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082015 Dela529Comaitado Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos DECRETO-LE! N° 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941, Vigéncia Cédigo de Proceso Penal O PRESIDENTE DA REPUBLICA, usando da atribui¢ao que Ihe confere o art. 180 da Constituigao, decreta a seguinte Lei Livro! DO PROCESSO EM GERAL TITULO! DISPOSIGOES PRELIMINARES Art. 12 0 processo penal reger-se-d, em todo 0 territério brasileiro, por este Codigo, ressalvados: 1-08 tratados, as convengées ¢ regras de direito intemacional Il - as prerrogativas constitucionais do Presidente da Reptiblica, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da Republica, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituigao, arts. 86, 89, § 22, e 100); I - 08 processos da competéncia da Justiga Militar, IV - 0 processos da competéncia do tribunal especial (Constituigao, art. 122, n® 17); V - 08 processos por crimes de imprensa. Vide ADPF n° 130 Paragrafo Unico. Aplicar-se-4, entretanto, este Codigo aos processos referidos nos n®s, IV e V, quando as leis especiais que os regulam ndo dispuserem de modo diverso. Art. 22 A lei processual penal aplicar-se-4 desde logo, sem prejuizo da validade dos atos realizados sob a vigéncia da lei anterior. Art. 3° A lei processual penal admitird interpretagao extensiva e aplicagao analégica, bem como 0 suplemento dos principios gerais de direito, TITULO II DO INQUERITO POLICIAL Art. 4° A policia judiciéria sera exercida pelas autoridades policiais no territério de suas respectivas circunscrigGes e tera por fim a apuragao das infragées penais e da sua autoria. (Redac&o dada pela Lei n? 9.043, de 95.1995) Paragrafo Unico, A competéncia definida neste artigo nao excluira a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma funcdo. Art. 52 Nos crimes de ago publica o inquérito policial sera iniciado: 1 - de oficio; Il - mediante requisi¢ao da autoridade judiciéria ou do Ministério Publico, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representé-to. pakwww plaralo gov riecvl_Oaiderete-evDel3589C amped him vio0 082015 Dela529Comaitado § 12 © requerimento a que se refere 0 n? II contera sempre que possivel: a) a narrago do fato, com todas as circunstancias; b) a individualizagao do indiciado ou seus sinais caracteristicos e as raz6es de convicgdo ou de presungao de ser ele 0 aulor da infraco, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; ©) anomeagdo das testemunhas, com indicagao de sua profissdo e residéncia § 22 Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberd recurso para o chefe de Policia. § 32 Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existéncia de infragao penal em que caiba ago Piiblica poderd, verbalmente ou por escrito, comunicé-la a autoridade policial, e esta, verificada a procedéncia das informagées, mandard instaurar inquérito. § 42 © inquérito, nos crimes em que a ago publica depender de representacdo, nao poderd sem ela ser iniciado. § 52 Nos crimes de ago privada, a autoridade policial somente poderd proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intenté-la Art. 62 Logo que tiver conhecimento da pratica da infragdo penal, a autoridade policial deverd: I - dirigir-se ao local, providenciando para que nao se alterem o estado e conservagao das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redacéo dada pela Lei n? 8,862, de 28.3.1994) (Vide Lei n? 5.970, de 1973) Il - apreender os objetos que tiverem relagao com 0 fato, apés liberados pelos peritos criminais; (Redacao dada pela Lei n® 8.862, de 28.3.1994) III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstancias; IV - owvir 0 ofendido; \V- ouvir o indiciado, com observancia, no que for aplicavel, do disposto no Capitulo II! do Titulo Vil, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareacées; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras pericias; VIII - ordenar a identificagdo do indiciado pelo processo datiloscépico, se possivel, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob 0 ponto de vista individual, familiar e social, sua condig&o econémica, sua atitude e estado de animo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuirem para a apreciagao do seu temperamento e carater. Art. 72 Para verificar a possibilidade de haver a infragdo sido praticada de determinado modo, a autoridade Policial podera proceder a reproducao simulada dos fatos, desde que esta nao contrarie a moralidade ou a ordem publica. Art, 82 Havendo priséo em flagrante, ser observado o disposto no Capitulo Il do Titulo IX deste Livro, Art 92. Todas as pegas do inquérito policial serao, num sé processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade, Art. 10. O inguérito devera terminar no prazo de 10 dias, se 0 indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado 0 prazo, nesta hipétese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisdo, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fianga ou sem ela pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 2100 082015 Dela529Comaitado § 12 A autoridade fara minucioso relatorio do que tiver sido apurado e enviaré autos ao juiz competente § 22 No relatério poderd a autoridade indicar testemunhas que ndo tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas. § 32 Quando o fato for de dificil elucidacao, e o indiciado estiver solto, a autoridade podera requerer ao juiz a devolugao dos autos, para ulteriores diligéncias, que serdo realizadas no prazo marcado pelo juiz. Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem a prova, acompanhardo os autos do inquérito Art. 12. O inquérito policial acompanhard a dentincia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. Art. 13. Incumbird ainda & autoridade policial | -fomecer s autoridades judiciarias as informagdes necessérias a instrugdo ¢ julgamento dos processos; I realizar as diligéncias requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Publico; III - cumprit os mandados de prisdo expedidos pelas autoridades judicidrias; IV - representar acerca da priso preventiva, Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, ¢ 0 indiciado poderdo requerer qualquer diligéncia, que serd realizada, ou no, a julzo da autoridade. Att. 15. Se 0 indiciado for menor, ser-ihe-4 nomeado curador pela autoridade policial Art. 16. O Ministério Publico ndo podera requerer a devolugao do inquérito a autoridade policial, sendo para Novas diligéncias, imprescindiveis ao oferecimento da dentincia. Art. 17. A autoridade policial no podera mandar arquivar autos de inquérto. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciéria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial podera proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver noticia. Art. 19. Nos crimes em que nao couber aco publica, 0s autos do inquérito serao remetidos ao julzo competente, onde aguardardo a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serdo entregues a0 requerente, se 0 pedir, mediante traslado. Art. 20. A autoridade assegurard no inquérito o sigilo necessario a elucidagdo do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Pardgrafo Unico. Nos atestados de antecedentes que Ihe forem solicitados, a autoridade policial nao poderd mencionar quaisquer anotagées referentes a instauragdo de inquérito contra os requerentes, (Redacdo dada pela Lei n? 12,681, de 2012) Art, 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerd sempre de despacho nos autos e somente sera permitida quando o interesse da Sociedade ou a conveniéncia da investigagao o exigi. Paragrafo tnico, A incomunicabilidade, que nao excederd de trés dias, sera decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do érgao do Ministério Publico, respeitado, em qualquer hipétese, o disposto no artigo 89, inciso I!I, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963) (Redacao dada pela Lei n® 5.010, de 30.5, 1966) Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrigao policial, a autoridade com exercicio em uma delas poderd, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligéncias em circunscrigao de outra, independentemente de precatorias ou requisigdes, e bem assim providenciara, até que comparega a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presenga, noutra circunscri¢ao. Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiaré ao Instituto de Identificagaéo e Estatistica, ou reparticdo congénere, mencionando o julzo a que tiverem sido pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him ano osrsors eis688Compiado distribuidos, e os dados relativos a infragao penal e a pessoa do indiciado. TITULO II DA AGAO PENAL Art. 24. Nos crimes de aco publica, esta sera promovida por dentincia do Ministério Publico, mas dependera, quando a lei o exigit, de requisi¢ao do Ministro da Justiga, ou de representagao do ofendido ou de quem tiver qualidade para representé-lo. § 12 No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por deciso judicial, 0 direito de representacao passard ao cOnjuge, ascendente, descendente ou imma. (Pardgrafo Unico renumerado pela Lei n? 8,699, de 27,8,1993 § 22 Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patriménio ou interesse da Unido, Estado e Municipio, a agéo penal sera publica. (Incluido pela Lei n® Art. 25. A representacao sera irretratavel, depois de oferecida a dentincia Art. 26. A ago penal, nas contravengées, sera iniciada com 0 auto de prisdo em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judicidria ou policial ‘Art. 27. Qualquer pessoa do povo podera provocar a iniciativa do Ministério Publica, nos casos em que caiba a ago publica, fomecendodhe, por escrito, informagées sobre o fato e a autoria e indicando 0 tempo, 0 lugar € os ‘elementos de conviceao, Art. 28. Se 0 érgao do Ministério Puiblico, ao invés de apresentar a dentincia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer pecas de informacao, 0 juiz, no caso de considerar improcedentes as razdes invocadas, faré remessa do inquérito ou pegas de informagao ao procurador-geral, e este oferecerd a dentincia, designaré outro érgéio do Ministério Publico para oferecé-la, ou insistird no pedido de arquivamento, ao qual sé entao estara 0 juiz obrigado a atender. Art. 29. Serd admitida agao privada nos crimes de ago piiblica, se esta ndo for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Puiblico aditar a queixa, repudiéa e oferecer dentincia substitutiva, intervir em todos os termos do proceso, fomecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligéncia do querelante, retomar a ago como parte principal Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representé-lo caberd intentar a ago privada Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisdo judicial, 0 direito de oferecer queixa ou prosseguir na agao passaré ao conjuge, ascendente, descendente ou irmao Art, 32, Nos crimes de ago privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeara advogado para promover a aco penal. § 12 Considerar-se-a pobre a pessoa que ndo puder prover as despesas do proceso, sem privar-se dos recursos indispensaveis ao proprio sustento ou da familia. § 22 Sera prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial em cuja circunscrigAo residir 0 ofendido. Art. 33, Se 0 ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e do tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderd ser exercido por curador especial, nomeado, de oficio ou a requerimento do Ministério Publico, pelo juiz competente para 0 processo penal Art. 34. Se 0 ofendido for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito) anos, 0 direito de queixa podera ser exercido por ele ou por seu representante legal. Art, 35, (Revogado pela Lei n° 9,520, de 27,11,1997) Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terd preferéncia o conjuge, e, em seguida, 0 parente mais proximo na ordem de enumeragao constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer btp:w arate gov biecvl_Odeerto-eiDeI3689Compiado htm 4100 osrsors eis688Compiado delas prosseguir na ago, caso 0 querelante desista da instancia ou a abandone, Art. 37. As fundagées, associagdes ou sociedades legalmente constituidas poderdo exercer a ago penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no siléncio destes, pelos seus diretores ou sécios-gerentes. Art. 38. Salvo disposig&o em contrério, 0 ofendido, ou seu representante legal, decaird no direito de queixa ou de representago, se nao 0 exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem 6 0 autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da dentincia. Parégrafo Unico, Verificar-se-4 a decadéncia do direito de queixa ou representagao, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, paragrafo tnico, e 31. Art. 39, © diteito de representagao podera ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante deciaragao, escrita ou oral, feita ao juiz, ao érgao do Ministério Puiblico, ou a autoridade policial. § 12 A representagdo feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, serd reduzida a termo, perante 0 juiz ou autoridade policial, presente o 6rgao do Ministerio Publico, quando a este houver sido dirigida. § 22 A representago conterd todas as informagSes que possam servir 4 apuragao do fato e da autoria. § 3° Oferecida ou reduzida a termo a representacao, a autoridade policial procedera a inquérito, ou, nao sendo competente, remeté-lo-4 a autoridade que o for. § 42 A representacdo, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, sera remetida a autoridade policial para que esta proceda a inquérito, § 52 O érgao do Ministério Puiblico dispensara o inquérito, se com a representagao forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ago penal, @, neste caso, oferecera a dentncia no prazo de quinze dias. Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os julzes ou tribunais verificarem a existéncia de crime de a¢ao publica, remeteréo ao Ministério Publico as cépias e 0s documentos necessarios ao oferecimento da dentincia Art. 41. A dentincia ou queixa conterd a exposigdo do fato criminoso, com todas as suas circunstancias, a qualificagao do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificé-lo, a classificagao do crime e, quando necessério, o rol das testemunhas. Art. 42. O Ministério Publico ndo poder desistir da agao penal. Art. 43, (Revogado pela Lei n® 11,719, de 2008), Art. 44. A queixa poderd ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a meng&o do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligéncias que devem ser previamente requeridas no juizo criminal, Art. 45. A queixa, ainda quando a ago penal for privativa do ofendido, poderd ser aditada pelo Ministerio Publico, a quem caberd intervir em todos 0s termos subseqilentes do proceso. Art. 46. O prazo para oferecimento da dentincia, estando o réu preso, sera de 5 dias, contado da data em que 0 6rgao do Ministério Publico receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiangado. No ultimo caso, se houver devolugdo do inquérito autoridade policial (art. 16), contar-se-4 o prazo da data em que 0 érgao do Ministério Puiblico receber novamente os autos. § 12 Quando 0 Ministério Puiblico dispensar o inquérito policial, 0 prazo para o oferecimento da denuincia contar-se-4 da data em que tiver recebido as pecas de informagdes ou a representagao § 22 O prazo para o aditamento da queixa sera de 3 dias, contado da data em que o érgao do Ministério Publico receber os autos, e, se este ndo se pronunciar dentro do triduo, entender-se-a que ndo tem o que aditar, pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 100 osrsors eis688Compiado prosseguindo-se nos demais —_termos do proceso, Art. 47. Se o Ministério Publico julgar necessérios maiores esclarecimentos e documentos complementares ou novos elementos de conviceao, deverd requisitaos, diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionarios que devam ou possam fomecé-os. Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigaré ao processo de todos, e 0 Ministério Publico velaré pela sua indivisibilidade, Art. 49. A rentncia ao exercicio do direito de queixa, em relagéo a um dos autores do crime, a todos se estendera, Art. 50. A rentincia expressa constara de declaracéo assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. Paragrafo tinico. A rentincia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito) anos ndo privara este do direito de queixa, nem a rentincia do vitimo excluira 0 direito do primeiro. Art. 51. O perdao concedido a um dos querelados aproveitard a todos, sem que produza, todavia, efeito em relagdo ao que 0 recusar. Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de perddo podera ser exercido por ele ou por seu representante legal, mas 0 perddo concedido por um, havendo oposigo do outro, nao produzira efeito. Art. 53, Se 0 querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental ¢ néo tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os do querelado, a aceitagéo do perdao cabera ao curador que 0 juiz Ihe nomear. Art. 54. Se 0 querelado for menor de 21 anos, observar-se-a, quanto a aceitaco do perdéo, o disposto no art, 52 Art. 55. O perdao podera ser aceito por procurador com poderes especiais. Art. 56, Aplicar-se-4 ao perdao extraprocessual expresso 0 disposto no art, 50. Art, 57, A rentincia tacita e o perdao tacito admitirao todos os meios de prova. Art. 58. Concedido 0 perdao, mediante declaragao expressa nos autos, o querelado serd intimado a dizer, dentro de trés dias, se 0 aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que 0 seu siléncio importara Paragrafo unico. Aceito o perdao, o juiz julgara extinta a punibilidade. Art. 59. A aceitagao do perdao fora do processo constard de declaragao assinada pelo querelado, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-A perempta a aco penal: || - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos: I - quando, falecendo 0 querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, nao comparecer em juizo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazéo, Tessalvado 0 disposto no art, 36; III - quando 0 querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular 0 pedido de condenacao nas alegacées finais; IV - quando, sendo o querelante pessoa juridica, esta se extinguir sem deixar sucessor. Art. 61. Em qualquer fase do processo, 0 juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverd declaré-lo de oficio. pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 100 082015 Dela529Comaitado Parégrafo Unico. No caso de requerimento do Ministério Puiblico, do querelante ou do réu, o juiz mandara autué-lo em apartado, ouvird a parte contrétia e, se o julgar conveniente, concederd 0 prazo de cinco dias para a prova, proferindo a decisao dentro de cinco dias ou reservando-se para apreciar a materia na sentenga final Art. 62, No caso de morte do acusado, o juiz somente a vista da certidao de dbito, e depois de ouvido 0 Ministério Puiblico, declarara extinta a punibilidade. TITULO IV DA AGAO CIVIL Art. 63. Transitada em julgado a sentenga condenatéria, poderao promover-Ihe a execugo, no julzo civel, para 0 efeito da reparacao do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros. Paragrafo Unico. Transitada em julgado a sentenga condenatéria, a execugdo poderd ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso 1V do caput do art. 387 deste Cédigo sem prejulzo da liquidacdo para a apuragao do dano efetivamente sofrido, (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008) ‘Art. 64. Sem prejuizo do disposto no artigo anterior, a ago para ressarcimento do dano poderé ser proposta no julzo civel, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsavel civil. (Vide Lei n? 5.970, de 1973) Paragrafo Unico. Intentada a a¢ao penal, 0 juiz da a¢ao civil poderd suspender o curso desta, até 0 julgamento definitivo daquela. Art, 65. Faz coisa julgada no civel a sentenga penal que reconhecer ter sido 0 ato praticado em estado de necessidade, em legitima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercicio regular de direito. Art, 66, Nao obstante a sentenca absolutéria no juizo criminal, a ago civil podera ser proposta quando nao tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexisténcia material do fato. ‘Art. 67. Nao impedirao igualmente a propositura da a¢do civil: 1-0 despacho de arquivamento do