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EGITO:
PERÍODO PRÉ-DINÁSTICO: Os Haminitas (povo que ocupava todo o norte
de África) fugiram do processo de desertificação do Saara em torno de
10.000 a.C., buscando as margens do rio Nilo, onde formaram diversas tribos
conhecidas como nomos e lideradas pelos nomarcas.
Num processo de transformação lenta, os nomos mais fortes foram anexan-
do os mais fracos, originando a formação de dois impérios: O Alto e o Baixo
Império Egípcio.
O nomarca do Baixo Império, Menés, venceu o Alto Império, unificando o
Egito, e se tornando o primeiro faraó, em torno de 3.200 a.C.
Novo Império Egípcio: Começa com expulsão dos Hicsos do Egito pela lide-
rança de Amósis I. Este período marca o apogeu cultural e expansionista do
Egito, onde aparecerem seus principais faraós.
Tutmés III, Ramsés II (Apogeu expansionista - criador dos templos de Car-
nac e Luxor), Tutankâmon, Amenóphis IV (fundador do monoteísmo, através
do culto ao deus Aton - A finalidade era diminuir o poder dos sacerdotes,
aumentando seu poder real) etc...
O fim do império egípcio ficou conhecido como saíta.
ROMA ANTIGA:
PERÍODO MONÁRQUICO (753 - 509 a.C.): A península Itálica apresenta
três regiões bem distintas: a Cadeia dos Alpes e a planície do Rio Pó ao nor-
te; a Cadeia dos Apeninos que percorre a península de norte a sul; e as pla-
nícies costeiras da Apúria, Lácio e Campânia.
Os primitivos autóctones da Itália em estágio rudimentar, foram derrotados
por italiotas (arianos) que ocuparam a parte central da península; subdividi-
am-se em várias tribos: latinos, sabinos, équos, volscos, samnitas etc.
Os gregos se fixaram no sul da península, onde fundaram numerosas colô-
nias - Magna Grécia e os Etruscos (originários da Ásia), ocuparam o norte da
Itália, formando a Etrúria.
Historicamente, pode-se deduzir que Roma se originou de um forte construí-
do por latinos e sabinos às margens do Rio Tibre.
A origem de Roma pode ser interpretada também através de lendas, onde
Virgílio atribuiu a fundação de Roma a Rômulo e Remo, descendentes de
Enéas, herói de Tróia.
Netos de Numitor destituído do poder pelo tio-avô Amúlio, recolocam o antigo
monarca no poder da pólis de Alba Longa, e este cede uma parte de suas
terras às margens do rio Tibre, na região do Lácio, para a formação de Ro-
ma. Outras lendas importantes falam sobre o rapto das sabinas e a luta dos
Horácios sobre os Curiácios.
Pelas lendas ficamos sabendo que dos sete reis de Roma, os quatro primei-
ros eram sabinos e latinos (Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio e Anco
Márcio), e os três últimos eram Etruscos (Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio e
Tarquínio, o Soberbo), mostrando a dominação etrusca nos últimos momen-
tos da Monarquia.
A economia baseava-se na atividade agro-pastoril: a terra era a riqueza fun-
damental.
A sociedade era dividida em Patrícios, Clientes e Plebeus e o poder era e-
xercido pelo Rei, com auxílio do conselho dos anciãos (Senado) e da As-
sembléia Curiata.
Os Patrícios romanos se reuniam numa Assembléia chamada comício, para
propor, votar as leis da cidade. Os Patrícios eram classificados em trinta gru-
pos chamados de cúrias. Os comícios curiatos escolhiam reis e demais fun-
cionários do governo, julgavam as disputas e declaravam a guerra ou a paz,
conforme necessário.
A família teve um papel importante dentro desta sociedade, onde toda orga-
nização se baseava no laço de parentesco e estes, por sua vez estavam li-
gados à religião.
A autoridade do pai era absoluta dentro da casa. Ele tinha autoridade de vida
e morte sobre a mulher e os filhos. A figura da mãe era muito respeitada,
mas esta não participava da vida pública.
