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PUG Jus Hot Sin. Pe Podo Nagaes Guimas ree, ce Retr para AsunasAcadémicas roar concede Soa FDO ce Retr para AsuntsAdminsratos Prof las abeno A Cane ce etor para Asunas Comuntarios Prof Aigo Serio ice Retr par Asus de Desoeoeimento Ingerhoto Non narra Decanas Pro Eek do Rego Monte Bonin (TCH) Prot. Gicle Ctatino (CCS) Pro Jon Aber et Pre (TC) Platio Ménon ‘Texto estabelacdo e anotado por Tous Bowser ‘Tradugio do Maina ftesas Fe Mee aS iio a ea seta “la Pe itr igeaes Agee Ost Unser Pe + eli ela eo tal ee PS ets eS eye 25 ‘Tt: 21) $299910 Pon 1) 29-4085 to pe ‘eens LOLA, So ai, Br, 201 pie ana nun om IIE See BLT Sumétio ‘Sétie Bibliotheca Antiqua Apresentagio do dilogo, Iota sobre a composigo rams Méson Notas 2 do disloga 8 18 us ARGOR 1. Minon—Platto Prsximos angamentos Parmenides Patio Extdemo = Piatho SERIE BIBLIOTHECA ANTIQUA ‘Ao apresentar ao pblico, sobretudo wniversitério, esta tradu- ‘gio do Ménon, iniciamos a publicagto da série Bibliotheca ‘Antigua, um prjeto editorial do Nécleo de Estudos de Filosofia [Antiga, nfcleo este criado po um projtointegrado apoido pelo CCNPa € que vem recebendo também incentivo no s6 do Depar tamento de Filosofia da PUC-Rio, 20 qual esté Insttucionalmente ligado, como da propria Universidade ‘A série Bibliotheca Antiqua tem por objetivo publicr textos bilingdes de autores clssicos, egos © latinos, com tradugées feitas por pesquisadores da drea de conhecimento dos pr6prios autores. No caso de texts ilossicns, como & 0 Ménon, por pes- quisadores da flosofia antiga, ‘Com iso, 0 propésite dos seus ideaizadores foi tomar dispo- niveis, para estudiosos de lingua portuguesa, textos bilingues ‘com tradupbes que atentem para as quesdesrelevantes & rea de ‘conhecimento do avtor, moitas veres obliteradas nas tadugées| de no especalistas. nome Bibliotheca Antiqua é aver pretensioso,Sabemos que © nimero reduridissimo de pesquisadores com que contamos nio permiticg construir urna verdadeira biblioteca bilingue dos textos fntgos, a exemplo do que ocorre com as colegSesbilingues em Tinguas modernas com longa tradiao no estudo ¢ tradugio dos clissicos. Mas, apesar do nome talvez pretensioso, Bibliotheca “Ancigua tem urna pretensio bastante modesa. Sevs idealzadores ‘retendem que a série ses um verdadeio Iboatéio de tradu- ‘es, tabalhando interativamente com Seu litres para estabe- Tecer um padrio de tradupio que explore 0s recursos préprio da lingua portuguese, 88 vezesignorados por infugnciatalver das teadugées de outrasIinguas, que nos impsem seus prprios pa- dries, Estou pensando nos casos de frases sem sujeto explicto, correntes em rego, como em portagués, mas impossivels em franeds, em inglés ou em alemdo; a0 uso de orapSesintegrantes infnitias, usaaisem grego em muitos cases queso também co- ‘uns em portgués, © a0 em ours goss © sobretudo em certasoagbes qe, por melo de ronan lates, sborinam- se a duasoraies diferentes, igando-a numa esrtura impos Yel em mulls lngus, mas, pree-nos,absoluament Ieptina tm poruputs;€o caso por exemple de Menon 984: cometar ‘ent, somene esas coisas. ns gam, a qui, tendo, oho ‘mem guiacometamente”, cujasintxe, que nos parece legit, ests “toads” no grego,e dispensa una relaboragio da fase para". corretamente, somente estas coisas. 08 gum, as Gus 0 homem deve ter para guar coretamente Ese tipo de Consus ali fo bjt de costa a Prof. Amin Hots, {qe nos honrou scbremancia com uma respota manuscria, ride shonou, com sua autridade,consrugSes que, nfo sts 1a Tingua esr, petencem entetnto 30 Wo crtent cult, sinda que égrafo, da lingua portuguesa. Ora, pra o Prof. ouaiss,o porupués€ uma “lingua dgafa, Diferemte de inguas em que uns longa tatigio eset esaliaoa as estrus pet mitidas, a fla culla€ sufciente para legitimar 0 portaguts.E jules dessa legimidade sho os proprospatianes da fala cul {a nivel de uso da lingua em qu o Prot Hows teve a getleea nos eoloct Bela que no caso espctcnacina deseo a ‘ver fosse mais elegans taduir:*. somente esas coisas. 03 ‘uiam cometameat;tendoas, 0 mem gua coretamente™. A Possibilidade enctanto de mente sIteraidads do txt 6 mui- {ar veces important. Além disso, a taducio do dilogo obede eu a um cro também didtico: manterse to péxima quanto posivel do original, para fcr a eta dese, eter meno {esos icos de obiterat os problemas lssics. Quem sabe, também, icenvar alguns a esudar 0 greg... Asim Sendo, 1 ramos a lierdade de estender, para outas consroges que nos parecem igualmenteTegtimas, @licenga que n08 dev 0 rot ouass para o uso dasitaxeacima desea. 