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Se | Gamtcoloniaismo significa w exclusio da cultura de massas ee cligirquica que reser ‘Yao ate, a literatura c 2 filosofia para a fruigio de uma mi ia, mas no a rejeicio da arte, da literatura e da filowo hoje um fato social. Mas a razio, ‘convertida em forea histérica, is RuuAvE 7 140 INTRODUCAO Durante muito tempo, frgen Habermas ignorou a existén tia de Michel Foucault. Podemos argumentar que iss0 no tem nada de extraordinério, porave a reciproca é em grande parte verdadeira. Apesar da afirmasio do jornal Die Zeit de que Fou. saul teria dito que sus obra ndo seria # mesma se cle tivesse conhecido Habermas mais cedo, néo serd fécil encontrar na bra do pensador francés qualquer referincia a Habermas, menos que se aplique a cle a frase da entrevista concedida por Fousault_a Alessandro Fontana, em 1977, segundo qual “« ‘Semiologis como estrutura de comunicagio. é uma mancira de ‘ariter violento, sangrento © mortal da histéia, red indo & forme epariguads e platinica da linguagem © do dif ogo". Se € uma indireta a Habermas, & bestante velada e em tamente no sentido apontado pelo jornal surpreender-se com a desinformagao de Habermas a respeito de Foucault? 48 irias andes para essa surpresa, mes me li mois Sbvia: 90 comtritio de Foucault que lia as cosas mais e30- creas mas munca se preocupou_cepeciatnenle em se-mane—_ stuaticado com a literatura recenfe, Habermas sempre fol wm. ‘eit obsessive, que procura, angustiadamente, manieeae # ‘rar de todos 6s livros dentro de sua énea — dos lissicos aoe rovisimos. Como, entio, jgnorar Foucault, amplamente cone. ido pelo menos desde os anos 60 e que tratou de virios temas ‘que em principio deveriam interessar a Habermas? Em pare, a respostaesté no paroquislismo intlectusl que caracteriza a Alemanha de hoje, fechada a influénciae vindas dos seus vizinhos peogrficos, e quase exclusivamente voltada ‘para a producio cultural anglo-axénica. O mundo, para o in- {electual alemio tipico, tem hoje dois pélos, um em Berlim ow Frankfurt, outro em Harvard ou Berkeley. A cultura de além Re ‘no € ignorada néo por razies chauvinistas, como no passado, mas na maioria das vezes pela razio perfcitamente inocente de que ‘© universtirio alemio nio sabe francs. € obrigado a esperar 0 aparecimento de tradugées em slemio, ou em inglés, que ele do- ‘mina como sepunda lingua. Essas radugSes so abundantes ¢ 4e boa qualidade, mas muitas vezes chegam com atraso, 0 que ‘expla a recepefo epistemologia genética ou 0 estruturalisma, Habermas nio é excegio. Em toda sua obra, ele sempre demonstrou wma extraor defensores dn diaconi, eos de = aieocom oho RR pees nte seu confronto com Wittgenstein, com Popper. com ‘Austin, com Searle com o pensamentosistémico, com as vris tworias da agi. s 5 Seja como for, subitamente-Foucadlt gapha dircto de en ronuncia uma trada no universo de Habermaf. Em I nde wiohae’"A medial oe Gore oa pleto”. na qual Foucault & apresentado como um “jovem con servador”, tlefendendo posigdes antimiodernista” Em 1981, Habermas publics sua volumosa Teoria da Agdo Comunicatva, fem que Foucault aparece entre os “erticos da modernidade” “ Em julho de 1984, uma semana apés a morte de Foucault, ccorrida em 25 de junho, Habermas publice um necroligio, em ‘que de novo salienta a posigdo "antimoderna” de Foucault. ° Em ‘outubro do mesmo an, 2 revista Merkur publica trchor de conferéncias sobre Foucault. prferides em jancio, na Univer: sidade de Frankfurt, nos quais Habstmas critica. “apor {de Foucault, em sua critica da modernidade, * Em novembro, Ho We } GGquerda pa écrticads porter difundido certs "mits Dermas far uma palestra nav Cortes — Tem que se refere + certs sopecion dae sas Foca atic 198 uma sre de 12 conferncin, ico da Modernidde. Algamas dessasconferéaia haviam si proferidas em margo de 1985, no Colltge de France, quando Habermas conheceu Foucault pesoalment,e ours fora pro- ferdasem Frankfort Entre ets, hi doas importantes conferen cis sabre Foucault, ineluindo os trechos pblicados em Merdur [estes textos importants, Habermas devenvale « aprofunde sn visio de Foucault como ertco da modemidad. 