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Língua Portuguesa
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Didática Geral
Didática da História
Prática Didática da Geografia
Didática das Ciências Naturais
Didática da Matemática
Didática da Língua Portuguesa
Prática Pedagógica
ENSINO FUNDAMENTAL/ EJA / EDUCAÇÃO ESPECIAL
• Articulação dos saberes e experiências manifestos na cultura, por meio de diferentes recursos e
ferramentas disponíveis, visando à construção do conhecimento científico.
Realização de situações de comunicação interpessoal que exijam constante reflexão,
reorganização de conceitos e negociação de sentidos relativos às diferentes linguagens.
COMPONENTE CURRICULAR
LÌNGUA PORTUGUESA
Para ensinar Língua Portuguesa, assim como as demais disciplinas, é fundamental que se
reveja e se avalie concepções, objetivos, procedimentos e resultados, de forma que todas as ações
pedagógicas possam convergir para um ponto comum: ampliar as competências comunicativo-
interacionais dos educandos. O empenho de se fazer essa reflexão sobre a ação pedagógica nas
práticas diárias do ensino de língua, constitui-se em uma vigília constante sobre o que se pretende
ensinar, para que se pretende ensinar, como se pretende ensinar, o que e como estão sendo
avaliados os conteúdos escolares.
Dessa forma, o professor encontra condições de não ser apenas um mero repetidor de listas
de conteúdos, muitas vezes alheios à língua que se fala, ouve, lê e escreve.
Nossa intenção é oferecer aos colegas professores, que assumem a tarefa de ensinar Língua
Portuguesa na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, algumas orientações
que poderão ajudá-los em suas práticas cotidianas, porém só serão válidas se refletidas critica e
criativamente por cada um dos profissionais envolvidos no processo de formar estudantes para o
exercício pleno da cidadania, através da linguagem oral e escrita, nas praticas sociais.
Assumimos a concepção sociointerativa da linguagem que leva em consideração tanto às
formas lingüísticas como todos os aspectos envolvidos em seu funcionamento, considerando a
textualização e a compreensão em que se enquadram esses textos, níveis de linguagem e
interlocutores, na visão de que a língua é um elemento cognitivo e social, constitutiva da realidade e
essencialmente dialógica.
A partir dessa concepção de linguagem como interação, as variedades lingüísticas e as
teorias do texto/discurso, propomos que o ensino se efetive através de práticas articuladas: práticas
de oralidade, práticas de leitura e escrita de textos e práticas de análise lingüística.
Práticas de oralidade
Seria uma prática social interativa que se apresenta sob variadas formas ou gêneros textuais
fundados na realidade sonora; ela vai desde uma realização mais informal a mais formal, nos variados
contextos de uso. Nesse sentido, o papel da escola seria o de mostrar aos alunos a grande variedade
da fala, conscientizando-os de que a língua não é homogênea, monolítica, trabalhando com eles
diferentes níveis, desde o coloquial até o mais formal.
Assim, não se deve considerar nos atos de interação oral o “certo” e o “errado”, mas saber
que variedade lingüística utilizar nos diferentes contextos sociais, ou seja, adequar o registro às
diferentes situações de comunicação, considerando as diferentes intenções e os diferentes
interlocutores. Isso implica em considerar as variedades lingüísticas existentes (regionais e sociais) na
sociedade7.
No documento propõe-se que duas questões sejam consideradas:
• Embora a oralidade e a escrita da língua apresentem similaridade, há diferenças entre elas
pois: a fala é espontânea, a interação se dá, na maioria das vezes, face a face e é complementada
com recursos extralingüísticos, enquanto que a escrita é planejada, elaborada e tem predominância de
frases mais complexas e subordinadas.
• Saber ouvir com atenção e respeito diferentes interlocutores é fundamental, pois se não
houver ouvinte, a interação não acontece.
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Antunes, 2003
O desenvolvimento da competência discursiva dos estudantes dependerá de um trabalho
sistematizado, tanto no nível da textualidade (estrutura macro e micro dos gêneros textuais) como no
nível da gramática (competência lingüística). Assim, o isolamento de unidades mínimas é um
procedimento de análise que só tem sentido se retomar ao nível do texto. A análise do uso de
determinada palavra em um contexto só terá sentido se contribuir para a compreensão do
funcionamento da língua.
Nessa perspectiva, o objetivo do ensino da língua não é formar gramáticos ou lingüistas
descritistas, mas usuários da língua, pessoas capazes de agir verbalmente de modo autônomo e
eficaz, na perspectiva dos propósitos das múltiplas situações de interação em que estejam engajados.
Possenti (1999) define gramática a partir da noção de conjunto de regras: as que devem ser
seguidas (gramática normativa), as que são seguidas (gramática descritiva) e as que o falante domina
(gramática internalizada).
Devemos considerar como competência geral para o ensino da língua a ampliação da
capacidade discursiva do aluno em atividades de uso da mesma, de maneira a compreender outras
exigências de adequação da linguagem como, por exemplo: argumentatividade, situacionalidade,
intertextualidade, informatividade, referenciação, concordância, regência, formalidade e informalidade.
Quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes tipos e gêneros textuais, mais fácil será
assimilar as regularidades que determinam o seu uso (norma padrão).