inquérito ou das pegas de informa¢ao; Il -a decisdo que julgar extinta a punibilidade; IIL a sentenga absolutoria que decidir que o fato imputado no constitui crime. Art, 68. Quando 0 titular do direito a reparagao do dano for pobre (art. 32, §§ 12 € 2%), a execugao da fenton condenetéia (at. 63} ou a ego sil (at: 64) sent prormwis, a sau requaiments, pala Misia TITULOV DA COMPETENCIA Art. 69. Determinaré a competéncia jurisdicional 1-0 lugar da infragao I - 0 domicilio ou residéncia do réu; I - a natureza da infragao; IV - a distribuicdo; V - a conexao ou continéncia; VI- a prevengéo; VII - a prerrogativa de fungao. pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 00 082015 Der3589Comaiado CAPITULO! DA COMPETENCIA PELO LUGAR DA INFRAGAO. Art. 70, A competéncia sera, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infra¢ao, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o ultimo ato de execugao. § 12 Se, iniciada a execugao no territério nacional, a infragao se consumar fora dele, a competéncia seré determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, 0 titimo ato de execucdo. § 22 Quando 0 titimo ato de execugdo for praticado fora do territério nacional, sera competente 0 juiz do lugar em que 0 crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado. § 32 Quando incerto 0 limite territorial entre duas ou mais jurisdigdes, ou quando incerta a jurisdi¢ao por ter sido a infragao consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdigdes, a competéncia fimar-se-é pela prevengéo. Art. 71. Tratando-se de infragao continuada ou permanente, praticada em territério de duas ou mais jurisdiges, a competéncia firmar-se-d pela prevencao, CAPITULO It DA COMPETENCIA PELO DOMICILIO OU RESIDENCIA DO REU Art, 72, Nao sendo conhecido o lugar da infragao, a competéncia regular-se-A pelo domicilio ou residéncia do réu. § 12 Se o réu tiver mais de uma residéncia, a competéncia firmar-se-4 pela prevengao. § 22 Se o réu ndo tiver residéncia certa ou for ignorado 0 seu paradeiro, sera competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato. Art, 73, Nos casos de exclusiva ago privada, o querelante poder preferir 0 foro de domicilio ou da residéncia do réu, ainda quando conhecido o lugar da infragao. CAPITULO IIL DA COMPETENCIA PELA NATUREZA DA INFRAGAO. Art. 74, A competéncia pela natureza da infragao serd regulada pelas leis de organizacao judiciatia, salvo a competéncia privativa do Tribunal do Jur § 1° Compete ao Tribunal do Juri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§ 12 e 2°, 122, paragrafo Unico, 123, 124, 125, 126 e 127 do Cédigo Penal, consumados ou tentados. (Redaco dada pela Lei 1 263, de 23,2,1948) § 22 Se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificagao para infragao da competéncia de outro, a este sera remetido o processo, salvo sé mais graduada for a jurisdigdo do primeiro, que, em tal caso, terd sua competéncia promogada § 3° Se 0 juiz da prontincia desclassificar a infragao para outra atribulda a competéncia de juiz singular, observar-se-a 0 disposto no art. 410; mas, se a desclassificagdo for feita pelo proprio Tribunal do Juri, a seu presidente caberd proferir a sentenga (art. 492, § 2%). CAPITULO IV DA COMPETENCIA POR DISTRIBUIGAO Art. 75. A precedéncia da distribuigdo fixara a competéncia quando, na mesma circunscri¢ao judiciaria, houver mais de um juiz igualmente competente. Paragrafo nico. A distribuig&o realizada para o efeito da concessao de fianga ou da decretagao de prisdo hpakwwwplaralo gov rlecvl_Oaidecrete-euDe13689Compiade him ari00 osrsors eis688Compiado preventiva ou de qualquer diligéncia anterior & dentincia ou queixa prevenira a da ago penal. CAPITULO V DA COMPETENCIA POR CONEXAO OU CONTINENCIA, ‘Art. 76. A competéncia seré determinada pela conexao: 1.- se, ocorrendo duas ou mais infrag6es, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por varias pessoas reunidas, oU por varias pessoas em concurso, embora diverso 0 tempo e o lugar, ou por varias pessoas, umas contra as outras; II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relagao a qualquer delas; Ill - quando a prova de uma infragdo ou de qualquer de suas circunstancias elementares inf outra infragao. 1a prova de ‘Art. 7. A competéncia seré determinada pela continéncia quando: |- duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infracdo; Il ~no caso de infragdo cometida nas condigées previstas nos arts. 51, § 19, 53, segunda parte, e 54 do Cédigo Penal ‘Ait. 78. Na determinacao da competéncia por conexao ou continéncia, serdo observadas as seguintes regras: (Redac3o dada pela Lei n* 263. de 23.2.1948) | - no concurso entre a competéncia do jiiri e a de outro érgéo da jurisdigao comum, prevalecerd a competéncia do jr; (Redacao dada pela Lei n? 263, de 23.2.1948) Ino concurso de jurisdigées da mesma categoria: (Redacdo dada pela Lei n® 263, de 23.2,1948) a) preponderaré a do lugar da infragao, 4 qual for cominada a pena mais grave; (Redagao dada pela Lei n? 263, de 23.2,1948) b) prevalecera a do lugar em que houver ocorrido o maior ndimero de infragées, se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redacao dada pela Lei n® 263, de 23.2,1948) ) firmar-se-4 a competéncia pela prevengao, nos outros casos; (Redacdo dada pela Lei n° 263. de 23.2,1948) Il - no concurso de jurisdigées de diversas categorias, predominara a de maior graduagao; (Redacto dada pela Lei n® 263, de 23.2.1948) IV - no concurso entre a jurisdigdo comum e a especial, prevalecerd esta, (Redacdo dada pela Lei n? 263, de 23.2.1948) Art. 79, A conex&o e a continéncia importardo unidade de processo e julgamento, salvo: |= no concurso entre a jurisdic comum e a militar I-no concurso entre a jurisdigo comum e a do juizo de menores. § 12 Cessard, em qualquer caso, a unidade do proceso, se, em relagdo a algum co-réu, sobrevier 0 caso previsto no art. 152 § 22 A unidade do processo no importard a do julgamento, se houver co-réu foragido que ndo possa ser julgado a revelia, ou ocorrer a hipétese do art. 461 Art. 80. Sera facultativa a separagto dos processos quando as infrag6es tiverem sido praticadas em circunstancias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo niimero de acusados e para nao Ihes prolongar a prisao proviséria, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separagao. bitphww saralto gov biesvl_0decrte-eiDeI3689Compiado tm 9100 082015 Dela529Comaitado Art, 81. Verificada a reunido dos processos por conexao ou continéncia, ainda que no processo da sua competéncia propria venha o juiz ou tribunal a proferir sentenca absolutéria ou que desclassifique a infragao para outra que nao se inclua na sua competéncia, continuaré competente em relagdo aos demais processos. Paragrafo Unico. Reconhecida inicialmente ao jiri a competéncia por conexdo ou continéncia, 0 juiz, se vier a desclassificar a infragao ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que exclua a competéncia do juri, remetera 0 processo ao julzo competente. Art. 82. Se, ndo obstante a conexao ou continéncia, forem instaurados processos diferentes, a autoridade de jurisdig&o prevalente deveré avocar os processos que corram perante os outros julzes, salvo se ja estiverem com sentenga definitiva. Neste caso, a unidade dos processos s6 se dard, ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificagao das penas. CAPITULO VI DA COMPETENCIA POR PREVENGAO Art. 83. Verificarse-4 a competéncia por prevengdo toda vez que, concorrendo dois ou mais juizes igualmente competentes ou com jurisdic&o cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na pratica de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da dentincia ou da queixa (arts. 70, § 32, 74, 72, § 22, € 78, I, ). CAPITULO VII DA COMPETENCIA PELA PRERROGATIVA DE FUNGAO Art. 4. A competéncia pela prerrogativa de fungao é do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de ‘a, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiga dos Estados e do Distrito Federal, relativamente as pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade. (Redacdo dada pela Lei n° 10.628, de 24,12,2002) § 12 (Vide ADIN n° 2797) § 22 (Vide ADIN n? 2797) Art. 85. Nos processos por crime contra a honra, em que forem querelantes as pessoas que a Constituigao sujeita a jurisdi¢éio do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de Apelagao, aquele ou a estes caberd 0 julgamento, quando oposta e admitida a excegao da verdade. ‘Art. 86. Ao Supremo Tribunal Federal competira, privativamente, processar e julgar: 10s seus ministros, nos crimes comuns: I1- 0s ministros de Estado, salvo nos crimes conexos com os do Presidente da Republica; III - 0 procurador-geral da Republica, os desembargadores dos Tribunais de Apelagdo, os ministros do Tribunal de Contas e os embaixadores e ministros diplomaticos, nos crimes comuns e de responsabilidade. Art. 87. Competira, originariamente, aos Tribunais de Apelacéo o julgamento dos governadores ou interventores nos Estados ou Teritérios, e prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretarios e chefes de Policia, juizes de instancia inferior e érgaos do Ministério Publico, CAPITULO VIII DISPOSIGOES ESPECIAIS Art. 88. No processo por crimes praticados fora do territério brasileiro, sera competente o julzo da Capital do Estado onde houver por titimo residido 0 acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, sera competente 0 juizo da Capital da Republica. Art. 89. Os crimes cometidos em qualquer embarcagdo nas aguas territoriais da Republica, ou nos rios ¢ pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him sw100 082015 Dela529Comaitado lagos fronteirigos, bem como a bordo de embarcagées nacionais, em alto-mar, sero processados e julgados, pela justiga do primeiro porto brasileiro em que tocar a embarcagao, apés 0 crime, ou, quando se afastar do Pais, pela do titimo em que houver tocado. Art. 90, Os crimes praticados a bordo de aeronave nacional, dentro do espago aéreo correspondente a0 territério brasileiro, ou ao alto-mar, ou a bordo de aeronave estrangeira, dentro do espaco aéreo correspondente ao teritério nacional, serao processados e julgados pela justica da comarca em cujo teritério se verificar 0 pouso apés o crime, ou pela da comarca de onde houver partido a aeronave, Art. 91. Quando incerta e nao se determinar de acordo com as normmas estabelecidas nos arts. 89 ¢ 90, a competéncia se firmara pela prevengao, (Redagdo dada pela Lei n? 4.893, de 9,12.1965) TITULO VI DAS QUESTOES E PROCESSOS INCIDENTES CAPITULO | DAS QUESTOES PREJUDICIAIS ‘Art, 92. Se a decisdo sobre a existéncia da infragao depender da solucdo de controvérsia, que o juiz repute séria e fundada, sobre o estado civil das pessoas, o curso da ago penal ficaré suspenso até que no julzo civel seja a controvérsia dirimida por sentenca passada em julgado, sem prejuizo, entretanto, da inquirigo das testemunhas e de outras provas de natureza urgente Paragrafo Unico, Se for o crime de ago piblica, 0 Ministério Publico, quando necessério, promoverd a aco civil ou prosseguird na que tiver sido iniciada, com a citagao dos interessados. Art. 93. Se o reconhecimento da existéncia da infragao penal depender de decisdo sobre questo diversa da prevista no artigo anterior, da competéncia do julzo civel, e se neste houver sido proposta aco para resolvé- la, 0 juiz criminal poderd, desde que essa questo seja de dificil solucao e ndo verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, suspender 0 curso do processo, apés a inquiricdo das testemunhas e realizagao das outras provas de natureza urgente. § 12 O juiz marcaré o prazo da suspensdo, que poderd ser razoavelmente prorrogado, se a demora nao for imputavel @ parte. Expirado 0 prazo, sem que 0 juiz cfvel tenha proferido decisao, 0 juiz criminal fara prosseguir © proceso, retomando sua competéncia para resolver, de fato e de direito, toda a matéria da acusa¢ao ou da defesa, § 22 Do despacho que denegar a suspensao nao cabera recurso, § 32 Suspenso 0 processo, e tratando-se de crime de ago piiblica, incumbird ao Ministério Publico intervir imediatamente na causa civel, para o fim de promover-Ihe o rapido andamento. Art, 94, A suspensdo do curso da aco penal, nos casos dos artigos anteriores, sera decretada pelo juiz, de oficio ou a requerimento das partes. CAPITULO DAS EXCEGOES Art. 95, Poderdo ser opostas as excegdes de: 1 - suspeigao; I incompeténcia de juizo; II -Iitispendéncia; IV - ilegitimidade de parte; V - coisa julgada. pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him wi00 082015 Dela529Comaitado Art. 96. A arguigao de suspeigao precedera a qualquer outra, salvo quando fundada em motivo superveniente, Art. 97. O juiz que espontaneamente afirmar suspeigéo deverd fazé-o por escrito, declarando 0 motivo legal, e remeterd imediatamente 0 processo ao seu substituto, intimadas as partes. Art. 98. Quando qualquer das partes pretender recusar 0 juiz, devera fazé-lo em petig&o assinada por ela propria ou por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas razées acompanhadas de prova documental ui do rol de testemunhas Art, 99, Se reconhecer a suspeicao, 0 juiz sustaré a marcha do processo, mandara juntar aos autos a petigao do recusante com os documentos que a instruam, e por despacho se declarara suspeito, ordenando a remessa dos autos ao substituto, Art. 100. Nao aceitando a suspei¢ao, o juiz mandaré autuar em apartado a petigao, dard sua resposta dentro em trés dias, podendo instrul-ia e oferecer testemunhas, e, em seguida, determinaré sejam os autos da excegao remetidos, dentro em vinte e quatro horas, ao juiz ou tribunal a quem competir 0 julgamento, § 12 Reconhecida, preliminarmente, a relevancia da argui¢éo, 0 juiz ou tribunal, com citagao das partes, marcara dia e hora para a inquirigéo das testemunhas, seguindo-se o julgamento, independentemente de mais alegacées. § 22 Se a suspeigo for de manifesta improcedéncia, o juiz ou relator a rejeitard liminarmente. Art, 101, Julgada procedente a suspeigao, ficardo nulos os atos do processo principal, pagando o juiz as custas, no caso de erro inescusdvel; rejeitada, evidenciando-se a malicia do excipiente, a este sera imposta a multa de duzentos mil-réis a dois contos de réis. Art. 102. Quando a parte contraria reconhecer a procedéncia da arglig&o, poderd ser sustado, a seu requerimento, 0 processo principal, até que se julgue o incidente da suspeigao, Art. 103, No Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelagdo, o juiz que se julgar suspeito deverd declaré-lo nos autos e, se for revisor, passar o feito ao seu substituto na ordem da precedéncia, ou, se for relator, apresentar os autos em mesa para nova distribuigao, § 12 Se ndo for relator nem revisor, o juiz que houver de dar-se por suspeito, deverd fazé4o verbalmente, na sessdo de julgamento, registrando-se na ata a declaragao. § 22 Se 0 presidente do tribunal se der por suspeito, competiré ao seu substituto designar dia para o julgamento e presidi-to. § 32 Observar-se-4, quanto a argli¢ao de suspeigao pela parte, 0 disposto nos arts. 98 a 101, no que Ihe for apiicavel, atendido, se o juiz a reconhecer, o que estabelece este artigo. § 42 A suspeigao, nao sendo reconhecida, sera julgada pelo tribunal pleno, funcionando como relator 0 presidente. § 52 Se 0 recusado for o presidente do tribunal, o relator seré o vice-presidente, Art. 104. Se for arglida a suspeigdo do érgao do Ministério Publico, 0 juiz, depois de ou Fecurso, podendo antes admitir a produgao de provas no prazo de trés dias. Art. 105. As partes poderao também arguir de suspeitos os peritos, os intérpretes e os serventuérios ou funcionarios de justiga, decidindo o juiz de plano e sem recurso, a vista da matéria alegada e prova imediata. Art. 108. A suspeig&o dos jurados deverd ser argilida oralmente, decidindo de plano do presidente do Tribunal do Juri, que a rejeitara se, negada pelo recusado, nao for imediatamente comprovada, o que tudo constara da ata Art. 107, No se poderd opor suspei¢ao as autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverdo elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal. pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him va00 082015 Dela529Comaitado Att. 108. A excegdo de incompeténcia do julzo podera ser oposta, verbalmente ou por escrito, no prazo de defesa. § 12 Se, ouvido o Ministerio Piblico, for aceita a deciinatéria, 0 feito serd remetido ao juizo competente, onde, ratificados os atos anteriores, 0 processo prosseguira. § 22 Recusada formulada verbalmente. ‘ompeténcia, 0 juiz continuard no feito, fazendo tomar por termo a declinatéria, se ‘Art. 109. Se em qualquer fase do processo 0 juiz reconhecer motivo que o tome incompetente, deciaré4o- 4 nos autos, haja ou ndo alegago da parte, prosseguindo-se na forma do artigo anterior. Art. 110, Nas excegSes de litispendéncia, ilegitimidade de parte e coisa julgada, seré observado, no que Ihes for aplicavel, 0 disposto sobre a excecdo de incompeténcia do juizo. § 12 Se a parte houver de opor mais de uma dessas excegdes, deverd fazéJo numa sé peti¢do ou articulado. § 22 A excegao de coisa julgada somente podera ser oposta em relacao ao fato principal, que tiver sido objeto da sentenga Art. 111. As excegdes serdo processadas em autos apartados € no suspenderdo, em regra, andamento da ago penal CAPITULO II DAS INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS Att. 112. 