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CARVÃO MINERAL

O carvão é a parte celulósica da vegetação, transformada pelo tempo, pressão, bactérias e outros
agentes anaeróbicos, em uma massa carbonosa. É fácil imaginar as centenas de carvões que foram
assim formadas.

O Estado do Rio Grande do Sul apresenta variada configuração geológica, apresentando rochas que
registram boa parte da história do planeta, com idades que vão de cerca de 2 bilhões a 500 milhões de
anos, agrupadas no chamado Escudo Sul-Rio-grandense, que é a área que possui a maior presença de
ocorrências de minerais com importância econômica.
O carvão constitui o principal bem mineral, com recursos totais da ordem de 28 bilhões de toneladas,
que correspondem a 88% dos recursos de carvão do país. Atualmente, as maiores perspectivas para seu
uso estão na geração termoelétrica e na extração de frações de carvão coqueificável para uso
metalúrgico. O Rio Grande do Sul é, juntamente com Santa Catarina, o maior produtor de carvão
mineral do Brasil, estando a produção anual em torno de 3,4 milhões de toneladas. Na região da
Campanha, onde estão localizadas as maiores jazidas.O Rio Grande do Sul é a maior reserva de carvão
tem cerca de 20.859 milhões de toneladas

Somente a Jazida de Candiota, situada no sudoeste do estado do Rio Grande do Sul, possui 38% de
todo o carvão nacional, distribuído sob a forma de 17 camadas de carvão. A mais importante é a camada
Candiota, com 4,5 metros de espessura, em média, composta por dois bancos de carvão.

As camadas explotadas acham-se associadas às litologias da Formação Rio Bonito, do Grupo Guatá, de
idade permiana. Estas camadas recebem diferentes denominações regionais em cada jazida, tais como:
Camada Candiota; S2 e I na Mina do Leão; CL4 na jazida Chico Lomã, no Rio Grande do Sul. A maioria do
carvão riograndense é do tipo betuminoso alto volátil C.

Atualmente, 85% do carvão utilizado no Brasil é consumido na produção de termoeletricidade, 6% na


indústria cimenteira, 4% na indústria de papel celulose e os restantes 5% nas indústrias de cerâmica,
de alimentos e secagem de grãos.

No Rio Grande do Sul, o inglês James Johnson, por solicitação do presidente provincial Luiz Vieira
Sinimbu, realiza sondagens e redescobre o carvão em Arroio dos Ratos e abre uma mina que começa a
produzir carvão em 1855. O carvão era transportado em vagonetas puxadas por burro e embarcado em
Porto Alegre. A mineração de carvão nas localidades de Candiota e Hulha Negra, no sudoeste do
estado, data de 1863 e tinha, inicialmente, como principal mercado as fábricas e as charqueadas da
região. O carvão era garimpado em minas de encosta e às margens dos cursos de água .

Com o advento da Primeira Guerra Mundial, o carvão nacional assistiu seu primeiro surto de explotação,
época em que foram ampliados os ramais ferroviários e inauguradas novas empresas de mineração, tais
como a Companhia Brasileira Carbonífera Araranguá - CBCA, Companhia Carbonífera Urussanga - CCU,
Companhia Carbonífera Próspera, Companhia Carbonífera Ítalo-Brasileira e a Companhia Nacional Barro
Branco.

O segundo surto veio no Governo Getúlio Vargas, com a construção da Companhia Siderúrgica Nacional

Seguiu-se a construção das termoelétricas de Candiota - RS e Jorge Lacerda - SC, que impulsionaram o
consumo do carvão.

Como conseqüência da lavra de carvão, tanto a céu aberto quanto subterrânea, grandes áreas foram
degradadas e tiveram seus recursos naturais comprometidos, tanto no Rio Grande do Sul como em
Santa Catarina. Somente nas últimas décadas, com a crescente pressão da sociedade organizada,
órgãos de fiscalização ambiental, promotorias públicas, empresas, governos estaduais e federal
passaram a se preocupar com a recuperação do passivo ambiental decorrente da lavra de carvão. Assim,
algumas áreas, em ambos os estados, já foram recuperadas e outras estão em fase de recuperação

O CARVÃO MINERAL É UMA DAS PRINCIPAIS RIQUEZAS MINERAIS DO ESTADO

O PRINCIPAL DESTINO DAS EXPORTAÇÕES GAÚCHAS EM 2007, CONTINUA SENDO OS


ESTADOS UNIDOS COM 11,8%

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