A nível religioso eram muito supersticiosos e achavam que deviam adotar os
deuses que entravam em contato. Dos gregos assimilaram os deuses do O-
limpo, embora lhes tenham trocados de nomes. Ex.: Zeus - Júpiter; Hermes -
Mercúrio; Afrodite - Vênus; Ares - Marte; Ártemis - Diana; Possêidon - Netu-
no.
Os latinos praticavam o culto doméstico, onde veneravam os espíritos dos
antepassados e os lares, gênios protetores da casa.
IMPÉRIO ROMANO:
O império romano foi marcado pelo poder de Caio Otávio; mas o imperador
procurou
disfarçar seu poder, mantendo as aparências do regime republicano.
As bases concretas do poder de Otávio eram a plebe e o exército.
O senado romano legalizou o poder de Otávio, concedendo-lhe títulos de:
pontíficie máximo, prínceps senatus, augustus, além do poder tribunício e do
poder pró-consular.
O título mais importante era o de augusto, concedido em 27 a.C. Esse título
reconhecia a divindade do imperador e lhe dava o direito de indicar seus su-
cessores.
O MUNDO MEDIEVAL:
O mundo Árabe:
O surgimento do Islão em 630, quando Maomé unificou política e religiosa-
mente os árabes.
Os árabes viviam em tribos de nômades liderados por sheiks, e visitavam a
Caaba (templo religioso) na cidade de Meca, controlada pela família dos Co-
raixitas, onde se encontrava inclusive a pedra negra.
Nas viagens com as caravanas, Maomé da família dos Haxeminitas, entrou
em contato com o cristianismo e o judaísmo, que se tornaram a base do Is-
lamismo.
Depois da visão do anjo Gabriel, do qual recebeu sua missão de profeta,
Maomé passa a pregar o monoteísmo, atrapalhando o comércio dos Coraixi-
tas.
Os Coraixitas tentam matar Maomé que foge para Iatreb (futura Medina -
cidade do profeta). Esta fuga é conhecida como Hégira (que dá início ao ca-
lendário muçulmano).
O Islamismo prega a crença em um Único Deus (Alá) e prescreve cinco obri-
gações fundamentais: orar cinco vezes ao dia; jejuar no mês de Ramadã;
esmolas; guerra santa e peregrinação pelo menos uma vez na vida à Meca.
O Alcorão e o Suna são os dois livros sagrados dos muçulmanos.
O IMPÉRIO BIZANTINO
O grande imperador de Bizâncio foi Justiniano, de origem humilde, mas pro-
tegido por seu tio, o general Justino.
Justiniano casou-se com Teodora e isso marcou profundamente o seu go-
verno.
Justiniano foi um grande legislador; mandou realizar uma compilação das leis
romanas desde a república até o império, publicando-a sob o título de Corpo
do Direito civil (Corpus juris civilis): Código, digesto ou pandectas, institutas e
novelas.
Combateu as heresias (Nestorianismo - duas naturezas separadas - huma-
nas e divina; monofisismo - uma única natureza de Cristo: divina; Arianismo -
Separação das três trindades: pai, filho e espírito santo; iconoclasta - comba-
te as imagens), facilitando a consolidação da monarquia universal.
Interferência do poder temporal no funcionamento da igreja: cesaropapismo.
OS FRANCOS:
Os francos formaram o reino de maior destaque na alta idade média.
Os primeiros reis francos descendiam de meroveu, por isso eram chamados
de merovíngios.
O rei Merovíngio mais importante foi Clóvis, que unificou os francos, expan-
diu o reino e aliou-se à igreja, depois de converter-se ao cristianismo.
As sucessivos divisões do reino contribuíram para enfraquecê-lo, favorecen-
do a ascensão do Major Domus.
O primeiro Major Domus importante foi Pepino de Heristal; vieram em segui-
da Carlos Martel e Pepino, o breve, o qual foi sagrado o rei dos francos.
A sociedade feudal era estamental, isto é, cada membro estava preso à sua
posição na sociedade; a mobilidade era rara.