Para isso, a análise lingüistica9 surge como alternativa de complementar as práticas de leitura
e produção de textos, visto que ela possibilita a reflexão consciente sobre os fenômenos gramaticais e
textual-discursivos que perpassam os usos lingüísticos, do ler/escutar, de produzir textos ou de refletir
sobre esses mesmos usos da língua.
Em relação à Literatura, esta tem sido uma forte aliada no desenvolvimento cultural dos
educandos. É importante não ser concebida como uma prática utilitária de leitura ou o texto literário
servir como pretexto para o trabalho da gramática ou de outras disciplinas do currículo, mas como
instituição autônoma com fim em si mesma, funcionando como um jogo em torno da linguagem, das
idéias, das formas, sem subordinação a um objetivo prático imediato.
É fundamental ter claro o que se pretende em relação ao ensino da literatura, qual concepção
de literatura será privilegiada e que tipo de leitor se quer formar. Nessa proposta, a intenção é
contribuir para a formação um leitor capaz de sentir e de expressar estes sentimentos, com condições
de reconhecer nas aulas de literatura um envolvimento de subjetividade que se expressam pela tríade
obra – autor – leitor, por meio de uma interação presente no ato de ler. Nessa relação, a
representação de mundo do leitor se confronta com a do autor em um ato solidário de leitura.
No Ensino Médio, o aluno deve, também, saber identificar obras com determinados períodos,
percebendo-as como típicas de seu tempo ou antecipatórias de novas tendências. Para isso, é
preciso exercitar o reconhecimento de elementos que identificam e singularizam as obras, vários
deles relacionados a conceitos já destacados anteriormente.(PCN +, 2002, p.65).
Portanto, o desafio do professor é oportunizar experiências de leitura, promovendo a interação
entre obras literárias de gêneros distintos e períodos diversos aos estudantes, instigando a reflexão
sobre o que leu, o juízo de valor, com o objetivo de ampliar seus horizontes de expectativas em
relação à obra.
Assim, o trabalho com a linguagem, na escola, nos três níveis de ensino, Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Ensino Médio, deve considerar os saberes dos estudantes, bem como o
desenvolvimento de outros saberes que possibilitem o desenvolvimento de competências de
oralidade, leitura e escrita e de reflexão sobre a língua.
Salientamos que o trabalho com a Língua Portuguesa nos diferentes níveis e modalidades de
ensino deverá contemplar os diversos gêneros textuais existentes nas diferentes situações de
interação social, devendo ser selecionados considerando-se os níveis de ensino/uso social
relacionado à faixa etária/níveis de interesse dos alunos.
Sugerimos, portanto, alguns gêneros que deverão estar presentes na sala de aula: parlendas,
cantigas, contos, poemas, lendas populares, cordel, repente, piadas, advinhas, quadrinhas,
provérbios, trava-línguas, chamada telefônica, slogans, jingles, entrevistas, reportagens, notícias,
comentários, relatos, peças teatrais, palestras, debate, rezas, crônicas, romances, lendas, fábulas,
horóscopo, cartas, bilhetes, telegrama, e-mail, cartões postais, cartões comemorativos, convites,
agendas, lista de compra, gráficos, tabelas, verbetes, calendários, mapas, cartazes, panfletos,
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O termo análise lingüística surgiu para denominar uma nova perspectiva de reflexão sobre o sistema lingüístico e sobre os usos da
língua, com vistas ao tratamento escolar de fenômenos gramaticais, textuais e discursivos (Mendonça, 2006).
anúncios, avisos, comunicados, placas, manuais de instrução, receitas, bulas, guias, textos de
opinião, entrevista, biografias,, certidão de nascimento, listas, declaração, história em quadrinhos,
tiras, novelas, filmes, desenhos, fotos, artigos científicos, resumo, etc.,em diferentes suportes (livros,
revistas, jornal, mídia, etc.), devendo-se observar àqueles que se adequam ao trabalho com a
oralidade, com a leitura e com a escrita.
EIXO: ORALIDADE
Competências:
Saberes:
• Texto oral;
• Diálogos / respeito aos turnos;
• Elementos supra-textuais (gestos, expressões fisionômicas, entonação, rítimo);
• Variedades lingüísticas (formal, informal, regional, de geração);
• Intencionalidade no discurso;
• Ideologia no discurso;
• Língua como bem cultural;
• Argumentação e contra-argumentação.
EIXO: LEITURA
Competências:
Saberes:
EIXO: ESCRITA
Competências:
• Utilização dos recursos estruturais do texto tais como: paragrafação, emprego da letra
maiúscula, pontuação, etc.;
Saberes:
Competências:
Saberes:
COMPONENTE CURRICULAR
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA / INGLÊS
Competências:
Saberes:
• Uso da linguagem em situações de diálogo entre falantes que partilham o mesmo
idioma, pautado por regras comuns e reciprocamente convencionadas; conhecimento
das regras e convenções que regem determinado sistema lingüístico no âmbito do uso
de recursos fonológicos, morfológicos, sintáticos e semânticos;
• Leitura e produção de textos, articulados segundo sentidos produzidos ou
objetivados intencionalmente, de acordo com normas estabelecidas nos vários códigos
estrangeiros modernos, percebendo contextos de uso bem como diferenças entre os
diversos gêneros textuais;
• Domínio de técnicas de leitura: (skimming, scanning, prediction), na percepção e na
identificação de índices de interpretação textual: (gráficos, tabelas, datas, números,
itemização, títulos e subtítulo, elementos de estilo e gênero);
• Formação do leitor, intérprete e produtor de textos – capaz de se apropriar do
conhecimento e fazer uso autônomo dele.