0 caso, por ‘exemple, de certs orgies interogativassuborinadss comd a8 ‘que aparecem cm Menon 88s: “Examina pos: quando o qe? d- fig cada ums dessas coisas ela nos provetosa,e quando © aque? a. dirige cla nos causa’ dano?" Aqui também areceu-nospossivl econvenente mantr a mesa sintaxe do vigil, en eesorever a ase par lg como: “Exam pois quando cada uma dessas coisas os €proveitosa, 0 que adit enon ge?..", construgio que inverte os paps da subordinads & da Subordinant. GGostariamos enretant, para esas liberdades, como para ou: ras — como o uso frequente de expressdes e oragdes exclamativa e interogativas, marcadas como tas no meio de pe- ‘ods, caso aids do Ghia exemplo citado — ouvir o leitor, ‘jas opiniges evaremos em conta em futurasedighes ¢ radu. bes. ‘Além do agradecimento, infelimente péstumo, 20 Prof. An tonio Housiss, regstramos nossos agradecimentos 20 CNPQ, pelo apoio que vem mantendo 20 Nicleo de Estudos de Filosofia ‘Antiga; ao Departamento de Filosofia da PUC, cujo dreor, Prof Oswaldo Chateaubriand, empenhou-se pessoalmente para esta publicago; 2 meus alunos, sobremdo de graduago, que tém ser- ido de cobaia para testr a ntelgibilidade da raduso aqui pro- post & propria Pontificia Universidade Catdica do Rio de feito, especialmente nas pessoas da Profa. Eneida do Régo “Montero Bomfim, decana do Centro de Teologiae Ciéncias Hu- ‘mamas, ¢ do vice itor acad2mico, Prof. Danilo Marcondes de Souza Filho, que, acreitando no pojeto © no propésito da série Biblioteca Antiqua, nfo pouparam exfrgos para que a Editora PUC-Rio, asociads ts Edis Loyola, « inclusse em Seu proje- to-cditorial, Maura Iplésias| APRESENTAGAO DO DIALOGO [Nas ordenagbes cronolgicas dos iflogos de Plato postero- res a0 emprego da estilometria — ordenagies que reconhecem {ués grupos de didlogos iniciis (também chamados da juventude 0u socriticos),intermedifrios (ou da maturidade) e hkimos (i nai ou da vethice) — o lugar tribufdo ao Ménon € no inicio do [grupo intermedi, Ele acupsria assim uma posi entre os ci logos ditos “socréticos", que normalmente sio considerados ‘como veiculando o pensammento do crates histrico, e 08 gran des dilogos do grupo intermedirio, ene os quis se destca a Aepiblica, que representariam © pensumento da maturidade de Patio, diferenciado do de Sécrats. (Que essa ordenagdo represente ov nfo um desenvolvimento do pensamento de Patio, ofato € que se podem reconhecer no “Menon caracteriticas tanto dos dilogosdits “socrétcos” quan- to elementos normalmente apontados como influéncias ovtras que as de Séerates,recebidas por Patio e incorporadas em sua Filosofia. _e fat, pla sua primeira prt, o Ménom lga-se ao grupo de islogos socrtcos, e, dette esses, especialmente sos chamados islogos “em busca de uma defniio", uma pesquisa traiciona- rmente associada com o Séerateshistérico, grag ao testemanho Ge Aristételes, que a ele arbuinexplicitamente duns inovagées: © discurso indutvo ea definigio eral (Metafsica M4,1078 28. 29). No caso do Menon, a questo que abre odidlogo — a viru 4 6 coisa que se ensina? — num movimento tipic dos didlogor esse grupo, € mudada por Séeates para a questio da defnigso = que € a vitude? A exemplo dos dilogosinciis em busca de uma definigdo, slo examinadas vrias respostas A questo, reve lando-e todas inadequadas, "Mas 0 Ménon tena it alm da aporia sobre a definigio da vir- tude, introdurindo uma nova aporia, msis fondamental, a aporia Sobre a possiiidade mesma da agusgSo do conhesimento. E a Fespeito dessa aporiae de sua solugio que © personagem Storatsinvodurnadscusioclenenes que revelam nn: cia sobre Patio de doutinas e métodorapuentemente no s0- éritcos: a crenga ptagrica na imoralidade da alma, sobre @ ual se aia a eo da reminiscent presenta como fund ‘eno da pssblidade de adie coneciment, eo metodo de hipteses. que Plat transpoe da matematca para a calc. ‘0 Ménon entrtaio no faz nerhuma mengso clare. 3 tcoia das Idiastranscendenes, nem mesmo na passagem sobre 8 rinisctncia, onde €esperado qu ea feria sa sparigo. B essa tusncia, emai fim aporic da pesquisa sore a gusto ini Gil do dilogo — sea vrude s esina ou no —, gue fazer onsiderar Menon um dilog de tans, que smda no con teria pensamento pltbnco da maturdade, embora jf aponte sess depo NOTAS SOBRE A COMPOSICAO DRAMATICA DO DIALOGO Data dramética (isto come auses vis fats hstios a visita de Cerys 4 Tessa (0), mecionaa como recente; « mate de Prtigoas (te) como j aconteida hi algum tempo: 0 dinhsro «que Inmeiss de Tebas teria ecbido de Plirts (02) “ecen- tement” ‘As melhores indicates pra determina a data dramdtic so ‘entetanto algumes ales referents a0 prio personage Ménon: TAs palavas gue Sécrates the dige em 76b (és belo € ainda tens apanonados")sugere que ele € anda jovem mas mio ‘mis um adolescent, o que Ihe dé provavelente uma iade en- te dante vine anos ora, 0 Ménon histric, na primavera de 401 aC, esta cm Coloss, aa Asia Menor, frente de pare dos mercendriosgregos que patciparam da expedico de Ciro conea Artaxeres, apse de Sua poucaidade. Pois