You are on page 1of 193
ESTUDOS ALEMAES ‘Série coordenada por EDUARDO PORTELLA, EMMANUEL CARNEIRO LEAO ‘e VAMIREH CHACON ich Cataogratiea elaborada pela Baulpe de ‘Besgusn da ORDECC con ON problomas tratarats do matedo Copitaista {claus Ofte, tradugto ae urbara Pratap. {plo de Janeieo Tempo ‘Braslito, 18 300 p._coioteen Tebo Universttile: 1s, Serid"‘Bstados Alemues) 1, oiiseg, — ongantsago 2. Capltalisino 1 nila Baie cpu g21.0n Hosea. CLAUS OFFE PROBLEMAS ESTRUTURAIS Do ESTADO CAPITALISTA TEMPO BRASILEIRO BIBLIOTECA TEMPO BRASILEIRO — 19 colegio dirigida por EDUARDO PORTELLA Professor da Univeredade ederal 80 Rio de Janeiro ‘Traduridos dot originate alemfes menclonados nas aberturas dos especivos ates Cconyriaht (¢) SUHRICAMP Verlag — Lindenstrasee Subtkamp Haus 6000 Frankfurt I. e Class Offe, Profesor a Universidade de ‘Blelefeld - Republica Federal da Alemanka. ‘Trdusio de BARDARA FRETTAG ‘Revisio Téenlea de TADEU HIDELBRANDO VALLADARES ‘Capa de ANTONIO DIAS ¢ ELIZABETH LAPAYETTE Programagio ‘Textual de DANIEL CAMARINHA DA SILVA ‘Todos os direitos reservados EDIGOES “TEMPO BRASILEIRO 1-7DA. ua Gago Coulinho, 61 — Tel: 205-5069 (Caixa Poctal 18000 CEP 22221 Rio DE JANEIRO — RI — BRASIL SUMARIO 1, FORGA DE TRABALHO E PODER DA SOCIEDADE ‘Teoria do Estado e politica sodial / Claus Offe © Gere Lenhardt ius liens da seo coletva: anotagiestedrcas sobre clas- fe socal ¢ Forma Orgenizaconal / Claus Offe © Helmut Wiesenthal 1. PODER DA SOCIEDADE B INSTITUICOBS POLITICAS ‘Tess sobre fundamentagio do conecto de "Estado Ca~ Dltalistae sobre a pesguisa polltca de orientaggo materia- sta / Claus Offe e Volker Ronse Dominagéo de classe e sistema politico. Sobre a setetividade das insitlgbes polities / Cinus Ofte Relages ce Troca o Direcko Politica. A alualidade do Pro- blema da Legltimagao / Claas Ofte Critérios de Racionalidede e problemas Funeionais da Ag80 Poltee- Administrative / Cla Ofte “A Ingovernabllidade": sobre © Renaseimento das ‘Teorlas Cconservadoras da Crist / Claus Otfe Reflendes e Hlpsteses em Torno do Problema a Legitima~ so Politica / Claus Ofte Partido Competitive Identidade Politica Coletiva / Claus one ss Politi por Desisio Majeritéria? / Claus Ofte fMmeracia raraacia competi ¢ o -Wotare sate esiano: atores de Estavildade © Desogatleaio / \ apis ott ° 6 ue a 180 6 8 m2 ou & | — FORGA DE TRABALHO E PODER DA SOCIEDADE Gero Lenhardt e Claus Offe Teoria do Estado e Politica Social. Tenlatioas de Explicagdo Politioo-Sociolégica para as Fungde @ 08 Provessos Inovadores da Politica Social. (Titulo original: Staatstheorie und Sozlalpolitik. Politisch ‘soriologisshe Erkiaerungsansaetze fuer Funktionen und Tnnovations-prozesse der Sozialpoltik). em: Cy, Ferber/F. X Kautmann (eds): Sonderhett 19/1977 Giimero especiai) da: Kolner Zeitschrift fr Soziologic und. Sozialpeyehologie. ‘TEORIA DO ESTADO F POLITICA SOCIAL ‘TENTATIVAS DE FXPLICACAO POLITICO-SOCIOLOGICA PARA AS FUNCOES E OS PROCESSOS INOVADORES, 'DA POLITICA SOCIAL Gero Lenhardt e Claus Offe 1. CONTROVERSIAS EM TORNO DE UMA TEORIA SOCIOLOGICA DO ESTADO A invostignsio do Estado e da politica estat se orienta nas citncias socials liberais por onceptualizacbes formals ‘Quando eventualmente encodtramos definicaes sociologieas do Btedo de direto paflamentar-democraticoy esas defin- oes ce referem a formas e procedimentos, o/regras ¢ ins frumentos da atividade estatal e nao a suas func, relagses de Interesses-e resultados. A detinieao,woberiana do Estado como detentor do “monopdlio da violéncia” remete 20 falo formal da “dsterminagio em ultima instancla” dos atos de soberania, mas nada revela sobre a ovientacso da relacdo de oléneia: quem a exzres, contra quem estl diigida? ‘A “irracionelizacgo" do conceit de poltiea Investida nas docites aolitrias irracionas dos “lideres” priva essa pet fgunte de qualquer significado. A operacionallzagdo mevodo- légtea do concelto de democracla,snlciada por Weber (1917), {01 depots a tal ponto radicaliaida por Schumpeter (1942) questa obra se Yrmou, desde entano foo da teria Nberal demoeracia e do pluralismo: a démocracia é tum procedl- mento de selepdo (especialmente eficiente) do ponto Ge vista 10 a “técnica estatal”, como dizia Weber, mas nada pode ser ilo teoricamente sobre os resultados desse procedimento. A estralégia teprica de conceber os contetidos como inicialmen- te contingentes (isto é, dependentes da vontade dos grandes homens, de provessos empirioos de barganha e de coalizéo oa de imperatives téenico-cientificos) para em seguida omiti- los do esforgo de teorizacio, também domina as diseiplinas fins, como 0 direito consituionsl ¢ a clinela da sam nistracio. ‘Assim, depols da eriacéo da Repiiblica Federal da Alema- ‘ha, E, Forsthoff e W. Weber investiram considerdveis ener- ‘las intelectuais para contestar & igualdade hierdrquica entre © concelto de “Estado social", definicdo normativa de con- teiido com que & gio earacterlza o Estado alemao 6 principio formal do Estado de dizeito, rebaixando o prin- eipio do Estado social, do plano constitucional, 20 plano {da legilacto ordindria’ De forma andloga, nas ciénclas ad- ‘ministrativas, a ago tétioa nao vineulada a contetidos, a 50. Itugdo de problemas de bases “incrementalistas” (Lindblom), ‘ow “oportunistas” (Lubmann) € caracterizada como a forma, empiricamente dominante da racionalidade adrainistrativa, pata a qual nao existem alternativas praticavels. Em contraste, o que aqui entendemos como teoria do Estado pode ser deserito como o conjunto das tentativas de fluminar esta “zona einzenta” com os recursos da pesquisa soelol6gica. A reducso do Rstado e da democracia & ca las de procedimento, que perdura e progride desde @ Pri- ‘meira Guerra Mundial, j4 permeou de tal forma as cléncias sociais iberais, que no somente a lacuna cognitiva sistemé- tica aqui saljentada — a questdo dos contetdos e resultados do procedimento — delxa. de ser pervebida, como as tenta- livas clentifleas de fechar ecsa Idcuna 40 Tecebidas pelos especialistas com uma ignorinela oficiosa. Essas tentativas compartilham o interesse comum no elemento de ditadura”, que “toda a democracta burguesa necessariamente earrega em seu bojo” (Kirchhelmer), ou — dito de forma mais geral — o interesse nas razdes concretas @ de conteido para o surgimento da violencia estatal, bem como em seus resultados materiais, na medida em que'essas razbes e resultados nfo s6 aparceem de fato, ¢ portanto de forma contingente, mas também como pontas de referéncla funeionais que, por assim dizer, esto embutidos na organi- n sagfo do aparetnoestatal bunguts. Um estudo dessa ordem | hao parte da constatacdo de certos modos de regulamentagao | ree Paral da etividade estacal (Pox Entado Se deta Prcraci), mag sm de hipotese sobre a Teagio funcional Freee lade eats foram ino, e oe prolem ers Sais ae tm forays Foil (ao cso. copii). por Shite, necestdade intelectual de una‘ definkto fanvional Seicondedo do Estado ou Go Ares eepelicas da atividade Sita certamente nib’ percesida Pooe centstas socals Staraisies Um extmplo setnte inflente on iteraura pol Tosoclal alma: da entativa de superar uma deverminagio formalstin do toto oa pote seta, € endo por Cats Ein"von Ferber l90t, BE deplor‘0 fato do\qe dado 0 nop tbc, nessa ret das eincis exinbmleas © Forces a pollica soci na Repub Fetert da Alena Ba iste como um sistema Je Telvndleagbes furiieas Guano a slocaghes financeiras dlstribuldag Peo Bstado © Gp que tt “Jurdifiengio" e“economlzagho” da poi social fodlnda nutoa “lope” da tora eda prea politico social ‘Bee'uoe indviavog ou pequenas comes (pg ts se fiintes vide tambemn ‘Tenasted, 108). Por mals perinente Canvtncente que ola ena corvites ores que cn fertem Tenomehas plicos em formals processus (oa tea, dtingto de "demoencla” ania Conpetto Sat Silt peas notes do pove ou éa “pallies” samo © Sislemd das Fevindleagées Jordi guanto @ tanstdneis fn fonda ete) "e guste inalsiterio que a lacuna Te fuitante see pre ering oes mortavag GO a jue tals pesos de conleudo fen value sie tempo! Uk ,cOntIAUAIMOS sem Saber o que "E™ a Pole fea ‘scl, tam sentido funclonal, @-Teedbemos apenas In formagées, sem duvida mencs interessantes, sobre. os crite ‘os BOTMATIVGS com que certas pessoas (que além do Slo clentstas) avaliam este Estado. Quando, por exemplo, se diz que € objetivo da palltica socai “assegurar e melhorar 0 Status sélo-cultural, um sentido humano integral” (Tenns- feat, 1976; 139) ou quando se exige que certos parkmetros da situngdo de vida individual (como salério, etc.) “nso tenham efeto restitivo" (op. elt, 149), coloca-te a questio 2 do conteido semanteooperativo de tals allmagtes ver dade que els servem perm antecpar cetas quesesInials tom que devem confronts cess pesqulss secologiss ‘he trea da pollen sod © Que. pods ser eamucleriasdas Como comparacdes entre 6 sere ddeverser: 2 pation Go- ‘inante & confontada com suas deflclencas, suas ncunas> permanecendo, no entanto,duvidoes a elevanea pain de Tir indigock Considerace qu tis pesguists contituem um objeto de interewe para nvesigng6ee socologieas eapeciias na res da pilin sola. Mas ¢ problema de taistnestigaches, on Sine no fa de que valoratives si de forma mat go enes tne a Pesuautor, ait Teeltado congeié on; prover gee © ti soci no ale ag teas Srogresistas ins eat das oujeges Tun damentais. primero, ela ¢ tneapas fe garantie a valade ¢ ‘obrgatoniedade dos pats desta neenatves e sagand, her tuerestiay vn de mgra. ala capaclaads’ie-peovocse pelo menos aigima ingustagio entrees stores pales & Sémunistrativs, ao apresentar a, prot da dscsepbaca eae fente entre © “deverser" eo "ber" alors gre de sean, panda tals pesguies, (ou Bode ‘nao fall). a todo ‘evera exgirae de una Concepsto tebice da rales Seclal que’ prelende.“estimiiar uns gesquloe, Surbiousa ‘te contilun, no interes dp Estado Socal (”.)" (Tene: ett, 1076: 185) uma indiaedo decom sla pense enao. bar cle dioma dupio — metodolegeo ¢ potticor Em sua oponigfo as abordagens formalistas_(especiai- mente econbmleas jusileas) 0 campo da pllca socal Glontiten, ax abordaging normatiicgs confitmam, em vet Ge superar, aquela dualliade-fnconelisvel das esters, na ‘tal se cine o realidad soll para as elias seas ibe fais nas diss abordagens, regis de procedimentoe's¢ con fMonlam com necesidedes; fais com valores, raelonaldade {eft com materia, Parece-nos que tanto as dois fo ‘allt. quanto as nonnativistad da police octal evita tia reaps & pergune que se encontra no centro dx as: ‘ssio sual sobre 8 tons do Estado, ¢ que nas cists toetate€ colacada predominantemente for dutores de cere indo 'maraina: ‘cbmo surge a policy etaal (bo caso" Dt social) apasir dos problemas especiise de ume 18 trutara econtmica de clases, batetda n8 valorisacdo extraturn ccna de, ses, tnsede 7 Yona po Ti'Zungtes que ie competem, consderandowe exeniage Tera Seiestho E Canagisia, por exenpla, for Shee HSE" gre: Yo0/0) pura a en 8 pollen sod qoutes Be Enlit’ a telagdo"entze og problemas de forma ‘pe ce figades & economia previdenciaria e a leglslagdo dos sega rjc cs antagenishos de intereses entre Ss clases S- Els chamands a alengto, de modo geal, parm sigul segundo causes epecfcas, daa notmas de organiza fultca’*(pag, 10): stares portant, flaado cfm terme Peres, ca! ysiga de como tcka soiedae histérea ge Te- trea, de forma ldlnica ou no: qual ut elruturas OS que gora an Sua conlinuldade sun ientidne Ge aja ab suns dscontinuldades, a concepeto de que aquela eoltiuade ¢ probiematics ou pelo metas de que elm Dio Shi assepureda por dadas meta-doclls (como, por exempo, natareta nummdna) "constitu como 6 fall demonstar, “tundamento ne qual se basal todo e qualauer esfon fecrisosoaal sejn Gu Comic ou em Sars A socbologa Hime pecirel a purr dest evidéndn A soeoiogla rer foie eae problema primordial (que ontimin basco atu) Sa medida em que indlen quals 950 ctamente as queties ‘otrafuras que probietaliam 0 contesto socetdrib © sun Sceitnuldaae nuforca, estlarere staves de que modlaas Gr ategranto”o sate socll 6 capes ou nid Ge reoler ag sous problemas extruturnisexpectco. Na respsta hipo- téaten nesta ‘tltima perpunta, © alusfo A fora poles eso carder “esttal" da scedade burguesa sempre desempeohon fim papa importants’ dentro da ttadiao tebica ao matey alibeb slic Masa hipotese precisa ser confirmads, Ecrprovandinse& fangto eSpectcaente presi, Tegul ore Weollgin, ee, do apefelno eal, de seus compenen- tes crganiatonais © de suas pollen, o que faromon ag, {titulo de exomplo, na aren pola sd 2. A FUNGAO DAS INSTITUIGOES DE POL{TICA SOCIAL, EO PROBLEMA DOS PONTOS DE REFERENCIA FUNCIONAIS. ‘Uma andlise social que se disponha a responder tals pergunias deve partir da construcso hipotétiea de pontos M de referéncia funcionals, que posteriormente precisam com- rovar-se como instramentos para a explicagdo empirica de [processos politieas.* Propomos, como um desses pontos de re foréncia, a seguinte tese: A politica social € a forma pela, qual o Estado tenta resolver 0 problema da transformacdo | Guradoura de trabaino ndo assalariado em trabalho assala-\ Piado, Esta tese decorre das seguintes reflexes. O processo | de industrializago capitalista € acompanhado de processos de desorganizacéo © mobilizagao da forca de trabalho, fend- ‘meno gue nao'se limita & fase iniclal do capitalismo, mas que nela pode ser observado com especial clareza. A amplia~ gio das relacdes concorrencials aos mercados nacionais © finalmente mundiais, a introdugio permanente de mudanges. {éenicas poupadoras da forga de trabalho, a dissolucéo das formas agrarias de vida e de trabalho, a influénela de erises ciclieas, ete, tm 0 efeito comum de destruér, em maior ou ‘menor medida, as condigoes de utilizaedo da forca de tra- batho até entao dominantes, Os individiios atingidos por tais processos entram numa siivacdo na qual no eonseguem, ‘mais fazer de sua propria capacidade de trabalho a base de sua subsisténcia, ja que nao controlam, seja em termos in- Aividuais ou coletivos, as condigdes de ultilizagdo dessa capa eldade, Isto ndo quer dizer de forma alguma que esses indi- duos’ por si mesmos tenham condigées de descobrir, para cenfrentar esses problemas, a solucdo especifica que consiste fem allenar a tereeiros sua forga de trabalho em troca de dinhelro, isto é, de aparecerem no mercado de trabalho, do Jado da oferta, A azeltacéo de tal automatismo, tentando transformar em evidéncia sociologica 0 que € apenas o “caso geral” do desenvolvimento historico, leva-ncs a perder de ‘iste og mecanismos que precisam existir, para que “o caso geral” de fato venha a ocorrer. | suey PAE especificar esse problema parece-nos adequada a | aistingio entre proetarizagio “passive” ¢ “ata”, 0 fato da Proletarlzagéo passiva, macica ¢ continua, ou seja, a des- ‘tmuigo das formas de trabalho e de subsisténcia até ento | habituais, nao pode ser contestado, econstitui um importante aspecto social e estrutural do processo de industrializagao. Mas, do ponto de vista socioldgico, nada Indica que os indl- | Yiduos atingidos por essa “desapropriacio” das condigées de lulilizagao do seu trabalho ou de outras condigdes de subsis- | tenia, transitem espontaneamente para o estado da prole- 15 tarizagio “ativa”, 1.é, passem a oferecer sua forga de tra- ‘alho nos mereados de trabalho, Esta conciusao significaria transformer a fome e a caréneia fisiea, decorrentes da. prole- tarlaagéo “passiva”, em fator da explicagéo sociolégiea, ‘Tirar esse tipo de conclusio seria — descartando-se re- ‘lexées metodolégicas — equivocado pelo simples fato de que hha, do ponto de Vista teérico, uma série de allernativas, fan- ciohalmente equivalentes, & proletarizagdo, que se realizaram. hhistoricamente, e que continuam atuais: emigrar com 0 obje- tivo de restabelecet, em outzo lugar, uma existencla autono- ‘ma; assegurar a subsistincia por melo de formas mais ou ‘menos organizadas de roubo; fugir para formas alternativas do vida e de economia, muitas vezes sustentadas por auto- Interpretagées religiosas; baixar o nivel de subsistencia, re- correndo & mendicincia, & asasténcia social privada, ete.; ‘ampliay o periodo anterior & entrada no mercado do traba- tho, estendendose a jase de adolescéncia, ou mediante a re- tenelio dos adoleseentes no sistema familiar ou, o que é mals comium, dilatando 0 periodo de passagem pelis institulcoes {0 sistema eduodeional formal; enfim, ular contra as causas 4a proletariaagio possiva através, por exemplo, da destrulcdo ‘de maquinas, do clamor polities pela protecdo aljandegdria ‘4 de miovimentas politicos com o objetivo de liquidar a forma~ ‘mereadoria da forca de trabalho (movimentos de massa re- Woluelonérlos, de ofigem soclalista). Essa possibilidades for- recem uma lista incompleta e assistematica das alternativas efetivas, tanto historieas como atuals, a proletarizacao, “ativa”. A luz dessas alternativas torna-de necessirio expll- coat por que somente uma minoria (quantitativamente nio de ‘todo insignifieante, mas no conjunto pouco expressiva) ¢s- colien essas alterativas, pois a socializacao em massa das {orcas de trabalho como trabalho assalariado eo sUrgimen- to de um mereado de frabatho nfo sto Wo Obvias, mesmo se aceltarmes a destruicdo das formas do subsisténcia tra- icionals como um dado, embora no plano conceitual nao ‘seja possivel pensar o proprio fato da industrializacio inel- ‘sem 9 prerequisito de uma maclca proletarizacao ‘Se o problema da proletartzacto, da insergio da forga de trabalho ho mereado de trabalho néo pode se resslver "por si 6", em um sentido que possa ser Tevado a sério do ponto de vista das eléneias soclais, devemos perguntar que estrutu- 16 ras parclais da sociedade teriam agido funcionalmente com Vistas & solugao desse problema eatrutural. Defendemos aqu 2 ese de que'a transformacio em massa da forga de trabalho flespossuida em trabatho assalariado nao teria sido nem & possivel sem ‘uma politica estatal, que nao seria, 80 centidD esr, politica soa, mak que da mesma forma que esta fontsibui pare integrar a forga de trabalho no mercado ontib pare integra fr ‘Nossa tese sobre a proletarizagéo “ativa”, néo-autométi a, scompanhada de uma proletarizagio “passiva", eonco- tnltante'e "natural, pode ser deadobrada en tes problemas pareiais. Para que uma recrganizagdo fundamental da socle- fade, nos moldes em que els ocorfeu no decorrer da indus {rializagdo eapitalista, ja posefoel como tal, (a) a forea de ‘trabalho despossulda’ precisa estar disposta’ dofereoer sua capacldade de trabatho nos mercados como uma mereaderia fe dceitar os rseas e as sobrecargas associndas & essa forma de existénela como relatioemente suportavels og trabalhade- res procisam ter motivas ulturals para se transformarer em ‘rabathadares asvalariados. (b) Preolsam canstituire cond (6es sdcloestraturais para gl o trabalho assalariado funcio- hie efetivamente como trabalho assalariado. J que em vista das suas oondigoes especials de vida nem todos os membros ‘Bt soclodade potem funcionar como trabalhadores assalaria. das, a menos que cerlas fungées de tepfodacao elementares (especialmente ne area da soclalizacio, da satide, da forma io profissonal e da. asistencia & veibice) celsem de ser Preenshidas, tomam-se necessirias ‘medidas institucionais specials, sob euja protegdo parte da forea de trabalho fica por assim diver dispensada da pressdo de se vender, endo Gonsumida de outra forma que pela cessio em troca de dl- ihelzo (como, por extmplo,o caso da done-de-casa). A mdis- Pensabilidade’ funcional de’ tais subsistemaa extemos. 