do monitoramento da execução financeira
realizada pelo Fundo Nacional de Assistência
Social, e dá outras providências.

A MINISTRA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, no uso


das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, da Constituição, tendo em vista o disposto
no inciso II do art. 27 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, na Lei nº 8.742, de 7 de dezembro
de 1993, na Lei nº 9.604, de 5 de fevereiro de 1998, no Decreto nº 5.085, de 19 de maio de 2004, e
no art. 13 do Decreto nº 7.788, de 15 de agosto de 2012, resolve:
Art. 1º Dispor acerca dos procedimentos a serem adotados no âmbito do Sistema Único da
Assistência Social - SUAS, decorrentes do monitoramento da execução financeira realizada pelo
Fundo Nacional de Assistência Social - FNAS, e disciplinar a suspensão temporária do repasse de
recursos do cofinanciamento federal transferidos para a execução dos serviços socioassistenciais
pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 2º Para efeitos desta Portaria, considera-se:
I - saldo: o somatório dos recursos disponíveis na conta-corrente e nas contas de aplicação
no último dia do mês de referência;
II - repasse: os valores efetivamente creditados nas contas específicas dos Estados, Distrito
Federal e Municípios; e
III - suspensão temporária de recursos: a interrupção do repasse de recursos, que, a partir da
regularização das situações que lhe deram ensejo, impõe ao Fundo Nacional de Assistência
Social - FNAS o seu restabelecimento, sem transferência retroativa de recursos.
Art. 3º O FNAS, ao monitorar a execução financeira dos recursos federais, deve:
I - suspender temporariamente o repasse dos recursos de que trata esta Portaria quando o
somatório dos saldos constantes nas contas bancárias vinculadas aos serviços for maior ou
igual a doze meses de repasse; e
II - restabelecer o repasse de recursos de que trata esta Portaria quando o somatório dos
saldos constantes nas contas bancárias vinculadas aos serviços for menor que doze meses de
repasse. Parágrafo único. A apuração, suspensão e o restabelecimento serão realizados
separadamente nos níveis de Proteção Social Básica e Especial.
Art. 4º O FNAS apurará o saldo das contas vinculadas aos serviços socioassistenciais de caráter
continuado trimestralmente, nos meses de janeiro, abril, julho e outubro de cada ano.
§1º A apuração dos valores de saldo e somatório de repasse ocorrerá com os dados relativos
ao mês anterior ao de apuração.
§2º A suspensão e o restabelecimento do repasse ocorrerá a partir do mês em que ocorrer a
apuração.
§3º Os doze meses de repasse serão contados excluindo os valores transferidos no mês de
apuração.
§4º Para os entes com repasses suspensos, será considerado o valor dos doze meses de
repasses apurados no momento da suspensão, até o restabelecimento do repasse.
§5º Os recursos de implantação e expansão de cada serviço não serão considerados para
efeitos de cálculo no período estabelecido, a contar do repasse.
§ 6º Para efeitos de suspensão ou restabelecimento de re- passes não serão considerados os
meses em que não houver repasse.
Art. 5º A primeira análise para suspensão de repasse, excepcionalmente, ocorrerá:
I - no mês de abril de 2015, para os municípios de Pequeno Porte I;
II - no mês de outubro de 2014, para os municípios de Pequeno Porte II que tiverem saldo
igual ou superior a 12 meses de repasse em conta e inferior a 24 meses;
III - no mês de julho de 2014, para os entes que tiverem saldo igual ou superior a 12 meses
de repasse em conta e inferior a 24 meses, com exceção do disposto no inciso I e II; e
IV - no mês de abril de 2014, para os entes que tiverem saldo igual ou superior a 24 meses
de repasse em conta, com exceção do disposto no inciso I.
Parágrafo único. Os entes que não tiveram recursos sus- pensos, em razão do disposto neste artigo,
serão notificados a adequar a execução financeira ao limite estabelecido no inciso I do art. 3º.
Art. 6º O Fundo Nacional de Assistência Social apoiará os entes com: I - abertura de canal de
comunicação específico com vistas a atender aos entes com dúvidas acerca da execução financeira;
e II - assessoria técnica a ser prestada de acordo com cronograma disponibilizado pela Secretaria
Nacional de Assistência Social - SNAS.
Art. 7º A SNAS poderá expedir atos complementares necessários à execução da matéria
disciplinada nesta Portaria.
Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

TEREZA CAMPELLO
RESOLUÇÃO SEDESE Nº 58, DE 27 DE OUTUBRO DE 2014.
Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados
no âmbito do Sistema Único de Assistência Social
do Estado de Minas Gerais, decorrentes do
monitoramento da execução financeira realizado
pelo Fundo Estadual de Assistência Social,
e dá outras providências.

