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tomando tudo o seu corpo, ela sim, incorpora tudo!

E, no
outono, que os frutos amadurecidos, so ofertas e ddivas.
"Eu preciso diminuir" sem me tomar pequeno e mesquinho
moralmente, e devo tentar trazer para dentro de mim o que
nos rodeia espiritualmente. Isto, com toda a modstia
possvel, trazendo a imensa riqueza celestial, para ser
incorporada corretamente, em minha forma humana.
Ns no podemos ter perdido tudo, o qu, quando crianas
trouxemos de imenso e maravilhoso, em foras celestiais para
a terra ! Ns no perdemos essa riqueza ao nos tomarmos
adultos! S no sabemos o que fazer com ela e por isso ela
fica escondida bem no fundo, nos recnditos mais profundos,
em carne, ossos e sangue. Mas, podemos traz-Ia tona,
podemos trabalh-Ia e descobrir novamente esta magia da
riqueza espiritual celeste. Ento: de noite, quando
dormimos, que nos tomamos maiores que nosso corpo fsico,
e quando acordamos voltamos aos limites deste corpo; porm
trazemos conosco o que nos foi presenteado pelos cus
noturnos, s que no sabemos mais aproveitar logo no dia
seguinte o que de l trouxemos.
O ser humano pequeno pode dizer: "No eu, mas o Cristo
em mim." E quando Joo Batista diz: "Ele deve crescer"
ns entendemos que devemos diminuir para que o Cristo
em ns possa crescer e com ele tambm o nosso Eu superior.
Esta a viso que devemos ter da poca de So Joo: que
novamente surja uma grandeza no ser humano. No aquela
grandeza atvica, mas aquela grandeza que pode surgir como
uma chama que aquece e purifica o nosso interior. O contrrio
dela seria o transe ou xtase que exterioriza o ser humano,
deixando-o fora de si.
No necessrio esperarmos esta poca de So Joo para
tentarmos acender e atiar este fogo interior. Atravs dessa
interiorizao, podemos novamente ter inspiraes: deixando
para trs tudo o que foi como transe (o que antigamente se
considerava como enriquecedor da alma) tudo o que foi
herdado; "eu devo diminuir" (ficar pequeno, colocar dentro de

mim, absorver) para poder ser um ser humano desperto. Nossa


alma deve estar sempre de prontido para podermos nos
interiorizar, deixar de procurar no exterior riquezas, distraes
e passatempos.

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Fonte: A Grandeza das Festas Anuais , de Emil Bock.


Traduzido e adaptado por Martha M. Walzberg.
(Texto originalmente publicado no boletim):
Ns, da Escola Rudolf Steiner de So Paulo.)

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