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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO


GRANDE DO SUL
DBQ – DEPARTAMENTO DE BILOGIA E QUÍMICA
CAMPUS DE IJUÍ
CURSO DE QUÍMICA

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO V


ENSINO DE QUÍMICA II

LUCIANE MAYER

IJUÍ, JULHO DE 2008


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LUCIANE MAYER

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO V


ENSINO DE QUÍMICA II

Trabalho apresentado à disciplina de Estágio


Curricular Supervisionado V: Ensino de
Química II, como requisito parcial para a
obtenção do título de licenciado em Química
na Universidade Regional do Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul, Campus de
Ijuí.

Orientadoras: Marli Dallagnol Frison


Solange Manzoni Rufino

IJUÍ, JULHO DE 2008


3

... Se não posso, de um lado,


estimular sonhos impossíveis
Não devo, de outro lado
negar a quem sonha
o direito de sonhar ...

Paulo Freire
4

AGRADECIMENTO

Aos professores e a coordenação pedagógica da Escola Mathias Balduino Huppes por


terem cedido seu tempo para a orientação deste trabalho. Ensinaram-me que a única forma de
conhecer é descobrir e que fazer descobrir é a única forma de ensinar. Muito obrigada.
A todas as pessoas que, de uma forma ou de outra estiveram envolvidas na realização
deste trabalho, manifesto aqui minha gratidão.
5

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.....................................................................................................................6
1. A ESCOLA NA REFLEXÃO DO ESTAGIÁRIO..................................................................7
1.1 Princípios que permeiam a ação educativa.......................................................................7
1.2 Caracterização da Escola..................................................................................................9
1.3 Caracterização da Turma.................................................................................................10
1.4 Procedência ....................................................................................................................12
1.5 Nível Sócio-econômico...................................................................................................12
1.6 Nível de aprendizagem....................................................................................................12
1.7 Participação dos alunos...................................................................................................12
1.8 Análise dos alunos...........................................................................................................12
2. PLANEJAMENTO DE ENSINO.........................................................................................14
2.1 Cronograma de execução de trabalho na escola.............................................................16
3. PLANOS DE AULA.............................................................................................................17
3.1 Aula nº 01........................................................................................................................17
3.2 Aulas nº 02 e 03...............................................................................................................18
3.3 Aula nº 04........................................................................................................................19
3.4 Aulas nº 05 e 06...............................................................................................................19
3.5 Aula nº 07........................................................................................................................22
3.6 Aulas nº 08 e 09...............................................................................................................23
3.7 Aula nº 10........................................................................................................................26
3.8 Aulas nº 11 e 12...............................................................................................................27
3.9 Aula nº 13........................................................................................................................28
3.10 Aulas nº 14 e 15.............................................................................................................29
3.11 Aula nº 16......................................................................................................................30
3.12 Aulas nº 17 e 18.............................................................................................................30
3.13 Aula nº 19......................................................................................................................32
3.14 Aulas nº 20 e 21.............................................................................................................32
3.15 Aula nº 22......................................................................................................................34
3.16 Aulas nº 23 e 24.............................................................................................................34
3.17 Aula nº 25......................................................................................................................36
3.18 Aulas nº 26 e 27.............................................................................................................37
3.19 Aula nº 28......................................................................................................................39
3.20 Aulas nº 29 e 30.............................................................................................................40
3.21 Aula nº 31......................................................................................................................43
3.22 Aulas nº 32 e 33.............................................................................................................45
4. REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO CURRICULAR........................47
4.1 Relato analítico das aulas................................................................................................47
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................51
BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................52
ANEXOS..................................................................................................................................53
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APRESENTAÇÃO

A prática educativa na formação docente é parte da trajetória acadêmica, a qual se


torna uma exigência na relação teoria – prática, possibilitando um contato mais direto com a
atividade educativa.
Foi possível efetuar essa prática abordando o ar atmosférico através de uma proposta
dinâmica e interativa, aula por aula, levando-se em conta valores e conhecimentos trazidos
pelos educandos a partir de situações de alta vivência, de forma que o aluno vai se
constituindo, ou construindo seus próprios conhecimentos através da mediação feita pelo
professor, acontecendo assim uma interação entre ambos e fazendo com que o aluno perceba
que o conhecimento científico é real e acontece no seu dia-a-dia.
De forma sistematizada, traz a caracterização da escola e dos alunos, o
desenvolvimento das aulas e ainda anexos.
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1. A ESCOLA NA REFLEXÃO DO ESTAGIÁRIO

1.1 Princípios que permeiam a ação educativa

Com a super valorização do conhecimento científico e com a crescente presença e


intervenção da tecnologia no novo dia-a-dia, não há como formar um cidadão sem que ele
saiba lidar como saber científico.
O estudo da Química ajuda na compreensão do mundo e suas transformações e
permite que nos reconheçamos parte integrante do universo. Por meio desse saber, podemos
questionar, criticar o que vemos e ouvimos, intervir na natureza e utilizar seus recursos de
forma responsável, tanto com relação ao ambiente, quanto a nós mesmos, e refletir sobre as
questões éticas que estão implícitas na relação entre a ciência e a sociedade.
Ao ensinar Química, o professor deve possibilitar condições para a produção do
conhecimento científico através de observações, possibilidades de intervenção e exercício da
criatividade e cidadania, orientando suas ações de forma consciente e democrática,
considerando os conhecimentos prévios dos alunos e expandindo-os até o campo científico, e
assim, tornando a aprendizagem significativa, porque desperta nos alunos o gosto pela ciência
e pela pesquisa.
A atitude do professor é sempre uma referência para os alunos. E principalmente na
área científica, é muito importante desenvolver posturas e valores, coerentes entre os seres
humanos, o meio ambiente e o conhecimento. Sua atitude de curiosidade, de consideração às
múltiplas opiniões, de persistência na busca de informações, de valorização à vida com a
diversidade que apresenta, de preservação ao meio ambiente, de respeito à individualidade de
seus alunos e às diferenças que apresenta, isso será observado por eles e servirá de exemplo
para a formação de seus valores e atitudes.
O professor é um eterno pesquisador. A pesquisa exige disponibilidade, abertura ao
diálogo e convivência com a crítica. É pela via da pesquisa e, da interação e da mediação que
o professor se constitui.
A escola tem o dever de garantir à todos o acesso ao conjunto de conhecimentos
historicamente acumulados e, para isso, ela planeja conjuntamente suas ações, defendendo
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sempre os interesses da maioria. Na escola, o professor é autônomo e tem liberdade e


confiança na regência de suas aulas, estabelece relações com o mundo social e contempla a
diversidade cultural.
O projeto pedagógico planejado com toda a comunidade escolar e redefinido
constantemente, conforme Mário Osório Marques “os valores porque opta a escola, só podem
ser consensualmente construídos e validados na livre conversação e na discussão
argumentativa de toda a comunidade e em torno da escola e aberta aos interesses relevantes
para a sociedade toda, que perpassam as demais instituições sociais e os agrupamentos
humanos em articulações múltiplas e complexas”.
O currículo escolar é significativo e pedagogicamente coerente com a proposta
pedagógica da escola e com as novas concepções de mundo. Os conteúdos são democráticos,
abrangentes, contextualizados e desocultados e sobretudo, fazem sentido ao coletivo
envolvido, sendo passiveis de flexibilidade e desenvolvidos com metodologia coerente que
leva em conta a aprendizagem total do educando em sua formação geral. De acordo com os
PCN, os conteúdos fornecem a construção de uma visão de mundo como um todo, formando
por elementos interrelacionados, entre os quais o ser humano, agente de transformação.
Devem promover as relações entre diferentes fenômenos naturais e objetos da tecnologia
entre si e reciprocamente, possibilitando a percepção de um mundo em transformação e sua
explicação científica permanentemente reelaborada.
A avaliação é um processo contínuo, que ocorre ao longo de todo o período letivo. É
um momento de reflexão sobre a prática pedagógica, que permite detectar os avanços ou
dificuldades dos alunos. Os critérios estabelecidos estão diretamente relacionados ao
planejamento, sendo este, um fator indispensável à atividade educativa. Os critérios são
necessários para entender os valores e as atitudes que os alunos demonstram nos trabalhos em
grupo, individuais, no trato do espaço, que ocupam dentro e fora da sala de aula, onde são
criadas situações e atividades que permitem perceber quais habilidades o aluno conseguiu
desenvolver e quais ainda precisam ser trabalhadas. A seriedade com a avaliação está muito
bem explícita no texto sobre o ensino e avaliação de Ilma Passos Veiga: “... avaliação
desenvolvida em sintonia com a concepção de ensino–aprendizagem para a compreensão, que
procura partir dos acertos e dos erros para ensinar os alunos a buscar caminhos possíveis, a
aprender por compreensão”.
A sala de aula é um lugar de encontro humano e dinâmico. Ensinar é influenciar para a
mudança de comportamento dos sujeitos envolvidos e essa influência é feita pela veia da
comunicação e segundo Vani Moreira Kenski, “onde professores e alunos exploram as
9

possibilidades pedagógicas das novas tecnologias para desvendar os enigmas do


conhecimento e para aprender”. A dinâmica da sala de aula aliada à do currículo, reestrutura
seus próprios espaços, de maneira que eles se integrem o tempo transcurso da duração
continuada, o tempo intensidade da duração vivida, ativa, criadora e o tempo-espaço das
relações educativas e dos conteúdos da aprendizagem.
Paulo Freire, um dos maiores pensadores em educação de todos os tempos, afirma
que: “Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível”. Educadores e educandos são
agentes de transformação, assim, um transforma o outro na relação intrínseca ensino-
aprendizagem e juntos por via do conhecimento, transformam a sociedade.

