Professional Documents
Culture Documents
- PONTOS OBTIDOS______________
- PROFESSOR: __________________________________________________
ALUNO(a) :
INSTRUES GERAIS
1. Leia atentamente o texto antes de responder as questes;
2. No rasure a prova;
3. Use caneta;
4. Confira se voc assinou.
A VELHA CONTRABANDISTA
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela
fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrs da lambreta. O pessoal da
alfndega tudo malandro velho comeou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrs, o fiscal da alfndega
mandou ela parar. A velhinha parou e ento o fiscal perguntou assim pra ela:
-Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco a atrs.
Que diabo a senhora leva nesse saco? A velhinha sorriu com os dentes que lhe restavam
e mais os outros, que ela adquirira no odontlogo, e respondeu:
- areia!
A quem sorriu foi o fiscal. Achou que no era areia nenhuma e mandou a velhinha
saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e
dentro s tinha areia. Muito encabulado, ordenou velhinha que fosse em frente. Ela
montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrs.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e
no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou
na lambreta com o saco atrs, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que que ela
levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo.
Durante um ms seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela
levava no saco era areia.
Diz que foi a que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfndega com quarenta anos de servio. Manjo
essa coisa de contrabando pra burro. Ningum me tira da cabea que a senhora
contrabandista.
Mas no saco s tem areia Insistiu a velhinha. E j ia tocar a lambreta, quando o
fiscal props - Eu prometo senhora que deixo a senhora passar. No dou parte, no a
apreendo, no conto nada a ningum, mas a senhora vai me dizer: qual o contrabando
que a senhora est passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que no espia? quis saber a velhinha.
Juro respondeu o fiscal.
- lambreta.
PRETA, Stanislaw Ponte. Dois amigos e um chato. So Paulo, Moderna, 1986.
) narrador onisciente