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Trabalho, energia cinética e energia potencial

Imagina uma partícula que se move a uma dimensão, sob a acção de uma força
constante, entre A e B. Então, o trabalho define-se como:

W = FΔx

Mas, se a força for variável, qual é o trabalho? Se usarmos simplesmente a força


média e o deslocamente total, podemos não obter uma boa aproximação. Podemos
determinar o trabalho dividindo o percurso entre A e B em pedaços muito pequenos,
tais que possamos estimar uma força constante para esse pequeno percurso.

W~FΔx 1 + FΔx 2+ . . . +FΔ N

Dividindo A e B em cada vez mais pedaços vamos obter uma aproximação melhor.
Quando dividirmos A e B em pedaços infinitos, vamos obter um valor exacto para o
trabalho.

W = lim ∑ F i Δx i
Δx→∞

Reconhecemos aqui um somatório de parcelas infinitas, ou seja, um integral.


B

W= ∫ Fdx
A

Como F = ma, e a = dv
dt
= dv dx
dx dt
e dx
dt
= v. Substituindo na equação do integral:

B B

W= ∫m dv
dx
vdx = ∫ mvdv
A A
1
A antiderivada de mv é 2
mv 2 . Logo,

W= ∫ Fdx = 1
2
mv 2B − 1
2
mv 2A
A

Reconhecemos aqui a expressão da variação da energia cinética. Esta é a sua


origem.
Podemos calcular este integral de maneira diferente. Vamos supor que a força que
consideramos é gravítica.

B B

W= ∫ Fdx = ∫ GMm
x2
dx
A A

Como GMm é constante, pode passar para fora do integral. A antiderivada de


1
x2
é−x −1 .

B B

∫ GMm
x2
dx = GMm ∫ 1
x2
dx = −G Mm
x B − −G x A  = −G x B − G x A 
Mm Mm Mm

A A

Reconhecemos aqui a expressão da variação da energia potencial. Logo,

B B

W= ∫ Fdx = ΔEc e W = ∫ Fdx = −ΔEp


A A

Ou seja,

ΔEc + ΔEp = 0

Costuma-se chamar energia mecânica à soma da energia cinética com a energia


potencial. Portanto, a igualdade acima é a bem conhecida lei da conservação da
energia mecânica.

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