A cena inicia-se com o ator saindo da gruta do Cclope representada por
uma porta de onde o ator sai e nela colado uma imagem representativa do mapa do Brasil. O personagem por vrios momentos no texto dialoga com quem est do lado de fora da gruta do Cclope dizendo das coisas que viu e seu plano para matar ele. Perante tanta indignao da classe artstica com a forma que esto sendo guiados os debates sobre as principais figuras polticas do nosso pas, acredito ser simblico o caminho que trao para a cena trazendo os smbolos da nossa luta atual e transpondo o tema da luta de Ulisses e seus marinheiros na afronta ao Cclope. Pretendo utilizar o lado externo da sala Corpo no prdio 2 da Universidade Anhembi Morumbi. E para o figurino e objetos de cena, smbolos que tragam essa realidade das manifestaes e quem est sendo realmente prejudicado nessa histria toda. O Cclope tem sua natureza ignorante e aproveitadora das situaes como bem lhe convm. Quer saciar sua fome, quer saciar seu prazer em beber a custas dos humanos que lhe apareceram. Para dar fim de vez ao Cclope, Ulisses pretende o cegar. E ainda alega que ele j no enxerga muito bem. Ser bem feito! Aps explanar a forma com que ir ceg-lo e mat-lo, utilizando da fora e ajuda dos que esto fora da gruta. Ele se preparar e entrar de volta gruta. Convidando todos ns a entrarmos nessa luta poltica e social que nos deparamos nos dias atuais. Afinal, o simples ato de acordar um ato poltico.
So Paulo, 28 de abril de 2016
Lucas Cavalcante de Almeida
Ator, Pesquisador do Ser e Estudante Ateli de Corpo e Voz orientado por Marcelo Braga. RA: 20732500.