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João Maria Funzi Chimpolo

Doutorando em ciências técnicas


Professor Universitário e Consultor de Empresas
Mestre em Direcção e Administração de empresas (Cuba – 2003)
Engenheiro em licenciaturas da gestão de empresas (Cuba - 2000 )
Coordenador dos caursos Económicos na Universidade de Belas Angola 2007 -
2009
Director de empresa (2005 - Angola)

Modelo de Formulação de estratégias de comercialização de produtos


de lenta rotação.

Resumo
O presente trabalho monográfico tem como objectivo geral, desenhar um modelo de
formulação de estratégias para a comercialização de produtos de lenta rotação na
Nova sotécma para os próximos dois anos de 2008-2010. Para efeito foi efectuado um
estudo de caso de dois produtos de lentos movimentos na empresa.

Anteriormente já foi exposto que esta investigação se aponta em descobrir as causas


que originam os altos inventários destes produtos.

A estrutura desta monografia, está composta inicialmente por uma introdução na qual
apresentamos o tema, a justificação, os objectivos da pesquisa, a importância do
tema. Em seguida vem o corpo do trabalho que está formado por três capítulos.

Toda a empresa comercializada que espera alcançar êxitos deve conjugar muito bem
as acções de planificação, organização, liderança e controlo, unindo a excelente acção
dos 4ps tradicionais de marketing (produto, preço, promoção, distribuição). Tem que
formar o seu pessoal, conhecer as habilidades de seus trabalhadores em contacto
com os clientes, e o trabalho que realiza, competência para fixar os preços, distribuir e
promocional o serviço.

Durante os últimos anos, propõe-se estratégias para elevar os resultados da entidade,


que pode contribuir para melhorar a eficiência em comercializar os produtos mais
lentos. Para tal é necessário que sigam os passos metodológicos da investigação
social.

Foram consultados abundantes bibliografias, combinaram-se


diferentes métodos e técnicas de investigação que permitiram
chegar a conclusões e oferecer recomendações para aperfeiçoar o
trabalho na Nova Sotécma.

Introdução

Presente trabalho tem como tema “Formulação de estratégias de comercialização de


produtos de lenta rotação”.

Problema científico

Tendo em conta o desejo da empresa obter baixos inventários a estes produtos, faz-se
necessário realizar o plano estratégico de marketing, sendo este a origem do nosso
problema científico:

Como devem ser comercializados os produtos de lenta rotação na Nova Sotécma?

Esta monografia tem como objectivo geral desenhar um modelo de formulação de


estratégias de comercialização para produtos de lenta rotação.

Como objectivos específicos podemos destacar os seguintes:

Identificar as estratégias na empresa.


Propor um modelo estratégico a empresa Nova Sotécma.

Justificativa do tema: é de carácter pessoal por um lado, e por outro pela aceitação do
orientador pela disponibilidade do tema ora escolhido.

A planificação do marketing é uma preocupação que está ocupando um espaço no


desempenho de muitas empresas em Angola. A necessidade de tornar mais competitivo
alguns produtos e aumentar consequentemente suas vendas tem levado pessoas
encarregadas da comercialização a buscar soluções de mercado que se adaptam a
realização de uma maneira eficiente, eficaz, e efectivo da meta de qualquer organização
com fins lucrativos.

A direcção estratégica como novo estilo de direcção empresarial que busca adequar a
gerência contemporânea a troca que se está produzindo e começando a introduzir-se e a
ser aplicado em outras organizações com resultados satisfatórios.

A importância e actualidade do tema: é importante porque com esse trabalho espera-


se despertar o interesse aos novos gestores em investigarem os problemas que possam
afectar a organização e produzir-se mais trabalhos neste domínio.

Hoje mais do que nunca, o gerente moderno deve estar dedicado a preparar sua empresa
para que possa aproveitar as oportunidades que proporciona mudança e também para
rebater as ameaças ou riscos que o mesmo implica.

CAPITULO I: Considerações teóricas metodológicas sobre o objecto

No presente capítulo se realiza uma análise histórica da evolução do Marketing e seu


planeamento estratégico no âmbito mundial, assim como a utilização que tiveram suas
ferramentas nas condições concretas de Angola, logo se faz um estudo das diferentes
definições encontradas na literatura sobre o Marketing, e os modelos de planeamento
estratégico de Marketing achados, tomando partido sobre o tratado.

1.1 Evolução histórica do Marketing e seu planeamento estratégico


Actualmente toda actividade empresarial suporta uma função ou actividade comercial
mais ou menos complexa, utilizando-se profundamente o termo Marketing em sua
linguagem quotidiana. Entretanto nas décadas anteriores não era assim, só o próprio
desenvolvimento da actividade empresarial é o que provocou a evolução no tempo da
concepção da função comercial, aperfeiçoando-os instrumentos para levá-lo o cabo.

Pode-se concluir que as etapas pelas que evoluiu a actividade de comercialização e seu
planeamento estratégico são:

1.1.1 Primeira Etapa - antes de 1930. Marketing passivo.

Nesta etapa ocorrem muitas mudanças nos países da Europa e nos Estados Unidos, entre
os que se encontram. Um importante incremento da população como resultado da
melhoria das condições de vida, a emigração para as cidades, a diminuição da taxa de
mortalidade e se atenuam os efeitos das más colheitas pelas importações maciças de
mantimentos. A maior variedade das espécies cultiváveis, com o abandono de velhas
práticas de cultivo, incremento da superfície destinada ao aproveitamento agrícola e
mudanças substanciais na estrutura de propriedades.

1.1.2. Segunda Etapa - Desde 1930 a 1950.Marketing de Organização.

Como consequência do crescimento da capacidade produtiva e da extensão geográfica


dos mercados se produz um afastamento entre produtores e consumidores, e o
estrangulamento dos canais de distribuição, o que fez necessário o incremento da
comunicação entre a empresa e seus consumidores. Salvo durante a grande depressão
nos Estados Unidos, nesta se elevou o ingresso discricional e os consumidores
começaram a exigir uma maior diversidade de produtos.