sobre Menon enofote nos dz qu em foraios em 401 aC. e um meirakion (Ges enue 14621 anos) em 40 (Nenofonte,Anabase 6, 28) Sun visit Atenas portato (provavelmente hse), quando teria io 0 encono com Socrates descio por Pato, deve ser poco anterior data dos eventos em que tomo part na Asia Menoe, «em meio 205 quis encontou # mart 2 Exando Mnon Hospedado na cata de Anito, um dos che- fexdemocratas, a converafio com Sécraes deve aontece ene o rene dos democrats a Alen (etembro de 403) ea pata de Ménon para Coloso(o ais tardar no vero de 401 2: Sequndo sgereSderates em 76, Ménon podria er fad para tomar parte nos Mistrios: uma vez que singuém pia o- ‘nar parte nos Grandes Mistéros, celebrados em setembro, se "Ho ivese sido iniiado nos Pequenos Mistrios, em freer, € ‘estes limos qu deve esar refrndoseSeaes ‘A data dramitica do didlogo ¢ assim fixada por 3.8. Morrison (°Meno of Pharsalus,Polyerates and Ismeni (Clasicel Quarters, XXXVI (1942) pp. 5735), segudo de RS. Block, (Plato's Meno, Cambridge, 1961, p. 12055) € tos, em fins de unio ou comego de eerie de 4024. uako Cenario ‘Menon é, no didlogo, héspede de Anito, mas este aparece como por acaso em meio & conversa, 0 que parece excluir 3 possbilidade de ela passer-se em sua casa, O local provével um inksio ou a égora. Personagens Sécrates ‘A existéncia histriea de Séerates nio & questionsvel. Sua vida largamenteatetada, e também sua morte, Todos sabemos ‘que Séerates vivew como um figsofo e foi condenado a tomar cua, © grande objeto de controvérsia é 0 ter de seu pensa- mento a caracteristca de seu método, Ble ertamentepraicava, Sobzetudo com os jovens, um tipo de questionamento que teve uma enorme influcia, inspirando a criagéo de um géner Iter Fio especiico, os “diflogossoestcos”, que usum Socrates como principal personager, Ora, os dilogos soeriicos de Plato sto (0 mais famosos, mas no os dnicos. Como Sécrates nad esere= ‘yeu como « maioria dos dislogossoertics de outros autores se perderam; como Plato nio aparece em seus didloges, mas, em ‘quase todos eles, usa Sdcrates como principal personagem; € como pratcamente tudo 0 que Plato escreveu si diflogos, & ‘extremamente dificil delimitar o que € propriamente“soestico” ‘em Plato. A maioria dos intxpretes, com importantes exceySes, fcitam que os primeros didlogos de Pld reratam de manera fiel 0 método soertico de questionamento e apresentam certs teses que consttuem a “ica socritica". O Menon jé perteneeria ‘uma fase posterior, onde influénciasoutras que Sdcrates come- fm a dar novos rumos 40 pensamento de Platio. Progressiva ‘mente, Sérates possa a ser apenas 0 porta-vor de Plato, o pe somagem principal que ele conserva, por fidelidade 20 generoIi- terdrio que sempre uilizara, Ménon ‘0 Menon histdrico era origingtio da cidade de Farsalo, na ‘Tesséla,eperencia a uma familia da nobreza que teve imporan- tes ligages com a Pérsiae também com Atenas. A passagem em aque Socrates diz ser ele "um héspede, por heranga pstera, do Grande Rei” (78d) faz aparentemente referéncia a um pacto de amizade ene 0s ancestraspateros de Ménon ¢ o rei da Persia provavelmente do av6 de Ménon e Xerxes, por ocssio da inva- lo persa comandada por este (480 a.C), que teve 0 apoio dos ‘Alévades, governance de Larissa. Mas Tesslia mantiha tam- bem com Atenas lagos de amizade eallangas,e hi registros da aco de membros da familia de Ménon com Atenas. Em 477/6, tum Ménon de Farsalo (aver avd do Ménon do didlogo plat 0) foi recompentado com a cidadania ateniense por sev spoio & texpedigio ateniense sob o comando de Cimon contra Eion (Herédoto, VI, 72,1; Plutareo, Temttocls, 20,1). Talver sja 0 mesmo Ménon de Farsalo que estava entre os chefes dos contin sgentes enviados por cidades da Tesslin para ajudar Atenas na ‘guerra arquidimia, em 431 (Tucidides, I, 22, 3). E essa ligagio tradicional enre a Tesla ea fafa de Ménon com Atenas que sugere 4.18, Morrisson, (ap. ct), sepuido de R.S. Black, (oc. ci) interpretagdo segundo a qual pesenga de Menon (do dis- Jogo) em Atenas, que Pltso usa como ceaslo para um dslogo ene ele € Séerates,prende-e 2 umn determinado acontecimento: 4 itéria de Licoton,trano de Fers, que, em 404, “dsejando {governar toda a Tesslia derotou em batalha os tesséios que a tle se opunham, laisios e outros, ¢ matou muitos deles" (enofonte, Helénica, Tl MY, 4) Os aristocrats de Farsal teri- tm ent enviado Ménon a Atenas para conseguir ajuda cones & ameaga representada por Licfton. Mas, nesse caso, Menon s6 teria deixado a Tesslia depois de terem chegado noticias da res- tauragio dos democratas em Atenas, €s6 teria chegado nessa dade em fins de 403 aC. Ele deve ter deixado Atenas 0 mais ta- dar no invero do ano seguint, pois, na primavera de 401, estava ‘em Coloso, na Asia Menor, prestes a partiipar da expediglo de Ciro