90 ereado— como a familia, a escola ¢ instalagdes da ass téncla & side — € menos problemética que a resposta & pergunta de por que {ais formas de organizacéo da vida so- Slearia, externas” aos mereados de trabelno, deveriam ser ‘assumidas pela potion eslalal. Hé dois argumentos para jus ‘itlear a tte de quo a socializagdo através do trabalho asa. latiado tem, de falo, como prerequisito, que as formas de cexisténcia extemas ao mercado de trabalho, sejam organiza- das sancionadas pelo Estado, © primeiro é que justamente 1" aquetes (como a familia, a assisténcia carita- fifa privadaca igreja) que na fase pre-industrial e no periodo nieial da industrializaedo tnham assumido fungSes assis- tiva, porque em caso contririo haveria uma tendéneia in- controlével a que os trabalhadores assalariadas se evadissem {49 mereado de trabalho, refugiando-se em um dos subsiste- ‘mas, Hsia refleio evidenela por que a constitulgéo de uma tenclais, perdem em eficiéncie, no decorrer do. desenvolvi- or gu Ss SnMel Uhce av a gular or repaane asie. de-trabalhedores assaletiados tem como prerequisito (aes pallens frpalendas © Segundo argument (pert Bitituclonalicacio politica — e nfo somente a exsténcia famente compativel com 6 primeiro, mas provavelmente de factual — de diversas categorias de trabalhadores néo-assa- [mportancia desigual) consiste no fato de qe somente a "ea. Jariados! Finalmente, precise ester assegurado (e) que haja nportanela desi guty cisiemas periéeios permite controlat uma correspondénela quantitativa aproximada enire o nde. tevconiigces de vida eas pessoas As uals & permitido 9 acess0 1 de individuos que slo proletarizados de forma “pasiva guclas formas da vida e de subssténola stuadas fora. do, (Gor exempio mediante a emigragio forcada, que se traduz Iereado, e que com isso sio dispensadas (lemporariamente rho abandono das formas de Tepfoducso agricolas, ou me- Taerern seme) de presto da vera no mercado de abel. Glante a liberagdo da forga de trabalho, por recessio ou mu- PO ponto-chave desse argumento consiste no fato de que mio danga téenlea)'e 0 nimero daqueles que em vista da deman- Sommente por calsa dos prerequisits da reproducio "ma. 44a no mereado de trabalho podem encontrar oeupecdo como feria” mas também, e na mesma medida, para assegurar © ‘trabelhadores assalarindos, fontrole sebre 0 trabalhador assalariado, 6 necessdrode- solugio do primeiro desses trés problemas parcais & finir, através de uma regulamentagdo politica, quem pode encotads pls ciliata dagoeag-policas exttal que quem nao pode tomar-se trabalbador assalariado. De outa Aregundo & terminologia dos estruturalisas franceses — forma, seria aiiell explicar por que introdugso de tim la Integpam os aparelhos “ideologieos” e “tepressivos” do. Es- tema escolar universal (ou sea & substituiedo do formas de tadolla entrada da forca de trebaiho na funcdo do trabalho ‘soclalizagao e formacio interns ® familia). vieram compa fssilariado, ou seje, sua Socllizagao segundo o modelo da hadas da introducao da obrigatoriedade escolar era, tem- meteadori, ¢ probiémética e de forma algume automatica poralmente definida (ou seja a organizacio obrigatéria do 2B inicio do. provesso de industralizagaov Alem disso, este {ertas elapas da vida fora do mercado de trabalho). Somente problema & eanstantemente Feeriado, no decorrer do desdo- ‘quando as eondloGes sob as -quals a ndo-participacao no bramento do capltatismo industrial,’ problematizando-se de hereado de trabalho & possivel estiverem “regulamentadas forma endégena a permantneia na’ fungdo de trabelhador pelo poder piblico (pois as medidas repressivas como 0 cas- asstlariado, Segundo a antropologia do trabalho ¢ a teoria figo da mendiséneia'e do roubo, néo bastam), e conteqiien- a alienacao de Marx, faz parte do carater especifico do tra- femente quando a escolha entre as formas de existéncla do 1) \batho assalariado que a dlsposicio da forca de trabalho de trabaino asselariado e as formas de subwisténela externas ao lefetivamente vender-se nso pode ser vista como natural. Com mereado de trabatho no mais depender da deelsio do proprio fa propriedade privada dos meos de producéo foram institi- frabathador, podemos contar com uma intogragio confiével cionalizados tanto um eerto modo de distribuicéo das bens SC permascail tae ohamarises neuminten nas tacetes de ‘Quanto uma cerla forma de divisio de trabalho, Em conse: trabalho asseariado. Se, quando e por quanto tempo um in- {(éneia, os trabalhadores perderam em large medida a pos- dividuo se encontra em uma situagao em que a participacio Shoildade de estruturer a organizacao do trabalho eutono- zno mereado de trabalho nio € permitida, se alguém esta mamente, ¢ segundo os seus prépros interesses. Uma das vyelho, jovem, invalid se tem dirito & pariicipagao nas me- ‘aracteristicas da arganizaéa da trabalho éapitalista)é sub- idas educacionais ou & ajuda social —'nenhuume dessas de meter a forga do trabalho, tanto quanto~possfve~a uma isdes pode de ssidades individuals nem das ‘orientagéo extema. ea um controle externo integral. Do Joportuntdades de subsisténcia exstentes fore o mefead, elas onto de vista da organtzacio do trabalho, & "desapropria- recisam ser regulamentadas polticamente, de forma defini- $40" signitiea que os Individuos foram despojades de seus 18 19 7 - recursos materias slmbélicos, dos quals depende uma auto- RRprocatagto salistatria, Na'medida, portanto, em que a TePionalldade da economia privada se impbe, excuse © pos Fiindade de que o trabalho conatitua, independentemente ap sou cartier tecoldgico Instrumental tsmbem tm Instroe mento de satisagao de necssidades. Dai decor litatagtes ferns na motiraeto para 0 trabalho, nfo somente no inicio @ de industiaizacdn, durante © qual prevaleetam inde orletaghes de valor pre-capitalist, shes o moments presente. B necesrio reagir a este probiema constant da Eintegragdo soclal” do opetariado asclariado com mecanis- sos de controle soclal que no gerados de forma confldvel pelos meeanismos do metcado de trabalho, Dai, por um lado, P°fendénela a considerar delituoses,e reprimr, modos a fuboistensia que consituam ume aitemativa a’ rlagao Ge trabalho assalariado. (da problgto. de: mendicancia até, os sigs de repressio do po da let antlseinits) por out, 2 froromitado de norman © vélores, organicada eo Estado, uja observe assegure a passagem pera a felacto de tra: batho assalarlado, Somente & coustante mobllzagao dessas aus alavancas da politica estat pode fazer com que a caase ‘operiria “por educagio,tradigao ¢ uso, reconhega as exigen- las daguele modo de preducao como sendo leis a natuteza Sbvias” CK. Marx, 0 Capital 1 pags. 76 segue) A transformagio da forga de trabalho despossulda em trabalho asclariado 6, ela mesma, parte do processo constitutivo da Politica socal, enjaefetivagio no pode ser somente expliea da pea “coergdo muda das relagSes econdmicas" (bid. ple fina 777), ‘Além disso, mesmo que a forma de organlzasio do tra- taho asselariado se tenths impasio como forma de subslstén- cin politcamente dominante, isto nlo significa em absoluto ‘quevela © partir dase momento te autoreustente ¢ persista GAs formas de aproveitamento da force de trabalho, especi- ficas do capitalismo industrial reintroduzem constantemente este problema estrutural da socializagio através do trabalho remunerado, (Vide Bable e Sauer 1975), Estas formas de proveitamento implicam em que nfo sto considerados as U- ‘ites da revistnciafsiquica @ fiiea das rabalhadores, no resse forma permanente a capacidade de Inteese de prserrar permanente a capac! 0 [Responsévels por 80 no so somente as restrigfes ins lituclonslizdas nas instalagées téenieas ou sob a forma de autoridade pessoal. Meso quando ¢ trabelho € poco regu: Jamentado ¢ portanto permite malor autonomia decioria os aperaris, os trabalhadores extfo’ sob a pressio de Tomar eeisbes cujas eonseqiéneias podem ser nelastas para & sua Salde (0 tanejo de instalagses teenias perigora. 0 des Yespelio a regras de seguranga, um ritmo de trabalho pre- judicial, jomadas de trabaino excessvamente longa te, s80 {ormas de comportamento impostas, entre outros flores) por Sistemas de remunerngao baseados no desempenbo. A aor tancia dos trabalhadores se aeresce que também as empresas 86 podem ter uma consideracdo limitada com a sade ¢ 8 Intégrdade corporal do operdtlo. Danifieada a forea de tea- hulho de um empregado, os empresirios reagem, via de Tegra, com a demisséo © & cohtratacto de forga de trabalho als ticaz: Assim, ha poucag razSes para que as empresas adotem ‘espontaneamente medidas prevent teger otra ou amar g-foease fatwa Porous a, sade trabalho. Por outfo lado, 0 de Taereado da forea de irabalho ¢ restringido pela constante obsoleseéncia da qualifieaedo profissional. O contex- to funcional autonomizado das inovacdes técnieas ¢ organiza clonais e a concorréneia reciproca dos que oferecem sua forca, ‘trabalho provecam um desequilibrio permanente, no ‘superdvel no contexto de mercado, entre a estrutura do em- ‘pregado e as eapacidades individuals. Na medida em que as Qualifieagsee profissionals ndo mals podem set adquiridas e constantemente renovadas pela experiéncia, ¢ em que as qua- Tifleagdes culturais genéricas néo bastam para preservar 0 femprego, as oportunidades para uma participacio perma- nente no mercado de trabalho se deterioram, Nao se pode, vis de regra, esperar das empresas que ponham a disposiedo ins- ‘educacionals dispendiasss. Isto também € valld0 no Gata ‘Gus has "depertom de forge, Ge trabalho qua cada. Pols, o contrato, mediante o qual a forca de trabalho € entregue ao empresério, pode ser escindido a qualquer ‘momento pelo trabalhador, de modo que delxa de existir para, empresa toda e qualquer gerantia de_re ine vestimento educasianal. O grau de rentabilidade e, portanto, do valoF a6 mercado da forga de trabalho individuel, depen’ ‘dendo do seu estado de saiide e do seu nivel de qualticagio, © rebalxado de tal forma pelos mecanismos endogenos’ da 2 Yr eo capltaista, que se tora necessrio instituclonalizar Papas uimpasdexternor a0 mercado de trabalho, nos cer cee ed rabalno pode ser abrignda de forma pet se ee tebocentadots por itade, invalses) 08 femporksin Miamituicde de amparo hsaide ede Felelagem profiaonal) ‘Asresconta-se sas, como Segunda condicso, que essay {exces de emergenla ou encocho nfo_podetn ter de Ise {Gosiha do trabelbador,O aceon a tals itgbes presiaeatar Sloeulado a coros entree do admin, contol admin Tnllvamente,posue do contriro seri de esperar que ho. ese umn redaglo da "preado de" venda” pera orga de Wbaaho ainda intact, (Ck. Gazer 1979) ‘Tembémn neste sentido a politen social repretenta uma strates esta de intemracio de forea de trabalho na To do isbalno assalarid, 1, ulna rela que somente poderia’sequirir a aifusao ea’ “normalieage™ que hoje Ett grayed cfeisldade dessa estrafepia, Nests Seti, & politessoval nao € mera “renedo™ co Eetado aos “probe: tas" da lane operria mas conribal de tran {orma indispensie pare. «conti jasse. A funda mals {mor af TERPS poles eidat consate cn egulamentar’9 proceso A de proleerizacaa, Nao podemos. coneeber, em outras pala: ‘rad, 0. proceso de. prletarizacko ‘como um processo de ‘ass, Gontinuo ¢Telaivamente sem regresiées| tem pensar ao metino tempo a juncdo constitutiva aa potion sostal do Estado? Ao lado (a) Ga preparacao repressiva.€ sociallza- dora da protetarizagdo ¢ dab) estabilizagao por medidas 44a coleivzagao compulsbia ‘dos soos, acresentarse.(e) fomo ferceiro componente da poli. social do Bsiado, 0 controle quantitativa do procasso de protearizagao. Essa tese esta bascada no seguinte'racioeinio: © processo de industria: sagio eapltalista progride em lovas ¢ mmudencas abrupias ‘qué so carncterizadas por assimetrias agudas. Este modelo tora a priori improvavel que o niimero de operérle, vitimas da prolearizagdo passiva. (provorada, pela. destrulgio daa condigées ususis de utilzgo de sua forea de trabalho, ou 4e Set modo de subssténcia tradicional) soja exata ou mesmo ‘aproximadamente igual ao nlimero de operdris que nas con- dligdes temporals, espaciais estruturals dadas, poderiam ser ‘absorvidos" plas Telagdes de trabalho assaiariago, ainda que adinitissemos a disposigdo e a eapacidade desses traba- Thadores. Um “excesso de oferta” (pelo mends temporiro), 2 superior ao potenciat de trabatho que funciona como “exer- clto de reserva, precisa ser pressupasto constantemente, como uma eventivalldade: a desapropriacdo da forea de tra- batho ou a tiberacdo de trabalhadores assalariados j& empre- gados excedo a capaeldade de absoredo do mercado de tra Dalho, Tais desproporedes se tomam provavels pelo fato de que a ‘mercadoria” forea de trabalho se diferencia das outras mereadorias na medida em que sua quantidade, seu lugar e momento de aparecimento ao sio determinades por atos estratégicos de escolha subordinados ao eritério de sun ven dabilidade, Dito de outra maneira: a forea de trabalho é tratada como mercadoria, mas, so contrario de oulras mer- cadorias, sua existéncia nfo se fundamenta em expectati- vas estratégicas de sua possibllidade de venda (Polanyl, 1944), Este problema estrutural de uma constante discre- ‘pAncia, especialmente no que diz respeito a um excedente oteneial de oferta, exige mecanismos reguladores dos volu- ‘mes quantitativas, capazes de estabelecerem o equilibrio entre f@ profctarizacdo “passiva” e “ativa”. As flutuacdes “andr- quicas” da oferta ¢ da procura no mercado de trabalho, ge- Fadas mas nao controladas pela sociedade, “impoem um sis- ‘toma social, fora do processo produtivo, destinado a reeather ‘as parcelas’redundantes, de modo a assegurar a reproducéo a forca de trabalho, mesmo quando nao hé um impacto Aireto sobre o provesso de producso” (Bolle e Sauer, 1975, pig. 64). Este problema de “Tecolhimento” institucional dé parcelas da forga de trabalho que, em vista de mudancas 2: truturais e conjunturals, ndo podem ser absorvidas pela de manda no mereado de trabalho, se tora premente na mo- ida em que as formas tradicionals de assisténcia a esses in- ‘dividuos perdem ua capacidade de funcionamento. Fata ‘ese poderia ser melhor fundamentada se recorréssemios 20s resultados da soclologia da familia, voltada para a historia, social (ef. p. ex. Helnsohn e Knleper, 1975) ¢ as pesquisas sobre a perda de funcées das instituigées privadas de bem- estar € assisténcla aos desvalldos. Resumindo os resultados até agora alcancados:_a desa- propriacdo da forga de trabalho acarreta trés problemas truturais. a saber problema da integracto da forca det balto no mercado de trabalho, do lado da oferta, a institu- cionalizagdo das esforas existencials e das riscos vitals, “nilo- Integravels" na relagio de trabalho assalariado, e a tegula- ey yuantitativa da relagio entre oferta e demanda no tho, Hstes problemas esiruturals nio se re- fem ieottamente de forma autnoma, por exemplo cite vuma premio muda das relagdes econonicas, que ‘Rip debasse os partielpentes nenfnuma outra escola senso nla molar aos imperatives Inevitvels. industrial see, caplalicta, Se as “TeingBes econdmicas®coagem, eas 0 fase sea Stldg de esimular invengho de Instiulces 8 fazer Peaches de dominagao, que ni eo baselam de modo Sa ums etaglo mda socalzgho nlp ocorsesomente sere oo eed dominacio = eo poss esstal O pro JBflen de JominagSo “do poucr esata. © pro. ae tralno eoménte fe tora trabalho einrado enaonlo casdlo, ods agora defiis a politics soll, deforma hipoté- tice, como 0 conjunto daqueles relagdes e-etratéglae poll. camente onganizadas, que prodiacm ‘coainuamente esa ftansfommagio do propsielico de orga de trabalho em tra teanador aslarid, ne medias em quo paftclpam da soit. gfe des prolemas estrutarsis, nierormente mencionadoa* Sia exfatega concestunl que fgnora as dezlagies usis- diclonals préxitentes. nfo se dei inluenelar or opeoes Sormativds precisa costudo, denonstar que st lesicugoes Piecldas ie "poltica soca” pate eer eelcadas, de forma Blnusve, om coeagio fuclonal com cares its problemas Eetrutursi De que forma 0 acervo eelente de bulges Stelopolica estresponde ace problemas estruturas da in- {Egapio defn co vabulo no sim do tal sas. avado? Para responder s essa pergunta enumeratemoe eq algumas reflexes llustrativas e elueldativas a Voltemo-nos, inicatmente, para o problema da adequ- so “motivaconil” da forga de ral para o trabalho as. Shasta Fan formar claro gue os inceatvos aera, en Sl meamos, nfo bantam para assogurar 4 dspoigia para’ 0 trabalho, no € press reorer A fungio do protstanismo, Atserlta por MaY Weber, ou hintrodugao da Corigalariedade Sica derg im fatinpo tant da nectaidae. ura, lamibtm ormatiment, a dapoigio pera 0 ta. ehery Gus Sie cutee etn pullica do mereado fe trabalho, de alteray em o aux do Eotema educaconal.c pape eteretpado a mulber, valor ‘indo 0 trabalho asnidrsdo As castes do trabell de ont 4 ie e-casa. Com