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Livro do Estudante III

Os Símbolos da Caimária
CAPITULO I

A ORIGEM DO TERMO
A Confederação Universal da Ordem dos Cainitas – A Caimária, é
uma fraternidade que vive na Era da Liberdade de Expressão. Porém, como muitos
ignorantes à filosofia cainita, consideram os preceitos pregados pela Ordem,
danificadores a alma e ao legado cristão; houve-se então, a necessidade de esconder em
símbolos e emblemas os códigos cainitas que não podem ser escritos.
Não que o silêncio confirme a acusação vinda dos protestantes, mas seguir os
passos dos nossos ilustres irmãos cavaleiros foi uma idéia valorosa e honrosa para os
Membros da CUOCC.
Na antiguidade usavam-se os códigos secretos em símbolos, insígnias e
emblemas para guardar de formar sigilosa, os grandes segredos que eram caçados e
destruídos pela Inquisição da Ordem Religiosa Romana que, nós chamamos pelo
anagrama O.R.R. ou I.C.A.R.
Em tempos atuais, a Lei para não se escrever em hipótese alguma, os segredos
pregados pela Caimária, ainda é válida. E, dar continuidade ao empenho dos Cavaleiros
Guardadores do Real Segredo, do passado, se tornou honorifico.
Os símbolos tinham (e ainda têm) um poder oculto, a nível incomensurável; Os
antigos não os utilizavam apenas como escrita; mas a sua pronuncia e sua original
interpretação, escondia poderes consideráveis que, deveriam ser desconhecidos pelos
homens ambiciosos e guardados entre a Irmandade que havia jurado guardá-los até a
morte.
Antes de falarmos sobre os símbolos da Caimária, vamos ao um breve
entendimento científico e histórico do termo Símbolo:

Com origem no grego σύμβολον (sýmbolon), designa um elemento


representativo que está (realidade visível) em lugar de algo (realidade invisível) que
tanto pode ser um objeto como um conceito ou idéia, determinada quantidade ou
qualidade. O "símbolo" é um elemento essencial no processo de comunicação,
encontrando-se difundido pelo cotidiano e pelas mais variadas vertentes do saber
humano. Embora existam símbolos que são reconhecidos internacionalmente, outros só
são compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto. Ele intensifica a
relação com o transcendente.
Também pode ser uma palavra ou imagem que designa outro objeto ou
qualidade por ter com estes uma relação de semelhança.
A representação específica para cada símbolo pode surgir como resultado de um
processo natural ou pode ser convencionada de modo a que o receptor (uma pessoa ou
grupo específico de pessoas) consiga fazer a interpretação do seu significado implícito e
atribuir-lhe determinado conotação. Pode também estar mais ou menos relacionada
fisicamente com o objeto ou idéia que representa, podendo não só ter uma representação
gráfica ou tridimensional como também sonora ou mesmo gestual.
Símbolos gravados há mais de 60 mil anos na casca de ovos de avestruz podem
evidenciar o mais antigo sistema de representação simbólica usado por humanos
modernos. Os sinais repetitivos e padronizados foram encontrados em Howiesons Poort,
na África do Sul, e destacados em artigo na revista Proceedings of the National
Academy of Sciences (PNAS).
A semiótica é a disciplina que se ocupa do estudo dos símbolos, do seu processo
e sistema em geral. Outras disciplinas especificam metodologias de estudo consoantes a
área, como a semântica, que se ocupa do simbolismo na linguagem, ou seja, das
palavras, ou a psicanálise, que, entre outros, se debruça sobre a interpretação do
simbolismo nos sonhos.
Na Semiótica todo signo que a convencionalidade predomina possui uma relação
símbolo. Exemplo disso são a paz mundial e a pomba da paz, a convenção fez da
imagem semelhante a uma pomba branca, um símbolo de paz.
De acordo com a semiótica podemos resumir símbolo como [algo que representa
algo para alguém].

É importante dizer que o saber é constituído por uma dupla face. A face
semiológica ou semiótica (relativa ao significante) e a epistemológica (referente ao
significado das palavras).
A semiótica tem, assim, a sua origem na mesma época que a filosofia e
disciplinas afeitas. Da Grécia até os nossos dias tem vindo a desenvolver-se
continuamente. Porém, posteriormente, há cerca de dois ou três séculos, é que se
começou a manifestar aqueles que seriam apelidados pais da semiótica (ou semiologia).
Os problemas concernentes à semiótica podem retroceder a pensadores como
Platão e Santo Agostinho, por exemplo. Entretanto, somente no início do século XX
com os trabalhos paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, a semiótica começa
a adquirir autonomia e o status de ciência.
Do ponto de vista cronológico, a primeira personalidade a citar é Charles
Sanders Peirce (1839-1914). Para ele, o Homem significa tudo que o cerca numa
concepção triádica (firstness, secondness e thirdness), e é nestes pilares que toda a sua
teoria se baseia. Num artigo intitulado “Sobre uma nova lista de categorias”, Peirce, em
14 de maio de 1867, descreveu suas três categorias universais de toda a experiência e
pensamento. Considerando tudo aquilo que se força sobre nós, impondo-se ao nosso
reconhecimento, e não confundindo pensamento com pensamento racional, Peirce
concluiu que tudo o que aparece à consciência, assim o faz numa gradação de três
propriedades que correspondem aos três elementos formais de toda e qualquer
experiência. Essas categorias foram denominadas:

Qualidade;
Relação;
Representação.

Algum tempo depois, o termo Relação foi substituído por Reação e o termo
Representação recebeu a denominação mais ampla de Mediação. Para fins científicos,
Peirce preferiu fixar-se na terminologia de Primeiridade, Secundidade e Terceiridade.

Primeiridade - a qualidade da consciência imediata é uma impressão


(sentimento) in totum, invisível, não analisável, frágil. Tudo que está imediatamente
presente à consciência de alguém é tudo aquilo que está na sua mente no instante
presente. O sentimento como qualidade é, portanto, aquilo que dá sabor, tom, matiz à
nossa consciência imediata, aquilo que se oculta ao nosso pensamento. A qualidade da
consciência, na sua imediaticidade, é tão tenra que mal podemos tocá-la sem estragá-la.
Nessa medida, o primeiro (primeiridade) é presente e imediato, ele é inicialmente,
original, espontâneo e livre, ele precede toda síntese e toda diferenciação. Primeiridade
é a compreensão superficial de um texto (leia-se texto não ao pé da letra; ex: uma foto
pode ser lida, mas não é um texto propriamente dito). Como Luis Caramelo explica no
seu livro Semiotica uma introdução, "A firstness diz respeito todas as qualidades puras
que, naturalmente, não estabelecem entre si qualquer tipo de relação. Estas qualidades
puras traduzem-se por um conjunto de possibilidades de vir a acontecer (...)". Desta
forma, temos, no nosso mundo o acontecimento ou possibilidade "chuva", mas é apenas
isso, apenas possibilidade existencial. Caso localizemos chuva como um acontecimento,
por exemplo, "está a chover" estamos perante secondness.

Secundidade - a arena da existência cotidiana; estamos continuamente


esbarrando em fatos que nos são externos, tropeçando em obstáculos, coisas reais,
factivas que não cedem ao sabor de nossas fantasias. O simples fato de estarmos vivos,
existindo, significa, a todo o momento, que estamos reagindo em relação ao mundo.
Existir é sentir a ação de fatos externos resistindo à nossa vontade. Existir é estar numa
relação, tomar um lugar na infinita miríade das determinações do universo, resistir e
reagir, ocupar um tempo e espaço particulares. Onde quer que haja um fenômeno, há
uma qualidade, isto é, sua primeiridade. Mas a qualidade é apenas uma parte do
fenômeno, visto que, para existir, a qualidade tem que estar encarnada numa matéria. O
fato de existir (secundidade) está nessa corporificação material. Assim sendo,
Secundidade é quando o sujeito lê com compreensão e profundidade de seu conteúdo.
Como exemplo: "o homem comeu banana", e na cabeça do sujeito, ele compreende que
o homem comeu a banana e possivelmente visualiza os dois elementos e a ação da frase.
A palavra chave deste conceito é ocorrência, o conceito em ação. É desta forma,
também, uma atualização das qualidades do firstness.

Terceiridade - primeiridade é a categoria que da à experiência sua qualidade


distintiva, seu frescor, originalidade irrepetível e liberdade. Secundidade é aquilo que da
a experiência seu caráter factual, de luta e confronto. Finalmente, Terceiridade
corresponde à camada de inteligibilidade, ou pensamento em signos, através da qual
representamos e interpretamos o mundo. Por exemplo: o azul, simples e positivo azul, é
o primeiro. O céu, como lugar e tempo, aqui e agora, onde se encarna o azul é um
segundo. A síntese intelectual, elaboração cognitiva – o azul no céu, ou o azul do céu -,
é um terceiro. A terceiridade vai além deste espectro de estrutura verbal da oração. Ou
seja, o indivíduo conecta a frase a sua experiência de vida, fornece à oração, um
contexto pessoal. Pois "o homem comeu a banana" pode ser ligado à imagem de um
macaco no zoológico; à cantora Carmem Miranda; ao filme King Kong; enfim, a uma
série de elementos extra-textuais. Sucintamente, podemos dizer que thirdness está
ligada a nossa capacidade de previsão de futuras ocorrências da secondness, já que não
só conhecemos o acontecimento na medida de possibilidade natural, como já o vimos
em ação, e como tal, já nos é intrínseco. Desta forma já podemos antecipar o que virá a
acontecer.

Também para Peirce há três tipos de signos:


O ícone, que mantém uma relação de proximidade sensorial ou emotiva entre o
signo, representação do objeto, e o objeto dinâmico em si; o signo icônico refere o
objeto que denota na medida em que partilha com ele possui caracteres, caracteres esse
que existem no objeto denotado independentemente da existência do signo. - exemplo:
pintura, fotografia, o desenho de um boneco. É importante falar que um ícone não só
pode exercer esta função como é o caso do desenho de um boneco de homem e mulher
que ficam anexados à porta do banheiro indicando se é masculino ou feminino, a priori
é ícone, mas também é símbolo, pois ao olhar para ele reconhecemos que ali há um
banheiro e que é do gênero que o boneco representa isto porque foi convencionado que
assim seria então ele é ícone e símbolo;
O índice, ou parte representada de um todo anteriormente adquirido pela
experiência subjetiva ou pela herança cultural - exemplo: onde há fumaça, logo há fogo.
Quer isso dizer que através de um indício (causa) tiramos conclusões. Ainda sobre o que
nos diz este autor, é importante referir que «um signo, ou representamen, é qualquer
coisa que está em vez de (stands for) outra coisa, «em determinado aspecto ou a
qualquer título», (e que é considerado «representante» ou representação da coisa, do
objeto - a matéria física) e, por último, o «interpretante» - a interpretação do objeto. Por
exemplo, se estivéssemos a falar de "cadeira", o representante seria o conceito que
temos de cadeira. Sucintamente, o índice é um signo que se refere ao objeto denotado
em virtude de ser realmente afetado por esse objeto.
O objeto seria a cadeira em si e o interpretante o modo como relacionamos o
objeto com a coisa representada, o objeto de madeira sobre o qual nos podemos sentar.
Sobre isto é interessante ver a obra "One and three chairs" do artista plástico Joseph
Kosuth. A principal característica do signo indicial é justamente a ligação física com seu
objeto, como uma pegada é um "indício" de quem passou. A fotografia, por exemplo, é
primeiramente um índice, pois é um registro da luz em determinado momento.