contra Artaxerxes. Xenofontc, que descreve essa expedigo| ha Anabase, fornece também uma descrigdo do earster de Ménon, apreventando-o como extremamenteinescrupulos, des- leal,ineresseiro ¢ ambicioo (Anabase Ul, VI, 21 ss). Hi talvez exagero na descrgio desfavorivel que dele faz Kenofonte, mas nisso se apiaP.Friedlinder para ver “sarcasm” na escola que Patio faz de Ménon como interlocutor de Séerates num dislogo sobre a virtde (Plat, The Dialogues, Fist Period, Nova York, cap. XIX (Meno), p. 274). Mais provaveimente, Ménon para Plato, repreentante de uma visio que associa a virude 30 "po- der”, Nesse sentido, & significaiva sua origem © a sua ligagio puarko com Geirgias, que havia visitado a Tesla, onde obsivera enor- sme sucesso, €cujo nome & associado ao ensino da retric, Em ‘bora Menon afirme que Gorgias no pretend, ensinando a ret rica, ensinar a virude (95), 2 associagio ene as duas € fre- ‘ierte, uma vez que a retérica€ligada 8 aquisigdo do sucesso na poles. Ora, o grande politico, aquele que tem “poder”, é, 208, blot de muitos (certamente aos de Ménon, © homem bem sce fido, ie. que tem a eudsimonia; ¢ esta 6, taicionalmente, re- sultante da posse da vide Bscravo de Ménon Personagem annimo, certamenteescolhido por ser “qualquer um’, alguém que jamais pasov por um ensinamentosistemstico, ras, como “qualquer un fala uma lingua (no caso, greg), ins- trumeno da dialéica Anito ‘Um éos trésacusadores de Serates, certamente 0 mais pode- oso dele, na processo que resutou em sua condenagdo & mote [No pertencente @ uma das famias aristocréticas que domine- ‘yam a politica de Atenas até a época da Guera do Peloponeso, Anita € um dos novos politicos que surgiram nessa oeasito, vin ‘dos de outta classes sociis, como a de artesios.Possuidor de ‘consderdvel fortun, obtia com seu eurtume, chegou 2 uma po- siglo de destague na politica gragas @ sua atas30 na derrubada ‘da tirana dos Tina, que resultou na resturagio da democracia, ston MANUSCRITOS No estabelecimento do texto do Ménon, Burnet baseou-se 30: bretudo nos manuseritos B eT. As sigles © mes de todos 0s ‘manuseriteswtilizados eneontram-se no quadroabaixo, que cons ta do texto de Bumet que aqui reproduzimos, or especial core- sia da Oxford Univesity Press, SIGLA B= cod, Bodleian, MS. ED. Cake 39= Beker ‘T=-cod. Venetus Append. Clas. 4, cod. = Bekker cod. Vindoboresis 5, sup pil Gr 7 = Salou Vind P= cod, Vindobonensis 55. suppl. Ge. 39 P= cod Vticanus Plains 173 = Bekker = eo: Venetus Marcianus 189 = Bekker © ‘OBSERVAGAO DA TRADUTORA s sins <>" que aprecem no texto em porugués slo wads pra encerarpalavras ou expresses qe nif tim comespondentes no texto grego. Na letra comente do portugues, ess sinais devem Ser ignorados,devendo se lias normalmente as palavras ou expes- Ses neles contdas. Esse recurso fi tlizado para mantra trad ‘0 to proxima quanto possvel do texto orginal, em prejuzo de sua imeigbidade sum pm n MENQN MENQN SOKPATHE TAIZ MENONOZ ANTTOE MBN. “Byes pot caein, & Zéepares, apa Beaxriv § peri: # ob Bdbamriv GAN’ domiréer § ofre decry oire halnrér, adda gre. nopayyveras rois dvdpdss H Eade rai pdm EQ. °O Mévwu, xpb rod ubv Ocrradol eiddewuor aw de rofs"EXAnow val Waepd(ovro 29 tena re Kal whoirg, ii Bd, &s dust Bore at&t eodigs nat obx frurre of 708 108 draigou ‘Apurrirnov woditas Aapioaioe, rosrov 3 iyo tras dove Topylas” dgpcdueros yap els riv mak dpasrds tat copia etanden "Adeoaddy re rots xpérovs, Sy & obs paris dorw "Apiorenmon, eal rv EAAuw Cerradsy. Kat Baal robo 10 Lor iis elOucen, Abus re kal peyaho- pers droepiveobes dév ris re Serras, Sowep eds robs lira, dre nat airds napleu airdv dpuriy ray EANiouy 7 Bowdouing dre By ris Pothnran, nat oidert ry ain Aroxpuvuevos, Olde By & Gide Mébwr, 13 dvarrion rrepteornxenr Gomep alyuis 76 Tis eoplar yéyove, eal ka Buveves tx rade is eixeoBae § vole. et oir rua idee ofrae ipfoGat rau dbbbe, odds Sorts ob yeddeerat ral épe> "0. five, eubuvebs oor Boxy waxdpubs ris eloat—aperiy yolv ere Bawrdv al" Sry spdzy mapa amw ray rémun zap? 10 bs ‘Aneriero sec Nader apiain Fa sapere OTe Naber oe tie we PETE) SSS a weroel a mpnan ue evorer Cet Ba bye... a8 Woe tec Naber MENON, MENON - SOCRATES - UM ESCRAVO DE MENON - ANITO ‘Uma queso de epoca: avirude& cola gues ensina? MEN, Podes dizer-me, Sécrates vide! & coisa que se en- sina? Ou ni € cosa que se ensina mas que se adquite pelo exer cicio? Ou nem coisa que se adguire pelo exerecio nem coisa que se aprende, mas algo que advémm aos homens por natueza ou por algums otra manera? $0. Até hé povco tempo, Ménon, os tessélios eram renomados entre 0s gregos,¢ admirados, por conta de sua arte eailestre ede sua rigueza. Agora entretanio, segundo me parece, também o sto pela sabedoria. E sobretdo os concidadios de teu amigo Aristipo 0s Iatssos. © responsével por