Professional Documents
Culture Documents
Therezinha Sartori
Rua Vitorino Dell’ Antonia n 248
Vila Noemia – Mauá – SP
Cep: 09370-570 Telefone: 45551077
Disciplina: Língua Portuguesa e Literatura
Professora Orientadora: Priscila Debly de Queiroz Tavares
PROJETO
JORNAL NA SALA DE
AULA 2010
MAUÁ
2010
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................3
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM......................................................................................... 9
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................................10
.
2
INTRODUÇÃO
Trabalhar o jornal na escola requer atenção a essa característica. Quem lê jornal o faz,
em geral, diariamente, raramente o lê integralmente, costuma iniciar a leitura por um caderno
específico que concentra seus interesses pessoais, passeia os olhos pelos cadernos e fixa-se em
uma ou outra matéria. Esses modos de ler o jornal precisam estar presentes no trabalho escolar,
se desejarmos, de fato, formar leitores de textos de imprensa. Se o professor recortar uma notícia
para, posteriormente, preparar um roteiro com perguntas para explorá-la com os alunos, já
perdeu o timing.
O jornal reflete os valores, a ética, a cidadania, através dos mais
variados temas e se torna assim um aparelho importante para o educando
se colocar e se inserir na vida social, por meio dessa ferramenta de comunicação. O uso do jornal
na escola atende a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), pois as matérias
tratadas servem de base para o desenvolvimento dos temas transversais, trabalhando-se, por
exemplo, a questão da ética e da cidadania nos enfoques e tendências, que dão aos fatos e
notícias. Ensina-se através do jornal, a leitura, a interpretação dos assuntos tratados sob um
prisma reflexivo e crítico, propiciando aos alunos a oportunidade de se inserir no mundo através
de uma janela de papel.
3
O jornal na formação geral do estudante, a leitura crítica do jornal aumenta sua cultura e
desenvolve suas capacidades intelectuais.
Estabeleça um dia da semana em que você e seus alunos lerão jornais. Se a escola, como é
desejável, tem assinaturas de algum jornal, leve os exemplares para a sala de aula e deixe que os
alunos folheiem e selecionem o que querem ler. É bom que haja exemplares de mais de um
jornal, pois isso permite analisar a relevância e o tratamento que cada periódico dá à notícia de
um fato. Se a escola não tiver nenhuma assinatura, encarregue alguns alunos de providenciarem
exemplares para o trabalho.
Para ativar os conhecimentos prévios em relação ao que irão ler, bem como permitir a
comparação crítica, solicite que assistam aos noticiários televisivos do dia anterior. Se possível,
grave-o para rever algum trecho com a turma e confrontá-lo com o tratamento que a notícia
recebeu em sua versão escrita. Um trabalho como esse possibilita aos alunos irem
compreendendo a diferença entre telejornal e jornal impresso. Mostre o outro lado, analisando os
acontecimentos através de artigos e editoriais que têm com o propósito de incomodar o leitor,
incitando-o a tomar partido, etc.
Nenhuma notícia é escrita de modo neutro e confrontá-la em diferentes mídias ou em
diferentes jornais é uma forma de verificar diferentes pontos de vista, desenvolvendo o espírito
crítico.
Apesar da atividade desenvolve-se com certo improviso, pois é muito provável que o
professor não tenha como ler previamente diferentes jornais, seu impacto reside, inicialmente, na
própria experiência da leitura compartilhada em que o professor mostra aos alunos como faz em
“cenas explícitas de notícias”: lendo em voz alta alguma das matérias, comentando passagens,
contextualizando a notícia, caso os alunos não disponham dos conhecimentos prévios
necessários, polemizando, abrindo o debate. Uma outra vantagem é que os alunos estão lendo o
que os leitores estão lendo também; estão lendo sobre o que está dando no rádio, na televisão; o
que está na boca do povo. Essa simultaneidade permite que os alunos possam se inserir no debate
das questões que são notícia.
4
• É mediador entre a escola e o mundo
• Conceituar elementos e sintetizar temas tratados em cadernos e seções. Desenvolver a
capacidade Leitora e Escrita.
