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Os Símbolos da Caimária
CAPITULO I
A ORIGEM DO TERMO
A Confederação Universal da Ordem dos Cainitas – A Caimária, é
uma fraternidade que vive na Era da Liberdade de Expressão. Porém, como muitos
ignorantes à filosofia cainita, consideram os preceitos pregados pela Ordem,
danificadores a alma e ao legado cristão; houve-se então, a necessidade de esconder em
símbolos e emblemas os códigos cainitas que não podem ser escritos.
Não que o silêncio confirme a acusação vinda dos protestantes, mas seguir os
passos dos nossos ilustres irmãos cavaleiros foi uma idéia valorosa e honrosa para os
Membros da CUOCC.
Na antiguidade usavam-se os códigos secretos em símbolos, insígnias e
emblemas para guardar de formar sigilosa, os grandes segredos que eram caçados e
destruídos pela Inquisição da Ordem Religiosa Romana que, nós chamamos pelo
anagrama O.R.R. ou I.C.A.R.
Em tempos atuais, a Lei para não se escrever em hipótese alguma, os segredos
pregados pela Caimária, ainda é válida. E, dar continuidade ao empenho dos Cavaleiros
Guardadores do Real Segredo, do passado, se tornou honorifico.
Os símbolos tinham (e ainda têm) um poder oculto, a nível incomensurável; Os
antigos não os utilizavam apenas como escrita; mas a sua pronuncia e sua original
interpretação, escondia poderes consideráveis que, deveriam ser desconhecidos pelos
homens ambiciosos e guardados entre a Irmandade que havia jurado guardá-los até a
morte.
Antes de falarmos sobre os símbolos da Caimária, vamos ao um breve
entendimento científico e histórico do termo Símbolo:
É importante dizer que o saber é constituído por uma dupla face. A face
semiológica ou semiótica (relativa ao significante) e a epistemológica (referente ao
significado das palavras).
A semiótica tem, assim, a sua origem na mesma época que a filosofia e
disciplinas afeitas. Da Grécia até os nossos dias tem vindo a desenvolver-se
continuamente. Porém, posteriormente, há cerca de dois ou três séculos, é que se
começou a manifestar aqueles que seriam apelidados pais da semiótica (ou semiologia).
Os problemas concernentes à semiótica podem retroceder a pensadores como
Platão e Santo Agostinho, por exemplo. Entretanto, somente no início do século XX
com os trabalhos paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, a semiótica começa
a adquirir autonomia e o status de ciência.
Do ponto de vista cronológico, a primeira personalidade a citar é Charles
Sanders Peirce (1839-1914). Para ele, o Homem significa tudo que o cerca numa
concepção triádica (firstness, secondness e thirdness), e é nestes pilares que toda a sua
teoria se baseia. Num artigo intitulado “Sobre uma nova lista de categorias”, Peirce, em
14 de maio de 1867, descreveu suas três categorias universais de toda a experiência e
pensamento. Considerando tudo aquilo que se força sobre nós, impondo-se ao nosso
reconhecimento, e não confundindo pensamento com pensamento racional, Peirce
concluiu que tudo o que aparece à consciência, assim o faz numa gradação de três
propriedades que correspondem aos três elementos formais de toda e qualquer
experiência. Essas categorias foram denominadas:
Qualidade;
Relação;
Representação.
Algum tempo depois, o termo Relação foi substituído por Reação e o termo
Representação recebeu a denominação mais ampla de Mediação. Para fins científicos,
Peirce preferiu fixar-se na terminologia de Primeiridade, Secundidade e Terceiridade.
O símbolo, "é um signo que se refere ao objeto que denota em virtude de uma
lei, normalmente uma associação de idéias gerais que opera no sentido de fazer com que
o símbolo seja interpretado como se referindo aquele objeto". By Luis Caramelo
Exemplo disso é a aliança de casamento, que rapidamente associo ao que denota,
a instituição casamento.
Outro autor, considerado pai da semiologia, por ser o primeiro autor a criar essa
designação e a designar o seu objeto de estudo, é Ferdinand de Saussure (1857-1913).