efelto, comparado com outros paises ocidentals, 4 partielpagéo feminina no trabalho assalariado € relativa- mente baixa na Republica Federal da Alemanha. Os instru- ‘ments politicos da edueagio preencher, neste easo, a funcio fe modelar motivagées (e, a0 mesmo tempo, de regular quan Utativamente o mercado de trabalho). Os esforges pela igual- dade de oportunidades da mulher no’ mereado de trabaiho € ‘2 ampliaeao da procura de forga de trabalho em regime de tempo parcial, bem como a instalacio de jardins-de-infancia, constituem medidas eolaterais, cujo objetivo também eonsis- te em mobilizar forea de trabalho (BMAS” 1974, pags. 87 € seguintes). A telacdo entre as instituigdes de poiltica soziat 0 segundo problema, ou seja, 0 de assegurar, através do controle politica, os requisitos materiais da forma do traba- tho assaldriado, parece evidente, Basta mencionar as institul- es que sio ativadas quando um operdrio 6 expulso do pro- fesso ol! é ameacado de silo, Uma funcio preventiva 6 pre- ‘enchida pela legislagdo protetora relativa aos aspectos téent- fc, temporuls € sotlais do processo de trabalho. A fim de ‘evitar que operdrios sejam excluides do processo de trabalho, por desgaste prematuro, certas condleoes de trabalho mate- Flal prejudieials 2 ratide 40. prolbldas, preserevendo-se me- ‘didad para a protegdo dos trabalhadores. (prevencdo de aci- ‘dentes, dispositives sobre o local eo material de trabalho) ‘Além de preserigdes e protbiedes, o Estado eria possiblidades de informacdo (pesquisas sobre 2 humanizaczo do trabalho, financiadas pelo stado) © impde disposiodes soviais destina das a melhorar as condigées de smide e de trabalho (lel sobre ‘9s médicos de empresa). Na medida em que o aproveltamento a forea de trabalho depende de qualificacdes profissionals, a pcg uacional ae proiionatizago, bem_ como & lea de aperfeigoamento profissional, asseguram a corres- pondéncia entre a forca de trabalho e @ demanda, também o ponto de vista qualitative. O seguro de saiide tem a fungao de garantir a reprodueéo do trabalho assalariado de forma ‘bastante Imediata, Ele contribu para que o trabalhador, im- pedido de reeorrer a formas de assisténcia tradicionals, no sela marginallzado duravelmente por causa de uma doenga fransitérla. Antes da adocdo das medidas estatals correspon dentes no séoulo XIX, os encargos financeiros resultantes da 25 ro ‘doenga levavam facilmente os afetados por tais encargos a $RGRSr.ce daquele melo cultural cujos membros ganham sua. ‘ida atraves do trabalho e que praticam moral de trabalho ‘won Ferber, 1967: 63). Em face dessa explleacso, toma-se ‘fouco piousivel a tese segundo a qual a funcio principal do Royurolde saude consistiria em impedir que a oferta de forca, de trabalho fesse Insufclente para alender ts necesiades de pessoal das empresas (cf. Buble e Sauer, ofer de orga de trabalno nos witimos 150 anos 86 excepeional- mente deve ter fleado abaixo da procura, nio havendo pra- Heamente nenhuma razdo para tratar essa forca de trabalho ‘Abundante com eaulela, ¢ Para preoeuparse com sua Te- ‘comporicio, ‘A estabilidade do sistema do trabalho remunerado de- pende em um sentido duplo do suprimento de moradias aos frabalhadores, Por um lado, as moradias podem ser enea- adas como condicées materials importantes para a regene- Tagdo da forga de trabalho e desenvolvimento da prole, € por outro, a oferta de wm espaco residencial condiciona a @xtensio a mobilidade regional, da qual necessila o mer- teado de trabalho. A concentracdo dos locals de trabalho, de- correntes da concentracdo do capital, elevou — tendo em ‘vista o valor de renda da terra — de tl maneira os alugueis gue necessidade de espaco residencial s6 pode ser satls- feita através de medidas estatais de apolo (subvencoes para ‘moradia, construgdes de baixo custo, lels do inguilinato). ‘Assim como o seguro de satide combate as conseqiénelas desintegradoras de uma limitacdo ou interrupeao transitéria, de trabalho assalariado, o seguro de desemprego tem a fun- ‘do de evitar que os trabathadores atingidos pelo desemprego Se esquivem dp controle aaquetes que Sancionam sua isp ‘icao para o trabalho, O valor de integracio dos subsid Financelras baseia-se no fato de que o poder aquisitivo pode ser encarado como tum fundamento decisivo do bastecimen- to material, e portanto da manulengéo de uma forma de organlzagio da vida, aprovada pela respectiva sub-cultuta ‘Mantendo-se estruturas tradicionais de necessidades, mas Ii mitando-se simultaneamente o salério-desemprego. a uma ferta parcela do salério original, ¢ fazendo-se, além disso, ‘sua obtencio depender do fato de que o respectivo desem- Pregado continue & disposicdo do mereado de trabalho, esti ‘Se trabalhando contra a formagao de modalidades de’socia- 1izagao que interrompam a relacio com 0 trabalho assalarla- do, Tal efeito se produz de forma ainda mals confiavel se 03 ‘desempregados, com base no. principio da. subsidiaridade, ppassam a cer sustentados por parentes préxlmos, 0 que sub: mete 2 sua disposicdo para o trabalho a um controle 20 ‘mesmo tempo fntimo e intenso. A flm de combater a neces- sidade de formas de socializagio alhelas ao mereado, o Estado ‘ainda pode mobilizar de outra maneira os recursos culturals « simbolicos para o controle das desempregados, Sem dUvida fle 56 pode organizar diretamente os desemprogados em esca” Ja muito limitada (servigo militar, frentes de trabalho, Teel- clagem profissional), mas pode mobllizar os papéis socials tradiclonais, a fim dé utilize los pare a finalidade da regula: edo quantitatioa do mereado de trabalho. Com Isso chega-se fo terceiro problema da “politica social", aelma mencionado. (Os jovens podem ser retidas em instituigdes do sistema de sino, qe permite redux oferta de forea de trabalho. ( Estado, nesto caso, ngo esta lidando com desempregades, ‘mas com’ escolares e universitarios. A manutengao dos tra: Dalhadores potenciais em instituicées do sistema edueacional ‘em ao mesmo lempo a vantagem de que nelas pode ser exigida uma eerta forma de comportamento diseiplinado, que fem geral corresponde & exigida ho processo de trabalho (ef Bawees e Gintis, 1975) © Estado ainda pode adicionalmente aliviar 9 mercado de trabalio de forca de trabalho extedente, abrindo aos tra- Dathadores a possibilldade de. antecipar ‘a. aposentadoria, gracas a um Limite do idade flexivel. E, finalmente, as mu theres podem sor reintegradas em seu papel de donai-de-casa @ de maes, O Estado dispée, portanto, de uma sirie de possi- Dilidades de ampliar a oferta de posiedes que nao implicam fem ofertas no mercado de trabalho, e simultaneamente @ de integrar os que nio podem ser insluidos no mereado de tra- ‘balho, estando assim desvinculados do efelto dlsciplinador do trabalho. Esses instrumentos de intervengao da politiea Social tém a vantagem de que, dependendo da eapacidade de absor¢ao do mercado de trabalho, também podem ser util- zados no sentido contrario, ou seja para a elevacao da oferta a forea de trabalho. (© trabalho assalariado se toma mais atraente para és trabalhadores, reforeando a sta disposigéo para o tabalho, zna medida em que 05 riscos existenciais associados ao tra 2” - patho assalariad esiejam coberts por formas instituclonals batho asealeral ‘Ao mesmo tempo, os sistemas do seguro 0,20 Seem tamber © capita, contibuindo assim Para soci crrovaa demanda, por forea de trabalho. O capital & Syanarede ne medida em que, na auséneia de tals Institue Stonere problemas individuais decorrentes da existéncin do $Eeb0h dav asctarado, precisriam ser resovidos mediante sage slarais mais evades por parte dos trabalnado- sa oate caso, no estariaassegurado que as pareelas adi Teale de reco realmente fostem Uiilzadas #0 sentido da lonteeracdo da fora de trabalto no tereado. Os delentores Ee umegaro de sad, contention, nao tio na mes SeNhoneio cue un parieyante do mercado, que consome Fegundo seu poder aquisilivo, de aeordo com Sua propria svallagio ‘Que tpos de servigas cabem a0 assegurado e em que situates, @delerminedo por preserigdes admimistrativas que ‘Stabeleeem nos orgamentos os segures, tanto do lado da fresagko quanto.do ado Ga wlizagho dss servos, urn com Fumo social coereitoa ‘Sem a previdénsia social os meios ¢ as snstalagSes que servem part a cobertre dos rsces de trabalho ede. vida Seria oojeto de dispendiosasIutas redistnbutivas, 20 passo {Que no quadro do sistema de preidéneia soll eles :20 finan Sncos por uma redistribulgdo obrigatora, horzonial e tem- otal, que gera confanga, e que alivia 0 capltal, nlo somen- {erm termos financeirs’ Surgindo um confit em torno das condiyoes destavoraves da existencia do trabathador asslae ‘indo; no se Ga um confronto entre trabalhador e capital, hem be foram objeto de conflto a organiaagio capitalsta fo training om o nivel saariel dea decoreente, © que pode- ‘a eventualmente provoear um conflto aberto de’ classe 6 {mansformado num conflito politiso ou numa controvérla Bde Os riseoso 0 tipo de'elaboragio desses conflitos si prior definides de tal forma que a eatrutura do proceso de’ proacso capitalist nfo pista em questso. A oitiea aras vers tore Tos means socias estruvurss, Que provocam danot de sade, Isto se revela pela "orienta: ‘Ho Guaso que exeluaivamente curativa © individaallsta” do Sistema de side (Nasohold, 1970: 193). As medidas legl- lativas param melhoria Gas! contigdes © jelacbes de treba. Iho elteram minimamente a estratura Ga divisuo de trabalho i e. ls do pose eanmic capa A mada rete fem-se espedialmente aot aspectot téenicas do" processo de Eesha © nio poem ereder a media do fnaocamerte Sportive pela empress, Os Grgéon de cogesto pratiemnen: te no poem faze valer pontos de visas eontedros asim. osles do procesto'de producao eapitalist, respeltadan as ‘Sas possibildades leit de influenciar os processes deco Hos da emprese. Dest forma pratieamente Rao ha por parte des trabalhadores posibldade de controlar o volume das emisebes. Tumba solugdo dos problemas de qualfiacio precisa ser encontrada fore do meteado de tabalho, Ja que 4s empresas a num mbito multo limitado podem’ propor- Glonar instaastes educacionais dspendiosas,& tenfaiva es fatal de influenclar a aplicagso dos recursos. empresatals ratinados a qualifieagdo dos trabalhadores e de impor Pa drbes de quatifiencio as eonddes de funconamento das em: Dresas gerou camo reatao, por parte. cetas, umn continu Geelinio das suas atividadés' de guaitoegao.() A police socal ndo se limita a oferecer (de forma con- trl eae conan) presiagi de sev, hr ob {quis sera del imaginar a integragko permanente de fo de trabalho no sistema do trabalho assalarado. Ela fambeet se encarrega de controlar oso “adequado” de tals presta. Gon. Isto € necessaro j4 que, em vista do carder repressio do trabalho asielariade parece Sia a Yendincia pan que © trabathador procure reifarse (lemporariamente) do proces. 9 de trabatho, recorrendo aos sermeos de seguro APneces: sidade de controlar o aceso acs servicos se demonstra empl Heamente peas ovellaces, dependentes de conjunfurs eo. nnomica, dot montante de pacientes, eujo creseimento em fépocas de pleno emprego — mostra que os trabathadores fazer uso fe sua posiedo de forga telstra no mercado de ‘abalno, delxando de frabsibar passagetramente. Onde tals controled de aceso formas de reprodupao exterias a0 mer. cdo nlo slo possivets, como, por exemplo, no ea30 do papel 44 mencionndp das donasde-cana, tomainse necessAri6s = © Rola Tradutor: 0 enno profisionaleante até ore tem so ‘woe rlere A. ‘arte pita dots deco a (cubresat, Gue nbrem regan pare tags gue al pe amit, ‘Stoaninada ares Sule uct oer eas ‘enio daa eepectvas reas pofionas, nm wlune ttl que no ‘icede, ar semana, © corepondents aon da de aba Ey EL specials uma motivagso de trabetho que especals PATE, Sra dp trabalho remunerado 7 sma do tral Sones ae So fF givel as medidas politico forma Seigemereado, Asim, 0 que $50 ‘0 desemy 0 sent oe ce vessantes, ‘situados a gran- at cence Seiten one Coeeoaine me atal permite ajustar d° o pacers aut an engencias dt ‘pode ser eonsiderado um ‘camo se ponsao das visas © inn eat feminino, as pensoes tem a quantidade da oferta de também rabalno no mercado, (Bulereck, 1976, 173) savalho cae value 00 safle anguo de regelanenlae "A renincia forcada a quaisgu norco, a reefing ds mca do rato 3 anbagan, eo prowssamento DUCT Sh Be expressam na vendéncia & entris eee owl segundo criterias Gis tendencla, 10 entanto, nao result fou da transposicac Cua unllateraidade € deplorada por vo em de con ne wn devempregn tem 2 co: a rosisemprog, € fxavel Te eatin do eres Ipelulds ne eegutms fp vel sears, de modo que sit de “arent, oseguro-esemprego pode st ‘em uma influéneia rior do nivel sal 0s salérios-familia jer mudangas no sistema sees existenciais| cece instrument sonics © rial etapa de ges, No esc de pansies", 0. epiors mn Ferber. ii 10 séelo-estrutu- ‘hin ¢, pelo contrario, a expressio de fato séclo-estr ral de que & politica social contribui para & 1 ransformacio 0 posed al de gue, poles S"trabmino asairiado, nso podedo 4 de fore a rata unmizac da organzagao de tabs => ‘ho capitalist, a gem considerinel pao capital ¢ su De ida EMER, Sonnsdoresassaariados ester. ue cidade, de ePsvema de seguro soelal permite que © fEUrS Go capital e sua cape salariais Hosa regulamentasdo é também favordvel aos inte: ‘est da forga de taba em um eontexto de merado, J jue qualquer aumento slavial que se tome necessério. Sreunatacias"individusis, tmpicando ‘eneareeimento “da fore Ge rubmino pede tmeafar at guas perepots no roreado de tra falta taxa de desemprego juven, remplo, se deve, em ultima insti, fo fate: de que 8 Sbrigatoriedade ‘scolar c a proteede.ao.‘menor encarecem Scie da mide @ fora de frabatho dos jrens, O ‘ato de rentes medidas para a protecao da forca de trabalho mo dependerem dos eantitos de imteretes dentro ex empresa das suas velacdes de poder. sendo regulamentadas Tegal- snente para todas as empresas da mesina maneira, consticul Jguatmente um dos requlttos impreseindivels para a allvida- ‘condmica sob condleses de competi. Por lis, a "net Usidede do ponto de vista da competicdo” das Iniitulebs 4s poltica woe € uma exgéncla antiga, (cf. Talos, 1076) © Sempre reterada das diferentes fragées do capital Tnterromperemos ai ena reflexes, que nha o ero propésito de ate guns. exemplas — clucidar & ‘Felagio funcional entre a9 insitulgbes da pottica social © 0 problema. da secaliagdo através do. trabalho asslariado ma andise mals exata eonfimaria sem duvide impressio de que os ts diferentes problemas — 0 da dispusicdo para 0 trabalho, o da capacitade ce trbalho individual e 0 das “oportunidades objetivas de venda” da fozea de trabalho — certmente per sr deilads cam peso, mas qe, 20 nivel das medidas eorrespondentes da poltisa socal, predo- Inna institigoss“mulfancionsis constr deta yorma que visa, simullancamente, em mesclas valdves, a0 controle das motivacces, & adaptacio da. capacidade de tra- Saro-e-p reguiamentagio quantitauiva.da oferta. da fores 0. A predominincia de tals institugdes s6clo-plle ficas, que com vistas aqueles problemas estruturais poderiam ser cafacterizadas como “teraplas em larga escala" fag com ‘tue, do ponto de vista estratégicoconceitual, parega absurdo fxclulr do. conceit de politi social, entre outras, 25 me- aides polluco-represivas de controle ou as estratéglasvolla- das para os problemas na rea eduescional, esidencal © de saiie, Inclusive porque o aparelho administrativo jé tem hole lara ‘conseiéneia das interrelagées entre todas essas cate- borlas 31 ‘As atiyidades estatais que devem ser incluidas no con- ‘ceito te politica social nio podem, por isso mesmo, ser deter- celta Gas! em fungao da compettncia dos diferentes orgies Bipligas ¢ sim segundo sua oriet{agdo funcional em relagso Doe oblema estrutaral objetivo, em cuja solugdo colaboram fs mais distinias instituioes estatais, repartigdes e esiraté- {Gas de interveneio, ou seja, o problenia da copstitulcio ¢ da Feproducio permanente da relacdo do trabatho assalarindo 3, TENTATIVAS DE EXPLICACAO PARA 08 PROCESSOS DE INOVAGAO POLITICA NA ARBA DA POLITICA SO CIAL! MODELOS EVOLUTIVOS. © objetivo de uma pesquisa, conduzida & 1uz da teoria de Estado, sobre as formas histéricas e atuais da politica Soclal bem como de suas mudancas, €compreendé-tas a partir ‘Se suas funcbes intrinsecas. O estabelecimento de uma cor- fespondéneia funcional entre a politica social do Estado e os Jrodtemay estruturais da soelatlanelo do trabatho, desenvol- Mae no pico anterior, d& apenas algumas indieaedes para lzancar este objetivo. has ficou em aberto quals seriam as forgas motrizes ou ‘as ondens de influéneta que determinam o desenvolvimento historieo das instituigbes e dos Instrumentos.sbclo-politicos. ‘As institulgges da politica social ndo so, como se sabe, righ das mas estao sujeitas a um desenvolvimento e inovagdes Gonstantes, Ais agora desenvolvemos e ilustramos um quadro Ge retertneia tedrico para orientar as pesquisas sobre @ DO- fhica soctal, na otlea da teoria do Estado, Mas esse quadro Tmitase & investlgagéo e A compreensio do “estoque” atual Ude_inctitulgdes sdelo-politicas disponivels para resolver os problemas estruturals da “socializagio através do trabalho Rfsatariado”. Ainda que um dia as instituigoes sdclo-politi- ‘as hajam preenchido integralmente as trés fungées menclo- {hades clas néo o fazem para sempre. Torna-se mecessirio €x- pllea®, portanto,em segundo lugar, as regularidades que pre- Bide be “transformagoes do estoque”, por assim dizer as Siels'de movimento” do desenvolvimento da politica social. ‘Ao eéseutlr esse aspecto “dinamico”, baseamo-nos, entre ou fros, nos resultados e nas perspectivas teérieas de um estudo Sp cava sobre o desenvvolyimento e a implementagdo de um Srojeto de Tei na Area da politica sociat © de mercado de 32 bio of), onan en eee te ocr rai et Fen Tope fam cee ple acs ‘Sremenan Sir cane mi eis Up arrests deans Cosme SSR Rane gaara patos © Er sn pln ont ott ela ln ltt ts sane tp enti etne o nn Sea mie Kip g fences ctr gs Reece cau ce ala sna rs te tempo, se cit a fendi deuet dane Mevadrack lagdo do trabalho assalariado, seja reel i ea ee, iene i afagtlnds ah ala