As camadas principais eram senhor e servo; o primeiro se definia pela posse
legal da terra e pelo direito de receber obrigações ; o segundo, pela posse
útil da terra e pela obrigação de realizar pagamentos ao senhor.
Havia outras camadas sociais: escravos, vilões e ministeriais (senescais e
bailios).
O tipo de vida em geral era bastante rude. Mesmo a camada dos senhores
não vivia luxuosamente, mas tinha alimentação abundante, embora prepara-
da sem requintes.
A vida dos servos era miserável em todos os sentidos: casa, roupa, alimen-
tação; divertiam-se só nos dias de festas religiosas ou nas colheitas.
No plano político, o poder era local; as relações entre os homens eram dire-
tas, impostas pelas necessidades de autoproteção.
O poder, sendo localizado, era descentralizado em relação ao rei.
A origem das relações políticas locais teve início no mundo romano, com o
surgimento de instituições como a clientela, o patrocínio, a recomendação e
as imunidades.
O juramento de fidelidade (comitatus) ligava o vassalo ao seu suserano.
quem prestava homenagem era o vassalo, recebendo em troca benefício.
Os suseranos e os vassalos estavam ligados por obrigações recíprocas; o
vassalo devia serviço militar ao suserano e este proteção militar ao seu vas-
salo.
O PAPEL DA IGREJA:
A igreja teve um papel importante na vida da sociedade medieval, não so-
mente na condução das almas para a salvação, mas também no domínio
material, quando se identificou com a própria sociedade feudal:
A igreja monopolizava a cultura e fornecia funcionários administrativos aos
estados medievais.
A organização eclesiástica somente ficou definida por volta do século III, com
a estruturação do clero secular e o surgimento do clero regular.
O clero secular, clero do mundo (século) foi o primeiro clero da igreja católica
e compunha-se basicamente de padres e bispos.
A supremacia do bispo de Roma sobre toda a cristandade evoluiu lentamen-
te, sendo oficializado em 455 pelo imperador Valentiano III.
O primeiro grande papa na idade média foi Gregório I que estabeleceu os
direitos e obrigações do clero, estimulou a fé através do canto gregoriano e,
acima de tudo, procurou converter os povos germânicos para o cristianismo.
Por volta do séc. VIII, todo o ocidente e parte da Germânia se converteram
ao cristianismo.
Em 756, a igreja adquiriu o seu próprio Estado na Itália, quando Pepino, o
breve doou ao papado o Patrimônio de São Pedro, formado por terras toma-
das ao Lombardos.
A partir do século XI, o sistema feudal entrou em crise; a solução para essa
crise foi o sistema capitalista.
O fator principal da crise do feudalismo foi o crescimento demográfico, que
ampliou o mercado consumidor, provocando um choque com o modo de pro-
dução servil, incapaz de atender às necessidades do mercado em expan-
são.
O crescimento demográfico foi ocasionado pelo fim das invasões, que permi-
tiram uma melhor redistribuição da produção agrícola.
Para solucionar a crise era necessário aumentar a produção; e isto só era
possível substituindo o modo de produção servil pela produção com traba-
lhadores assalariados.
A solução mais imediata e mais fácil foi marginalizar os excedentes popula-
cionais, em todas as camadas sociais: isto forneceu mão-de-obra militar para
realizar as cruzadas.
CULTURA MEDIEVAL:
Durante a Alta Idade Média o predomínio da zona rural sobre a zona urbana
determinou o retrocesso cultural.
Na literatura houve o predomínio do romance épico, marcado pela valoriza-
ção do guerreiro medieval. Ex.: “La Chanson de Roland”.
Na arquitetura e na pintura prevaleceu o estilo românico, marcado pelos tra-
ços sombrios e pesados, ausência de proporcionalidade, falta de luminosida-
de, entradas arredondadas etc...
Carlos Magno tentou estabelecer uma cultura leiga para diminuir o poder da
igreja, mas o projeto terminou com sua morte.
RENASCIMENTO CULTURAL:
ABSOLUTISMO:
Em 1337 a França declara guerra aos ingleses iniciando um conflito que du-
raria mais de cem anos.
A guerra não foi contínua com 55 anos efetivamente de combate, e o resto
intercalado de tréguas.