1.2 Caracterização da Escola

A Escola Estadual de Ensino Médio Mathias Balduino Huppes, possui cerca de


duzentos e quarenta e três alunos do Ensino Médio e Fundamental. São educandos oriundos
de diversas classes sociais (agricultura, garimpo...), diversas etnias, diferentes credos e em
alguns casos portadores de necessidades educacionais especiais, muitas vezes desmotivados,
sem orientação sexual, de famílias desestruturadas (vícios, alcoolismo, desemprego...), com
desequilíbrios emocionais. Esta comunidade, em sua grande maioria, possui baixa
escolaridade, por isso não há consciência da importância da busca do conhecimento.
As condições físicas da escola podem ser consideradas boas. Oferece sala da direção,
sala da coordenação, sala de orientação escolar, oito salas de aula, cozinha, sala dos
professores, laboratório de Ciências, Videoteca, refeitório, almoxarifado, secretaria, dispõe
ainda de uma quadra coberta com necessidade de adaptação para ginásio de esportes, uma sala
de informática, de um auditório..., tem uma área de terra de 40.000 m2, dentro da qual existe
um pomar de árvores frutíferas, uma praça infantil, horta, parte da área é cultivada com
produtos agrícolas.
A escola procura desenvolver atividades tais como: campanhas, celebrações, palestras,
homenagens, reuniões, ações solidárias, atividades culturais, formaturas... com o objetivos de
manter um bom relacionamento e integrá-la, envolvendo a participação dos pais na vida
escolar dos filhos, sendo um desafio ultrapassar os limites da sala de aula e envolver toda a
comunidade.
O desempenho escolar dos educandos, na sua maioria, deixa a desejar, porque eles não
estão motivados para quererem mais, falta sonho, perspectiva de vida, desejo, baixa auto-
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estima, são influenciados pelo meio social. O nível de conhecimento é baixo, mas existem
educandos preocupados com o futuro.
Na Escola, o Conselho Escolar - formado por representantes de todos os segmentos, o
Círculo de pais e Mestres - formado pelos pais e professores, os quais atuam junto com a
Direção da escola. O Grêmio Estudantil que é uma das formas de organização dos educandos
na escola, oportuniza o desenvolvimento de lideranças, realizando um trabalho voltado ao
lazer, cultura e esporte.
Alunos, direção e corpo docente apresentam um bom relacionamento. Os professores
mostram-se preocupados com a aprendizagem dos alunos e com seus hábitos e valores.
Qualquer ação no sentido de uma mudança nos hábitos e valores, ressaltado aqui que pouco
valor dão aos estudos, principalmente os do turno da noite, exige persistência e conhecimento
profundo do ato de aprender e ensinar.
Em relação ao espaço de reflexões para os professores na escola, constata-se que há
pouco tempo para reuniões e há dificuldades para reunir todos os professores, já que alguns
têm horas a cumprir em outras escolas. No que se refere ao espaço de reflexões dos alunos, é
oportunizado aos mesmos, momentos de vivência através de teatros, palestras, programações
especiais que tragam mensagens que vão ao encontro do que a escola se propõe a desenvolver.
Quanto aos momentos de reflexões que envolve toda a comunidade escolar, são feitas
reuniões de CPM, onde se discutem assuntos referentes à aprendizagem dos alunos. Busca-se
reunir forças entre família e escola com o objetivo de melhoria na educação.
A escola tem como filosofia “Espírito de liderança e responsabilidade”, pois acredita-
se que a responsabilidade fornece condições para as mudanças, crescimento e transformação,
visando o crescimento integral do ser humano.
Todas as ações e decisões da escola são amparadas pela LDB, Regimento Escolar,
pareceres do CEE, sendo orientadas pela 20ª CRE.

1.3 Caracterização da Turma

A turma da 1ª série B, com a qual realizei meu estágio é composta por 17 alunos
oriundos da própria localidade e também de comunidades vizinhas, todos de baixo poder
aquisitivo, são trabalhadores, por isso estudam a noite.
Com uma característica do ensino noturno, apresenta uma grande heterogeneidade; o
que prejudica o ritmo do trabalho coletivo, mas por outro lado tem um caráter de
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contribuição, pois a heterogeneidade de conhecimentos, de características peculiares de cada


idade traz uma diversidade que permite enriquecer ainda mais a aprendizagem em seu sentido
mais amplo, levando a um maior crescimento pessoal e coletivo. Procuram aproveitar bastante
em aula, apesar de estarem cansados e terem muita dificuldade, por isso, os trabalhos a serem
realizados extra-classe, eles os realizam em aula mesmo e muitas vezes saem mal feitos e
muito sintetizados. As faltas foram outra característica presente na turma, e se tornam
empecilho à aprendizagem, pois prejudicam o andamento das aulas e a compreensão dos
alunos.
A maioria dos alunos não tem objetivos claros a respeito do Ensino Médio. Estudam
porque dizem que o diploma vai ser importante para conseguir ou melhorar o emprego, isto é,
a preocupação maior é com notas, diploma, e não com o conhecimento em si.
A faixa etária destes varia entre 15 e 25 anos, uma vez que alguns alunos retornaram à
escola, buscando melhorar sua condição social através da escola.

Lista nominal
1. Adilson Junior da Silva
2. Adriane Pisniaki
3. Alessandro de Vargas
4. Alexandra Raquel Lorenz
5. André Antonio do Nascimento
6. Dioni Junior de Vargas
7. Edilaune Facco
8. Everton Sesse da Silva
9. Fabio Junior Cargen
10. Gicinéia Duarte
11. Liliane Inês Siduoski
12. Paola Tatiana Seraffini
13. Patrícia Fabiane Favrestto
14. Rafael Lucas Tenedini
15. Rejane Facco
16. Valdenir Moreira
17. Vinicius Alves Quevedo
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1.4 Procedência

Os alunos na maioria são da cidade, sendo que estes foram agricultores e hoje
encontram-se no meio urbano em busca de estudo e trabalho.

1.5 Nível Sócio-econômico

O nível sócio-econômico é baixo, onde a maioria dos alunos estuda e trabalha para
manter seus gastos e auxiliar a família. Os alunos trabalham cedo buscando no trabalho suprir
os gastos pessoais e escolares, conscientizando este com a busca de conhecimento na escola.

1.6 Nível de aprendizagem

O nível de aprendizagem dos alunos é médio, onde alguns apresentam questões


pessoais ou até mesmo o desinteresse, apresentam dificuldade de aprendizagem.
O desempenho dos alunos em relação às condições de aprendizagem é bom,
observando as dificuldades que enfrentam para estudar, porém todos apresentam grande
capacidade intelectual e o que falta é aproveitá-la.

1.7 Participação dos alunos

A participação dos alunos nas atividades propostas foi muito boa, uma vez que
buscavam desenvolver com rapidez as atividades em aula, bem como participar com
espontaneidade de experiências e outras atividades em sala de aula.

1.8 Análise dos alunos

Os alunos no decorrer das aulas apresentavam-se prestativos, participando sempre que


necessário. Observou-se que alguns apresentaram maior desempenho que os demais, uma vez
que o interesse desses foi maior, tanto na busca da complementação dos assuntos abordados,
quando no questionamento e participação em aula. O professor e aluno juntos devem procurar
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entendimentos para que ocorra uma proposta dinâmica a fim de alcançarem os objetivos
previstos do aluno e do professor.
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2. PLANEJAMENTO DE ENSINO

a) Dados de Identificação
Escola do estágio: Escola Estadual de Ensino Médio Mathias Balduino Huppes
Série: 1º Ano
Período da realização do estágio: 1 Trimestre
Número de horas: 33 períodos
Professor Regente: Deise Felippe
Supervisoras: Marli Dallagnol e Solange Rufino
Estagiária: Luciane Mayer

b) Ementa
Reflete os conceitos científicos selecionados para este ciclo de estudo na relação com
os conhecimentos cotidianos dos estudantes tendo em vista a significação dos conhecimentos
na perspectiva da formação cidadã, capaz de possibilitar a compreensão e as inter-relações
entre sua vida e o ambiente em que vive, propiciando assim as condições para a construção de
uma vida digna a si e a seus descendentes.

c) Objetivo Geral
- Refletir a prática docente na referência às teorizações contemporâneas relativas à
formação de professor/professora;
- Conhecer os estudantes, suas culturas, experiências de vida, conhecimentos prévios,
seus sonhos, projetos na perspectiva da interação com vistas à aprendizagem;
- Problematizar os conceitos químicos na relação com a vida em direção a
aprendizagem significativa e a apropriação de conhecimentos;
- Mobilizar os saberes constitutivos da docência refletindo-os no contexto da prática
pedagógica no estágio.

