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Introdução
Onipresente
Ocorrência natural
Uso industrial
Utilização há mais de 4.000 anos
Era subproduto da mineração de prata –
galena (PbS)
Romanos – confecção de canos para
transporte de água
Diferentes exposições no decorrer dos tempos:
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Introdução
Neolítico: 1,0
Idade do ferro: 3,5
Império romano: 7,0
Idade média: 13,0
Séculos XVIII a XIX: 10.0
Atual: 4,0
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Fontes de exposição
Alimentos produzidos em regiões
industrializadas
A concentração diminui com o afastamento
Absorção pelas raízes e absorção de poeira
pelas folhas
Bioacumulação por organismos aquáticos
Preparação industrial ou doméstica (uso de
cerâmicas, chumbo cristal ou metálicos)
Bebidas
Leite
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Fontes de exposição
Pigmento de tintas
Chumbo tetraetila
Baterias/acumuladores
Aterros sanitários
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Absorção
Oral
10% em adultos
40% em crianças
Mecanismo de absorção desconhecido
Mesmo que o cálcio ?
Via respiratória
Absorção de 90% das partículas inaladas
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Distribuição
Logo após a absorção:
97-99% do metal inalado liga-se à Hb
1 a 3% fica disponível para os tecidos
Distribui inicialmente para tecidos moles: rins e
fígado
Redistribuição óssea
Por fim, 95% deposita no tecido ósseo
Semelhante ao cálcio, formando fosfato de chumbo
terciário
Prepondera em ossos chatos e epífises
Afetado pelos mesmos fatores do cálcio
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Eliminação
Excreção limitada especialmente renal
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Intoxicação aguda
Forma de intoxicação rara
Ingestão de material dissolvido em soluções
ácidas
Inalação de quantidades excessivas de vapores
Adstringência na boca, sede e gosto metálico
Segue-se náuseas, dores abdominais e vômitos
(leitoso)
Fezes negras – sulfeto de chumbo
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Intoxicação aguda
Diarréia ou prisão de ventre
Choque por perda de líquido (ingestão de
altas quantidades)
SNC:
Parestesia
Fraqueza e dor muscular
Crises hemolíticas agudas
Oligúria
Óbito em 1-2 dias
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Intoxicação crônica
Conforme a sintomatologia:
Gastrintestinal
Neuromusculares
SNC
Hematológicos
Renais
Outros
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Intoxicação crônica
Gastrintestinal
Efeito direto na musculatura lisa
Síndrome abdominal:
Inicia com sintomas vagos:
Anorexia
Desconforto muscular
Cefaléia
Mal-estar
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Intoxicação crônica
Gastrintestinal
Sabor metálico persistente
Prisão de ventre
Espasmo intestinal – fortíssimas dores
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Intoxicação crônica
Neuromuscular
“Paralisia do chumbo”
Fraqueza e fadiga muscular após atividades
leves
Queda do punho e queda do pé
Sem alteração na sensibilidade
Alterações degenerativas dos neurônios
motores
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Intoxicação crônica
SNC
“Encefalopatia do chumbo”
Mais frequente em crianças
Perda da destreza, vertigem, ataxia, quedas,
cefaléia, agitação e irritabilidade
Excitação ou confusão
Delírio, convulsões tônico-clônicas
Letargia e coma
Morte
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Intoxicação crônica
Efeitos hematológicos
Aparecimento de pontilhados basófilos quando
os níveis sanguíneos aproximarem de 80 ug/dL
Inibição da piridina-5'-necleotidase
Anemia hipo/micro
Inibição de enzimas que fazem a síntese do
grupo heme
Ferroquelase → aumento da protoporfirina →
complexação com zinco → zinco-protoporfirina
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Intoxicação crônica
Efeitos hematológicos
Aumento do ácido delta-aminolevulínico
Aumento da coproporfirina III
Os efeitos hematológicos são biomarcadores
da intoxicação por chumbo
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Intoxicação crônica
Efeitos renais
Nefrotoxicidade
Reversível (crianças)
Nefropatia intersticial irreversível (exposição
industrial prolongada)
Proteinúria, hematúria e cilindrúria
Confirmação no histopatológico
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Diagnóstico
Sugestões do grupo
Debate mais detalhado na aula de
monitoração biológica
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Tratamento
Medidas de sustentação
Terapia quelante
Edetato dissódico de cálcio
Penicilamida
Succímero
Dimercaprol
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Referências
GILMAN, G.A. AS BASES
FARMACOLÓGICAS DA TERAPÊUTICA 10
ed. cap.67
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