Durante a primeira fase do conflito foi evidente a supremacia da Inglaterra
com vitórias nas batalhas de Crécy, Ecluse e Poitier, onde em 1360 impuse-
ram a paz de Brétigny, onde a Inglaterra ocupa um terço da França.
A situação francesa era desesperadora, assolada pela guerra, peste e fome.
No campo surgem as jacqueries, em alusão a Jacques Bonhomme (João-
Ninguém), destruindo castelos e exterminando seus habitantes. O exército
sufocou a rebelião executando mais de 20.000 pessoas. Na Inglaterra surge
revoltas camponesas lideradas por Wat Tyler.
Em 1364 com a ascensão de Carlos V ao trono francês, a França reinicia a
guerra, reconquistando a maior parte do território, no entanto, com sua mor-
te, duas dinastias passam a disputar o poder: Os armagnacs e os borgui-
nhões.
Com a vitória dos Armagnacs, os Borguinhões aliaram-se aos ingleses que
liderados por Henrique V derrotam os franceses impondo o tratado de Tro-
yes. A França estava dividida ao norte com os ingleses apoiados pelos Bor-
guinhões e o sul governado por Carlos VII, apoiado pelos Armagnacs.
O sentimento nacionalista gerado pela prisão do mito Joana D’arc pelos bor-
guinhões mandando-a para Inglaterra, onde foi queimada, insuflou à reação
francesa que acabou vitoriosa.
Depois de derrotada na guerra dos cem anos, a Inglaterra passou por outra
guerra a das Duas Rosas (1455-1485), onde duas famílias passam a dispu-
tar o trono: Lancarsters representado pela rosa vermelha e os Yorks repre-
sentados pela rosa branca.
O conflito foi resolvido com o casamento entre os membros das duas famí-
lias. Henrique Tudor, da dinastia dos Lancarsters casou com Elisabeth dos
Yorks, passando a ser o primeiro rei absolutista da Inglaterra com o título de
Henrique VII.
A dinastia Tudor prossegue com Henrique VIII que consolidou o absolutismo
fundando o Anglicanismo e usurpando as riquezas da igreja católica.
Seguem na dinastia: Eduardo VI que morre com 15 anos; Mary I (Mary Blo-
od) mulher de Felipe II que restabelece o catolicismo e Elisabeth I (apogeu
do absolutismo)
Com Elisabeth I a Inglaterra vence a “invencível armada” e passa a se tornar
uma grande potência marítima e em sua homenagem foi fundada Virgínia,
primeira das treze colônias. A nível interno institucionalizou a lei do cerca-
mento (Enclosure act) acabando com os campos abertos (Open fields) e cri-
ou a lei dos pobres. Morre sem deixar herdeiros.
Inicia a dinastia dos Stuarts escoceses. Jaime VI da Escócia era primo de
Elisabeth e assumiu o trono como Jaime I, onde para receber apoio dos in-
gleses, renegou o catolicismo, passando para o anglicanismo, além de per-
seguir os protestantes. No seu governo partem os primeiros protestantes pa-
ra as 13 Colônias através do navio Mayflower, onde funda a colônia de Ply-
mouth (primeiro povoamento puritano).
Carlos I tentou ampliar o absolutismo estabelecendo novos impostos sem
autorização do parlamento, mas teve que recorrer ao mesmo para pedir di-
nheiro no combate aos católicos escoceses, e estes concordaram desde que
ficasse estabelecido a petição de direitos (Petition of Right), ou seja controle
do exército e consulta ao parlamento aos novos impostos, diante da recusa
surge uma guerra civil que resultará na Revolução puritana formado pelo e-
xército dos cabeças redondas liderados pelo líder do parlamento Oliver
Cromwell que vence o exército dos cavaleiros. O rei Carlos I acaba decapita-
do.
Inicia a fase do commonwealth ou republicana, liderada pelo lorde protetor
Oliver Cromwell, onde no seu governo acontece o grande domínio dos ma-
res, através do ato de navegação. Cromwell apesar de ter contribuído para o
crescimento do domínio inglês, era muito autoritário e depois de sua morte o
parlamento optou pelo retorno da monarquia.