d) Objetivos Específicos
- Experiência o ensino pesquisa possibilitando momentos de investigação;
- Promover atividades que possibilitem a participação dos estudantes;
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- Problematizar conceitos químicos, tais como: substâncias químicas, densidade,


equação química, teoria atômica, leis de Lavoisier e Proust, de modo a compreender sua
origem, evolução e aplicação;
- Acompanhar a aprendizagem dos conceitos em estudo por meio de atividades
sistematizadoras dos temas em foco;
- Refletir a prática docente realizada no campo do estágio tendo em vista a
compreensão e a significação de um modo singular de ser professora.

e) Metodologia de Trabalho
- Acreditando que conhecimento é uma elaboração histórica que se estabiliza no tempo
e que é constantemente recriado junto às pessoas nas interações sociais e que ensinar é mediar
a produção de novos significados possibilitando ao aluno a apropriação do conhecimento.
Assim propomos realizar as aulas de química buscando confrontar os saberes prévios dos
estudantes em relação aos conceitos a serem desenvolvidos, bem como elaborar atividades
que contemplem diversas metodologias, tais como: resolução de problemas com pesquisa
bibliográfica em livros e materiais de circulação como revistas e jornais; desenvolver
questionário de investigação da realidade de vida dos estudantes; desenvolver atividades
experimentais; sessão de vídeos ligados aos conceitos em estudo, e outras estratégias de
ensino que se fizerem necessárias para qualificar a prática pedagógica em curso.

f) Avaliação
Avaliação entendida como parte constitutiva da prática educativa é o acompanhamento
do processo ensino aprendizagem de forma permanente, visa a qualificação do ensino e o bom
resultado nas aprendizagens dos estudantes. Tem a função diagnóstica na medida em que,
possibilita a compreensão do que se realiza e qualificadora, na medida em que, a partir da
avaliação podemos aperfeiçoar o processo em curso. Também pela avaliação se expressa o
juízo de valor resultante do conhecimento construído.
Utilizaremos como critérios e instrumentos de avaliação no período de estágio:
Critérios:
- Participação, envolvimento, responsabilidade, assiduidade, comprometimento.
- Capacidade de estabelecer relações das vivências cotidianas com os conceitos
científicos em estudos.
- Adequação na aplicação dos conceitos.
- Capacidade de interagir no contexto da sala de aula
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Instrumentos:
- Relatórios
- Pesquisas
- Exercícios
-Provas escritas/testes.

2.1 Cronograma de execução de trabalho na escola

Nº Data Atividades Realizadas


1 06/03 Questionário de apresentação
2 07/03 Apresentação da situação de estudo – texto ar atmosférico.
1 13/03 Substâncias químicas, fórmula, nome.
2 14/03 Substâncias simples, compostas.
1 27/03 Texto - Material, mistura, substância, elemento
2 28/03 Mistura homogênea e heterogênea. Atividades.
1 03/04 Texto – Transformação da matéria
2 04/04 Fenômeno Físico – Densidade.
1 10/04 Matéria em volume e massa.
2 11/04 Exercícios de Revisão.
1 17/04 Transformação – fenômeno ou reação química.
2 18/04 Substância pura e mistura – Separação dos componentes
heterogêneos.
1 24/04 Separação dos componentes homogêneos.
2 25/04 Exercícios de Revisão.
1 05/05 Correção dos exercícios.
2 09/05 Texto – Poluição do ar atmosférico.
1 12/05 Texto – Sujeira no ar: combustão, poluição e automóveis.
2 16/05 Exercícios.
1 19/05 Texto – Visibilidade Zero: Fumaça – Neblina.
2 23/05 Texto – Efeito estufa e aquecimento global.
1 26/05 Exercícios de Revisão.
2 30/05 Prova
Total de aulas dadas: 33 Aulas

OBS: Início do primeiro trimestre: 06/03/08


Término do primeiro trimestre: 30/05/08.
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3. PLANOS DE AULA

3.1 Aula nº 01

Data: 06/03/08

Idade: ................................................. Sexo: Fem: ................... Masc.:................


Série: ................................................. Turma: .....................................................
Na escola eu gosto de ...................................................................................................................
E não gosto de ..............................................................................................................................
Se eu pudesse, na escola eu mudaria ............................................................................................
.......................................................................................................................................................
Eu tenho facilidade para aprender quando ...................................................................................
.......................................................................................................................................................
Eu tenho dificuldade para aprender quando .................................................................................
.......................................................................................................................................................
Eu aprenderia melhor se ...............................................................................................................
Na escola eu tenho direito de .......................................................................................................
E o dever de ..................................................................................................................................
Além das aulas normais, eu participo de ......................................................................................
Minhas atividades na escola .........................................................................................................
Se eu não estivesse estudando, eu penso que estaria ...................................................................
.......................................................................................................................................................
Para mim, bom aluno é aquele que ..............................................................................................
.......................................................................................................................................................
Eu penso que a avaliação deveria ................................................................................................
.......................................................................................................................................................
Na minha casa moram .............. pessoas. Moro nesse bairro há ..................................................
Em casa costumo ajudar ...............................................................................................................
Mas não gosto muito de ...............................................................................................................
Além do trabalho em casa, eu também ........................................................................................
.....................................................................................................................................................
Sempre que posso eu assisto na TV ............................................................................................
.......................................................................................................................................................
Na TV, eu gosto mais de .............................................................................................................,
Mas não gosto de ..........................................................................................................................
Eu sou assim .................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
Quando tenho um tempo livre, eu ainda participo de ..................................................................
Sobre a violência, eu penso que ...................................................................................................
Na minha idade, eu penso muito em ............................................................................................
.......................................................................................................................................................
Para mim o bom professor é aquele que ......................................................................................
18

.......................................................................................................................................................
Não gosto de professores que .......................................................................................................
.......................................................................................................................................................
Uma boa aula de Química é .........................................................................................................
.......................................................................................................................................................
Química para mim é .....................................................................................................................
.......................................................................................................................................................

3.2 Aulas nº 02 e 03

Data: 07/03/2008

Para iniciarmos este dia de aula vamos esclarecer o que é ciência e ciência química.
O que é ciência? É tanto mental quanto experimental. Ela é simultaneamente execução
e raciocínio, observação, imaginação, o que compreende a ciência química.
O que é ciência química? Química é a ciência que estuda as transformações que
ocorrem na matéria, sendo o estado inicial diferente do estado final.
Primeiramente, vamos sondar os conhecimentos e realidade da turma, sobre a situação
de estudo do dar atmosférico, faremos uma discussão relacionada com atmosfera.

Questionamento para motivação:


a) O que é ar atmosférico?
b) De que ele é constituído?
c) Quais são esses gases?

Texto:
A Atmosfera
A atmosfera é composta essencialmente por uma mistura de gases. Os gases que
existem em maior quantidade são o nitrogênio (N2) – 78% e o oxigênio (O2) - 21% -. Nos
restantes 1% da massa atmosférica incluem-se gases como hidrogênio, ozônio, dióxido de
carbono, metano e vapor de água.
Esta mistura mantém-se mais ou menos constante até aos 80 quilômetros de altitude;
acima destes verifica-se uma grande variação daquela concentração, predominando os gases
mais leves: caso do hidrogênio .
O ozônio é exceção dado que a sua maior concentração situa-se entre os 25 e 35
quilômetros de altitude. Este é um gás vital apesar de existir em reduzidíssima quantidade. Ele
absorve as radiações ultravioletas que seriam letais para os seres vivos, caso chegassem com
toda a sua intensidade ao solo!!! Porém, certos produtos utilizados pelo homem fazem
diminuir a concentração do ozônio, tornando-se assim uma grave ameaça para a vida na Terra.
19

O dióxido de carbono (que constitui apenas 0,033% do total da atmosfera!) é


fundamental na Terra. Ele é usado pelas plantas verdes para realizar a fotossíntese e absorve a
radiação solar, mantendo a baixa atmosfera a uma temperatura constante: 15ºC.
A concentração de dióxido de carbono pode variar: é maior nas cidades e áreas
industriais, pois é um gás resultante da queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás
natural).
Além destes gases, existem outros corpos em suspensão na atmosfera: cloretos,
sulfatos, poeiras, fumos, polens, cinzas, sais de iodo e de potássio e sódio, e microorganismos
vários que vão ter um papel primordial nos fenômenos de condensação - são os chamados "
Núcleos de Condensação " (é à volta destes que o vapor de água inicia o seu processo de
condensação, originando nuvens e/ou nevoeiros e precipitação). Assumem também um papel
fundamental na absorção da energia calorífica emitida pela superfície terrestre.

3.3 Aula nº 04

Data: 13/03/08

- Retomar o texto ar atmosférico.


- Encontrar as substâncias químicas do texto e classificar nome, aglomerado iônico,
fórmula química.