Atlan ea at a eas inns er es di tt at Eee Spgs Sagi e Reena i clo ann Tah he ace ee ee Sefer Sth, Gace eae a * imposicao de exigéncias politicas cL 1 aa ei pit ian yea vege Cocca Sn tat 2 a gent ect tre te Tee panSiaa oman te aia iatsP lhl sts l Hoy ee pe clas tee peta i ane Savin dei ates Ghat? ge pevessidades e exigéncias, ete. incluindo as suas alteragbes, Pipe dee tities ne eiects ewes Ee rena ae a Went a ees ee ate 3 yr eee llc da a alos, aero, a como re a teen an vlad aa ee Sceege nae eer te cecras 2 cet ori ln in tang ah ee ed eerie ca nin ms fn sone a ores geht ra ope eae ce cau certs (OTe cua Be ierd mo caanmear tae ie, pails ¢ Sop mre fy cers arm cen spe oa ae ane ae mem cae oe mean Ge b) A explicagio do desenvotvimento politico social a partir ie imperatives do processo de produedo capitalista. [As tentatives de explicagéo que podem ser, resumidas neste esquema de argumentacao nio recorrem as “exigén- tias” da elasse operénia como variavel eausal do desenvolvi- mento da politica social, mas as exigéncias funcionais de pprodugao capltalista. A caracteristica decisiva desse process Feria a tendénela ao aproveltamento ‘“desmedido” da forca Ge trabalho, o que terla como consequéncia a destrulgdo em ‘masta da capacidade de trabalho e om isso a destruicio das tases da future acumulagso (cf. Buble e Sauer, 1975). Se- gundo essa {nterpretacéo, a politica social estatsl explica-se partir do interesse a longo prazo do capital, que no entan- forndo aparece na empresa individual, em manter a substin- cia “material”, a qualificagéo e a disponibilidade da forea de trabaiho, protegendo-a contra uma expioragéo exagerada € imprevidente. Independentemente do fato de que uma tenta- tiva de explieagio desse tipo se vé forcada a excluir do es fquema explleativo todas 9s politicas, ndo-relacionadas de forma inquestionavel com a preservacdo de substancia mate- rial da forge de trabalho, ou a descarté-las com auxilio do coneelto ad-hoe de “politica social inespecifiea ao sistema” (Funke et al, 1976: 11 et passim), também agul surgem ‘Mipumas perguintas ¢ objegses, Primelzo, € preciso esclarecer fem que medida € sustentavel o pressuposto de que as agén- las estatais dispéem da perspectiva ampla, e da capacidade Ge anailse interna, nececsarias para que sejam diagnostica- 34 das as exgtciasfunlonalsdoeapltat de manetra nals pre caesarean a oe cringe edo, mean queen ot, isin na nds esta, onoemn verlndats eupercosiegon quale enna urd qu os hit a cfroqener ee Sian policas'e noagse adegias is tigen Wes Pode-e obter um modelo mais completo ¢ menos Uematien combinando-e as dias tentaan de expiessta to pode ser fio do vara ninco: April dee fe ‘cede numa analogs hese Wer cxagede come sas Senate eps de una rte de esi is andlae mura ore’ tems (Pp. ex, Miller € Neusiiss, 1970) eee ie prea possliade de combinasso das duns se autos inte plas de cmtnago day dus Ter em simplificagies demasi — ha seguinte tese: as or- fanlzaces da cae opeitin, a se dngirem ng Beads eon EEgencas de segura seis poitans oreaeo a teen oitica que thes io ropras ndg"aleansan mace Gots sno farcr capia'n adsl melias gue omer Sim ao intense do pop capa, equ evar ne aga longo pote pars Raefura una ae ampla das relagoes de exploracao.” eS Pee ‘As organlaasbs opritas “obrigam”, portato, o cape tal — como ae dis de forma entereotiada "engi de acoteo Sona set “aut-nttese bem somes” ak plo eens fp ania de gue 0 cap seit compenseda'¢ Bago Maes as cues posirimenta pesados Cae rao wa se rc ty medi pra reatanes das" cone tee ‘vida antago de ua forge ce taba fen pe fisonaimente inet, © de tata pas socal asta, ee fei amide pore fou te tabuino ceteris ‘imine’ hse do Po dev clei bt ae Upset pean dese po, epics eda Seo apart eval on cr pads scr tic ait ition feto com suas fares inegrante tegen oecanlmor de eqn ¢ af decade df ara cane Se Feanesn ca argrange stslaa do wing ts Ss Ripolese acme rosa fr plate, escs mécaslonss verano como resto qu Lone agucns eugene ® poltenn provoquer fnaldas¢ nofages 0 eres 38 r » Sree ete pele te de, alc etl a So ak mee " Sea, eas iterates “harmonicas da Ce a cnet site ene ee En ov an grr ni lt ot lt cc a a weal Soin nl outa a ace Sade ae omits eeu Sa uae pepe Sh oitgrace semi st es com ea ra men es timas nue se atm 2 uae 9 Gl at iments rs ll ace Punts Se eee ctor cam a hnaio am mens nto aie a _ stata eae common conta iss a. ee ee, ome ar sel Stig gan ele ¢ estes lee ie Be erie lat teu cme oe Sinn eg eee eo pode Seen ce ca come oy eran es ae _/ dos dizeltos politicns existentes da classe operéria, as exigen- clas poiticas “admitidas” e as necessidades previsiveis €o pro- testo de acumulagio, levando em conta, ao mesmo tempo, os Drerequ'sitos da esonomia do trabalho € as possibilidades or- Gamentérias? © problema funcional do desenvolvimento | Sbetorpolitico e com isso a chave de sua explicagso sociolégica 6a compatibilidade das estratégias, mediante as quais o apa- relho de dominagdo politlea deve reagir tanto as “exigéncias” | quanto as “necessidades”, de acordo com as instituigées po- Iiticas existentes e as relacées de forea socleldria por elas canalizadas ‘Tendo em vista as medidas e inovacdes s6eio-politicas Isoladas, essa tese estaria afirmando que tals inovacoes e ‘medidas’ néo so coneebidas nem como “resposta’” « exigén- clas, nem como “resposta” a imperatives de modernizacio resultantes das problemas da valorizacso do capital: ao con- trario, trata-se de respostas — como. pode ser demonstrado znos motivos manifestos e nas eondigoes de surgimento de ino vyagées sGclo-politieas — ao problema, por assim dizer “in- ferno a esfera politiea” de como reagit aos dols problemas decisivos anteriormente mencionados, das “nevessidades" do trabalho e das “necessidades” do capital, compatibilizando-as cenite si O problema ao qual o desenvolvimento politic esta: tal reage é'0 problema da compatibilidade preciia de suas ‘rOptias institulgées servicos.” Tomamos como ponto de referéncia funcional, para a explieagio de inovagdes socio. politieas, o da racionalizacdo interna dos sistemas de presta~ fio de Servigos. sécio-politicos, A pressdo pare a Tacionali- ado resulta do fato de que “necessidades” ¢ “exigencias” conflitantes pdem constantemente em questio a eonelliabii- de ¢ a praticailidade das “institdigGes.silo-polticns 4. ESTRATEGIAS DE RACIONALIZACAO ADMINISTRA TIVA E IMPLEMENTACAO DE INOVACOES SOCIO- POLITICAS © pobeme da “concise au sal, nosso ver, a dondigao nila ea fore impulslonadors de inovaces Soclopoitias, ¢portelaments aceavel & andi solopes fmpirca. Conseqlentemente,deveria ser cormprovdvl a de que os alore responsivels pola instiulgdes stele pol fase pels inovapére no apaelho de Estado, atuando em rinisthros,parlamentos e partidos polities, Se neem conse {antementé dontrontados com o difema de que por um jel, as exigencies gy gavantiasforiica © poiiciméate eancions: fas que Ja pottencem por asin dat ao “esloque's por futro lado, as necrsldades da poten do tratainoe a coor Momin finaneeir, bem como Gs ilies de elastcdade. da fconomla capitalist, te deftontam de’ males nconciNé- Yel, LG, entram om confto a partir de aoontetientos in- contfolives Sela necestirio ainda valdar a tese de que as Snovagbes sécio-poltcas preisam er ajustadas em téemos femporas e de conleddo aos partmettos espeifcos dese mfirmecéo dessa tees permitiia afrmar que & lies stata nao etd "a sevigo” ds necesidades of ex flncas de cuir grpo ou tase sta mas eae Pe Jemas estruturais do apareo estat de dominagao € de Prestagio de servigos. as an st —F eset eae tals eps sco seal go tan ms Es carmen geek oe Ga ca ae i rar, aa Secon ees meen ap Pe irae Cot eran Sn cs Cr ee ee fen gu rose 8 cee oe Sing einai ey tr © et Ee aa ea sa amin erm. ada, eelacenal oo Senin ihre sar thn ceo ae Se See ce te a eo ies ae lig ot a ee $e ence ean gaat ee snes dr tne os Bring tgs ae tts ms pon ti is seg, core us no pose che Ser Sheree ere areca pets ine revisit gerne 2 oe ii ret es raul, co. So sci Smale, beens eae Fame Cleese be ores oars a oe Henn sun ox len eres dus ores sm ie ae emer Temes, 2 ea ne a ee wee oe i css senna, Polen Sea oe, cee ae ee steal te else ear eae an cua a ei seeticntens Gate eligi resets ores Buck go renege de ur nto Meme toes ae ee ee gn lg ome ce & muda nn a as ein oe cot ete oe Par chm fe commu come cana De sat muy sco eo emi de a ee ceeaien a cirieas da mae Scare eau cee Cee a a 1 a cnet Chrome) os cgi at erie teal ee output”), Bssas eonseqléneas so produzidas pelos conflitoe is, parece quai putes soci ena‘ nase yar © lugar de arbiiragem, © momento, a temdtica e a8 “repras {do jogo". Em tals easos de "implementagio extzi-statal” de medidas de politica social, @ pollca soe'al e-tatal nfo thm de forma alguma “‘situagdes” eoncretas (nivels de abesteck ‘mento, prestagio de servigas, medidas conerelas de asisten- Gia em Gasos existenciais problemétisos, ete), mas demarea (08 temas do conflito e pré-define, através do malor ol menor Poder conferido aos grapes em presenca, a medida em que 8s insiltulebes de poltiea Social podem ser efelivamente Sproveltadas Pura Hustrar este fat, pode-se menclonar a prética da Jel de protecao do trabalho javen, Esta lel néo implica em absolufo uma protecio govermamenial univoea do trabalha- Gor jovem; ela defite meramente o contexto no qual atuam as posigoes de poder relevantes dos que oferesem e das que procurain trabatho no mercado, Desta forma, as exigencias feguis quanto qualidade do empreyo a ser oferectto 208 ovens pode, como Ja se vetificou multipa ves, transfor= ‘mare tm Un obsideulo para as suas oportunidades efelivas de trabatho, em vista do que eventualsinfragbes a esas dis Posigées legals podem ser Vistas como necessrias, Este exeat- lo mostra que ha prosessos de poder que ce intercalamn entre B realidade legal c'a socal da politica social estatal, tans formando o “output” em “impadt”, Nesses processes Ge poder ‘do 86 participam os qu oferecem © a8 que procuram forea de trabaiho no mereado, mas também —dependend Se me térias sécio-pffticas espeolais, regulamentadas por Tel —o Pessoal administrativo, os membras de profissées (médicas, focials e pedagopleas, juicicas, ee), os inteestes organioa. dos, ¢ ox meios de comunicagso de’ massa, Neste contexto somente nos intereesa a esirategia tebries que, em. conse- énoia desses atos, deve orlentar a pesquisa: 3s desenvor- ‘imentos e inovagSes da politica social do Estado no podem ser conceptuslizados como as casas conerotas de. ertados ‘soeletrios out de mudaneas detinidas, mas meramente como ‘ondlgses inicais desencadeadoras de ineragdes confitivas, sobre eujo resultado decidem relacées de poder estruturals € constelnges de intersses, leando etn abetto, poranto, 03 seus resultados ou apreseniando-se como amblvalentes. De- sduzimos dessas reflexoes que tarefa de uma pesquisa soci 30 a Fa yeaa gent pst i i a eb ei dear iy ee) 8 atl {Spal ouput as si plete ma, glee fern ul cad pra ae iene palo cece erat muro len nie ata Perle is tl eg ah ee eset om te Sate treo Fiogtetedatiram no dilema de nao poderem mediatizar entre, i Seam een are ere ceo ee es ile ia on pi Shee sy rami Sa oa ro ewe i soca cen rents rn ie rns seat ioe oly, nti gan Seine dey oo amen eee ei gt iin gis ce ene re eee eens ee eee ale las de colugdo que independentemente da tematica espe- siinnute a acaieiie aetiate fico tne Sento ral Se ot de comoving, atin, ga i ri ot core ee eo et tn eS Ss rc et oe ce, Bevo ni te ar ae aga erie iy cece ae cae cera i ra seis soit rem rs sei niu ctr hg sai rine ni ae ely fn Bis summers cme ey ou ae ep SSeS wae oe “0 ‘ots problemas de conssténcia no aparetho estatal,podendo Prtssiont-o ‘a rerogar formaimrente, em casos evenfuas, 85 Inovacdes introduais. Seriado maior nteresie tried “€ pralico saber em que ponio da esenin construda a. partir esses casos exirenon se situam inovagdesexpestiease quais 85 relaptes de poder os conitoe socials Tesponsdvei em cada caso, pos resultados ebtidos. Parece se? impreseingl ‘el pare tina pesquis socilogien, especaimente tendo em ‘std 0 acervo Fedidn de fneamentoetedricos emplteas eneratzaves, que easas investignstes, pelo menos Tor em {Tuanto, enhain carder antes reiospectivo que prospecting © ‘SSjam fealizadas com finalidaces empiricomaltcas © nao om as intengdes normativas de assessorar ov “apereigoar” ‘Trata-s, pos, de fazer tma reeonstreedo empinien da “nisteia do Getoe” das inovagdes eio-polticas ccoridas no passndo, ‘De investigngSes socilipieas tao especiticas poder sein entio esperar © ealarecimento das seguintes quertoe que ‘tages, encargos e oportunicades de trabalho forain fe- Tadas por um novo programa sociopotico? Entre que cate: Goris de “pessons atingiaae” foray estabelelaas nelagbes de competicto e/ou cooperagio através desse programa’ Fan ‘Que medida existe entre eo “alingidos” e possibiidade de tthizer efetivamente vantagens om de obstruir ou mina fe- Gulamentos que Ines sao prejudeais? De quem e para quem Os enearga Upleot de certs grapos poder ser repassados f partir de que posigdes socials Ge poder a implementagio dela programa pode ser loqueada em aun trajetoria adn nistratlva? A Vesposta a tals pergtmtas na se. pode inferit 4 parr dos textos das respeetent Tes e replamentes- Aig iso, ein reposta & inserta, e ao ¢ conhecin pela potion, fstatal Os efeitos materss'de invasoes sbcio-poltieas so. mente se erstaizam Garante\o seu proceso Ge impesnenta- Go sociale a ambiraléncia de medidas © mssitugaes noves $e & dscve,condemsnoselem “inact” care, ates Au as relagdes de poder e conltes condieionadcs pei estas {re social Ines temmam conferigo ea clare, ‘A tese da ambicaléncia bisica daquelas movacSes siio- politica, om as quae o aparelno estatal rege & problemas de consistncia infers bem como a tesecorreiata Ga conver, Mo eztravestatal de “outputs” exe “impacts” se agora Lise trade'com alguns exerpios. a Yr Baseamo-nos aqui em alguns esquemas de raconaizago aque, or iti dite consttuem o denominador comm estia- gies ae varias inovagdes sGelo-politieas Teeentes. Subora peremon ns eoueras de rcielnagio une arguen. Go gue pote dir plausbitdade — sem que squi ee Pos. ENaC ube Geatce mauisaprotundada du questio ™ & test da mbvaléncia das estragias estatals de raclonelizacao e da Correspondents neeesidade de concretndlas num, contexto extra-eatatal De tal provedimento podese polo menos espe- far uma problematizagdo daquele ponto de vsla amplamente ifunaio de que a politica socal pode Por si mesma gerar {tos como "qalidade de vide", seguranga social”, ete Em feu lugag, pode ser eforgada a tee de que a funcio de “es: fruturagio" da. sociedad’, preenchiga ‘pela. pollticn. social fslata, se redus d definigdo dos temas, momentos, einstray ‘ent de Int estabeecendo, desta fora, o quadro politico Instituelonal em que se desdobram os proceseos sotals de oder, sem no entanto decir sobre o destino final dese Broce, Xo campo de atuagio da poltiea social do Bstado, podem ser enconttndos virloe Gesses eaquemas. de raconalidad, Inchasive em reatorios oficinis, que os resomendam © des- rover expiclimente como edictlos estrategicos que trans- tendem serores espeitces@ 0. caso, por exemplo, da tela do aumento de efcnca de police sotal através do refor- 0 de estretiias preventias’ de sotugto de problemas (erm ‘ager fe eases ex ot, de carer “euato"). A pee {ica dis inovagaes sdelopoliicas orientowse por essa ela, com inieiaivas, entre outras, na érea da politica de sade (Gnetnona das tondicbs patogenieas de trabalho © de vid, Sames médioos coletives, de eariter preventivo), da politica huvacloral (ensino pre-primavi, énfase na fesibiidade" Shas “quatiieagoeechave”, dentro da formacto profisio~ ful), da" proeyéo a0 tribal (humanizacto", tl dos icos de empresas, diteirzes sobre os locals de trabalho, Jel ce protegio to trabelho juvenl, ete), No caso de tals Inediéas € mats que dbvio 0 ihleesto dos Grgios estatais em Tesolver estes problemas de forma pouco dspendlosa, ten- dendo to cedo quanto possivel as Feivinicagées e fungbes Inotituconstzadas. No entanto, a questzo de saber se @im- Dlemontagao dessa estrategins em Seu resultado final vai efe Tiramente atender aquele interesse do Estado nio é solucio- 2 nada com a aprovaglo das medidas e lels correspondentes, Ao contraio, s6 ento surge a questo. Assim, como se sabe, ‘io as espagas relatives de atuacdo dos médicos hospitals para a fixagio dos pregos, que vo determinar em que me- ida o volume finanselro previsto para a previdéncia médica, pode, de fato, so tornar real. Do mesmo modo, é a forca das Tepresentagdes empresariais e sindieals ou 0 grau de imuni- ade dos trabalhadores a ameacas ao nivel do emprego, Te- sultantes da conjuntura ou do processo de racionalizacdo, que val determinar se os programas de humanleacio e outras medidas de proteedo ao trabalho furicionario no sentido pre- ventivo desejado, isto é,aliviando os orcamentos socials ¢ de previdéncla. Neste caso, como em muitos outros, € valida. a constatagio de que a politica soclat pura e slmplesmente néo ispoe de um volume adequado de “alavancas” socials, cuja manipulacso pudesse assegurar o éxito da estratégia preven tiva; por isso essa politiea depende dos resultados de “estra tégias conflituosas de avaliacao” entre classes socials ¢ gr os, os quais decidem sobre o “éxito” da politica social estatal, ‘Uma situagéo semethanto pode ser observada em um segundo esquema de racionallzagao, ou Seja os esforcos para. 4 elevacdo da eficdcia da politica social através da substitu. edo de programas condicionais por programas finais. ‘Tata , no €a80, da flexiblliedo de estruturas legals, que. vin- ‘culam rigidamente cerlos direitos e exigencias a certos fatos abstratamente definidos, ¢ da introdugao de erilérios deciso= ros dependentes de cada siuagdo, e que através de conceitos como a avalingao caso por caso, podem ser definidos em termos de oportunidade politiea. Neste contexto, deve-te men- clonar o uso freqiente de ressalvas justamente nas els € regulamentos relevantes do ponto de vista séclopolitico, assim como os espacos par a “avatiacao” subjetiva abertos Dor conceilos como “as conveniéneias do mercado de traba Tho", ou de “aceitabilidade” do emprego ‘no AFG. Do mesmo ‘modo, 08 textos de lei que disciplinam as condigdes de traba- Iho e de profissionalizacao na empresa operam, via de Tegra, com eldusulas coro “indispensabilidade” “aceltablidade”, ‘Também neste tipo de Inovagdes a reteréneia a problemas de consisténcia interna do Fstado € ébvia: através da flexibll- ago de formas logais rigidas deveria ser possivel néo 6 rejeliar exigénelas cuja satisiagio nio é considerada “opor- ‘tuna", nas cireunsténeias coneretas, como também atenuar a 3 brigatoriedade do prescriées legals caso os dntis publecs gbrigatoniedae i, mplementagao (como desemprego ¢ Te qeeoren es cecalasan irl pareeam cxcessvor, Mas o Ge duct os eroiderago Ub, tekrave, necessio, ety figuran- pote seco memo na fundamentagao das decisoes da adie SePecdo e dos tribunals, depende, via de Tegra, de forma Mislats ou imedista, das constelacdes de poder entre os in- TRhesses socials de seu Tespectivo potencal de ameaga e de ‘Shen, Se, por exemplo, uin pedido de Teclclagem profisio- ‘a’€ oportuo do poste’de weta da politien de mereado de Trabaino, dovendo, portant, ser deteido,€ definido const Gorando‘e as catfategias revisits dos usudrioe a Torea Ger trabalho reseadae, rm cnsondnla com as deies dlesses empregadores quanto & Tocallacao, seus métodos Sesstamchic ete Da tesna forma, a defiigao através ¢a Tdigho do “Ariel” () Go gue pode ter somtdrado Un eruprego vaeeltavel” se orienta pelo eritrio : flat de" conto, individu’ e coetvo, representado pelo si ato sea ema go menos steam abd ppatateane devine ene Seats ie deat anne uit bees ante i cre amaninarsaieeay inal ceed Pett aaa eran wie Buia meine fe gies ein heeueare ioe gemuieethid Sareamn a tet arta it artarare 2 ota aint aici ih goons me tahena eat © mnt hans paren inne sciatic ta ie ete so sont aaa antag et area ae Sea fa Se rare teeai pi einer ate Simson aseid slits pe al TT Reparifo do anitnlo do Teabatho enarrepaan de repr 08 Sempre no proto traalbo slang, 8.7 at aan seers tp asi rset oasis ues she tet ee cu immer ate se Se Scere ey cae, fet ese es hc Sea, = aig, St ot re a Sti eas ole ae Ee sles Cenenehs setae ges ree of pared’ We a esa a estdob dapoiego de um “Cempenc acres geben, ae Em Ee a ae cnt an ge eee Sa eect amines ae eatin = Sioa tase dl dati s ty ser can atte aaclte ae ee te kat tne te et Sager iar athe Pr pa a's eee oe tae tin! eds ated ay Pca ih Sib Sas Sas Ga til Neel a dat eae ee ivi tier tm chun ace Sigel So caries gene eh Sem Gime coo weretane eter, Moa Mima ace leon iS mea See aa Se te ove na i actart l ite en a nine ae “eet “ss eae eer hee ee ee Sead Ra ea a tome cursa'e an asf ste ie ous ja te eats nena sp ar deisel ion CE Selle Same ur ond sl te on oe de als Segal erica tats aes SP ac Seen rm au nse’ i cued 4 - so dectsrio cou sem-pateas ao proceso GecitrD, grinned tims do ares Pune vstatt fur Arba, Spumanizag, nulheres, ® Eniaaguo ae objets polices com er tambem aga ® ray ectrtegcam con oe catsoros dre fo etreulo Sentral do Estado Pare Gos participantes. a como ler econdmi- isle 6 Petes nominals tornarem. eros adof indo 0 devia), depend: Pon wee ti ssh marae = Sees in, sau Cr no nen a ay wine iit cnt ee aeons a fe taxados. (Sem Sig Red res ns een : % Sa re woe ce sees do ‘sPemumeracao ea aiferencing des Cent Bale 7 Teer snail spel no, SGndicagao de um wlti- natieagto gue CHeresr ra depots da ineicnsto foe tags Seca ha bBlelonarmos epefendencia ~~ também observads em 7 aS ea, Sto eh 8 48 Seg ss yt — een” tn ws Se RES Pa ei arg ens dealers ori etn cs 2 ‘a ans ei tanta lard pene an pe ee Se Ean Suh ante a fas lt plate tlt ae So on ae a & Sacer mhhaectatae oa ett er een chem Brae arg ce cif que formule recomendagées para a realisacio mals fl soit cate Suns Paci thie See Pane ier cen agr eS teeat vate SNE ibe die, ee Ga ieee pegs Maar? Sree ahaa es ieee a a i tei inthe aay SEE ar re tes Gene Sinemet opens Moule fh Sepicaiae ieeatice crest ae SEE pares senha Srna rar merit runic ce Rigen osuanm atid ae be RE ciate tiem p eats Sa a un alas Ends da pale Gecaer dunt (annem ak Meade un abiitiyeas iat ea bite os ea Sree a eae sacri tee te ie be tina politicos factuais sb vém A tona no decorrer dessas tentativas ute acts nits ornate ane sa Mean, cen cee ies Dae can eerie ee Ieee ee maaan” Mae cea SEL aE een gpm Sede Gor dats cries ni itneset iter Rise Sate ae enh ice een aaa Ce Bee ar itech ipa Sins Sepa alate sat a Fr néo-estatal de implementacio e utilizagéo de pro- rocesto Jy palo menos é vaildo em situagées em que fltros Baictonais e fe diseriminacdo destinados a Micon grmagao de conceos alternatives ndo Interfiram Impede wiovsisema clentifico, e em situacdes em que os aero um sistema cientifico renunclam a defender se ros. O eonflito politico e teéri- convmitice decisivo que surge © se radicaliza em conseqién- cePollelentifigagao” erescente da politica social (como taz- $i oe poltica edtucacional), pode, a nosso ver, ser resurmida, aml aestgo seguinte: continuaré politica social académice, sG0 2 evidencia dos fatos, e seguindo o exemplo da fencrcondmica e juridiea, ou de uma “policy science” en- #eoruo ao Estado, a sustentar a concepgio de que e politica rede capaz, gracas # sen saber, de gerar politicas “mals cael es' mals efetivas”, “mals adequadas”, “mais corre fhe"ou mesmo “soclalmente mais justas"? Ow ela, Ybertar-ce esse equivoco tecnocritico, operando em vez igo com base na evldéneia de que nio sé0 em absoluto os Stotley outputs”, com suas estruturas Institucionals ¢ legals, coe Setinem o “impacto” da politica social, mas que s80 as $e Gor socials de poder, de_coergao e de ameaca, legal polleamente sancionadas, bem como as oportunidades cor Potondentes da realizagdo de interesses, que determminam © ra de “Justign social” que a politica social tem condicoes GE produsie? Una pesquisa especiticamente sociolégica sobre S pblltica social ndo tem outra opedo para legitimar-se senao Gebvendar esses mecaniemos e condicées concretas de imple- Ghentagdo nao-estatal da politica social do Estado, sor Tacks de une sea conetuae aoe plas de trabalo eee Cr ms mune sudo aera prwsdente de RESRer 2) ‘Talmbe ernie contrtbigben para o tea do congrats ren a ieeeees oa eet Sr eos eons eee SET oe ae icine Some ces ‘Mision da sociedade ma mesma medida due so pose demons ‘Docessidade de processos roca pera raeln See Sees Sais SS as dagen funcionaliste nfo revitiga e a erica, pode possivelmente, eT eee = oan eee fees EGS Scien cea s Bice ties aie cere on mae Senate sete aes eae ete aig A Se ey nbc pee het tat ran cates aera ae oe crs aim Ape ‘Semen ona concrete craven da poten tet cao etal Panty Chat Use ach, SA Testa Sas See Le SRLS ar Ge ace a nt oe Se a eae Teste one, ssa ‘me dna Senate ort 8 aes aah siete eas (© Ado ser pela politicn social 10 ilo pose ser preserved 9 50 ete spc ct rte rn mii, rari a Ss ng SEmhica fie its Shae aa Sueor'n base da, formario concritual, = realisade dessa strauras ie etree eri, oe seme Brae eats Sinem entire te See ce nme « «oe Becta arom aetrame ets Bei eats Ranaut na ate ng? Gan a are a ae cee Se cot cee teen. maar, Be ceiee hae car aie pes ee eae meres! meee ae eh Ste 2: Se SE eres Sloe see es See Sc oe eee cit es ie ie eo etna Base ee ee Re oe Tre en, wer Ty ek meas Scores te ea “Ene Ae cc pa “Sate Sere oe Se Sa ees Boots © Seivireeet antec cmae cee Societe Ss wore Ree eT Surin & eRe fore ELS Senta aee munorhanee Eomeriepcee rem (nies mae ‘ammente 2 integrin sole do tsbaidor sneagada.teniartn: See Shoe amie oa See eee Sere See eees Bee Sees ate aman So are Sea Seer arcana Sp aa ae ‘era fio ot comunioude neste melo tao hs oeanlagiesPoicss — Dovtanta ce, Yaler luna) “para ae aunice decor fa polis: Feat Tecra referee ao deprinieiedo no oe ee fea ‘Sima os grips so Gepriviegndar. gusto’ hetuceeo, sade, fle no eens como superar cr’ procs” Git. 55: Contra tam o reltorio de experincl os abwosto clita fe slag a0 fur ‘doBertholomd its [BIBLIOGRAFIA HL Achinger, 188, Sosiologic und Sonlaleform, em: Soatetogte und ‘moderns Geselsehaft B. Bedura'e P, Gross, Soslaipalitie und sociale Dienste: Entwart finer Theor der persnllchen ‘Dienslelstang, (manusero) Ualversttat Konstana 1R Bartholomal, wis, Ressorvforschung: Aspente der Vergabe und ‘Foreehungsbepleliang, en: Wisensehajtzentrum Beri (et) Theoretische und praitiahe Probleme der anendunosbezogene Sestatotsenschosien. J Barts ¢ D. Mor, 191, 44/ dem Wey sur Jugendzmangrarbelt Masinannen igen dle Jogendatbelisisgielt wom a0 105, 'BMAS 1974, Bundesminister fir Arbelt und Soaalordnung, Perepektt- ‘en der arbeitomarkipoutie, Bona, 194s, . Bilebeck, 1976, Polite Autonomle und Sosaipolitie im apitalistus, em" Aurowiek (ed) 2076 9, 8-266-10 F. Bible e D. Sauer, 175, Intensvierung der Arbelt und staattche Scalpel, em: Leviathan Ig. 3, 8 9-8 st Yr ‘Bowles ©. Olnls, 1918, Shooting in Coptatst Amertee, Kay- 5 orig. Hot and the Gontadllions of Beano Lie, New co. Murtrerver, ie, Sonalpohtar sm der Wohistandspeseschaft panke ipottichen Bnbwickiung ew iyi, Zar sillpoitechen Entwicklung in der Bundesre- % Myung der Bntolcungatendensen fm Bereich svacicher Sst ott, Stanberg: Max-Panek-tnstitat (antsert) sm rynke, Tote, Zur szttpotachen Bnewictung tn der Bundesre- hub, Starnberg: Max-Planck-Intat (anusero) ww, Ginter, 175, Dle Grengen_ der Sodalpo em: W. D. Narr, ‘Coffe ise), Wohifahrissteat wna Masvenloya, Koln Bern. 4, Goldthorpe, 196, The Development of Soviet Poey ém England ‘ab-tnfa Tratsactions of the Pith Worl Congrewes of So ‘leer, Ba. 1, 8 41-38 ©, Helmohn eR Koper, 1975, Theorie des Femilenrechts Peanut, 4. Mager, 1915, Sotale Unglelehhelt und Sovtalpouk, Em: Aronto fur Wissenschaft and Prazie der totalen Arbet, &. 247-202. 4, Mriger, 1975, Siatlicne SovilpoUtik und Steststheorle sur jn- ‘cer sonshvisenschafilenen ‘Thematserune der Socalpovti fn der BRD, em: Zettsenrif. far Sootlopie, 178 1B Kilp « W. Schreiber (ed), 1071, Seale Sicherheit, Waln/Berlin. 4H Marx, Das Kapital, B. Berlin 105 W. Miler eC. Neustss, 1970, Die Sovlalstaatstuson und der Widerprach von Lannsrbele und ‘apltal, em: Soctaltsche Polite 67, pigs, 407 ‘A. Marswiek (2d) 1078, a; Stoatiche Politik im Sociatektor, Man chen. ‘A Murswiek, 1916, Perspetiven einer Theorie des Wohltahrtastaatas in BRD, em: Gerehionte und Gesellschaft, Hertat 1076 ¥. Nutchold, 191, Sirukturele Bestimmungsfaktoren fr dle Wosten- ‘explazen im Gesundheiswees, em: Marewiek (ed) 10%, pags 1-138. ©. Ofte, 10%, Berujbidungereform, Hine Falistudie ber Reform- poll, Frankfurt. K Folany, 164, The Great Transformation, New York. ¥ Schumpeter, 1048, epitalismus, Sovalismes und Dematrate, Bern, Sovatbercht, 198, of, Bundesminiser fr Arbeit nd Soxiloréaung, 2 Stantdfest, 1976, Die Kostenentwicklung in der cota Sieherug, emi: WSI-aiteidungen, ag. 9, 3,7, pags 402-308 4 Stantates, 1916, Demokrailscher Sosial-oder autortirer Wohl fahrantait? em! Wsi-sittetivngen, Sonderhel, Gewerkschats- saat oder Uniernehmerstat’, august 1976, pags. Ils, 52 Tales, Zu den Anfingen in der Soslapout, em: Osterretchiche _Zeitiohrife fir Polttwssenchayt, cacerao’ 3, page. 1-162 1M. Weber, 197, Fariament una Regierang lm neugeordneten Dedtech- lanai em: ibid, Gesammelte Poltwehe Schriften, ed. J, Winekel- W, Willams, 1971, socia! Policy Research and Anatyss; the Bxpe- Hence in the Federal foclal Agencies, New York. Claus Offe e Helmut Wiesenthal Duas légieas da_agio coletion: Anotogbes teéricas sobre Grasse Social ¢ Forma Organisacional (titulo Originat: Two Logies of Collective Action: Theoretical ‘Notes on Social Class snd Organizational Form). ‘em: Political Power and Social Theory, vol, 1 — (gs. 67, 115 Copyright by JAT Press Ine. ISBN: 0-89252-115-6 DUAS LOGICAS DA ACKO COLETIVA: NOTAS TEORICAS' SOBRE A CLASSE SOCIAL E A FORMA DE ORGANIZAGAO Clauss Offe, vriversiiate ce Bieetaa Helmut Wiesenthal, vniversidade de Bielefeld 1. INTRODUGAO Dols mais dois é igual a quatro: a pessoa X e a pessoa Y tem igual aoosso & educagio superior. Néo estamos somente Drineando com palavras, se comecamos com a observacio de que a relagio de “igualdade” é ao mesmo tempo uma rela- (Go Logica e sociologica. Além disso, as duas dimensbes do {ermo igualdade esto relacionadas do um modo interessante. Medidas sociologicas’ de igualdade/desigualdade social de enda, rigueza, Poder, prestigio, ete. somente nos fornecem informacées na medida em que indicam a distancia ow pro- samidade entre uma realidade social dada e um ideal norma- tivo de igualdade, Saber algo sobre os padrées atuais de Aistribuicdo s6 é de interesse porque pelo menos fazemos uma, referénela Implicit a uma equaedo Logica, colocada em ter- ‘mos normativos, cuja substancia cognitiva é algo como a ‘renga de que "todos os homens sio iguals” — isto é, seus Aires, suas reivindleagées ou aspiracées legitimas sdo iguats ‘num sentido logieo. Para aqueles que nio se do conta dessa, ‘equacdo logica, © para aqueles que no sio defensores nem oposianes ds Rona mela baseads, Informacio socilogica sobre a igualdade ou desigualdade reais néo tem qualquer utilidade. © que conta no & a informagao sobre os graus de ‘igualdade como tals, mas’ as conclusdes que trams disso, emg el i ee gala ot siya oru. de cna tr ganas se ee emer ia nxt trelace Sergi awa stg hn meade soci ote seu urns Cana tn ree fu pars er comma: Oc ae meena oo sa Sin Set oe Gots aos tee SUE, ng commen Gk auce, coma 2 ge Seas cenanaes oe Sacer seen comunidade; 0 cidadao é igual ao cic © necessario para) cumin clad a to tte Oe a | sae cn ep ana Pans le tandine arte mepetremacerrecite ma Sea deci fos gal in ean oe mater For gh no prensa? Fave pa Ser 9 great otc cme me sgt diamine elo en re oe eerie setae, ar ct geote enes I fae guna Buell Sess cen oe tt, ain are al de norma ne ee «pr Oe Sonn AL ie, oe ae on ae ae ce an ee ot ar ra angen gua um poe azn auerauras dug +n ele aes ino eae» gn ete Serrereae arate sai ot Tn ae seaman cam oor cae ee ae a ea ee ae a eer ‘eS e capitalistas industrials. O esquema bisico de sua filo.” Meh cute nce O enue any 0 om fi fore pan Senne oe 9 te er eae rae ences malercenalete me ee soar mars me tea oa la a la a ag a mony a en een a mane Po sus cu rai te barn, eel St ‘aa liberal ter sido institucionalizada, garantindo acesso livre See erase, gi Sali metre gee eigen oar aa poses ie meal ere oun 2p 7 rl gualdade real. Ao contririo, produstu e continuamente re- Sgunldne cepgualgade factual na mais ampia exala, A fe. jain enen ents of dle mods de eitcn €a sauinte: enguanto ee ee asuiornelssobve 6 eampostiats stave insite. 2Riutdo esanelonado como parte da ordem politica na soce- Jade feudal, poder da caste eapitalista sobre a claree ope- Sith ‘Slo somente nfo esta institulonatizade a sociedad Durguesa, mas tambén € aparentemente neuttalizado pelo fake Mstiueional da cldadanta igual, Com, endo, \esigunade rer sb os auras di quatio bia ne fGeatiomsttmanr quatjuer resposia. a essa pergunta precisa {er curler soclologico, abendonar o plano do lseirao nor hativo que desafiou a iegltimidade da ordem feudal, © envol- Jerse na. andlle “subnstituelonal” ‘dos fatos e dos clos Gaustis entre of fatos que condusem, base. da igualdade fstituctonalizads, & destgusidade de clasts e grupos. A cone foftagto ndo se dé mais entre um conjunte de normas © Gutro, mas entre norinas ¢ Teoria. causais ssiemnétieas da Sida social. A objecdo critica propriamente nfo ¢ mals de Que aqulo que (de scordo com tina teor normnativa) de ) ito ‘rece ser testad “ae igualdde ¢-tatade almente, tas sim que aqullo que €catriamente igual ‘ent fermos de normas lnstituelonalzadas, ainéa resulta, |. | de scordo com procests eausals extabelecidos pela pesquisa {| | sctotogica °"compietamente desigual na realdade eetva ‘0s objetos dos dols modelos de enti sfo reofprocas. A | traalte tlosotienertien doutrinas que ajudam a institcto- 7 mall ea defender a desigualdade, onde a igualdade deverta alco ‘demansra Ee desgus fae, mots ating. te ie e pollia. est insituctonallzada Um SS grr Beate, equcasdswenieendaquer ie fee fa See a do btras he in ga cea of slog ¢ come SE ee cork pe acne plore Baral sea) que evarmea msn ajorencla da igualdade, onde, de fato, vastas desigualdades persistem. A ‘Erte ssi fot coms See Sena fegusdade inoucincinse et peer 6° formar sacl Hue capinitie 2 aetna Seige eacome ob og fois etce ents do gualade mais cidadania universal e da participagio do mercado) ¢ uma compreensio tedriea de como essa igualdade fol pervertida ‘numa verdadeira desigualdade: seu lugar histérico € 0 capi- talismo industrial?* _ ssa esquematizacéo grosseira da histéria e das impli cagées politicas do pensamento social deve set capaz de de- ‘monstrar o seguinte: ha duas categorias de erros ou enganos des. quais nor podemos tomar siliuas, como elentisas so cinis Uma consiote em coneeber'o igual como Dlerarguleo = O engano dor defotoresrealonlros ou Vou orden cutra Sorte em alo coneunimente os ements du ue de Tata permanece upia esrutucn herhrsiea —~ 0 Tegboio dos ldeslogas Iperis & verdade, em ibs casos, Gus o equivoeo logics, it 6. a confusdo entre ldenidade & nao somente ee transforma em ma solslogia Teas fambén om ma politica “bora o prinlro ero tenha uma histtla mais tonga, ie difchments'6 menos frequente-que.o segundo, Umm exer: fio falar a dstinggo"concifua. ene trabathacores Eitnuaise tobathadores nfosmananis# © problema aga ndoconsste em que os socdlogoslevam em conta as mltas bern documentadas aferengae no ear. {cr do trabalho, no ero de vida comportanento police ¢ Mas alitudes que exstern ene te Gols grupos” © problema ona, ante de’ tudo, no Tato de quer acim procedendo, rltes toislogos deixain de levar ent conta a possoiidade de que (a) esas diferoncagde, dentro da classe opedria omo sim todo, poder malo bein ser reopostas divers Sttancbesidenficds de trabalho asstasiago, » (0) gue a gual. dade subjacente a esea citangao se toma. erestentensente tals clara sob 0 Impacto da mecanizagdo, du. desqualificn {fo oda crecenteintyuranga de emprego que afeta tanto trabahadores mantis quanto oe noaunuais-A eities & tals conceteltngoee elias tonsiste em que elas estso fotaimente voltacas pars & pereepoao suhjetisa de deren. fen, a0 mesmo tempo em que ignoramn & gualdade das con Aigde cbjtiven a quais todos trabulhadores ssilariados colio'submetides {No presente contexto,o equlvoeo eontritlo 6 de maior * interesse, a saber: 0 equivdeo de equacionar conceltuatmente 6 desiguat. Um exemplo 0 tratamenta jariaico de reves © do teeBamento das fabrics por parte dos patroes come “equ 59 _ vatentes” ¢, conseqientemente, como medidas igualmente Yalenes, die indes dn procura ¢ da demanda nos “mereades Jepitimes