Saberes:
• Leitura e interpretação de textos escritos, e / ou de orais – pela inter-relação dos
componentes envolvidos no ato comunicativo com um todo coerente, que implica
aspectos socioculturais, intra e extralingüísticos;
• Escolha de diferentes registros, o uso de gírias, da norma culta ou de variações
dialetais;
• Dinamismo: empréstimos lingüísticos e as constantes aquisições e renovação que
ocorrem no eixo temporal;
• Tradição ortográfica: conservadorismo lingüístico no eixo temporal;
• Contextualização de correntes estilísticas o estudo literário;
• Reflexão sobre intencionalidades, escolhas lingüísticas, contextos de uso e gêneros
textuais, questões culturais;
• Ampliação de interações com outros / processo reforçador de trocas culturais
enriquecedoras e necessárias para a construção da própria identidade;
• Utilização da metalinguagem: (norma culta e uso informal da língua): ordenação de
palavras na frase, sistemas de interrogação e negação, colocação pronominal, uso de
expressões idiomáticas, uso de plurais irregulares etc.;
• Aplicação de tecnologias da informação na busca de informações em outro idioma,
como acesso ao ciberespaço por meio do vocábulo usual da informática no contexto
dos sites da internet.
Competências
Saberes:
• Acesso ao conhecimento e à informação em sentido amplo; processos de
interlocução, produção do discurso oral e escrito, bem como a leitura e a interpretação
de enunciados em seus contextos de uso;
• Refletir sobre a língua inglesa (e as demais linguagens) como códigos de
legitimação de acordos de sentidos, negociados a partir de características simbólicas,
arbitradas e convencionadas no contexto dos discursos usados nas várias esferas
da vida social;
• Identificação de razões e motivos que justificam, no eixo temporal, a existência de
produtos culturais que mantêm estreita relação com a realidade histórica que os
circunda;
• Usufruto do patrimônio cultural da humanidade a parir da aprendizagem de línguas
estrangeiras; acesso ao conhecimento e ao fazer cultural universal para construir sua
própria identidade cultural;
• Análise mais acurada do seu contexto social, ao compará-lo com outras culturas e
visões de mundo;
• Solução de problemas de vocabulário, reflexão (metódica e fundamentada em
conhecimentos sociolingüísticos) sobre a necessidade efetiva dos empréstimos
lingüísticos da informática empregado no Brasil.
ENSINO FUNDAMENTAL/ EJA / EDUCAÇÃO ESPECIAL
COMPONENTE CURRICULAR
ARTE
Desde os tempos mais remotos, o homem utiliza o fazer artístico para expressar suas
idéias, pensamentos e sentimentos. É através dela que ele interpreta e reinterpreta, cria e
recria o mundo em que vive. A arte é uma construção sócio-histórica, diretamente vinculada
com o contexto no qual a obra/objeto foi produzida, sendo influenciada, direta ou
indiretamente, por vários fatores, como: história, geografia, psicologia e antropologia. Tudo
isso faz da arte um universo de simbologia rico e diversificado, variando de acordo com a
cultura de cada artista.
A arte tem por objeto de estudo as diferentes linguagens e contextos das obras ou
manifestações artísticas e culturais e sua interação com a realidade, devendo a escola
propiciar aos estudantes o contato com a produção artística de forma instigante e significativa,
sendo o professor mediador entre esta produção e os alunos suscitando o diálogo, o
questionamento e a análise da mesma.
No que se refere ao ensino-aprendizagem, há três ações básicas a serem
contempladas: o ler, o fazer e o contextualizar a arte. No entanto nenhuma dessas ações deve
ser privilegiada em detrimento das outras, mas contemplar as semelhanças e pontos comuns
entre elas.
O estudo da arte se dará a partir dos quatro eixos: arte visual, teatro, música e dança.
Vivemos num mundo predominantemente visual. A vida cotidiana está cercada por
mídias que vendem todo tipo de produto, idéias, conceitos e comportamentos. As artes visuais
englobam tanto as formas tradicionais: pintura, desenho, escultura, gravura, arquitetura quanto
as mais recentes: fotografia, cinema, televisão, vídeo, holografia, web arte, instalação, moda,
performance etc. Vivemos num mundo midiático no qual o apelo visual é muito forte, por isso é
preciso ter claro que o que se vê não é um dado real, mas o que o indivíduo consegue captar,
carregado de influências externas. A atitude de olhar, de perceber através da visão, se
aprende se constrói.
O teatro é uma linguagem utilizada por diferentes culturas desde os tempos mais
remotos. Ele pode ser constituído na relação com outras linguagens (música, literatura, dança
etc.) criando uma rede de intertextualidade e interdisciplinaridade.