A função comercial cobra maior importância, agora tem que organizar, administrar e
controlar a rede de distribuição, a força de vendas e a circulação de seus produtos,
incrementa-se a comunicação. Posto que fabricar um bem de melhor qualidade não
garante sua venda, durante esta fase aumenta a importância das actividades de vendas e
os esforços promocionais. Entretanto as decisões sobre o desenho do produto e a
fixação de preços competem ainda ao departamento de produção e finanças
respectivamente, esta etapa prepondera o enfoque vendas, segundo o qual o Marketing
tem como missão organizar a comercialização dos produtos, e está muito mais inclinado
a obter elevadas cifras de vendas que a satisfazer as necessidades do consumidor.
1.1.3 Terceira Etapa - Desde 1950 a 1970. Marketing Activo.

Uma vez concluída a Segunda guerra mundial se elevou de modo impressionante o


ingresso direccional, o que elevou de igual forma a demanda de produtos e serviços. A
sobre oferta conseguinte se encontra com problemas derivados de sua própria estrutura e
da demanda. A oferta deve satisfazer com produtos diferenciados, que respondam a suas
necessidades e desejos, aparece assim a segmentação de mercados. Por este motivo,
iniciam-se as pesquisas de mercado, que se convertem em uma necessidade . Apartir
deste momento a meta das empresas é satisfazer as necessidades e desejos do cliente e
obter além disso um volume rentável de vendas a nível de organização a mudança
importante se manifesta nas decisões sobre produtos que passam a ser responsabilidade
da função de Marketing, em estreita relação com o departamento de investigação e
desenvolvimento e a função de produção, assim como as decisões referentes à fixação
de preços, a promoção do produto, a direcção dos canais de distribuição etc.

1.1.4 Quarta Etapa - Desde 1970- Marketing Social.

Esta última etapa é o resultado, por uma parte das repercussões ecológicas e sociais de
um desenvolvimento unidimensional do consumo e de outra, de uma modificação da
estrutura da oferta a nível internacional, neste caso o Marketing deve evoluir para uma
nova alternativa, procurando um equilíbrio entre a demanda máxima e a desejável, o
que pode valorizar-se através da tira de consciência social dos excessos de um certo
marketing de manipulação, que consistiu em exercer influência sobre a demanda e as
necessidades . A preocupação que deve presidir a política de Marketing é a busca de um
equilíbrio entre os objectivos da empresa e os da sociedade, valorizando as repercussões
sócio-ecológicas e socioculturais de sua actividade económica.

1.2. Fundamentação teórica

O percurso histórico realizado onde se aprecia o como e o porquê se passou de uma


concepção restringida do Marketing a uma concepção moderna, onde se vê o Marketing
como uma actividade essencial da empresa, fundamentada em bases científicas e com
um amplo conteúdo e áreas de actuação, está-se em condições de abordar o marco
teórico sobre este objecto.

Quando se fala de Marketing, a primeira reacção em geral é exigir uma definição, a que
frequentemente se realça por muito ou insuficientemente precisa. Muitos situam o
nascimento do Marketing moderno na década do 50, quando o Presidente da General
Electric declarou que a actividade empresarial deveria organizar-se em torno do cliente.

Outros consideram que as origens do Marketing datam da antiguidade. Existem assim


muitas definições do termo Marketing, das quais algumas delas, as que se consideram
mais importantes, serão expostas neste trabalho. Segundo o professor Luís Sanz [1] as
definições do Marketing sempre estiveram unidas ao conceito que se teve do mesmo, já
seja limitada aos intercâmbios estreitamente empresariais, às relações de intercâmbio
sem especificar sua natureza económica, ao aspecto social e aos fins que se perseguem

J. Lambin [2] define o Marketing como um processo social, orientado para a


satisfação das necessidades e desejos de indivíduos e organizações, para a criação e o
intercâmbio voluntário e competitivo de produtos e serviços geradores de utilidades.
Nesta definição o autor reflecte três conceitos chaves: necessidade, produto e o
intercâmbio, pondo em jogo as motivações e comportamento do comprador, os modos
de acção dos produtos, o mercado e os mecanismos de equilíbrio entre a demanda e a
oferta.

É necessário referir-se ao conceito do P. Drucker [3] que estabelece que o Marketing


tem dois significados possíveis e diferentes: como uma concepção e como função da
empresa. Este enfoque faz referência ao aspecto mais generalizado do Marketing; que é
considerá-lo como uma concepção e contemplação da empresa da relação com as
necessidades e desejos dos consumidores; quer dizer que se enforca exclusivamente
para o serviço dos consumidores.

Depois de assumir um conceito de marketing se está em condições de fazer referência à


primeira fase do processo de direcção comercial, a formulação de estratégias
comerciais. Em marketing como em qualquer outra actividade gerêncial, toda acção que
se executa sem o devido planeamento supõe em si riscos muito altos, que vão do
fracasso dos produtos até o desperdício de recursos e esforços. O marketing efectivo
recebe um grande impulso de um plano de marketing bem pensado e desenhado,
facilitando a conjunção de todas as actividades em uma forma integrada, o que facilita a
geração de um futuro positivo.

Quem somos? Por que existimos? Como a sua empresa alcançou situação actual? Por
que produz esses serviços em concreto? Por que se localizou aí? Por que cobre só certas
partes do mercado? Para onde vamos? Como é que tem este grupo de directores em
particular? Porque se organizou desta maneira específica? Todas estas perguntas se
referem a aspectos diferentes, mas interrelacionados de sua empresa e todos esses
aspectos se unem e influenciam na eficácia para alcançar seus objectivos.

Enrique Bigné [4] assinala que o planeamento de marketing é um processo integrado


por várias fases, que se traduz na elaboração de planos para um horizonte temporário.

Heath e Wall [5], expõem como etapas essenciais as seguintes:

Análise do entorno e os recursos

Formulação de objectivos estratégicos

Estabelecimento de linhas operativas de marketing

Deve destacar-se que o planeamento comercial é um processo, que exige dos directores
a aplicação da metodologia adequada que lhe permita analisar sistematicamente a
relação de sua organização com o entorno e a reflexão sobre os resultados que se podem
esperar da aplicação alternativa de diferentes meios de acção, adequadamente
combinados ao efeito.

