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As características dos movimentos sociais brasileiros variam muito. Por isso, eles devem ser estudados
sob uma perspectiva ampla. Algumas rebeliões não chegaram a acontecer, limitando-se à fase
conspiratória. Em certos casos, houve pouca participação das classes populares; em outros, o
movimento foi impulsionado não por razões de ordem política ou econômica, mas, sim, religiosa.
Durante o Império (Primeiro Reinado, Regência e Segundo Reinado), os principais movimentos foram
os que seguem:
1) Confederação do Equador
2) Cabanagem
• movimento começou com a resistência oferecida pelo presidente do conselho da província, que
impediu o desembarque das autoridades nomeadas pela Regência.
3) Revolução Farroupilha
• Rio Grande do Sul: movimento republicano e federalista de amplas proporções (de 1835 a 1845).
4) Sabinada
• cercados pelo exército governista, revoltosos resistiram até meados de março de 1838.
• movimento insurrecional extenso e profundo, sacudiu o Maranhão - e parte do Piauí e do Ceará (de
1838 a 1841).
• movimento começou a partir de uma reivindicação política, o restabelecimento dos juízes de paz, mas
ganhou proporções maiores.
6) Revolução Praieira
• praieiros lutaram de 1848 a 1849, exigindo voto livre e democrático, liberdade de imprensa e trabalho
para todos.
A Guerra dos Farrapos, também chamada de revolução Farroupilha, foi o mais longo movimento de
revolta civil brasileira. Eclodiu na província do Rio Grande do Sul, e durou dez anos, de 1835 a 1845. A
Farroupilha foi um movimento de revolta promovida pelos ricos estancieiros gaúchos, denominação
dada aos proprietários de grandes fazendas criadoras de gado na região. Os interesses econômicos desta
classe dominante estão entre as principais causas do movimento, que teve como principal objetivo
separar-se politicamente do Brasil.
A província do Rio Grande do Sul tinha uma economia baseada na pecuária, com a criação de gado e
produção do charque (carne-seca). Ao contrário da tendência da economia agrária do país,
predominantemente voltada para à exportação, a província gaúcha produzia para o mercado interno,
comercializando o charque - que era muito utilizado na alimentação dos escravos - em diversas
provinciais brasileiras.