Nome Aglomerado Iônico Fórmula


Hidrogênio
Oxigênio
Água
Gás carbônico ou dióxido de
carbono
Nitrogênio
Ozônio
Metano

3.4 Aulas nº 05 e 06

Data: 14/03/08
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Substância Simples e Composta


Uma substância, elemento oxigênio (O) participa na constituição da molécula de cinco
substâncias [O2; O3(g); O(g); H2O(g); CO2 (g)]. Nas três primeiras substâncias aparece como
elemento único. Dizemos que substâncias constituídas de um só elemento são substâncias
elementares ou simples. O2 representa a substância oxigênio e é a forma mais estável da
substância elementar oxigênio. O3 representa a substância ozônio, uma forma bastante
instável de arranjo ou combinação dos átomos do elemento oxigênio, mas cuja presença é de
grande importância na alta atmosfera, mais precisamente na estratosfera, pela capacidade de
filtrar raios ultra-violeta (UV), raios de grande energia que, como sabemos, causam danos aos
seres vivos, agindo no DNA e, assim, podem produzir anomalias genéticas, como na
reprodução celular e causar o câncer de pele. Uma terceira forma de encontrar o elemento
oxigênio é na forma de oxigênio atômico, O. essa forma é muito instável e sua existência só é
possível em situações muito especiais, como na alta atmosfera em que o ar é muito rarefeito,
isto é, a concentração de partículas é muito pequena por unidade de volume. Ao colidir com
outro átomo isolado de oxigênio constitui-se a espécie estável O2. Pode, ainda, colidir com a
espécie O2e formar O3. Dizemos, então, que O2 e O3 são as formas moleculares do elemento
oxigênio e O, um átomo isolado, é a forma atômica.
Na forma molecular O2, dois átomos interagem muito fortemente entre si, constituindo
a molécula da substância oxigênio, isto é, uma molécula constituída de dois átomos de
oxigênio. No caso do ozônio, O3, são três átomos de O que interagem entre si, formando a
molécula triatômica.
A interação entre os três átomos ao mesmo tempo não é tão forte e, por isso, O3 é uma
molécula menos estável, ou seja, ela se decompõem mais facilmente na interação com outras
substâncias. Isso explica, por exemplo, a “destruição” da camada de ozônio por ação de
moléculas de CFC. Trata-se, na verdade, da destruição de moléculas de ozônio, diminuindo
sua concentração, o que deixa que os raios UV atravessem a atmosfera atingindo os seres
vivos.

Conceito:
As substâncias químicas dividem-se em substâncias simples e substâncias compostas.
a) substância simples: são formadas por átomos de um mesmo elemento químico.
Exemplos: Hidrogênio (H2), Oxigênio (O), Nitrogênio (N3) e Ozônio (O3(g)), citados na
tabela.
Observações:
1º) Há átomos que podem se agrupar de maneiras diferentes, formando pois,
substâncias diferentes. Por exemplo, dois átomos do elemento químico oxigênio formam uma
molécula da substância simples oxigênio; no entanto, três átomos formam uma molécula da
substância simples oxigênio. Este fenômeno é denominado Alotropia, dizendo-se então, que
O2 e O3 são formas alotrópicas do elemento oxigênio.
2º) Atomicidade – o número de átomos existentes numa molécula de substância
simples. Desta definição, decorre a seguinte classificação: * moléculas monoatômicas –
quando tem um átomo (O); * moléculas diatômicas – quando tem dois átomos (O2); *
moléculas triatômicas – quando tem três átomos (O3); e assim por diante.
Os principais gases, substâncias presentes na atmosfera, que têm essa característica
são: dióxido de carbono, CO2; metano, CH4; óxidos de nitrogênio, NO e NO2; os
clorofluorcarbonetos, CFCs, água, H2O. De todas essas substâncias, o dióxido de carbono ou
gás carbônico é o que apresenta a maior eficiência para o efeito estufa, sendo responsável,
quando na concentração normal, por aproximadamente 60% desse efeito. Logo, um aumento
da concentração de CO2 na atmosfera, como vem ocorrendo, produz aquecimento anormal da
atmosfera e da superfície da Terra. E, novamente, o ser humano o responsável por esse
21

desequilíbrio, pois está jogando na atmosfera grande quantidade de gás carbônico,


conseqüência da combustão, em poucos anos, de todo o combustível fóssil (carvão e
petróleo), armazenado durante milhões de anos.

b) substância composta: são formadas por átomos (íons) de elementos químicos


diferentes. Exemplos: água (H2O), gás carbônico (CO2) e metano (CH4(g)), citados na tabela.
Observação:
Substância pura é qualquer substância simples ou composta por átomos, moléculas,
todos ligados iguais entre si.
- Propriedades características e bem definidas. Exemplo: condições ambiente - Água é
sempre um líquido incolor, inodoro, não inflamável, etc.
- Composição química constante:
* quando é simples, a substância é formada por um único elemento químico.
* quando composta, a substância é sempre formada pelos mesmos elementos, ligados
na mesma proporção em massa.
Molécula – É a menor parte da substância que conserva suas características. Ex.: H2O,
CO2, CH4.
Elemento químico – É a menor parte da molécula com suas propriedades físicas e
químicas definidas.

Atividades:
1. Marque com um F as afirmações falsas e com um V as verdadeiras; quando F, justifique:
a) Substância simples é a formada por apenas um tipo de elemento.
b) Substância composta é a formada por apenas dois elementos.
c) Fórmula é a representação gráfica de uma substância composta ou simples.
d) O símbolo representa o elemento químico.

2. Diga se a substância é simples ou composta:


a) I2: d) Br2:
b) HI: e) NH3:
c) H2CO3:

3. (RRN) Considerando-se os sistemas abaixo relacionados, identifique aquele formado


apenas por substâncias simples:
a) enxofre, ozone, iodo e fósforo branco.
b) gás carbônico, gás amoníaco, gás cianídrico e gás sulfídrico.
c) água, água do mar, ferro e alumínio.
d) ar atmosférico, água do mar, granito e bauxita.
e) latão, aço, bronze e ouro.
4. Dê duas propriedades que permitem diferenciar:
a) Ozônio e oxigênio:

5. a) O elemento químico é a matéria formada por ...................................... quimicamente


idênticos; sua representação gráfica chama-se ........................................... .
b) Substância simples é formada por ................................... contendo apenas átomos de um
mesmo ............................................................ .
22

c) Substância composta é formada por ................................................. de elementos químicos.

6. Escreva os nomes dos elementos químicos cujos símbolos são:


a
) Na: d) Hg: g) Ag: j) K:
b) Fe: e) Mn: h) Sb:
c) Pt: f) P: i) Mg:

7. Escreva os símbolos correspondentes aos elementos químicos cujos nomes são:


a) flúor: e) arsênio: i) tungstênio:
b) carbono: f) césio: j) paládio:
c) silício: g) platina:
d) cobre: h) germânio:

3.5 Aula nº 07

Data: 27/03/08

Material/mistura e determinado material substância/elemento


Ao lidarmos com o mundo material concreto estamos em contato com muitas
substâncias ao mesmo tempo. Dizemos as substâncias estão misturadas nos materiais que
constituem o meio. É assim o ar atmosférico e qualquer outra porção de material que se possa
nomear, como: solo, rocha, água de rio, fonte, lagoa ou mar, madeira, seiva de planta, sangue
de animais, aço, plástico, etc.
As características dos materiais serão determinadas pelas substâncias presentes e pelas
interações que estabelecem entre si. Essas interações dão-se em nível microscópico, isto é, em
nível atômico/molecular, que são as partículas mínimas que compõem as substâncias.
Materiais em fase gasosa, como é o caso do ar atmosférico, são interpretados como tendo as
partículas moleculares muito afastadas e “independentes” umas das outras. Assim, no ar
atmosférico, as moléculas das substâncias nitrogênio, oxigênio, argônio, água, gás carbônico e
outras encontram-se bastante livres, movendo-se em ‘zigue-zague’ pelas colisões elásticas
entre si. As moléculas do ar atmosférico movem-se livremente entre si, mas eles não estão
livres da força gravitacional terrestre. A atração gravitacional faz com que permaneçam em
torno da superfície da Terra, constituindo a atmosfera terrestre. A massa específica da
atmosfera (massa por volume) não é uniforme, mas varia com a altitude, diminuindo
gradativamente. Isso tem relação com a concentração de partículas em certo volume, que é
um conceito muito importante na formação do pensamento químico.
O efeito da gravidade sobre as partículas presentes no ar explica a sua maior
concentração em baixas altitudes, como o nível do mar, e menor concentração, isto é, o ar
mais rarefeito, em altitudes maiores. Maior concentração significa literalmente maior número
de moléculas por unidade de volume. Assim, um metro cúbico de ar ao nível do mar terá
maior número de moléculas do que o mesmo volume em altitudes maiores. Ao se tornar
gradativamente mais rarefeito com a altitude, significa, por exemplo, que diminui a
quantidade de oxigênio para cada porção de ar inspirado. Isso explica a dificuldade
respiratória de um habitante, acostumado ao ar do nível do mar, que se desloca para locais de
maior altitude, como a cidade de La Paz, por exemplo. Quem acompanha a prática de
23

esportes, como o futebol, sabe dessa influência terrível sobre o desempenho físico dos atletas.
Menor número de moléculas de oxigênio no pulmão, isto é, menor concentração de oxigênio,
produzirá menor oxigenação do sangue, podendo causar tonturas e náuseas aos atletas e outras
pessoas que façam o mesmo deslocamento de um lugar de baixa altitude (maior concentração
de ar) para locais de alta altitude (menor concentração de ar).