Luís Anjo Sanz da Fatia [6] assinala que o planeamento comercial tem por objecto pôr
a disposição dos dirigentes, no momento oportuno e pelo procedimento mais
económico, os meios de acção comercial que sejam necessários para sua implantação
em um ou vários negociados, lhe assegurando uma independência permanente e uma
liberdade de acção no terreno comerciais resultado do processo de planeamento é o
plano de marketing cuja confecção, segundo o autor deverá percorrer os passos
seguintes:

Análise da situação

Descobrimento de oportunidades e problemas


Formulação de objectivos comerciais

Elaboração de estratégias

Controle permanente dos resultados

Este autor faz referência à importância do primeiro passo que expõe em seu modelo,
mas não separa nesta análise a situação externa da interna e só valoriza a necessidade de
descobrir as oportunidades e problemas, sem considerar os pontos fortes. Tão-pouco se
refere à importância de que se parta do contexto estratégico da empresa para que os
objectivos e estratégias da área comercial estejam em plena correspondência com ele.
No folheto de Plano de Marketing da Escola Superior de Estudos de Marketing [7]
reflectem-se como conceitos do planeamento comercial, os seguintes: O planeamento de
marketing é o processo mediante o qual as empresas atribuem seus recursos aos
objectivos e oportunidades de marketing.

Neste documento se prevêem como etapas para a elaboração seguintes:

Análise da situação

Prognóstico

Objectivo

Estratégias

Táctica

Controle

Feedback

Este autor aprofunda no primeiro passado do processo, separando os dados internos


dos externos e enfatiza na necessidade de valorizar aqueles que sejam relevantes para a
organização e recomenda algumas técnicas para sua realização.

Gary Jones (8) propõe um modelo que parte da análise dos objectivos chave da
organização, para logo realizar uma auditoria de Marketing e assim continua com a
avaliação das estratégias de marketing e sua selecção e a seguir é que se determinam os
objectivos específicos da área.

Por outro lado se compartilha o critério do autor da necessidade de que se desenhe um


sistema de controlo que permita medir avaliar ou revisar como se vai comportar o
cumprimento do plano (ver apêndice 4).

Existem diferentes versões do conteúdo e etapas para a formação de um plano de


marketing. (Ver apêndices nº1,2,3), entretanto se apresentam alguns aspectos básicos
que de uma ou outra maneira aparecem em todas as versões, o que conduziu ao
estabelecimento de uma metodologia de trabalho, que aceita a incorporação de quão
variáveis sejam apropriadas à empresa.

1.3 – A administração de inventários e Produtos de lenta rotação

A administração de inventários é uma responsabilidade chave de operações devido a


afecta seriamente os requerimentos de capital, os custos e serviço ao cliente. Este
epígrafe proporciona um panorama geral de administração de inventários junto com
métodos específicos para o manejo dos inventários com demanda independente.

O inventário é uma reserva de materiais utilizados para facilitar a produção ou para


satisfazer as demandas dos clientes. Este incluem matéria-prima, trabalho ou produto
em processo e produto terminado. Louva problemas de decisão na administração de
inventários incluem que levar, quanto ordenar, e quando ordenar e que tipo de sistema
de controlo utilizar.

Uma regra de decisão especifica quanto e quando ordenar no cálculo das regras de
decisão, existe 4 tipos de custos de inventários que se devem considerar: Custo do
artigo, Custo de ordem (ou colocação), Custo de sustento (ou conservação) e Custo de
existência. Os custos relevantes por incluir são aquelas que variam com a tira de
decisões.

A administração dos inventários tem fortes impactos em todas as áreas do negócio,


particularmente na produção do marketing e finanças.

Existem entretanto objectivos de inventários diferentes dentro da empresa, a função


financeira geralmente prefere manter os inventários em um nível baixo, para conservar
o capital, o marketing se inclina por ter níveis altos de inventários para reforçar as
vendas, entre tanto a parte operativa deseja inventários adequados para uma produção
eficiente e níveis de emprego homogéneo.

Um inventário é uma quantidade armazenada de materiais que se utilizam para facilitar


a produção ou para satisfazer a demanda do consumidor.

Onde armazenar os artigos? Uma vez que se toma a decisão de acrescentar um produto
ao inventário cobra soma importância determinar em que instalações da companhia se
deve dirigir.

Quando uma nova linha de produtos apresenta um êxito garantido é indispensável que
antes de colocar a primeira ordem de compra para abastecer-se, o departamento de
vendas se tome todo o tempo que seja necessário para solicitar a opinião de seus
vendedores de baixo os que têm percepção melhor do potencial de venda dos produtos.

Artigos de lento movimento

Os artigos de lento movimento, são aqueles artigos que já levam tempo armazenados,
apresentam outro tipo de riscos potenciais. Suponhamos que classifica seus inventários
por volume de vendas em cada uma de suas instalações, e recentemente se precaveu de
que as vendas totais diminuíram e aumentou o inventário. Embora não sejam tão boas.
Talvez não ter esse artigo em nenhum armazém lhe criaria mas problema que ter uma
quantidade para servir os pedidos esporádicos quando chegam. As vendas indicam que
outros produtos associados têm grande movimento e se vendem logo, em parte porque
os clientes sabem que podem conseguir esse artigo com você quando o necessitarem.
Então é preferível seguir dirigindo este produto, embora nunca será uma estrela. Mas
onde lhe convém armazená-lo.

Sugestão:

Ponha toda a mercadoria em um só lugar, num armazém central, possivelmente a filial


onde mas se vende. Se antes tinhas dois, cinco, sete ou mais artigos iguais repartidos em
todas suas filiais, agora os terá todos em um mesmo lugar. Desse lugar são embarcados
directamente ao cliente que a peça, o resultado será uma espectacular redução em seu
médio total de investimento em inventários

O impacto do serviço: Seus clientes já não poderão levar-se imediatamente o produto


que estão procurando; mas recorde que não estamos falando de “ leite e pão” se trata
mas bem de produtos terminados. Essa é precisamente a maneira em que seus clientes
reagissem quando não puderem lhes entregar da prateleira um artigo de lento
movimento; mas poderá fazê-lo em um ou dois dias. Se esgotarem os artigos tipo pão e
leite, melhor dedique-se a outra coisa. Não é imperioso ter grandes stocks de produtos
de lento movimento, especialmente se pode entregá-los a seus clientes em um curto
prazo.

Os vendedores não esperam os aplausos: É obvio que a maioria dos vendedores não
aceitam esta ideia. Eles acreditam que cada um dos negócios deve ter seu inventário um
número ilimitado de cada produto de cada fabricante do sistema solar. Se pode entender
sua atitude por insensata que seja.

Quando um cliente ordena algo, a tarefa do vendedor é muito mas fácil se tiver este
produto em prateleira em grandes quantidades; só consiste em tomar o pedido. Mas se
não o tem, terá que “trabalhar” para dar o serviço.
CAPITULO II. Desenho do modelo para a formulação de estratégias de
comercialização.