isso entre vés & Gergias. Pos, tendo chepado a vosea cidade, fez apaixonados, por conta de sua sabedori, os princpais tanto dos aléuades, en- tee os quais esté teu apaixonado Aristipo, quanto dos outros tesslios. , em especial infundiv-vos esse costume de, te al- guém fizer uma pergunta, responder sem temor e de maneira ‘agnificamente ava, como € natural aqueles aque sabem, visto que afinal ele proprio se ofeecia para se inte rogado, entre os gregos por quem qusese, sobre o que quisese, do havendo ninguém @ quem Zo respondesse. Por aqui, ti ‘Ménon, acontece 0 contro, Preduriv-se como que tm est gem da sabedoria, e ho isco de que a sabedoria tena emigra- do destas paragens para junto de vs. Peo menos, se te dispses 2, dessa maneira,iterrogar os que aqui esto, nenhurm que io vai rire dizer: “estrngero, coro orsco de que penses que sou slgum bem-aventurado — pelo menos alguém que sabe se @ n tyres eBdvai—tyd Bt rovedron Blo dre Bdanrbv dre Wy Bibanrbeebdras, Gar 038 abd Bre ror" doi mapa per} royxdoe iS” "By ody wal ards, & Mévuw, ofros tywr eyundvoqae ois todiras rotrov 108 mpdyparos, nal duavriy nara: Mubonas Gs obe elbbe wept dperfs 18 napdmar 8 Bub (ari dor, mae by Srotly yh re el; § Bonet ot ttée 4 ds, Sores Mévooa pi yeynenes 19 naphzan Boris toriy, roiroy doa ere adbs ere shobauoe dre ab “yoraths tov, eve nal révaaria roiray Bore oot ofév * MEN, Of funiye. 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"egw BTW: eer F 8g nee owe Eo drdargor tye Fone tata ip F Oe Ferree BEWE: ent or baa ane Ae siragieterer BEF: drxdereres W virtude é coisa que se ensina ou de que mancta se produz mas estou tio longe de saber se ela se ensna ou nfo, que nem sequer 0 que isso, a vitde, possa ser, me acontece saber, abso- Itamene Séeraes mada equi. Que a vrtude? Eu proprio, em reaidade, Ménon, também me enconto nesse estado. Sofro com meus concidador da mesma caréncia no que se reere a esse assuno, e me censuro a mim mesmo por ni 83 ber absolutamente nada sobre a vitude. E, quem nlo sabe que tua coisa, como poderia saber que tipo de coisa ela 6? Ou te parece ser possvelalguém que no conhece absolutamente quem EMénon, ess alguém saber se ele € belo, se 6 rico e anda se 6 robre, ou se € mesmo o contro dessas coisas? Parece-te ser {sso possivel? ‘MEN, Nio, a mim nfo. Mas tu, Sdeates, verdadeiramente io sabes que & a virude,e€ isso que, atu respeito, devernos levar como notieia pra casa? ‘SO. Nio somene iss, amigo, mas também que ainda nto en- contei outra pessoa que o soubesse, segundo me parece. MEN, Mas coma? Nao te encontraste com Gérgias quando cle esteve aqui? 80. Sim, encontreime, MEN. Assim ent, pareceu-te qu ele no sabe? 0. Nio tenho Ii muito bos memsria, Ménon, de modo que rio posso dizer no presente como me pareceu naquela ocaiso. Mas talvex ele, Gorgias, saiba, e tu o que cle dizia. Re corda-me entio as coisas que ele dia. Ou, se queres, fala port ‘mesmo, Pos sm divida ens as mesmes opiniges que ele. MEN, Tenho sim 0, Deixemos pois Gorgias em pu, jf que afnal ess asen- te, Mas tu mesmo, Ménon, pelos deuses!, que coisa afirmas ser & virtude? Dize,e note fafas toga, para que um felicissimo en- 2ano eu tenha cometido se se revelar que ta © uako 1 rai Topylas, 6d B epnais pndent srbmore eins averuxréoae MBN. ‘AAA’ ob xadeni, & Scxpares, diner tuts, ef Boines dvtpin dperie, json, Gr am doris pers, feandv cloas va ris wOhews xpdrre, eal mphrrovra ois piv Gihous of outs, rais 8 éxOpois xaxds, aad airde ideBeiodac ydiy rowirey mabey. el 8% Bother ywaueds perv, of yaderiv bude, Bri Bet alriy rv olelay ob inci, ogovndy re x8 Edov wal xarioov cbvay rot &vbpé sei GAA doriv raids dper aa Ondelas wa dppevor, xa ocoBuripou dvbpds, e uiv Bother, 2repov, el 8% Bother, Bovdou, xal MAA rdynondau dperal low, dare otk imopia etzeiy dperis népu tre tort all txdarny yap rar xpheur xal ray jduny aps ixecror Ipyor éxhory fino 4 Sper tov, Goairus 8 chuas, & Béxpares, nat} BQ. Moadj yf rar ebroxlg fone aeypiodas, 3 Mévwr, nian Gyrby éperiy onivés re dunipnea dperév rap’ ook reinevor. drdp, & Mévws, card radrmy The exéva thy rept rd omion, f pov dpondvow weirs mepl odofas Bre rar’ darle, woANis at navrotonas éheyes adris coat, ré fy xeeplns pou, et o¢ psu "Apa roiry $s TORRE sal navroberis cas nat Spepotas aAA wD, 79 weAlrTas cies; 5 role sv oitiv Bradépovew, didy BE re, ofov 4H xiANC H weyide 9 AMy Ty Po Towiray;” dnd, vy dxexpivw otros éparade MEN. Toit’ Gyuye, Gre oi8tv buaiépowow, f wédirrae iin, indpa ris drépas. $0. BL ofp etrov perk rairar “Tofino role ot aird ciné, & Mivwor § o}8tv duagdpovrw GANL rairéy 6 ainte BTF: avis W ae BTW ple oe F bead 8 Chel na se EW Soh . Fade BTW SS sane BFS ate Gorgias sabeis , tendo eu dito, ao inv, ja- mais ter encontrado alguém que subesse. 