3.6 Aulas nº 08 e 09

Data: 28/03/08

Misturas
Vimos nas aulas passadas que cada substância pura corresponde um tipo de molécula
onde aglomerado iônico bem definidos. Dissemos também que já é conhecido um número
enorme de substâncias puras diferentes, pois essas substâncias podem se apresentar misturada
de uma infinidade de maneiras diferentes. Exemplo:
- O ar que respiramos é uma mistura onde predominam moléculas de Nitrogênio (N2) e
oxigênio (O2).
Substância pura e mistura
Em nosso dia-a-dia estamos sempre em contato com materiais e estes são misturas de
substâncias. Em situações especiais, como nos laboratórios de química, indústria química e
outras encontra-se “substâncias puras”. Na verdade, “substância 100% pura” é apenas um
conceito ou uma idéia. Muitas vezes busca-se essa pureza química que “contamina” a
substância pura que buscamos. Ao se desconsiderar a presença de pequenas quantidades de
outras substâncias, podemos falar em substâncias puras. Para obtê-las, partindo dos materiais
da natureza, temos de separá-las das outras substâncias, da melhor forma possível. Mesmo
quando uma substância é produzida pelo conhecimento químico, em laboratório ou na
indústria, essa substância precisa ser purificada, isto é, separada de outras substâncias que
também estão presentes em quantidade que não se deseja.
24

Para formular um primeiro pensamento sobre uma atividade tão importante quanto
essa de separar substâncias de uma mistura ou de um material, pode-se partir de um sistema
que admite simplificações, como uma porção de ar atmosférico real.
Ouve-se, muitas vezes, alguém dizer: “vamos ao bosque respirar ar puro”. Aqui o
sentido “puro” é diferente do que se usa em Química, pois o “ar de bosque” continua sendo
uma mistura, talvez livre de alguns materiais indispensáveis, como poeiras, fumaças e
poluentes (substâncias derivadas da atividade humana) “Pura”, sob o ponto de vista da
Química, é uma substância única. No bosque não inspiramos apenas o oxigênio, por exemplo,
mas todas as substâncias que compõem esse ar, que é sempre uma mistura. Há outros
exemplos em que se usa s palavra “puro” com sentido diferente do que damos a ele em
Química. Leite in natura, por exemplo, é denominado “leite puro”. Sabe-se que leite é um
material constituído por grande número de substâncias que se encontram misturadas. Você
saberia citar algumas substâncias presentes no leite?
Em algumas situações do cotidiano procura-se purificar o ar, isto é, separar alguns
componentes indesejáveis. Sabe-se, por exemplo, que nos carros temos os “filtros de ar”, bem
como nos aparelhos de ar condicionado, em indústrias, em nossas narinas. Esses filtros
separam alguns materiais sólidos, portanto, misturas complexas de substâncias que se
agregam em partículas suficientemente grandes para serem retidos nos filtros, enquanto outras
partículas do ar, as partículas moleculares, passam pelo filtro. Quanto menores os poros ou
“buracos” do filtro, mais partículas sólidas serão retidas, mas as partículas moleculares que
compõem o ar atmosférico sempre passarão. Esse conhecimento prático dá-nos uma idéia
química sumamente importante: as partículas moleculares não podem ser retidas em filtros
comuns, por menores que sejam os poros, o que nos permite imaginar as pequenas dimensões
que devem ter moléculas e átomos, estruturas básicas das substâncias químicas. Mas não se
pode esquecer que há casos de moléculas gigantes, como a molécula de DNA. Mas esse é um
caso especial!
Para separa os materiais, bem como as substâncias presentes num material, é
necessário pensar nas suas propriedades ou características específicas. Os processos de
separação das substâncias nas misturas recebem o nome genérico de fracionamento da
mistura. Partindo de amostra de ar atmosférico real, isto é, com poeiras, fumaças, organismos
poluentes, umidade (água), gases poluentes e gases atmosféricos normais, o fracionamento
pode ser iniciado retendo as poeiras, fumaças e outras partículas maiores em filtros
adequados. O material retido no filtro será, com certeza, uma mistura complexa de
substâncias. A mistura gasosa que passa pelos filtros, agora isenta de partículas sólidas, terá
apenas gases, entre os quais os gases atmosféricos. A água, na forma de vapor, estará,
também, nessa mstura.
Mistura Homogênea: É importante notar o seguinte, muitas vezes, nos são
enxergamos cada uma das substâncias que estão misturadas. Dizemos, então, que a mistura e
uma mistura homogênea ou solução. O ar é um exemplo de mistura homogênea. A mistura de
água com açúcar também é homogênea. Neste último exemplo a água é o solvente e o açúcar
o soluto.
Mistura Heterogênea: É aquela que não apresenta as mesmas características em toda
a sua extensão. Apresenta vários aspectos onde podemos distinguir os seus componentes. Ex.:
água e areia, água e óleo, poeira do ar.
Experiência
- 1 copo de vidro
- 1 colher de sal de cozinha
- 1 colher de areia
- 1 colher de raspas de giz
- 1 colher de tinta guache
25

- 1 cubo de gelo
- água
Procedimento:
Coloque água até a metade do copo e adicione sal e agite bem.
Observe o que acontece com os componentes misturados e anote no seu caderno.
Analise os dados coletados e classifique.
Repita o procedimento com o restante dos materiais.

Perguntas:
1. Quais sistemas você classificou como homogêneo e quais como heterogêneos?
2. Quais misturas você classificou como homogêneo e quais como heterogêneos?
3. Se um sistema apresenta duas fases, você pode afirmar que esse sistema é uma mistura
heterogênea? Por quê?

Exercícios:
1. Classifique os sistemas como homogêneos ou heterogêneos, quando observados a olho nu:
a) vinagre: d) sangue:
b) água do mar: e) leite:
c) água + óleo: f) sal + areia:

2. Conforme os exemplos a seguir, identifique em misturas ou substâncias puras:


a) álcool etílico: d) ferro:
b) salmora: e) leite:
c) ouro 18 quilates: f) mercúrio:

3. A mistura de água + serragem + areia apresenta:


( ) 1 fase ( ) 2 fases ( ) 3 fases ( ) 4 fases

4. Associe corretamente:
(A) substância pura simples ( ) sulfeto de ferro
(B) mistura homogênea ( ) granito
(C) mistura heterogênea ( ) água e açúcar
(D) substância pura composta ( ) gás nitrogênio

5. O que é mistura?
6. Como você distingue uma mistura homogênea de uma mistura heterogênea?
7. Pode ser citado como sistema trifásico a mistura de:
a) nitrogênio, oxigênio e gás carbônico.
b) água, etanol e óleo
c) água, óleo e areia
d) solução aquosa de cloreto de sódio e areia
e) vapor de água, hidrogênio e metano.

8. Complete as seguintes frases:


26

a) ............................ é a associação de duas ou mais substâncias em qualquer proporções.


b) A mistura que apresenta um único aspecto denomina-se ................................ .
c) A mistura ................................ apresenta mais de um aspecto.
d) A mistura homogênea é também chamada ............................................. .

3.7 Aula nº 10

Data: 03/04/08

Transformação da matéria
O foco da atenção, após a filtração, é agora, o ar “purificado”. Com certeza, uma
análise rigorosa desse ar permitiria detectar inúmeras substâncias gasosas além daquelas já
nomeadas. A fumaça de um cigarro, por exemplo, além de jogar na atmosfera partículas
sólidas, joga mais de 4 mil substâncias diferentes, todas poluentes e muitas carcinogênicas.
Na construção do conhecimento químico inicial, não se pode abordar sistemas muito
complexos. Por isso simplifica-se o sistema, focando a atenção em algumas substâncias:
nitrogênio, oxigênio, argônio, gás carbônico e água.
Para planejar o fracionamento de uma mistura, olha-se as características das
substâncias presentes. A água, por exemplo, condensa ao abaixar-se a temperatura. Isso
explica por que nos aparelhos de ar condicionado aparece água líquida. Essa água foi
condensada a partir do vapor pelo resfriamento que o ar sofre dentro do aparelho.
Quimicamente apresenta-se essa transformação através de equação química:
(H2) (g) → H2O (l)
Interpreta-se assim: água na forma gasosa (vapor) converte-se em água na forma
líquida. Pela fórmula química representativa (H2O) fica claro que nenhuma substância nova
aparece no sistema; há, apenas, mudança de fase de uma mesma substância pelo abaixamento
da temperatura.
Abaixando mais a temperatura, por exemplo, até zero célsius (0C), em pressão
atmosférica normal, a água líquida congela, ou seja, torna-se sólida ou solidifica. Isso é
representado quimicamente da seguinte forma:
H2O(l) → H2O(s)
As fases líquida e sólida de uma substância são conhecidas como fases condensadas da
matéria ou de uma substância. A fase gasosa está sempre associada às fases condensadas, isto
é, algumas partículas moleculares conseguem romper as forças que mantêm a fase sólida ou
líquida tornando-se livres e constituindo uma porção gasosa em torno da porção líquida ou
sólida. Aparece, aqui, um conceito importante em Química: as fases condensadas são
possíveis porque existem forças interpartículas que mantêm as partículas atômico-moleculares
unidas umas as outras. Se essas forças são rompidas facilmente, as substâncias tendem a ser
gasosas nas condições ambiente (temperatura de 25C e pressão normal atmosférica normal).
As mesmas forças definem algumas características importantes de uma substância, como o
ponto de fusão e congelamento, o ponto de ebulição e condensação. Esses pontos são
expressos em escala de temperatura e sob pressão normal.
27