No presente capitulo se analisam os passos, métodos, ferramentas, procedimentos e


técnicas que se utilizam para desenvolver a investigação, e que são necessários para dar
cumprimento às tarefas científicas e dar resposta ao problema que deu origem a esta
investigação e a hipótese.

As principais tarefas são: a revisão bibliografia, a proposta de um modelo para


elaboração do plano estratégico para a empresa Nova Sotécma.

Problema científico

Tendo em conta o desejo da empresa obter baixos inventários a estes produtos, faz-se
necessário realizar o plano estratégico de marketing, sendo este a origem do nosso
problema científico:

Como devem ser comercializados os produtos de lenta rotação na Nova Sotécma?

Se é evidente em nossos dias, que para obter melhores resultados na comercialização,


devemos contar com produtos de qualidade, as empresas devem ter conhecimento sobre
as características do mercado, a competência entre outros factores de entorno, e suas
forças para fazer frente a demanda existente, que convém a melhorar seu desempenho.
Para isto é necessário que se realize uma adequada planificação estratégica, que se
baseia na utilização de técnicas modernas, sempre considerando as características
concretas para a sua aplicação.

Assim as organizações encontram-se com a necessidade de trocar (aplicar seus métodos


de gestão assim como a sua filosofia), tendo em conta que o centro das atenções das
empresas são os clientes, com suas necessidades e desejos, o que requer aplicação de
técnicas modernas de direcção empresarial, adequadas a novas condições e baseadas em
melhores e mais avançadas práticas contemporânea.
Tendo em conta o problema, os objectivos, e a questão de investigação formulou-se
como hipótese do trabalho o seguinte: O desenho de estratégias orienta os esforços de
marketing até a comercialização de produtos de lenta rotação.

Uma vez citados os elementos básicos para a investigação, foram colocadas algumas
questões de investigação que são:

Quais as principais concepções teóricas sobre o marketing?

Quais os principais procedimentos que existem na actualidade com base na formulação


de estratégias de comercialização?

Como desenhar estratégias de comercialização para os produtos de lenta rotação que


permitam obter maiores e melhores resultados?

Para dar resposta a estas questões planeadas, utilizou-se diferentes métodos de


investigação, combinando os métodos teóricos e empíricos, análise e síntese, dedução
indução.

Variáveis:

Variável dependente: baixos inventários


Variável independente: plano estratégico de marketing

A implementação do plano estratégico levará ao aumento do volume de venda, e a


obtenção de baixos inventários na empresa Nova Sotécma.
Na segunda parte do capítulo se descreve e explica o modelo proposto.

2.1 Metodologia da investigação

O trabalho teve como primeira tarefa a definição do problema científico, a partir da


situação do problema existente na Nova Sotécma tendo em conta que a identificação
deste permitiu determinar os objectivos da investigação e dar mais clareza a definição
do plano de investigação.

O estudo começou com uma investigação exploratória sobre a gestão comercial na


empresa Nova Sotécma em Luanda, com o objectivo de recolher maior quantidade de
informação possível para a definição do problema.

Neste sentido se estudaram os documentos vigentes na organização, realizou-se uma


observação na organização que durou várias semanas para aprofundar como se leva a
cabo o processo de comercialização, analisar os procedimentos existentes na empresa
para a gestão e controlo de inventários, podendo-se detectar com o método aplicado os 2
produtos de lenta rotação que maior incidência têm no crescimento dos inventários.

A empresa dispõe com uma força trabalhista de um total de 15 pessoas, dos quais :

5 são de nacionalidade Angolana e 10 de nacionalidade Portuguesa.

12 Homens e 3 Mulheres
2 dirigentes; 6 adminstractivos e 7 trabalhadores de base( loja).

Assim, aplicou-se um questionário aos trabalhadores e dirigentes,com o objectivo de


conhecer a empresa, seu posicionamento no mercado,modo de trabalhar, expectativas e
motivações dos mesmos (ver Anexo 4). Os resultados mostraram que dos 100% dos
trabalhadores pesquisados sendo 83,3% homens e 16,7% mulheres, sentem-se
satisfeitos e acreditam que a empresa pode melhorar muito com os pontos fortes que a
mesma possui (ver anexo 4A); e 75% dos trabalhadores portugueses dizem que apesar
de não estarem a trabalhar num pais que não seje deles não apresentam grandes
dificuldades, pois estando em Angola é como se tivesse em casa.

Tendo em conta a categoria, a pesquisa demonstra que dos 100% entrevistados , 40%
dos trabalhadores sendo estes administradores tem um nivel de conhecimento muito alto
com relação a missão , visão, objectivos e estratégias da empresa e 50% dos
trabalhadores não conhecem a missão, visão e desconhecem de alguma estratégias da
organização.

Evolução das Vendas

6
Vendas
4

0
2006 2007 1º St 2008
Motosoldador 2 6 1
Compressor de parafuso 4 7 1
Anos

Gráfico1- demonstra a relação das vendas da empresa destes dois produtos, desde o
ano 2006 até ao primeiro semestres de 2008 .

Como se observa no gráfico1, as vendas do ano 2006 foram muito baixas, mais em
2007 a relação do indicador vendas/ inventários foi positva. Portanto quando se analisa
o primeiro semestre de 2008 se aprecia que esta relação se inverte, pois diminuem as
vendas em comparação com o periodo do ano anterior aumentando o inventário de
forma substancial existindo assim produtos de lenta rotação nos armazéns destes.

Por último se aplica o modelo a Nova Sotécma, chegou-se até traçado estratégias de
comercialização e o plano de acção. Isto requer o uso dos métodos empíricos, com
ferramentas tais como entrevistas, pesquisa e a observação, assim como as outras
técnicas próprias da direcção.

Deve destacar-se que embora o objectivo da investigação é: desenhar um modelo para a


formulação de estratégias de comercialização para os produtos de lenta rotação
mencionados, foi necessário começar com a elaboração do plano estratégico da
entidade, devido a que como já se destacou, na empresa não havia nenhum trabalho
deste sentido.

2.2 Modelo Teórico Proposto para a Formulação de Estratégias de


Comercialização para Produtos de lenta Rotação.

As condições concretas e as características actuais do meio em que se esta movendo a


economia Angolana têm feito necessárias a utilização de muitas e variadas técnicas que
lhe permitam obter vantagens competitivas. O marketing foi adquirindo maior
importância em nossas empresas.