O símbolo, "é um signo que se refere ao objeto que denota em virtude de uma
lei, normalmente uma associação de idéias gerais que opera no sentido de fazer com que
o símbolo seja interpretado como se referindo aquele objeto". By Luis Caramelo
Exemplo disso é a aliança de casamento, que rapidamente associo ao que denota,
a instituição casamento.

Outro autor, considerado pai da semiologia, por ser o primeiro autor a criar essa
designação e a designar o seu objeto de estudo, é Ferdinand de Saussure (1857-1913).
Segundo este, a existência de signos - «a singular entidade psíquica de duas faces que
cria uma relação entre um conceito (o significado) e uma imagem acústica (o
significante) - conduz à necessidade de conceber uma ciência que estude a vida dos
sinais no seio da vida social, envolvendo parte da psicologia social e, por conseguinte,
da psicologia geral. Chamar-lhe-emos semiologia. “Estudaria aquilo em que consistem
os signos, que leis os regem.»
A concepção de Saussure relativamente ao signo, ao contrário da de Peirce,
distingue o mundo da representação do mundo real. Para ele, os signos (pertencentes ao
mundo da representação) são compostos por significante - a parte física do signo - e
pelo significado, a parte mental, o conceito. Colocando o referente (conceito
correspondente ao de objeto por Peirce) no espaço real, longe da realidade da
representação. Para Saussure (com exceção da onomatopéia), não existem signos
motivados, ou seja, com relação de causa-efeito. Divide os signos em dois tipos: os que
são relativamente motivados (a onomatopéia, que em Peirce corresponde aos ícones), e
os arbitrários, em que não há motivação. Leia-se que esta motivação é a tal relação que
Peirce faz entre representação e objeto e que, na visão de Saussure, parece não fazer
sentido. Esta visão pode ser tida como visão de face dual. Para Saussure, existem assim
dois tipos de relações no signo:
1 - as «relações sintagmáticas», as da linguagem, da fala, a relação fluida que, no
discurso ou na palavra (parole), cada signo mantém em associação com o signo que está
antes e com o signo que está depois, no «eixo horizontal», relações de contextualização
e de presença (ex: abrir uma janela, em casa ou no computador)
2 - as «relações paradigmáticas», as «relações associativas», no «eixo vertical» em
ausência, reportando-se à «língua» (ex: associarmos a palavra mãe a um determinado
conceito de origem, carinho, ternura, amor, etc...), que é um registo «semântico»,
estável, na memória coletiva.

Louis Hjelmslev (1899-1965) complexifica os conceitos utilizados por


Saussure. Segundo Hjelmslev, e por uma questão de clareza, a expressão deverá
substituir o termo saussuriano de significante, assim como o conteúdo deve substituir o
de significado. Tanto a expressão como o conteúdo possuem dois aspectos, a forma e a
«substância» - que em Saussure são por vezes confundidos com significante e
significado. Os signos são por isso, para Hjelmslev, constituídos por quatro elementos e
não dois, como propunha Saussure.

Umberto Eco (1932), além de ser um dos que tentaram resumir de forma mais
coerente todo o conhecimento anterior, procurando dissipar dúvidas e unir idéias
semelhantes expostas de formas diferentes, introduz novos conceitos relativamente aos
tipos de signos que considera existir. São os «diagramas», signos que representam
relações abstratas, tais como fórmulas lógicas, químicas e algébricas; os «emblemas»
figuras a que associamos conceitos (ex: cruz -> cristianismo); os «desenhos»,
correspondentes aos ícones e às inferências naturais, os índices ou indícios de Peirce; as
«equivalências arbitrárias», símbolos em Peirce e, por fim, os «sinais», como por
exemplo o código da estrada, que sendo indícios, se baseiam num código ao qual estão
associados um conjunto de conceitos.

Roman Jakobson, nascido em Moscovo (Moscou), em 1896, introduziu o


conceito das funções da linguagem:
A emotiva, que «denota» a carga do emissor na mensagem;
A injuntiva, relativa ao destinatário;
A referencial, relativa àquilo de que se fala;
A fática, relativa ao canal da comunicação;
A metalingüística, relativa ao código;
A poética, relativa à relação da mensagem consegue mesma.

Se Jakobson fala das funções da linguagem, Guiraud diferencia os códigos. E é


nos códigos lógicos que está o mais importante para os signos. Nestes, ele releva os
«paralinguísticos», associados a aspectos da linguagem verbal (ex: escritas alfabética,
escritas idogramáticas). Associar números a pedras é ter e ser um código deste tipo:
códigos práticos, ligados às sinaléticas, às programações e a códigos de conhecimento o
(ex: sinais de trânsito) e, por último, os epistemológicos, ou específicos de cada área
científica.

Morris e Algirdas Julius Greimas dizem-nos que tudo pode ser signo consoante a
nossa interpretação, deixando em estado mais abrangente o conceito de signo. Porém,
Morris diz-nos ainda que estes se dividem em:
Sintático, ao nível da estrutura dos signos, o modo e como eles se relacionam e
as suas possíveis combinações,
Semântico, analisando as relações entre os signos e os respectivos significados,
Pragmático, estudando o valor dos signos para os utilizadores, as reações destes
relativamente aos signos e o modo como os utilizamos.

A Lingüística era um dos campos da Semiologia, hoje em dia, essas ciências


trabalham lado a lado.
Segundo alguns autores, a semiótica nunca foi considerada parte da lingüística.
De fato, ela se desenvolveu quase exclusivamente graças ao trabalho de não-lingüistas,
particularmente na França, onde é freqüentemente considerada uma disciplina
importante. No mundo de língua inglesa, contudo, não desfruta de praticamente nenhum
reconhecimento institucional.
Embora a língua seja considerada o caso paradigmático do sistema de signos,
grande parte da pesquisa semiótica se concentrou na análise de domínios tão variados
como os mitos, a fotografia, o cinema, a publicidade ou os meios de comunicação. A
influência do conceito lingüístico central de estruturalismo, que é mais uma
contribuição de Saussure; levou os semioticistas a tentar interpretações estruturalistas
num amplo leque de fenômenos. Objetos de estudo, como um filme ou uma estrutura de
mitos, são encarados como textos que transmitem significados, sendo esses significados
tomados como derivações da interação ordenada de elementos portadores de sentido, os
signos, encaixados num sistema estruturado, de maneira parcialmente análoga aos
elementos portadores de significado numa língua.
Quando deliberadamente enfatiza a natureza social dos sistemas de signos, a
semiótica tende a ser altamente crítica e abstrata. Nos últimos anos, porém, os
semioticistas se voltam cada vez mais para o estudo da cultura popular, sendo hoje em
dia comum o tratamento semiótico das novelas de televisão e da música popular.

Um pouco sobre emblemas:

Santiago com o seu emblema ao peito, a vieira


Emblema, empresa ou divisa é uma associação de uma
imagem pictórica com uma legenda, que representa um
conceito ou uma entidade. Sobretudo, entre os séculos XV e
XVIII, designou-se "emblemas", cada um dos conjuntos
constituídos por uma imagem enigmática acompanhada por
uma frase que ajudavam a decifrar um sentido oculto moral,
que era explicado por um texto em verso ou em prosa. A
palavra "emblema" vem do termo grego "ἔμβλημα - émblema"
- composto do prefixo "ἐν - én" e do verbo "βάλλω - balló"
(colocar) - significando "o que está colocado dentro" ou "o
que está encerrado".
Os termos "emblema" e "símbolo" são usados no dia-a-dia
como significando a mesma coisa. No entanto existe uma
distinção, subtil, entre ambos. A associação entre o símbolo e
aquilo que este representa é direta e óbvia. Ao contrário, a
associação entre um emblema e aquilo que este representa é
indireta, necessitando de ser analisada e decifrada.
O emblema é, por isso, muitas vezes utilizado para
representar, em termos visuais concretos, abstrações como
entidades divinas, povos, nações, virtudes morais ou pecados.
Um emblema pode ser utilizado como distintivo identificador. Por exemplo, uma
vieira - emblema de Santiago - pregada às roupas, identificava um peregrino, durante a
sua peregrinação a Santiago de Compostela. Na Idade Média foram atribuídos
emblemas a muitos santos, que serviam para identificá-los em pinturas, esculturas ou
outras representações. Esses emblemas são chamados "atributos", especialmente
quando são representados junto à imagem do santo, numa obra de arte. Além da vieira
de Santiago, outros atributos famosos são à roda de Santa Catarina, a espada de São
Paulo e a cruz vermelha de São Jorge.
Os membros das famílias reais e das grandes famílias nobres da Europa
adotaram emblemas ou divisas pessoais, paralelamente aos seus brasões de armas.
Algumas divisas famosas incluem a esfera armilar de D. Manuel I de Portugal, o sol de
Luís XIV de França e o javali de Ricardo III de Inglaterra.

