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3.

A fecundao

Para que o espermatozide consiga penetrar no ocito II tem de ultrapassar


algumas barreiras. De facto, o ocito II encontra-se envolvido por uma camada,
formada por protenas e glcidos, designada zona pelcida. Em torno desta zona
existem clulas foliculares que formam a zona pelcida. O espermatozide tem
de transpor estas camadas para fertilizar o gmeta feminino.
Quando o espermatozide ultrapassa as clulas foliculares e atinge a zona
pelcida, ocorre a reaco acrossmica, durante a qual verifica-se a libertao,
por exocitose, de enzimas acrossmicas, que digerem a zona pelcida,
permitindo a fuso da membrana do espermatozide com a membrana do ocito
II. As mitocndrias do espermatozide so destrudas, razo pela qual a
descendncia apenas herda mitocndrias de origem materna.
A penetrao do espermatozide no ocito II leva-o a completar a segunda
diviso meitica, formando-se o vulo. As membranas os gmetas fundem-se,
permitindo que o contedo do espermatozide penetre no vulo.
Depois da penetrao de um espermatozide importante impedir a entrada de
outros situao designada polispermia j que tornar-se-ia invivel o
desenvolvimento do ovo. A libertao de substncias presentes em vesculas do
citoplasma do ocito, designadas grnulos corticais, para a regio adjacente
zona pelcida forma uma camada impermevel a outros espermatozides.
O ncleo do vulo aumenta de volume, originando o pr-ncleo feminino. O
ncleo do espermatozide tambm aumenta de volume, originando o pr-nucleo
masculino.
Os dois pr-ncleos (haplides) aproximam-se um do outro e fundem as suas
membranas, permitindo a mistura dos cromossomas de origem materna e paterna
cariogamia.
A fecundao fica, assim, completa. Note-se que dois gmetas haplides (com 23
cromossomas cada) se unem para dar origem a um zigoto diplide (com 46
cromossomas).

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