No caso da substância água, o ponto de fusão ou congelamento é 0C (zero célsius),


sendo que a fusão representa a mudança de fase sólida para líquida e o congelamento ou
solidificação representa a mudança da fase líquida para sólida. A mudança
líquido/vapor/líquido da água, sob pressão normal, acontece na temperatura de 100C (100
célsius), sendo denominada ebulição a passagem da fase líquida para gasosa, se conduzida na
temperatura de 100C sob pressão normal, e condensação a mudança de fase de vapor para a
fase líquida, também a 100C sob pressão normal. Quando parte do líquido passa para vapor,
abaixo da temperatura de ebulição, essa mudança é comumente chamada evaporação. Há,
ainda, a passagem da fase sólida diretamente para gasosa, quando a substância está em
temperaturas abaixo do ponto de fusão ou a passagem direta da fase gasosa para sólida. Essas
mudanças, normalmente, só possíveis em temperaturas abaixo do ponto de fusão ou
solidificação, recebem o nome de sublimação e ressublimação.
A representação das mudanças reversíveis, que se dão em determinadas condições,
como a fusão/solidificação, ebulição/condensação, sublimação/ressublimação,
evaporação/condensação pode ser feita com o uso de uma dupla seta (?). O mesmo símbolo
pode representar, também, um equilíbrio entre as fases, isto é, a velocidade de mudança num
sentido e outro é a mesma, não havendo mais modificações aparentes no sistema. Para ter um
primeiro entendimento, considere, por exemplo, um frasco no qual se introduz certa porção de
água líquida na temperatura ambiente (25C). Estando o frasco fechado, uma porção de água
evapora até atingir certa concentração máxima de moléculas de água no estado gasoso. O
valor dessa concentração depende só da temperatura e é fixa para cada substância. Pode-se
representar essa situação na forma da linguagem química, que para s substância água é:
H2O(l) ↔ H2O(g)

3.8 Aulas nº 11 e 12

Data: 04/04/08

Transformação ou fenômenos físicos


Na natureza, a água evapora dos lagos, rios e oceanos, condensa-se sob a forma de
nuvens e volta à terra sob forma de chuva.
Você está percebendo que a transformação da água, de líquido para vapor e vice-versa,
é um fenômeno passageiro ou fenômeno reversível, isto é, ele facilmente “volta atrás” – basta
cessar o aquecimento, e o vapor de água volta ao estado líquido.
Aquecimento

H2O(líquido) H2O(g)

Resfriamento
Um fenômeno desse tipo é chamado fenômeno físico, pois as moléculas de água
permanecem intactas.
Embora existam muitos fenômenos físicos, os que mais interessam à química são as
mudanças de estado físico.
Fusão Ebulição
28

Sólido líquido gasoso


(gelo) (água) (vapor)
Solidificação Liquefação

É importante saber que, se tivermos uma substância pura, as mudanças de estado irão
ocorrer em condições constantes, ou seja, bem definidas. As constantes físicas são chamadas
densidade ou massa específica que é o quociente da massa pelo volume da substância.
m m = massa da substância g
d=
v v = volume da substância (cm3)
d = densidade (g/ cm3)

Exercícios:
1. Um bloco de metal tem volume de 200ml e massa de 1.792g.
a) Qual a densidade desse metal, expressa em g/ cm3?
b) Qual o volume de uma amostra de 1kg desse metal?

2. Um pedaço desse alumínio de 10cm3 pesa 270 gramas. Qual sua densidade?

3. Um pedaço de alumínio de 3,0cm3 pesa 8,1 gramas. Qual sua densidade?

3.9 Aula nº 13

Data: 10/04/08

- Retomada do texto “Material/mistura e determinado material


substância/elemento” do dia 27/03/08 (Aula nº 07)

Do ponto de vista científico, matéria é tudo o que tem massa e ocupa lugar no espaço e
massa é a quantidade de matéria; pode ser medida em quilograma, grama e miligrama.

Exercícios:
1. Um frasco de iogurte informa que contém 320g do produto. A quanto equivale essa massa
em quilograma?
2. Qual é a massa, em gramas, de um bebê de 4,756kg?

3. Faça as seguintes transformações:


a) 20g em quilogramas:
b) 15g em miligramas.

4. Quantos gramas de medicamento existem numa caixa contendo 50 comprimidos de 200mg


cada um?
29

Volume ocupa lugar no espaço, é uma característica da matéria associada à grandeza


denominada volume. O volume de uma porção de matéria expressa o quanto de espaço é
ocupada por ela.

Exercícios:
1. Quantos litros de água cabem em uma caixa de água com capacidade para 30m3?

2. O rótulo de uma garrafa de água mineral informa “contém 20 litros”. A quantos mililitros
equivale esse volume?

3. Quantas xícaras de capacidade de 50ml podem ser preenchidas com um litro de chá
preparado?

3.10 Aulas nº 14 e 15

Data: 11/04/08

Escola Estadual Mathias Balduino Huppes


Trabalho de Química – I Trimestre
Professora Estagiária: Luciane Mayer
Nome: ............................................................. Data: ...................... Turma: .........................
***************************************************************************
1. Sobre uma solução aquosa de açúcar responda:
a) Quantas fases há nela?
b) Qual é o solvente?
c) Qual é soluto?

2. Um bloco de metal tem volume de 200ml e massa de 1.792g.


a) Qual a densidade desse metal?
b) Qual o volume de uma amostra de 1kg desse metal.

3. Um frasco de iogurte informa que contém 320g do produto. A quanto equivale essa massa,
em quilograma?

4. Um caminhão-pipa transporta 30m de água. Esse volume de água permite encher quantas
caixas de água de 500l?

5. A mistura de álcool é:
a) homogênea gasosa b) heterogênea líquida
30

c) homogênea líquida d) heterogênea sólida/líquida

6. Em um sistema, bem misturado, constituído de areia, sal, água e gasolina, o número de


fases é:
a) 2 b) 3 c) 4 d) 5

7. Constitui um sistema heterogêneo a mistura formada de:


a) cubos de gelo e solução aquosa de c) água e acetona
açúcar. d) água e xarope de groselha
b) gases de N e O

8. Complete:
a) ...................................... é a passagem do estado sólido para líquido.
b) ..................................... é a passagem do estado líquido para gasoso.
c) ..................................... é a vaporização rápida, com agitação do líquido e aparecimento de
bolhas.

9. Faça as seguintes transformações:


a) 20g em kg: b) 15g em mg: c) 3,5l em ml:

3.11 Aula nº 16

Data: 17/04/08

Transformação, fenômeno ou reações químicas


A transformação química ou reação química as moléculas iniciais (reagentes) são
quebradas e seus átomos são reagrupados para formar as novas moléculas (produto da
reação).
A reação química é representada pela equação química. Assim, por exemplo:
C + O2 → CO2

Exercício:
1. Classifique em fenômeno físico ou químico:
a) fermentação de um alimento: d) enegrecimento dos objetos de prata:
b) amassar latas: e) formação de ferrugem:
c) sublimação da naftalina: g) quebrar o giz:
Obs: Correção do trabalho da aula anterior

3.12 Aulas nº 17 e 18
31

Data: 18/04/08

 Reflexão do texto “Substância pura e mistura” que está na aula do dia 28/03
(Aulas nº 08 e 09).

Um dos grandes desafios da Química sempre tem sido a obtenção de substâncias puras
a partir de misturas. Já que a maioria dos materiais presentes na natureza é formada por
misturas de substâncias.
Você já pensou como se separa o óleo da água, como o sal é separado da água do mar
ou até mesmo os componentes do ar atmosférico?

 Veremos agora algumas técnicas de separação utilizadas pelos químicos para


misturas bastante comuns.

Separação dos componentes das misturas homogêneas

1. Mistura sólido-sólido
a) Escolha ou catação.
b) Peneiração.
c) Atração magnética: para separar o ferro, o níquel ou o cobalto de outro componente,
utilizando-se imãs.
d) Ventilação.
e) Sublimação: quando um dos componentes sofre sublimação (iodo, benjoim,
naftalina).

2. Mistura sólido-líquido
a) Decantação: quando a mistura fica em repouso, as partículas depositam-se no fundo
do recipiente.
b) Centrifugação: por rotação, as partículas depositam-se no fundo do recipiente.
c) Filtração: usando-se filtro de papel ou de porcelana.

3. Mistura sólido-gás
a) Decantação.
b) Filtração: nos aspiradores de pó.
32

3.13 Aula nº 19

Data: 19/04/08

 Continuação da aula passada sobre “Obtenção de substâncias puras das misturas


homogêneas”.

1. Mistura líquido-sólido
a) Evaporação.
b) Destilação simples: vaporização do líquido e sua posterior condensação.

2. Mistura líquido-líquido
Destilação fracionada: para líquidos que tenham pontos de ebulição diferentes.

3.14 Aulas nº 20 e 21

Data: 25/04/08

 Trabalho Individual – Revisão.

Escola Estadual Mathias Balduino Huppes


Trabalho de Química – I Trimestre
Professora Estagiária: Luciane Mayer
Nome: ............................................................. Data: ...................... Turma: .........................
***************************************************************************
1. O que é mistura?