A escola pode trabalhar o teatro através de brincadeiras de faz-de-conta, bem como
jogos dramáticos ou teatrais permitindo aos alunos a vivência de personagens do seu
cotidiano, aprendendo a lidar com regras e a realizar a interpretação do mundo real – em seus
aspectos afetivos, sociais e culturais.
A música é a arte de comunicar-se através da sonoridade, combinando sons e
silêncios. Ela também está presente desde as civilizações mais antigas, muitas vezes
relacionada a cultos religiosos, compondo o patrimônio cultural da humanidade. Também
apresenta uma boa interdisciplinaridade pela sua interação com as demais linguagens. A
apreciação e a escuta musical pode ser trabalhada através da ludicidade, colocando a
diversidade sonora ao alcance do aluno de forma prazerosa, ajudando-o a construir sua
identidade musical e o sentido de grupo. Ela nos permite perceber os sons produzidos pela
natureza ou no ambiente cultural.
A dança representou para os nossos antepassados a possibilidade de agradar aos
deuses e a vontade de manifestar alegria, contentamento. Muitas danças, principalmente na
Grécia, tinham por objetivo contar história de deuses e heróis, era uma representação sem fala
mas os que assistiam sabiam de que história se tratava.
Há danças típicas e especificas de cada país e ou região, cada qual com sua
historicidade e características próprias. A dança deve ser uma expressão da alma, de
sentimentos e não apenas de técnicas.
A arte deve servir para ampliar os horizontes do aluno e seu ensino, deve objetivar o
desenvolvimento.
Competências:
• Conhecimento, analise e observação das relações entre a arte visual com as outras
modalidades artísticas e, também, com as demais áreas do conhecimento humano;
Saberes:
• Leitura de imagem;
• Elementos da linguagem visual e sua articulação em obras de arte e nas próprias
produções;
• Técnicas da arte visual: desenho, pintura, colagem, gravura, escultura, fotografia,
cinema, moda, design, arte em computador, etc.
• História da Arte visual e seus principais artistas (mundial/ brasileira / regional).
EIXO: DANÇA
Competências:
• Percepção de diferentes modalidades de danças e suas relações com outras
manifestações artísticas, como a música e a arte cênica;
Saberes:
EIXO: MUSICA
Competências:
• Uso e cuidado com a voz através de técnicas vocais adequados a faixa etária dos
alunos;
Saberes:
• Elementos da linguagem musical: som, duração, timbre, textura, dinâmica, forma, etc;
Competências:
Saberes:
• Espetáculos teatrais.
ENSINO FUNDAMENTAL/ EJA / EDUCAÇÃO ESPECIAL
COMPONENTE CURRICULAR
EDUCAÇÃO FÍSICA
Competências:
• Compreensão das manifestações da cultura corporal que estão presentes nas relações
individuais e coletivas da sociedade em sua realidade dinâmica e concreta.
Saberes:
EIXO - JOGO
EIXO - ESPORTES
EIXO - GINÁSTICA
FUNDAMENTOS BÁSICOS - girar, equilibrar, trepar, saltar, rolar, lançar, balancear, etc.
EIXO - DANÇA
A área das Ciências Humanas e suas Tecnologias se constitui historicamente através das
disciplinas História, Geografia, Sociologia, Filosofia e Ensino Religioso, tendo como objeto de
estudo o homem em suas relações com e na sociedade. Nos dias atuais, este objeto é
tomado, do ponto de vista teórico e metodológico, numa perspectiva crítico-dialética que
considera o ser humano sujeito histórico e cultural, vivendo e atuando na sociedade em vista
de sua transformação e tem, dentre os espaços de formação, a escola que busca a educação
de qualidade humana e social.
A organização didático-pedagógica da área deve considerar o desenvolvimento das
seguintes competências:
COMPONENTE CURRICULAR
GEOGRAFIA
Competências:
• Conhecimento e utilização de códigos específicos (mapas, gráficos, tabelas, etc.) e dos
conceitos chaves da geografia (espaço, paisagem, território, região e lugar) para
analisar a dinâmica dos fenômenos sócio-espaciais;
Saberes:
• Relações que os estudantes estabelecem com o lugar em que vivem; A construção do
espaço: os territórios e os lugares (o tempo da sociedade e o tempo da natureza);
• A conquista do lugar como conquista da cidadania; Da alfabetização cartográfica à
leitura critica do mapa;
• Os mapas como possibilidade de compreensão e estudos comparativos de diferentes
lugares;
• As paisagens rurais urbanas e rurais e os diferentes modos de vida; O espaço como
acumulação de tempos desiguais;
• A modernização capitalista e a redefinição nas relações entre o campo cidade;
• O papel do estado e das classes sociais e a sociedade urbano-industrial brasileira;
• A cultura e o consuma; a interação entre o campo e a cidade.
Competências:
• Analise do impacto das transformações naturais, sociais, econômicas, culturais no
mundo, observando os processos de formação e transformação dos territórios, a partir
das relações de trabalho, a incorporação das técnicas e tecnologias e o
estabelecimento de redes sociais.