Segundo este, a existência de signos - «a singular entidade psíquica de duas faces que
cria uma relação entre um conceito (o significado) e uma imagem acústica (o
significante) - conduz à necessidade de conceber uma ciência que estude a vida dos
sinais no seio da vida social, envolvendo parte da psicologia social e, por conseguinte,
da psicologia geral. Chamar-lhe-emos semiologia. “Estudaria aquilo em que consistem
os signos, que leis os regem.»
A concepção de Saussure relativamente ao signo, ao contrário da de Peirce,
distingue o mundo da representação do mundo real. Para ele, os signos (pertencentes ao
mundo da representação) são compostos por significante - a parte física do signo - e
pelo significado, a parte mental, o conceito. Colocando o referente (conceito
correspondente ao de objeto por Peirce) no espaço real, longe da realidade da
representação. Para Saussure (com exceção da onomatopéia), não existem signos
motivados, ou seja, com relação de causa-efeito. Divide os signos em dois tipos: os que
são relativamente motivados (a onomatopéia, que em Peirce corresponde aos ícones), e
os arbitrários, em que não há motivação. Leia-se que esta motivação é a tal relação que
Peirce faz entre representação e objeto e que, na visão de Saussure, parece não fazer
sentido. Esta visão pode ser tida como visão de face dual. Para Saussure, existem assim
dois tipos de relações no signo:
1 - as «relações sintagmáticas», as da linguagem, da fala, a relação fluida que, no
discurso ou na palavra (parole), cada signo mantém em associação com o signo que está
antes e com o signo que está depois, no «eixo horizontal», relações de contextualização
e de presença (ex: abrir uma janela, em casa ou no computador)
2 - as «relações paradigmáticas», as «relações associativas», no «eixo vertical» em
ausência, reportando-se à «língua» (ex: associarmos a palavra mãe a um determinado
conceito de origem, carinho, ternura, amor, etc...), que é um registo «semântico»,
estável, na memória coletiva.
Umberto Eco (1932), além de ser um dos que tentaram resumir de forma mais
coerente todo o conhecimento anterior, procurando dissipar dúvidas e unir idéias
semelhantes expostas de formas diferentes, introduz novos conceitos relativamente aos
tipos de signos que considera existir. São os «diagramas», signos que representam
relações abstratas, tais como fórmulas lógicas, químicas e algébricas; os «emblemas»
figuras a que associamos conceitos (ex: cruz -> cristianismo); os «desenhos»,
correspondentes aos ícones e às inferências naturais, os índices ou indícios de Peirce; as
«equivalências arbitrárias», símbolos em Peirce e, por fim, os «sinais», como por
exemplo o código da estrada, que sendo indícios, se baseiam num código ao qual estão
associados um conjunto de conceitos.
Morris e Algirdas Julius Greimas dizem-nos que tudo pode ser signo consoante a
nossa interpretação, deixando em estado mais abrangente o conceito de signo. Porém,
Morris diz-nos ainda que estes se dividem em:
Sintático, ao nível da estrutura dos signos, o modo e como eles se relacionam e
as suas possíveis combinações,
Semântico, analisando as relações entre os signos e os respectivos significados,
Pragmático, estudando o valor dos signos para os utilizadores, as reações destes
relativamente aos signos e o modo como os utilizamos.
O Brasão:
O Brasão da Confederação Universal da Ordem dos Cainitas – A Caimária, é
composto de símbolos místicos antigos. No centro, o brasão trás o símbolo da Casa
W:.L:., representado pela letra inicial, cujo esse, participou do desenho da bandeira da
Ordem; ainda no centro, mais ao redor do núcleo, está o selo do Portador da Luz,
seguido de um Ouroboros que representa a continuidade total. O circulo predominante é
a representação do Universo e a Alma do mundo, nele está o Alfa (à esquerda) e o
Omega (à direita). Sob o nome da Ordem está à cruz ansata, meramente modificada
pelos cainitas. Abaixo os selos de Gabriel (à esquerda) e o Selo de Samael (à Direita).