A gestão estratégica de comercialização é um processo que permite às empresas ser


pró-activas em vez de reactiva na formulação de seu futuro, isto pode-se descrever
como um enfoque objectivo e sistemático para a tomada de decisões, composto por três
etapas fundamentais: Formulação, Implantação e Controle de estratégias.

Partindo disto e tendo em conta as condições concretas do país propõe-se o modelo para
a formulação de estratégias de comercialização para produtos de lenta rotação que
pretende dotar aos mercadólogos de um instrumento de fácil compressão e utilização
que permita à organização aperfeiçoar seu processo de comercialização tendo em conta
que satisfazer as necessidades do cliente é sua razão de ser. (Ver Anexo 1)

Para sua compreensão e possível aplicação, a fase de formulação de estratégias de


comercialização se recortou em quatro etapas e se expõem em cada uma delas as
considerações fundamentais sobre sua utilidade, as interrogações que deverão
responder-se, as ferramentas e técnicas para o recolhimento e processamento da
informação, assim como as principais fontes para as obter.

O modelo completo consta de 6 (Seis) Etapas que abrangem todo o processo de


formulação e implantação e controle de estratégias, entretanto no trabalho só se
analisara o processo de formulação de estratégias por constituir este o campo de acção
da investigação (Ver Anexo2).
Primeira Etapa – Análise do contexto estratégico.

Para compreender melhor o papel que devem jogar as estratégias de comercialização


dentro da organização se faz necessário uma análise da missão e os objectivos da
empresa, por esta razão é que o modelo propõe como primeira etapa o estudo do
contexto estratégico no qual deve inserir o plano de marketing, o que permitirá conhecer
se realmente os objectivos e estratégias de comercialização se correspondem e
asseguram o cumprimento dos objectivos da organização. Os passos subsequentes para
a formulação das estratégias comerciais se devem concentrar no lucro do objectivo
supremo da organização.

Missão: difere da visão em que é mais completa, é a razão de ser da entidade, para que
existe, o que se propõe ser, é o ponto de partida de qualquer estratégia, proporciona a
orientação estratégica geral da empresa, pressiona e integra a toda a organização. Em
outras palavras, em sua declaração deve ser um documento visível que possa permitir a
todos enfocar seus esforços de uma maneira que sustente o propósito geral de sua
empresa.

No interno a declaração da missão da empresa proporcionará uma força que possa


permitir a todos enfocar seus esforços de uma maneira que sustente o propósito geral de
sua empresa.

No externo a declaração da missão da empresa proporcionará uma comunicação a


grupos de clientes, fornecedores e comunidade financeira, assim como a seu conselho
de administração, etc.

Não cabe dúvida que uma declaração de missão bem formulada é um componente muito
valioso para a boa administração estratégica de uma empresa. Não deve ser trocada, a
menos que já não outorgue a guia transparente que se necessita para o futuro.

A visão deve gerar movimentos organizados e está em mãos dos líderes “...pintar a
visão e ser os arquitectos da viagem”. Os líderes articulam a visão, integram as pessoas
e comunicam a visão.

A visão estratégica é uma representação de como se acredita que deve ser o futuro da
empresa antes os olhos de seus clientes, trabalhadores, fornecedores, etc. Ela é uma
consequência dos valores e convicções da equipe de direcção.
Nas palavras do PETER DRUCKER a visão “é nossa mais profunda expressão do que
queremos...é um sonho criado em nossas horas de insónia de como nós gostaríamos que
fosse a nossa vida”. Ela tem como principais qualidades; ser breve, preferivelmente uma
oração; facíl de captar e recordar; e futurista pois descreve um futuro realista, mas
criativo isto é algo que é melhor do que agora.

Uma vez definida a visão, missão e os objectivos da organização se analisa então, que
papel deve jogar o marketing em seu cumprimento, quer dizer é objectivo desta primeira
etapa entender como os objectivos e estratégias de marketing devem ser formuladas
para que suportem ao lucro da missão da organização, tendo em conta que as estratégias
de comercialização não podem formular-se até que estes elementos não se definam, já
que o propósito básico de analisar o plano estratégico é proporcionar um marco de
referência integral para implantar a estratégia, a fim de obter os objectivos específicos
da área comercial e a correspondência destes com os da organização.

2- Etapa. Diagnóstico de Marketing

A segunda etapa prevê a análise da actividade de marketing, ou o que se conhece com o


nome de diagnóstico de marketing. Antes de proceder a realizar, o diagnóstico de
marketing se deverá proceder à determinação dos produtos de lenta rotação já que a
análise se desenvolve posteriormente a cada um por separado.

Os produtos de lenta rotação considerados:

Moto soldadores

Compressores de parafusos

A determinação dos produtos de lenta rotação se realiza através de um Sistema


Informativo de direcção por computador SIPC. Este é um software que se utiliza para
controlar os produtos existentes nos armazéns e permite calcular o tempo que medeia
entre a recepção de um produto e sua venda, por isso facilita conhecer como rodam os
produtos existentes no armazém Partindo disto é importante realçar que estes produtos
são assim considerados pela empresa quando levam 6 a 8 meses para serem
comercializados.

Causas da existencias destes produtos:


Os produtos substitutos

Os preços

A falta de divulgação destes produtos

A carência de empresas de grande dimensão

A falta de estudo de mercado; para saber onde a falta destes produtos

A concorrência.

Análise Comparativa

EMPRESAS PRODUTOS QUANTIDADES PREÇO

Compresssor de
parafuso 1 13000USD

NOVA SOTÉCMA
1
Motosoldador 33000USD

Compressor de 1 7000USD
parafuso

CIMEX
1 32000USD
Motosoldador

Tabela 1- Demonstra a comparação das vendas destes dois produtos em duas


empresas, em termos de preço( Usd) e quantidades.

A tabela- 1, permite fazer uma análise comparativa destes dois produtos em duas
empresas respectivamente Cimex, e a Nova Sotécma com o mesmo objecto social, em
termos de preços e quantidades.

Assim podemos ver que os preços dos produtos Motosoldador e compressor de


parafuso da empresa Cimex são mais baixos em relação aos preços da Nova Sotécma;
isto é um Compressor na Nova sotécma custa 13000 USD e um Motosoldador custa
33000 USD; enquanto que na Cimex um Compressor é comercializado por 7000USD e
um Motosoldador custa va 32000USD. Contudo, podemos concluir que um dos
principais factores que influenciam na baixa de vendas destes produtos são os preços.