O emblema clássico é composto, pelos seguintes elementos:


Uma imagem ou figura (o "corpo do emblema"). Esta imagem pode ser
desenhada, gravada, esculpida ou pintada. É de capital importância para que o perceito
moral, que se pretende transmitir, fique gravado na memória, depois de decifrado o seu
sentido.
Uma legenda ou título ("alma do emblema", "lema" ou "mote"). A legenda pode
ser uma sentença - normalmente críptica e, muitas vezes, escrita em língua estrangeira
ou em Latim - que dá uma pista para completar o sentido da imagem ou corpo do
emblema.
Um texto explicativo (o "epigrama"). Além do corpo e da alma, os emblemas
apresentados nos livros de emblemas, são acompanhados de um epigrama, em prosa ou
em verso. O epigrama inter-relaciona o sentido que o corpo do emblema transmite e que
a sua alma expressa. Dependendo do receptor a quem era destinada a mensagem, o
epigrama poderia ser escrito em língua vernácula ou em Latim, em prosa ou em verso.
De acordo com os seus elementos constituintes, o emblema, poder ser
classificado como:
Verdadeiro - se transmite um significado metafísico;
Falso - se o seu significado não é metafísico;
Perfeito - se inclui corpo e alma;
Imperfeito - se lhe falta o corpo ou a alma.
CAPITULO II
SIMBOLOS E EMBLEMAS DA CAIMÁRIA

É óbvio que não abordaremos com tanta profundidade sobre os Símbolos e


Emblemas da Caimária para que, eles não venham perder seus respectivos valores.
Porém, vamos fazer uma apresentação das diversas imagens que representam a Ordem,
sua hierarquia, seus adeptos, sua filosofia e seus caminhos iniciáticos.
Os símbolos da Caimária guardam seus significados entre os irmãos para que,
numa forma sigilosa de comunicação, podemos nos reconhecer através deles. Os lugares
de reuniões fixas, também são contemplados com os respectivos sinais que, servem para
expressar o Grau Hierárquico e o tipo de trabalho que o Elísio executa.

A Confederação Universal da Ordem dos Cainitas – A Caimária, é representada


pelo símbolo meramente modificado da Ankh, conhecida também como cruz ansata,
era na escrita hieroglífica egípcia o símbolo da vida. Conhecido também como símbolo
da vida eterna. Os egípcios a usavam para indicar a vida após a morte.
A forma do ankh assemelha-se a uma cruz, com a haste superior vertical
substituída por uma alça ovalada. Em algumas representações primitivas, possui as suas
extremidades superiores e inferiores bipartidas.
Segue abaixo, a demonstração da cruz ansata original e, a meramente modificada
adaptada pela Caimária:
Essa, (a esquerda) é a Cruz ansata na sua forma original; Há
muitas especulações para o surgimento e para o significado do ankh,
mas ao que tudo indica, surgiu na Quinta Dinastia. Quanto ao seu
significado, há várias teorias. Muitas pessoas vêem o ankh como
símbolo da ressureição. A alça oval que compõe o ankh sugere um
cordão entrelaçado com as duas pontas opostas que significam os
princípios feminino e masculino, fundamentais para a criação da
vida. Em outras interpretações, representa a união entre as
divindades Osíris e Ísis, que proporcionava a cheia periódica do
Nilo, fundamental para a sobrevivência da civilização. Neste caso, o
ciclo previsível e inalterável das águas era atribuído ao conceito de
reencarnação, uma das principais características da crença egípcia. A linha vertical que
desce exatamente do centro do laço é o ponto de intersecção dos pólos, e representa o
fruto da união entre os opostos.
Esta (à esquerda) é a representação da atualizada cruz ansata; continua apoiada
nos mesmo fundamentos da sua originalidade, porém, trás no ponto central do laço, o
símbolo da letra “W”, inicial do nome de William e uma descrição na linha vertical que
desce do centro do laço. Trás também o Segredo das Duas Serpentes entrelaçadas numa
haste alada. Em muitos documentos da Caimária, esse símbolo será a marca D’água,
porém, não é obrigatória sua presença, pois, a cruz ansata tem mais poder representativo
no sentido místico que físico. A cruz na sua versão gótica lembra os notívagos cainitas
do passado.

O Símbolo da Casa W:.L:. é representado pela letra inicial


utilizado na fonte Parchment, tamanho 72. Este é também, o selo
oficial de documentos que circulam no domínio de Lafontinne I. Foi
criado na mesma data da fundação da casa, pelo próprio Grão-Mestre
que, se inspirou em antigos selos que levavam as iniciais de grandes
senhores. Esse símbolo é obrigatório quanto aos documentos
relacionados à Casa Oficial W:L: e todo o raio do domínio. Algumas
vezes pode aparecer em documentos que se refira a Ordem maior, a própria
Confederação Universal da Ordem dos Cainitas – A Caimária, enquanto o Grão-Mestre
K, W:.L:. estiver exercendo o seu total poder.

O Brasão:
O Brasão da Confederação Universal da Ordem dos Cainitas – A Caimária, é
composto de símbolos místicos antigos. No centro, o brasão trás o símbolo da Casa
W:.L:., representado pela letra inicial, cujo esse, participou do desenho da bandeira da
Ordem; ainda no centro, mais ao redor do núcleo, está o selo do Portador da Luz,
seguido de um Ouroboros que representa a continuidade total. O circulo predominante é
a representação do Universo e a Alma do mundo, nele está o Alfa (à esquerda) e o
Omega (à direita). Sob o nome da Ordem está à cruz ansata, meramente modificada
pelos cainitas. Abaixo os selos de Gabriel (à esquerda) e o Selo de Samael (à Direita).
Do lado esquerdo, externo, do circulo; a frase: “Este é o Cálice com meu
Sangue.”;
Do lado direito, externo, do circulo; a frase: “Eis aqui o meu Corpo.”;
As estrelas representam as pontas dos vértices do triângulo que indica o Único
Acima e os poderes abaixo Dele. Por ultimo, no rodapé, a frase em latim que significa
“Tudo se desfaça em nome de Deus.”.
A Marca de Caim:
A Marca dos cainitas, refere-
se a uma tatuagem [XYOXX]
gravada no pulso esquerdo do
integrante. Atualmente, A Caimária
oferece a liberdade de escolha do
local da marca, no corpo do cainita.
Este símbolo trata-se de um sigilo
mágico de origem muito antiga. Para
quem deseja seguir suas origens é
indiscutivel que a ‘marca’ seja feita
no pulso esquerdo, assim como os
Grandes Mestres.
A estrutura hierárquica da
Ordem não é totalmente conhecida
de fora do seu sistema iniciático,
sabendo-se apenas que é baseada num rígido sistema tendo como valores centrais a
lealdade, dedicação, honra e conhecimento. Contudo, os Cainitas dividem-se em outras
linhagens distintas. Cada uma delas, têm um principe que, leva o poder de governador
do dominio entregue a sua responsabilidade.
Cada dominio/Templo é conhecido como Casa e, todos os pupilos daquele
principe, seguem alguns preceitos particulares intimos entre eles. Estas linhagens
representam os tipos de Cainitas que se pensam existir e, segundo os seus textos,
reflectem muito mais do que apenas um arquétipo espiritual ou emocional, mas uma
profunda condição da alma inerente as filosofias ocultas.
Oficialmente, o simbolo dos Cainitas é a cruz ansata meramente modificada pela
Caimária. Porém, cada Casa pode utilizar de algumas modificações na marca,
representando sua forma de ser e pensar, porém, assim como cada Casa não pode fugir
dos conceitos da Caimária, em geral, os simbolos devem ter como base Oficial
inalteravel, o simbolo da imortalidade pregada pela cruz de Ankh. Essa questão, não
está em discução.
A Caimária acredita que, a marca colocada em Caim está além dos simbolos
utilizados, basicamente, nos documentos da Ordem e, não o utiliza como simbolo base
da marca dos cainitas, porque, este, foi eleito Sagrado, digno de estar somente no
progenitos dos Cainitas.
O Símbolo que representa A
Casa:
À esquerda, temos a representação do
símbolo que pode, em certas ocasiões, substituir a
palavra ‘Casa’.
Este símbolo de origens nórdicas e
meramente gótico; é utilizado na Ordem para
representar um ambiente de Reuniões (parecidas
com as Lojas maçônicas). Toda a Casa oficial e
fixa receberá fachada do Salão e/ou Templo, este
símbolo para que, imediatamente os Irmãos
reconheçam aquele lugar como Oficial Elísio
Cainita.
Essa tradição representa o secretismo dos
nossos antepassados que, como não podiam dar
um titulo as suas fachadas como faziam as Igrejas, desenhava apenas um símbolo-
código que servia de reconhecimento para os Membros.
Como cada Casa tem o símbolo base; o seu ícone de referência. Então, para que
sua ligação com a Primeira Casa da Caimária seja
publicada como Aceita, entre os Irmãos; todas
deverão usar este símbolo, como pré-molde do
seu desenho.
O símbolo da Primeira Casa da Caimaria,
W:.L:. Representada pelo Ícone Oficial. Esta será
a imagem (à direita) desenhada na fachada de
Toda a Casa ou Elísio que estiver sob a regência e
o domínio do Grão Mestre da mesma.
Não se perde o desenho original da
representação da Casa W:.L:. Pela letra W
utilizada na fonte Parchment, tamanho 72 e,
também, pode se fundir ao símbolo que
representa a palavra Casa, Templo ou Elísio na
Ordem dos Cainitas.
Um prédio que for receber esse Símbolo na sua fachada deve estar dentro do
reconhecimento oficial da filosofia Cainita representada pela Caimária (CUOCC) no
Brasil. O Irmão que fundar sua própria Casa/Elísio deverá estar sob as Ordens do
Conselho Maior da Fraternidade; somente assim, poderá ser reconhecida como uma
Casa, ou ambiente de trabalhos, oficial da Confederação Universal da Ordem dos
Cainitas – A Caimária do Brasil.
O Grande Emblema Mágico