Saberes:
• O papel das tecnologias na configuração das paisagens urbanas e rurais;
• As relações que o fluxo de informações desencadeia na vida em sociedade;
• O transporte e sua influência na vida em sociedade, as transformações que imprimem
as paisagens;
• A velocidade e a eficiência dos transportes e da comunicação como um paradigma da
globalização;
• A globalização e as hierarquias urbanas.
Competências:
• Análise e comparação, de forma interdisciplinar, das relações existentes entre
preservação e degradação da vida no planeta, tendo em vista o conhecimento de sua
dinâmica e a mundialização dos fenômenos culturais, econômicos tecnológicos e
políticos que incidem sobre a natureza, nas diferentes escalas local, regional, nacional
e global.
Saberes:
• Os fenômenos naturais, sua regularidade e possibilidade de previsão pelo homem;
• A natureza e as questões sócio-ambientais;
• O processo técnico- científicos a política e os problemas sócio-ambientais;
• Alimentar o mundo: os dilemas sócio-ambientais para a segurança alimentar;
• Ambiente urbano, indústria e modo de vida;
• O Brasil e as questões ambientais; Ambientalismo: pensar e agir.
Competências:
Saberes:
• Estados, povos e nações redesenhando suas fronteiras;
• Os Blocos Econômicos Regionais;
• Paisagem e diversidade territorial do Brasil.
ENSINO FUNDAMENTAL/ EJA / EDUCAÇÃO ESPECIAL
COMPETÊNCIAS GERAIS DA ÁREA
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
A área das Ciências Humanas e suas Tecnologias se constitui historicamente através das
disciplinas História, Geografia, Sociologia, Filosofia e Ensino Religioso, tendo como objeto de
estudo o homem em suas relações com e na sociedade. Nos dias atuais, este objeto é
tomado, do ponto de vista teórico e metodológico, numa perspectiva crítico-dialética que
considera o ser humano sujeito histórico e cultural, vivendo e atuando na sociedade em vista
de sua transformação e tem, dentre os espaços de formação, a escola que busca a educação
de qualidade humana e social.
A organização didático-pedagógica da área deve considerar o desenvolvimento das
seguintes competências:
COMPONENTE CURRICULAR
HISTÓRIA
O ensino de história tem como objeto de estudo a compreensão dos processos e dos
sujeitos históricos, o desvendamento das relações estabelecidas entre os grupos humanos em
diferentes tempos e espaços. Assim, as propostas pedagógicas neste âmbito de ensino têm
um compromisso implícito com as práticas historiográficas, no sentido da produção do
conhecimento histórico com as devidas especificidades e particularidades. Considerando-se
que o currículo pode assumir múltiplos sentidos nas diversas concepções de história, a partir
da forma como os conceitos e procedimentos são entendidos e trabalhados, se faz mister
compreender quais destes conceitos são imprescindíveis para permitir aos alunos da
Educação Básica aprimorarem-se de uma formação histórica que os auxilie em sua vivência
como cidadãos. Compreendemos a História como as diferentes e múltiplas possibilidades que
se mostram nas sociedades, tanto nos dias atuais quanto no passado, as quais emergiam da
ação consciente e ou inconsciente dos homens, considerando desdobramentos, que se
impuseram com o desenrolar das ações desenvolvidas por esses sujeitos. É importante
lembrar que cada momento tem sua historicidade, os conceitos que explicam certas realidades
históricas têm o significado voltado para essas realidades, assim, não podem ser empregados
indistintamente para toda e qualquer realidade semelhante, pois são considerados como
representações de um objeto ou fenômeno histórico, tendo em vista suas características
como, por exemplo, as categorias de trabalho, homem, continente, revolução dentre outros.
Devemos observar que o Brasil, é um país multi-étnico e pluricultural, portanto todos devem
ser incluídos, e ter garantido o direito de aprender e de desenvolver conhecimentos, sem
precisar negar a sua identidade, nem a sua ascendência étnico/racial.
Promulgada pelo Presidente da República em 9 de fevereiro de 2003, , destaca-se a lei
10.639/2003 que veio para corrigir a ausência do continente africano e da história e cultura da
África e dos afro-brasileiros na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Desde então o
conteúdo programático das diversas disciplinas deve abordar o estudo de História da África e
dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da
sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinente à História do Brasil.
Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-brasileira devem ser ministrados no âmbito
de todo o currículo escolar e principalmente nas áreas de Educação Artística, Literatura e
História Brasileira. .
A proeminência do estudo de assuntos decorrentes da história e cultura afro-brasileira e
africana deve ser componente dos estudos do cotidiano escolar, uma vez que os alunos
devem educar-se enquanto cidadãos participativos em uma sociedade multicultural e
pluriétnica, tornando-se capazes de construir uma pátria democrática. Além disso, devem-se
incluir no contexto dos estudos e ações escolares, as contribuições histórico-culturais dos
povos indígenas (Lei 11.645/2008), além das de ascendência africana e européia. É preciso
ter clareza que a admissão de novos conteúdos, estabelece que se repensem relações étnico-
raciais, sociais e pedagógicas. Desse modo, o passado deve ser interrogado a partir de
questões que nos inquietam no presente (caso contrário, estudá-lo fica sem sentido).Significa
tomar como referência questões sociais e culturais , assim como problemáticas humanas que
fazem parte de nossa vida , temas como: desigualdades sociais, raciais,sexuais, diferenças
culturais, estabelecer limites sociais,mudar esses limites,contestar a ordem, consolidar
instituições,preservar tradições , realizar rupturas....