Tendo em conta que para que esta etapa se desenvolva com êxito se precisa entender
não só o entorno onde se move a organização e do produto em particular, mas sim além
disso as possibilidades que esta tem internamente para dar cumprimento a sua missão,
esta etapa além disso consta dos passos seguintes:

O primeiro passo esta dirigido a procurar quais são os factores que existem no entorno
que podem constituir uma oportunidade ou uma ameaça para a gestão de marketing em
particular. Quer dizer, trata-se de fazer uma análise tanto do micro entorno como do
macro entorno empresarial.

Para isso se propõe realizar uma análise da competência, o mercado, os fornecedores,


assim como de factores demográfica, legal, económica, político, entre outros, que
incidem na gestão de marketing. Estes factores não são controláveis pelas empresas e
instituições do sector, mas requerem um conhecimento detalhado para determinar quais
se constituem em oportunidades e quais em ameaças.

Em termos gerais a empresa tem que estar ao dia nas forças chaves do macro entorno
demográfico, económico, tecnologia, políticas, legais e socioculturais, que afectam a
seu negócio ou produto deve saber também quem são os autores mais significativos do
micro entorno (clientes, competidores, canais de distribuição, fornecedores que afectam
a sua capacidade de conseguir benefícios no mercado.

Oportunidades: um dos principais objectivos de estar ao dia na valorização do


entorno é descobrir novas oportunidades, definimos uma oportunidade de
Marketing para a empresa da maneira seguinte:
Uma oportunidade de Marketing para a empresa é um mercado específico no que a
companhia poderia desenvolver acções de Marketing desfrutando de vantagens
competitivas.

Ameaças: Algumas das mudanças em torno da empresa podem representar


ameaças. Definimos uma ameaça do entorno da forma seguinte:
Uma ameaça do entorno é uma provocação procedente de uma tendência ou
desenvolvimento desfavorável do entorno que conduziria em ausência das acções de
Marketing adequadas, a uma perdida de posição da empresa no mercado.

Resumindo as ameaças e oportunidades com as que se enfrenta uma empresa se fará


uma classificação das mesmas em quatro grupos, uma empresa ideal é aquela que
apresenta grandes oportunidades e pequenas ameaças, uma empresa especulativo é
aquela que tem tantas oportunidades como ameaças. Uma empresa amadurecida é
aquela com ameaças e oportunidades pequenas; finalmente uma empresa problemática é
aquela que desceem oportunidades e alta em ameaças.

Nesta secção do plano se apresentam os dados mais relevantes sobre o mercado,


produto, competência, distribuição, e micro entorno.

Situação do mercado: Aqui se apresentam dados do público objectivo sobre o


tamanho e crescimento do mercado (em unidades e/ou valor monetário); para os
últimos anos e para os distintos segmentos, assim como sobre as necessidades,
percepções e tendências no comportamento do mercado.

Situação do produto: Aqui se apresentam dados sobre as vendas, preços,


margens de contribuição e benefícios líquidos por cada produto da linha,
durante os últimos anos.

Situação competitiva: identificam-se os principais competidores e se


descrevem em términos de tamanho, objectivos, quota de mercado, qualidade
do produto, estratégias de marketing, e outras características que sejam
apropriadas para compreender suas intenções e comportamentos.

Pode-se o modelo das cinco forças de M.PORTER para obter informação da


competência na indústria da empresa. A lógica deste modelo é que o aspecto do
produto, ou se este implica muita ou pouca tecnologia, não determina a rentabilidade da
indústria, a não ser a estrutura da indústria é a que lhe determine modelo.

Rivalidade competitiva.
A rivalidade está acostumada ser intensa quando se apresentam algumas das condições
seguintes:

◊ Quando a demanda do produto cresce lentamente.

◊ Quando os produtos e serviços dos competidores são tão parecidos que a mudança de
uma marca não lhe custa nada aos clientes.

◊ Quando é mais caro sair-se de um negócio do que permanecer nele e competir.

Ameaça de participantes novos

Por onde a ameaça de participantes novos impõe um batente à rentabilidade de uma


indústria. As barreiras mais comuns contra a participação são:

◊ As economias de escala. Trata-se de vantagens nos custos, que se derivam das


operações a grande escala.

◊ As desvantagens nos custos, independentemente do tamanho. Por exemplo, estas se


podem dever a que se tem acesso a mão-de-obra ou matérias-primas mais trocas.

◊ O acesso a canais de distribuição. Se alguém não tiver capacidade para chegar ao


cliente com a mesma eficácia que as empresas estabelecidas, então seus produtos ou
serviços não se venderão.

◊ Medidas e políticas do governo: leis, barreiras tarifárias e não tarifárias, etc.

Ameaças de produtos substitutos

Um substituto se entenderá como algo que satisfaz as mesmas necessidades que o


produto que se produz na empresa.

A competência dos substitutos se vê afectada pela facilidade com a que os compradores


podem optar pelo substituto. Os custos da mudança para o comprador revistam ser uma
consideração fundamental (os custos que enfrenta o comprador quando troca de um
produto a outro substituto).

Poder dos compradores


Os compradores poderosos podem mal negociar utilidades potenciais das empresas na
indústria. Podem fazer que algumas empresas ofereçam preços mais baixos que outras,
com o objectivo de conseguir o negócio desse comprador e podem usar seu poder para
tirar outros benefícios das empresas, por exemplo, melhor qualidade, crédito, etc.

Os compradores são capitalistas nas situações seguintes;

◊ Quando não há muitos clientes e estes compram grandes quantidades.

◊ Quando as compras realizadas pelos clientes representam uma percentagem


importante do total de vendas da indústria vendedora.

◊ Quando a indústria vendedora abrange grande quantidade de pequenos vendedores.

◊ Quando o artigo comprado não é um insumo importante.

◊ Quando os clientes podem, sem detrimento de sua economia, comprar o insumo a


vários fornecedores e não só a um.

Poder dos fornecedores


Com uma tónica similar as dos compradores, os fornecedores de recursos vitais para a
indústria podem impor preços elevados, reduzindo assim as utilidades por causa da
elevação de custos dos insumos. Estes fornecedores incluem os fornecedores de
matérias-primas, energia, mão-de-obra especializada, componentes, etc.

Os fornecedores são capitalistas quando:

◊ De algum jeito o insumo é importante para o comprador.