O Grande Emblema Mágico da Caimária é o Simbolo Sagrado que traduz ao


Irmão que conhece a filosofia em Alto Nivel, grandes poderes e ensinamentos
incomensuraveis.
Dois Hórus seguram com o Cajado do Poder a Estrela de Cinco pontas que, por
sua vez, representa os cinco elementos e o corpo humano. No profundo da Estrela de
Cinco pontas está o Selo de Davi ou, para ser mais detalhado, dois triângulos
representando a união mágica do Masculino e do Feminino.
O Emblema traduz supercialmente, Hórus, uma divindade egipicia, como a coluna dos
homens cainitas, ou mesmo, de toda a filosofia da Caimária, seguido da Ligação
Poderosa do Sangue, no Norte e Sul. São na verdade a união de quatro simbolos
Sagrados, mas é também um dos emblemas mais curiosos da Caimária. Sua
complexidade é inferior apenas ao Brasão.
Hórus (ou Heru-sa-Aset, Her'ur, Hrw, Hr ou Hor-Hekenu) é o Deus dos céus,
muito embora sua concepção tenha ocorrido após a morte de Osíris.
Tinha cabeça de falcão e os olhos representavam o Sol e a Lua. Matou Seth,
tanto por vingança pela morte do pai, Osíris, como pela disputa do comando do Egito.
Após derrotar Seth, tornou-se o rei dos vivos no Egito. Perdeu um olho lutando com
Seth, que foi substituído por um amuleto de serpente, (que os faraós passaram a usar na
frente das coroas), o olho de Hórus, (anteriormente chamado de Olho de Rá, que
simbolizava o poder real e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as
épocas. Depois da recuperação, Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à
vitória decisiva sobre Seth.
O olho que Hórus feriu (o olho esquerdo) é o olho da Lua, o outro é o olho do
Sol. Esta é uma explicação dos egípcios para as fases da lua, que seria o olho ferido de
Hórus.
Alguns detalhes do personagem foram alterados ou mesclados com outros
personagens ao longo das várias dinastias, seitas e religiões egípcias. Por exemplo,
quando Heru (Hórus) se funde com Ra O Deus Sol, ele se torna Ra-Horakhty. O olho de
Horus egípcio tornou-se um importante símbolo de poder.
Hórus, mítico soberano do Egito, desdobra as suas divinas asas de falcão sob a
cabeça dos faraós, não somente meros protegidos, mas, na realidade, a própria
encarnação do deus do céu. Pois não era ele o deus protetor da monarquia faraônica, do
Egito unido sob um só faraó, regente do Alto e do Baixo Egito?
Com efeito, desde o florescer da época histórica, que o faraó proclamava que
neste deus refulgia o seu ka (poder vital), na ânsia de legitimar a sua soberania, não
sendo pois inusitado que, a cerca de 3000 a. C., o primeiro dos cinco nomes da titularia
real fosse exatamente “o nome de Hórus”. No panteão egípcio, diversas são as deidades
que se manifestam sob a forma de um falcão. Hórus, detentor de uma personalidade
complexa e intrincada, surge como a mais célebre de todas elas. Mas quem era este
deus, em cujas asas se reinventava o poder criador dos faraós? Antes de qualquer coisa,
Hórus representa um deus celeste, regente dos céus e dos astros neles semeados, cuja
identidade é produto de uma longa evolução, no decorrer da qual Hórus assimila as
personalidades de múltiplas divindades.
Originalmente, Hórus era um deus local de Sam- Behet (Tell el- Balahun) no
Delta, Baixo Egito. O seu nome, Hor, pode traduzir-se como “O Elevado”, “O
Afastado”, ou “O Longínquo”. Todavia, o decorrer dos anos facultou a extensão do seu
culto, pelo que num ápice o deus tornou-se patrono de diversas províncias do Alto e do
Baixo Egito, acabando mesmo por usurpar a identidade e o poder das deidades locais,
como, por exemplo, Sopedu (em zonas orientais do Delta) e Khentekthai (no Delta
Central). Finalmente, integra a cosmogonia de Heliópolis enquanto filho de Ísis e Osíris,
englobando díspares divindades cuja ligação remonta a este parentesco. O Hórus do
mito osírico surge como um homem com cabeça de falcão que, à semelhança de seu pai,
ostenta a coroa do Alto e do Baixo Egito. É igualmente como membro desta tríade que
Hórus saboreia o expoente máximo da sua popularidade, sendo venerado em todos os
locais onde se prestava culto aos seus pais. A Lenda de Osíris revela-nos que, após a
celestial concepção de Hórus, benção da magia que facultou a Ísis o apanágio de fundir-
se a seu marido defunto em núpcias divinas, a deusa, receando represálias por parte de
Seth, evoca a proteção de Ré- Atum, na esperança de salvaguardar a vida que florescia
dentro de si.
Receptivo às preces de Ísis, o deus solar velou por ela até ao tão esperado
nascimento. Quando este sucedeu, a voz de Hórus inebriou então os céus: “Eu sou
Hórus, o grande falcão. O meu lugar está longe do de Seth, inimigo de meu pai Osíris.
Atingi os caminhos da eternidade e da luz. Levanto vôo graças ao meu impulso.
Nenhum deus pode realizar aquilo que eu realizei. Em breve partirei em guerra contra o
inimigo de meu pai Osíris, calcá-lo-ei sob as minhas sandálias com o nome de Furioso...
Porque eu sou Hórus, cujo lugar está longe dos deuses e dos homens. Sou Hórus, o filho
de Ísis.” Temendo que Seth abraçasse a resolução de atentar contra a vida de seu filho
recém- nascido, Ísis refugiou-se então na ilha flutuante de Khemis, nos pântanos perto
de Buto, circunstância que concedeu a Hórus o epíteto de Hor- heri- uadj, ou seja,
“Hórus que está sobre a sua planta de papiro”. Embora a natureza inóspita desta região
lhe oferecesse a tão desejada segurança, visto que Seth jamais se aventuraria por uma
região tão desértica, a mesma comprometia, concomitantemente, a sua subsistência,
dada a flagrante escassez de alimentos característica daquele local. Para assegurar a sua
sobrevivência e a de seu filho, Ísis vê-se obrigada a mendigar, pelo que, todas as
madrugadas, oculta Hórus entre os papiros e erra pelos campos, disfarçada de mendiga,
na ânsia de obter o tão necessário alimento. Uma noite, ao regressar para junto de
Hórus, depara-se com um quadro verdadeiramente aterrador: o seu filho jazia
inanimado, no local onde ela o abandonara. Desesperada, Ísis procura restituir-lhe o
sopro da vida, porém a criança encontrava-se demasiadamente débil para alimentar-se
com o leite materno. Sem hesitar, a deusa suplica o auxílio dos aldeões, que, todavia se
relevam impotentes para socorrê-la.
Quando o sofrimento já quase a fazia transpor o limiar da loucura, Ísis
vislumbrou diante de si uma mulher popular pelos seus dons de magia, que prontamente
examinou o seu filho, proclamando Seth alheio ao mal que o atormentava. Na realidade,
Hórus (ou Harpócrates, Horpakhered- “Hórus menino/ criança”) havia sido
simplesmente vítima da picada de um escorpião ou de uma serpente. Angustiada, Ísis
verificou então a veracidade das suas palavras, decidindo-se, de imediato, e evocar as
deusas Néftis e Selkis (a deusa- escorpião), que prontamente ocorreram ao local da
tragédia, aconselhando-a a rogar a Ré que suspendesse o seu percurso usual até que
Hórus convalescesse integralmente. Compadecido com as suplicas de uma mãe, o deus
solar ordenou assim a Toth que salvasse a criança. Quando finalmente se viu diante de
Hórus e Ísis, Toth declarou então: “Nada temas, Ísis! Venho até ti, armado do sopro
vital que curará a criança. Coragem, Hórus! Aquele que habita o disco solar protege-te e
a proteção de que gozas é eterna. Veneno; ordeno-te que saias! Ré, o deus supremo, far-
te-á desaparecer. A sua barca deteve-se e só prosseguirá o seu curso quando o doente
estiver curado. Os poços secarão, as colheitas morrerão, os homens ficarão privados de
pão enquanto Hórus não tiver recuperado as suas forças para ventura da sua mãe Ísis.
Coragem, Hórus. O veneno está morto, ei-lo vencido.”
Após haver banido, com a sua magia divina, o letal veneno que estava prestes a
oferecer Hórus à morte, o excelso feiticeiro solicitou então aos habitantes de Khemis
que velassem pela criança, sempre que a sua mãe tivesse necessidade de se ausentar.
Muitos outros sortilégios se abateram sobre Hórus no decorrer da sua infância (males
intestinais, febres inexplicáveis, mutilações), apenas para serem vencidos logo de
seguida pelo poder da magia detida pelas sublimes deidades do panteão egípcio. No
limiar da maturidade, Hórus, protegido até então por sua mãe, Ísis, tomou a resolução
de vingar o assassinato de seu pai, reivindicando o seu legítimo direito ao trono do
Egito, usurpado por Seth. Ao convocar o tribunal dos deuses, presidido por Rá, Hórus
afirmou o seu desejo de que seu tio deixasse, definitivamente, a regência do país,
encontrando, ao ultimar os seus argumentos, o apoio de Toth, deus da sabedoria, e de
Shu, deus do ar. Todavia, Ra contestou-os, veementemente, alegando que a força
devastadora de Seth, talvez lhe concedesse melhores aptidões para reinar, uma vez que
somente ele fora capaz de dominar o caos, sob a forma da serpente Apópis, que invadia,
durante a noite, a barca do deus- sol, com o fito de extinguir, para toda a eternidade, a
luz do dia. Ultimada uma querela verbal, que cada vez mais os apartava de um
consenso, iniciou-se então uma prolixa e feroz disputa pelo poder, que opôs em
confrontos selváticos, Hórus a seu tio. Após um infrutífero rol de encontros quase
soçobrados na barbárie, Seth sugeriu que ele próprio e o seu adversário tomassem a
forma de hipopótamos, com o fito de verificar qual dos dois resistiria mais tempo,
mantendo-se submergidos dentro de água.
Escoado algum tempo, Ísis foi incapaz de refrear a sua apreensão e criou um
arpão, que lançou no local, onde ambos haviam desaparecido. Porém, ao golpear Seth,
este apelou aos laços de fraternidade que os uniam, coagindo Ísis a sará-lo, logo em
seguida. A sua intervenção enfureceu Hórus, que emergiu das águas, a fim de decapitar
a sua mãe e, ato contíguo, levá-la consigo para as montanhas do deserto. Ao tomar
conhecimento de tão hediondo ato, Rá, irado, vociferou que Hórus deveria ser
encontrado e punido severamente. Prontamente, Seth voluntariou-se para capturá-lo. As
suas buscas foram rapidamente coroadas de êxito, uma vez que este, no ápice se
deparou com Hórus, que jazia adormecido, junto a um oásis. Dominado pelo seu
temperamento cruel, Seth arrancou ambos os olhos de Hórus, para enterrá-los algures,
desconhecendo que estes floresceriam em botões de lótus. Após tão ignóbil crime, Seth
reuniu-se a Rá, declarando não ter sido bem sucedido na sua procura, pelo que Hórus foi
então considerado morto. Porém, a deusa Hátor encontrou o jovem deus, sarando-lhe,
miraculosamente, os olhos, ao friccioná-los com o leite de uma gazela. Outra versão
pinta-nos um novo quadro, em que Seth furta apenas o olho esquerdo de Hórus,
representante da lua. Contudo, nessa narrativa o deus-falcão, possuidor, em seus olhos,
do Sol e da lua, é igualmente curado.
Em ambas as histórias, o Olho de Hórus, sempre representado no singular, torna-
se mais poderoso, no limiar da perfeição, devido ao processo curativo, ao qual foi
sujeito. Por esta razão, o Olho de Hórus ou Olho de Wadjet surge na mitologia egípcia
como um símbolo da vitória do bem contra o mal, que tomou a forma de um amuleto
protetor. A crença egípcia refere igualmente que, em memória desta disputa feroz, a lua
surge, constantemente, fragmentada, tal como se encontrava, antes que Hórus fosse
sarado. Determinadas versões desta lenda debruçam-se sobre outro episódio de tão
desnorteante conflito, em que Seth conjura novamente contra a integridade física de
Hórus, através de um aparentemente inocente convite para visitá-lo em sua morada. A
narrativa revela que, culminado o jantar, Seth procura desonrar Hórus, que, embora
precavido, é incapaz de impedir que uma gota de esperma do seu rival tombe em suas
mãos. Desesperado, o deus vai então ao encontro de sua mãe, a fim de suplicar-lhe que
o socorra. Partilhando do horror que inundava Hórus, Ísis decepou as mãos do filho,
para arremessá-las de seguida à água, onde graças à magia suprema do deus, elas
desaparecem no lodo. Todavia, esta situação torna-se insustentável para Hórus, que
toma então a resolução de recorrer ao auxílio do Senhor Universal, cuja extrema
bonomia o leva a compreender o sofrimento do deus- falcão e, por conseguinte, a
ordenar ao deus- crocodilo Sobek, que resgatasse as mãos perdidas. Embora tal
diligência haja sido coroada de êxito, Hórus depara-se com mais um imprevisto: as suas
mãos tinham sido abençoadas por uma curiosa autonomia, encarnando dois dos filhos
do deus- falcão.
Novamente evocado, Sobek é incumbido da tarefa de capturar as mãos que
teimavam em desaparecer e levá-las até junto do Senhor Universal, que, para evitar o
caos de mais uma querela, toma a resolução de duplicá-las. O primeiro par é oferecido à
cidade de Nekhen, sob a forma de uma relíquia, enquanto que o segundo é restituído a
Hórus. Este prolixo e verdadeiramente selvático. O conflito foi enfim solucionado
quando Toth persuadiu Rá a dirigir uma encomiástica missiva a Osíris, entregando-lhe
um incontestável e completo título de realeza, que o obrigou a deixar o seu reino e
confrontar o seu assassino. Assim, os dois deuses soberanos evocaram os seus poderes
rivais e lançaram-se numa disputa ardente pelo trono do Egito. Após um reencontro
infrutífero, Ra propôs então que ambos revelassem aquilo que tinham para oferecer a
terra, de forma a que os deuses pudessem avaliar as suas aptidões para governar. Sem
hesitar, Osíris alimentou os deuses com trigo e cevada, enquanto que Seth limitou-se a
executar uma demonstração de força. Quando conquistou o apoio de Ra, Osíris
persuadiu então os restantes deuses dos poderes inerentes à sua posição, ao recordar que
todos percorriam o horizonte ocidental, alcançando o seu reino, no culminar dos seus
caminhos. Deste modo, os deuses admitiram que, com efeito, deveria ser Hórus a
ocupar o trono do Egito, como herdeiro do seu pai. Por conseguinte, e volvidos cerca de
oito anos de altercações e reencontros ferozes, foi concedida finalmente ao deus- falcão
a tão cobiçada herança, o que lhe valeu o título de Hor-paneb-taui ou
Horsamtaui/Horsomtus, ou seja, “Hórus, senhor das Duas Terras”.
Como compensação, Rá concedeu a Seth um lugar no céu, onde este poderia
desfrutar da sua posição de deus das tempestades e trovões, que o permitia atormentar
os demais. Este mito parece sintetizar e representar os antagonismos políticos vividos na
era pré- dinástica, surgindo Hórus como deidade tutelar do Baixo Egito e Seth, seu
oponente, como protetor do Alto Egito, numa clara disputa pela supremacia política no
território egípcio. Este reencontro possui igualmente certa analogia com o paradoxo
suscitado pelo combate das trevas com a luz, do dia com a noite, em suma, de todas as
entidades antagônicas que encarnam a típica luta do bem contra o mal. A mitologia
referente a este deus difere consoantes as regiões e períodos de tempo. Porém, regra
geral, Hórus surge como esposo de Háthor, deusa do amor, que lhe ofereceu dois filhos:
Ihi, deus da música e Horsamtui, “Unificador das Duas Terras”. Todavia, e tal como
referido anteriormente, Hórus foi imortalizado através de díspares representações,
surgindo por vezes sob uma forma solar, enquanto filho de Atum- Ré ou Geb e Nut ou
apresentado pela lenda osírica, como fruto dos amores entre Osíris e Ísis, abraçando
assim diversas correntes mitológicas, que se fundem, renovam e completam em sua
identidade. É dos muitos vetores em que o culto solar e o culto osírico, os mais
relevantes do Antigo Egito, se complementam num oásis de Sol, pátria de lendas de luz,
em cujas águas d’ ouro voga toda a magia de uma das mais enigmáticas civilizações da
Antiguidade.

