Para que o espermatozide consiga penetrar no ocito II tem de ultrapassar
algumas barreiras. De facto, o ocito II encontra-se envolvido por uma camada, formada por protenas e glcidos, designada zona pelcida. Em torno desta zona existem clulas foliculares que formam a zona pelcida. O espermatozide tem de transpor estas camadas para fertilizar o gmeta feminino. Quando o espermatozide ultrapassa as clulas foliculares e atinge a zona pelcida, ocorre a reaco acrossmica, durante a qual verifica-se a libertao, por exocitose, de enzimas acrossmicas, que digerem a zona pelcida, permitindo a fuso da membrana do espermatozide com a membrana do ocito II. As mitocndrias do espermatozide so destrudas, razo pela qual a descendncia apenas herda mitocndrias de origem materna. A penetrao do espermatozide no ocito II leva-o a completar a segunda diviso meitica, formando-se o vulo. As membranas os gmetas fundem-se, permitindo que o contedo do espermatozide penetre no vulo. Depois da penetrao de um espermatozide importante impedir a entrada de outros situao designada polispermia j que tornar-se-ia invivel o desenvolvimento do ovo. A libertao de substncias presentes em vesculas do citoplasma do ocito, designadas grnulos corticais, para a regio adjacente zona pelcida forma uma camada impermevel a outros espermatozides. O ncleo do vulo aumenta de volume, originando o pr-ncleo feminino. O ncleo do espermatozide tambm aumenta de volume, originando o pr-nucleo masculino. Os dois pr-ncleos (haplides) aproximam-se um do outro e fundem as suas membranas, permitindo a mistura dos cromossomas de origem materna e paterna cariogamia. A fecundao fica, assim, completa. Note-se que dois gmetas haplides (com 23 cromossomas cada) se unem para dar origem a um zigoto diplide (com 46 cromossomas).