◊ A indústria fornecedora está dominada por uns quantos produtores grandes, que
gozam de posições razoavelmente seguras no mercado e que não estão acusados pela
competência intensa do mercado.

◊ Os respectivos produtos dos fornecedores são únicos, na medida que os compradores


têm dificuldade ou é custoso trocar de um fornecedor a outro.

Ao analisar o segundo passo desta etapa recomenda fazer uma análise interna da
organização que lhe permita definir quais são suas forças e fraquezas. Quer dizer, neste
passo é importante ter em conta factores tais como a qualidade de produto, estratégias
da mescla de marketing, posicionamento, pessoal com que conta, recursos materiais e
financeiros efectividade dos estímulos de comunicação, etc.

Neste caso pode ser muito útil o uso das ferramentas, como por exemplo a Matriz de
Avaliação de Factores Externos e Internos “Matriz DAFO”, a Matriz do Perfil
Competitivo, matriz de Avaliação de carteiras de produtos , assim como a utilização de
informação secundária que se encontre na organização , entre elas o histórico de vendas
das empresas , estudos de preços , segmentação de comportamento do mercado , os
relatórios económicos , os resultados do sistema de pesquisa que possuem as entidades ,
os estudos de posicionamento e imagem , os programas investidores que se têm
planeado, e qualquer outra informação que proporcione dados relevantes neste sentido .

O enfoque da General Eléctrico. (GE)

Este modelo qualifica cada negócio ou produto em duas grandes dimensões: atractivo
do mercado e posição competitiva. Estes dois factores têm um grande sentido comercial
para valorizar um negócio ou produto; o êxito das empresas varia na medida que se
situem em mercados atractivos e possuam as vantagens competitivas para conseguir
rentabilidade. Se falha uma de ambas as condições, o negócio não produzirá resultados
tão benéficos; Não o obterá nem a empresa forte que opere em um mercado pouco
atractivo, nem a fraca que opere em um atractivo.

O problema então é medir estas duas dimensões para fazê-lo, os peritos em planeamento
estratégico devem identificar os factores que compõem cada dimensão, encontrar uma
forma de medi-los e integrá-los em um índice. Cada empresa deve definir sua lista de
factores , como podemos ver no quadro que se segue:

Atractivo do mercado

Factores 1) Importancia relativa Pontuações 3) (1-5) Valor (2x3)


2)

Tamanho do mercado.

Taxa do crescimento anual do


mercado.

Margem histórica.

Intensidade competitiva.
Requerimento tecnológico.

Vulnerabilidade a inflação.

Requerimento energético.

Impacto médio ambiental.

Aspectos sociais, políticos e


legais.

∑ 100 ∑(indice)

Posição competitiva

Factores 1) Importancia relativa Pontuações 3) (1-5) Valor (2x3)


2)

Quota do mercado.

Crescimento da quota.

Qualidade do produto.

Reputação da marca.

Canais de distribuição.

Efectividade das promoções.

Capacidade produtiva.

Eficiência produtiva.

Custo unitário.

Provisão da matéria prima.

Investigação e
desenvolvimento.

Pessoal directivo.

∑ 100 ∑(índice)
As tabelas2 e 3 retratam os factores que complementam as duas dimensões, que
constitui o modelo GE: Actractivo do mercado e Posição competitiva.

Assim a direcção deve pontuar cada factor segundo uma escala de 1 (muito
desfavorável) a 5 (muito favorável) para reflectir como se comporta o negócio ou
produto em relação com cada factor. Certamente, a valorização dos factores requer ter
dados tanto sobre o marketing como sobre o resto de funções da empresa. Logo se
multiplicam as pontuações pela importância relativa de cada factor, obtendo assim o
valor dos mesmos. A soma dos valores dos distintos factores nos dará o valor do índice
nas duas dimensões, ou seja no atractivo do mercado e na posição competitiva (anexo
4).

O analista risca um ponto da matriz multifactor em dependência da intercessão dos


índices, até comprovar em qual cela esta localizado o negócio ou produto.

De fato, a matriz da (GE) divide-se em 9 casas de abelha e esta por sua vez, em três
zonas. A zona superior esquerda indica o mercado em que a empresa deveria investir;
As casas de abelha compreendidas na diagonal do quadrado são as que apresentam um
atractivo meio, a empresa deveria procurar benefícios selectivamente; as três casas de
abelha da parte superior direita são os negócios que expõem menos atractivos, a
empresa deverá pensar seriamente colher / desinvestir nestes negócios: o último passo é
que a direcção dita o que quer fazer em cada área de negócio ou produto.

O anexo3 assinala várias opções estratégicas para os negócios ou produtos de cada cela,
a estratégia óptima para cada negócio ou produto deve ser discutida e debatida. Espera-
se que os directores das áreas de negócio ou produto e de nível corporativo cheguem a
um acordo sobre os objectivos e estratégias para cada um, assim como a dotação dos
recursos necessários para alcançar ditos objectivos.

Etapa III – Formulação de objectivos de marketing

Um objectivo de comercialização é uma declaração precisa, que expressa o que se deve


obter com as actividades de marketing da empresa e para as quais vai concentrar seus
esforços. Representam os resultados que se prevêem alcançar através das acções que se
tomassem na área de comercialização.
O estabelecimento dos objectivos de comercialização facilita a determinação de onde
quer chegar e brinda os critérios de medida para valorizar o desempenho. Tem sua
origem nos dados, análise e resultados que se valorizam nas fases anteriores.

Os objectivos de marketing, ao igual aos objectivos corporativos devem ser relevantes,


específicos, mensuráveis, sujeitos ao tempo e desafiadores . Neste caso se faz necessário
assinalar que devem estar enfocados a assuntos relacionados com os mercados, os
produtos e serviços que a organização deseja atender.

Logo depois de cumprida esta etapa a organização deve fazer uma revisão dos
objectivos globais com o fim de valorizar se realmente há correspondência entre este e
os de marketing e se realmente os objectivos de marketing permitirão o cumprimento
dos primeiros e com eles os da missão da organização.

ETAPA IV – Formulação de Estratégias de Marketing

Para dar cumprimento aos objectivos de marketing riscados a organização, deverá


trazer estratégias que lhes permitam cumpri-los, o que constitui a quarta etapa do
modelo proposto. Esta responde à pergunta de quais são os mas possíveis para dar
cumprimento aos objectivos de comercialização.