Detalhes e vocabulário egípcio:


O Culto de Hórus centralizava-se na cidade de Edfu, onde particularmente no
período ptolomaico saboreou uma estrondosa popularidade;
O culto do deus falcão dispersou-se em inúmeros sub-cultos o que criou lendas
controversas e inúmeras versões do popular deus, como a denominada Rá- Harakhty;
as estelas (pedras com imagens) de Hórus consideravam-se curativas de mordeduras de
serpentes e picadas de escorpião, comuns nestas regiões, dado representarem o deus na
sua infância vencendo os crocodilos e os escorpiões e estrangulando as serpentes.
Sorver a água que qualquer devotado lhe houvesse deixado sobre a cabeça, significava a
obtenção da proteção que Ísis proporcionava ao filho. Nestas estrelas surgia,
freqüentemente, o deus Bes, que deita a língua de fora aos maus espíritos. Os feitiços
cobrem os lados externos das estrelas. Encontramos nelas uma poderosa proteção, como
salienta a famigerada Estrela de Mettenich: “Sobe veneno, vem e cai por terra. Hórus
fala-te, aniquila-te, esmaga-te; tu não te levantas, tu cais, tu és fraco, tu não és forte; tu
és cego, tu não vês; a tua cabeça cai para baixo e não se levanta mais, pois eu sou
Hórus, o grande Mágico.”.
Seth (ou Set) é o deus egípcio da violência e da desordem, da traição, do ciúme,
da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes. Seth era encarnação do espírito
do mal e irmão de Osíris, o deus que trouxe a civilização para o Egito. Seth era também
o deus da tempestade no Alto Egito. Era marido e irmão de Néftis. É descrito que Seth
teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com as próprias garras para nascer. Ele
originalmente auxiliava Rá em sua eterna luta contra a serpente Apep na barca lunar, e
nesse sentido Seth era originalmente visto como um deus bom.

A traição de Néftis e suposta inveja de Seth

Algumas versões contam que na verdade ele foi traído por Néftis com Osíris, daí seu
assassinato. O maior defensor dos oprimidos e injustiçados tinha fama de violento e
perigoso, uma verdadeira ameaça. Conta-se que Set ficou com inveja de Osíris e
trabalhou incessantemente para destruí-lo (versões contam que Néftis, esposa de Seth,
fora seduzida por Osíris, o que seria uma ressalva. Anúbis teria sido concebido desta
relação). Auxiliado por 72 conspiradores, Seth convidou Osíris para um banquete. No
decurso do banquete, Seth apresentou uma magnífica caixa-sarcófago (ataúde) que
prometeu entregar a quem nela coubesse. Os convidados tentaram ganhar a caixa, mas
ninguém cabia nesta, dado que Seth a tinha preparado para as medidas de Osíris.
Convidado por Seth, Osíris entra na caixa. É então que os conspiradores, sits, servos do
próprio Seth trancam-na e atiram-na para o rio Nilo. A corrente do rio arrasta a caixa até
o mar Mediterrâneo, acabando por atingir Biblos (Fenícia). Ísis, desesperada com o
sucedido, parte à procura do marido, procurando obter todo o tipo de informações dos
que encontra pelo caminho. Chegada a Biblos Ísis descobre que a caixa ficou
inscrustrada numa árvore que tinha, entretanto sido cortada para fazer uma coluna no
palácio real. Com a ajuda da rainha, Ísis corta a coluna e consegue regressar ao Egito
com o corpo do amado, que esconde numa plantação de papiros.
Contudo, Seth encontrou a caixa e furioso decide esquartejar em 14 pedaços o
corpo, que espalha por todo o Egito; segundo alguns textos do período ptolomaico,
teriam sido 16 ou 42 partes. Quanto ao significado destes números, deve-se referir que o
14 é o número de dias que decorre entre a lua cheia e a lua nova e o 42 era o número de
províncias (ou nomos) em que o Egito se encontrava dividido.
Suas ações fizeram com que a maioria dos outros deuses se voltasse contra ele,
mas Seth achava que seu poder era inatacável. Hórus, filho de Ísis e Osíris, conseguiu
matar Seth, que acabou identificado como um deus do mal. Em algumas versões, Hórus
castra Seth ao invés de matá-lo.
Seth é intimamente associado a vários animais, como cachorro, crocodilo, porco,
asno e escorpião. Sua aparência orelhuda e nariguda era provavelmente um agregado de
vários animais, em vez de representar somente um. Ele também é representado como
um hipopótamo, considerado pelos egípcios como uma criatura destrutiva e perigosa.
Há também a possibilidade de possuir o rosto de um aardvark.
CAPITULO III

Os símbolos dos subgrupos da Caimária

Jovens-membros, A Ordem dos Escoteiros:


Um dos mais importantes subgrupos da Confederação
Universal da Ordem dos Cainitas – A Caimária do Brasil; é o Grupo
de Jovens-membros.
Deste circulo de neófitos e jovens candidatos à grandes Graus
hierárquicos da Pirâmide dos Poderes da Caimária; é selecionado os
ilustres Membros que executaram trabalhos grandiosos para a
Ordem.
Os Irmãos Anciãos e os Anfitriões que apresentaram a Caimária para os Jovens
que, podem ser seus filhos, sobrinhos, primos, amigos ou jovens intelectos que se
superam; têm sempre um grande prazer em estruturar os jovens à filosofia cainita. Logo,
os jovens interessados a serem fieis Cavaleiros da Ordem, recebem donativos
suficientes para ocuparem cargos e funções na sociedade que viram a beneficiar a ele e
a seus irmãos. O símbolo que representa o Grupo jovial de membros da Caimária é a
Flor de Lis.
É o símbolo do movimento escoteiro, as três pétalas representando os três pilares
da promessa escoteira e o apontar para o Norte em mapas e bússolas, mostra para onde
o jovem deve ir, sempre para cima.
A Promessa Escoteira sintetiza o embasamento moral do Movimento Escoteiro.
No momento da Promessa, os membros do Movimento se comprometem
voluntariamente, a se conduzir de acordo com a orientação moral do Movimento,
reconhecendo a existência de deveres que tem de serem cumpridos. Os elementos da
Promessa Escoteira estão contidos nos Princípios do Movimento Escoteiro.
Escotismo ou escutismo, fundado por Lorde Robert Stephenson Smyth Baden-
Powell, em 1907, é um movimento mundial, educacional, voluntariado, apartidário, sem
fins lucrativos. A sua proposta é o desenvolvimento do jovem, por meio de um sistema
de valores que prioriza a honra, baseado na Promessa e na Lei escoteira, e através da
prática do trabalho em equipe e da vida ao ar livre, fazer com que o jovem assuma seu
próprio crescimento, tornar-se um exemplo de fraternidade, lealdade, altruísmo,
responsabilidade, respeito e disciplina.