8 Por que esse interesse repentino? A enumeracio anter ji 6 0s elementos para ums resposta. Q denominador-comum de todas as referéncias a Foucault € 8 moderaidage. Ora, a par- so final dos anos 70 Habermas comcsa a preocuparse com \~ ameayada por investidas da direita € ‘la € criticada por ter estimulado ten- is ants porter spa on valores dont sania» ka de ote © £m tai) aucerial €crenga na rario Unie cienifica esse chimo comtexto que surge o interes por Foucault ‘onsderado por Habermas o representane mais inflenie da ‘osmodermidadecriicn A Diseutrei em outro trabulK@h vaidade do sétulo de pés- roderno apicado a Foucault Besta dizer aqui que 1no Discureo Flosfico da Moderidade, Habermas dsingue dois. NE ocos da modemidade —Ca eltraT 3 social] dans varie» aw ales de pémoderniamo — 0 consriador«-o-etieo A mo ‘aria pela dessaralizagéo (Entzauberung) das visSes do mundo licionais € sua substituigdo por esferas axiolipicas (Wer. ‘pharen) diferenciadas, como a eitncia, a moral e a arte regidas Pela raxio,e submetidas & autodeterminaso humana. A moder- nidade social se caracterizaria por complexos de agio autono- izados (0 Estado e a economia), que escapam crescentemente 0 controle consciente dos individvos, através de. dinamismos sndnimos ¢ transindividuais (na esséncia, © processo da buro- izcio). A atitude pésmoderna se define pela de 8 ee on € —— OO OE ‘modermidade cultural. Os péemodernos comservadores a ree tam em nome de valores précapialis defendem # modernidade so jeitam a modernidade coltural porq tum simples agente da dominacio ¢ rejeitam, igualmeme, demidade social, lugar da repressio politica © econdmica, ‘old Gehlen exemplificaria a primera variedade, © Foucault « segunda." Em contraste, Habermas vé-se como represetante da mo- deridade erhce: como Fouceult, denuneia cx mecaismos Je poder inerentes 3 modernidade social, mas, 20 contrério de Fou cult faz exsa critica 2 parti de uma perspectiva moderna — 4 da razio comunicativa, que segundo ele teria sido liberads pela modernidade cultural e em seguida soterrada pela dindmica ar Accta essa moldura, Habermas ¢ Foucault éstaiam en campos radicalmente opostos. Pols, para Habermas, « moder. ‘idade mio € um projeto falido, mas um projte incompleto."" ) Nic a re Motnade—mas de compa eo projtorealizando através de-um novo paradigma —-o da rx Tonalidade_comunicativa — ap virtalidades. emencipatéras contidas no projteiluminita, Foueal, pelo contro, repudia’) | 4 modernidade, Mes, tentando ultrapass-la, ficou de Tato aquém ( dela, pois no pereebew que as patlopas sociis eradas pela Imoderidade somente podem set corrigdas pela propria mo. ( dernidade Podemos perguntar-nos, contudo, sea distincia entre Fou: cault © Habermas € de fo intansponivel. Uma oposigio to cortantc, colocando Habermas de um lado da linha divisoria © Foucault do outro, talvez nio seja'a melhor grade eonceital para entender as relagdes entre os dois pensadores. Parece Prion improvivel que certon trabalharam uma tem ritieos, ambos denunct ‘am a modernidade social & enquait herdeiros da modernidade ‘cultural, de algum modo se relacionaram com cla, seja para com: pletla, como Habermas. seja para desmascaréla. como Pou ‘cault, Se assim ¢, seria surpreendente se algumas