O Secretário de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, no uso das atribuições legais


conferidas pelo disposto no § 1º, inciso III, do Art. 93 da Constituição do Estado de Minas Gerais,
na Lei Delegada nº 120, de 25 de janeiro de 2007, considerando o princípio da eficiência e
efetividade na utilização dos recursos públicos do Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS) e
do Fundo Municipal de Assistência Social (FMAS), RESOLVE:

Art. 1º Dispor acerca dos procedimentos a serem adotados no âmbito do Sistema Único da
Assistência Social (SUAS) decorrentes do monitoramento da execução financeira realizado pelo
Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS) e dos Fundos Municipais de Assistência Social
(FMAS) e disciplinar a suspensão temporária do repasse de recursos do cofinanciamento estadual
transferido para a execução dos serviços socioassistenciais pelos Municípios.

Art. 2º O Fundo Estadual de Assistência Social, ao monitorar a execução financeira dos recursos
estaduais alocados nos Fundos Municipais de Assistência Social, adotará os seguintes
procedimentos:
§1º Suspensão temporária do repasse de recursos estaduais do Piso Mineiro de Assistência
Social ao(s) município(s) nos casos em que forem constatadas que o somatório dos saldos
constantes nas contas bancárias municipais, vinculadas ao Piso Mineiro de Assistência
Social, for maior ou igual a oito meses de repasse (oito parcelas );
§ 2º Suspensão temporária do repasse de recursos estaduais do Piso Mineiro de Assistência
Social ao(s) município(s) nos casos em que forem constatadas pendências no preenchimento
por parte do município do Demonstrativo do Sistema Informação e Monitoramento do
SUAS – SIM SUAS, conforme disposto no parágrafo 1º, Art. 4º, da Resolução SEDESE nº
34, de 22 de abril de 2009 e Art. 2º da Resolução CIB Nº 07, de 23 de agosto de 2013.

Art.3º - O repasse de recursos do Piso Mineiro de Assistência Social ao(s) município(s) por meio do
Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS), ocorrerá nos casos em que for constatado o
somatório dos saldos constantes nas contas bancárias municipais, vinculadas Piso Mineiro de
Assistência Social, de valor menor a oito (8) meses de repasse, sendo o repasse correspondente ao
período de janeiro a agosto de 2014.

Paragrafo Único - O valor do repasse será calculado com base no valor das oito (8) parcelas dos
meses de janeiro a agosto de 2014, deduzido o valor constatado do somatório dos saldos constantes
nas contas bancárias municipais, vinculadas ao Piso Mineiro de Assistência Social, conforme
informado pelos municípios no SIM SUAS no mês de junho de 2014.

Art. 4º O FEAS restabelecerá o repasse de recursos de que trata esta Resolução nas seguintes
situações:
I - quando o município regularizar o preenchimento do Sistema de Informação e
Monitoramento - SIM SUAS;
II - quando o município comprovar a inexistência de saldo em contas.

Art. 5º Os processos de acompanhamento desencadearão pelo órgão gestor estadual da assistência


social ações de apoio aos municípios que objetivam a solução das dificuldades encontradas, o
aprimoramento, a qualificação da gestão e da efetividade dos gastos no âmbito dos serviços,
programas, projetos e benefícios socioassistenciais.
§1º As ações de acompanhamento adotarão como instrumento de aprimoramento e
planejamento o Plano de Providências e de Apoio, na mesma lógica da NOBSUAS 2012.
§2º O Plano de Providências constitui-se em instrumento de planejamento das ações para a
superação de dificuldades na gestão e na execução dos serviços, programas, projetos e
benefícios socioassistenciais.
§3º O descumprimento do Plano de Providências será comunicado aos Conselhos
Municipais de Assistência Social e acarretará a aplicação de medidas administrativas.
§4º Serão realizadas ações de assessoramento técnico pelo órgão gestor estadual de acordo
com planejamento a ser disponibilizado pela Subsecretaria de Assistência Social.

Art.6º No caso do não preenchimento do Demonstrativo Anual Físico Financeiro, que comprova a
utilização dos recursos, conforme Decreto 44.687/2007, alterado pelo Decreto nº 45.300/2010,
aplicar-se-á o bloqueio imediato do repasse, até que se resolva a irregularidade.
Art.7º Para efeito desta resolução compreende-se:
I - saldo: o somatório dos recursos disponíveis na conta corrente e nas contas de aplicação
vinculadas ao Piso Mineiro de Assistência Social informados no Sistema de Informação e
Monitoramento – SIM SUAS;
II - repasse: os valores efetivamente creditados nas contas específicas dos Municípios;
III - suspensão temporária de recursos: a interrupção do repasse de recursos, que, a partir da
regularização das situações que lhe deram ensejo, impõe ao Fundo Estadual de Assistência
Social (FEAS) o seu restabelecimento, sem transferência retroativa de recursos.
IV - a suspensão e o restabelecimento serão aplicados apenas ao repasse de recursos do Piso
Mineiro de Assistência Social.

Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 27 de outubro de 2014.

EDUARDO BERNIS
Secretário de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social

You might also like