Do lado esquerdo, externo, do circulo; a frase: “Este é o Cálice com meu
Sangue.”;
Do lado direito, externo, do circulo; a frase: “Eis aqui o meu Corpo.”;
As estrelas representam as pontas dos vértices do triângulo que indica o Único
Acima e os poderes abaixo Dele. Por ultimo, no rodapé, a frase em latim que significa
“Tudo se desfaça em nome de Deus.”.
A Marca de Caim:
A Marca dos cainitas, refere-
se a uma tatuagem [XYOXX]
gravada no pulso esquerdo do
integrante. Atualmente, A Caimária
oferece a liberdade de escolha do
local da marca, no corpo do cainita.
Este símbolo trata-se de um sigilo
mágico de origem muito antiga. Para
quem deseja seguir suas origens é
indiscutivel que a ‘marca’ seja feita
no pulso esquerdo, assim como os
Grandes Mestres.
A estrutura hierárquica da
Ordem não é totalmente conhecida
de fora do seu sistema iniciático,
sabendo-se apenas que é baseada num rígido sistema tendo como valores centrais a
lealdade, dedicação, honra e conhecimento. Contudo, os Cainitas dividem-se em outras
linhagens distintas. Cada uma delas, têm um principe que, leva o poder de governador
do dominio entregue a sua responsabilidade.
Cada dominio/Templo é conhecido como Casa e, todos os pupilos daquele
principe, seguem alguns preceitos particulares intimos entre eles. Estas linhagens
representam os tipos de Cainitas que se pensam existir e, segundo os seus textos,
reflectem muito mais do que apenas um arquétipo espiritual ou emocional, mas uma
profunda condição da alma inerente as filosofias ocultas.
Oficialmente, o simbolo dos Cainitas é a cruz ansata meramente modificada pela
Caimária. Porém, cada Casa pode utilizar de algumas modificações na marca,
representando sua forma de ser e pensar, porém, assim como cada Casa não pode fugir
dos conceitos da Caimária, em geral, os simbolos devem ter como base Oficial
inalteravel, o simbolo da imortalidade pregada pela cruz de Ankh. Essa questão, não
está em discução.
A Caimária acredita que, a marca colocada em Caim está além dos simbolos
utilizados, basicamente, nos documentos da Ordem e, não o utiliza como simbolo base
da marca dos cainitas, porque, este, foi eleito Sagrado, digno de estar somente no
progenitos dos Cainitas.
O Símbolo que representa A
Casa:
À esquerda, temos a representação do
símbolo que pode, em certas ocasiões, substituir a
palavra ‘Casa’.
Este símbolo de origens nórdicas e
meramente gótico; é utilizado na Ordem para
representar um ambiente de Reuniões (parecidas
com as Lojas maçônicas). Toda a Casa oficial e
fixa receberá fachada do Salão e/ou Templo, este
símbolo para que, imediatamente os Irmãos
reconheçam aquele lugar como Oficial Elísio
Cainita.
Essa tradição representa o secretismo dos
nossos antepassados que, como não podiam dar
um titulo as suas fachadas como faziam as Igrejas, desenhava apenas um símbolo-
código que servia de reconhecimento para os Membros.
Como cada Casa tem o símbolo base; o seu ícone de referência. Então, para que
sua ligação com a Primeira Casa da Caimária seja
publicada como Aceita, entre os Irmãos; todas
deverão usar este símbolo, como pré-molde do
seu desenho.
O símbolo da Primeira Casa da Caimaria,
W:.L:. Representada pelo Ícone Oficial. Esta será
a imagem (à direita) desenhada na fachada de
Toda a Casa ou Elísio que estiver sob a regência e
o domínio do Grão Mestre da mesma.
Não se perde o desenho original da
representação da Casa W:.L:. Pela letra W
utilizada na fonte Parchment, tamanho 72 e,
também, pode se fundir ao símbolo que
representa a palavra Casa, Templo ou Elísio na
Ordem dos Cainitas.
Um prédio que for receber esse Símbolo na sua fachada deve estar dentro do
reconhecimento oficial da filosofia Cainita representada pela Caimária (CUOCC) no
Brasil. O Irmão que fundar sua própria Casa/Elísio deverá estar sob as Ordens do
Conselho Maior da Fraternidade; somente assim, poderá ser reconhecida como uma
Casa, ou ambiente de trabalhos, oficial da Confederação Universal da Ordem dos
Cainitas – A Caimária do Brasil.
