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Adam Smith, considerado o formulador da teoria econômica, nasceu em 1723, em

Kirkcaldy, na Escócia. Ele freqüentou a Universidade de Oxford, e nos anos de 1751 a


1764 ensinou filosofia na Universidade de Glasgow onde publicou seu primeiro livro, A
Teoria dos Sentimentos Morais. Contudo, foi com outra obra que ele conquistou grande
fama: Uma Pesquisa Sobre a Natureza e as Causas das Riquezas das Nações, lançado
em 1776.

Grande parte das contribuições de Adam Smith para o campo da economia não foi
original. Porém, ele foi o primeiro a lançar os fundamentos para o campo desta ciência.
Ele tornou o assunto compreensível e sistemático e seu livro A Riqueza das Nações
pode ser considerado como a origem do estudo da Economia. Nesta obra, ele demonstra
que muitas crenças econômicas populares são na verdade errôneas e auto-destrutivas.
Ele enfatizou que uma divisão apropriada da mão-de-obra pela sociedade, com cada
pessoa se especializando naquilo que sabe fazer melhor, seria a melhor maneira de
aumentar a produtividade e a riqueza de uma nação. Além disso, Smith criticou as
excessivas intervenções e restrições do governo sobre a economia, demonstrando que
economias planejadas na verdade atrapalham o crescimento.

A idéia central de Smith em A Riqueza das Nações é de que o mercado, aparentemente


caótico, é, na verdade, organizado e produz as espécies e quantidades de bens que são
mais desejados pela população. Um exemplo pode ilustrar esta idéia:

Vamos supor que os membros de uma população desejem muito consumir sorvete.
Naquele momento há apenas um fabricante de sorvete. A partir do instante em que
todos desejam comprar seu produto, ele pode cobrar preços muito altos. Outras pessoas
na sociedade percebem que este fabricante está ganhando muito dinheiro e então
decidem também entrar no negócio. Logo haverá diversos sorveteiros e todos vão
querer atrair o maior número de clientes possível. Para isso, eles vão desejar produzir o
melhor sorvete reduzindo seu preço para o menor possível.

Este exemplo ilustra a premissa básica de Smith; o governo não precisa interferir na
economia. Um mercado livre produzirá bens na quantidade e no preço que a sociedade
espera. Isto acontece porque a sociedade, na busca por lucros, irá responder às
exigências do mercado. Smith ainda escreve: “cada indivíduo procura apenas seu
próprio ganho. Porém, é como se fosse levado por uma mão invisível para produzir um
resultado que não fazia parte de sua intenção... Perseguindo seus próprios interesses,
freqüentemente promove os interesses da própria sociedade, com mais eficiência do que
se realmente tivesse a intenção de fazê-lo”.

Adam Smith explica que a “mão invisível” não funcionaria adequadamente se


houvessem impedimentos ao livre comércio. Ele era, portanto, um forte oponente aos
altos impostos e às intervenções do governo, que afirmava resultar em uma economia
menos eficiente, e assim fazendo gerar menos riqueza. Contudo, Smith reconhecia que
algumas restrições do governo sobre a economia são necessárias. Este conceito de “mão
invisível” foi baseado em uma expressão francesa, “laissez faire”, que significa que o
governo deveria deixar o mercado e os indivíduos livres para lidar com seus próprios
assuntos.

Deve-se saber que Smith não foi um economista ingênuo. Ele estava ciente dos abusos
praticados por muitas empresas privadas, e denunciou as formações de monopólios, que
ocorrem quando uma firma é a única produtora de um certo produto. Adam Smith
também criticou seriamente as conspirações comerciais e cartéis que ocorrem quando
um grupo de empresários, produtores de um mesmo bem de consumo, estabelece um
determinado preço. Estes fenômenos econômicos poderiam obviamente prejudicar os
trabalhos da “mão invisível” onde uma economia funciona melhor quando há bastante
competição, resultando em produtos melhores sendo fabricados na quantidade
apropriada e nos menores preços possíveis.

As teorias econômicas de Adam Smith foram amplamente aceitas, e economistas


famosos posteriormente utilizaram-nas em seus trabalhos. Sua obra, A Riqueza das
Nações, foi escrita de forma clara e compreensível e foi lida e reverenciada por muitos.
Seus argumentos a favor da pouca interferência governamental nos negócios, na taxação
e tributação e livre comércio influenciaram a economia mundial durante o século XIX, e
continua influenciando até os dias de hoje.

Smith foi o fundador do estudo sistemático e organizado da Economia e um dos


principais pensadores na história humana.

Adam Smith faleceu em 17 de julho de 1790.

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