1c. resposta de Menon: ua enameraio de viades MEN, Mas no 6 dite diver, Sérats. Em primeir lugar, se aqueres a vite do homem, fei (que & est a virtude do homem: ser capaz de geri a coisas da cidade, e, no exereicio dessa gesto, fazer bem aos amigos e mal 0s inimigos,¢ guardarse ele proprio de sofrer coisa parecida Se queces- a cass? MEN. Sim, disse! —SO. Seri eno que €possvel bem ans tn, sj a cidade, seja a eas, ja qualqur ura coisa, no adminis trando de maneira praderee jst? —MEN, Nao, ceramente, $0. Entio, no € verdad, se realmente administra de manera jst € prudent, 6 por meio de justigae prudécia que administra, — “MEN. Necesariamene. —$0: Logo, das mest coiss ambos pe «sam, tanto a muler quanto o homer, se ealmente deve ser bons: da jusigae de prudincs, MEN. E evidente que precisa. —S0. Mas, a eriangae © ancido? Seri que Sendo intempants injutos poder jamais ser bons? —MEN. Nio,ceramente, SO. Ma sim Sendo pradenesejustos? —MEN. Sim. —SO. Logo, tds os eres Tumanos,¢ pela mesma mania qu sio bons eis €vindo a er a ‘mesmas cosas que Se toa bons. — MEN, Parte. SO. No sr fm bors pela mesma maneira, no & mesmo? eno fosse a mesma vimude qu penencese aces. MEN. Caramente no, SO, 14 que, pois, €4 mesma virude que pertence a todos, te ta reavivar a lembranga e diver 0 que Gorgias, e tu com ele, diz que ela. 2a resp de Menon: teva de fra vireo geal MEN. Que outa cosa sera sen ser capaz de comandar os homens? Se é verdade pelo menos que procuras uma coisa nica ara fodos 0s casos. Critica de Sderates. A unidade da definito deve respetar & Imulipieidade do detsiendumy no padndo g) nem confundr a aredader 50, Mas é certamente 0 que procuro. Mas entio, Ménon,é ‘mesma virde, ada crangae ado esravo:serem, ambos, capa es de comandar seu seahor? E te parece que ainda seria eseravo squele que comanda? -MEN. No me parece absolutamente, erates nom conn o eriendum com una de sua spies 80, Nio é provével, com efeo, casio, Pois examina ainda segunt:afiemas que a vitae ¢ ser expaz de comandar Noo deve: eos arescentar af “com justia, en njutamente”™? MEN, Creo, de minha parte, que sim. Pos a jusiga € vide, ‘Séerats 80. & vinude, Ménon, ou uma virude? MEN, Que queres dizer? uaho ZO “Ws wept AAAov drovaiv. oor, ek Boss, erpoy- prdrnros nips ebzoue dy bye bre exind rh tore, ox otras dnAds int oxiua. 8 ratra B2 otras ty efrow, Gru nal Oa fort oxtuare. MEN. "OpbGs ye Ayuy of, dna at dd Nye ob pévor Becaiortony Ad kal Bras evar dperds, EQ, Tas rairas; ated. ofov xed 27 oot ebro by rai Ea oygara, ef we Kedebous™ ual od obv uot ea Baas dperds. MEN. ‘H dstpeia rolsur tuoeye Bonet der} eas acl crogportin nat copa nal eyadoxplze xat Bat wdi- oMat BO. Taw, & Méswy, rabriv rexdoVoyerr xoddds ad iptiawer aperas play Grroteres, &MAov rpdrow 4 vurkh: vB plar, UA sdvrun rotroy doris, ob Bondyeba doepe. MEN. Ob yap Wioaual xo, & Déxpares, bs od Cre lay dperiv AaBav nari rdaray, Gonep bv rots Bos. BQ, Eleéras ye DN’ dy xpotouhoopas, Rv olds 7 5, ins rpoBiSdoan pavdves dp ov br oirwoh Fee sph garrés el ris 2 Grips roiro 8 met yd Bayon, “Te derw exina, & Mévwy;” a aled exes Gre o7p0y- waders, ef 001 ize rep dy“ Térepon oxia orpoy- dens keris § exind 147 ence Wfrow dv Sr oxind 1 MEN. Tlévy ye. 20. Obroiv Ba rafra, be xat Xda Zorw exiyara; MEN. Nat. BQ. Kal d ye spooampira ve Sroie, eyes 895 MEN. “Byoye, sa rnian BEWE: ne Tle BTW! ny F SENSIS PT erin ‘tate BIW! sw’ bs spopirw WR! rpeenden BT “by re BIW. cm E "80S"tprammpdrs co BT ape br ipéea ce FS peewee W enon ‘50. Como em outro caso qualquer Por exemplo, se queres & respeito da redonder, ev dria que € uma figura ao simplesmen- te que <é> figura, E dira assim, pela razdo de qu hé ainda ou- tea figuras. (MEN. E corretamente falando, pois também eu igo que ndo soment a jstiga, mas também outrs vides. ‘SO. Quais elas? Nomeiac-as>, assim como eu, por exemplo, também te romeari ouras figuras, se me peisses; tw também, eno, nomeiame outs virwdes. MEN. Pois bem: a coragem me parece ser uma virude, © também a pradéneia, a sabedora, a grandeza dla e numerosas ‘SO. De novo, Ménon, aconece-nos 0 mesmo. Outra vez, 20 procurar uma dnica, eis que encontramas, de maneira diferente 4e hé pouco, uma plualidade de virtudes. Mas a dniea , aque perpasa todas elas, no conseguimos achar. MEN, Com efeito, Sderates, ainda nlo consigo apreender, como procuras, uma virude Gnica em todas elas, como ‘Séertesrecore a um paedigma, para mosrar a Ménon aun dda de ume aliplcdade unde na defini A diigo de Sows ‘SO, & natural. Mas eu me empenharevivamente, se puder, para que nos aproximemos.Pois compreendes, pens, que assim se psa a respeito de tudo, Se alguém te perguniasse,aqulo que perguntel ainda hé pouco: “o que € figura, Ménon?”; se he di esses que 6 a redondez,e se ele te pergumtasseaquilo precsa- ‘mente que eu pergunte: “a redondez a figura ou uma figura”, Arias, sem dvds, no 6, que € uma figure MEN. Pereitamente, ‘SO. E no 6 verdade que por esta razto: que hi ainds outras figuras? MEN. Sim, SO. E ainda se ele te perguntasse em seguida:quais? Nomes- lasiae? ‘MEN. Sim, nomeara ” 6 uarko BO. Kal ab al wepl xpduaror Soatros anipero Bre arly, xa einéoros cov Bri #0 hevnde, werd rolra Srédaper 8 dpurt “érepon x3 Aevxdy xpdud torw § xpSud ru2” aes av Bra xpd v4, Bibra eal Bide reyxdee dora; MEN. “Eyuye. 