A estratégia que vai guiar o comportamento e a actividade da empresa em um futuro é o


resultado da coordenação de três elementos. As aspirações que tem a alta direcção, as
oportunidades e ameaças que apresenta o entono, e as capacidades que tem a
organização, é vital que a alta direcção se responsabilize com o processo de formulação
de estratégias e além disso consiga o comprometimento de todos os membros da
empresa, porque do contrário não teria sentido este processo, além disso deve ir
rescaldado pela adequada preocupação por lhes proporcionar à empresa as condições
estruturais e instrumentais necessárias para realizar correctamente a estratégia
formulada.

Esta etapa parte do resultado do diagnóstico e dos objectivos de comercialização


identificados, gerando diferentes alternativas factíveis, já que na maior parte das
ocasiões não existe uma estratégia única, se não várias alternativas possíveis para
alcançar os objectivos, o que requererá de uma avaliação e a selecção das estratégias
especifica.
As estratégias de marketing são os meios através dos quais se cumprem os objectivos
de comercialização, o conjunto de acções básicas através das quais se espera conseguir
uma vantagem sobre os competidores, atrair aos compradores e uma exploração óptima
dos recursos, esboçam um plano para obter os objectivos de marketing por meio dos
elementos da escala de marketing, quer dizer através do produto, o preço, a promoção e
a distribuição.

Para o produto: Se deve ter em conta a gama de produtos, a modificação do produto, a


criação de um novo produto. Outros aspectos importantes a ter em conta quando se
traçam estratégias por meio deste elemento são as políticas de marcas, com seu
posicionamento, a criação e amparo da imagem da empresa, a análise dos atributos
próprios com respeito a outros competidores.

Para a variável promoção devem considerá-la eleição de mensagem meio de


comunicação e suporte, a publicidade no ponto de venda, as formas de incentivar aos
consumidores e os intermediários, o estabelecimento de uma adequada força de vendas
determinando seu tamanho, forma de actuação, etc.

No preço é conveniente prestar atenção à análise dos custos, o cálculo da soleira de


rentabilidade, valor recebido pelos clientes, sem esquecer é óbvio a análise dos preços
dos competidores, o preço máximo permissível, os descontos, etc.

Para a distribuição se completa o desenho dos canais de distribuição física dos


produtos, a localização dos pontos de vendas, a cobertura do mercado, (intensiva,
selectiva, exclusiva) assim como as vias de cooperação com os intermediários.

Para que uma empresa tenha um rendimento óptimo, em grande parte, é que os
empregados das empresas aprendam a manter satisfeito aos consumidores; pode-se
acrescentar também que a empresa óptima é aquela que sabe adaptar-se e responder a
um mercado.

Até aqui falamos do processo de formulação de estratégias, a seguir se fará uma breve
descrição das outras etapas que formam parte do processo de implementação e controle.
A implementação de estratégias implica a reestruturação e a reorganização de
actividades internas de forma tal que estimulem e recompensem os esforços para obter
os objectivos de comercialização expostos.
ETAPA V – Programa de Acção

Para possibilitar a posta em prática das estratégias seleccionadas se faz necessário um


programa de acção, o que constitui a quinta etapa deste modelo, e que tem como
objectivo fundamental especificar as distintas acções a empreender para dar
cumprimento às estratégias previstas que a fim de contas possibilitam satisfazer as
necessidades dos clientes. O propósito deste programa de acção é assegurar que toda a
equipe da empresa conheça quais são as acções e determinar a maneira de atribuir os
recursos materiais e financeiros disponíveis para assegurar o êxito no mercado.

O plano de acção definirá que acções concretas se realizassem em cada um dos


elementos que compõem a mescla de marketing e nos complementares de
comercialização. Não vêm detalhados os recursos disponíveis, acções específicos,
pessoas ou instituições responsáveis, momento em que se desenvolvessem e os
resultados esperados.

Este programa de acção deve ser detalhado e abranger actividades como a atribuição de
responsabilidades ao pessoal, data de cumprimento, prioridades e atribuição de recursos,
e ao mesmo tempo precisa vincular-se de forma estreita com a etapa final que é a do
monitor, controle e revisão. Deve-se ter em conta que é extremamente importante a
forma na qual vai se guiar, capacitar e motivar aos membros da organização quem será
os responsáveis

Quando se tiver elaborado o programa de acção, deve se fazer uma verificação do


diagnóstico da gestão de marketing que se realiza na segunda etapa com vista a
valorizar se a organização teve sabido aproveitar suas forças, assim como as
oportunidades que lhe dá o entorno para o lucro de seus objectivos.

Etapa VI – Monitoração ou controlo dos resultados.

Monitorar, controlar e revisão dos resultados obtidos constitui a sexta e última etapa do
modelo proposto, e tem como propósito assegurar que as estratégias e acções propostas
conduzam ao negócio ou produto em forma consistente para o lucro dos objectivos e a
missão da organização. O controlo se define como o processo de adopção de medidas
para que os resultados reais se aproximem dos resultados desejados.

Existem quatro tipos de controlo da actividade de comercialização ´´ controle do plano


anual que tem como propósito examinar se os resultados previstos no plano se
alcançaram e tomar medidas corretoras quando se considerar necessário, este controle o
realiza a alta direcção; “o controle de rentabilidade, consiste em determinar onde está
ganhando ou perdendo dinheiro a empresa,” o controle de eficiência” que supõe
valorizar e melhorar a eficiência e o impacto dos gastos de comercialização e o
“controlo estratégico” onde se revisam periodicamente se as estratégias básicas de
comercialização se ajustam às oportunidades da empresa.

Quer dizer à medida que se implanta o plano de marketing, devem determinar


indicadores do desempenho para medir os esforços. Estes critérios, é óbvio se derivam
dos objectivos de marketing, assim como dos programas de acção.

Entre estes indicadores ou critérios se podem incluir: os ganhos, a participação de


mercado, os custos de marketing, os lucros, efectividade dos anúncios publicitários,
produtividade das forças de vendas, eficiência da distribuição, das promoções, entre
outros.

Nesta etapa é necessário estabelecer os sistemas de informação e os procedimentos para


assegurar que a informação seja emitida correctamente, pela pessoa adequada e no
momento oportuno.

Deve destacar-se que é preciso que a organização realize sistematicamente um processo


de feedback que lhe permita estar a par de sua situação, tanto na ordem externa, como
na interna já que isto lhe permitirá estar preparada para reagir até as mudanças que
possam ocorrer e que implique uma reformulação dos objectivos e estratégias traçadas.

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