• Desenvolvimento do lúdico.
• Conhecer a estrutura geral dos jornais, como sua divisão em cadernos, seções, colunas,
dando-se ênfase especial aos indícios que os marcam.
• Iniciar os alunos na busca de informações precisas, através de indícios pertinentes, e/ ou
localizando-os pelas características visuais – símbolos, logotipos, diagramas, aspectos
gráficos da página etc.
• Desenvolver operações e processos mentais que aguçam o interesse, a pesquisa e a
inteligência.
• Levar o aluno a se conscientizar da variedade de informações através dos jornais
• Dar início a localização de informações implícitas e explicitas através da escrita.
5
PRIMEIRO CONTATO COM JORNAL NA SALA DE AULA
COMPENTÊNCIAS E HABILIDADES
• Aprofundar o contato com jornais
• Iniciar o aluno na tarefa de observação, levantar dados, classificá-los e hierarquizá-los.
• Tomar o conhecimento dos aspectos externo e materiais dos jornais.
• Conhecer a estrutura geral de jornais, como sua divisão em cadernos, seções, colunas,
dando-se ênfase especial aos indícios que os marcam.
• Iniciar os alunos na busca de informações precisas, através de indícios pertinentes, e/ ou
localizando-os pelas características visuais – símbolos, logotipos, diagramas, aspectos
gráficos da página etc.
• Conceituar elementos e sintetizar temas tratados em cadernos e seções. .
• Levar o aluno a se conscientizar da variedade de informações de jornais
NIVEIS DE ALUNOS:
A partir da quinta série.
MATERIAL:
Reunir títulos bem variados, incluindo jornais. A data não é importante, bastando que seja
recente.
DESENVOLVIMENTO:
• Fazer equipes ou grupos de 3 a 4 alunos
• .Criar um clima que favoreça a troca de idéias e informações entre os participantes do
grupo, distribuir o material, jornal.
• Os alunos no primeiro momento folheiam os jornais e revistas a vontade, discutem seu
conteúdo, formam o juízo de valores ou de apreciação.
• O grupo classifica o que lhe interessa ou não, justificando suas posições, anotam as suas
conclusões do que gostaram e porque.
• Começar por observar os aspectos materiais: tamanho. Formato, peso, qualidade do
papel, número de páginas, emprego de cores ou não.
6
• MANIPULAÇÃO DAS PÁGINAS: o tamanho, o formato, o número de páginas levam a
diferentes formas de manipular a publicação. Perguntar qual a maneira mais fácil de virar
a página de um jornal? Cada grupo formula sua hipótese da pergunta. E assim trocam
opiniões entre si.
• Para o professor, no primeiro momento explica (faz uma pequena demonstração
ilustrativa) que o jornal apresenta informações dos mais variados gêneros. Escreve no
Quadro Negro, ou apresenta uma capa com algumas rubricas fáceis de serem
encontradas, como: programação de TV; esportes; notícias, etc. monta um painel grande
com a capa do jornal e vai detalhando cada item da capa, explica assim como o jornal
deverá ser folhado em busca das informações de interesse .
• Peça para que os alunos anotem os itens de seu jornal e veja qual foi o maior destaque na
capa do jornal que está folhando, veja também qual será a notícia que mais chamou a
atenção e porque? Entre outros que o professor achar necessário no momento.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
• Levar os alunos a aprofundarem aos poucos, seus contatos com jornais.
• Iniciar o aluno num trabalho de levantamento e classificação de dados.
• Ajudar o aluno a distinguir a notícia de informes publicitários.
7
• Levantamento de temas encontrados. Selecionar as manchetes ou títulos apenas, assim
depois de escolher um que mais se identificaram.
Fazemos então as seguintes perguntas aos alunos:
a) Que tipo de periódicos analisamos?
b) Quem produziu?
c) Para que leitores é destinado?
d) Qual a finalidade do periódico?
e) Que tipo de texto, imagens aparecem?