0 juiz, 0 érgdo do Ministério Publico, os serventudrios ou funciondrios de justica e os peritos ou intérpretes abster-se-do de servir no processo, quando houver incompatibilidade ou impedimento legal, que declarardo nos autos. Se ndo se der a absten¢do, a incompatibilidade ou impedimento podera ser argtiido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceco de suspei¢ao. CAPITULO IV DO CONFLITO DE JURISDIGAO Art. 113. As questées atinentes a competéncia resolver-se-4o ndo sé pela excegdo propria, como também pelo contflito positivo ou negativo de jurisdigao. Art. 114. Haverd conflito de jurisdicao: |- quando duas ou mais autoridades judiciarias se considerarem competentes, ou incompetentes, para conhecer do mesmo fato criminoso; Il- quando entre elas surgit controvérsia sobre unidade de julzo, jung&o ou separagao de processos. Art, 115. © conflto poderd ser suscitado: | - pela parte interessada; I pelos érgaos do Ministerio Publico junto a qualquer dos juizos em dissidio; IIL - por qualquer dos juizes ou tribunais em causa Art. 116. Os juizes e tribunais, sob a forma de representagdo, e a parte interessada, sob a de requerimento, daréo parte escrita e circunstanciada do conflto, perante o tribunal competente, expondo os fundamentos e juntando os documentos comprobatérios. § 12 Quando negativo 0 conflito, 0s juizes e tribunais poderdo suscita-lo nos préprios autos do proceso. § 22 Distribuido 0 feito, se 0 conflto for positive, 0 relator poderd determinar imediatamente que se pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him ra00 osrsors eis688Compiado suspenda 0 andamento do proceso. § 3° Expedida ou ndo a ordem de suspenso, o relator requisitaré informagées as autoridades em conflito, remetendo-Ihes cépia do requerimento ou representagao. § 42. As informagées serdo prestadas no prazo marcado pelo relator. § 52 Recebidas as informagées, e depois de ouvido o procurador-geral, 0 conflito sera decidido na primeira sessdo, salvo se a instrugao do feito depender de diligéncia. § 62 Proferida a decisdo, as cépias necessérias serdo remetidas, para a sua execucdo, as autoridades contra as quais tiver sido levantado o conflito ou que o houverem suscitado. Art. 117. © Supremo Tribunal Federal, mediante avocatéria, restabeleceré a sua jurisdigéo, sempre que exercida por qualquer dos julzes ou tribunais inferiores. CAPITULO V DA RESTITUIGAO DAS COISAS APREENDIDAS Art. 118. Antes de transitar em julgado a sentenga final, as coisas apreendidas nao poderdo ser restituidas enquanto interessarem ao proceso. Art. 119. As coisas a que se referem os arts. 74 e 100 do Cédigo Penal nao poderdo ser restituidas, mesmo depois de transitar em julgado a sentenga final, salvo se pertencerem ao lesado ou a terceiro de boa-fé. Art. 120. A restituigao, quando cabivel, poderd ser ordenada pela autoridade policial ou juiz, mediante termo nos autos, desde que ndo exista duivida quanto ao direito do reclamante. § 12 Se duvidoso esse direito, o pedido de restituigdo autuar-se-4 em apartado, assinando-se a0 requerente 0 prazo de 5 (cinco) dias para a prova, Em tal caso, 86 0 juiz criminal podera decidir o incidente, § 22 0 incidente autuar-se-4 também em apartado e $6 a autoridade judicial o resolverd, se as coisas forem apreendidas em poder de terceiro de boa-fé, que sera intimado para alegar e provar o seu direito, em prazo igual e sucessivo ao do reclamante, tendo um e outro dois dias para arrazoar. § 32 Sobre 0 pedido de restituicdo sera sempre ouvido o Ministério Publico, § 42 Em caso de divida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz remetera as partes para o juizo civel, ordenando 0 depdsito das coisas em maos de depositario ou do proprio terceiro que as detinha, se for pessoa idénea. § 52 Tratando-se de coisas facilmente deteriordveis, serao avaliadas e levadas a leilio publico, depositando-se 0 dinheiro apurado, ou entregues ao terceiro que as detinha, se este for pessoa idénea e assinar termo de responsabilidade. Art. 121. No caso de apreensao de coisa adauirida com os proventos da infragdo, aplica-se 0 disposto no art, 133 e seu paragrafo. ‘Art, 122, Sem prejulzo do disposto nos arts, 120 e 133, decorrido o prazo de 90 dias, apés transitar em julgado a sentenga condenatéria, o juiz decretard, se for caso, a perda, em favor da Unido, das coisas apreendidas (art. 74, Il, a e b do Cédigo Penal) e ordenaré que sejam vendidas em leiléo puiblico. Paragrafo Unico. Do dinheiro apurado serd recolhido ao Tesouro Nacional o que no couber ao lesado ou a terceiro de boafé Art. 123, Fora dos casos previstos nos artigos anteriores, se dentro no prazo de 90 dias, a contar da data em que transitar em julgado a sentenca final, condenatéria ou absolutéria, os objetos apreendidos nao forem reclamados ou nao pertencerem ao réu, serao vendidos em leiléo, depositando-se 0 saldo a disposigao do juizo de ausentes. Art, 124, Os instrumentos do crime, cuja perda em favor da Unido for decretada, as coisas confiscadas, Iipshwe planaa.gov tice CderetoeDel29Cemplada tim swio0 082015 Dela529Comaitado de acordo com 0 disposto no art. 100 do Cédigo Penal, serdo inutilizados ou recolhidos a museu criminal, se houver interesse na sua conservacao. CAPITULO VI DAS MEDIDAS ASSECURATORIAS Art, 125, Caberd 0 seqllestro dos bens imévels, adquiridos pelo indiciado com os proventos da infrag&o, ainda que jé tenham sido transferidos a terceiro. Art, 126, Para a decretagao do seqdestro, bastara a existéncia de indicios veementes da proveniéncia ilicita dos bens. Art. 127. O juiz, de oficio, a requerimento do Ministério Publico ou do ofendido, ou mediante representagao da autoridade policial, poder ordenar o sequiestro, em qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a denuincia ou queixa, Art. 128. Realizado 0 seqlestro, o juiz ordenara a sua inscrig&o no Registro de Iméveis. Art, 129. O seqUestro autuar-se-4 em apartado e admitira embargos de terceiro. Art. 130. © seqliestro podera ainda ser embargado: | pelo acusado, sob o fundamento de nao terem os bens sido adquiridos com os proventos da infragao; II - pelo terceiro, a quem houverem os bens sido transferidos a titulo oneroso, sob fundamento de té4os adquirido de boa-fé Paragrafo tinico, Nao poderd ser pronunciada decis4o nesses embargos antes de passar em julgado a sentenga condenatéria Art. 131. seqiiestro serd levantado: | - Se a ago penal nao for intentada no prazo de sessenta dias, contado da data em que ficar concluida a diligéncia; Il - se 0 terceiro, a quem tiverem sido transferidos os bens, prestar caugao que assegure a aplicagao do disposto no art. 74, II, b, segunda parte, do Cédigo Penal; IIL - se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentenga transitada em julgado. Art. 132. Proceder-se-é ao seqiiestro dos bens méveis se, verificadas as condigées previstas no art. 126, nao for cabivel a medida regulada no Capitulo XI do Titulo VII deste Livro. Art. 133. Transitada em julgado a sentenga condenatéria, o juiz, de oficio ou a requerimento do interessado, determinard a avaliagao e a venda dos bens em leilao pubblico. Paragrafo unico. Do dinheiro apurado, seré recol a terceiro de boa-fé, 10 ao Tesouro Nacional 0 que nao couber ao lesado ou Art. 134. A hipoteca legal sobre os iméveis do indiciado poderé ser requerida pelo ofendido em qualquer fase do processo, desde que haja certeza da infragao e indicios suficientes da autora. Art. 135. Pedida a especializagdo mediante requerimento, em que a parte estimara o valor da responsabilidade civil, e designara e estimara o imével ou iméveis que terao de ficar especialmente hipotecados, 0 juiz mandaré logo proceder ao arbitramento do valor da responsabilidade e a avaliagéo do imével ou iméveis. § 12 A petigao sera instruida com as provas ou indicagao das provas em que se fundar a estimacao da responsabilidade, com a relagdo dos iméveis que o responsavel possuir, se outros tiver, além dos indicados no requerimento, e com os documentos comprobatérios do dominio. § 22 arbitramento do valor da responsabilidade e a avaliagdo dos iméveis designados far-se-do por Perito nomeado pelo juiz, onde nao houver avaliador judicial, sendothe facultada a consulta dos autos do pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him r100 onna2015 e9889Camiado processo respectivo. § 32 O juiz, ouvidas as partes no prazo de dois dias, que correrd em cartério, poderd comrigir o arbitramento do valor da responsabilidade, se Ihe parecer excessivo ou deficiente. § 42 0 juiz autorizaré somente a inscrigéo da hipoteca do imével ou iméveis necessérios garantia da responsabilidade, § 52. O valor da responsabilidade serd liquidado definitivamente apés a condenagdo, podendo ser requerido novo arbitramento se qualquer das partes nao se conformar com o arbitramento anterior a sentenca condenatéria. § 6° Se 0 réu oferecer caucdo suficiente, em dinheiro ou em titulos de divida publica, pelo valor de sua cotagéo em Bolsa, o juiz poderd deixar de mandar proceder a inscrigo da hipoteca legal Ait. 136, © arresto do imével poderé ser decretado de inicio, revagando-se, porém, se no prazo de 15 (quinze) dias nao for promovido o processo de inscrigdo da hipoteca legal. (Redacdo dada pela Lei n® 11.435, de 2006) Art. 137. Se 0 responsavel no possuir bens iméveis ou os possuir de valor insuficiente, poderdo ser amestados bens méveis suscetiveis de penhora, nos termos em que é facultada a hipoteca legal dos iméveis. (Redacao dada pela Lei n° 11.435, de 2006), § 12 Se esses bens forem coisas fungiveis e facilmente deterioraveis, proceder-se-é na forma do § 5° do art, 120. § 22 Das rendas dos bens moveis poderdo ser fomecidos recursos arbitrados pelo juiz, para a manutengao do indiciado e de sua familia. Art, 138. O processo de especializagao da hipoteca e do arresto correréo em auto apartado, (Redacto dada pela Lei n® 11,435, de 2006) Art, 139. O depésito e a administragao dos bens arestados ficarao sujeitos ao regime do processo civil, (Redacao dada pela Lei n® 11.435, de 2006) Art, 140, As garantias do ressarcimento do dano alcangardo também as despesas processuais e as penas pecunidrias, tendo preferéncia sobre estas a reparado do dano ao ofendido. Art. 141. © arresto sera levantado ou cancelada a hipoteca, se, por sentenga irrecorrivel, 0 réu for absolvido ou julgada extinta a punibilidade. (Redacao dada pela Lei n° 11.435, de 2006) Art. 142, Cabera ao Ministério Puiblico promover as medidas estabelecidas nos arts. 134 € 137, se houver interesse da Fazenda Publica, ou se 0 ofendido for pobre e o requerer. Art. 143, Passando em julgado a sentenga condenatéria, sero os autos de hipoteca ou arresto remetidos a0 juiz do civel (art. 63). (Redaeao dada pela Lei n° 11.435, de 2008). Art. 144, Os interessados ou, nos casos do art. 142, 0 Ministério Publico poderao requerer no juizo civel, contra 0 responsdvel civil, as medidas previstas nos arts. 134, 136 e 137. Art. 144A. juiz determinara a alienagao antecipada para preservagao do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioragéo ou depreciagéo, ou quando houver dificuldade para sua manutengao. (Incluido pela Lei n® 12.694, de 2012) § 12 O leitéo far-se- preferencialmente por meio eletronico. (Incluido pela Lei n® 12.694, de 2012) § 22 Os bens deverdo ser vendidos pelo valor fixado na avaliagdo judicial ou por valor maior, Nao alcangado o valor estipulado pela administracao judicial, sera realizado novo leilao, em até 10 (dez) dias, contados da realizacao do primeiro, podendo os bens ser alienados por valor nao inferior a 80% (oitenta por cento) do estipulado na avaliagdo judicial, (Incluldo pela Lei n® 12.694, de 2012) § 32 O produto da alienagao ficara depositado em conta vinculada ao julzo até a decisao final do proceso, pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him rwi00 082015 Dela529Comaitado procedendo-se a sua conversao em renda para a Unido, Estado ou Distrito Federal, no caso de condenagao, ou, no caso de absolvi¢do, a sua devolugao ao acusado. (Incluido pela Lei n® 12,694, de 2012) § 42 Quando a indisponibilidade recair sobre dinheiro, inclusive moeda estrangeira, titulos, valores mobilirios ou cheques emitidos como ordem de pagamento, o julzo determinara a conversa do numerario apreendido em moeda nacional corrente e o depésito das correspondentes quantias em conta judicial. (Incluido pela Lei n® 12.694, de 2012) § 52 No caso da alienago de vefculos, embarcacSes ou aeronaves, o juiz ordenara a autoridade de transito ou ao equivalente orgdo de registro e controle a expedicao de certificado de registro e licenciamento em favor do arrematante, ficando este livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, sem prejuizo de execugdo fiscal em relago ao antigo proprietario. (Incluldo pela Lei n® 12.694, de 2012) § 62 0 valor dos titulos da divida publica, das agdes das sociedades e dos titulos de crédito negoclaveis, em bolsa seré o da cotagao oficial do dia, provada por certiddo ou publicagao no érgo oficial. (Incluido pela Lei nf 12,694, de 2012) § 72 (VETADO). (Incluido pela Lei n® 12,694, de 2012 CAPITULO VII DO INCIDENTE DE FALSIDADE Art. 145. Argiida, por escrito, a falsidade de documento constante dos autos, o juiz observaré 0 seguinte proceso: | mandara autuar em apartado a impugnago, e em seguida ouvird a parte contréria, que, no prazo de 48 horas, oferecerd resposta; Il assinard o prazo de 3 dias, sucessivamente, a cada uma das partes, para prova de suas alegages; III - conclusos os autos, poderd ordenar as diligéncias que entender necessdrias; IV « se reconhecida a falsidade por decisdo irrecorrivel, mandara desentranhar 0 documento e remeté4o, com os autos do proceso incidente, ao Ministerio Publico. Art. 146. A arghigéo de falsidade, feita por procurador, exige poderes especiais Art. 147. 0 juiz podera, de oficio, proceder a verificagao da falsidade. Art. 148. Qualquer que seja a deciséo, néo fara coisa julgada em prejuizo de ulterior processo penal ou civil CAPITULO VIII DA INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO Art. 149. Quando houver duvida sobre a integridade mental do acusado, 0 juiz ordenaré, de oficio ou a requerimento do Ministério Publico, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, immo ou cénjuge do acusado, seja este submetido a exame médico- egal § 120 exame podera ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representagao da autoridade policial ao juiz competente § 22 O juiz nomeara curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando suspenso 0 processo, se ja iniciada a ago penal, salvo quanto as diligéncias que possam ser prejudicadas pelo adiamento, Art. 150, Para o efeito do exame, 0 acusado, se estiver preso, sera intemado em manic&mio judiciario, onde houver, ou, se estiver solto, e 0 requererem os peritos, em estabelecimento adequado que o juiz designar. § 12 O exame nao duraré mais de quarenta e cinco dias, salvo se os peritos demonstrarem a necessidade de maior prazo. pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him yi00 082015 Dela529Comaitado § 22 Se ndo houver prejuizo para a marcha do processo, o juiz podera autorizar sejam os autos entregues aos peritos, para facilitar 0 exame. Art. 151. Se os peritos concluirem que o acusado era, ao tempo da infragdo, imesponsavel nos termos do art, 22 do Cédigo Penal, 0 processo prosseguira, com a presenga do curador. Att, 152, Se se verificar que a doenga mental sobreveio a infragao 0 processo continuara suspenso até que 0 acusado se restabelega, observado 0 § 22 do art. 149. § 12 O juiz poderd, nesse caso, ordenar a intemagao do acusado em manicémio judiciério ou em outro estabelecimento adequado. § 22 O processo retomard 0 seu curso, desde que se restabelega 0 acusado, ficandothe assegurada a faculdade de reinquirir as testemunhas que houverem prestado depoimento sem a sua presenga. Art. 153, © incidente da insanidade mental processar-se-4 em auto apartado, que s6 depois da apresentagao do laud, sera apenso ao processo principal Art, 154. Se a insanidade mental sobrevier no curso da execugao da pena, observar-se-d 0 disposto no art, 682. TITULO VII DA PROVA CAPITULO! DISPOSIGOES GERAIS Art. 155. O juiz formard sua convic¢do pela livre apreciagao da prova produzida em contraditério judicial, nao podendo fundamentar sua deciséo exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigagao, ressalvadas as provas cautelares, ndo repetiveis e antecipadas. (Redacdo dada pela Lei n® 11,690, de 2008) Paragrafo Unico. Somente quanto ao estado das pessoas serdo observadas as restrig6es estabelecidas na lei civil. (Incluido pela Lei n® 14,690, de 2008) Art. 156. A prova da alegagao incumbiré a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de oficio: (Redacao dada pela Lei n° 11.690, de 2008) | = ordenar, mesmo antes de iniciada a agdo penal, a produgdo antecipada de provas consideradas Urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequacao e proporcionalidade da medida: (Incluido pela Lei 11,690, de 2008) Il—determinar, no curso da instrugao, ou antes de proferir sentenca, a realizagao de diligéncias para dirimir duivida sobre ponto relevante. (Incluido pela Lei n® 11.690, de 2008) Art. 187. So inadmissiveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilicitas, assim entendidas as obtidas em violagdo a normas constitucionais ou legais. (Redacao dada pela Lei n® 11.690, de 2008) § 12 Sao também inadmissiveis as provas derivadas das ilicitas, salvo quando nao evidenciado 0 nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluido pela Lei n® 11,690, de 2008) § 22 Considera-se fonte independente aquela que por si $6, seguindo os tramites tipicos e de praxe, proprios da investigagao ou instrugao criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (Incluido pela Lei ne 11,690, de 2008) § 3° Preclusa a decisdo de desentranhamento da prova declarada inadmissivel, esta sera inutilizada por decisao judicial, facultado as partes acompanhar 0 incidente. (Incluido pela Lei n® 11,690, de 2008) § 42 (VETADO) (Inclufdo pela Lei n® 11.690, de 2008) pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him swi00 082015 Del3529Comaiado CAPITULO It DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERICIAS EM GERAL Art, 158, Quando a infragao deixar vestigios, sera indispensavel o exame de corpo de delito, direto ou indireto, ndo podendo supri-lo a confissdo do acusado, Art, 159, © exame de corpo de delito e outras pericias sero realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Redacdo dada pela Lei n? 11,690, de 2008) § 12 Na falta de perito oficial, o exame serd realizado por 2 (duas) pessoas idéneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na area especifica, dentre as que tiverem habilitago técnica relacionada com a natureza do exame, (Redacdo dada pela Lei n? 11,690, de 2008) § 22 Os peritos nao oficiais prestardo o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. (Redagao dada pela Lei n® 11,690, de 2008) § 32 Serdo facultadas ao Ministério Publico, ao assistente de acusagdo, ao ofendido, ao querelante e a0 acusado a formulagao de quesitos e indicagao de assistente tecnico. (Incluido pela Lei n° 11,690, de 2008) § 42.0 assistente técnico atuara a partir de sua admissao pelo juiz e apés a conclusdo dos exames & elabora¢ao do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisdo, (Incluido pela Lei n® 11,690, de 2008) § 52 Durante o curso do processo judicial, & permitido as partes, quanto a pericia: (Incluido pela Lei n° 11,690, de 2008) I —requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimagao e os quesitos ou questées a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedéncia minima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar; (Incluido pela Lein? 11,690, de 2008) Il — indicar assistentes técnicos que poderao apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inguiridos em audiéncia, (Incluido pela Lei n° 11,690, de 2008) § 62 Havendo requerimento das partes, o material probatério que serviu de base a pericia seré disponibilizado no ambiente do 6rgdo oficial, que mantera sempre sua guarda, e na presenca de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossivel a sua conservagao. (Incluido pela Lei n? 11.690, de 2008) § 72 Tratando-se de pericia complexa que abranja mais de uma area de conhecimento especializado, poder-se-é designar a atuagao de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico. (inciuido pela Lei n® 11,690, de 2008) Art. 160. Os peritos elaborarao o laudo pericial, onde descreverdo minuciosamente 0 que examinarem, responderao aos quesitos formulados. (Redacdo dada pela Lei n? 8.862, de 283.1994 Paragrafo Unico. © laudo pericial serd elaborado no prazo maximo de 10 dias, podendo este prazo ser promrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos, (Redacdo dada pela Lei n? 8,862, de 28,3,1994) Art. 161. © exame de corpo de delito poderd ser feito em qualquer dia e a qualquer hora Art. 162. A autépsia sera feita pelo menos seis horas depois do dbito, salvo se os peritos, pela evidéncia dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararao no auto. Paragrafo nico. Nos casos de morte violenta, bastara o simples exame extemo do cadaver, quando nao houver infragao penal que apurar, ou quando as les6es extemas permitirem precisar a causa da morte e ndo houver necessidade de exame intemo para a verificagao de alguma circunstancia relevante. Art. 163. Em caso de exumagao para exame cadavérico, a autoridade providenciaré para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligéncia, da qual se lavrara auto circunstanciado. Paragrafo tinico. © administrador de cemitério puiblico ou particular indicaré o lugar da sepultura, sob pena de desobediéncia. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadaver em pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him s9100 082015 Dela529Comaitado lugar nao destinado a inumagées, a autoridade procederd as pesquisas necessdrias, o que tudo constara do auto. Art, 164, Os cadaveres serao sempre fotografados na posi¢ao em que forem encontrados, bem como, na medida do possivel, todas as lesées externas e vestigios deixados no local do crime. (Redagdo dada pela Lei n° 8.862, de 28.3.1994 Art, 165, Para representar as lesdes encontradas no cadaver, os peritos, quando possivel, juntarao ao laudo do exame provas fotogrdficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados Art. 166, Havendo divida sobre a identidade do cadaver exumado, proceder-se-& ao reconhecimento pelo Instituto de Identificagao e Estatistica ou reparticao congénere ou pela inquirigao de testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se descrevera o cadaver, com todos os sinais e indicagoes, Paragrafo tinico. Em qualquer caso, serdo arecadados e autenticados todos os objetos encontrados, que possam ser titeis para a identificacao do cadaver. Art. 167. Nao sendo possivel o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestigios, a prova testemunhal poderd suprirahe a falta, Art. 168. Em caso de lesdes corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-a a exame complementar por determinagao da autoridade policial ou judiciéria, de officio, ou a requerimento do Ministerio PUblico, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. § 12 No exame complementar, os peritos terdo presente 0 auto de corpo de delito, a fim de suprirthe a deficiéncia ou retificd-to. § 22 Se o exame tiver por fim precisar a classificacao do delito no art. 129, § 12, |, do Cédigo Penal, devera ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime. § 32 A falta de exame complementar poderd ser suprida pela prova testemunhal. Art, 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infrago, a autoridade providenciara imediatamente para que nao se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderdo instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. (Vide Lei n® .970, de 1973) Pardgrafo tinico. Os peritos registrarao, no laudo, as alteragdes do estado das coisas e discutirdo, no relatério, as conseqiiéncias dessas alteracdes na dindmica dos fatos. (Incluido pela Lei n® 8.862, de 28 3.1994 Art. 170. Nas pericias de laboratério, os peritos guardarso material suficiente para a eventualidade de nova pericia. Sempre que conveniente, os laudos serdo ilustrados com provas fotograficas, ou microfotogréficas, desenhos ou esquemas Art. 171. Nos crimes cometidos com destruigdo ou rompimento de obstaculo a subtragao da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestigios, indicardo com que instrumentos, por que meios € em que época presumem ter sido 0 fato praticado. Art. 172. Proceder-se-, quando necessério, a avaliagdo de coisas destruidas, deterioradas ou que constituam produto do crime. Paragrafo Unico, Se impossivel a avaliagao direta, os peritos procederdo avaliagao por meio dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligéncias. Art. 173. No caso de incéndio, os peritos verificardo a causa e o lugar em que houver comegado, 0 perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patriménio alheio, a extenso do dano e o seu valor e as demais circunstancias que interessarem a elucidagao do fato. Art. 174. No exame para o reconhecimento de eseritos, por comparagao de letra, observar-se-4 0 seguinte: Ia pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir 0 escrito serd intimada para 0 ato, se for encontrada; pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 2ar00 082015 Dela529Comaitado Il - para a comparagao, poderao servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou ja tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade nao houver duwvida; Il - a autoridade, quando necessério, requisitard, para o exame, os documentos que existirem em arquivos ou estabelecimentos puiblicos, ou nestes realizard a diligéncia, se dai nao puderem ser retirados; IV - quando nao houver escritos para a comparagao ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade mandaré que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta Ultima diligéncia poderd ser felta por precatéria, em que se consignardo as palavras que a pessoa sera intimada a escrever, Art. 175. Serdo sujeitos a exame os instrumentos empregados para a pratica da infragao, a fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiéncia Art. 176. A autoridade e as partes poderdo formular quesitos até o ato da diligéncia. Art. 177._ No exame por precatéria, a nomeagao dos peritos far-se-A no juizo deprecado. Havendo, porém, no caso de ago privada, acordo das partes, essa nomeagdo poderd ser feita pelo juiz deprecante. Paragrafo nico. Os quesitos do juiz e das partes serdo transoritos na precatéria, Art. 178. No caso do art. 159, 0 exame sera requisitado pela autoridade ao diretor da reparti¢ao, juntando- se ao processo 0 laudo assinado pelos peritos. Art. 179, No caso do § 12 do art, 159, 0 escrivao lavrara o auto respectivo, que sera assinado pelos peritos e, se presente ao exame, também pela autoridade. Paragrafo tinico, No caso do art. 160, pardgrafo Unico, o laudo, que poder ser datilografado, sera subscrito e rubricado em suas folhas por todos os peritos. Art, 180. Se houver divergéncia entre os peritos, serdo consignadas no auto do exame as declaragées @ respostas de um e de outro, ou cada um redigira separadamente 0 seu laudo, e a autoridade nomearé um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade podera mandar proceder a novo exame por outros peritos. Art. 181, No caso de inobservancia de formalidades, ou no caso de omissées, obscuridades ou contradig6es, a autoridade judiciéria mandara suprir a formalidade, complementar ou esclarecer 0 laudo. (Redacdo dada pela Lei n° 8,862, de 28,3,1994) Paragrafo Unico. A autoridade poderd também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente, Art. 182. 0 juiz ndo ficara adstrito ao laudo, podendo aceité-lo ou rejeité-lo, no todo ou em parte. Art. 183. Nos crimes em que no couber ago piiblica, observar-se-a o disposto no art. 19. Art. 184, Salvo 0 caso de exame de corpo de delito, 0 juiz ou a autoridade policial negara a pericia requerida pelas partes, quando nao for necessaria ao esclarecimento da verdade. CAPITULO II DO INTERROGATORIO DO ACUSADO. ‘Art. 185. © acusado que comparecer perante a autoridade judiciéria, no curso do processo penal, seré qualificado e interrogado na presenga de seu defensor, constituido ou nomeado. (Redacéo dada pela Lei in? 10.792, de 1°.12.2003) § 12 0 interrogatério do réu preso seré realizado, em sala propria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a seguranca do juiz, do membro do Ministério Publico e dos auxiliares bem como a presenca do defensor e a publicidade do ato. (Redacao dada pela Lei n® 11.900, de 2009) § 22 Excepcionalmente, o juiz, por decisao fundamentada, de oficio ou a requerimento das partes, podera realizar 0 interrogatorio do réu preso por sistema de videoconferéncia ou outro recurso tecnolégico de pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 200 082015 Dela529Comaitado transmiss4o de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessaria para atender a uma das seguintes finalidades: (Redagao dada pela Lei n? 11.900, de 2009) | = prevenir risco @ seguranga publica, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organizacao criminosa ou de que, por outra razo, possa fugir durante o deslocamento; (Incluldo pela Lei n? 11,900, de 2009) II - viabilizar a participagao do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juizo, por enfermidade ou outra circunstancia pessoal; (Incluido pela Lei n° 11.900, de 2009) III - impedir a influéncia do réu no animo de testemunha ou da vitima, desde que nao seja possivel colher 0 depoimento destas por videoconferéncia, nos termos do art. 217 deste Cédigo; (Incluldo pela Lei n° 11 2009) IV - responder a gravissima questao de ordem publica. (Incluido pela Lei n? 11,900, de 2009) § 32 Da deciséo que determinar a realizagao de interrogatorio por videoconferénci intimadas com 10 (dez) dias de antecedéncia, (inclut Lein? 11 as partes sero § 42 Antes do interrogatério por videoconferéncia, 0 preso poderé acompanhar, pelo mesmo sistema tecnolégico, a realizagdo de todos os atos da audiéncia Unica de instrucao e julgamento de que tratam os arts. 400, 411 e 531 deste Cédigo. (Incluido pela Lei n® 11.900, de 2009) § 52 Em qualquer modalidade de interrogatério, o juiz garantira ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com 0 seu defensor; se realizado por videoconferéncia, fica também garantido 0 acesso a canais, telefénicos reservados para comunicagao entre o defensor que esteja no presidio e 0 advogado presente na sala de audiéncia do Férum, e entre este e 0 preso. (Incluido pela Lei n° 11,900, de 2009) § 62 A sala reservada no estabelecimento prisional para a realizagao de atos processuais por sistema de Videoconferéncia sera fiscalizada pelos coregedores e pelo juiz de cada causa, como também pelo Ministerio Publico e pela Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluido pela Lei n? 11,900, de 2009) § 72 Sera requisitada a apresentagao do réu preso em juizo nas hipéteses em que o interrogatorio nao se realizar na forma prevista nos §§ 12 e 22 deste artigo. (Incluido pela Lei n® 11,900, de 2009) § 8° Aplica-se 0 disposto nos §§ 2°, 3°, 42 e 52 deste artigo, no que couber, a realizagao de outros atos processuais que dependam da participacao de pessoa que esteja presa, como acareagao, reconhecimento de pessoas e coisas, e inguirigao de testemunha ou tomada de deciaragées do ofendido. (Incluido pela Lei n? 11,900, de 2009) § 9° Na hipétese do § 8° deste artigo, fica garantido 0 acompanhamento do ato processual pelo acusado e seu defensor. (Incluido pela Lei n® 11,900, de 2009) Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusagao, 0 acusado sera informado pelo juiz, antes de iniciar 0 interrogatorio, do seu direito de permanecer calado e de no responder perguntas que Ihe forem formuladas. (Redacdo dada pela Lei n® 10.792, de 1°.12.2003) Paragrafo unico, O siléncio, que nao importaré em confiss4o, no poderd ser interpretado em prejuizo da defesa. (Incluido pela Lei n? 10.792, de 1°,12.2003) Art. 187. O interrogatério sera constituido de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. (Redacao dada pela Lei n® 10.792, de 1°,12.2003) § 12 Na primeira parte o interrogando sera perguntado sobre a residéncia, meios de vida ou profissao, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o julzo do processo, se houve suspensdo condicional ou Condenagao, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais. (Incluido pela Lei n® 10,792, de 12.12.2003) § 22.Na segunda parte sera perguntado sobre: (Incluido pela Lei n? 10.792, de 1°, 12.2003) | - ser verdadeira a acusagao que Ihe é feita; (Incluido pela Lei n® 10,792, de 1°.12.2003) II - no sendo verdadeira a acusagao, se tem algum motivo particular a que atribui-la, se conhece a pessoa pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him za00 082015 Dela529Comaitado ou pessoas a quem deva ser imputada a pratica do crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da pratica da infragao ou depois dela; (Incluido pela Lei n° 10,792, de 1°, 12,2003) Ill - onde estava ao tempo em que foi cometida a infragao e se teve noticia desta; (Incluido pela Lei n° 10.792, de 1°,12,2003) IV - as provas j apuradas; (Incluldo pela Lei n’ 10.792. de 1°.12.2003) \V - se conhece as vitimas e testemunhas jé inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas; (Incluido pela Lei n? 10.792, de 1°.12,2003) VI - se conhece 0 instrumento com que foi praticada a infragao, ou qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido; (Incluido pela Lei n® 10.792, de 1°,12,2003) VIL - todos os demais fatos e pormenores que conduzam a elucidacao dos antecedentes e circunstancias da infragao; (Incluido pela Lei n? 10,792, de 1°.12,2003) Vill - se tem algo mais a alegar em sua defesa. (Inciuido pela Lei n® 10.792, de 1°.12.2003) Art, 188, Apés proceder ao interrogatério, o juiz indagaré das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante. (Redacdo dada pela Let n? 10,792, de 1°,12,2003) Art. 189. Se 0 interrogando negar a acusa¢ao, no todo ou em parte, poderd prestar esclarecimentos indicar provas. (Redac&o dada pela Lei n° 10.792, de 12.12.2003) Art. 190. Se confessar a autoria, serd perguntado sobre os motivos e circunstancias do fato e se outras pessoas concorreram para a infracdo, e quais sejam. (Redagdo dada pela Lei n? 10.792, de 1°,12.2003) perguntas-¢ i Pe # Pe fazéte: Art, 191, Havendo mais de um acusado, serdo interrogados separadamente, (Redacdo dada pela Lei n° 10,792, de 1°.12,2003) Art, 192. O interrogatério do mudo, do surdo ou do surdo-mudo serd feito pela forma seguinte: (Redacdo dada pela Lei n® 10.792, de 1°.12,2003) | - a0 surdo sero apresentadas por escrito as perguntas, que ele respondera oralmente; (Redacdo dada pela Lei n® 10.792, de 19.12.2003) Il - ao mudo as perguntas serao feitas oralmente, respondendo-as por escrito; (Redacdo dada pela Lei n° 10.792, de 1°.12,2003) II - a0 surdo-mudo as perguntas sero formuladas por escrito e do mesmo modo dard as respostas. (Redacao dada pela Lei n? 10.792, de 1°,12.2003) Paragrafo Unico, Caso 0 interrogando nao saiba ler ou escrever, intervira no ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendé-lo. (Redacao dada pela Lei n? 10.792, de 1°,12,2003) ‘Art, 193. Quando o interrogando nao falar a lingua nacional, o interrogatério serd feito por meio de intérprete. (Redacao dada pela Lei n® 10.792, de 1°.12,2003) Art. 194. (Revoaado pela Lei n® 10,792, de 1°.12,2003) Art, 195, Se 0 interrogado nao souber escrever, ndo puder ou no quiser assinar, tal fato sera consignado no termo, (Redacdo dada pela Lei n? 10.792, de 1°.12, 2003 Art. 196. A todo tempo o juiz podera proceder a novo interrogatério de oficio ou a pedido fundamentado de qualquer das partes. (Redacao dada pela Lei n° 10.792, de 1°.12,2003) CAPITULO IV bitp:w arate gov tesvl_Odecrete-teiDeI3689Compiado htm za 082015 Dela529Comaitado DA CONFISSAO Art. 197. O valor da confissio se aferira pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciaco o juiz devera confronta-la com as demais provas do proceso, verificando se entre ela estas existe compatibilidade ou concordancia. Art. 198. O siléncio do acusado néo importara confissao, mas poder constituir elemento para a formagao do convencimento do juiz. Art. 199. A confisso, quando feita fora do interrogatorio, serd tomada por termo nos autos, observado 0 disposto no art. 195. Art. 200. A confissdo serd divisivel e retratavel, sem prejuizo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto CAPITULO V DO OFENDIDO Redac&o dada pela Lei n® 11,690, de 2008) Art. 201. Sempre que possivel, 0 ofendido ser qualificado e perguntado sobre as circunstancias da infragdo, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas declaragées, (Redagdo dada pela Lei n? 11,690, de 2008) § 12 Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido poderd ser conduzido a presenga da autoridade. (Incluido pela Lei n® 11,690, de 2008) § 22 0 ofendido sera comunicado dos atos processuais relatives ao ingresso e a saida do acusado da prisdo, & designacao de data para audiéncia e a sentenga e respectivos acérd4os que a mantenham ou modifiquem. (Incluido pela Lei n® 11,690, de 2008) § 32 As comunicagées ao ofendido deverdo ser feitas no enderego por ele indicado, admitindo-se, por opgo do ofendido, o uso de meio eletronico. (Incluido pela Lei n° 11.690, de 2008) § 42 Antes do inicio da audiéncia e durante a sua realizagao, sera reservado espago separado para 0 ofendido. (Incluido pela Lei n® 11,690. de 2008) § 52 Se 0 juiz entender necessério, podera encaminhar 0 ofendido para atendimento multidisciplinar, especialmente nas areas psicossocial, de assisténcia juridica e de satide, a expensas do ofensor ou do Estado. Incluido pela Lei n® 14 2 § 62 0 juiz tomard as providéncias necessérias a preservacao da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar 0 segredo de justiga em relagao aos dados, depoimentos e outras informagdes constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposi¢ao aos meios de comunicagao. (inciuido pela Lei n® 11,690, de 2008) CAPITULO VI DAS TESTEMUNHAS Art. 202. Toda pessoa poderd ser testemunha. Art, 203. A testemunha fard, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residéncia, sua profissdo, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relacoes com qualquer delas, e relatar 0 que souber, explicando sempre as razdes de sua ciéncia ou as circunstancias pelas quais, possa avaliar-se de sua credibilidade. Art. 204. © depoimento sera prestado oralmente, ndo sendo permitido a testemunha trazé-lo por escrito. Paragrafo Unico. Nao sera vedada a testemunha, entretanto, breve consulta a apontamentos. Art. 205. Se ocorrer dtivida sobre a identidade da testemunha, 0 juiz procederé a verificagao pelos meios a0 seu alcance, podendo, entretanto, tomar-ihe 0 depoimento desde logo. pakwwwplaralo gov-triecvl_Osideerete-eiDel3689C amped him 240100 082015 Dela529Comaitado Art. 208. A testemunha nao poderd eximir-se da obrigagao de depor. Poderdo, entretanto, recusar-se a fazé-lo 0 ascendente ou descendente, o afim em linha reta, 0 cénjuge, ainda que desquitado, 0 irmao e 0 pai, a mae, ou 0 filho adotivo do acusado, salvo quando ndo for possivel, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstancias. Art. 207. So proibidas de depor as pessoas que, em razdo de funcao, ministério, oficio ou profissao, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho Art, 208. Nao se deferird o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem as pessoas a que se refere o art. 206. Art, 209. © juiz, quando julgar necessario, poderé ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes. § 12 Se ao juiz parecer conveniente, sero ouvidas as pessoas a que as testemunhas se referirem, § 22 Nao serd computada como testemunha a pessoa que nada souber que interesse a decisdo da causa Art. 210. As testemunhas serdo inquiridas cada uma de per si, de modo que umas nao saibam nem ougam os depoimentos das outras, devendo o juiz advertilas das penas cominadas ao falso testemunho, (Redacdo dada pela Lei n° 11,690, de 2008) Paragrafo unico. Antes do inicio da audiéncia e durante a sua realizagao, sero reservados espacos separados para a garantia da incomunicabilidade das testemunhas. (Incluido pela Lei n® 11.690, de 2008) Ast. 211. Se 0 juiz, ao pronunciar sentenga final, reconhecer que alguma testemunha fez afirmacdo falsa, calou ou negou a verdade, remeterd copia do depoimento a autoridade policial para a instauracao de inquérito Pardgrafo nico. Tendo o depoimento sido prestado em plenério de julgamento, o juiz, no caso de proferir decisdo na audiéncia (art. 538, § 2%), o tribunal (art. 561), ou o conselho de sentenga, aps a votagao dos quesitos, poderdo fazer apresentar imediatamente a testemunha a autoridade policial Art, 212. As perguntas seréo formuladas pelas partes diretamente a testemunha, ndo admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, ndo tiverem relagao com a causa ou importarem na repetigao de outra ja respondida. (Redacdo dada pela Lei n° 11,690, de 2008) Paragrafo unico. Sobre os pontos nao esclarecidos, 0 Juiz podera complementar a inquirigao. (Incluido pela Lei n® 11,690, de 2008) Art. 213, O juiz n&o permitiré que a testemunha manifeste suas apreciagées pessoais, salvo quando insepardveis da narrativa do fato Art, 214, Antes de iniciado o depoimento, as partes poderao contraditar a testemunha ou arghir circunstancias ou defeitos, que a tomem suspeita de parcialidade, ou indigna de 18 O juiz faré consignar a contradita ou arghigéo e a resposta da testemunha, mas s6 excluiré a testemunha ou no the deferird compromisso nos casos previstos nos arts. 207 € 208, Art. 215. Na redacao do depoimento, o juiz deverd cingir-se, tanto quanto possivel, 8s expressdes usadas pelas testemunhas, reproduzindo fielmente as suas frases Art. 216. O depoimento da testemunha sera reduzido a termo, assinado por ela, pelo juiz e pelas partes. Se a testemunha nao souber assinar, ou nao puder fazé-lo, pedira a alguém que 0 faga por ela, depois de lido na presenga de ambos, Art. 217. Se o juiz verificar que a presenga do réu podera causar humilhagdo, temor, ou sério constrangimento a testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fara a inquirigéo por videoconferéncia e, somente na impossibilidade dessa forma, determinaré a retirada do réu, prosseguindo na inquirigdo, com a presenga do seu defensor. (Redacdo dada pela Lei n° 11.690, de 2008) Pardgrafo Unico. A adogdo de qualquer das medidas previstas no caput deste artigo deverd constar do termo, assim como 0s motivos que a determinaram. (Incluido pela Lei n° 11.690, de 2008) Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz hpakwww plaralo gov rlecvl_Oaidecrete-euDe13689Compiade him 25100 082015 Dela529Comaitado podera requisitar & autoridade policial a sua apresentagao ou determinar seja conduzida por oficial de justiga, que podera solicitar 0 auxilio da forga publica, Art, 219, O juiz poderé aplicar a testemunha faltosa a multa prevista no art. 453, sem prejuizo do processo penal por crime de desobediéncia, e condené-la ao pagamento das custas da diligéncia. (Redacdo dada pela Lei n? 6.416, de 24.5.197) Art, 220, As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer para depor, sero inquiridas onde estiverem. Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da Repiblica, os senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados e Territérios, os secretérios de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municipios, os deputados as Assembiéias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciario, os ministros e juizes dos Tribunais de Contas da Unido, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Maritimo sero inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e 0 juiz. (Redacdo dada pela Lei nf 3.653, de 4,11,1959) § 1° 0 Presidente e 0 Vice-Presidente da Repiiblica, os presidentes do Senado Federal, da Camara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderdo optar pela prestacao de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes serao transmitidas por oficio. (Redagao dada la Lei n? 6.416, de 24 5.197) § 2° Os militares deverdo ser reat 24.5197) itados @ autoridade superior. (Redacdio dada pela Lei n® 6.416, de § 3° Aos funciondrios publicos aplicar-se-a o disposto no art. 218, devendo, porém, a expedigao do mandado ser imediatamente comunicada ao chefe da repartigao em que Servirem, com indicagao do dia e da hora marcados. (Inclufdo pela Lei n? 6.416, de 24.5.1977) Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdi¢ao do juiz sera inguirida pelo juiz do lugar de sua residéncia, expedindo-se, para esse fim, carta precatéria, com prazo razodvel, intimadas as partes. § 12 A expedigao da precatéria nao suspenderd a instrugdo criminal. § 22 Findo o prazo marcado, poderd realizar-se o julgamento, mas, a todo tempo, a precatéria, uma vez devolvida, sera junta aos autos. § 3% Na hipétese prevista no caput deste artigo, a oitiva de testemunha podera ser realizada por meio de videoconferéncia ou outro recurso tecnolégico de transmissao de sons e imagens em tempo real, permitida a presenga do defensor e podendo ser realizada, inclusive, durante a realizacdo da audiéncia de instrugdo e julgamento. (Incluido pela Lei n® 11.900, de 2009) Art. 222-A. As cartas rogatorias sé serao expedidas se demonstrada previamente a sua imprescindibilidade, arcando a parte requerente com os custos de envio, (Inoluido pela Lei n® 11,900, de 2009) Paragrafo Unico. Aplica-se as cartas rogatérias 0 disposto nos §§ 12 e 2° do art. 222 deste Cédigo. (inciuido pela Lei n® 11.900, de 2009) Art, 223 Quando a testemunha néo conhecer a lingua nacional, sera nomeado intérprete para traduzir as perguntas e respostas. Paragrafo unico. Tratando-se de mudo, surdo ou surdo-mudo, proceder-se-4 na conformidade do art. 192 Art. 224. As testemunhas comunicarao ao juiz, dentro de um ano, qualquer mudanga de residéncia, sujeitando-se, pela simples omissao, as penas do ndo-comparecimento. ‘Art, 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrugao criminal ja nao exista, o juiz poderd, de oficio ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-the antecipadamente 0 depoimento. CAPITULO VII pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 2100 082015 Dela529Comaitado DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-a pela seguinte forma’ | - a pessoa que tiver de fazer 0 reconhecimento seré convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida; Ila pessoa, cujo reconhecimento se pretender, sera colocada, se possivel, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semeihanga, convidando-se quem tiver de fazer 0 reconhecimento a aponté-la; Ill - se howver razao para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidagao ou outa influéncia, nao diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciara ara que esta nao veja aquela; IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-4 auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais. Pardgrafo Unico, O disposto no n® Ill deste artigo nao terd aplicagao na fase da instrugao criminal ou em plenario de julgamento, Art, 227. No reconhecimento de objeto, proceder-se-4 com as cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que for aplicavel Art. 228, Se varias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma faré a prova em separado, evitando-se qualquer comunicagao entre elas CAPITULO VIII DA ACAREAGAO Art, 229. A acareacao seré admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declaragées, sobre fatos ou circunstancias relevantes. Paragrafo Unico. Os acareados serio reperguntados, para que expliquem os pontos de divergéncias, reduzindo-se a termo 0 ato de acareagao. Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declaragoes divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se darao a conhecer os pontos da divergéncia, consignando-se no auto 0 que explicar ou observar. Se subsistir a discordancia, expedir-se-4 precatéria autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente, transcrevendo-se as declaragées desta e as da testemunha presente, nos pontos em que divergirem, bem como 0 texto do referido auto, a fim de que se complete a diligéncia, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida para a testemunha presente. Esta diligéncia s6 se realizara quando nao importe demora prejudicial ao processo e 0 juiz a entenda conveniente. CAPITULO IX DOs DOCUMENTOS Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderdo apresentar documentos em qualquer fase do processo. Art. 232. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, publicos ou particulares. Paragrafo unico. A fotografia do documento, devidamente autenticada, se dara o mesmo valor do original. Art, 233. As carlas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, nao sero admitidas em Julzo. Parégrafo tinico, As cartas poderdo ser exibidas em juizo pelo respectivo destinatério, para a defesa de seu direito, ainda que ndo haja consentimento do signatério. pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him azino0 082015 Dela529Comaitado Art. 234. Se 0 juiz tiver noticia da existéncia de documento relativo a ponto relevante da acusacao ou da defesa, providenciard, independentemente de requerimento de qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se possivel Art, 235. A letra e firma dos documentos particulares sero submetidas a exame pericial, quando contestada a sua autenticidade. Art. 236. Os documentos em lingua estrangeira, sem prejuizo de sua juntada imediata, serdo, se necessério, traduzidos por tradutor publico, ou, na falta, por pessoa idénea nomeada pela autoridade. Art. 237. As piblicas-formas s6 terdo valor quando conferidas com o original, em presenga da autoridade. Art, 238. Os documentos originais, juntos a proceso findo, quando nao exista motivo relevante que justifique a sua conservagao nos autos, poderao, mediante requerimento, € ouvido 0 Ministério Publico, ser entregues @ parte que os produziu, ficando traslado nos autos CAPITULO X DOS INDICIOS Art, 239. Considera-se indicio a circunsténcia conhecida e provada, que, tendo relagao com o fato, autorize, por indugéo, concluir-se a existéncia de outra ou outras circunstancias. CAPITULO XI DA BUSCA E DA APREENSAO ‘Art, 240. A busca sera domiciliar ou pessoal § 12 Proceder-se-4 a busca domiciliar, quando fundadas razées a autorizarem, para: a) prender criminosos; b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; ©) aprender instrumentos de falsificagdo ou de contrafagao e objetos falsificados ou contrafeitos; 4) apreender armas e munigées, instrumentos utilizados na pratica de crime ou destinados a fim delituoso; €) descobrir objetos necessérios a prova de infragao ou a defesa do réu; f) aprender cartas, abertas ou no, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que ‘© conhecimento do seu contetido possa ser itil a elucidagao do fato; 9) aprender pessoas vitimas de crimes; h) colher qualquer elemento de convicgdo. § 2° Proceder-se-4 a busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo amma proibida ou objetos mencionados nas letras b a fe letra h do paragrafo anterior. Art. 241. Quando a propria autoridade policial ou judiciaria nao a realizar pessoalmente, a busca domiciliar devera ser precedida da expedieao de mandado. Art. 242. A busca podera ser determinada de oficio ou a requerimento de qualquer das partes Art, 243. O mandado de busca deverd: |- indicar, 0 mais precisamente possivel, a casa em que serd realizada a diligéncia e o nome do respectivo proprietario ou morador, ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que tera de sofré-la ou os sinais que a identifiquem:; Il- mencionar 0 motivo e os fins da diligéncia; btp:vw arate gov besvl_Oadecrte-teiDeI9689Compiado htm 2arto0 082015 Dela529Comaitado IIL - ser subscrito pelo escrivao e assinado pela autoridade que o fizer expedir. § 12 Se houver ordem de prisao, constard do proprio texto do mandado de busca. § 22. Nao serd permitida a apreenséo de documento em poder do defensor do acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de delito. Art. 244. A busca pessoal independeré de mandado, no caso de priséo ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domicitar. Art. 245. As buscas domiciliares sero executadas de dia, salvo se 0 morador consentir que se realizem & noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarao e lero o mandado ao morador, ou a quem 0 represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta. § 12 Se a propria autoridade der a busca, declarard previamente sua qualidade e 0 objeto da diligéncia, § 22 Em caso de desobediéncia, sera arrombada a porta e forgada a entrada, § 32 Recalcitrando 0 morador, seré permitido o emprego de forga contra coisas existentes no interior da casa, para 0 descobrimento do que se procura § 42 Observar-se-d o disposto nos §§ 2° e 32, quando ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser intimado a assistir a diligéncia qualquer vizinho, se houver e estiver presente, § 52 Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o morador serd intimado a mostréa. § 62 Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, serd imediatamente apreendida e posta sob custédia da autoridade ou de seus agentes. § 72 Finda a diligéncia, os executores lavraréo auto circunstanciado, assinando-o com duas testemunhas presenciais, sem prejuizo do disposto no § 42. Art. 246. Aplicar-se-4 também o disposto no artigo anterior, quando se tiver de proceder a busca em Ccompartimento habitado ou em aposento ocupado de habitagdo coletiva ou em compartimento nao aberto ao pliblico, onde alguém exercer profissdo ou atividade. Art, 247, Nao sendo encontrada a pessoa ou coisa procurada, os motives da diligéncia serdo comunicados a quem tiver sofrido a busca, se o requerer. Art, 248, Em casa habitada, a busca sera feita de modo que ndo moleste os moradores mais do que 0 indispensavel para o éxito da diligéncia Art. 249, A busca em mulher seré feita por outra mulher, se ndo importar retardamento ou prejuizo da diligéncia Art. 250, A autoridade ou seus agentes poderdo penetrar no territério de jurisdigao alheia, ainda que de outro Estado, quando, para o fim de apreensao, forem no seguimento de pessoa ou coisa, devendo apresentar- se a competente autoridade local, antes da diligéncia ou apés, conforme a urgéncia desta. § 12 Entender-se-é que a autoridade ou seus agentes vo em seguimento da pessoa ou coisa, quando: a) tendo conhecimento direto de sua remo¢&o ou transporte, a seguirem sem interrupeao, embora depois a percam de vista; ) ainda que nao a tenham avistado, mas sabendo, por informagées fidedignas ou circunstancias indicidrias, que esta sendo removida ou transportada em determinada diregdo, forem ao seu encalgo. § 22 Se as autoridades locais tiverem fundadas razées para duvidar da legitimidade das pessoas que, nas referidas diligéncias, entrarem pelos seus distritos, ou da legalidade dos mandados que apresentarem, poderdo exigir as provas dessa legitimidade, mas de modo que nao se frustre a diligéncia pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 2100 082015 Dela529Comaitado TITULO VIII DO JUIZ, DO MINISTERIO PUBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTICA CAPITULO I DO JUIZ Art, 251, Ao juiz incumbira prover a regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a forca publica, ‘Art. 252. 0 juiz ndo poderd exercer jurisdi¢do no processo em que: | -tiver funcionado seu cénjuge ou parente, consanguineo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, érgéo do Ministério Publico, autoridade policial, auxiliar da justiga ui perito; Il ele proprio houver desempenhado qualquer dessas fungées ou servido como testemunha: iver funcionado como juiz de outra insténcia, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questo; IV - ele proprio ou seu cénjuge ou parente, consanguineo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito, Art. 253. Nos juizos coletivos, ndo poderdo servir no mesmo processo os juizes que forem entre si parentes, consanguineos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, Art. 254. 0 juiz dar-se-é por suspeito, e, se ndo 0 fizer, poderd ser recusado por qualquer das partes: |-- se for amigo intimo ou inimigo capital de qualquer deles; I - se ele, seu cOnjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato analogo, sobre cujo cardter criminoso haja controversia; III - se ele, seu cénjuge, ou parente, consanguiineo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; V = se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes: VI- se for sécio, acionista ou administrador de sociedade interessada no proceso Art. 255, O impedimento ou suspeigao decorrente de parentesco por afinidade cessard pela dissolugao do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, no funcionaré como juiz 0 sogro, 0 padrasto, 0 cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo. Art. 256. A suspeic&o néo poder ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propésito der motivo para crié-la, CAPITULO It DO MINISTERIO PUBLICO Art. 257. Ao Ministério Publico cabe: (Redacéo dada pela Lei n® 11,719, de 2008) |. promover, privativamente, a ago penal piiblica, na forma estabelecida neste Cédigo; e (Incluido pela Lei nf 11.719, de 20 Il -fiscalizar a execugdo da lei. (Incluido pela Lei n® 11,719, de 2008), pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him sar00 082015 Dela529Comaitado Art. 258. Os érgaos do Ministério Publico nao funcionardo nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cénjuge, ou parente, consangdineo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicdvel, as prescrigées relativas a suspeicéo e aos impedimentos dos juizes CAPITULO III DO ACUSADO E SEU DEFENSOR Art. 259, A impossibilidade de identificago do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos nao retardara a ago penal, quando certa a identidade fisica. A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execugao da sentenca, se for descoberta a sua qualificagao, far-se- a Tetificago, por termo, nos autos, sem prejulzo da validade dos atos precedentes. Art. 260. Se 0 acusado ndo atender a intimagao para o interrogatério, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, ndo possa ser realizado, a autoridade podera mandar conduzi-lo a sua presenca. Paragrafo Unico. O mandado conterd, além da ordem de condugdo, os requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicavel Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, serd processado ou julgado sem defensor. Paragrafo tinico. A defesa técnica, quando realizada por defensor piblico ou dativo, seré sempre exercida através de manifestagao fundamentada. (Incluido peta Lei n? 10.792, de 1°.12,2003) Art. 262. Ao acusado menor dar-se-4 curador. Art, 263, Se 0 acusado ndo o tiver, ser-lhe-4 nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confianga, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitago. Paragrafo unico. © acusado, que nao for pobre, sera obrigado a pagar os honorarios do defensor dativo, atbitrados pelo juiz. Art, 264, Salvo motivo relevante, os advogados ¢ solicitadores serao obrigados, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocinio aos acusados, quando nomeados pelo Juiz Art, 265. © defensor nao poder abandonar 0 processo sendo por motivo imperioso, comunicado previamente 0 juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salarios minimos, sem prejuizo das demais sangdes cabiveis. (Re la Lei n? 11,719, de 2 § 12 A audiéncia poderd ser adiada se, por motivo justificado, o defensor ndo puder comparecer. (Incluido pela Lain? 11.719, de 2008) § 22 Incumbe ao defensor provar o impedimento até a abertura da audiéncia. Nao o fazendo, 0 juiz nfo determinaré 0 adiamento de ato algum do processo, devendo nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou 86 para 0 efeito do ato. (Incluido pela Lei n® 11,719, de 2008) Art. 266. A constituicao de defensor independerd de instrumento de mandato, se 0 acusado o indicar por casio do interrogatério, Art, 267. Nos termos do art. 252, nao funcionarao como defensores os parentes do juiz. CAPITULO IV DOS ASSISTENTES ‘Art, 268. Em todos os termos da a¢do piiblica, podera intervir, como assistente do Ministério Publico, 0 ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31 Art, 269. O assistente seré admitido enquanto ndo passar em julgado a sentenga e receberd a causa no estado em que se achar. Art. 270. O co-réu no mesmo processo nao poderd intervir como assistente do Ministério Publico, hpakwww plaralo gov rlecvl_Oaidecrete-euDe13689Compiade him ‘n00 082015 Dela529Comaitado ‘Att. 271. Ao assistente sera permitido propor meios de prova, requerer perguntas as testemunhas, aditar 0 libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Publico, ou por ele proprio, nos casos dos arts. 584, § 12, e 598. § 12 0 juiz, ouvido o Ministério Publico, decidiré acerca da realizagao das provas propostas pelo assistente § 22 O processo prosseguird independentemente de nova intimagao do assistente, quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instrugéio ou do julgamento, sem motivo de forga maior devidamente comprovado. Art. 272. O Ministério Publico seré ouvido previamente sobre a admissao do assistente Art. 273. Do despacho que admitir, ou nao, 0 assistente, ndo cabera recurso, devendo, entretanto, constar dos autos 0 pedido e a decisao. CAPITULO V DOS FUNCIONARIOS DA JUSTIGA Art. 274. AS prescrig&es sobre suspeicao dos juizes estendem-se aos serventudrios e funcionarios da justiga, no que Ihes for aplicavel. CAPITULO VI DOS PERITOS E INTERPRETES Art. 275. O perito, ainda quando néo oficial, estara sujeito a disciplina judiciaria, Art, 276. As partes nao interviro na nomeago do perito Art. 277. O perito nomeado pela autoridade seré obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendivel. Pardgrafo Unico. Incorreré na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente: a) deixar de acudir a intimagao ou ao chamado da autoridade; b) ndo comparecer no dia e local designados para o exame; ©) no der 0 laudo, ou concorrer para que a pericia nao seja feita, nos prazos estabelecidos. Art, 278, No caso de néo-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderd determinar a sua condugao. Art. 279. Nao poderdo ser peritos: 1- 05 que estiverem sujeitos a interdi¢ao de direito mencionada nos ns. | e IV do art. 69 do Cédigo Penal; II-- os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre 0 objeto da pericia; III - 0s analfabetos e os menores de 21 anos. Art. 280. E extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicdvel, 0 disposto sobre suspeigao dos juizes. Art. 281. Os intérpretes so, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. TITULO IX DA PRISAO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISORIA (Redacao dada pela Lei n° 12.403, de 2011 Art, 282, As medidas cautelares previstas neste Titulo deverao ser aplicadas observando-se a: (Redacdo hpakwwwplanalo gov trlecvl_Oaidecrete-euDe13689Compiade him san00 082015 Dela529Comaitado Lei n® 12.4 2011 | - necessidade para aplicagao da lei penal, para a investigacao ou a instrugao criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a pratica de infragSes penais; (Incluldo pela Lei n° 12,403, de 2011) I - adequagao da medida a gravidade do crime, circunstancias do fato e condigdes pessoais do indiciado ou acusado, (Incluido pela Lei n® 12,403, de 2011 § 12 As medidas cautelares poderdo ser aplicadas isolada ou cumulativamente. (Incluido pela Lei n° 12.403, de 2011 § 22 As medidas cautelares sero decretadas pelo juiz, de oficio ou a requerimento das partes ou, quando no curso da investigagao criminal, por representagdo da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministerio Publico. (Incluido pela Lei n® 12,403, de 2011 § 32 Ressalvados os casos de urgéncia ou de perigo de ineficdcia