) & t argade da lperdade de escolha que “paresis” as er Mee pox agentes do lado da oferta e da demands) teriam caies (Boraarem contratcs entre sl, Exsas equacdes once! Raat nomial tender a dilur dferengas estruturats entre {orgs de trabalho e qualquer outra mereadora, bem como f Rimettin resultante do poder e da Hoerdade Que emerge Entre ambos os lados da oferta da procura, Udo logo\2 force de trabalho sea alocada através dos mercedos, ito é, {ip pronto seja insltvelonalmente tratada coma. se fosse tina’ mereadotia”(enquanto, em verdade, ele nao © € — porque: (i) ela nfo pode ser fisisamente separada do sea Poreprietario, (2) ndo se produz apenas tendo em vista. 8 ehpectativa de ser facimente vendavel, (3) do tem valor (ae uso para seu “proprietario" (sem propriedade) ©. (4) 0 Seu proprietéro é, po isso mesmo, forcado a parteipar de ‘am Eontrato de tfabalho). Essas eategorizacdes intelectuais| {40 mundo correspondem Dastante nitidamente as catego ‘ages reais de atordo com as quals a vida social e econd- mica esta organizada,e tendem a negligenciar diferencas que fo sto cldas pela pritica dos arranjos socials capi falistas,/A cléncia social liberal no preenche suas funcdes ‘deelégicas (e portanto politieas) ao defender normativamen- te certas polltieas, ao spoiar elltes estabelecidas, ou a0 acon selhar a classe dominante. Apesar de também fazer tudo Isso, tals agdes slo contingentes a certas indiolduos que atuam dentro do sistema da ciéncia e nao constituem parte de sua estrutura intelectual, ssa propria estrutura intelectual de- sempenha ‘uma funcéo ideolbgica e politiea a0 cometer o erro “feudal” da “diferenciacdo falsa' e/ou o erro “liberal” da “falsa identidade". Conseqilentemente, 2 pritica intelec- ‘tual de codificar a realidade, através do uso dramattirgico de nic-equagées © equagses, sempre foi vista como 0 objeto ‘da critica nas clénelas socials, ndo somente pela tradicao maraista mas também por todos os clentistas sociais que néo querem que a verdade seja pervertida pelo padrio postivista || da eonformidade com os arranjos sociais existentes. 2 neste espirit © A base dessas premissas teas que queremos examinar a8 dit "gno- Fats pela prticapredominante de “endieaggo” da reals. de social através do emprego do eonceito de "grupo de inte- esse" (ou “interesse organizado”). Nosso. argument ro- ‘curaré forneoer evidéncia tedrea para a proposicao 4 qual da. mesina mancira coma conceltos. econémices de Imeteado, mereadoria,liberdade de contrato, oferta e procura (Ggualménte aplicadss ao capital ¢ a0 trabalho) tender a negar, e mesmo a bloquear, 9 esto cognitive a Tealidade de Classe, 0 eoncelto poitisn de interesse de grupo, como aiuto do uma corte "Loglea da agio coleUiva"* incapecttca fem termos de classes, e como forma neutra que pode igual Imente ser preenchide por “interesses” heterogineos, devem- enha mesma fungio de obscurecimento da categoria de ‘laste social, através da prétiea intelectual de equacionar o ‘esigual, Uma ver mals, 0 elo entre os usos logica © tonolo. co.da “igualdade’ se torna transparente. Se, como a teoria Tnteresse de grupo sugete, a forma organizacional pura de representagio de iteresse igualmente acescivel (e nesoe fentido logienmente equivalente) aos “grupos” do capital, do trabalho ¢ a outros, entao nao ha raaio para pressupor que © so dessa instrumentalidade perfeltamente meutra resule far em algo semelhante & assimetria sistémica da riqueza do poder’ (isto é, desigualdade social). Chavies Lindbiom Observou, em livro recente: "Uma das iasenaibilidades con vencionais das cléncias socials contempordneas revela-se nos Irabalhos académicos sobre grupos de interes. através de lum habito irrefietido, multos desses trabathos tratam todos 6S grupos de interes como se etiestern nu mesmo plano ¢, em particular, tratam os grupos do traballo, de negecios, de interesses agréros como se operassem em nivel de park: dade uns eom os outros.” (107T: 198). Vejamos 0 que pode ser felto a propésito desce "nabito irelctldo” 2, ALEM DO ESTEREOTIPO DO “GRUPO DE INTERESSE”: AS PRATICAS ASSOCIATIVAS DO TRABALHO DO ‘Se compararmos as astociagdes de empresas com os sin deatos somente quanto ae suas propriedades formats de oF wanieagan, parece hever x primeira vista uma sé a aa semethangas: ess sio normalmente wsadas para definic de semelnangat: por de intereste, do qual ambos 08 tas 9 ances ers odo consideradoe casos subordinados. For orem, nee, Pet cforms ot mene Durer, ee Se crndo, dependéncia de recursos materiais e en ce oe ee geltaronal, es Sr a esa. vs geet es le sng Gr in oa genes ete an coma Sa oa ee ee ea Seen ee ee Sa ee ole dgraieel wien Scat cae Se a ee Tee ee en ee cll Fae Ghat 6 ere ra Caen ie re cachet Sena de ture nae ate Pe denne ieenbeney ds orn ern se A 0 Sr Pores Se ee a 7 He ear ae cate dx te cafe ior, eens veins, Se penne reat Pe (as Gp eae rains ites tps oe ae Se a a ee as Pa, See Se ate ts, ea Ss scarce cm ne a A a a a ee o tae © Gap ean ee ee Fee ae ary ome Sen Ee ee es ee (1) 0s fatores input © que 6 organizado pelos sindieatos? Essa questio, to slimes Rao pide Set esponlda em termos iguamente Simples, Organzam co trabalho, ou os trabalhadores, ow 0 {nteresse dos trabethadores, ou aglo que Marx eoneebe como 2 nica forga produtora eo valor, especficamente @ forca de ‘rabatho? Para uma melhor eompreenséo do que é 0 “input” os sindicatos, precisamos ter em mente, antes de mais nada, ue os sindicatos so associac6es de membros que, antes de se tomarem integrantes de um sindlcato, ja fazer parte de outras organizaches. a saber, empregadas de empresas capi talisss. Portanto, os sindieatos sao organizadores "secun: arias", enguanto gue o préprio capital funciona como orgs nlzador primario. ‘Em que sentido o capital organiza os trabalhadores? Sua fungdo é combinar o trabatho e os bens de capital a fim de ‘que a mais-valia soja produzida, ambos os elementos que 0 capital combina consistem, no entanto, em trabalho social, Somente diferem no sentido de que um ¢ 0 resultado da forea de trabalho que fo! aplicada ao trabalho anterior (tra- batho passado congelado em bens de capital, por isto As vezes chamado por Marx de “trabalho morte”), enquanto 0 outro 6,8 force de trabalho como. poténcia presente (trabalho Antes que o capitallsta possa comecar a combinar essas| duas eategorias de elementos, tem primeiro de adquirlias. A. forma pela qual as adquire é, em ambos os casos, a do con ‘rato. Tals contratos nao envolvem nenhum problema, no ‘caso do trabalho “"morto” ou bens de eapltal, O eapitalsta simplesmente transforma eapltaldinheiro em. maduinaria particular e matérias-primas. No entanto, contratat com os ortadores de forca de traballio, ou seja, empregar trabalho “vivo”, no é de modo algum tao simples quanto comprar e instalar trabalho “morto”. Obviamente, oeapltalista nfo ode comprar 0 proprio trabalho — uma eerta quantidade de atividade — tal qual ele existe. Em ver disso, ele tein de aplicar incentivos, forea, ete. sobre 8 portadores da forea de trabalho — isto é, sabe os trabalhadotes — a fim de faze- Jos trabalhar e de’ manté-tos.trabalhando, Essa condicdo ‘muito especial leva a particularidades da relagio de tr0ce capltaltrabatho, que sho diferentes daquelas de qualsquer Outros mereados, e que faz com que, diga-se entre paréntes seja incorreto falar de forca de trabalho como “mercadoria”” ‘mesmo que ela seja tratada como ee fosse uma mercadoria, © problema fundamental com o qual o capitalista tem de consiste no falo de que o trabalho, gue ele quer eom- bbinar com os demais “Zatores de. prodtigao”, nao € tsiea- ‘mente separdvel do portador da forga de trabaiho, e continua Permanentemente sob o controle fisico do trabalhador. As 63 a asplragSe,experitncia, nteresese a disponibiidade subj tings et lar do operario sempre influenciarso 0 proceso {ive a Sino concreto, © trabalho somente pode ser fit pelo $e Sotnador opesar do sea trabalho "pertences” legalmente EEapaisia: be o capialista quer que o trabalho sea fo, Se‘plcien, bem ow tal, conflar na boa vontade 60 trap fedorem sun dlspoiede de desprenderse de suas capacl flues Tialeas © inteectuas, apicando-as As tarefas de. ta: {miko coneretas Deste modo, quantidade e « qualidade de Geenmponno. do trabalho etetivo contimuamy sujltas a. um Sonflit permanente, que nao pode ser reslvido peas rela. {fen contiatunis fortais em que mus ov lados se envolve ‘Ein Bor las ambos os “parctios” da troea proeurem Torta Jecer suas posigdes respeetiva, ecorrendo a uma ample Va FHedade do bangBes poitvas e negativas. Esta ¢ @ tniee ma heira pela qual a “equivaléncia™ de uma cerla quantidade ds trabathova un eetlo saldrio € ealabelecida, desafiada © festnbelecida crear cm sand ce vito i nner ee tas diggo de ineterminagao.e de conflta Antes de mais nada, Gecaeee ies cai Re arian itieas mance aac dears ah cn cera Seba atts cna Pema ae Soi ches ea. eG sgh es ree a i Peas nan mas ae, See Site Grsaeae eb ae Eat one cla ea Eero cece th wemnd pnt ae ERE horas, ane ne Terao ine oe eas agama gram a Sas mee ieceme ti Hey Sediee aia tte a? Enis eeear ere io cae eter aan nes Topi a es atutormm all ct fa Geese camara ere ie eee Ec a ec on “ | \ {bit rrenetido", (1) os dois tpas de organiagio que estamos ‘Mas, antes de mals nada, essa individualldade do tra- batho vivo 6 (entre outras colias que também tem que ver ‘com o fato de que ela ¢ "viva") a-esusa do surgimento de luma Felagéo de'poder entre trabalho e capital. Este timo hRormalmente compreende mutta unidades “de trabalho ‘morlo” sob um eomando ‘unificado, enguanto cada tra. bathador eontrola somente uma unidads de forga de tabe- tho, ademais, tem de vendéla sob condigées de competi vidade ‘com oiltros trabalhadores que, por sua vex, fazem © mesmo. Em outras palavras, a forma diomianda do trabe Iho vivo, que entra em conflto com a forma integrada ow iqulda do trabalho “morta”, eria uma relagio do poder: 0 capital (trabalho “morto") de eada firma esta sempre tink. Hieado, desde’ o eomego, enquanto que 0 trabalho wvo esta atomizade e dividido pela eompetitio, ‘Trabathadores do podem "fundirse”, no. mécimo conseguem assooiarse pare ompensar parcatintnte a vantagem do poder que o capital lusufrul da forma de liquides do trabalho "morto” Na auséncia dos esforcos de assoclagio por parte dos trabathadores, o confito que esta embutido na relacdo capl- fal/trabatho astalariado esessariamente permmanese malta Lnitado. Og trabalhadores simplesmente Mo terlam poder de negociagio para melhorat as suas condigdes de trabaiho ou seus salarios porque cada trabalhador Indiidal que co- Imegasse a fazer, essas revindicagées corzeria 0 risco de ser substituido por outro trabalhador ou por maguineria. A Imagio de sindicatos e de outras modalidades de associagoes de operdrios ndo ¢ somente tedrca, mas também historien- ‘mente uma resposta & "associagéo” que j& se consumou, por parte do eapital especialmente na forma da fusdo de nune- fosas unidades de trabalho "morto” sob o comando de Un empregador eapltslistn. Bm todos os pales capitalists, 3 sagjiéneiahistérca é a seguinte: o primeiro passo € a “ligule dagio" dos instrumentos de produgio de peqvenos produtores de mereadoriase a fusio destes em empresas industrials ca- Pllalstas; o segundo passo 6 a astosiagao defensiva dos tra: Dathadores; 9 terceiro consiste em esforgos de associagao feitos agora por parte das empresas capitalstas que, adicio- nalmente & continuada fusko de capital, entram em’ongeni- ‘ag6es formals, a fim de promover alguns dos seus Interessas coletivos* Deduz-se dessa sequtneta que, ao contrario do * 65 ie rps mien oni ie spam ume mama re se i ar onc cc Sect meta aarp eOiguietinega uthsttsas eine Ee ee Boe Ss tetas tee tt moe kre scree dale madcap Ng on anteronmente gue, cuanto apa sia eenet ee fant eben ie teamed Secret te Shea aae wemeteanneis ass Bey Phhoteaee ate rice farce te cee ee ae Boneh ret ae ghee eearne ered wu(tieuee me nae ae ieete Maswenbaet camer has Pecan cornnen a ain Mae = ni erates aks hater beets ere a onl se oe abe a lene pean i's Sane’ me Gee Deo mass meine ete Gow cae tenes Cae be Sane cane nies Se, Be Siig atid aetna Seine eae nt eae Seni ae a em Sis cote eece ateat ots Siarigoknas Sue cease See Lato a gaa Sea Ue creme see rea Seer iodine cote parte eee eno ee ee Eee bt occorirsatecee ature perp eed eect en oe pers ear Se eee Bee hin enema cere Rl Saeco lene 0.0 problema da otimicasio das demandas das téenicas 6, assim, bem mals Teil de ser resolvido eoletivamente. Ou, bls exatamente, nfo precisa ser reolvido clettoemente f mltasveres pode Ser Analisado e desiido por ume ei de especial te 7 Pee ‘Uma diferenc a mas, que resuita diretamente da es frutura capitalista do “melo-ambiente de input” dos. dois tipos de organizacbes, a seguinte: os capitallstas, por de- terem o controle do proceso de produedo, no qual combinata aclonalmente trabalho "morta" e trabalho “ivo", estdo em Condigées de constantemente evaliar e melhorar a efciénela @ eficcia dessa combinagao. Enquanto os capitalists podem SMe, s0b pressfo da competigdo a que une submetem 08 ‘outs, presisam —— melhorar a eflelncia da produgio, ot ‘rabathedores no tém a oportunidade de aumentar a efieitne sia do proceso de repodugao de sua prépria forca de trae: fho. i ontas pausfas com tatrobigho de tlovepdo tee. niles, poupadara de trabatho, o capital pode iberar-se parclal- mente de sun dependénels em relagio 0. suprimento de {rabatho, abalxando com Jato o nivel salarial. Por outro lado, © trabatio ndo pode liberate de sua dependéncia da dispo’ sigéo do capital de empregi-lo, porque nao hé praticamente poasbildades de Teprodusi-se mals efielentemente, saber, Bom buse em saldsios mais baizos ou mesmo retiandose do fnereado de trabalho, sso & partisularmente verdade tendo fm vista, duas condigdes tipizamente vigentes sob 0 capita. lismo industrial, a saber: (1) a protbido legal e esta te- amentagto das formas de via ora do erento de tala 6 (2) & concentragio da caste operdria em amples aglo- ‘meragies unbanas, nag quals as condigdes de vida esto pla- hejadas de forma a tornar viralmente impossvel 20 f bnlhador sem propriedade subsist por outros melos que n80 aqueles oferectdon pelo mereado de trabalho, Por ease de ‘elaglo ascimétniea de dependénela, a coleliviaade de todos s trabeihadores precisa paradoxnimente. estar tals prec ecupada com o bern-estar ¢ a prosperidade do eaptalista do qu, inversamente, este ‘time se preosupe com 6 bemestar ds cansse operdvia. Iso aumenta & falta de homogencidade daquelesinlereses que as asoelagbes da classe opera tem de compatiilsar ¢ as aflculdades concomitantes do proces” fo de tomada de decisio intraorganizacional, que tiscutre- os a seguir. or f asso argumento principal neste ensalo 6 que as deren a na posiedo de ain grupo na estratura de eastes. (consi SEramoP aqui comente £6 casies trabalhadora e eapitalista), ‘Sip somente conduzem a difereneas no poder que a8 organi” Jacbes podem aqulrir, mas também a diferengas nas Dr. Hous advociatioas, ou Wdgieas da. agio coletiva, através das (quais as organiaaodes do oapital ¢ do trabalho tentam me- ‘Morar sua posiedo respectiva uma em relagio & outra’ essa fiferencas tendem a ser obseurecidas pelo’ paradigms do ‘fgrapo de interesso” e pela nocao subjacente fe uma logica titania e wiltéria da'agio coletiva que cobre a todas. a3 asvoclagtes. “Queremos agora ilustrar nossa observagio de que as dl- ferengas de poder conduzem a diferencas no ipo d@ ago co- FIGURA 1 : A preferéncia do capital de no empre- gar trabaino le , A preferéncia,do trabalho ‘de enpregar trabalho: custos custos de ser enpre- ae ser desen- ado. pregado Ietiva através da qual esse dferencial de poder pode ser ava- ao: asp avd am gan racers mpliieados A figura 1 representa cuse opeSes correspon: antes o capitailgas individuals ea tabalhadores ‘indie ‘funis; a oped do capltalista, de, empregar force de trabe- iho ou nagt'S equela dos trabelhdore, de serem empregados bur nio. Pars. agabos 08 1ados, a reapectiva primeira opgao & S'preteriaa enquanto ambos os Indos procurain evtara se- weiss turien extonsdo na qual a primelra opeio 6 pre Ketan om reac a segunda dere entre se dns, clas, ‘Aigomas das tae pata ito foram exploradas na diseusdo ‘nferior Esta dlferenca € representads hag respetivas curves de pretréncia Ae BA curva mats inelinada, B, significa ‘Smaplesmente gue o Proprietario uniesmente de forga Ge tra. fal mais ddtiments suporta estar desempregado a0 basso (Que © capltallta individual € capea de abitet-se. por mals {Empo de empregé-io, Certamente ambos procuram evitar ® Segunda allemnativa, mas o trabalhador-o'fes mals intensa- tente que o captalsta.