O retorno dos Stuarts começa com Carlos II que reinicia uma política absolu-
tista e era simpatizante do catolicismo. Neste período o parlamento dividiu-se
em dois partidos: Whig formado por burgueses liberais e tory formado por
conservadores absolutistas favoráveis ao rei.
Com Jaime II a situação se complica pois o monarca casado com uma pro-
testante e pai de duas filhas, acaba se casando com uma católica onde deixa
um herdeiro. Assustado os partidos se unem contra o rei e Através da Revo-
lução Gloriosa depõe o rei, estabelecendo uma monarquia parlamentarista e
assinando a declaração de direitos (Bill of Right), com medidas liberais, colo-
cando no poder Guilherme de Orange ou Guilherme III.
A dinastia alemã dos Hanover e a mesma que se encontra no poder com o
nome de Windsor.
O absolutismo na França não se consolida na Dinastia vitoriosa dos Valois,
depois da guerra dos Cem Anos, devido a guerra de religiões.
Durante o governo de Carlos VIII, Francisco I e Henrique III houve uma maior
centralização do Estado.
Com o governo de Francisco II, acontece o crescimento dos Huguenotes
dando origem ao partido huguenote, liderado pelo almirante Coligny e pela
família dos Bourbons e do outro lado o partido papista de tendência católica,
liderado pela família Guise. Acontecem primeiro grande massacre de protes-
tantes em Vassy.
No governo de Carlos IX (1560-1574), destacou-se Catarina de Medicis, a
rainha mãe, que praticamente governou pois o filho era menor. No início ten-
tando acabar com as guerras de religiões, cria o Edito de Saint-Germain
dando liberdade de culto aos protestantes em algumas cidades. Casa sua
filha Margarida de Valois (Margot) com o protestante Henrique Bourbon, de
Navarra, no entanto, no casamento recebeu da família Guise a notícia de
uma conspiração dos Huguenotes, estabelecendo o massacre de protestan-
tes que tinham ido para o casamento, inclusive do almirante Coligny - A Noite
de São Bartolomeu.
Com Henrique III, acontece a aproximação do cunhado Henrique de Navarra,
e Henrique de Guise preocupado com a aproximação do rei com os Hugue-
notes, tenta dar o golpe - A guerra dos Três Henriques - Henrique III manda
matar Henrique de Guise, e um fanático católico se vinga, matando o rei.
Henrique Bourbon, de Navarra, passa a ser o parente mais próximo e para
assumir a coroa, abandona a religião huguenote, se tornando católico, com a
frase: “Paris bem vale uma missa”.
MERCANTILISMO:
ILUMINISMO E LIBERALISMO:
REVOLUÇÃO FRANCESA:
O SOCIALISMO:
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:
O IMPERIALISMO:
REVOLUÇÃO RUSSA:
Antes da revolução russa o poder era exercido por Nicolau II da dinastia dos
Romanov, com apoio dos nobres, burgueses e das tropas de elite.
A derrota russa contra o Japão em 1905, na disputa pela Mandchúria, acar-
retando em crise econômica e taxações incidindo sobre a população, provo-
cou numerosas manifestações críticas: O motim do Encouraçado de Potem-
kim contra os maus tratamentos, greves e manifestações pacíficas, reprimi-
das duramente pelos cossacos - O domingo sangrento.
O czar Nicolau II para ganhar tempo, convocou eleições para a Duma (as-
sembléia). A primeira grande guerra, porém, desmascarou a farsa constitu-
cional, revelando a fraqueza da estrutura imperial.
A burguesia estava representada pelo partido Cadete, democrático e consti-
tucionalista.
No final do século XIX a Alemanha tenta fazer a aliança dos três imperadores
com Alemanha, império Austro-Húngaro e Rússia, no entanto, com a recusa
da Rússia em choque com a Áustria na disputa dos Bálcãs, a Alemanha co-
loca a Itália no lugar formando a tríplice Aliança em 1864.