Promessa Original

(Versão traduzida escrita por Lord Baden-Powell, em inglês).

"Prometo pela minha honra. Fazer o melhor possível, para cumprir com os meus
deveres, com Deus e minha Pátria. Ajudar ao próximo em toda e qualquer ocasião, e
obedecer à lei escoteira."
O Símbolo dos Quatro Deuses.
Filhos de Hórus
CONHECENDO A HISTÓRIA:

Filhos de Hórus é a designação dada a


quatro deuses do Antigo Egito: Imseti, Hapi,
Duamutef e Kebehsenuef. Estes deuses
estavam estritamente ligados ao culto
funerário, não tendo sido alvo de nenhum
culto em templos.
Pouco se sabe sobre a origem destes
deuses, que já eram vistos como filho do deus
Hórus desde a época do Império Antigo. Nos
Textos das Pirâmides são mencionados catorze
vezes, sendo responsáveis por ajudar o defunto
na sua viagem para o Além. No Livro das Portas coloca correntes nas serpentes aliadas
de Apopi, o inimigo de Ré, que quer destruir a barca solar onde o deus viaja.
Alguns textos referem-se a eles como estrelas, surgindo os seus nomes nas listas
de estrelas da época do Império Novo.
Cada um destes deuses era visto como o guardião de um dos órgãos internos do
falecido. Durante o processo de mumificação os órgãos internos eram retirados e
colocados nos chamados vasos canópicos. A partir da XVIII Dinastia a tampa destes
vasos passou a reproduzir a cabeça destes deuses (anteriormente reproduzia-se a face
idealizada do defunto).
Cada deus estava também associado a um ponto cardeal e a uma deusa.

Deus Iconografia Órgão Ponto cardeal Deusa tutelar


Imseti Homem Fígado Sul Ísis
Hapi Babuíno Pulmões Norte Néftis
Duamutef Chacal Estômago Leste Neit
Kebehsenuef Falcão Intestinos Oeste Serket

As divindades eram também relacionadas com o deus Osíris, presidindo ao ato


de pesagem do coração (psicostasia) na "Sala das Duas Verdades", segundo uma
passagem do Livro dos Mortos. Neste caso era representado de outra maneira, com os
seus corpos com forma de múmia, em pé sobre uma flor de lótus.

Psicostasia é o nome atribuído a uma cena comum representada no Livro dos


Mortos que retrata a cerimônia de pesagem do coração do defunto no tribunal da deusa
Maat.
De acordo com as crenças dos habitantes do Antigo Egipto, a morte física não
era o fim da existência, existindo a possibilidade de uma vida no Além. Historicamente
esta vida no Além esteve de início reservada ao rei, tendo a partir do Império Médio se
alargado a toda a população. Contudo, para se poder aceder a esta vida era necessário
ter levado uma vida de acordo com a Maet (ou Maat), conceito egípcio que traduz a
ideia da ordem universal marcada pela justiça e pela harmonia.
A pesagem do coração acontecia na sala das Duas Maet (também designada
como sala Duas Verdades ou sala das Duas Justiças), onde existia uma grande balança
colocada num pedestal em cujo topo se encontrava um babuíno. Na sala estavam
presentes Osíris, sentado no trono, e quarenta e dois juízes.
O defunto deveria realizar uma confissão - a chamada "confissão negativa",
registrada no capítulo 125 do Livro dos Mortos - através da qual atestava que não tinha
praticado o homicídio, cometido o adultério, maltratado animais, praticado o roubo, etc.,
num total de quarenta e duas declarações de inocência que anunciava a cada um dos
juízes.
Enquanto isso, o coração era colocado num dos pratos, sendo a deusa Maet ou
uma pluma (a representação da leveza ou do coração da deusa) colocada no outro prato.
Se os dois pratos se equilibram o defunto está absolvido; em caso de ter mentido, o
coração tornava-se pesado e seria condenado.
Os deuses Anúbis e Tot também estavam presentes na sala cumprindo cada um
com uma função. Anúbis regulava a balança, enquanto que Tot escrevia o resultado.
Perto da balança encontra-se um monstro híbrido (metade crocodilo, metade pantera e
metade hipopótamo), conhecido como Ammit ou a Grande Devoradora, pronto para
engolir o coração do defunto caso este tivesse um peso excessivo. Uma vez aniquilado o
coração não existiria a possibilidade de ressurreição.

Psicostasia. Livro dos Mortos de Ani, c. 1275 a.C.


A LIGAÇÃO DA LENDA COM A CAIMÁRIA:

A Ordem Filhos de Hórus é uma ordem secreta de princípios filosóficos,


fraternais e iniciáticos, patrocinada pela Caimária, para jovens - do sexo masculino -
com idade compreendida entre os 14 e os 21 anos. Fundada no Brasil dia 25 de Maio de
2009, pelo Frater Grão-Mestre K, W:.L:., é patrocinada e apoiada pela Caimária,
oficialmente desde a fundação.
A Ordem é inspirada na história e na função dos lendários Filhos de Hórus; não
literalmente, é claro. A Ordem Jovial Cainita (O.F.H.) não tem nenhum vinculo com
atos funerários físicos, somente espirituais.
Os jovens participantes desta Sociedade são regidos sob a Guarda de Imseti,
Hapi, Duamutef e Kebehsenuef. Os integrantes são participantes dos ensinamentos que
fazem alusão aos órgãos que cada deus egípcio era responsável por ‘guardar’ para que o
defunto pudesse ter uma vida após a morte.
Sendo assim, vale rever a tabela anterior:

Deus Iconografia Órgão Ponto cardeal Deusa tutelar


Imseti Homem Fígado Sul Ísis
Hapi Babuíno Pulmões Norte Néftis
Duamutef Chacal Estômago Leste Neit
Kebehsenuef Falcão Intestinos Oeste Serket

Imseti livra os jovens do Alcoolismo (Fígado);


Hapi livra os jovens da Nicotina (Pulmões);
Duamutef e Kebehsenuef livram os jovens da Gula (Estomago e Intestinos);

A Confederação Universal da Ordem dos Cainitas – A Caimária do Brasil;


acredita num potencial a nível mundial, futuramente. Reconhecida por outras
fraternidades por ter sido a Guardiã Real do Segredo, a Caimária pretende então, estar
integrada por ‘saudáveis’ e ilustres membros. E, como toda a sociedade, a necessidade
de educar nossos jovens é indiscutível. Afinal, jovens ilustres serão Cainitas Ilustres!
Os princípios da Ordem são baseados em virtudes como a fraternidade e o
companheirismo, incentivando cada membro a trilhar seu caminho seguindo preceitos
que são considerados pela Ordem diferenciais na vida de um líder e determinantes para
seu destino. A Ordem se baseia nas chamadas "Sete Virtudes Cardeais de um Filho de
Hórus", que são:
 Amor filial;
 Reverência pelas Coisas Sagradas;
 Cortesia;
 Companheirismo;
 Fidelidade;
 Pureza;
 Patriotismo;
Os baluartes da Ordem são a defesa das Liberdades:
"Religiosa" representada pelo Livro Sagrado, O Sheper.
"Civil", representada pela Bandeira Nacional.
"Intelectual", representada pelos Livros Escolares.

Assim prescreve a ética de um Filho de Hórus:

Os Filhos de Hórus serve a um Deus;


Os Filhos de Hórus honra todas as mulheres;
Os Filhos de Hórus ama e honra seus pais;
Os Filhos de Hórus são honestos;
Os Filhos de Hórus são leais a ideais e amigos;
Os Filhos de Hórus executa trabalhos honestos;
Os Filhos de Hórus são corteses;
Os Filhos de Hórus é sempre um cavalheiro;
Os Filhos de Hórus é um patriota tanto em tempo de paz quanto em tempo de guerra;
Os Filhos de Hórus sempre permanecem inabaláveis a favor das escolas públicas;
Os Filhos de Hórus é o orgulho de sua Pátria, seus pais, sua família e seus amigos;
A palavra de um Filho de Hórus é tão válida quanto sua confiança;
Um Filho de Hórus, por preceito e exemplo, deve manter os elevados níveis aos quais
ele se comprometeu.

O ingresso na Ordem Filhos de Hórus não garante que o jovem irá se tornar um
Cainita no futuro, porém dos melhores cainitas pode se garantir que foram jovens sob os
conceitos desta Ordem.
Assim como a Caimária possui o Corpo das Casas de Perfeição após as Casas
Simbólicas, a Ordem Filhos de Hórus também se divide em dois Corpos. O primeiro
envolve os dois primeiros Graus: o Grau Iniciático e o Grau Filho de Hórus, podendo
ser comparado às Casas Simbólicas. O segundo envolve os graus históricos, filosóficos
e de honoríficos, que compõe dos Fies das Duas Verdades.
Os graus ritualísticos são os dois graus básicos da Ordem Filho de Hórus: o
Iniciático e o Filho de Hórus. Os Filhos de Hórus desses graus trabalham em Capítulos.