Existem várias maneiras de se contar a história, na verdade as histórias que se contam ,
tem uma relação direta com as histórias que estão sendo vividas. Cada época tem suas
questões, suas ansiedades e seus medos. A história é, portanto, construída a partir das
experiências e das perplexidades. A sociedade muda, mas muita coisa permanece. O passado
está mais presente do que parece. Quando se escreve a história, mergulha-se em tempos
diversos, em esquecimento e lembranças que arquitetam memórias. Não há uma história
definitiva que resuma todas as aventuras humanas. A história, no seu fazer e no seu contar, é
uma abertura para o infinito. Se faz mister fazermos uma referência histórica a Jaboatão dos
Guararapes, a história de Jaboatão não é só o rememorar de fatos considerados marcantes,
dos feitos dos seus barões do açúcar, das elites interessas em preservar o ciclo do eterno
poder , mas também o cotidiano de sua população , suas resistências, seus desejos, suas
lutas, que , anonimamente, compõem o universo geral da existência humana. Ao construir
suas histórias, os homens lhes atribuem significados, buscam sentidos, inventam fantasias,
superam frustrações, retomam lembranças, equilibram-se entre a dor e o prazer, criando
espaços também múltiplos, onde o viver e o conviver se relacionam.
A história é mudança, mas, sobretudo, permanência. Mesmo os momentos de ruptura não
negam radicalmente, o passado. A história do Jaboatão tem ligações inquestionáveis com a
produção do açúcar desde os seus primórdios.
Para desenvolver a produtividade das terras, os donatários de capitanias concediam, em
regime de sesmarias, lotes para o plantio. E foi neste regime que, em 1566, Duarte Coelho
concedeu uma légua de terra a Gaspar Alves Purga e Dona Isabel Ferreira, para o cultivo de
cana de açúcar e instalação de um engenho, o São João Batista (hoje, Usina Bulhões). Em
1573, as terras foram desmembradas e parte delas vendida a Fernão Soares, que teve como
herdeira Maria Feijó, casada com o português Antônio Bulhões. JABOATÃO teve o seu
povoado fundado a partir de 4 de Maio de 1593, por Bento Luiz Figueira, terceiro proprietário
do Engenho São João Batista. Foi palco de duas grandes batalhas contra os Holandeses em
Pernambuco, travadas nos anos de 1648 e 1649. Tem como seus principais vultos o general
Francisco Barreto de Menezes, André Vidal de Negreiros, João Fernandes Vieira, Felipe
Camarão, Henrique Dias, Antônio Dias e Antônio Silva. Em 1873, o povoado passou à Vila e,
em 1884, ao ser desmembrado do território de Olinda, foi elevado à categoria de Cidade. O
primeiro nome da cidade foi Jaboatão, que vem do indígena "Yapoatan", numa lembrança à
árvore comum na região, usada para fabricar mastros e embarcações. A partir de 1989, passou
a ser chamada de Jaboatão dos Guararapes, em homenagem ao local das batalhas históricas -
os Montes Guararapes. É lá que está localizada uma das mais belas igrejas de Pernambuco, a
de Nossa Senhora dos Prazeres, construída em 1565, e é a única igreja de Pernambuco, cuja
fachada é revestida em azulejo - primeira igreja da América a ser dedicada ao culto de Nossa
Senhora - onde todos os anos são realizados uma das festas mais famosas, a Festa da
Pitomba (fruta regional).
A cidade, localizada a apenas 14 quilômetros do Recife, que se proclama como o "berço da
pátria", por ter sediado as principais batalhas contra os invasores holandeses na então
Capitania de Pernambuco, oferece atrações de sobra para os seus visitantes. São oito
quilômetros de orla, com praias para todos os gostos: desde a urbana Piedade até a quase
inexplorada Praia do Paiva; igrejas seculares; e usinas que guardam fragmentos do passado
revolucionário do Estado.
COMPETÊNCIAS:
COMPETÊNCIAS:
COMPETÊNCIAS:
Compreensão dos processos e dos sujeitos históricos pelo desvendamento das relações que
se estabeleçam entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços;
Identificação das diferentes formas de relações sociais que se estabelecem em seu grupo de
convívio.
Reconhecimento dos distintos modos de vida das pessoas, dos grupos, das etnias, classes
sociais em outras localidades e regiões, abrangendo diferentes povos e épocas históricas.
COMPETÊNCIAS:
Valorização de si mesmo como sujeito responsável pela construção da história, demonstrando
respeito as diferenças culturais, étnicas , religiosas , políticas, superando todos os tipos de
discriminação para atuar de forma crítica contra injustiça e diferença social.
Percepção da construção de conflitos e contradições sociais, que por sua vez relaciona-se a
uma percepção consciente das lutas e disputas internas entre os grupos sociais,criando
medidas preventivas para inibição desses conflitos.
Construção dos conceitos cognitivos, sobre si mesmo, seu grupo, sua região, seu país e o
mundo, práticas sociais e culturais, políticas e econômicas que constituem formas de viver,
construídas por povos diferentes.
