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ELEIÇÕES 2002 VII

Jarbas admite “esquecer” de José Serra


Publicado em 31.08.2002

por ANDRÉA TAVARES


Enviada especial

SIRINHAÉM – Nem mesmo o crescimento do presidenciável José Serra


(PSDB) nas pesquisas de intenção de voto entusiasma o governador-candidato
Jarbas Vasconcelos (PMDB), pelo menos no que diz respeito a pedir votos.
Ontem à noite, durante a primeira visita de campanha à Zona da Mata, Jarbas
pediu votos para os senadores da Coligação União por Pernambuco, Marco
Maciel (PFL) e Sérgio Guerra (PSDB) – mas continuou sem citar o nome de
Serra, que estará mais uma vez no Recife, no próximo dia 4. “Não peço votos
para Serra por puro esquecimento”, admitiu, depois.

Jarbas acusou o PT de denuncismo e assegurou que não pretende baixar o


nível no guia eleitoral. “Não vamos dar tiro no próprio pé. Deixamos de fazer
muitos comícios para investir o dinheiro em pesquisas diárias. Elas apontam
que 80% da população não quer ver baixaria e asseguro que não há nenhuma
orientação da minha parte para mudar o formato do nosso programa. Mas
também admito que há munição para responder aos torpedos.”

Os candidatos majoritários da União por Pernambuco visitaram Sirinhaém, Rio


Formoso e Barreiros. O público presente em Sirinhaém foi inferior àquele que
há cerca de um mês acompanhou a visita dos candidatos do PSB. Um
comerciante, que preferiu não se identificar, justificou o fato dizendo que Arraes
(o ex-governador Miguel Arraes) ainda é muito querido na região.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 500 pessoas participaram da caminhada


‘vapt-vupt’ do governador-candidato. Os comícios realizados em Rio Formoso e
Barreiros duraram cerca de 15 minutos cada um e foram acompanhados por,
aproximadamente, duas mil pessoas. Na visita dos socialistas, o público
estimado foi de cinco mil pessoas.

Jarbas não apresentou propostas para os municípios e esteve o tempo todo


preocupado com as imagens que serão colocadas no guia eleitoral. Nos
discursos, além de fazer críticas ao PT, também disparou contra o último
Governo Miguel Arraes (95/98), relembrando a polêmica operação dos
precatórios.

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