(Bigura 1) olando em termoe gerai, a esténcia de toda relagdo de poder social € uma diferenga éntte os angulos alfa e bela € S'magnitude do poder pode ser expressa pola magnitude dessa diferenca ‘Suponhamos agora que esse diferencial de poder reulte em conflto social, Quals bio as estategias mediante as quals oF dois lado condisrio o confit? Falando em termos Be" ais,0 ado mals poderoso tentaré minimizar alfa e maxi tar beta,e 0 lado mens poderoso procurard fealizao ean itarle. "No entanto, 2 posgso de poder a qual os ols se enconiram expostos, em. primelto lugar néo. Ines. pertite Dersegulr esas estratépias com os mesmas probabildades de Fito" isto porque 0 potencial Para mudar as, relagbes de Poder eité, por sua ver, determatnado por (ou Seay € ropor. Blonai a) squelas elagées de poder que deve ser madedes, ‘A gulan ae lustragao: 0 teabslhador individual aftelmente ‘alguma chance de torner a sua altemativa de evitar © Gesemprego pestoalmente mais aceitavel, por exsmpio, Thi. dandovse pars uma comunidade rural e Teduzindo ssi 0s fects eustey de reprodugao. Mas ele também nto tem neni ta forga pars wrnar a curva de preferencia do seu empre: fdor mak acentuada (por ex. tratalhando mais estreada- Mente e lommandose, sitin, relativamente rats indlspense Yel ao seu empregador). Comparada a essasopgées altammente cy 2 soso wth nt, trae Se wn nn dem i, ei eins at ae aa a ar oe ee oop sevber iawn vec i ee peas mune, Saas meg eats Epi fete Sabet ata cate at eis Eli ora Shes aoe ats nF tl, Got. a Pete dare Sekine rea ns a Bree coahf wii nour are tie Tabs id tat, ce tran ees sf li pt eda fae ser a ree a Seaton ee ent en gs ag ire os eotaauia ns nas icSohe an Base a int ee cod ceca em atm ce sea oho iy Sie fabs oar ae a es oe sees cies ee fours sea Soe Rm eae aa Gog giiieecnmiwin, cgiaahig ok, EE tae a seria poeta re ae einem omen td lca Se hon ne i ae cae el oe tin hi tae Saat een ot cron aon en Sore rine oot oe cana Sei hee ae oleae Se te ata aig Se eee ite ne ene ee me oa at a HHL widest ine ae tl Sete 1B ie ee on eased een Seen caer aes Sees mom cn het pe inst oy ote ate Se ase ws Fics ashe poems ee 0 ‘mais poderosos considerario suficlentemente promissara a forma individualista e puramente instrumental da a¢ao cole- ‘iva, para a preservaedo de sua posicao de poder, impede-os e Superar seu modo de eto clelivs,batcament titi. contrérlo, organlzagdes operdriae’ em slatemas capitalis- {tas sempre s¢ véer: foreadas a conflar nas formas nio-util- ‘térias da agio coletiva, que esto baseadas na redefini¢io de Sdentidades cotetivas mesmo se a organizacéo no tiver nenhuma inteneao de servir seal aos interesses ulilitarios {individuals dos membros, por exemplo, salérios mais altos, ‘Nenhum sindicato pode ftincionar, por tm dia sequer, na su- séncia de algumas nogGes rudimentates mantidas pelos mem- ‘bros, a saber: (1) que ser membro é um valor em si mesmo; @) ue os custos individuals da organizacio devem ser eal- Salados de todo wtiterists mas preisam ser ceitos como ‘ucrffcios necessaries, e que’ (3) cada membro ¢ legitima- ‘mente soliltado a praticar solidariedade e dlsciplina e outras formas de tipo naovutllitério. A logica da acdo coletiva dos Felativamente destituldos de poder difere daquela dos rela- tivamente poderosos, na medida em que a primeira implica ‘um paradoxo que esid ausonte na segunda — 0 paradoxo de que interesses 6 podem ser defendidos:na medida em que So parcialmente redefinidos® Por Iss0, as organizacoes nas uals a acdo coletiva dos relativamente destituldos de poder tem lugar precisam sempre ser construidas — e de’ fato sempre-o séo — de modo que stmultaneamente expressem fe definam os interesses dos membros. Bm agudo contraste, as associncdes do eapltal estio confinadas & funcio de agre- asio ede expeticasio dagucles interes das seus mem- ros que — do ponto de vista da organizacao — tém de ser efinidos como dades pré-fixados, e cuja formagio flea ‘além do alcance legitimo das funcoes da organizacio. Iso nnos conduz diretamente a uma discussio mals detalheda das estruturas © fungées internas de ambos os tipes de ‘organtzagéo, (2) 0s processoe internos. ‘A fim de obter éxito na defesa de interesses manifesto, luma organizacao deve ser eapaz de mobilizar sancées. A igeve €2 méxima,sancio x que os sindleatos podem recorter. \pesar do termo “greve de capital” ser as vezee usado mela: foricamente para descrever o tipo de sangdes disponivels pari 1 Yr os capltaisas, essa analogia algo equiocada, na medida secapl cores as cicrencas que existem entre os gos yp ganeagdes no que se relerea9 modo pelo gual as Ds fvas’ anne 280. exereldas. Midas organicacionais TepPtSbeo'assebelas. de preves, volacio. de greves, linhas duipiguete, ele esto, certamente, ausentes do repertorio de SLRiiies das sssocagdes de empresas, Preeaamaos clara Sento aistingair entre nqueas sangbes que podem ser exer: ‘Thins pela orpanisando propriamente dita e aquelas que po- dem sr encreldas por membros de astosiagSes atwando fora deins Levada a sén0 econ dieting, vemos Imediatamente {Que tanto o poteneial de sangées, quanto o de tomar decisbes Gonotetas, aim de fazer pesat eave potenelal em uma situe- ‘ho partcula,escontracse fore dn obgansagio, ou Se) Fer a0 capitlista individual, no eas0 de Organizacbes em. presarnisengquanto este mesmo potenelal precisa ser cons Efuio attaves eam proceso comuniativa dentro da ass0- lagdo de trabalhadores,cujo potencial individual para san- Goes 6 minimo, devido A sn stomisagso. Organiatedey em {resernis tm’ sm potencial comparstivamente belo pare Exereer andes. © Que elas podem fazer € ameacar com @ interrupeao daquetas fungoes que desempennam, enquanto orgunizagao, ext seu melo-amblente, Por exemplo: cesar at fngdes de informagio e de conselho que elat podem dat & burveracla governamental, Nov mésimo.podemvee reeusat (pelo menos em alguns paises) ¢ reeonneter oubras orgenl ‘edes como parcelros leglimes no. processo de barganha Ger aioe, o'que existe tm termes de potencial de sancio Gina organlzagdes pode ser actonado meramente pela lideran: 2 da propria organlaacto. ‘Ao contrisio. mestio Nos sindieatos mals buroertices, a liderange € muito menos eapaz de exereer sancoes a0 Seu livre arbitio, Seja qual for o potensial de sangoes existentes has astociagies de trabalhedores, ee somente se toma elec ‘o através dog membros organizaos e de sua ae8o explle amente coordenada. De corn forma, algo paratoralmente, {e membros aa base parecem ser os drigentes mate elevatos os nindicatog, no que te tefere as sangoes: enquanto algum polencial de sangao de astoeiaghes empresaial© de empre- adores € detido-apenas pelo grupo cirgente das organi {es,a parela exmagaiore do potenela de sangées contin, ho piano das opeoescomportamontals, em poder des membros ‘que permaneeem fora das atividades organzadas. A fim de a ‘mobilizar poder diante do mundo externo, as organizagdes empresariais necessitam de parte dos recursos dos seus mem- bros (tals como eontribulgges mensals e informacdo), recursos que entio serio usados de manelra instrumental’ finatista ‘pela lideranca da assoclaedo, constituids. de espeeialistas. O de ue os sindieatos necessitam, primordialmente, é a partici. agdo ativa, eonselente © cootdenada de seus membros, espe- Glaimente, éomo sitime recurso, sua disponibilidade para entrar em greve, Noe termos mais simples, uma diferenca tnt o8 dols pos de orennizacées se encontra no fato de que uma depente da sia habllidade de gerar a “aispostedo de pagar” dos membros, enquanto a outra depende, sobre- fhudo de sua habllidade de gerar entre os membros a “dispo- sigdo de agi.” Hsses dois requisitos organizacionais distintos Geterminam tarefas diferentes aos respectivas grupos. di- Por exemplo, pode parecer razodvel &s organizagdes de ambos os tipos naximlzar 0 numero de seus membros — Isto 6, a proporcio entre membros reals e membros poten clais Esso parece ser “racional” porque maximlea ob recursos Gisponiveis & .¢20 ©, supostamente, minimlza @ come peliedo Interna entre os membros. Entretanto, esse padrio Ge racionalidade néo se apliea igualmente a asioclagées em: Dresariais ¢ sindicatos. Enquanto seria raclonal para os pri Imeiros seguir essa regra, a maximlzacio do numero de mem ‘bros envoive um dilema especitico para os ullimes, com conseqtiéncia de que eles sto forcados a “otimizar” em vez de maximizar. 1ss0 6 assim, pelo menos por duas razses. Primeiro, seo éxito dos sindicatos depende (a) do seu poten cial de sancio e (b) se este potenclal dos sindleatos depende de sua habilidade de’ gerar “a disposiedo de agle” por parte os seus membros, e ainda, (e) se um aumento no numero e membros leva & uma relacto buroerdtiea entre a lideran- ge as bases, e finalmente (d) so a burocratizacéo mina a eapacidade da organizcdo de mobilizar a fonte particular do poder de sancdo que chamamos de “capacidade de gerar ‘sposicao para agir", entio podemos ter a expectativa de 3" sindical se relaciona com o tamanho do sindl- ‘eato numa curva em forma de U invertido, Em outras pa. lavras, 08 sindleatos so confrontados com o dilema de que nd lum tamanho étimo, além do qual o poder sindical decresce (Veja figura 2). Como jlustracto desse dilema estrutural dos -Sindieatos, que resulta do fato deles simultaneamente depen- cy Pee derem da “dlsposgfo de pager” e da “Aisposigio de agie" de sere ett ansiderenoe 08 dois casos extremes de (a) SE Hho" sromarsente mane ue no nian, ¢ ea, pera de Tato conde ume gieve, porgue ihe ito Peaemndbs de greve necessaries, © (b) unt sindicato FIGURA 2 (Gapacicade de exezcer 0 poder) Forga de organitagto enanbo de ordanizagio amplo e altamente burocratizado, que acumulow um enorme fundo de greve mas é incapaz de tsi-lo porque, devido & falta de comunicagéo e mobilizagio Internas, os membros prova- yelmente se tornaram demasiado apéticos. Segundo, na me- ‘ida em que o tamanho do sindicato eresce, tende a erescer também a heterogeneldade da posicéo, das'ocupagdes © dos Snleresses imediatas dos membros, o que torna mais diffit formular reivindieagbes acordadas em comum e mobilizar luma vontade geral de agit que decorra de uma nocdo de identidades coletivas e obrigagées de solidariedade miituas parlilhadas entre os membros. ™ ~ Ambos os aspectas desse dilema especitico das sindleatos (lamanho e poder) podem certamente ser vinculades com facilidade & probiematica eléssica da democracia versus bu- roeracia. Essas relagGes so ilustradas (adicionandose 0s nomes dos tedricos socials que exploraram algumas delas) nna figura 3. Para defenderem seu poder os sindicatos sio FIGURA 3 foteccian ae poser) (Grereieio'@o pacer) {forgados a manter um equiltbrio preeério entre a mobllizagio ddos recursos e a mobilizacio das atividades, entre tamanho © ldentidade coletiva, © entre burocracia (que Ines permite ‘acumular poder) ¢ democracia interna. (que hes permite ‘ezercer poder). Nenhum desses problemas se aplica, em gratt de serledade comparavel, as organizacGes empresatiais © de ‘empregadores, pela simples razao de que essas nio cependem dda democracla interna, da identidade coletiva, ou da dispo- sigdo de comprometer-se em a¢do solidaria, pelo dbvio fato ‘de que #4 esido em uma posieao estrutural d¢ poder que torna ‘complicagées como essas evitavels, Exploremos mais um pouco o dllema heterogeneidade versus identidade coletiva. O problema nao implica somente ‘a diversidade de posigées e interesses que existem entre os ios, mas também a diversidace que existe, por assim , dentro de cada operério. Os trés interesses malores, que emergem diretamente das condigées de vida da classe operdria, podem ser categorizadas como interesses em salé- 6 rio, em continuar recebendo salrio (seguranca de emprego), Tear condiges de trabaino, Alem diss, os operarlos so, 45 Sin Same. nao somente sujelts ©’ objetos da tora de Tosga de trabalho, mas também cunsumidores do produto forse ae Ge teatmiho ale. de habilantes do met foci da forge € afetado pelo impacto da industializacdo capi- TAR! Gitano mares os Hndieates, mals neces e {SS pa ees achar aiguma forma de reeonaliar todox ot Wefainienos tra parte daquees conceitos de interesses hete- Pegincer (el von Beye, 197%; 1977). A difculdade not6- oe pease iso, na austnsia de algun padrio inequlvoco Tomo, por exemple, 0 tmonetétio), que torne todos esses ‘Stereceb aivercos comensuravess, Iva a uma tendéneia dos Hiilentos de “delegur’ as questOes controvertias, demasiado Aitices de serem tratadas Intemamente. (Essa 6a base para S pedrso curopeu da visio do trabatho entre sindieatos’ © Peblidgs soeltistas), Altemnativamente. podem restringit a Tenia ob demain, edvintengi) rerwandoe a tat lvioe prapes Ge TeivindieagSes que, apesar de estarem cla famente reacinados gas imeresses de vida das bases, sto de Allcd conetiagto. com outros Interesses.e reivindleagoes, {gualmente esenciain. (seo corresponde 208 pdrées amet ‘Gio das tltmas decades) Deste forma, a Hideranca sind fal estl sempre sendo prestonada pela tontativa de assepue ar uma reyreeetaguo'ampis, part todos os Intresses dos ‘rus integrantes da classe operdra e Smitada em sua eap0- Sitede de encontrar uma fonmula que reeonelle esses inte- festes, parclalmente contradktérios. sera arisear sua aceita- Gao Intaena, por parte dos sindealizados, e/ou sua capecl- See de negesacko extema, Quanto & agenda de reivindi- favtes Gon Sndicatos, temos assim vim outro “lem do t8- hank teal”, que, novamente, até ausente nas assocagSes fempresarieis. Tor que sentido, no entanto, os problemas que as aon cinggeselpprestriis'enfrentam em seu processo interno ce rgamizagao, comunicagho e tomada de deciséo sio diferen- tes? 0 que Ya deve ter fiado caro da discusséo anterior & {fue () Ss atscetagbes empresaralsformais sao somente uma de" es formas ce aedo ecteiva do eaptal (2) que as asso- clagdes empresaiais defem um Potencial’de sangio muito fimitado, enguanto a fonte decsiva do roder permanece com fs nea individunis © suas eooihas etrateicas © que.) DO eslabelesimento de organieacdes formals tende a ser, como 6 Seat eka soe tae pent ich seal oem dare 2 ge atl eet) ema re garg a eo npn. na Sic rir tae carte le ee em Ue eto Se fees roan ine Denes greasy au pe ei aoa at Sree emis gin sceptgnie ois ei poy up, Hacn lg sania gies om pc pong aie tei uit Segue Senn saab. cle ns rand ¢ eum as ghage. ican iuanctan amare cme ray ured con te Sr serene iio oa tem came de Sasa te mares sep cach tee ear ce dn ase enpaine O ete crane, gms RUPE, ce eps a gn eve fem, ge hhc eden gen Mean tm cronies ner, pert el se gna nc fr cog ena ae sues ran feat a neck em sagemansg ort megs «cis ee a a a nea oneness ia ge pero feos en scones Tres ae raion een, mt craniaste come ee Fear cy erm eon, So Su ogre eal cntceeupente ae dence 2 pees res cpr eee seis ose ite treat ser Os samp, cometo ¢riomasiy starts cic Ras ducts Mag oes Ee pe mem deiner at, Hor emetecs DE ts ecoregion Cf ea ou esl gat east se! tome eames, eros, ie, ste, pan folio aCe afte Rice St Srna ie one, a Rema SE Se oe ces Bese ai, n strane wns Separns St is tages seman emo, so te ‘oferece basicamente o mesmo. Ao contrdrio dos sinc 7 ‘as associagées empresariais ndo tém de se (ani pets cotter eta & Ee pea i a an eek Be hPa tances Metin tr onclioe ere ea ce mei g naa ea ao Eee pitiect oracle ene oe es ena Eee nea Pa alee Bia ets, Sept se gear ‘at et Pa ar tn enon es 6 i pnt ess ee eg are ieee ere ere Aue Fae ae so irae eee an Oe Gas ea! resem, ete a ee i pare pa i aay lt et a ome tao at a oe acts en nace Bite Sree eet Satine ta ear te io et sass te puta ls nes See caer fa Ma ea ee reat Oe seas ee ah sabes Se cre OP Stn re i oer cca ah an Seca ne in Oa ea, Ga ak Sepa eaiecisiget ohare tet Sey Ci Det a & Pome ie Boe be ola ate ce aa See Bl caine cite te eae cont Set iio te ea a ee le iey eg Ft geen ner See oe eee fa ec etna ke we gts i? Hes es Sahar utter sono toc Es see aah eaten age Ria erie ee > Sanne ae % Ree lcetanga td faced al ete SERPS fot tats Se eS eG ae Se ces clevre tambee Se «Bel Se ade eens ate dca Suse ads enters doe ers ae Siame® “emnce pa mig enue a esa cua Peete Po be a eam ping ae ei ut era tanamene@an feb fs aul ‘SESS tama, ae eae! pre ES Si Sameera Bie, rein ma SSMS Monee tema a en ace Rueda aise, Sean, pe pare ae Sr than ata ote et i gue SOC tcl gh wees nlite Sei mrs? me ene, ee mal see rat SP fr ante eo Pee ecuami,cl eplias Spee Pinetree oe mater Sec coe ts On rae Serge suulnerel em am sida thine « Msi Cuero mans «prc (8) 0s “outputs” organizacionais. Lindblom argumenta enfaticamente, em seu livro resen- te, que o capital, seja ao nivel da firma individual ou a0 nivel de associagées empresariais, esta em uma posigao de Poder privilegiada, resultante do fato de que, em uma socie. Gade capitalista, 0 Estado depende do florescimento do pro. eess0 de acumuiacdo, Mesmo antes que comece a ‘© Gorerno com relvindicacées polities, p capital gora de Ua osigo de controle indireto sobre aasuntos publides, “Hoe ‘mens de negécio tomam-se, assim, tuma espécie de funcio- ‘arios piblicas e exercem 0 que, nkima Visio mais ampla do seu papel, sio fungées publieas) (1977: 172). ssa situacho toms aconselhével aos Governos prestar especial atenao a0 ue os homens de negécio tam a dizer, seja individualmente, Seja através de suas associagdes. “De formas incontavels 08 Gorernas... reconhecem que os homens de negselo necessi- fam ter encorajado certo nivel de desempenho,.