2. Como você distingue uma mistura homogênea de uma mistura heterogênea?

3. Se você tivesse uma mistura de lentilha e grão-de-bico, de que maneira poderia separar os
componentes da mistura?
33

4. Suponha uma mistura de limalhas de ferro e areia. O que você faria para separar um do
outro?

5. O que é destilação simples? E destilação fracionada?

6. Associe corretamente:
(A) substância pura simples ( ) sulfeto de ferro
(B) mistura homogênea ( ) granito
(C) mistura heterogênea ( ) água e açúcar
(D) substância pura composta ( ) gás nitrogênio

7. Assinale com um X a alternativa correta:


a) A mistura de água + serragem + areia apresenta:
( ) 1 fase ( ) 2 fases ( ) 3 fases ( ) 4 fases

b) Em laboratórios de análises clínicas, para separar os componentes do sangue, utiliza-se:


( ) evaporação ( ) centrifugação ( ) filtração ( ) destilação simples

c) Os componentes do petróleo são separados entre si por:


( ) destilação simples ( ) filtração ( ) decantação ( ) destilação fracionada

d) A atração magnética é empregada quando se deseja separar de outras matérias:


( ) o alumínio ( ) o ferro ( ) o chumbo ( ) o zinco

e) A separação de dois componentes de misturas heterogêneas que tenham densidades


diferentes pode ser deita por:
( ) catação ( ) peneiração ( ) decantação ( ) ventilação

8. Alotropia é o fenômeno pelo qual:


a) podem existir átomos do mesmo elemento com diferentes massas.
b) podem existir átomos de diferentes elementos com a mesma massa.
c) podem existir diferentes substâncias compostas, formadas a partir do mesmo elemento.
d) podem existir substâncias simples diferentes, formadas pelo mesmo elemento.
e) podem existir átomos de mesmo elemento químico com diferente número atômico.

9. As bolas de naftalinas passam diretamente do estado sólido para o gasoso; logo, elas
sofrem:
a) condensação c) solidificação e) fusão
b) evaporação d) sublimação

10. Fusão é a passagem do estado:


a) sólido para o gasoso d) líquido para o sólido
b) líquido para o gasoso e) gasoso para o líquido
c) sólido para o líquido

11. Pode ser citado como sistema trifásico a mistura de:


a) nitrogênio, oxigênio e gás carbônico d) solução aquosa de cloreto de sódio e
b) água, etanol e óleo areia
c) água, óleo e areia e) vapor de água, hidrogênio e metano
34

12. Complete as seguintes frases:


a) ................................... é a associação de duas ou mais substâncias em
quaisquer proporções.
b) A mistura que apresenta um único aspecto denomina-se
........................................... .
c) A mistura ................................... apresenta mais de um aspecto.
d) A mistura homogênea é também chamada ...................................... .

13. Um fragmento de gelo de 250g tem volume correspondente a 500


cm3. Qual é a sua densidade?

14. A densidade de um fragmento de chumbo é 11,4g/cm3. sabendo que


esse fragmento de metal ocupa um volume de 57cm3, qual é a sua
massa?

3.15 Aula nº 22

Data: 05/05/08

 Correção do Trabalho realizado na aula anterior, pois a turma


tem 1 período de aula de Informática por semana e, neste dia, metade
da turma ficou em sala de aula e a outra metade foi para a aula de
Informática.

3.16 Aulas nº 23 e 24

Data: 09/05/08

 Texto - Poluição do Ar Atmosférico.


35
36

3.17 Aula nº 25

Data: 12/05/08
37

3.18 Aulas nº 26 e 27

Data: 16/05/08

 Pense e Debata:
1. Explique como o monóxido de carbono impede o transporte de oxigênio para as células do
corpo.

2. Explique que cuidados deveriam ser observados ao se entrar em locais subterrâneos, como
em poços, cavernas, etc?

3. Do porte de vista ambiental, qual a vantagem de utilizar o álcool como combustível?

4. Explique com suas palavras como os catalisadores dos carros contribuem para diminuir a
poluição atmosférica?

5. Cite atitudes que os proprietários de automóveis devem adotar para diminuir a poluição
atmosférica?

Equação Química
As representações das moléculas dos reagentes e produtos foram usadas bolinhas
isopor.
As equações são:
2 H2O → 2 H2 + O 2
C + O2 → 2 H2 + O2
N2 + O2 → 2 NO
C + 2 H2 → CH4
N2 + 2 O2 → 2 NO2
CH4 + 2 O2 → CO2 + 2 H2O
38
39

3.19 Aula nº 28

Data: 19/05/08

 Pense e Debata e Entenda:


40

1. Explique porque o smog surgiu junto com a revolução industrial.

2. Como o smog é formado?

3. Explique com suas palavras como ocorre a inversão térmica.

4. Quais são os fatores que contribuem para a inversão térmica.

5. O que a sociedade poderia fazer para diminuir os efeitos do smog e da inversão térmica nos
grandes centros urbanos?

Atividade Prática:
Ponto de orvalho
Material:
- Recipiente metálico
- Água
- Fragmentos de gelo
- Termômetro
Procedimento
Determinar o ponto do orvalho é a temperatura em que a umidade presente no ar é
suficiente baixa para começar a condensar.
Coloque certa quantidade de água na temperatura ambiente e acrescente fragmentos
pequenos de gelo aos poucos, agitando a água com o próprio termômetro.

3.20 Aulas nº 29 e 30

Data: 23/05/08
41

Tabela Periódica
42

A tabela periódica é constituída com fundamento na lei periódica, os elementos são


colocados em ordem crescente de seus números atômicos em colunas verticais (grupos ou
famílias), horizontais (séries ou períodos) de modo que os elementos semelhantes fiquem em
coluna vertical e os elementos não semelhantes fiquem em coluna horizontal.

Conceitos químicos: Identificar na Tabela Periódica os elementos encontrados no


texto efeito estufa.
- O grupo
- A família
- Divisão dos elementos em Metais, Não Metais, Gases Nobres.
- Distribuição eletrônica.
O – Grupo 16 (6s) – Grupo dos calcogênios
N – Grupo 15 (5s) – Elementos de transição
C – Grupo 14 (4s) – Elementos de transição
H – Grupo 1 (1s) – Grupo dos metais alcalinos

Número Atômico e Número de massa: Número Atômico (Z) é o número de prótons


presente no núcleo de um átomo.
Número de massa (A) é a soma do número de prótons (Z) e de nêutrons (N) presente
no núcleo de um átomo. A = Z + N.
12
Ex.: 6 C representam um átomo de elemento químico carbono com 6 prótons, 6

elétrons e 6 nêutrons.

A = 16
16 Z=8
8 O e=8
n=8

1
1 H A=1
Z=1
e=1
n=0

Distribuição eletrônica em átomos


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Diagrama de Linus Pauling


K- 1s2
L- 2s2 2p6
Legenda:
M- 3s2 3p6 3d10
N- 4s2 4p6 4d10 4f14 Número máximo de elétrons
2
Nível de energia 1s
O- 5s2 5p6 5d10 5f14 Subnível

P- 6s2 6p6 6d10


Q- 7s2

Exemplos:

8 O = 1s2 2s2 2p4


K=2 L=6

6 C = 1s2 2s2 2p6

7 N = 1s2 2s2 2p3

3.21 Aula nº 31

Data: 26/05/08

 Revisão para a Prova:


44
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3.22 Aulas nº 32 e 33

Data: 26/05/08
46
47

4. REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO CURRICULAR

Durante o trabalho da prática de ensino realizado com alunos do 1º B Noturno do


Ensino Médio, da área de Química, junto a Escola Estadual de Ensino Médio Mathias
Balduino Huppes, deparei-me com a dificuldade do descaso com o ensino, onde professores
“experientes” no magistério desmotivam o estagiário com insinuações “isto é o começo”, quer
dizer que o bom trabalho é realizado pela motivação, e ainda orientam a “não mostrar-se
amigo dos alunos” e criando obstáculos com relação à turma.
Levando em conta estas considerações após conhecido a turma, tive uma reação
contrária, constatando nos alunos o interesse partindo da motivação das aulas.
Diante desta realidade as aulas transcorreram com grande êxito, e gradativamente a
relação professor x aluno proporcionou o hábito da leitura, questionamento e a busca dos
próprios alunos em ampliar seus conhecimentos através dos trabalhos.
O desempenho dos alunos foi promissor, pois os mesmos demonstraram preocupação
com a situação e condições do meio, de forma que o tema abordado no estágio – Ar
Atmosférico – e algumas práticas desenvolvidas propiciaram a melhor participação em aula,
com análise, debate e questionamento por parte dos alunos.
Nas aulas de estágio senti saudades do Ensino Médio, da turma que um dia freqüentei,
pois neles percebi tudo o que um dia senti como aluna, procurei transmitir o melhor de mim,
motivando-os de forma a despertar o gosto pelo estudo, grande problema do Ensino Médio
hoje.