Grau Iniciático: Primeiro grau da Ordem Filho de Hórus, onde os Filhos de


Hórus recém iniciados ingressam quando são admitidos em um Capítulo e refletem
sobre a bonita Cerimônia de Iniciação.
O Primeiro Grau Filho de Hórus, chamado Grau Iniciático, é baseado nas Sete
Virtudes de um Filho de Hórus: Justiça, reverência pelas coisas sagradas,
Responsabilidade, Honra, fidelidade, pureza e patriotismo. O ingresso à Ordem exige do
candidato ao menos um esboço dessas Sete Virtudes, sendo esse Grau, responsável por
esculpi-las e valorizá-las, fazendo com que o jovem as honre e dignifique ainda mais em
sua vida diária. É ainda nesse Grau que o jovem possui o primeiro contato com o
esoterismo oferecido pela Ordem, através de toda a simbologia embutida na disposição
dos objetos dentro da Sala Capitular, nos Oficiais das sessões e em seus paramentos, e
principalmente na ritualística que rege as sessões. É durante esse Grau que ocorre o
contato de maior valor com a Ordem, pois se definem a qualidade que terá o jovem
como Filhos de Hórus ativo. Portanto, despertar o interesse sobre a Ordem da forma
correta é um trabalho delicado e muito importante, para que se tenham resultados dos
ensinamentos oferecidos por ela no dia a dia de seus membros, tornando o mundo
melhor a sua volta.
Grau Filho de Hórus: Segundo grau da Ordem, alcançado pelos Filhos de
Hórus esforçados, que após demonstrarem merecimento e conhecimentos adquiridos na
convivência capitular e estudos pertinentes a grau iniciático. A aquisição dos graus varia
de acordo com requisitos pré-estabelecidos, tais como idade mínima; tempo decorrido
após a iniciação e mérito no cumprimento das tarefas oferecidas pelo grau em que se
encontra antes de receber o grau Filhos de Hórus deve-se fazer de cor um exame de
proficiência.

Como participar da Ordem Filho de Hórus


Para que um jovem participe da Ordem Filho de Hórus, é preciso que o mesmo
seja indicado por dois membros ativos da Ordem ou um Sênior Filho de Hórus ou um
Mestre Cainita, todos devidamente regulares em suas potências. O jovem escolhido
deve ser destaque no meio onde vive e preencher as seguintes características
necessárias:

Ter entre 14 anos completos e 21 incompletos;


Possuir, ao menos, grande maioria das virtudes defendidas pela Ordem;
Sendo indispensável que creia em um ser superior (independente de religião);
Ser indicado por um membro ativo do Capítulo (Unidade administrativa da Ordem);
Ser uma pessoa de caráter e ética;
A maioria dos Filhos de Hórus aceite a sua entrada;
Os candidatos ao ingresso na Ordem Filhos de Hórus não são escolhidos aleatoriamente.
Passam por um rigoroso processo de seleção, e serão informados de sua indicação
apenas após serem aprovados. Depois de serem aprovados, dois Filhos de Hórus vão à
casa do indicado e lhe fazem perguntas constantes de um questionário. Se as respostas
deste questionário forem satisfatórias é marcada uma reunião com os pais do indicado e
o próprio.
O Símbolo da Ordem dos Filhos de Hórus, pela
Caimária:

O Símbolo oficial e reconhecido


pela Confederação Universal da Ordem
dos Cainitas – A Caimária do Brasil foi
desenhado pelo Anfitrião Saltense
William Lafontinne e, foi considerado
de uso oficial apoiado pelo ministério,
recentemente, na terça-feira, 25 de maio
de 2010.
Constituído a partir da união de
cinco símbolos importantes, a bandeira
da fraternidade jovem, já pode ser
hasteada.
A Flor-de-lis ao alto, simbolizando o
grupo de jovens; os quatro filhos de
Hórus ao centro; o pentagrama
representando o corpo humano e,
simbolizando o objetivo principal da
Ordem: Proteger o Templo Carne;
Hórus, abaixo, representado pela ave
egípcia e as folhas de Acácia, nas suas
fuás formas, sobre o nome da Ordem:
FILHOS DE HÓRUS.
CAPITULO IV
Demais símbolos
GLOSSÁRIO DE SÍMBOLOS:

Abelha: Símbolo da realeza, símbolo da organização e do trabalho,


inteligência, trabalho operário, espiritualmente significa a emanação
divina.

Abracadabra: Palavra de poder, de origem hebraica cabalística, está relacionada


com Abraxas e com o Deus Solar Mitra. Geralmente inscrita dentro de um
triângulo invertido na disposição.

Abraxas: Simboliza o supremo poder, que rege o sistema solar e


concentra a potencia dos planetas.

Acácia: Símbolo que representa a busca do homem pelos mistérios da


morte.

Agni: Deus do Fogo, na religião Védica, simboliza "Éter


Luminífero" (Tejas Tattwa), o elemento básico da criação natural.

Águia: símbolo da audácia,


capacidade de ver, investigar,
equivale ao LEÃO NA TERRA.
Âncora: Símbolo da esperança, fixação, poder e estabilidade.

Anel: Símbolo da União, do ciclo cósmico e metafísico, também simboliza a


proteção, o poder concentrado.

Arca: Mito hebraico, a arca da aliança, simboliza em todas as


doutrinas, o poder de preservar, guardar, ocultar, assegurar o
renascimento.

Borboleta: Significa a alma do ser humano, a libertação do casulo,


o vôo da liberdade. Símbolo do renascimento.

Caduceu: Cetro, Bengala especial, Vara entrelaçada de duas


Serpentes. O caduceu simboliza um cetro que é a coluna
vertebral e as duas serpentes seriam a energia sexual que
sobe com duas energias positiva e negativa (duas serpentes),
essa energia chama-se Kundalini.
Símbolo do Deus grego Hermes (Mercúrio romano),
emblema do equilíbrio moral e da boa conduta.

Cavalo: Presente em todas as mitologias, até por ser um


elemento parceiro do homem, do guerreiro. Está associado à
força e ao desejo material, a força sexual. Também
mitologicamente o Centauro é a união desses elementos O
HOMEM (força espiritual, inteligência), CAVALO (força
material).
Caveira ou Crânio: Símbolo do caráter transitório, da morte e do
tempo pré-determinado da existência humana no planeta terra. É o
elemento básico da mudança, da transmutação, seria a caveira o:
Recipiente da transformação.

Chave: Símbolo da iniciação, do principio, daquele que guarda o


segredo. Simboliza a conquista do iniciado, no caminho da
espiritualidade. A chave contém o segredo, abre o portal do caminho.

Chumbo: Emblema da Prudência, austeridade, simboliza o isolamento, a


segregação, negativamente representa o egoísmo, a preguiça e o temor. Está
relacionado ao planeta Saturno.
Cisne: Na mitologia clássica, era o animal consagrado ao Deus Apolo e também a
Deusa Afrodite (Vênus). No cristianismo evoca a pureza. Símbolo místico e
ocultista dos maçons e dos cainitas. Também significa o masculino e feminino, já
que seu pescoço longo é um símbolo fálico masculino, e o corpo com delineação
circulares e formas arredondadas, e sua graciosidade lembra o corpo de uma
mulher.
Cobre: Metal de Vênus significa em seu aspecto positivo o amor, a fecundidade e
a capacidade criadora. Em seu aspecto negativo a luxúria.

Coluna: Símbolo da firmeza, da sustentação: Sabedoria, força e beleza.


Cores: Símbolo visual das sintonias vibracionais, a cor está relacionado ao sentido
visual, sentido nobre dos animais, principalmente no reino hominal. Mas as flores
são usadas pelo reino mineral, escalonando uma hierarquia nobre, no reino vegetal
(cores atrativas das flores), para atrair e conseguir seus objetivos de reprodução.
Vermelho: - Matéria, virilidade, valentia, ousadia, calor, paixão. Azul: - Bondade,
lealdade, glória, caridade. Verde: - Esperança, força, juventude, regeneração, cura.
Violeta: - Prudência, modéstia, penitência. Amarelo, Alaranjado: - intuição,
confiança, sabedoria, intelecto. Branco: - Pureza, alegria, neutralidade. - Negro:
inconsciência, ignorância, segredo, mistério, luto, recolhimento, angustia, medo,
chamada como "noite escura da alma".

Coração: Um símbolo universal. A maioria das escolas iniciáticas


considera a existência de 3 centros vitais e espirituais do ser
humano: O cérebro, o coração e o sexo. Justamente a tríade
chakriana: Chakra coronário (superior), chakra cardíaco (médio),
Chakra Kundalinico (Inferior). Símbolo do amor, da felicidade, da
bondade, é o regulador maior da emoção humana. O coração era
única víscera deixada no interior da múmia no antigo Egito.
Corno: Os chifres são armas naturais dos animais que precisam lutar e conquistar
território, grupos. Simboliza a força, a potência, a elevação do poder e da
dignidade, perseverança, a fertilidade. Pela parte negativo, a
teimosia, impotência. Também atributo dos caídos, como símbolo
da crueldade e da maldade. A abertura do chakra coronário, e de
dois chakras laterais ao coronário de nível grande, para os
videntes, parece cornos vistos de frente, isso explica porque
Moisés é transfigurado em uma imagem com cornos. (a cabeça
tem cinco chakras grandes no centro o magno coronário).
Coruja: Símbolo dúbio. Por ser uma ave noturna, que a tudo
observa, simboliza o mau agouro em algumas situações, símbolo
da morte. Como enxerga nas trevas, simboliza também o
conhecimento, por estar sempre em vigília, também trás consigo
grande sabedoria

Dragão: O dragão tem atributos da serpente, garras de leão, e


manipula o elemento FOGO. Simbolizam os instintos
primitivos, a animalidade, a força etérica, densa, por isso a luta
do homem em matar os dragões que moram em cavernas (seria
o DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA).
Escada: Significa a caminhada, a evolução a ascensão ou
involução. A ESCADA DE JACÓ, a conquista de etapas, das
virtudes. Também significa a passagem de um plano para outro.

Escaravelho: Símbolo espiritual e mitológico egípcio, venerado pelos


mesmos, por este possuir a capacidade de sobrevivência, também de
carregar o disco solar, que é um atributo desses insetos de fazer uma
esfera maior que ele, com lama, terra, e rolar estas por longas
distancias. Com o nome de Kepri, é um emblema do Deus Solar.

