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1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 1
2 DESENVOLVIMENTO DO TEMA..................................................... 2
APLICAÇÕES .............................................................................................. 2
LEGAL ........................................................................................................ 5
3 CONCLUSÃO....................................................................................... 12
1 Introdução
Caros (futuros) colegas.
conhecimento, a DOAR pode parecer uma demonstração sem sentido, o que pode levar o
estudante a desistir do entendimento e passar para a “decoreba”. Isso é um erro, por dois
motivos: (1) decorar sem entender é uma maneira muito “cara” de estudar, pois, é
necessário fazer muito esforço para guardar o que não se entende e a memória se perde com
facilidade e (2) porque existe uma lógica na elaboração da DOAR que permite seu
duradoura.
2 Desenvolvimento do tema
2.1 Objetivo da DOAR.
da empresa, ou seja, permite verificar com que facilidade uma empresa pode quitar suas
obrigações com a utilização de seus bens e direitos de curto prazo (“folga de curto prazo”),
prazo. A análise da DOAR permite, ainda, verificar quais as operações que geraram essa
financeiro.
Aplicações
representado:
Ativo Passivo
AC PC ==> AC - PC = CCL
------------------------------ ------------------------------
ARLP PELP
------------------------------ ------------------------------
A. PERM REF
--------------
INV
-------------- Patrimônio Líquido
IMOB CAP
-------------- --------------
DIF RES CAP
--------------
RES REAV
--------------
RES LUCRO
--------------
LUCRO ACUM
Despesas Receitas
do PC ou a combinação de ambos):
1
O CCL, conceituado como a diferença de valores entre o AC e o PC, é utilizado para evidenciar a
“folga de curto prazo” – aquilo que sobra para a entidade, considerando seus recursos realizáveis no curto
prazo, depois do pagamento das obrigações de curto prazo. Importante lembrar que este é um conceito
eminentemente financeiro, pois o fato de haver CCL positivo (folga de curto prazo) não significa,
necessariamente, que a empresa seja lucrativa, ou vice-versa.
Professor: Luiz Eduardo Santos Página 3 de 12
Artigo - 28 de julho de 2006 –DOAR: Lógica da apresentação da demonstração
do PC ou a combinação de ambos):
inicial:
f) Pelas definições (d) e (e), conclui-se que a diferença entre o CCL final e o
Aplicações.
Até esse ponto, tudo parece fazer sentido, e a conclusão – inevitável – é a de que, se
a DOAR evidencia a posição financeira da empresa, justamente com relação ao CCL, nela
Entretanto, isso não ocorre! A Lei das S/A determina a apresentação da DOAR de
forma completamente diferente, conforme será visto no item a seguir, no que é estudado o
legal
de seu artigo 188, que sejam evidenciadas as variações do capital circulante líquido com
a DOAR é uma demonstração que se destina a mostrar a evolução do CCL, mas que não
A seguir, para confirmar essa aparente incoerência, analisaremos cada uma das
contas, ou grupo de contas, referenciadas na estrutura da DOAR, prevista no art. 188 da Lei
das S/A:
- entre as origens, nenhuma das contas (ou grupo de contas) referenciadas faz parte
do CCL:
a) o lucro do exercício não faz parte do CCL, nem sequer é composto por
na DRE;
- da mesma forma, com relação às aplicações, nenhuma das contas (ou grupo de
Em que pese o fato de que nenhuma das origens e aplicações estejam demonstradas
montantes atinentes aos itens que, de acordo com a estrutura da demonstração, compõem
Parece mágica! Nesse momento, temos duas alternativas para o estudo dessa
demonstração:
- não ligar para mais nada, decorar e acertar questões sem entender o
porquê; ou
- analisar a razão pela qual ocorre essa aparente incoerência (neste artigo,
relação ao disposto nos incisos I e II, do art. 188 da Lei das S/A, que dispõem sobre as
Foi visto também que há identificação entre os valores definidos nos incisos III e IV
do art. 188 da Lei das S/A (Diferença entre origens e aplicações e variação do CCL), ou
período. Daí, é possível inferir a existência de uma relação numérica específica entre os
Considere que o CCL seja a “bolsa”, pertencente a uma jovem senhora, que sai às
compras pela manhã. A visualização do CCL como uma “bolsa” está calcada no fato de
que, nesta bolsa temos (além do batom, das chaves, dos documentos e etc...):
Assim, neste curso, para fins didáticos, sempre que for mencionada a expressão
“bolsa” estaremos nos referindo à idéia de bens, direitos e obrigações referentes ao curto
prazo (referentes à manhã em que a jovem senhora está realizando seu passeio).
1 - Todos sabemos que não é permitido olhar o que está dentro da bolsa de qualquer
elaboração da DOAR, não poderemos olhar especificamente para os itens que compõem o
CCL – tanto isso é verdade que nenhum deles consta da estrutura da demonstração.
2 – Mas como demonstrar o que aconteceu com o conteúdo interno da “bolsa” sem
poder olhar o que está dentro dela? Ou, em outras palavras, como demonstrar a evolução
patrimoniais componentes?
para deduzir o que aconteceu com o que estava dentro dela. Assim, observando
atentamente o que ocorre “fora da bolsa”, podemos deduzir o que aconteceu com o seu
conteúdo:
a. se, por acaso, a nossa personagem entrar em uma loja de roupas, e sair
dela com uma sacola de compras, saberemos que o total de recursos na
bolsa diminuirá (pois a aquisição de roupas novas implica pagamento –
saída de dinheiro da “bolsa” – ou o surgimento de uma nova obrigação –
contas a pagar, na “bolsa”);
É justamente isto que a demonstração DOAR faz, registra o que ocorreu com
elementos de fora do CCL, permitindo que se deduza o que ocorreu com o CCL.
Repare que, por esta abordagem, os conceitos de crédito e débito estão de acordo
que, por conta do método das partidas dobradas: (1) para cada débito – aplicação – há um
crédito – origem – de igual valor e que (2) o valor do ativo – total de aplicações – é igual ao
2
Conforme capítulo 03 deste curso.
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Artigo - 28 de julho de 2006 –DOAR: Lógica da apresentação da demonstração
6 conclui-se que:
CCL (=) PELP (+) REF (+) PL (-) ARLP (-) AP
patrimoniais estranhos a ele ( PELP (+) REF (+) PL (-) ARLP (-) AP ), controlando-se a
variação dos valores dos elementos patrimoniais estranhos ao CCL, é possível acompanhar
jovem senhora”, controlando o que ocorreu “por fora da bolsa”, poderemos acompanhar
3 Conclusão
Visto o conceito básico e a lógica da elaboração desta demonstração, no próximo
de prova.
Atenciosamente
Luiz Eduardo Santos