da medida, o juiz, ao receber 0 pedido de medida cautelar, determinara a intimagao da parte contraria, acompanhada de cépia do requerimento e das pecas necessérias, permanecendo os autos em julzo. (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011 § 42 No caso de descumprimento de qualquer das obrigagdes impostas, 0 juiz, de oficio ou mediante requerimento do Ministério Publico, de seu assistente ou do querelante, poderd substituir a medida, impor outra em cumulacao, ou, em ultimo caso, decretar a prisao preventiva (art. 312, paragrafo Unico). (Incluido pela Lei n? 12,403, de 2011 § 52 O juiz podera revogar a medida cautelar ou substitui4a quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretéla, se sobrevierem razées que a justifiquem. (Incluido pela Lei n° 12.403, de 2014 § 6 A prisdo preventiva seré determinada quando nao for cabivel a sua substituigéo por outra medida cautelar (art. 319). (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011 Art. 283. Ninguém podera ser preso sendo em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciéria competente, em decoréncia de sentenca condenatéria transitada em julgado ou, no curso da investiga¢ao ou do processo, em virtude de priséo temporaria ou prisdo preventiva, (Redacdo dada pela Lei nt? 12,403, de 2011 § 12 As medidas cautelares previstas neste Titulo ndo se aplicam a infragdo a que nao for isolada, cumulativa ou altermativamente cominada pena privativa de liberdade. (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011, § 22 A prisdo poderd ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrigées relativas a inviolabilidade do domicilio. (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011 Art, 284, Nao sera permitido 0 emprego de forga, salvo a indispensével no caso de resistencia ou de tentativa de fuga do preso. Art. 285. A autoridade que ordenar a prisdo fard expedir o respective mandado. Paragrafo Unico. O mandado de piso: a) seré lavrado pelo escrivao e assinado pela autoridade: b) designard a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais caracteristicos; c) mencionara a infragao penal que motivar a priséo; 4) declarard o valor da fianga arbitrada, quando afiangavel a infracao; €) sera dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execugo. Art. 286, © mandado sera passado em duplicata, e 0 executor entregaré ao preso, logo depois da prisao, um dos exemplares com declaragdo do dia, hora e lugar da diligéncia. Da entrega deverd o preso passar recibo no outro exemplar; se recusar, néo souber ou nao puder escrever, o fato seré mencionado em declaracao, assinada por duas testemunhas pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him san00 082015 Dela529Comaitado Art. 287. Se a infragao for inafiangavel, a falta de exibic&o do mandado no obstard a prisdo, e 0 preso, em tal caso, sera imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado. Art, 288, Ninguém seré recolhido a prisdo, sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, a quem sera entregue cépia assinada pelo executor ou apresentada a guia expedida pela autoridade competente, devendo ser pasado recibo da entrega do preso, com declaracao de dia e hora Paragrafo tinico. O recibo podera ser passado no proprio exemplar do mandado, se este for 0 documento exibido. Art, 289, Quando o acusado estiver no territério nacional, fora da jurisdig&o do juiz processante, ser deprecada a sua priséo, devendo constar da precatéria o inteiro teor do mandado. (Redacao dada pela Lei n? 42,403, de 2011 § 12 Havendo urgéncia, o juiz podera requisitar a prisdo por qualquer meio de comunicagao, do qual deverd constar 0 motivo da priséo, bem como o valor da fianga se arbitrada, (Incluido pela Lei n® 12,403, de 2011 § 22 A autoridade a quem se fizer a requisi¢éo tomaré as precaugées necessdrias para averiguar a autenticidade da comunicagao. (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011). § 32 juiz processante devera providenciar a remogao do preso no prazo maximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivacdo da medida. (|ncluido pela Lei n® 12.403, de 2011 Art, 289-A, O juiz competente providenciard o imediato registro do mandado de prisdo em banco de dados mantido pelo Consetho Nacional de Justiga para essa finalidade, (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011 § 12 Qualquer agente policial podera efetuar a prisdo determinada no mandado de prisao registrado no Conselho Nacional de Justiga, ainda que fora da competéncia territorial do juiz que o expediu. (Incluido pela Lei 12.403, de 2011 § 22 Qualquer agente policial poderd efetuar a prisdo decretada, ainda que sem registro no Conselho Nacional de Justi¢a, adotando as precaugSes necessarias para averiguar a autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a decretou, devendo este providenciar, em seguida, 0 registro do mandado na forma do caput deste artigo. (Incluido peta Lei n? 12.403, de 2011 § 3° A prisdo seré imediatamente comunicada ao juiz do local de cumprimento da medida o qual providenciara a certidao extraida do registro do Conselho Nacional de Justica e informard ao julzo que a decretou. (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011 § 42 0 preso sera informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 5° da Constituicao Federal e, caso o autuado nao informe o nome de seu advogado, sera comunicado a Defensoria Publica, (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011), § 52 Havendo duvidas das autoridades locais sobre a legitimidade da pessoa do executor ou sobre a identidade do preso, aplica-se o disposto no § 22 do art. 290 deste Cédigo. (Incluido pela Lei n° 12.403, de 2014 § 6° O Conselho Nacional de Justiga regulamentaré o registro do mandado de prisdo a que se refere o caput deste artigo. (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011 Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao territério de outro municipio ou comarca, o executor poder efetuar-Ihe a priséo no lugar onde o alcangar, apresentando-o imediatamente a autoridade local, que, depois de lavrado, se for 0 caso, 0 auto de flagrante, providenciara para a remogao do preso. § 12- Entender-se-4 que 0 executor vai em persegui¢éo do réu, quando: a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrup¢ao, embora depois o tenha perdido de vista; b) Sabendo, por indicios ou informagées fidedignas, que o réu tenha passado, hd pouco tempo, em tal ou qual dirego, pelo lugar em que o procure, for no seu encalgo. pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him ‘4100 082015 Dela529Comaitado § 22 Quando as autoridades locais tiverem fundadas raz6es para duvidar da legitimidade da pessoa do executor ou da legalidade do mandado que apresentar, poderdo por em custédia o réu, até que fique esclarecida a duvida. Art. 291. A prisdo em virtude de mandado entender-se-a feita desde que 0 executor, fazendo-se conhecer do réu, Ihe apresente o mandado e o intime a acompanhé-lo. Art. 292, Se houver, ainda que por parte de terceiros, resisténcia a prisdo em flagrante ou a determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderdo usar dos meios necessarios para defender-se ou para veneer a resisténcia, do que tudo se lavrara auto subscrito também por duas testemunhas. Att. 293. Se 0 executor do mandado verificar, com seguranga, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa, 0 morador serd intimado a entregé-to, a vista da ordem de prisdo. Se ndo for obedecido imediatamente, 0 executor convocara duas testemunhas e, sendo dia, entraré a forca na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, 0 executor, depois da intimagao ao morador, se nao for atendido, faré guardar todas as saidas, tomando a casa incomunicavel, e, logo que amanhega, arrombard as portas e efetuard a prisdo, Pardgrafo tnico. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa serd levado a presenga da autoridade, para que se proceda contra ele como for de direto. Art. 294. No caso de prisdo em flagrante, observar-se-é o disposto no artigo anterior, no que for aplicavel Att, 295. Serdo recolhidos a quartéis ou a prisdo especial, a disposigao da autoridade competente, quando Sujeitos a prisdo antes de condenagao definitiva 1-08 ministros de Estado; II 08 governadores ou interventores de Estados ou Territérios, 0 prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretarios, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Policia; (Redacdo dada pela Lei ne 3.181, de 11.6 1957) II - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados; IV - 0s cidadaos inscritos no "Livro de Mérito", V — 08 oficiais das Forgas Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territorios; (Redagdo dada pela Lei n? 10.258, de 11.7.2001 VI - os magistrados; VII - 08 diplomados por qualquer das faculdades superiores da Republica; VIII - 08 ministros de confissao religiosa; IX - 08 ministros do Tribunal de Contas; X - 08 cidadaos que ja tiverem exercido efetivamente a fungao de jurado, salvo quando excluidos da lista por motivo de incapacidade para o exercicio daquela fungao; XI - 08 delegados de policia e os guardas-civis dos Estados e Territérios, alivos e inativos, (Redacao dada pela Lei n? § 126, de 20.9.1966) § 12 A prisdo especial, prevista neste Cédigo ou em outras leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisdo comum, (incluido pela Lei n° 10.258, de 11.7.2001 § 22 Nao havendo estabelecimento especifico para o preso especial, este serd recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento. (Incluido pela Lei n° 10.258, de 11.7.2001 § 3° A cela especial poderd consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela concoméncia dos fatores de aeracéo, insolacao e condicionamento térmico adequados 2 existéncia humana, (Incluido pela Lei n? 10,258, de 11,7,200° pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 3100 082015 Dela529Comaitado § 42.0 preso especial nao seré transportado juntamente com 0 preso comum, (Incluido pela Lei n? 10,258, de 11,7.2001) § 5° Os demais direitos e deveres do preso especial serao os mesmos do preso comum, (Incluido pela Lei nf 40.258, de 11,7.2001 Art, 296. Os inferiores e pragas de pré, onde for possivel, serao recolhidos a prisdo, em estabelecimentos militares, de acordo com os respectivos regulamentos. Art, 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela autoridade judicidria, a autoridade policial podera expedir tantos outros quantos necessérios as diligéncias, devendo neles ser fielmente reproduzido o teor do mandado original Art. 298. (Revogado pela Lei n® 12.403, de 20111 Art, 299, A captura podera ser requisitada, a vista de mandado judicial, por qualquer meio de comunicagao, tomadas pela autoridade, a quem se fizer a requisi¢ao, as precaugées necessdrias para averiguar a autenticidade desta. (Redacdo dada pela Lei n° 12.403, de 2011 Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficardo separadas das que j4 estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execugdo penal. (Redacdo dada pela Lei n® 12.403, de 2011 Paragrafo tinico. © militar preso em flagrante delito, apés a lavratura dos procedimentos legais, serd recolhido a quartel da instituicao a que pertencer, onde ficard preso a disposigao das autoridades competentes. (ncluido pela Lei n? 12,403, de 2017 CAPITULO It DA PRISAO EM FLAGRANTE Art, 301, Qualquer do povo poderd @ as autoridades policiais e seus agentes deverdo prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem’ I- esta cometendo a infragao penal; Il - acaba de cometé-la; III - & perseguido, logo apés, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situagao que faga presumir ser autor da infragao: IV - 6 encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que facam presumir ser ele autor da infragéo. Art. 303. Nas infragées permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto ndo cessar a permanéncia. Art. 304. Apresentado o preso a autoridade competente, ouvira esta 0 condutor e colherd, desde logo, sua assinatura, entregando a este cépia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procedera a oitiva das testemunhas que 0 acompanharem e ao interrogatério do acusado sobre a imputacao que Ihe € feita, colhendo, apés cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. (Redacdo dada pela Lei n® 11,113, de 2005) § 12 Resultando das respostas fundada a suspeita contra 0 conduzido, a autoridade mandaré recolhé-lo prisdo, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fianca, e prosseguird nos atos do inquérito ou processo, Se para isso for competente; se ndo 0 for, enviara os autos a autoridade que o seja, § 22 A falta de testemunhas da infragdo nao impediré o auto de prisdo em flagrante; mas, nesse caso, com 0 condutor, deverdo assind-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentagao do preso a autoridade. § 32 Quando 0 acusado se recusar a assinar, néo souber ou nao puder fazé-o, o auto de priséo em bitpsw arate gov tecvl_Odecrto-leiDeI9689Compiado htm 10 082015 Dela529Comaitado flagrante serd assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presenca deste. (Redacdo dada pela Lei n? 11,113, de 2005) Art, 305, Na falta ou no impedimento do escrivéo, qualquer pessoa designada pela autoridade lavrard 0 auto, depois de prestado 0 compromisso legal. Art, 306, A priséo de qualquer pessoa e 0 local onde se encontre sero comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Publico e a familia do preso ou a pessoa por ele indicada, (Redacdo dada pela Lei ne 12.403, de 2011 § 12 Em até 24 (vinte e quatro) horas apés a realizagdo da priso, sera encaminhado ao juiz competente 0 auto de priséo em flagrante e, caso 0 autuado no informe o nome de seu advogado, cépia integral para a Defensoria Publica, (Redacdo dada pela Lei n® 12.403, de 2011 § 22 No mesmo prazo, seré entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com 0 motivo da prisdo, o nome do condutor e os das testemunhas, (Redacéo dada pela Lei n? 12,403, de 2011 Art, 307, Quando 0 fato for praticado em presenga da autoridade, ou contra esta, no exercicio de suas fungées, constaréo do auto a narragao deste fato, a voz de prisdo, as declaragées que fizer 0 preso € os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se nao o for a autoridade que houver presidido 0 auto, Art. 308. Nao havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisdo, o preso sera logo apresentado a do lugar mais préximo. Art. 309, Se o réu se livrar solto, deverd ser posto em liberdade, depois de lavrado 0 auto de priséo em flagrante. Art. 310. Ao receber 0 auto de prisdo em flagrante, o juiz deverd fundamentadamente: (Redacao dada pela Lei n® 12.403, de 20111 | - relaxar a prisdo ilegal; ou (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011 I- converter a prisdo em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Cédigo, e se tevelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisdo; u (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011 III - conceder liberdade proviséria, com ou sem fianga, (Incluido pela Lei n® 12,403, de 2011 Pardgrafo Unico. Se o juiz verificar, pelo auto de prisdo em flagrante, que o agente praticou o fato nas condigées constantes dos incisos | a Ill do caput do art, 23 do Decreto-Lei n® 2,848, de 7 de dezembro de 1940 - Cédigo Penal, podera, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisdria, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuiais, sob pena de revoga¢ao. (Redacdo dada pela Lei n° 12.403, de 2011) CAPITULO II DA PRISAO PREVENTIVA Redacdo dada pela Lei n? 5.349, de 3.11.1967) Art. 311. Em qualquer fase da investigagao policial ou do processo penal, caberd a prisao preventiva decretada pelo juiz, de offcio, se no curso da ago penal, ou a requerimento do Ministério Puiblico, do querelante ou do assistente, ou por representagao da autoridade policial. (Redac&o dada pela Lei n® 12.403, de 2011). Art, 312. A priso preventiva podera ser decretada como garantia da ordem publica, da ordem econdmica, por conveniéncia da instrugao criminal, ou para assegurar a aplicagdo da lei penal, quando houver prova da existéncia do crime e indicio suficiente de autoria. (Redacdo dada pela Lei n? 12.403, de 2011 Paragrafo tinico. A prisdo preventiva também poderd ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigagSes impostas por forga de outras medidas cautelares (art. 282, § 42). (Incluido pela Lei n? 412,403, de 2011 pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him ‘sn00 082015 Dela529Comaitado Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Cédigo, serd admitida a decretagao da prisdo preventiva: (Redacdo dada pela Lei n® 12.403, de 2011 |_- nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade maxima superior a 4 (quatro) anos; (Redac’o dada pela Lei n° 12,403, de 2014 I - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentenga transitada em julgado, ressalvado 0 disposto no inciso | do caput do art. 64 do Decreto-Lei n® 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Cédigo Penal; (Redacdo dada pela Lei n® 12.403, de 2011 Il - se o crime envolver violencia doméstica e familiar contra a mulher, crianga, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiéncia, para garantir a execugdo das medidas protetivas de urgéncia; (Redacdo dada pela Lei n? 12,403, de 2011 IV - (Revogado pela Lei n® 12.403, de 2011 Pardgrafo Unico. Também sera admitida a prisdo preventiva quando houver divida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta nao fomecer elementos suficientes para esclarecé-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade apés a identificagdo, salvo se outra hipdtese recomendar a manutengao da medida. (ncluido pela Lei n? 12,403, de 2011 Art. 314, A prisdo preventiva em nenhum caso sera decretada se 0 juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado 0 fato nas condigdes previstas nos incisos |, Il e Ill do caput do art. 23 do Decreto-Lei n® 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Cédigo Penal, (Redacdo dada pela Lei n? 12,403, de 2014 Art. 315. A decisdo que decretar, substituir ou denegar a prisdo preventiva seré sempre motivada. (Redacdo dada pela Lei n® 12.403, de 2011; Art. 316. O juiz podera revogar a prisao preventiva se, no correr do proceso, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decreté-la, se Sobrevierem razées que a justifiquem. (Redacdo dada pela Lei n? 5.349, de 3,11.1967) CAPITULO IV DA PRISAO DOMICILIAR Redacao dada pela Lei n? 12.403, de 2011 Art. 317. A priséo domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residéncia, $6 podendo dela ausentar-se com autorizacao judicial. (Redacao dada pela Lei n® 12.403, de 2011 Art. 318, Poderd o juiz substituir a prisdo preventiva pela domiciliar quando o agente for: (Redacéo dada pela Lei n® 12.403, de 2011) | - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluido pela Lei n° 12.403, de 2011) Il. extremamente debilitado por motivo de doenga grave; (Incluido pela Lei n° 12.403, de 2011 III - imprescindivel aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiéncia; (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011 IV - gestante a partir do 72 (sétimo) més de gravidez ou sendo esta de alto risco. (Incluido pela Lei n?