Depois de respondidas no caderno, os alunos começam a selecionar e ler a matéria ou a notícia
de maior interesse pelo grupo.
• Nessa etapa os alunos montam sua notícia na ordem seqüencial, título do jornal,
da seção, ou do caderno, título da notícia, subtítulo (quando houver), imagens.
Montam assim na folha de canson uma notícia retirada do jornal que o próprio
aluno escolheu e partem para a leitura.
• Depois de montado e colado. Cada grupo troca com outro grupo e leem a notícia
escolhida pelo outro grupo.
• Fazer uma breve apresentação oral para a sala de sua notícia escolhida sendo
assim devem informar o tema, ou seja seu assunto, e porque escolheram aquela
notícia.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADE
• Aprender a redigir síntese a partir do exame de conteúdos de cadernos de jornais.
NIVEIS DOS ALUNOS
8 série do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
TEMPO
Variável, dependendo da prática dos alunos. Para principiantes, 2 aulas para sintetizar o conteúdo
dos cadernos, da análise a redação corrigida – e refeita, se necessário.
MATERIAL
Cada grupo deve trabalhar com um jornal completo.
DESENVOLVIMENTO
• Cada grupo levanta os cadernos de seu exemplar de jornal.
8
• Algumas equipes dividem entre si os cadernos que saem diariamente de modo que cada
grupo fique com a análise de um só desses cadernos.
• As equipes analisam os cadernos e fazem uma lista de suas seções.
• Procuram fazer uma síntese dos temas (nas seções) tratados.
• Com essa lista preliminar escrevem um texto sintético sobre o conteúdo do caderno (veja
exemplo no item AO PROFESSOR)
• Cada equipe lê seu texto.
• O trabalho de correção da síntese deve ser feita pelos próprios membros do grupo, é um
excelente exercício de re-escrita e autoavaliação.
• Quando todos os textos estiverem prontos (analisados, corrigidos, re-escritos), a classe
faz uma apresentação dos cadernos, sendo assim o trabalho poderá ser produzido em
forma de cartaz ou papel canson, poderá ser ilustrado com colagem ou desenhos.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Nenhum trabalho pedagógico pode ter sucesso sem que se faça uma avaliação contínua da
aprendizagem, não só testando os alunos, mas também avaliando as estratégias didáticas.
É sempre bom nesse trabalho com o jornal na sala de aula conscientizar os alunos sobre as
estratégias usados pelo professor como:
- O que aprendia com o manuseio do jornal.
- Que dificuldades encontrei?
- O que nos ajudou a resolver essas dificuldades?
Uma auto-análise com essa, feita entre cada grupo, e depois coletivamente pela classe, pode
ajudar o professor avaliar não só o aprendizado da classe como sua própria ação pedagógico.
A avaliação através de cartazes e produções individuais e coletivas ajuda muito no trabalho do
professor. Entre elas podemos destacar:
Colagem de notícias
Síntese/Resumos
Produção de cartaz colorido.
Confecção de um jornal da sala
9
NOTA DO PROFESSOR
“O DESTINO É VOCÊ QUEM
FAZ”
10
instrumento pedagógico forma um conjunto
de cidadãos mais informados e participantes.
O primeiro contato com jornal na sala de aula veio carregado de novidades, surgiram
dúvidas em relação a abertura das páginas e dos caderno do jornal, os aluno perguntaram se
poderiam olhar horóscopo, tiras, História em Quadrinho, jogos, moda, as novidades de seus
artistas favoritos, o campeonato de futebol, viram também fatos e tragédias que circulam na
mídia. As notícias impressas circulam em outras mídias: ocupam o noticiário das TV, do
rádio, da Internet; estão na boca do povo, nas conversas em torno do que acontece. Esse
primeiro momento foi tão maravilhoso que os alunos querem produzir o seu próprio jornal
com informações da escola, de seu bairro, sua cidade, e seu país.
BIBLIOGRAFIA
FARIA, Maria Alice. Como usar o jornal na sala de aula. 10 ed. São Paulo: Contexto, 2008.
11
12