Esfinge: Representa o DESAFIO. Esfinge é uma imagem icônica de um leão


estendido com a cabeça de um falcão ou de uma pessoa, inventada pelos egípcios
do império antigo, mas uma cultura importada da mitologia grega. Tem como
finalidade ser guardiã da pirâmide. Havia uma única esfinge na mitologia grega,
um demônio exclusivo de
destruição e má sorte, de acordo
com Hesíodo uma filha da Quimera
e de Ortro ou, de acordo com
outros, de Tifão e de Equídina—
todas destas figuras ctônicas. Ela
era representada em pintura de vaso
e baixos-relevos mais
freqüentemente assentada ereta de
preferência do que estendida, como
um leão alado com uma cabeça de
mulher; ou ela foi uma mulher com
as patas, garras e peitos de um leão,
uma cauda de serpente e asas de
águia. Hera ou Ares mandaram a
esfinge de sua casa na Etiópia (os
gregos lembraram a origem
estrangeira da esfinge) para Tebas
e, em Édipo Rei de Sófocles,
pergunta a todos que passam o
quebra-cabeça mais famoso da
história; conhecido como o enigma
da esfinge, decifra-me ou devoro-
te:
"Que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem
três? " - Ela estrangulava qualquer inábil a responder, dai a origem do nome
esfinge, que deriva do grego sphingo, querendo dizer estrangular.
Édipo resolveu o quebra-cabeça: O homem — engatinha como bebê, anda sobre
dois pés na idade adulta, e usa um arrimo (bengala) quando é ancião. Furiosa com
tal resposta, a esfinge teria cometido suicídio, atirando-se de um precipício.
Estanho: Metal correspondente ao planeta Júpiter. Simboliza a benevolência e a
justiça. Em seus aspectos negativos corresponde a gula e a cobiça, vícios.

Falcão: Ave sagrada dos egípcios, consagrada ao Deus Hórus,


análogo a águia. O falcão simboliza a ALMA.

Falo: Órgão sexual masculino, símbolo universal da fertilidade. Sem conotação


obscena o oriente cultua o falo com símbolo da continuação da espécie humana.

Fenix: Ave mitológica da ave, que arde em sua chama e renasce da


própria cinza. Simboliza a imortalidade da alma. Alguns alegam a
própria reencarnação.

Ferro: Metal correspondente ao planeta Marte, simboliza a força, a atividade


construtiva.
Gato: É um dos animais mais místicos, está vinculado aos poderes sobrenaturais. É um
animal vinculado ao ocultismo. No Egito o gato é um símbolo importante dentro do
contexto, como as Deusas Ísis e Bast, com corpo de mulher e cabeça de gato. O gato é
considerado um vitalizador, um doador
magnético, ao ser humano. Outras fontes alegam
que o gato limpa os locais densos (detritos
energéticos). Também alertas de intrusos sutis de
nível etéricos e astrais, seriam guardiões dos
locais contra seres maléficos. A mais antiga
deusa felina conhecida é chamada de Mafdet e é
representada nos textos das pirâmides matando
uma serpente com suas garras. Mas os deuses-
gatos mais famoso são Bastet e Sekhmet.Bastet é
representada freqüentemente com o corpo de uma
mulher e a cabeça de um gato. Os egípcios
adoravam Bastet como a deusa da casa e
protetora das mulheres, das crianças e dos gatos
domésticos. Era também a deusa da alvorada, da
música, dança, do prazer, da família, da
fertilidade e do nascimento.
Sua contraparte má era a deusa Sekhmet que representava a força destrutiva. Era
conhecida como a deusa da guerra e da peste. Mas foi domesticada por Ra (que
começou a domesticá-la fingindo de bêbado) e se transformou em protetora poderosa
dos seres humanos.
Grifo: Animal mítico, com cabeça de águia, corpo de leão e
cauda de serpente. Pertence à mitologia babilônica, é um animal
benéfico que se encontra no caminho da iniciação, segundo a
mitologia ele é um guardião protetor.

Incenso: A queima de essências aromáticas produzindo uma fumaça perfumada


que impregna o ambiente, segundo os teósofos, ocultistas, a função do incenso, é
de purificar. A fumaça tem uma grande importância nos rituais primitivos.
Acredita-se que a fumaça está muito próxima do plano etérico.
I.N.R.I: Abreviatura de Iesu Nazarenus Rex Iudeorum (Jesus de
Nazareno reis dos judeus), inscrição de Pilatos afixado na cruz de Jesus
Cristo. Na simbologia rosa cruz, quer dizer: Igni Natura Renovatur
Integra ("A natureza é completamente renovada pelo fogo").

Labirinto: Simboliza a vida humana e seus percalços, se perder num labirinto,


retornar a lugares já visitados, não encontrar a saída, são as
vivencias do ser em seus corpos, e cair-nos mesmo vícios,
nas mesmas armadilhas, se perderem no caminho.
Lendariamente, temos a lenda do Minotauro, onde Teseu
cai num labirinto cavernoso em Creta, e tem que lutar ou
fugir com o monstro, um ser medonho com cabeça de
touro. Simbolicamente, Teseu luta contra si mesmo, o
monstro figura suas paixões, a caverna o inconsciente, o
labirinto toda a caminhada. Ariadne, a moça que lhe
ajudou a sair do labirinto dando-lhe um novelo de lã, é a inteligência do instinto, a
intuição.
Leão: Símbolo Solar, considerado o rei dos animais da terra,
como a água dos ares. Símbolo da força ativa, positiva,
masculina, está ligado ao elemento terra e o Leão alado ao
elemento fogo. Seu ponto fraco vem da água.

Lótus: Planta sagrada no oriente. Os egípcios a relacionam ao sol. No


budismo símbolo da pureza total. A semente de Lótus contém em seu
interior uma perfeita miniatura da futura planta, tal como um protótipo
espiritual de todas as coisas que existem nos mundos imateriais antes
de manifestarem-se no plano material. Lótus enfia suas raízes na lama e dali tira
todo o seu sustento, com sua esplendorosa beleza. Analogicamente as raízes
enterradas na terra representam o corpo físico. As folhas flutuantes no elemento
água significam as emoções. A flor inserida no elemento ar significa o intelecto.
Louro: Simboliza a glória, o triunfo, planta consagrada ao Deus
Apolo. Esotericamente simboliza uma coroa posta no chakra coronário
mostrando a gloria do autoconhecimento.

Mefistófeles: Nome de um espírito maléfico.


O diabo. Mefistófeles é uma personagem-
chave em todas as versões de Fausto, sendo a
mais popular destas, a do escritor alemão
Johann Wolfgang Von Goethe. Mefistófeles
aparece ao Dr. Fausto, um velho cientista,
cansado da vida e frustrado por não possuir os
conhecimentos tão vastos como gostaria de
ter, e este decide entregar-lhe a sua alma em
troca de alcançar o grau máximo da sabedoria,
ser rejuvenescido e obter o amor de uma bela
donzela.

Olho de Hórus: Os antigos egípcios usavam um sistema de frações baseado em


caracteres distintos, tipo 1/2 era um
símbolo, 3/4 era outro, etc, mas tinham
alguma regra geral. Em particular, as
frações do tipo 1/2^n (que seriam tipo 1/2,
1/4, 1/8, 1/16, 1/32...) tinham símbolos
especiais, e, adivinham, a associação
desses símbolos, do 1/2 até o 1/64 é o olho
de Hórus.
1/2 representa o olfato.
1/4 representa a visão.
1/8 representa o pensamento, que seria a
sobrancelha.
1/16 representa a audição.
1/32 representa o paladar, uma lingüinha bem comprida, e não um rabo como eu
imaginava.
1/64 representa o tato, que seriam as duas perninhas em contato com o mundo
embaixo.
Hoje em dia, o Olho de Hórus adquiriu também outro significado e é usado para
evitar o mal e espantar inveja (mau-olhado), mas continua com a idéia de trazer
proteção, vigor e saúde.

Ouroboros: A cobra que morde o próprio rabo, símbolo da continuidade


da vida, significa o movimento perpétuo do cosmo. Significa que todo
começo contém em si o fim e todo fim contém em si o começo.
Pedra: Símbolo mais antigo, a pedra é o símbolo da unidade, do
principio, da força, da materialidade, da durabilidade, da
resistência. A Pedra Bruta na Caimária, tem o significado do
homem primitivo, sem cultura, sem instrução e a Pedra Bruta
deve ser polido com cinzel (vontade) e o martelo (vontade) os
símbolos de Hiram Abiff, o cainita construtor.

Pelicano: É sempre representado no momento em que se abre as


suas entranhas para alimentar seus filhotes, sempre em números
considerados sagrados: 3-5-7. A Caimária vê no Pelicano o DEUS
alimentando o seu Cosmos com a própria substância.

Pilar: Simboliza o eixo do mundo, sustentação, coluna


vertebral. O pilar representa a firmeza de uma estrutura.
Ponte: Símbolo da transição, do contato entre dois planos, da comunicação, desejo
inconsciente de mudança. Mediunidade. Aquilo que está no outro lado. A imagem
(acima) que reúne diversos símbolos cainitas e mitológicos é uma representação dos
estudos Secretos da Iniciação dentro da Ordem.
Por mais simples que possa parecer somente à leitura simbológica deste quadro
poderá se aproximar, no mínimo, no superficial significado. A Casa, o Grande Salão
e/ou os Elisios são ornamentados com pinturas, quadros e desenhos em alto ou baixo
relevo; com os símbolos cainitas, forçando os Membros a se familiarizar com essa
linguagem de imagens.
Não há como fugir da simbologia dentro da Caimária; ela é praticamente
composta de símbolos e emblemas que, são um tanto enigmáticos aos ’Profanos’.

Existem também, alguns outros símbolos criados para a comunicação entre os


Membros dos Graus Filosóficos e os Membros dos Altos Graus. Essa comunicação
particular não é, de forma alguma, um ato ignorante contra os Irmãos pertencentes aos
graus simbólicos; porém, é uma ferramenta que desperta a curiosidade nos estudos e na
filosofia cainita.
Caros Irmãos Leitores e estudantes

Este é o ÚLTIMO dos três Livros do Estudante criado para satisfazer a


curiosidade e para animar o neófito e/ou candidato a participar da Confederação
Universal da Ordem dos Cainitas – A Caimária do Brasil.
Estes livros foram formulados cuidadosamente para abranger os diversos
vértices da Caimária, sem interferir na Lei da Máscara e do Silêncio imposta pelo
Juramento dos Irmãos Arcontes do 65ºG da Pirâmide Hierárquica – A Escada da Piro.
Este livro pode ser publicado, pois os Professores e Estudiosos do 61ºG, Os
Cavaleiros Mestres, já analisaram todo o perfil destes documentos e, não há nada que
possa interferir nas regras preditas pelo Livro da Lei que está no Grande Salão.
Os próximos temas serão abordados juntos aos seus respectivos Tutores; os
Irmãos Anfitriões que foram responsáveis pelo vosso convite e pelo vosso estudo,
patrocinado pela Primeira Casa Oficial W:.L:.

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