® 12,403, de 2011 Pardgrafo Unico. Para a substituig&o, o juiz exigira prova idénea dos requisitos estabelecidos neste ar (nciuldo pela Lei n? 12.403, de 2011 CAPITULO V DAS OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES (Redacdo dada pela Lei n° 12.403, de 2011) Art. 319. Sao medidas cautelares diversas da prisdo: (Redacao dada pela Lei n? 12.403, de 2011 | - comparecimento periédico em julzo, no prazo e nas condigées fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; (Redacao dada pela Lei n® 12.403, de 2011 pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 100 082015 Dela529Comaitado I - proibigo de acesso ou frequéncia a determinados lugares quando, por circunstancias relacionadas ao fato, deva_o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infragoes; (Redacao dada pela Lei n® 12.403, de 20111 IIL - proibigo de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstancias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; (Redacao dada pela Lei n° 12.403, de 2011). IV - proibig&o de ausentar-se da Comarca quando a permanéncia seja conveniente ou necessdria para a investigago ou instrugao; (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011 V - recolhimento domiciliar no periodo notumo e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residéncia e trabalho fixos; (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011 VI - suspensdo do exercicio de fungao piiblica ou de atividade de natureza econémica ou financeira quando hover justo receio de sua utilizagao para a pratica de infragées penais; (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2014 VII - intemagao proviséria do acusado nas hipéteses de crimes praticados com violéncia ou grave ameaga, quando 0s peritos concluirem ser inimputavel ou semiimputavel (art. 26 do Cédigo Penal) e houver risco de reiterago; (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011 Vill -fianga, nas infragdes que a admitem, para assegurar 0 comparecimento a atos do processo, evitar a obstrugdo do seu andamento ou em caso de resistencia injustificada @ ordem judicial; (Incluido pela Lei n° 12,403, de 2011 1X - monitoragao eletrénica, (Incluido pela Lei n? 12,403, de 2011 § 12 (Revogado pela Lei n? 12.403, de 2011 § 22 (Revogado pela Lei n? 12.403, de 2011 § 32 (Revogado pela Lei n° 12.403, de 2011 § 42 A fianga sera aplicada de acordo com as disposi¢6es do Capitulo VI deste Titulo, podendo ser cumulada com outras medidas cautelares. (Iincluido pela Lei n? 12,403, de 2011 Art. 320. A proibi¢do de ausentar-se do Pais seré comunicada pelo juiz as autoridades encarregadas de fiscalizar as saldas do territorio nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. (Redagao dada pela Lei n? 12.403, de 2011 CAPITULO VI DA LIBERDADE PROVISORIA, COM OU SEM FIANGA Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretagao da prisao preventiva, o juiz deverd conceder liberdade proviséria, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Cédigo e observados os critérios constantes do art, 282 deste Cédigo, (Redagdo dada pela Lei n? 12.403, de 2011). 1 - (Revogado pela Lei n? 12.403, de 2011 I (Revogado pela Lei n? 12.403, de 2041 Art. 322, A autoridade policial somente poderé conceder fianga nos casos de infragao cuja pena privativa de liberdade maxima no seja superior a 4 (quatro) anos. (Redacdo dada pela Lei n? 12.403, de 2011 Paragrafo tinico. Nos demais casos, a fianga sera requerida ao juiz, que decidira em 48 (quarenta e oito) horas. (Reda¢ao dada pela Lei n® 12.403, de 2011 Art, 323, Nao sera concedida fianga: (Redacdo dada pela Lei n° 12,403, de 2011 I-nos crimes de racismo; (Redacdo dada pela Lei n® 12,403, de 2011 Il - nos crimes de tortura, tréfico ilicito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; (R la Lei n? 12.41 2011 pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 00 082015 Dela529Comaitado IIL- nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e 0 Estado Democratico; (Redacao dada pela Lei n° 12.403, de 2011 IV - (Revoaado pela Lei n® 12,4 2014 V - (Revogado pela Lei n? 12.403, de 2011 Art. 324, Nao sera, i falmente, concedida fianga: (Redacdo dada pela Lei n? 12.403, de 2011 I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fianga anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigagdes a que se referem os arts. 327 e 328 deste Codigo; (Redacdo dada pela Lei n° 12.403, de 2011 Il- em caso de priso civil ou militar, (Redacao dada pela Lei n° 12.403, de 2011 Il - (Revogado pela Lei n° 12,403, de 2011 IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretacao da prisao preventiva (art. 312). (Redacao dada pela Lei n° 12,403, de 2011 ‘Art. 325. O valor da fianga sera fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites: (Redacto dada pela Lei n® 12,403, de 2011), a) (revogada); (Redaco dada pela Lei n® 12.403, de 2011 b) (revogada); (Redac&o dada pela Lei n® 12.403, de 2011 ©) (revogada), (Redac4o dada pela Lei n° 12,403, de 2011, I-de 4 (um) a 100 (cem) salérios minimos, quando se tratar de infragao cuja pena privativa de liberdade, ho grau maximo, néo for superior a 4 (quatro) anos; (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011 Il - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salérios minimos, quando o maximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos. (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011 § 12 Se assi no 12,403, de 2011 recomendar a situagao econémica do preso, a fianga poderd ser: (Redacao dada pela Lei | - dispensada, na forma do art. 350 deste Cédigo; (Redagdo dada pela Lei n? 12.403, de 2011), Il reduzida até 0 maximo de 2/3 (dois tergos); ou (Redacéo dada pela Lei n? 12,403, de 2011 Il - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. (Inciuido peta Lei n? 12.403, de 2011 § 22 (Revogado pela Lei n? 12.403, de 2011 1 - (Revoaado pela Lei n? 12,403, de 2011 I- (Revogado pela Lei n? 12.403, de 2011 Il - (Revogado pela Lei n? 12.403, de 2011 Art. 326. Para determinar o valor da fianga, a autoridade teré em consideragao a natureza da infraco, as condigdes pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstancias indicativas de sua periculosidade, bem como a importancia provavel das custas do processo, até final julgamento Art. 327. A fianga tomada por termo obrigard o afiangado a comparecer perante a autoridade, todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrugao criminal e para o julgamento. Quando 0 réu no comparecer, a fianga seré havida como quebrada Art. 328. O réu afiangado no podera, sob pena de quebramento da fianga, mudar de residénci prévia permissao da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residénci comunicar aquela autoridade o lugar onde sera encontrado. sem sem Att. 329. Nos julzos criminais e delegacias de policia, havera um livro especial, com termos de abertura € pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 41100 082015 Dela529Comaitado de encerramento, numerado e rubricado em todas as suas folhas pela autoridade, destinado especialmente aos termos de fianga. O termo sera lavrado pelo escrivao e assinado pela autoridade e por quem prestar a fianga, € dele extrair-se-a certidao para juntar-se aos autos. Paragrafo Unico. © réu e quem prestar a flanga serao pelo escrivao notificados das obrigagées e da sangdo previstas nos arts. 327 e 328, o que constard dos autos Art. 330. A fianga, que sera sempre definitiva, consistira em depésito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, titulos da divida publica, federal, estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar. § 12 A avaliacdo de imével, ou de pedras, objetos ou metais preciosos ser nomeado pela autoridade, imediatamente por perito § 22 Quando a fianga consistir em caugao de titulos da divida publica, o valor serd determinado pela sua cotagéio em Bolsa, e, sendo nominativos, exigir-se-é prova de que se acham livres de énus. Art. 331. O valor em que consistir a fianga seré recolhido a reparti¢ao arrecadadora federal ou estadual, ou entregue ao depositario piiblico, juntando-se aos autos os respectivos conhecimentos. Pardgrafo nico. Nos lugares em que 0 depésito ndo se puder fazer de pronto, o valor sera entregue 20 escrivao ou pessoa abonada, a oritério da autoridade, e dentro de trés dias dar-se-4 ao valor o destino que Ihe assina este artigo, 0 que tudo constaré do termo de fianga, Art, 332, Em caso de prisdo em flagrante, sera competente para conceder a fianca a autoridade que presidir ao respectivo auto, e, em caso de prisdo por mandado, o juiz que o houver expedido, ou a autoridade judiciéria ou policial a quem tiver sido requisitada a prisao. Art. 333. Depois de prestada a fianga, que sera concedida independentemente de audiéncia do Ministério Publico, este teré vista do processo a fim de requerer 0 que julgar conveniente. Art. 334. A fianga poderd ser prestada enquanto nao transitar em julgado a sentenca condenatéria. (Re da pela Lei n® 12.403, de 2011: Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade policial a concessao da fianga, 0 preso, ou alguém por ele, poderd prestéla, mediante simples peti¢do, perante o juiz competente, que decidira em 48 (quarenta e cito) horas. (Redagao dada pela Lei n? 12.403, de 2011 Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fianga servirdo ao pagamento das custas, da indenizagao do dano, da prestagao pecuniaria e da muita, se o réu for condenado, (Redacao dada pela Lei n° 12.403, de 2011 Paragrafo Unico. Este dispositive tera aplicagao ainda no caso da prescrigao depois da sentenca condenatéria (art, 110 do Cédigo Penal). (Redacdo dada pela Lei n° 12,403, de 2011). Art, 337, Se a fianga for declarada sem efeito ou passar em julgado sentenga que houver absolvido 0 acusado ou declarada extinta a aco penal, o valor que a constituir, atualizado, sera restituido sem desconto, salvo 0 disposto no pardgrafo tinico do art. 336 deste Cédigo. (Redacdo dada pela Lei n® 12.403, de 2011) Art. 338, A fianga que se reconheca nao ser cabivel na espécie sera cassada em qualquer fase do proceso. Art. 339, Serd também cassada a fianga quando reconhecida a existéncia de delito inafiangavel, no caso de inovagao na classificagao do delit. Art. 340. Sera exigido o reforgo da fianga: ||- quando a autoridade tomar, por engano, fianga insuficiente; I - quando houver depreciago material ou perecimento dos bens hipotecados ou caucionados, ou depreciagao dos metais ou pedras preciosas: III - quando for inovada a classificagao do deli. pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 100 082015 Dela529Comaitado Paragrafo nico. A fianga ficara sem efeito e o réu sera recothide a priso, quando, na conformidade deste artigo, nao for reforgada. Art, 341, Julgar-se-4 quebrada a fianga quando 0 acusado: (Redacao dada pela Lei n’ 12,403, de 2011 1 - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo; (Incluido pela Lei ne 12,403, de 2011 Il - deliberadamente praticar ato de obstrugao ao andamento do proceso; (Incluido pela Lei n® 12.403, de 201, Il - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fianga; (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011), IV - resistir injustificadamente a ordem judicial; (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011 \V - praticar nova infrago penal dolosa. (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011 Art. 342. Se vier a ser reformado o julgamento em que se declarou quebrada a fianga, esta subsistira em todos os seus efeitos Art. 343, © quebramento injustificado da fianca importard na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposi¢o de outras medidas cautelares ou, se for 0 caso, a decretagao da prisdo preventiva. (Redacdo dada pela Lei n? 12.403, de 2011 Art. 344. Entender-se-4 perdido, na totalidade, o valor da fianga, se, condenado, 0 acusado néo se apresentar para 0 inicio do cumprimento da pena definitivamente imposta. (Redacdo dada pela Lei n? 12.403, de 2011), Art. 345. No caso de perda da fianga, o seu valor, deduzidas as custas e mais encargos a que o acusado estiver obrigado, sera recolhido ao fundo penitencirio, na forma da lei, (Redacdo dada pela Lei n° 12.403, de 2011) Art. 346. No caso de quebramento de fianga, feitas as deducées previstas no art. 345 deste Cédigo, 0 valor restante serd recolhido ao fundo penitenciario, na forma da lei. (Redacao dada pela Lei n° 12.403, de 2011) ‘Art. 347, Nao ocorrendo a hipétese do art, 345, 0 saldo serd entregue a quem houver prestado a fianga, depois de deduzidos os encargos a que o réu estiver obrigado. Art. 348. Nos casos em que a fianga tiver sido prestada por meio de hipoteca, a execugao serd promovida 1o juizo civel pelo érgo do Ministério Publico, Art. 349, Se a fianga consistir em pedras, objetos ou metais preciosos, o juiz determinara a venda por lelloeiro ou corretor. Art, 350, Nos casos em que couber fianga, 0 juiz, verificando a situagao econémica do preso, podera conceder-Ihe liberdade proviséria, sujeitando-o as obrigagées constantes dos arts. 327 e 328 deste Cédigo e a outras medidas cautelares, se for o caso. (Redacéo dada pela Lei n? 12.403, de 2011 Parégrafo Unico. Se 0 beneficiado descumprir, sem motivo justo, qualquer das obrigagbes ou medidas impostas, aplicar-se-4 0 disposto no § 4° do art. 282 deste Cédigo. (Redacdo dada pela Lei n° 12.403, de 2011 TITULO x DAS CITAGOES E INTIMAGOES CAPITULO! DAS CITAGOES Art. 351. A citagdo inicial far-se-4 por mandado, quando o réu estiver no territrio sujeito a jurisdigao do juiz que a houver ordenado. pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 4ars00 082015 Dela529Comaitado Art. 352. © mandado de citagao indicaré: 1-0 nome do juiz; I1- o nome do querelante nas a¢Ses iniciadas por queixa; III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais caracteristicos; IV - a residéncia do réu, se for conhecida; V-- 0 fim para que é feita a citagao; VI - 0 juizo e 0 lugar, 0 dia e a hora em que o réu deverd comparecer, VII - a subscrigdo do escrivao e a rubrica do juiz Art. 353. Quando o réu estiver fora do territério da jurisdi¢ao do juiz processante, sera citado mediante precatéria Art, 354. A precatéria indicara: 1-0 juiz deprecado e o juiz deprecante: Il- a sede da jurisdigao de um e de outro; Iil-0 fim para que é feita a citagao, com todas as especificagées; IV - 0 julzo do lugar, 0 dia e a hora em que o réu deveré comparecer. Art. 355. A precatéria serd devolvida ao juiz deprecante, independentemente de traslado, depois de langado 0 "cumpra-se" e de feita a citagao por mandado do juiz deprecado. § 12 Verificado que o réu se encontra em terrtério sujeito a jurisdigao de outro juiz, a este remeterd o juiz deprecado os autos para efetivacao da diligéncia, desde que haja tempo para fazer-se a citagao. § 22 Certificado pelo oficial de justiga que o réu se oculta para ndo ser citado, a precatéria seré imediatamente devolvida, para 0 fim previsto no art. 362, Art. 356. Se houver urgéncia, a precatéria, que contera em resumo os requisites enumerados no art. 354, podera ser expedida por via telegrafica, depois de reconhecida a firma do juiz, 0 que a estagao expedidora mencionara. Art, 357. S80 requisitos da citagao por mandado: | -Ieitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionardo dia e hora da citagao; Il - declarago do oficial, na certidao, da entrega da contrafé, e sua aceitagdo ou recusa. Art. 358. A citagdo do militar far-se-& por intermédio do chefe do respectivo servico, Art. 359, O dia designado para funcionério puiblico comparecer em julzo, como acusado, seré notificado assim a ele como ao chefe de sua reparti¢o. Art, 360. Se 0 réu estiver preso, sera pessoalmente citado. (Redacao dada pela Lei n° 10.792, de 4°.12.2003 Art. 361. Se 0 réu nao for encontrado, sera citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias. Art, 362. Verificando que o réu se oculta para nao ser citado, 0 oficial de justica certificard a ocorréncia e procederd a citagao com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei n° 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Cédigo de Processo Civil. (Redacao dada pela Lei n? 11.719, de 2008) pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 421100 082015 Dela529Comaitado Paragrafo nico. Completada a citagdo com hora certa, se o acusado ndo comparecer, serJhe-4 nomeado defensor dativo. (Incluido pela Lei n® 11,719, de 2008) Art. 363, © processo teré completada a sua formagao quando realizada a citacdo do acusado. (Redacdo dada pela Lei n® 11.719, de 2008) 1 - (revogado); (Redacdo dada pela Lei n? 11,719, de 2008) Il - (revogado). (Redaco dada peta Lei n® 11.719, de 2008) § 12 Nao sendo encontrado o acusado, serd procedida a citagdo por edital. (Inclufdo pela Lei n® 11.719, de 2008) § 22 (VETADO) (\ncluido pela Lei n® 11,719, de 2008) § 32 (VETADO) (Incluldo pela Lei n® 11,719, de 2008), § 4° Comparecendo 0 acusado citado por edital, em qualquer tempo, 0 processo observard 0 disposto nos arts, 394 e seguintes deste Cédigo, (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008) Art. 364. No caso do artigo anterior, n° |, 0 prazo sera fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 (noventa) dias, de acordo com as circunstancias, e, no caso de n® ||, 0 prazo sera de trinta dias. Art, 365, O edital de citagao indicaré: 1- o nome do juiz que a determinar, Il - o nome do réu, ou, se n&o for conhecido, os seus sinais caracteristicos, bem como sua residéncia e profissao, se constarem do processo: III - 0 fim para que é feita a citagao: IV - 0 juizo € 0 dia, a hora e o lugar em que o réu deverd comparecer, V - 0 prazo, que serd contado do dia da publicagao do edital na imprensa, se houver, ou da sua afixagao. Paragrafo Unico. O edital sera afixado a porta do edificio onde funcionar 0 julzo e sera publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixagao ser certificada pelo oficial que a tiver feito e a publicagdo provada por exemplar do jomal ou certidéo do escrivao, da qual conste a pagina do jomal com a data da publicacao. Art. 366. Se 0 acusado, citado por edital, no comparecer, nem constituir advogado, ficardo suspensos 0 proceso @ 0 curso do prazo presericional, podendo o juiz determinar a producao antecipada das provas consideradas urgentes e, se for 0 caso, decretar prisdo preventiva, nos termos do disposto no art. 312. (Redacdo dada pela Lei n® 9.271, de 17.4,1996) (Vide Lei n® 11,719, de 2008) § 12 (Revogado pela Lei n? 11.719, de 2008) § 22 (Revogado pela Lei n® 11.719, de 2008) Art, 367, © proceso seguiré sem a presenga do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudanga de residéncia, nao comunicar 0 novo endereco ao juizo. (Redaco dada pela Lei n? 9.271, de 17.4.1996) Art. 368. Estando 0 acusado no estrangeiro, em lugar sabido, sera citado mediante carta rogatéria, suspendendo-se 0 curso do prazo de prescricdo até 0 seu cumprimento. (Redacdo dada pela Lei n° 9.271, de 17,4,1996) Art. 369. As citagdes que houverem de ser feitas em legagdes estrangeiras serdo efetuadas mediante carta rogatéria. (Redacdo dada pela Lei n? 9.271, de 17.4.1996) CAPITULO m pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 44300 082015 Dera589Comaitado DAS INTIMAGOES Art. 370. Nas intimagSes dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, sera observado, no que for aplicavel, o disposto no Capitulo anterior. (Redacdo dada pela Lei n? 9.271, de 17.4.1996) § 12 A intimagao do defensor constituido, do advogado do querelante e do assistente far-se-4 por Publicagao no érgao incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, 0 nome do acusado. (Incluido pela Lei n® 9.271, de 17.4.1996) § 22 Caso no haja 6rgao de publicacao dos atos judiciais na comarca, a intimagao far-se-4 diretamente pelo escrivao, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idéneo. (Redacdo dada pela Lei n® 9.271, de 17.4.1996) § 3° A intimagao pessoal, feita pelo escrivdo, dispensard a aplicagao a que alude o § 12. (incluido pela Lein’ 9.274, de 17.4.1996) § 42 A intimagao do Ministério Publico e do defensor nomeado serd pessoal. (Incluido pela Lei n® 9.274 de 17.4,1996) Art. 371. Sera admissivel a intimagao por despacho na p no art. 357 “Ao em que for requerida, observado o disposto Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instrugo criminal, o juiz marcaré desde logo, na presenga das partes e testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento, do que se lavrard termo nos autos, TITULO XI DA APLICAGAO PROVISORIA DE INTERDIGOES DE DIREITOS E MEDIDAS DE SEGURANGA Art. 373. A aplicacao proviséria de interdigSes de direitos poderd ser determinada pelo juiz, de oficio, ou a requerimento do Ministério Puiblico, do querelante, do assistente, do ofendido, ou de seu representante legal, ainda que este ndo se tenha constituido como assistente: | - durante a instrugao criminal apés a apresentagdo da defesa ou do prazo concedido para esse fim; Il- na sentenga de prontincia; III - na decisao confirmatéria da prontincia ou na que, em grau de recurso, pronunciar o réu; IV - na sentenga condenatéria recorrivel. § 12 No caso do n® 1, havendo requerimento de aplicagao da medida, o réu ou seu defensor seré ouvido no prazo de 2 (dois) dias. § 22 Decretada a medida, serdo feitas as comunicagées necessarias para a sua execugdo, na forma do disposto no Capitulo Il! do Titulo I! do Livro IV. Art. 374, Nao caberd recurso do despacho ou da parte da sentenga que decretar ou denegar a aplicagao proviséria de interdigGes de direitos, mas estas poderdo ser substituidas ou revogadas: | - se aplicadas no curso da instrugao criminal, durante esta ou