intersesdes 150 no tivessem ocorrido. Intersegio, na histéria das idéies, nfo quer dizer convergéncia: ela designs, simplesment freas em que dois pensamentos se eruzam, ingressando entre si ‘numa relacio seja de afinidade seja de oposicio, [Nesse sentido vejo,intuitivamente, as seguites intersegbes Principais entre Foucault ¢ Habermas: uma critica da soctedade, -uma-eritica do saber e uma critica do sujel ‘Tentarei aqui examinar essasinereegdes, deixando de lado qualquer idéia preconcebida decorrente de uma suposta posi ‘$80 moderno/pés-moderno. Sem divida, everei em conta 0 que © proprio Habermas tem a dizer sobre Foucault, em cada um ‘dagueles temas. Mas levarei em conta, iualmente, as alinidader (04 oposgées latentes, nfo tematizadas por Habermas, entre sua Vejamos onde esse exerccio nos conduz. & possivel que se Confirme a existéncia de uma fronteira entre um Habermas mo. demo eum Foucault pésmoderno: mas é possivel também que essa frontzira se revele pouco rigorosa, autorizando, além dos desencontros prevsiveis, um certo mimero de enconirs. CRITICA DA SOCIEDADE A relagio de Foucault com o social nao era, no inicio, antic sonistica, As préticas e insituigSes socitis, quando aparcciam, rndo exerciam nenhuma fungao necessariamente repressiva. Fou. da intersbjetividade ¢ com o advento da Tazo subjtiva, N ‘nem de denunciar suit € subjetividanne?~ inaituigesdsilinares,"oofharobjeivantee percrutador, que de que ¢ oprimida, ¢ sim a\(qiersubjividade; ¢. se € verdade 0-oar do syjcto racional, que perdu todas as liapes mete secundiro, que sé se tornow histriamente possvel porque a mente intuitvas com seu meio ambiente, que rompeu todas ss mmodernidade produzu esse resultado ambguo de ao mesmo fen. pontes de entendimentintersubjetivo,e para o qual, em sei io po crarcondivoes para a intrsubjetividade e para sua anexagio lamento monolipico, os outros sujeitos somente #80 acssves na pela rario subjetva aulonomizada, E a totalidade desse proces osgio de abet de observaghonevta, No panopiton de Ben ‘0 histiese social que tem de ser compreendida e critica, ¢ © wm, ese ola por assim dizer se petificou eruitetoniamen ertca no € possivel quando o etic tsa as armas do 9 ** € a mesma azio monolgic, objetivante, que produit. as =a razio subjetiva —, em ver de usar a linguagem da ciéncas humanas (bem entendido, Habcrmas te refer is ie 2 fazdo inersubjiva, Em outras palavras, nio_é pouivel yo,< 5 cia humanesorintedas pelo irene tice, ¢ nao be eiteroe fem descrever.nem contestar a modersidade sem uma mudance 7S imanas erica, oventadas pelo inlerste emencipaisne) =O de paradigms, transitando da iosofia do sjeto paras filwoia °° |, othar penerante do cietista Hamano pode sarumir nqute lugar cee 12d orl de omoplons datgea ov ode ror earn EE 0 _ Na organiza do instituigdo obeervante como, na obsrvagho 98, estd_ em que se limi aeons 180 tou a de Tidade dos enunciados, compreendendo-os como simples efeitos de poder ¢ (3) eliminar os juizos de valet uma anise puramente descriva. Ora, segundo Habermas Fou- Fracasa na primeira tentative, porque nio conseue, como formagies histrieas de for studio, que parte sempre do ss préprio_ presente etd. sem. Dre preso sua propria situasio hermend Feta por exemple no fat que vas prodongbes (an Hi ria da Loucura, no Noscimento da Cltrce, em As Palavras es faviavclmente referidas & atulidade, centro de a, ¢ no fato de que ele splica 80 passado c aque ele desprende de sua andlise do presente, como as prticas : pede de estar 0 ¢ acaba projtando rele as Fipnfiagoes hermenduticas do seu préprio tempo porque, se todos os enuncia: dos aio efeitos de poet, Foucault no tem coi legitiar a pi prin genealogia. Tentaescapar a essa