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MARX, K . ENGELS,F.

A sagrada famlia, ou, A crtica da Crtica crtica contra Bruno


Bauer e consortes; traduo, organizao e notas de Marcelo Backes. -1.ed. revista - So
Paulo : Boitempo, 2011. Coleo Marx-Engels (p. 72-76)

O SUJEITO ABSTRAO E O REAL APARENTE


[...] o essencial dessas coisas no sua existncia real, passvel de ser
apreciada atravs dos sentidos, mas sim o ser abstrado por mim delas e a elas
atribudo, o ser da minha representao, ou seja, a fruta. certo que meu
entendimento finito, baseado nos sentidos, distingue uma ma de uma pera e uma
pera de uma amndoa, contudo minha razo especulativa considera esta diferena
sensvel algo no essencial e indiferente. Ela v na ma o mesmo que na pera e na
pera o mesmo que na amndoa, ou seja a fruta. As frutas reais e especficas passam
a valer apenas como frutas aparentes, cujo ser real a substncia, a fruta. (p.72)
RELAES DA CATEGORIA COM O REAL
A especulao, que converte as diferentes frutas reais em uma fruta da
abstrao, na fruta, tem de, para poder chegar aparncia de um contedo real,
necessariamente tentar e de qualquer maneira retornar da fruta, da substncia,
para os diferentes tipos de frutas reais e profanas, para a pera, a ma, a amndoa etc.
E tudo que h de fcil no ato de chegar, partindo das frutas reais para chegar
representao abstrata a fruta, h de difcil no ato de engendrar, partindo da
representao abstrata a fruta, as frutas reais. Chega a ser impossvel, inclusive,
chegar ao contrrio da abstrao ao se partir de uma abstrao, quando no desisto
dessa abstrao. (p.73)

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