No início do século XX Inglaterra e França formam a Entente Cordiale, e com
a entrada da Rússia em 1907, acabam formando a Tríplice Entente, também
chamados de aliados.
O sistema de alianças é acionado quando a Sérvia se recusa a pedir descul-
pa pelo assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, e a Áustria declara
guerra, saindo a Rússia em defesa da Sérvia, e a Alemanha em defesa da
Áustria.
Ao se posicionar em favor da Rússia, a Alemanha acaba declarando guerra
também aos franceses através do Plano Schlieffen, ação em duas frentes de
batalhas contra o ocidente e o oriente.
O general Moltke invadiu a Bélgica para ocupar a França pelo norte, através
da guerra de movimento, imaginando derrotar facilmente os franceses para
se voltarem para a frente oriental Russa.
A invasão à Bélgica país neutro, colocou a Alemanha como a vilã da história,
bem como foi responsável pela justificativa da entrada da Inglaterra.
Na batalha de Marne ficava determinado que a tática de movimento não da-
va certo, iniciando a famosa tática de trincheiras, onde cada quilômetro con-
quistado significava a perda de milhares de homens. As principais batalhas
desta fase foram: Somme, Champagne e Verdun.
O aparecimento de canhões e de aviões na guerra modificaram esta situa-
ção. A nível marítimo a igualdade era a mesma, onde os submarinos ale-
mães esbarravam nos encouraçados ingleses, exemplo na batalha de Ju-
tlândia (Dinamarca).
A Itália que tinha permanecido neutra na guerra devido sua divergência com
a Áustria na disputa das regiões irridentinas (Trento, Ístria etc...), os outros
aliados foram: Romênia, Grécia, Portugal , Japão etc... disputaram com o
Império central que recebeu adesão da Turquia e Bulgária.
Com a saída da Rússia depois da guerra, após a revolução socialista (Trata-
do de Brest-Litowsky), os alemães reforçaram a linha ocidental liderados por
Hindemburgo e Ludendorff.
Os norte-americanos que até então tinham permanecidos neutros utilizaram
a justificativa do afundamento do Transatlântico Lusitânia para entrar na
guerra, comandados pelo general Pershing.
Sob o comando do general Foch iniciou-se o contra ataque dos aliados inau-
gurado com a segunda vitória de Marne, perto de Paris. Na Macedônia, o
exército aliado obrigou a Bulgária a depor armas. Os ingleses fizeram o
mesmo com os turcos na Síria. Por fim, os austríacos vencidos pelos italia-
nos, abandonaram a luta. Restavam somente os alemães.
O presidente Woodrow Wilson estimulou a rendição dos alemães com os 14
pontos prometendo não fazer nenhuma retaliação, onde a população alemã
não interessada na continuação da guerra, se voltou contra o Kaiser Gui-
lherme II. e este fugiu para a Holanda.
O Brasil participa da guerra apenas com uma expedição médica em favor
dos aliados, mas aconteceu um xenofobismo germânico, inclusive com ocu-
pação de fábricas. A ausência de produtos europeus favoreceu um maior de-
senvolvimento industrial brasileiro e uma maior importação de produtos nor-
te-americanos.
NAZI-FASCISMO:
Pressionado, o rei Victor Emanuel III convoca Mussolini para o cargo de pri-
meiro ministro, onde passa a utilizar da máquina para fortalecer seu partido.
Nas eleições de 1924, utilizando do fraude, corrupção e violência, os fascis-
tas alcançam maioria no parlamento.
Giácomo Matteoti líder dos socialistas, denunciou o método eleitoral fascista,
e acabou morto, com Mussolini montando uma farsa para apurar a fraude,
para mais tarde, assumir o assassinato. Outro grande baixa socialista foi An-
tônio Gramsci, maior intelectual marxista italiano, escrevendo a maioria de
suas grande obras na prisão, onde morreu.
Em 1925 Mussolini anunciou um regime totalitário de governo. A oposição foi
eliminada e a constituição reformada.
O fascismo bem como o nazismo se assentavam nos seguintes princípios:
totalitarismo, nacionalismo, idealismo, romantismo, autoritarismo, militarismo,
anticomunismo, espaço vital, etc... A única diferença é que no fascismo não
aparece o princípio racista.