pelas sentengas a que se referem os ns. II, Ile IV do artigo anterior, I - se aplicadas na sentenga de prontincia, pela decisdo que, em grau de recurso, a confirmar, total ou parcialmente, ou pela sentenga condenatéria recorrivel; Ill - se aplicadas na deciséo a que se refere o n? III do artigo anterior, pela sentenga condenatoria recorrivel pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 461100 082015 Dela529Comaitado Art. 375. © despacho que aplicar, provisoriamente, substituir ou revogar interdigdo de direito, sera fundamentado, Art. 376. A decisdo que impronunciar ou absolver o réu fara cessar a aplicagao proviséria da interdigao anteriormente determinada. Art. 377. Transitando em julgado a sentenga condenatéria, serdo executadas somente as interdigbes nela aplicadas ou que derivarem da imposigao da pena principal. Art. 378, A aplicagao proviséria de medida de seguranga obedeceré ao disposto nos artigos anteriores, com as modificagées seguintes: | - 0 juiz poderé aplicar, provisoriamente, a medida de seguranga, de oficio, ou a requerimento do Ministerio Publico: Il - a aplicagdo podera ser determinada ainda no curso do inquérito, mediante representagao da autoridade policial; III - a aplicagao proviséria de medida de seguranca, a substituigao ou a revogagdo da anteriormente aplicada poderao ser determinadas, também, na sentenca absolutoria; IV - decretada a medida, atender-se-4 ao disposto no Titulo V do Livro IV, no que for aplicavel Art. 379. Transitando em julgado a sentenca, observar-se-4, quanto a execugao das medidas de seguranga definitivamente aplicadas, 0 disposto no Titulo V do Livro IV. Att, 380. A aplicagao proviséria de medida de seguranga obstaré a concessto de fianga, e tomara sem efeito a anteriormente concedida. TITULO XII DA SENTENGA Art, 381. A sentenga contera: 1-08 nomes das partes ou, quando no possivel, as indicagSes necessérias para identificé-las; Il - a exposi¢ao sucinta da acusagao e da defesa; IIl- a indicaco dos motivos de fato e de direito em que se fundar a deciséo; IV - a indicagao dos artigos de lei aplicados; V - 0 dispositivo: VI-a data e a assinatura do juiz. Art. 382, Qualquer das partes poderd, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentenga, sempre que nela houver obscuridade, ambighidade, contradig&o ou omisséo. Art, 383, © juiz, sem modificar a descrig&o do fato contida na dentincia ou queixa, poderd atribuirthe defini¢do juridica diversa, ainda que, em consequéncia, tenha de aplicar pena mais grave. (Redacao dada pela Lein? 11.719, de 2008) § 12 Se, em consequiéncia de definigao juridica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensao Condicional do proceso, o juiz procederé de acordo com o disposto na lei. (Incluldo pela Lei n® 11,719, de 2008) § 22 Tratando-se de infragéo da competéncia de outro juizo, a este serao encaminhados os autos. (Incluido pela Lei n® 11,719, de 2008) Art, 384, Encerrada a instrugo probatéria, se entender cabivel nova definig¢&o juridica do fato, em conseqiiéncia de prova existente nos autos de elemento ou circunstancia da infragao penal néo contida na pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 46100 082015 Dela529Comaitado acusagao, 0 Ministério Publico devera aditar a denuncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado 0 processo em crime de ago publica, reduzindo-se a termo 0 aditamento, quando feito oralmente. (Redacdo dada pela Lei n® 11.719, de 2008) § 12 Nao procedendo 0 org4o do Ministério Publico ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Cédigo. (Incluido pela Lei n® 11,749, de 2008) § 22 Ouvido 0 defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias ¢ admitido 0 aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designaré dia e hora para continuagéo da audiéncia, com inquirigao de testemunhas, novo interrogatério do acusado, realizacao de debates ¢ julgamento. (Incluido pela Lei n® 11,719. de 2008), § 32 Aplicam-se as disposigdes dos §§ 12 e 2° do art, 383 ao caput deste artigo. (Incluldo pela Lei n® 11,719, de 2008) § 42 Havendo aditamento, cada parte poderd arrolar até 3 (trés) testemunhas, no prazo de § (cinco) dias, ficando 0 juiz, na sentenga, adstrito aos termos do aditamento, (Inclufdo pela Lei n? 11.719, de 2008) § 52 Nao recebido o aditamento, o processo prosseguiré. (Inclul la Lei n? 11.74 Art. 385. Nos crimes de ago piiblica, o juiz poderd proferir sentenca condenatéria, ainda que o Ministério Publico tenha opinado pela absolvi¢do, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada Art. 386. 0 juiz absolverd o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheca | - estar provada a inexisténcia do fato; I - no haver prova da existéncia do fato; III - no constituir o fato infragéo penal; IV ~ estar provado que o réu nao concorreu para a infrago penal; (Redacdo dada pela Lei n? 11.690, de 2008) V —néo existir prova de ter 0 réu concorrido para a infragao penal; (Redacdo dada pela Lei n° 11,690, de 2008) VI — existirem circunstancias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 12 do art. 28, todos do Cédigo Penal), ou mesmo se houver fundada duivida sobre sua existéncia; (Redacdo dada pela Lein® 11,690, de 2008) VII — ndo existir prova suficiente para a condenagdo. (Incluido pela Lei n° 11.690, de 2008) Pardgrafo Unico. Na sentenga absolutéria, o juiz: I mandard, se for caso, por o réu em liberdade; 11 - ordenard a cessacao das medidas cautelares e provisoriamente aplicadas; (Redaco dada pela Lei n° 11,690, de 2008) IIL - aplicara medida de seguranga, se cabivel. Att. 387. O juiz, ao proferir sentenga condenatéria: (Vide Lei n® 11,719, de 2008) - mencionara as circunstancias agravantes ou atenuantes definidas no Cédigo Penal, € cuja existencia reconhecer; Il - mencionaré as outras circunstancias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicagao da pena, de acordo com o disposto nos arts. 59 e 60 do Decreto-Lei n® 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Cédigo Penal; (Redacdo dada pela Lei n? 11,719, de 2008) Il - aplicard as penas de acordo com essas conclus6es; (Redacao dada pela Lei n® 11.749, de 2008) pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him ais00 osrsors eis688Compiado IV - fixara valor minimo para reparagao dos danos causados pela infragao, considerando os prejuizos softidos pelo ofendido; (Redacdo dada pela Lei n® 11.719, de 2008) V - atenderd, quanto a aplicagao proviséria de interdigdes de direitos e medidas de seguranga, ao disposto no Titulo XI deste Livro: VI - determinard se a sentenca deverd ser publicada na integra ou em resumo e designaré o jomal em que serd felta a publicacdo (art. 73, § 12, do Cédigo Penal), § 12 O juiz decidird, fundamentadamente, sobre a manutengao ou, se for 0 caso, a imposicao de priséio preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuizo do conhecimento de apelagao que vier a ser interposta. (Incluido pela Lei n? 12,736, de 2012) § 22 O tempo de prisdo proviséria, de priséo administrativa ou de intemagao, no Brasil ou no estrangeiro, sera computado para fins de determinagao do regime inicial de pena privativa de liberdade. (Incluido pela Lei n® 12.736, de 2012 Art. 388. A sentenca poderd ser datilografada e neste caso 0 juiz a rubricard em todas as folhas. Art. 389. A sentenga seré publicada em mao do escrivao, que lavrard nos autos o respectivo termo, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim Art. 390. O escrivao, dentro de trés dias apos a publicagao, € sob pena de suspensdo de cinco dias, dara conhecimento da sentenga ao érgéo do Ministério Publico. Art, 391. © querelante ou o assistente seré intimado da sentenga, pessoalmente ou na pessoa de seu advogado. Se nenhum deles for encontrado no lugar da sede do juizo, a intimacao sera feita mediante edital com © prazo de 10 dias, afixado no lugar de costume. Art. 392. A intimagdo da sentenga seré feita: I a0 réu, pessoalmente, se estiver preso; I- ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele constituido, quando se livrar solto, ou, sendo afiangavel a infragao, tiver prestado fianga; Ill - ao defensor constituido pelo réu, se este, afiangdvel, ou ndo, a priséo, nao tiver sido encontrado, e assim o certficar 0 oficial de justi¢a; ragdo, expedido o mandado de IV - mediante edital, nos casos do n® II, se 0 réu e 0 defensor que houver constitulde nao forem encontrados, e assim 0 certficar 0 oficial de justi¢a: V - mediante edital, nos casos do n® Ill, se o defensor que 0 réu houver constituido também no for encontrado, e assim 0 cettificar 0 oficial de justiga; VI - mediante edital, se 0 réu, no tendo constituldo defensor, nao for encontrado, e assim o certificar 0 oficial de justiga § 12 0 prazo do ecital sera de 90 dias, se tiver sido imposta pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, e de 60 dias, nos outros casos. § 22 O prazo para apelagdo correrd apés 0 término do fixado no edital, salvo se, no curso deste, for feita a intimago por qualquer das outras formas estabelecidas neste artigo. ‘Art, 393. (Revogado pela Lei n? 12.403, de 2011 Livro DOS PROCESSOS EM ESPECIE TITULO | pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 481100 082015 Dela529Comaitado DO PROCESSO COMUM CAPITULO I DA INSTRUGAO CRIMINAL ‘Art, 394, O procedimento ser comum ou especial, (Redagdo dada pela Lei n? 11,719, de 2008) § 12 O procedimento comum seré ordinario, sumério ou sumarissimo: (Incluido pela Lei n? 11.719, de 2008) | ordinario, quando tiver por objeto crime cuja san¢ao maxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluldo pela Lei n® 11,719, de 2008) II- sumario, quando tiver por objeto crime cuja sang4o maxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008) I - sumarissimo, para as infragdes penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluido pela Lei m2 11,719, de 2008), § 22 Aplica-se a todos os processos 0 procedimento comum, salvo disposigGes em contrario deste Cédigo ou de lei especial, (Incluido pela Lei n° 11.719, de 2008) § 32 Nos processos de competéncia do Tribunal do Jiri, 0 procedimento observard as disposicbes estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Cédigo. (Incluido pela Lei n? 11,719, de 2008) § 42 As disposigdes dos arts. 395 a 398 deste Codigo aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que no regulados neste Cédigo, (Incluldo pela Lei n® 11,719, de 2008), § 52 Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumério e sumarissimo as disposigdes do procedimento ordinario. (Incluido pela Lei n° 11,719, de 2008) ‘Art. 395. A dentincia ou queixa serd rejeitada quando: (Redaco dada pela Lei n® 11.719, de 2008 1 - for manifestamente inepta; (Incluldo pela Lei n® 11,719, de 2008) Il - faltar pressuposto processual ou condi¢ao para 0 exercicio da agdo penal; ou (Incluldo pela Lei n° 11,719, de 2008) III - faltar justa causa para o exercicio da a¢ao penal. (Incluldo pela Lei n® 11.719, de 2008) Pardgrafo Unico. (Revogado). (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008) Art, 396, Nos procedimentos ordinario e sumério, oferecida a dentincia ou queixa, 0 juiz, se nao a rejeitar liminarmente, recebé4a-4 e ordenara a citagao do acusado para responder & acusacao, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redacdo dada pela Lei n? 11.719, de 2008) Paragrafo tinico. No caso de citago por edital, 0 prazo para a defesa comegard a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituido. (Redacdo dada pela Lei n° 11,719, de 2008) Art. 396-A. Na resposta, 0 acusado poderd argiir preliminares e alegar tudo o que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificag6es, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimagao, quando necessério. (Incluldo pela Lei n? 11,719, de 2008) § 12 A excegdo sera processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Cédigo. (Incluldo pela ein’ 11,719, de 2008) § 22 Néo apresentada a resposta no prazo legal, ou se 0 acusado, citado, néo constituir defensor, o juiz nomeara defensor para oferecé-ta, concedendo-the vista dos autos por 10 (dez) dias, (Incluido pela Lei o* 11,719, de 2008) Art, 397, Apos 0 cumprimento do disposto no art. 396-A, e pardgrafos, deste Cédigo, o juiz deverd absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redacdo dada pela Lei n° 11.719, de 2008 1. a existéncia manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluldo pela Lei n® 11.719. de 2008) pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him 49/100 082015 Dela529Comaitado Il - a existéncia manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluido pela Lei n° 11,719. de 2008) IIL - que 0 fato narrado evidentemente nao constitui crime; ou (Incluido pela Lei n° 11.719, de 2008) IV - extinta a punibilidade do agente, (Incluido pela Lei n® 11,719, de 2008) Art. 398. (Revogado pela Lei n® 11.719. de 2008) Art, 399. Recebida a deniincia ou queixa, o juiz designaré dia e hora para a audiéncia, ordenando a intimagéo do acusado, de seu defensor, do Ministério PUblico e, se for 0 caso, do querelante e do assistente, (Redagdo dada pela Lei n’ 11.719, de 2008) § 12 O acusado preso sera requisitado para comparecer ao interrogatério, devendo o poder piiblico providenciar sua apresentacao. (Incluido pela Lei n? 11,719, de 2008), § 22 O juiz que presidiu a instrugdo devera proferir a sentenga. (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008) Art. 400. Na audiéncia de instrugao e julgamento, a ser realizada no prazo maximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-a a tomada de declarag6es do ofendido, a inquirig&o das testemunhas arroladas pela acusagao e pela defesa, nesta ordem, ressalvado 0 disposto no art. 222 deste Cédigo, bem como aos esclarecimentos dos peritos, as acareagdes e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redacdo dada pela Lei n® 11.719, de 2008) § 12 As provas serao produzidas numa s6 audiéncia, podendo 0 juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatérias. (Incluido pela Lei n? 14,719, de 2008), § 22 Os esclarecimentos dos peritos dependerao de prévio requerimento das partes. (Incluido pela Lei n® a4.74 Art 401. Na instrug&o poderdo ser inquiridas até 8 pela defesa. (Redacdo dada pela Lei n? 11,719, de 2008) testemunhas arroladas pela acusagao e 8 (oito) § 12 Nesse niimero nao se compreendem as que nao prestem compromisso e as referidas. (Incluido pela Lei? 11,719, de 2008) § 22 A parte poderd desistir da inquiricdo de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Cédigo. (Inciuido pela Lei n® 11.719. de 2008) Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiéncia, o Ministério Publico, o querelante e o assistente e, a seguir, 0 acusado poderao requerer diligéncias cuja necessidade se origine de circunstancias ou fatos apurados na instrugao. (Redacdo dada pela Lei n® 11.719, de 2008) ‘Art. 403. Nao havendo requerimento de diligéncias, ou sendo indeferido, serdo oferecidas alegagées finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusacao e pela defesa, prorrogaveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentenga, (Redacdo dada pela Lei n? 11,719, de 2008) § 12 Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um sera individual. (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008) § 22 Ao assistente do Ministério Puiblico, apés a manifestagao desse, serao concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por iguial perfodo o tempo de manifestagao da defesa. (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008) § 32 0 juiz poderd, considerada a complexidade do caso ou 0 niimero de acusados, conceder as partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentagao de memoriais. Nesse caso, tera 0 prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentenca, (Inciuido pela Lei n® 11,719, de 2008) Art. 404. Ordenado diligéncia considerada imprescindivel, de oficio ou a requerimento da parte, a audiéncia sera concluida sem as alegag6es finais. (Redacdo dada pela Lei n° 11,719, de 2008) Parégrafo tinico. Realizada, em seguida, a diligéncia determinada, as partes apresentaréo, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegag6es finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, 0 juiz proferird a sentenga, (Incluido pela Lei? 11,719, de 2008) Art. 405. Do ocorrido em audiéncia sera lavrado termo em livro proprio, assinado pelo juiz e pelas partes, pakwwwplaralo gov.riecvl_Osideerete-evDel3689Compad him ‘sur00 082015 Dela529Comaitado contendo breve resumo dos fatos relevantes nela ocorridos. (Redacdo dada pela Lei n? 11.719, de 2008 § 12 Sempre que possivel, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas serd feito pelos meios ou recursos de gravagéo magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informagées. (Incluido pela Lei n® 11,719, de 2008) § 22 No caso de registro por meio audiovisual, sera encaminhado as partes cépia do registro original, sem necessidade de transcrigao. (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008) CAPITULO It (Redacdo dada pela Lei n® 11,689, de 2008) , DO PROCEDIMENTO RELATIVO AOS PROCESSOS DA COMPETENCIA DO TRIBUNAL DO JURI Segao | Da Acusagao e da Instrugao Pretiminar Art. 406. juiz, ao receber a dentincia ou a queixa, ordenard a citagao do acusado para responder a acusa¢ao, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redacdo dada pela Lei n? 11.689, de 2008) § 12 O prazo previsto no caput deste artigo seré contado a partir do efetivo cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juizo, do acusado ou de defensor constituldo, no caso de citagao invalida ou por edital (Redacao dada pela Lei n® 11.689, de 2008) § 22 A acusacéo deverd arrolar testemunhas, até o maximo de 8 (cito), na denuincia ou na queixa § 32 Na resposta, 0 acusado poderd argli preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificagées, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o maximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimagao, quando necessério. (Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) Art. 407. As excegées serao processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Codigo. (Redacao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Art. 408. Nao apresentada a resposta no prazo legal, o juiz nomeara defensor para oferecé-la em até 10 (dez) dias, concedendo-the vista dos autos. (Reda¢do dada pela Lei n? 11,689, de 2008) Art, 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvird o Ministério Publico ou o querelante sobre preliminares & documentos, em 5 (cinco) dias. (Redacao dada pela Lei n° 11,689, de 2008) Art. 410. 0 juiz determinara a inquirigao das testemunhas e a realizaco das diligéncias requeridas pelas partes, no prazo maximo de 10 (dez) dias. (Redacao dada pela Lei n® 11.689, de 2008) Art. 411. Na audiéncia de instrug&o, proceder-se-4 a tomada de declaracées do ofendido, se possivel, & inquirigéo das testemunhas arroladas pela acusagdo e pela defesa, nesta ordem, bem como aos esclarecimentos dos peritos, as acareagdes e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, 0 acusado e procedendo-se o debate. (Redacdo dada pela Lei n° 11.689, de 2008) § 12 Os esclarecimentos dos peritos dependerdo de prévio requerimento e de deferimento pelo juiz. (inciuido pela Lei n® 11,689, de 2008) § 22 As provas serao produzidas em uma sé audiéncia, podendo o juiz indeferir as consideradas imelevantes, impertinentes ou protelatrias. (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) § 3° Encerrada a instrugao probatéria, observar-se-d, se for 0 caso, o disposto no art. 384 deste Co (incluldo pela Lei n® 11.689, de 2008) § 42 As alegagées serao orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, a acusagao ¢ a defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogaveis por mais 10 (dez). (Incluldo pela Lei n® 11.689, de 2008) § 5° Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo previsto para a acusagao e a defesa de cada um deles serd individual. (Incluido pela Lei n® 14.689, de 2008) § 62 Ao assistente do Ministério Publico, apés a manifestago deste, serdo concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual periodo 0 tempo de manifestagao da defesa. (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) § 72 Nenhum ato seré adiado, salvo quando imprescindivel prova faltante, determinando o juiz a bitp:w saralte govtesv_Oadecrte-teiDeI9689Compiado htm sto0

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