COMPETÊNCIAS:
Relações interpessoais tomando o “eu” como referencial para o “outro” e o “nós” na dinâmica
da vivência social.
Reflexões sobre as relações entre grupos e nações, seus embates, similitudes e os fatores que
os geram e alimentam.
Compreensão da história, enquanto processo que se constrói a partir de valores, lutas e
experiências sociais.
Constituição brasileira.
Garantindo os direitos.
Constituição brasileira: o que são deveres e direitos sociais?
Os três poderes.
A condição feminina.
As lutas dos povos indígenas e negros.
O Brasil ontem e Hoje.
Reflexão da história.
Dos primeiros grupos humanos.
Antigas civilizações: orientais e ocidentais.
África de todos.
Formas de Organizações: História das mulheres no presente e no passado.
Brasil colônia: o ideal de amor domesticado.
O casamento do século XIX.
Brasil e os direitos humanos.
O que são direitos humanos?
Direitos humanos, cidadania, democracia:
Noções fundamentais: A luta pela paz.
Brasil e a história da educação ambiental.
Diferentes modos de vida no passado e no presente.
Escravidão na África e no Brasil.
Primeiras civilizações na América.
Origem da história de Jaboatão e Pernambuco;Brasil.
Povoamento, processo de ocupação do interior, invasões movimentos políticos e sociais.
Brasil/colônia/Império/República.
Diversas etnias africanas.
Expansão do capitalismo do século XX.
A área das Ciências Humanas e suas Tecnologias se constitui historicamente através das
disciplinas História, Geografia, Sociologia, Filosofia e Ensino Religioso, tendo como objeto de
estudo o homem em suas relações com e na sociedade. Nos dias atuais, este objeto é
tomado, do ponto de vista teórico e metodológico, numa perspectiva crítico-dialética que
considera o ser humano sujeito histórico e cultural, vivendo e atuando na sociedade em vista
de sua transformação e tem, dentre os espaços de formação, a escola que busca a educação
de qualidade humana e social.
A organização didático-pedagógica da área deve considerar o desenvolvimento das
seguintes competências:
COMPONENTE CURRICULAR
ENSINO RELIGIOSO
Competências:
Saberes:
• VERDADE DE FÉ A verdade nas tradições Religiosas sob a ótica da fé. A verdade que
orienta as pessoas através de mitos, crenças e doutrinas das Tradições Religiosas.
• VIDA ALÉM DA MORTE As respostas elaboradas para vida além da morte pelas
Tradições Religiosas (ancestralidade – reencarnação – ressurreição – nada) O sentido
da vida perpassada pelo sentido da vida além-morte.
ENSINO FUNDAMENTAL/ EJA / EDUCAÇÃO ESPECIAL
COMPETÊNCIAS GERAIS DA ÁREA
CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
COMPONENTE CURRICULAR
MATEMÁTICA
Competências:
• Compreensão global dos números e das operações e a sua utilização de maneira flexível para
fazer julgamentos matemáticos e desenvolver estratégias úteis de manipulação dos números e
das operações;
• Reconhecimento e utilização de diferentes formas de representação dos elementos dos
conjuntos numéricos, assim como as propriedades das operações nesses conjuntos;
• Resolução de cálculos mentalmente, com algoritmos ou com calculadora, bem como para
decidir qual dos métodos é mais apropriado para a situação;
• Ordenação de grandeza de números, assim como a aptidão para estimar valores aproximados
de resultados de operações e decidir a razoabilidade de resultados obtidos;
• Reconhecimento dos problemas numéricos e das operações do cotidiano que são necessárias
de resolução, assim como para explicar os métodos e raciocínio que foram utilizados;
• Resolução de situações- problemas envolvendo os diferentes significados das operações com
números naturais, inteiros, racionais e irracionais.
Saberes:
Competências:
Saberes:
Competências:
Saberes:
Competências:
Competências:
Saberes:
COMPONENTE CURRICULAR
CIÊNCIAS
O século que se inicia nos faz pensar em rompermos velhos paradigmas e apostarmos
em novos. Para que isto aconteça, mudanças são necessárias. Unidos os esforços e
vencendo os desafios que encontraremos ao longo de nossa jornada, chegaremos a esta
mudança que de fato acreditamos ser possível.
O presente documento é destinado a pessoas comprometidas com a educação e que
acreditam que mudanças são necessárias, nosso corpo docente do Ensino Fundamental e
Médio da Secretaria de Educação – SEDUC do município do Jaboatão dos Guararapes. Trata-
se de uma versão preliminar estando aberto a sugestões e críticas construtivas que
contribuirão para o aprimoramento da construção da Proposta Curricular para esta rede de
ensino e em particular para o componente curricular ciências.
Aproveitamos a oportunidade para convidá-los, e juntos concretizarmos esta proposta
que acreditamos ser viável para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem. Tem a
finalidade de orientar os educadores no planejamento de seus trabalhos diários, levando-os a
refletirem sobre sua prática pedagógica, além de promover a atualização desses profissionais.
Então, após esta breve reflexão inicial, vamos juntos fazendo a diferença e acreditando
que é possível promovermos mudanças na educação concentrando nossos esforços.