- Apesar dos Govemos poderem proibir certas tipos de atividade, nlo Do- 0 | ordenar A empress que tena determinado desempenho dee en fur que comandar™. (1077: 173) Porque Preclsam Anes pgclos impresionar como funcionérics, gg omens os nelagdes que es funconérios do Governo con: deena ee ckveo,-_ nao se pode delxar que os homens sideram inalpeam baer As porias o sistema politico, eles de negeces onvidados & paficipar". (1eTT: 148). A atitu- Presa Semonts soleta felaivamente aos intereises em de, extmtine todo Govemo eo stado capitalisia @ esta Presa orgado assur, revz os esforoos dos capita: rar paises poriae. ‘odo 0 reaclonamento entre Ustes°S paado esta montado nso em torno do que 0 €3- capi pote fazer politicanente, via suas ascociagies, como & pial Poa‘ptia torn crtten itizmo, mas sobre o que 0 at goke recusarse © joer, em tarmos de inestinentos eariiados pele empresa individual, Esse relagao assiéte- Soho entre faz tom que formas comperativamente dis- 5. Ge eomunicagio e imteracdo ene associages empre- freats‘e ovapureino estatal bastem pera cumprls com seins poildces do capital (ek Offe'e Ronge, 115, Block isin. Comparadas as comunicagGes enre 0s sinleatas © o Es- ado. as somunicagoes das astociagdes empresarials com © SitRao tuteram Ge vou que cas sao publicamente menos ol Enc porque ha_umna'necesidade’ menor de mobilizar 0 holo dé altndos externas), mals téenias. (porque o reconhe- BRM ao que conn polteamente "desejavel", OM sy & fralspensebiidnds facta pode. ser pressuposio como” Jd ys antes Grau anes emi fm falar em nome de todow aquees iieresses que re PRerem, para ua realzagio, uma taxa de acumulagao sada S'Satinga, © que, do posto de vse do capital e do Estado, & Saruimend? Yertage. para todos) e.negatioos (porque, fale 0 fato de que 0 Govero tem de considera? como dese. Sivel aus, de fo, €desejavel para o caplal, 0 uno que Hein Yor feito € ‘aavertt os Govemnos conta Gelsdes © fodidas iopradentes, snreaistas” © possielments inopot tunes) 'A dependéncia do aparelho estatal em reagio so de- sempenno do capital — que inelol » dependencia indie, fm relagdo a0 cepital, de todos aquelesinteresses quit, pot sua ven dependein do Eslado © dos bens © servigos por ele forncids — no tem parielo com ne i ‘ecfproca da classe eaplaista com reapelto xo kebeae oe See Satin Peplonaa's cabate go Brat, Hs Flas opeagies dag aeilagies enpromee nan ge ae Bee Tp caitie et et crrremya, an no & de His 3 eerste por on oo eed Ono, meme ey Bet Ens ap mete mses open or oad ten 8 Tishoccemen eae go at romgio de Seb euler pte Seton ae a ‘baat Anal aiguas eotaceetes geal das scopes empresa chi une et a SES que ex ete iw etna gare ae Ge come SEG Eatay Cen nem ater ae jadas of 40 eat “ptapos Ge leas Pare sennos brevesnchnce 2 dtttenas nae tntre ab tanec as unis os eos eee Ge sndleaton se comune con eur vanes omens & Sinton iso sen fe de Toren canoes a at eran ‘um eonfunto do aeeinntss a i eI ‘erates dsigns a caresses es ada, § Pam feta oe copia agen ng a ~ Atusgio a nivel da integraodosstmica versus atangso to nie da corgi wll deaintcraco no pms eloquent © Sal fenconasengas Me Bape Ge Foguist bles to proeta tated fopetents ila: dosmescie to epunac ste teen ‘io, siaincls fo cess Packet ~ Pues nrmenanoagen dae dibs dates No piety patel saan ace Brauner ada alae eae ee Sie Wie Sa ge oi cig ne eg aa cr ens eG Ens eae oa tet ates tuieaco sobre obetivos €, POranG Peay ne Spon, leo aga dimes ct one tangata carn gia os'gs arte Ld ieee is tah yt deere ht ve i tr nt a al otencst do poder externo @ organizanéo versus poten- Fa de poter criado pola orgenizagio, eereleio do poder realizado através da lderonga da of- — Beery ee tare do poder ealiado artes Ga Seiaade dos membros. _— Uso defensivo versus uso ofensivo do poder. — Uao do poder escondio eaisperso versus uso do pader ma- Miesto concentrado, (Para fustrar, ninguéma pensa a ‘dfarea a comunieacso entre sssoclacoes empresariais Ticu mio nmblente como consstinéo Ge reivindicagdes Seve” porque essas srivindleagdes” slo feltas, fora &5 arpanizepao’ por firmas individuals; em contrapertia, {2 sindictos, cob ofhcs do publio, sie mais rapidamente SEvocladis com as charade “revindicagbes slarals — Comunicagéo em termos de imperativs téoniens versus Gomunlcagao em termos de demandas e relvndicagoes ‘tormatioas explicitas. — Lepitimagso da atividade orgunizada em termes de “in- teresses do todo” versus revvindicoeto particular, defesa 4 interes epeciions dos supostes benetcttis das ‘elvndiongoe 3, INTERESSES E FORMA POLITICA. “io nd ninguém que saiba to bem o que ¢ do seu inte- esse quanto o proprio interessado™ Gerety Bentham), “A {nic fvidenoln que pode ser spreeniads, da deslabitdade de sige, 6 0 fato de que as. pessoas realmente 0. deelany (Gobi Stuart il). "0 intereze &, do Inicio to firm, sempre Ctritamente emptico,,Néo ha outro melo de deseobr/ 0 Sendo pein observagao.” YA. Bentley) ‘Aparentemente, um dos pressupostos bisicas da teoria do tteratismo elassizo bemn como de moderna teovia,demo- ‘rica consist em afirmar que todas as ariclasoes de ine fesse empiieas sto iguaimente."verdadetras", 1 6, igual mente representatives Gon intereses gemuinos Gos ores. A a ; | A { base dese pressupesto, 0 proprio concelto de intereses “ver dadeiros™ ou, objetves” (aletint. de interesses fala" 8 “equivoeados”) ‘pode segucamente ser ensiiao’ do, dacurso ‘géric, pois tat concelto &, ao mesmo tempo, metocologicn- Tent imnpessivel © indesjével por suas implcagSes pent- mivelmente “totalitarias"¢ por ser incapas de atribalt dite Fentes.graus de valldade « aricslagbes ce intoreses epi. Fees. Schumpeter, cujo livre Capita, Soctaiemo Be- ‘mocracia fea dele plneiro de grande parte Ga tori liberal demoerética do hole, fot ao extremo de eonsiderar qualquer Impulagio de intereéses contra tactuais como inspitada por Invengoes entidemocratieas (mesmo se hava indicagoes de le os ators em questo estaviam dlspastos« aceltaios como Seu intereses manifescs, uma ver despertada @ sun sten- a0 para o tema). O dogma consiste no que poderiames chantay de posllviamo pritieo seer eacinaste fase desominadoe confum em ostras falayeas, « esntocco foreada do padrao de spin csletva Baas opera ao pactao de ago coletira que Gomina ahsiquer onto "trupo de inverse" ‘Deno dessa etratépin gore Ge transformasio doe pa- metres guise organincionais da agto colts da ate Sperinia niéumme quandtiade de abordagens iaingas Mas PReckamente, ne ‘ume cierenga fetes principal entre o® Froponcntesconservadores € of socai-éemocratas da ext TEQE"Comam de ippostto: de uma. disp fonmal mais ia ir organteasSes du cass operat: Bash aierenca esta Eibecan ea Sresupostonscontastantes sobre a tenon elas Tula oo sigdcat tendon 2 compotarse inesponzate- Thente™ a menos que fal dcipline we Tome opeatia. Os Conservadores needa ean eral que 09 sndntan 50 om porta iiesponsayelmente fm usd Telrndieagaes ttle 98 Porque tideressindicas, que eles multas veoes earacterizam came aulocla aroginis, Golda de ni demas 0s e votados para o samen 2 pessoal, arigem ml s,bases, levando a Telvindleagies eluted salarias que seia- mente preludieario os intereses dos sindicalizados bem como 4 suide da economia, Em contrapartida, anaiistas socal oe ‘osratas sio mais inclinados a ver @ perigosa dinamiea co sindicalismo no comportamento auténoino e cesobediente dos ‘membrot dos ‘ndleaton om sun oprgto & trance, pesar da melhor compreensla ede intengbes louvaves pe: fidas vesos 6 forenda & defender Telvindieagbe « tatleas 60s mulitantes radials Tndependentemente de tals diferencas de atitude © de pressuporgoes, que sdo faclimente explieadas, se alharmos para as respectivas lealdades que esses partidos quevem ian {ere para o eireulo de eletores no quel pretencem basearse, # conelusto comum dos analisias & que os parametros for” TEAL do sindizalso precisa ser Tedestiaos, de modo 0 Ibinimlzar os rsces do eomporiamento sindleat “respons wel. Os mecanlemos e as variedades prinelpais desea disel- Plinas institucionais, que go impestas e, como veremos a parte 5, por Yezes sio accltas pelos sindicstos, por motivos Petieitemente “raclonais", podem ser earacterizados do se- fuinte modo: (1) Limitagdes das dreas substantivas do interesse de representacdo pelos sindicatos. ‘Sob esse titulo, referimo-nos, é claro, 2 uma velha tética, finda hoje aplicada, que visa a'uma definigao restritiva do escopo @ do tipo de'reivindieacdes que os sindicatos podem legalmente promover © em relaes0 ads quals podem empregar suas fontes'expecifieas de No caso da. Alemanha, 0 fendmeno data.de 1880, quando, vigente a prolblelo da ativ dade politica dos socialistas, por parte de Bismarck, os sin- ieatos tinham de limitar’ sua ‘atividade estritemente a assuntos econémicos “nio-politicos”. A dlvleio de trabalho entre 0 braco politico (partido) e o braco econémieo € social (Sindicatos) do. movimento operario, ambos institueionall- adas na primeira década do séeulo — tanto dentro dos sin- leatos quanto fora deles — contribuiu para o aprofunda ‘mento de tais limitagées teméticas, A prolblglo de greves 9 Pe upottcas” © da agitagio politi dentro das fabrleas cons- Pelee cliclbna'na mesma diresso. Hoje em dla, ob ital pass amaes elo forgadam por ile por dclses de te indieslos mantcerom formaimente “neutros" dante dos He pRitcos & mesmo regvlamentacdes ce maior aicane rardos tuniments eat fase de preparagis. A Assolagho ‘Slemi de" Empregadores (BDA). deschcadeoa, em anos re- 2intes, vgorote Campentia contra o que considera como SEU potfice desproporcions! dos sndleatos No. decorer Jessa dampanha, 2 Federacao dos Sindleatos de Comércio Ses code de ilpitimamente sesamin poses a respelto Ge accuntos como legaizagdo do abero, pulitica externa © Suda pare v desenvolvimento dos paises 4 Tereelro Mundo, Ogu fot cnderado umn transrtessio do eco eins Gelveprerentacas. de interestes por perie dos sinaicatos de Somelco ete Gnalitut der Deutschen Wirschaft, 1014: 160) ine lvoe nu peruano pliner. ‘Satecente projto legato para uma “el assoctacinista, Aeeuora de un grupo no interior do Putco Literal FDP), {ena obrigatrie, pate vedos os gropos ge interesse. inctuin- Aeros aleaten, 0 etablecment de wa Tita, exhsiva de dreasespeciieaa nan quals os refers grupos team ln- {Gagne de. representar oe interesses dos seus integrantes — ‘que implca que qualquer atiidade em areas diferentes das Snumeradas se toma atlomaticamente egal (2) Institucionaltzagdo de modos alternatives, néo associa clonistas, da representacdo de interesses da classe operdria. Ilustragées Instrutivas dessas tatieas podem ser encon- tradas no caso da Alemanha, que parece ser a instancia mais favangada de tim desenvolvimento que também pode ser ob- servado em outros sistemas da Buropa Ocldental. Desde 08 primeiros anos da Repiblica de Weimar ha um sistema, em {rés nivels, de representacio de interesses da classe operiria, saber: (a) 08 partidos socialista e comunista; (b) os sin- Gicatos; © (@) 8 conselinos de empresa — ("Betriebsracte”). ‘Nos primelros ands da década de cingilenta e em meados dos ‘anos selenta, Tels de gestao ("Mitbestimmungsgesetze") fo- Tam agregadas para complementar um sistema de classe ¢ de coniflito Industrial nos quals 0 conflito baseado na orga- nlzagéo foi gradualmente transformado em conflito baseado 100 ote up tm ei — 2 Sats ne ee bails Hema oa atic Pa Sel atte. eh eee Saag crete te gate ee ie ae ihe Bande eben es Seine Seen a ruts ot Somer gavaerie aie cee eaves Sooee terete ied atieeamaeten ts erat ec amintaete pyre te ser defendida por greves'e otras formas de ago © mao Sonuaremrec toria te come SESE ee tat rath es hs en geet cir arama re igoe tata chan Sree SgeLne hoe eisias cane noe ties facet scott PERS Sees haar jioiaeine: let yentahiat ae meigihe Rec patente CES tie tiniest ae Hn fe ete ence St ae ES ber tes ane seamen oe Bicheno bea soe eed gure tne este ml pet ae eee teaer amici sete motes Sie Se Ss Gh te an nee Senn ch Sia a ars ates ares Sartre ene ove itunes ae ts Fetes eco ns ae oe rea tea Shares aie gna ide petines Chron iste ELE iiss bas traces sateen ahr ean Sema ana eacopatiratiaie areata Sg SPE MNS aaa Fa tee eo eh 101 sea epg in gu ing upc eae, was i ts St a gotten a RCSeeeteh (a) Aumentos estatutdrias da diversidade e do confiito dentro dos tindicatos. ssa tercera categoria de tétices facta a emergéncia da desunito dentro dos aindlestes, plo reforgo da posigao SHatatusia Goo que desejam eriiear 0 modo. Plo, qual os ‘iron dirgem ag alividades sindicas. To pode ser felt, por Esempio, Hnpondo 0” voto. postal obrigateio em todas as Sligdese volagdes dentro da organizatso. A intencio sub- facents (embore nie pecesatamente 0 realado) & ia (para uma reforma processual, consiste em mol Tarva vimalora silensiosa", que fica fora daquelas redes de eomunieagao € dos canats informals do controle social que permanecem aro entre ov membros afuants. pedo Bert introdugdo do voto postal tem sigo um tema favorito Mos feformadores™ sinleaie conservadores tanto ni Gri Bretanna (Tayor, 1076: 8,36) quanto na Alemantia Ociden- {et nos uitimes tnoe. Outro melo de aleancar 0 objetivo de Scenvuas a desumio consist ‘a. Imposgao de regulamentos {ue tormam mals ite para ot sindleavs imped o-acess0 You expuisar membros elssidentes ¢, desta forma, ajustar S espoctto das posigdes entre og sindiallados.” Eas regu- famentagbes,comumente defendidas em nome da “democra- tin infraorganimcional” oto “pluralismo", eparecera — fur do argumento que dewnvotremos sobre a5 dlstorgaes es fleas de classe, da Dercepgao dos Interesses — como Te- das dostnadas 6 peralnar aquelaspritiens asociacionstas ‘due poderiam permafir a superacho das dsiorgbes de interesce Su do “elicnismo". Tauabem parecem estar” preenchendo ftinggo de comprometer os membres de sindicatos mais tnt rarmente com equilo gue Interpretado pelos mclos de co- Munleagio como" sendo seu Interesce e encontrado er Outras expresses da vida econdmica © politica liberal dom! ‘ant, truando proporeinsimente mat diel, para os sin- dicate superar as ovientagdes inaividualstas 8s membros mediante processo dialggice de arlieulaedo de intereses co- letivos (para argumento anétogo, apileado acs modernos par- tidos polities oportunistas, vide Baste e Raschke 1971: 2-55). 102 8 em diregfo a esse ponto que convergem numerosos esbogos de “reforma” e modernizacio do sindicallsmo, atual- ‘mente em varios estégios da instiluctonalizagao em multos ‘paises. capitatistas avangados, Eles subveriem 0 proccsto iai6gico de artieulagao de interesses coletivos, do qual. 0 poder dos sindicatos depende fundamentalmente, sefa decia- ‘ando alguns dos seus resultados potenciais como ilegais, se 0s seus esforeos aparentemente supérfiuos, se}a aificultando ainda mais o processo de unificagdo interna, em a {6 suflcientemente ““complexo”. Somente na medida’ em ‘que essas trés Ldticas de impor formas politas burguesas ‘0s sindicatos eventuatmente tiveram éxito, € que a equacdo onceitual (entre sindicatos e qualquer outro grupo de inte- ese) presrupota de ini plos lets sca eras, se justitieara, 5. EM DIRECAO A UMA TEORIA SOCIOLOGICA DO OPORTUNISMO. Argumentamos na terceira parte deste ensaio que os in- teresses.emplricos das trabalhadores os interesaes empi- Hoos dos capitalistas ‘so sujeltos, em diferente medica, a rises de distoredo. Uma vez estabelecida flzmemente a pré- fica institucionalizada do capitalismo, néo hé nenhuma.ne- essidade funcional, para os capitalistas, de que eles mesmos eselaregam que tipo de sociedade e de institulgdes socials particuiares desejam manter. Em outras palavras, a teorina séo coletiva sobre o tema da desejabllidade e do funciona Mento do capltalismo — uma atividade que poderla envol- ver riscos de erro particularmente altas ~~ torna-se desne- cessdria e obsoleta. Dai em diante, aprendem sua ligio sobre ‘modos “racionais de comportamento Individual”, néo a partir de uma doutrina compartiliada sobre a natureza da socie- dade, mas através do mecanismo do mereado, Em contra Partida, enquanto a vida social estiver dominada pelos meta hnismos ‘do mercado e da scumulacéo privada, 0 risco & minimo de que um eapitalista considere que, 20 obedecer ‘805 imperativas do moreado, possa estar fazendo algo con trérlo ao seu proprio interes ‘A esse respeito, a experiéncia da classe operésia & total- mente diferente, # provavel que, depois de haver aprendido 103 Ge des do mercado de trabalho, tenha conseiénla tamiéin 5 ates Coens as ligoes erradas. Tanto 0 problema Ind ate press onganiecionel consistem ent descobrit, nO sane on peecesso que ievitavelmente esta cumuiado qeeorre cealentEnaidos e disiorgdes,quais si0 a8 Vides cor. Se eres om aprendidas, isto €, como as ambigildades de ‘Srlentacho podem ser supéradas, de modo a levar a uma defi ‘igdo de interesne elaborada, eslaecida coetente consigo 1 problema é que operivios nem se submetem totaimen. te. fogica do mercado (primelro, porque o que es "vende fo mereado nig ube rateadaia = genina”) Hem cone sn eseapar do mersado (porque sdo forgados a dele. par fief para assegurarem som sobsistencla) Aparthadas nesca arrudiba, o openiros eas suns organlzagbesestao constan- femente envoividas no procesto ftmensamente complicado de deseobrir quais sio os seus interessese como podem ser al- fangados de ta modo que este proceso néo se Tevele sulo- fontraditéro e autowestruidor. ‘Na parte final deste ensalo, queremos explorar uma al- temativa que ja assinalamos, ou fejo, a de que, mesmo Ra fuséncla de modos de agdo coletiva pollicamente impostos, {als como o corporativiamo e a "jusalleagdo", as organiza: bes operirat alamo “oportunismo” como’ solugae. Adi Eonatmente A sua conotaglo obviamente peloraliva, opor- funiemo tem um signifieado claramente ansliti. © termo, tal como incisimente.introduico. nos debates. poltcos ¢ feérieas travados nos movimentos.socialistas europeus nas Drimeiras duas déeadas Go séevlo XX. se efere @ uma ten- REncia de “se aproveltar de oportunidades tatics, sem consi Gerar principot", como contistentemente desenito por Peter Netti (1960: 13). Mais e=petliamente, o ermo oportunismo, tomo frequentemente usado no panfleto sobre a “Creve de Mansa” e-em Outs escritas de Roca Luxemburgo, referese 20 que ela pereebeu e ertlcoa como landéncla emergente no Interior da ‘Social derocracia alem& do seu tempo. Segundo ‘Rosa Laxemburgo, o oportunismo inclut a tendéncla-¢ uma frlentagao exclusiva do movimento da classe operéria. em aiepio'a canals de aeio politica estabclecidcs e reconec- dos: a tendéncia a conflar exclusivamente em formas de Tuta Parlameniares ‘sleltoras, no interior” do movimento da lasse opera, A aceltagdo da “ivi do trabalho” entre 108 ll cuties pcs om acids me re SS ct om ge eto te Mechulsratitcs de cemoie coni ‘Sinan aes rp Soon Ste aa date ee see te lm Me iy ao Sota san da eats ey nso jem spn rend pane ng clea pment i oon ish tr ene nme one otek Bane mee ce re rg ie eae mnan ne saenaige meme Oa Setters at ae geet moans ie els arc she cae oo eet rae etn he me aera ore cing ¢ mere ate vam praticas organizacionais oportunistas. Essas priticas peter aceite eaten per ae ~ A inversio da relagdo melostins, que leva. a. um engren- decimento de melosinstitusionalizades, ou de ovtrostnelos Iimediatamente acessivels, e & sua afungao como meca: rismo de fltragem seletiva dos cbjetvese principics on Bisaclonaie (@imensio “substantiva’) os — A sucesso dos vinculas entre as perspectivas de curto © longo prazos: a prioridade 6 dada fs reallzagdes imediatas ¢,g2 gute paz, enquanto oportunidadese conseqien- clas futuras sdo ignoradas ou negligeneladas (dimensao temporal). ~ fnfase nos critérios quantitativos de reerutamento mo- Dilizagdo sindicais em vex de eritérios qualitatives, tals como ‘a formagao e a expressio de identidades coletivas, ‘Essa nfase em critérios quantitativos pode. assumir a forma de mazimizagéo (“o maximo de sindleallzagio pos- sivel”, tendo em vista o sucesso cleitoral e/ou as taxas de sindicalizacao) ou de exclusdo tdtica (“somente aqueles ‘especificamente afetados” por algum eonflito ou probiema Particular). Ambas ss orientagées quantitativas tornam 105

You might also like