20, Kal el 74 oe txtheve Niyew Edda xpduare, Beye ty Bia, &obtty Frrov ruyxdvee Ente xpdyara r08 Needs MEN. Nai BQ, El oly donee yo meres toy Nyon, kad Beyer Fee "Ae ele AAR Agente, DAR yo} jou ofras, AX deed rh woAAR rare dol ree mporayopetes bd arn al hr olde airy Bre ob eine cas, nad raira sal dvarrla Gira avira, Bet dorks rire b el8ty Frroe raréyet 12 orpoyyinon #73 bts, 8 2) droudees oxfua al itv 4addov djs 1 erpoyyihor exina does #23 bis" 9 obx ofr Myess MEN. "Eyuye, BA. "Ap! of, Grav obrw Ng, rére olay pidov ge 18 erporythoo cous axpoyyihon } eid, oB88 18 bth dd 4 expoyyihous MEN. Oi frou, & Déxpares. 20. "AMA hy exind 76 obdto Wadden gs oat 13 expoyytnon rab ilo, ob x8 Erepon rol pon. MEN. "AAn@§ Aéyes. OQ, Ti more otyroiro ob otro dren tore, rd xu; ‘raph eyes. cl oby 79 dpurdvrs obras} xeph oiparos 4 xpsuaros etnes Br 'AAX oi paOdou fyuye bre Boides, & BoOpore, Bd oBa Sra Adyar,” tows fy Wake ave ral dra "8 pavOdvew Gr Gyro x) tnd dow eqUBTW: om F dy BTWE: tele $7 BREW ae (add. in mare. w) | 07 of Biyou BT Se a AB ‘$0. E, de nove, se, du mesma manira,aquele que te intero- ‘2 perguntasse, sobre a cor, o que ela 6, tendo tu espondido aque € 0 branco, em seguida retomase a pilara : “o branco & cor ou uma cor”, ris que € uma cor, porque sconte ce have ainda outs? MEN. Sim, dria SO. E, mis, se ele te pedisse que nomeassesoutras cores rmearia outras, que acontece nlo serem em nada menos cores, que 0 branco? MEN. Sim, 80. Se, pois, como eu, ele prosseuisse o argumento e disses se: “€ sempre a uma mulipicdade que chegamos, mas no me venhas com isso! Antes, jf que chamas essas mulas costs por tum nome $6, e que afirmas que todas elas sto figura, e iso ainda ‘quando sio contrérias umas das outras — que 6 isso que de ‘modo algum compreende menos 0 redando do que 0 reo, isso precisamente que chamas figura, afirmas que fem nada 0 redondo & mais figura que o reto? Ou nto dizes as- MEN. Digo sim. 80. Assim sendo, quando dizes isso, ests afirmando que © redondo no € absolstamente mais edondo que reo, nem © rela “abeolutsmente mais reto> que redendo? MEN, Certamente mio, erates, SO, Antes ests, sim, dizendo que o redondo nio € absoluta- ‘mente mais figura que o fet, nem este mas figura que aquele. MEN, Dizes a verdad, 80. Que enti € isso, fina, isso eujo nome 6 figura? Tenta dizer. Ora, se a alguém que te perguna dessa forma, sea sobre a figura, sea sobre a cor, dissesses “mas nem mesmo compreendo fo que queres, homer, e tampouco sei o que queresdizet,talvez cle se espantasse e dissesse: “no compreendes que procuro “, crates; mas responde tu mes- ‘SO. Queres que te conceda esse favor? MEN. Perfetamente, SO, Consentrisentio também tu em me responder sobre a vintude? ‘MEN, Sim 0. £ preciso esforgar-se portato; com efeito, vale a pena (MEN. Decididamente Séerates define a figura $0. Vamos li. Tentemos dizer-te 0 que é 2 figura, Examina entio se acsitas que ela € 0 seguine: sja pois figura, para nds, © Siieo entre os seres que aconlece Sempre acompanhar a cor 10 te € suficiene, ou € de outra maneira que procedes & pesquisa? Pois eu ficaria contene se exatamente desa maneita me flasses sobre a virtue. Menon erica a defini de Sderotes. que tela eclrecer algo pormela de our algo no eilareid. (MEN. Mas essa definigio ¢ingtnua, Séerats. 80. Que queres dizer? (MEN, que «figura ¢, segundo twa dfinigao, ‘se nfo me engano, agulo que sempre acompanha a cor. Sea ‘Masse alguém dssesse que no sabe o que € cor, mas estvesse em relagio a ela na mesma dificuldade que a propdsito da figura, ‘que acrditas qu tera sido respondido por i? ‘Sberates acta a erica de Ménon define a figura por meio de ogo ja comecida. SO. A verdad, acredito ex. E, mais, se agele que me interop fosse um dees sdbios hibeis em ersica e agonistic, dieses “esti dito 0 que disse eu; se digo coisas que nto sio cores, & tus tarefa proceder ao exam do argumento e refuarsme”. Mas, 260 caso, como tue eu neste momento, de que pessoas que #10 Amigns queiram conversar uma com a our, ¢ preciso de alguma BH xpqérepby max ral Biadearxsrepov dmoxpiveofas. dar 2 tous 19 Buaderrixdrepor 1) wdvov rAAn6H Awoxpl- neotat, AAA eal 8° deetouy Sv bv mposouoroy eddvas 4 pursuers. seipdoouas 3 cad dys 001 obran ebedy. ‘bye yp ow redeoriy xades 14; rouirbe Abyo olor népas al foxoro—zdora raira rainéy 11 Ayan lew 8 dy Suv Upobcor Buahépsro, 