4.1 Relato analítico das aulas

 1ª aula – Inicialmente apresentei-me aos alunos falando meu nome e conversando


com eles sobre os meus objetivos. Em seguida foram respondidas as questões de
reconhecimento dos alunos. Responderam em sala de aula em silêncio. Alguns alunos não
quiseram entregar a folha, mas a maioria entregou.
 2ª e 3ª aula – Inicialmente comecei falando sobre ‘O que é Ciência Química’
juntamente com a apresentação do livro didático e a situação de estudo – O Ar Atmosférico.
48

Alguns alunos participavam, perguntavam e respondiam as questões feitas, mas percebi que
outros são tímidos, razão pela qual não queriam responder em voz alta, mas tinham anotado
em seus cadernos.
Quanto às expectativas, todos esperam aulas práticas, interessantes, que consigam
aprender muitas coisas, pois todos têm consciência da importância do ar do nosso planeta.
 4ª aula – Começamos a aula retomando o texto. Em seguida montamos um cartaz
com os nomes das substâncias encontradas e suas fórmulas e aglomerados iônicos, sendo
explicadas as representações com bolinhas coloridas de isopor.
 5ª e 6ª aula – Começamos a aula com os textos da situação de estudo, onde fixou
muito bem as substâncias simples e compostas, juntamente com o livro didático.
Através dos textos os alunos acompanhavam as explicações mostrando com as
bolinhas de isopor. Após iniciamos atividade de exercícios.
Todos os alunos trabalhavam em sala de aula utilizando o livro didático, se mostravam
interessados e dedicados pelo conteúdo que estava sendo trabalhado. Apesar de que alguns
reclamavam que estavam cansados, pois todos trabalham durante o dia e estudam a noite.
 7ª aula – Ao iniciar a aula deixei alguns minutos para eles terminarem de responder
os exercícios da aula anterior. Logo após, foi realizada a correção dos mesmos, sendo que
uma dificuldades encontradas na turma é a falta de tempo para estudar fora do horário de
aulas, pois todos são trabalhadores e muitos chegam até faltar aula por causa do trabalho.
 8ª e 9ª aula – Inicialmente foram trabalhados os conceitos sobre mistura. Em
seguida, fomos para o laboratório fazer a atividade prática. Fiquei muito triste ao saber que a
maioria dos alunos não conhecia o Laboratório de Química, pois sempre permanecia fechado.
Então, expliquei os cuidados que devemos ter no laboratório e com as vidrarias; após fomos
fazer atividades de classificação das misturas homogêneas e heterogêneas.
 10ª aula – Começamos fazendo uma leitura do texto de situação de estudo onde
abordava a transformação da matéria.
Através do texto os alunos acompanhavam a explicação do mesmo, sempre com
interesse e curiosidade.
 11ª e 12ª aula – Para começar esta aula levei para a sala água e gelo para explicar a
transformação do fenômeno físico, até fizeram algumas brincadeiras. Após, expliquei a
densidade e alguns exercícios para fixar o entendimento da densidade.
 13ª aula – Iniciamos esse dia de aula retomando o texto sobre material/Mistura e
determinado material/substância/elemento. Essa situação de estudo do professor Maldaner
49

comenta sobre massa e volume. Lemos o texto e fixamos alguns conceitos, após realizamos
alguns exercícios. Percebi uma grande dificuldade para desenvolver as regras de três.
 14ª e 15ª aula – Os alunos estavam com grande expectativa quando iniciei a aula.
Todos queriam logo as questões, pois estavam muito ansiosos. Foi neste momento que me
coloquei como aluna, pois na Universidade as avaliações são realizadas através de provas.
Mas como a turma era do turno da noite – todos trabalhadores, falei a eles que
poderiam utilizar seu material para a realização do trabalho. Percebi que a ansiedade diminuiu
e todos começar a ‘relaxar’ e ficaram mais calmos.
Após a entrega da tarefa, fizemos um pequeno comentário, onde quase todos foram
bem, são bastante interessados, mas com muita dificuldade até mesmo de concentração.
 16ª aula – Iniciamos a aula com a correção dos exercícios da aula passada. Em
seguida, fixamos alguns conceitos de transformação ou reação química. Pois a turma neste dia
esta enlouquecida.
 17ª e 18ª aula – Neste dia retomamos o texto “Substância pura e Mistura” onde já
tínhamos feito alguns comentários da situação de estudo Ar Atmosférico. Todos com o texto
em mãos acompanharam a explicação, e após, iniciamos as atividades práticas observando
algumas técnicas de separação utilizadas pelos Químicos para misturas bastante comuns como
misturas heterogêneas de dois sólidos: a escolha ou catação, peneiração, atração magnética.
Observamos também a mistura de um sólido e um líquido e fizemos a decantação e a
filtração. Analisamos também as misturas de sólidos com gás, realizando a filtração de ar com
aspirador de pó que a escola possuía.
 19ª aula – Iniciamos lendo o texto “Obtenção de substâncias puras das misturas
homogêneas”, analisando uma mistura de líquido com sólido usando água e sal de cozinha.
Também foi observado o que ocorre na evaporação e na mistura de líquido com líquido,
utilizando como exemplos água e álcool que tem ponto de ebulição diferente.
 20ª e 21ª aula – Iniciamos a aula com exercícios de revisão, onde todos trabalharam
tirando suas dúvidas e pesquisando.
 22ª aula – Nesse dia de aula fiquei somente com a metade da turma em sala de aula
– 7 alunos, os demais foram para a sala de Informática, pois existe um projeto na escola onde
os alunos tem um período por semana de aula de informática.
 23ª e 24ª aula – Iniciamos o texto sobre poluição do ar atmosférico, onde todos os
alunos acompanharam as explicações. Após, em círculo foi comentado. Cada aluno colocou o
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que pensava, todos participaram, mostraram-se interessados e dedicados com o assunto que
estava sendo abordado.
 25ª aula – Começamos a aula com o texto: “Sujeira no Ar”, onde abordamos
Equação Química. Alguns alunos participaram lendo e tirando suas dúvidas, e outros –
aqueles que trabalham em pedreiras (garimpos) - faziam comentários sobre a retirada de
pedras preciosas, onde eram muito poluídas as cavernas que tinham mais de quatro metros
debaixo da terra.
Esses textos trazidos para a sala de aula geravam muito questionamento. Era a
realidade de alguns alunos. Em particular, dava “pena” de ouvir o que eles contavam sobre
seu trabalho de garimpeiro.
 26ª e 27ª aula – Iniciamos a aula retomando o texto sujeira no ar. Alguns conceitos
sobre a equação química, reagentes e produtos. Após, exercícios de fixação.
 28ª aula – Visibilidade Zero: Fumaça, neblina, inversão térmica e névoa seca, onde
foi feito leitura e a experiência sobre o ponto de orvalho. Os alunos estavam com grande
expectativa e curiosidade.
 29ª e 30ª aula – Começamos a aula com o texto “Efeito Estufa e Aquecimento
Global”. Em seguida foram formados os conceitos químicos, identificando os elementos
químicos na Tabela Periódica.
 31ª aula – Estudamos uma Revisão Geral dos conceitos químicos estudados
encontrados na Tabela Periódica. Após, trabalhamos alguns exercícios do livro didático.
 32ª e 33ª aula – Iniciamos a aula com grande expectativa. Os alunos realizaram um
trabalho individual e o término do trimestre. Após, alunos e professora titular fizeram uma
homenagem à professora estagiária agradecendo o belo trabalho feito em sala de aula.
51

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao realizar meu estágio durante um trimestre, estava consciente desde o início que
tinha uma missão muito importante a desempenhar, pois após ter adquirido um embasamento
teórico no curso de Química se fez necessário aplicá-los nos outros níveis de ensino.
Durante o curso de licenciatura em Química a universidade proporcionou-me um
crescimento cognitivo em métodos e metodologias de aplicação dos conteúdos nas aulas de
Química, pois os professores através de suas aulas deram-me possibilidade de pesquisar,
questionar e ampliar minhas idéias, melhorando assim meu trabalho na prática com alunos.
A proposta desenvolvida propôs: O ar atmosférico, onde as aulas foram expositivas e
também práticas com questionamentos iniciais para despertar o interesse pelo assunto, sempre
que possível; relacionava o assunto com fatos mais do cotidiano dos alunos.
Sinto-me realizada após a conclusão do estágio, pois os objetivos traçados no início do
trabalho foram alcançados. Porém, alguns alunos não obtiveram o rendimento satisfatório,
mas isto não é fruto da proposta apresentada.
O relacionamento entre professor e aluno foi muito bom, o que fez que eu gostasse do
trabalho que estava realizando e encontrava ânimo para elaborar as atividades a serem
desenvolvidas.
Portanto, após ter concluído minha proposta de estágio e consciente do compromisso
já animado pela educação é muito importante a continuidade deste trabalho, pois sabemos que
misturamos a vida com a educação todos os dias, para saber, para fazer, para ser ou para
conviver em nossa sociedade.
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BIBLIOGRAFIA

FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. 2 ed., 3 ed. e 6 ed. Editora Moderna.

MALDANER, Otavio Aloísio. Ar atmosférico. Coleção cadernos Unijuí – Programa de


melhoria e expansão do Ensino Médio.

MÜLLER, Maria Regina Ávila; MACHADO, Viviane Prestes. Química. 4 ed. Aopera: LEW,
1998 – 2003.

UTIMURA, Tereski Yamamoto; LINGUANOTO, Maria. Química. Volume único. Ilustrações


de exata editoração. SC Ltda. São Paulo: FTD, 1998.

http://www.prof2000.pt/users/ducas/atemosfera.htm.
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ANEXOS

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