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• Fenprof contesta cobrança de 200 euros por acção de formação voluntária sobre avaliação de desempenho
São sete seminários, com 25 vagas cada, mas quatro já estão esgotados. Apesar dos 200 euros que custa a inscrição, os
cursos sobre avaliação de desempenho de docentes do Instituto Nacional de Administração (INA) estão a ser muito
procurados por professores, coordenadores de departamentos e membros de conselhos executivos.
A primeira das acções de formação começa já esta sexta-feira, no Agrupamento de Escolas Ferrer Correia, em Semide, e
tem no programa tópicos como: ‘A atitude e a mudança comportamental’, ‘Gestão por objectivos’ ou ‘Recomendações do
Conselho Científico quanto à avaliação de professores’.
Para a Federação Nacional de Professores (Fenprof), esta é uma situação que levanta dúvidas quanto à «legalidade
desta formação e à exigência do seu pagamento».
«Deve ser o Governo, se considera assim tão importante esta formação, a assegurar o seu financiamento»,
reclamam os sindicalistas que acusam o Ministério da Educação de «fazer negócio à custa dos professores».
«Imposta a avaliação, semeada a insegurança, criado um clima intimidatório, …é agora a vez de vender
formação a 200 euros por cabeça», ataca a Fenprof, que diz não ter dúvidas de que é «o clima de intimidação
criado pelo ME junto dos professores que propicia a ‘corrida’ à formação».
O sindicato apela ainda aos professores «para que não se deixem cair em mais um logro que tem dois objectivos: obter a
validação de um modelo que é por todos nós condenado e fazer negócio à custa dos professores que tanto têm sido
atacados pelo actual Governo».
Fonte do INA explicou, no entanto, ao SOL que «estes cursos estão a ser organizados à margem do Ministério da
Educação». Segundo a mesma fonte, o instituto chegou a organizar formações a pedido do Ministério em 2004 e 2005.
No entanto, «esta ministra decidiu que a formação não devia ser paga por fundos comunitários», pelo que os
seminários que agora se realizam estão a ser pagos pelos próprios docentes «que procuram o INA porque conhecem o
trabalho faz».
margarida.davim@sol.pt
http://sol.sapo.pt/Common/print.aspx