2XAA of yk ov aadels wenepdotas 11 al rercherrpxévar—rb rowiron Pothouas Aye, of routhov. MEN. ’AAAA eahd, wat oluar pevddvu 8 Aye, BQ. TUB; enzcbov cadets re nab éepay a orepedr, toy raGra rd dy vais yewperplass; MEN. “Eywye rah. ZO, “Hb rolnw &y pddows pov tx rodray oxfua ® Ady. nord pp ravrds oxraror rodro Myo, els 8 19 crvepciy nepatve, roir’ vat oyna Sep dy ovdhapiov zou evened pas exia drat MEN. To 2 xpdya rf Ayus, & Béxparess 30. “TBponie ye, & Mévwr dotpl mpeeBiry 8- ara apocrirras drorplocotay, aids Robe Wee Goapamedels enety Gre ore Nye Topylas dperdy ras. MEN. "AMM dreiddy oe ob voir’ elaps, & Béxpares, tp 0% BO, Kay xeraxerahouuivos ris yon, & Miva, dade- youbvow oov, re xadis of al dpacral oot rats. as tet foe "i " ies Fale ae vee ee astral ce anatte Bi Wes aaie Fa gf Es So vpordrras BT Ws rephcur Cobre Fc ee ae BTC Re eu Wt enon forma responder de mancira mais save e mas daltica, Mas tal ver o mas dialético seja io 36 responder verdade, mas tam: bem por meio de coisas que squele que ¢ interogado admité que sae. Tenarel pois também eu falar assim contigo. Dize-me pois “hi algo a que dés 0 nome de ‘término'™? Quero dizer alg tal como limite e extremidade, Com todas esas pala vas, estou querendo dizer alga que & 9 mesmo. Talvex Prédico divirja de nds, mast, penso, bi algo aque ds © nome de “li tase" e também “termina” E algo dess tipo que quero dizer, nada de complicado MEN. Mas claro que emprego esses nomes,e ercio compre ender o que dizs. SO. Pois be hi uma coi outta a que ds o nome de (que ocorrem em geometria? MEN. Sim, emprego esses nomes. SO. Pois enti jf podes compreender, a pati disso, 0 que «quero dizer com figura, Pos para toda figura afirmo o seguite: onde © sélide termina, isso 6 ums figura. Aquilo que, precisa: mente, esumindo, dria: a figura limite do slid, Manon pelea defaigdo decor Storte responded mancira de ia tenondo fer vera Menon que ee tip de defini saifatiria, pois sera vins defnenda gue dis o ome de “superficie ido", por exemplo esas coisas MEN. E por cor, erates, que queres dizer? SO. Que impudente és, Ménon! A um anclio atrbuis questies penosas para responder, 20 passo que tt mesmo do te dispdes a rlembrare dizer 0 que anal Gorgias diz que é vite, MEN. Mas, quando me responderes ss0, Sérates, eu te di 530. Ainda que alguém estivesse totalmente cobero, Ménon, sateria, comanto que flases, que és belo e ainda tens apaixons: os. % rusrko MEN, 1 24; 3. “Ore oidiv BAN’ dxerras dy reir Adyos, Sep ofow of rpupavres, bre raposvetorres tas to dy Spg Bow, xat dua euod tows xaréyvonas Sri ely) irre roy sadder xepiaduae of oot rat Aroepaoipat, MEN. Flare jr ofp xépuoae EQ. Bosder ofv cos card Topylay dxoxplowpay ftv ov pddura dxodovdioas MEN, Bovhonar x38 yp ob; 2A, Obkoly Adyere dnoppods rwas Ge Srray nord "Bumedondla;-MEN. 2pstpa ye—20. Kat dpoos elt by nal 20 Bp ol Bxoppoal sopetorrat;—MEN. Tw ye. EQ, Kal rév dwoppodv ras piv appérrew dviow rav xdpou, ras Be Addrrour } pulGors eva;—MEN. "Bort Tabra—E0. Odxoiy xa Spo caddis 1:—MEN. "Byurye. 30. "Be rotran 8) “eves & roe Myo,” fp Habepor. dorw ylp xpda Awoppoh oxnudraw dye oiuperpos Kat aleOrrés. MEN. “Apurrd pot torts, & Béxpares, rairqe ry Axdepiow doyas ZA. “lous yip oot xard ower eiprrer wal Spe lune Bovocts re Exus Bo o€ airfs clad wal uv 8 Lore, tah dopo nal Bide wod3 rSv rodran. MEN. Tldsw piv of. ZO. Tpayun) yp tore, & Mévur, Axdepios, Sore dpdones 21 adov } xe 7 extneros. MEN, “Eyorye 20. "AM obe Lory, at "AdeEibio, 278 Iuaurdv melee, AAX’ Unelvm Bedriww- ofwar 88 ob" dv col BéEa1, DOW BTWH: fF opaiyereTWF:Mbyre Bog ake BRO Riu antae Br wre rgnek air TF pe ds ee Ew Ger: 8 r Cobet yan ie ST Wee bp tmnieer pak Dies) ES cobeed BTW aed ee upea ne We sedhew Ps dete F MEN, Por que isso? SO. Porque nio fies Sento ordear em ts fala, Empédocles? ~ MEN, Ceramerte, SO. también de pros, para os quis © aravés dos quai comem a8 emanagdes? ~MEN. Peretmente, SO. E, dente as ema Ges, cao dieisque> algunas se adalam alguns Sos pos, Enquantooutras S80 menores 00 matores? MEN. E asim. — $0. E hi também, no €, algo a que dis o nome de visio. — MEN. Hi, SO. A panic disso to entio, "atende 20 que igo”, diz Phar. A cor € pos una emanago de figu- fas de dimenso proporionada visto e prepa MEN. Parece-me, SSeates, tres dado, com esta, uma exce: lente esposta SO. E que talvex tena sido dada da mancira que te é hai le 20 mesmo tempo, ero, pecebes qu serias caper de, a par tr del, dizer tarbém o qu € oso, bem como o odor ems ‘outs dete as coisas dese io. MEN. Decididamente 50. € que € wigica? Méaon ess esposta, de modo gue te agrada mais do que aguea sobre figura MEN. B,agradasme mais. SO. Maino é metho, iho de Aleidemo, mas outa sim é melhor, como estou persuadide. Eereio que tampouco # t

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