Como nós professores de ciências, podemos tornar as aulas mais atraentes e
prazerosas? Acreditamos que este é um grande desafio encontrado por nós, professores das
escolas públicas.
Há muitas críticas ao ensino de ciências pautado apenas na memorização dos
conteúdos, ou seja, um ensino enciclopédico e descontextualizado socialmente, culturalmente
ou ambientalmente trazendo uma aprendizagem momentânea (para a prova), não se
sustentando a médio ou a longo prazo.
Neste caso, pensamos ser necessária à utilização de outras práticas pedagógicas, que
tornam este ensino mais interessante tanto para o educando, quanto para o professor. Estas
práticas compreendem desde a simples esquematização de idéias, passando pela leitura e
interpretação de textos científicos sobre temas atuais, matérias jornalísticas (jornais, revistas,
internet) até a experimentação e a observação do meio ambiente. Desta forma, as aulas de
ciências, além de promoverem o conhecimento científico são responsáveis também pela
construção do indivíduo, promovendo a compreensão de sua realidade.
Este conhecimento da realidade (ambiente onde vive o estudante), essencial à
cidadania, é assegurado quando os mesmos entram em contato direto com o ambiente,
compreendendo melhor o que estão estudando. Tomando como exemplo, o estudo dos
ambientes, quando utilizamos os ecossistemas como laboratórios vivos, a comparação entre
estes espaços, pode ampliar a compreensão de que os mesmos possuem características
específicas, compreendendo que, em todos os ambientes há relações entre os seres vivos,
inclusive o homem, e destes com os demais componentes (água, luz, solo, ar, etc.). Assim, os
estudantes aprendem não só pela escuta, mas pela observação, análise e mais que isso, pela
experimentação, pois compreendemos que a prática dá significado aos conteúdos. Cada
atividade desta exige um olhar diferenciado. O registro das observações pode ser acrescido de
pesquisas bibliográficas e socializado através de desenhos, maquetes, murais e produções
textuais.
É conveniente também, durante as nossas aulas, abordarmos os avanços das ciências
e tecnologias através de questionamentos sobre a neutralidade das ciências na aplicabilidade
desses avanços na sociedade (questões éticas).
Podemos para isto, fazer uso de algumas situações nas quais o estudante questiona
sobre determinadas técnicas presentes no nosso cotidiano, como por exemplo, na preparação
de alimentos (alimentos isentos de gorduras trans, livre de colesterol, etc.) ou a confecção de
aparelhos eletrodomésticos (televisor de plasma, clonagem, entre outros). A partir daí, o
professor deve estar atento a estabelecer ligações destes questionamentos com os saberes
das ciências.
Um outro aspecto relevante no ensino das ciências da natureza é a forma como os
conteúdos científicos são sistematizados aos educandos (prática docente). Normalmente,
estes, são abordados de forma descontextualizada e fragmentada, proporcionando ao
estudante uma visão compartimentalizada, anulando a percepção de que tudo na natureza está
interligado e mantém relações de interdependência. Isto dificulta, na maioria das vezes o
entendimento dos conceitos, promovendo nos estudantes o desinteresse pela disciplina.
Os eixos temáticos e as competências para o ensino de ciências aqui apresentados
compreendem o ensino fundamental (de 1º ao 9º ano) e deverão servir de orientação. Na
prática pedagógica devem ser utilizadas fazendo-se as devidas adequações para cada
ano.
EIXO: TERRA E UNIVERSO
Competências:
• Percepção da grandeza do Universo a partir da identificação e descrição dos corpos
celestes (planetas, estrelas, satélites) e a participação da Terra como componente
desta grandeza, para, a partir daí, estabelecer inter-relações entre o ar, a água e o solo
na constituição e equilíbrio do ambiente. Contextualização dos problemas ambientais
globais com recortes da realidade (individual e/ou coletiva), expressando mudanças
atitudinais;
• Entendimento da relação entre as rochas e agentes de intemperismo na formação dos
solos e a adequação dos mesmos a diferentes usos, estabelecendo distinções entre a
aplicação correta em diferentes atividades produtivas (agricultura, construção civil,
artes, etc.) e as intervenções exploratórias causadoras de danos ao ambiente,
refletindo sobre a importância da utilização sustentável;
• Compreensão da importância do ar e da água para os processos de manutenção da
vida no planeta, relacionando a dependência do homem à natureza com os problemas
ambientais que colocam em risco a qualidade destes componentes, acarretando
diversos tipos de doenças, exigindo o desenvolvimento de uma consciência crítica que
se traduza em mudanças de comportamento;
• Percepção de que o ser humano é o principal agente de transformação da natureza,
identificando as conseqüências das diferentes formas de intervenção humana no
ambiente, geradoras de modificações tanto na esfera global quanto local, na
compreensão de que a humanidade é responsável pela conservação/preservação,
expressando postura de comprometimento através de medidas mitigadoras e de um
caminhar para uma possível sustentabilidade, estabelecendo relação com o planeta.
Saberes:
• O Planeta Terra;
• A Atmosfera (Estudo do ar);
• A Hidrosfera (Estudo da água);
• A Litosfera (Estudo das rochas e dos solos).