O Grande Emblema Mágico
Algumas versões contam que na verdade ele foi traído por Néftis com Osíris, daí seu
assassinato. O maior defensor dos oprimidos e injustiçados tinha fama de violento e
perigoso, uma verdadeira ameaça. Conta-se que Set ficou com inveja de Osíris e
trabalhou incessantemente para destruí-lo (versões contam que Néftis, esposa de Seth,
fora seduzida por Osíris, o que seria uma ressalva. Anúbis teria sido concebido desta
relação). Auxiliado por 72 conspiradores, Seth convidou Osíris para um banquete. No
decurso do banquete, Seth apresentou uma magnífica caixa-sarcófago (ataúde) que
prometeu entregar a quem nela coubesse. Os convidados tentaram ganhar a caixa, mas
ninguém cabia nesta, dado que Seth a tinha preparado para as medidas de Osíris.
Convidado por Seth, Osíris entra na caixa. É então que os conspiradores, sits, servos do
próprio Seth trancam-na e atiram-na para o rio Nilo. A corrente do rio arrasta a caixa até
o mar Mediterrâneo, acabando por atingir Biblos (Fenícia). Ísis, desesperada com o
sucedido, parte à procura do marido, procurando obter todo o tipo de informações dos
que encontra pelo caminho. Chegada a Biblos Ísis descobre que a caixa ficou
inscrustrada numa árvore que tinha, entretanto sido cortada para fazer uma coluna no
palácio real. Com a ajuda da rainha, Ísis corta a coluna e consegue regressar ao Egito
com o corpo do amado, que esconde numa plantação de papiros.
Contudo, Seth encontrou a caixa e furioso decide esquartejar em 14 pedaços o
corpo, que espalha por todo o Egito; segundo alguns textos do período ptolomaico,
teriam sido 16 ou 42 partes. Quanto ao significado destes números, deve-se referir que o
14 é o número de dias que decorre entre a lua cheia e a lua nova e o 42 era o número de
províncias (ou nomos) em que o Egito se encontrava dividido.
Suas ações fizeram com que a maioria dos outros deuses se voltasse contra ele,
mas Seth achava que seu poder era inatacável. Hórus, filho de Ísis e Osíris, conseguiu
matar Seth, que acabou identificado como um deus do mal. Em algumas versões, Hórus
castra Seth ao invés de matá-lo.
Seth é intimamente associado a vários animais, como cachorro, crocodilo, porco,
asno e escorpião. Sua aparência orelhuda e nariguda era provavelmente um agregado de
vários animais, em vez de representar somente um. Ele também é representado como
um hipopótamo, considerado pelos egípcios como uma criatura destrutiva e perigosa.
Há também a possibilidade de possuir o rosto de um aardvark.
CAPITULO III
Promessa Original
"Prometo pela minha honra. Fazer o melhor possível, para cumprir com os meus
deveres, com Deus e minha Pátria. Ajudar ao próximo em toda e qualquer ocasião, e
obedecer à lei escoteira."
O Símbolo dos Quatro Deuses.
Filhos de Hórus
CONHECENDO A HISTÓRIA:
O ingresso na Ordem Filhos de Hórus não garante que o jovem irá se tornar um
Cainita no futuro, porém dos melhores cainitas pode se garantir que foram jovens sob os
conceitos desta Ordem.
Assim como a Caimária possui o Corpo das Casas de Perfeição após as Casas
Simbólicas, a Ordem Filhos de Hórus também se divide em dois Corpos. O primeiro
envolve os dois primeiros Graus: o Grau Iniciático e o Grau Filho de Hórus, podendo
ser comparado às Casas Simbólicas. O segundo envolve os graus históricos, filosóficos
e de honoríficos, que compõe dos Fies das Duas Verdades.
Os graus ritualísticos são os dois graus básicos da Ordem Filho de Hórus: o
Iniciático e o Filho de Hórus. Os Filhos de Hórus desses graus trabalham em Capítulos.