No ano de 1925 Mussolini passa a ser o DUCE (condutor supremo da Itália).
Ao sair da prisão Hitler, solto após 8 meses, onde organizou dois agrupa-
mentos paramilitares: SA (Tropa de Assalto) liderada por Roehm e SS (Tropa
de Segurança).
O elemento essencial da doutrina é o racismo. A idéia de superioridade da
raça ariana, levando a oposição à ideologia liberal, ao marxismo, à igreja ca-
tólica e principalmente aos judeus.
O antimarxismo acabava identificado com o judaísmo, devido a origem étnica
de Marx, Rosa de Luxemburgo e Leon Trotsky (Lev Davidowitch Bronstein).
Em 1925, Hindemburgo vence as eleições, e o empréstimo de capital dos
norte-americanos, acalma a situação na Alemanha.
Em 1929, com a queda da bolsa de Nova York, acontece a quinta feira negra
ou a grande depressão que atingiu todo mundo capitalista, e a política liberal
passa a ser combatida praticamente em todo mundo, favorecendo, o proces-
so de ditadura.
Em 1930 e 1932, os nazistas e comunistas levaram vantagem no parlamen-
to, enquanto social-democratas e centristas sofriam grande derrota.
Em 1933 Hindemburgo vence Hitler apertado, e este acaba sendo convoca-
do pelo a chanceler Von Pappen, para o seu lugar, passando então para vi-
ce-chanceler.
Como chanceler Hitler inicia a trajetória para a tomada do poder, iniciando
ateando fogo no Reichstag, acusando os comunistas.
O programa nazista entrou em ação: partidos proibidos, sindicatos suspen-
sos, aumento do poder central, medidas anti-semitas.
Em 1934 elimina os líderes da SA que conspiravam contra Hitler, inclusive
Roehm, na famosa longa noite dos punhais. Campos de concentração co-
meçaram a funcionar.
2º GUERRA MUNDIAL:
A guerra no pacífico começou desde que o Japão iniciou sua corrida imperia-
lista, invadindo a China em 1931, mas chegou ao seu apogeu com a entrada
dos Estados Unidos liderados MacArthur.
Os Estados Unidos bloquearam a conta dos japoneses e iniciaram uma polí-
tica de retaliação ao Japão, e este país aconselhado pelo general Tojo e con-
tando com a estratégia do Almirante Yamamoto, acabaram invadindo Pearl
Harbor, justificativa com Franklin Delano Roosevelt precisava para conven-
cer os Norte-americanos a entrarem na guerra.
O ataque japonês generalizou-se em três direções: Ilhas Filipinas e Índias
holandesas (Indonésia), fontes de matérias primas estratégicas; Ao oeste
Hong-Kong, Singapura e Birmânia; ao leste Oceania, Nova Guiné, Ilhas Sa-
lomão e Aleutas.
A contra-ofensiva norte-americana, aconteceu com a vitória na batalha do
Mar de Coral detendo a expansão japonesa ao sul. Depois da batalha de
MidWay os americanos desembarcam em Guadalcanal com ajuda do exérci-
to australiano. em 19 de janeiro de 1944, aconteceu o primeiro desembarque
americano no Japão em território japonês: Iwojima.
Os japoneses mesmos cercados com pesados bombardeios resistiam com
os suicidas Kamikazes. Os Estados unidos apesar do Japão discutir o trata-
do de paz com os soviéticos, preferiu abreviar à guerra, no mesmo momento
que demonstrava ao mundo seu poderio militar com o lançamento de duas
bombas: Hiroshima em 6 de agosto de 1945 - 100.000 pessoas mortas; Na-
gasaki 8 de agosto de 1945 - 200.000 vítimas.
Em 2 de setembro de 1945, a bordo do encouraçado Missouri, os japoneses
renderam-se diante do general MacArthur, era o fim da 2ª Guerra Mundial,
onde o rei perdeu sua condição de Rei divino, com o estabelecimento de
uma monarquia parlamentarista.