difculdade, expicando ge- Pepamen a omc ot owes tr do ifcador, nioofciais, dos loves, dos delingiemes, dos {lard de pico, dar criangs, dos nego, dos homonetoas nfm, de todos on que se rebelam conta o poder dominante fue aravés dos sabres daqualificados exercem conteapodctes Mas_por-que esses sabeeessio_superiores a0 saber oficial? $6 numa perpectiva Tokacsiana, que alibut b dasse proletéia © Privlgio da consiéncia verdaeir, poderiamos admit « supe Foridade dos saberes margins, mas essa explicago & tio cla- Famenteantropolépca que no € adisivel para Foucault. Nese a0, nio hé Come atribui wos Geltunganspricke desses sabe- 185 res qualquer validade mais alta que a do saber oficial, Tambérn cles sho efeitos de poder. de coniapoderes,e, s¢ genclogia Se funda neles, ndo hd como consideréla mas objetiva, isto, Imai verdadcira, ques cigncis humanes. Em sua, « redugho das pretenses de validade a efeitos de poder expe 0 projeto tenealgico fla de qualquer fendamentagdo — ao relativism. fracassa na teresratentativa, porque, & os julgamentos de valor sto exclidos, Foucault ndo tem camo justifcar suas prépras posiges polticas.Pois por um lado ele reeta os Gel tungsaapriche normatives, como rejetou os eogniivos,« aft sma que nio hé um “lado cero”, coerentemene, alls, com as cstratégas do poder, que agindo dietamente sobre os corpo, € ‘no sobre as consciénelas,prescnde de todo fundamento norma tivo, fHeando com isso imine a uma Idologiekriik & mancira dle Marx ou de Freud, baveada nas vlhas antinomias entre do- ‘minaso legtima ¢ dominario leita, entre motivagées cons. cients inconsientes. Mas pur outro lad ele toma clramente partido contta 0s poders dscplinares considera‘ gencaloga, mais que wma erica, uma “titica", um instrument de Tun Mas, nesse cao, como justiicar sua causa, conta a causa do poder que cle pretende derrubar, e como jusifier, em geral, a decisio de luar, em ver de submeterse? Em sume, tendo rejek tado qualquer normativiemo, Foucault acaba sucumbindo a uma normatividade implcita, nfo justificada: wi cripronormatvigma, ‘Assim, Foucault analisu claramente as aporas a ques umber as ciéncias humanas, devido 88 autotomatiagies con: leadiérias de um sujito que se cinde em dois, mas no cone- suiu escaper de aporiassemethanes, por ter escohido para ssir do impasse da filosofia do sujeito uma categoria que por sua ve perience @ ilosofia do sujeito — o poder, "Sua teria pre- tende elevarse-a-ume objeivdade rigors, em_coiraste-Con? aquelas pseudocincias, mas se emaranha desesperademente nas amalas de uma histriografa presentsta, que ae v8 forgada um sutodesmentido relativist e que no pode dar contas des funda- ‘mentos normativos de sua retirca [...]. O presentismo, orela- / tivismo eo criptonormativisme slo conseqiéncias da tenttiva de preservar no concito bisico do poder © momento transcen- ental das atvidades constitutes, evacuando esse conceio, a0, ‘mesmo tempo, de toda subjetividade”"® ) 184 Habermas est convenido de que sua tora da ago coma nictiva pode passarno teste em que a geneaogia falhou © de cide confrontarse com os ts impasses Hentiieados por Fou cult para explicar fracesso das cifnelas humana. ZX primeira sporia — a duplicasSo emplrco transcendental do Ea — tem levado a entativas hibridas, de Hegel Merleas- Ponty, de unificar mama +6 disciplina os dois aspectos contradi- ‘6rios, atibuindo, por exemplo, as atividades do syjlto trans: ‘zndental a entidades emplricas como a capcie humane ou @ ‘sueto picolpco. Mas esta apora 6 € inevitivel na perspective rmonolice de um sujelto que se vé ou como alguém que se de- fronta com © mundo numa telagio dominadors, ou come um ‘objeto quest encontra neste mundo. Nio hé mediagSo possvel ‘entre a porgSo extramundana do Ew transcendental © m posiGo intremundara do Eu emplrca, Esse dilema desaparce quando a intersujeividade assume 0 primeiro plano. A andie da aute- conseiéncis nfo precisn mas set fita pel filosoiatranscenden- tal ela pode agora ser realizada pela cincis reconstrutives, ‘que tentam explieitar, nas perspectives dos participants de dit. cursos interaies,o saber pretesrico de sjeitos competentes ir conhecer. Como esas tentativas de reconsru m mais aun reino inteligivelalém das aparén- desaparece a fronteira ontoligica entre o transcendental e o em: pirico, O exemplo do estruturalismo genético de Jean Piaget mos- {ra como ¢ possivel juntar numa s6 teoria pressupostos recons trutivos © empiricos. Nio hé mais necessidade de teorias hibei- dds, para fechar a brecha entre 0 empirico e o transcendental (© mesmo ocorre na dimensio da tomada de consciéncia do rioconscinte. Agu, segundo Foucault, 0 pensemento antropo- cntrico sci entre 0 esforgo herGico de transformar reflexive ‘mente 0 emrsi em parasie o feconhecimento de um residuo de opacidade que se equiva obsinadamente « qualquer tomada de- +) conscignca. De novo, tenativashibridas de assimila esa extra- ( territoriatidade irredutfvel tém se revelado improdutivas. Na 6ti- Joa da aco comunicativa, os dois aspectos deixam de ser incom- pativeis. Na perspectiva dos pertcipantes de uma interagio, © mundo vivido aparece como um horizonte, que como tal escapa ‘a qualquer tematizacdo. Ele se compée des evidéncias culturis i 185 inquestionsdas, das solidariedades grupais tacitamente aceit das compettncias ébvi ‘dos. Os partcipantes de um: sedimentado em seus enunciados, mas_nio.vém-consciéncis do mundo vivido, No entanto, ele ¢ acessivel a uma perspecti construfda teoricamente, que pode desvendar as estruturas for- ‘mais do mundo vivido © que mostra os atores como produtos ddas tradigdes em que est8o inseritos, dos grupos solidérios = {que pertencem ¢ dos processor de socializagio em que cresce- ram, Mas exea tomada de consciéncia teérica do mundo vivido tem a ver apenas com seus aspectos mais gerais. Se quisermos ‘compreender histras individuais, emos de voltar 3 perspectiva, ‘dos participants, e nesse sentido a relagéo dialdgice entre ana- listae analisando oferece um modelo adequado: ela permite, por uma autocrtica metGdica, devassar processos individuais de auto- ilusio, mas nfo pode tornar transparente a totalidade de uma vida individual e muito menos de uma vida coletiva. Assim, tan to na dimensio da reconstrusdo racional, que permite tornar ‘wansparentes as estruturas do mundo vivido que slo opecas para 6s participantes, sob a condicéo de limitar-se bs estruturas gené ricas desse mundo vivido, quanto na perspectiva da auto-efle xo, que permite devassar hist6res individuais de vida, sem mais poder apropriar-se da dimensio implicit, pré-predicatv nio-atual, do mundo vivido, estio presentes os dois aspectos da aporia foucaultiana — a oscilagio entre o impulso conscientiza- dor e 0 que fesisle & conscientizagdo —, mas no quadro da ‘mesma teoria. A psicandlise mostra como 6 possivel combiner a) perspectiva de dentro — a relacio clinica — com a perspectiva( 4e fora — a metapsicologia. Desaparece, aqui, também, a segun- 4a aporia de Foucault Enfim, o contraste entre um ator que origina tudo e que € 7% isles. daespécie-humana — o interne tanks & ee OP auctor emenciptrio mo ae etn ae dewas cic, poe cu eroncadSe \erdutetor ou Talos segundo um proceuo de mouse ‘etiva eoria consensual da verdade) © no epee es Imenordependéncis dese enunciodos com wind tt one Drécentificos da experiencia. Para Fosceul oo es

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