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FERNANDO PESSOA

POETA COMO FINGIDOR

Pessoa considera que h trs espcies de emoes que produzem grande poesia:
- emoes fortes mas rpidas, apreendidas para a arte logo que passam, mas
no antes de haverem passado;
- emoes fortes e profundas na recordao que deixam longo tempo depois;
- falsas emoes, ou seja, emoes sentidas no intelecto.

O poeta finge1 emoes s imaginadas, artisticamente sinceras, e finge


tambm, outras vezes, emoes que humanamente sentiu.
A arte a intelectualizao da sensao (do sentimento) atravs da
expresso.

FINGIMENTO

emoes vividas

emoes s
imaginadas (vividas
filtradas pela no intelecto)
expresso potica,
por isso,
intelectualizadas

artisticamente sinceras e
verdadeiras

As emoes do leitor no so as vividas pelo poeta, nem as que ele exprimiu


artisticamente, que so apenas estmulos. A arte fruto da razo e as emoes no
esto no intelecto, logo quando so transmitidas s podem ser fingidas/recordadas.

1
Finge de fingere: modelar, mudar, transformar, criar.

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