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Infelizmente, a moioria das pecas ndo pode ser extraida de uma forma to simples como as apre- sentadas alé aqui, isto é, simplesmente “empurrando” a peca. No tealidade, a maioria das pecas apresentam conlresaidos ou saidas negalivas, islo é, zonas onde a extracgdo tem que ser feita numa direc¢do diferente da abertura do molde. Isto obriga a que, para a sua extracedo, estas zones tenham que ser primeiro liberiadas e s6 depois o sisie- ma de extrocedo possa actuar. Para libertar as contra-safdos podem-se usor diferentes estratégias, consoanie o seu tipo e loca lizago, como sejam os extractores balancés {principalmente para libertar contrersaides interior tes, mas gue fambémn podem ser usados para pequenas contro-saidus exteriores), 05 movimentos laterais (para as contro-saidas exteriores) ou os movimeatos rotativos para desmoldar roscas. E ainda possivel, em algumas situagées de pequencs contrcrsaidas, usarse alguns tipos de exfractores especigis ou upruveiiurse u flexibilidude do proprio material de pega pura fazer a sua extraccGo sem recurso Gos sistemas referides no pardgrofo anterior. No caso da extracedo forcado, que normalmente deve ser feta gor um aro extractor fou uma placa exiractora no coso de moldes com varias peas} para dishibuir « forga de extracgdio uniformemen le per toda ¢ base , assim, provacar uma delormagdo usiforma, deve-se ter especial atengéc 4 forma da peco na zona de contacto com o ato exftaclor, que deve ser plona {figura 8.1 Se] para que este ndo impesa o sua ive defcimesto, come aconiecerla se 0 base fesse otredondade (lige: 1a 8.1 5b}. Nas situagdes de uso de extraciores, recomendarse a calocardo de um chanfro no ent: the da contra-saica da poga do forma a facilitar a desmoldagéo da mesmo ffigura 8.15¢}. No tobela 8.2 apresentamse as deformagSes, admissiveis de alguns termoplasticos, que permitem a uillizagto da exracetio forgada. Pata valores de deformagdo superiores fém que ser uilizados outros métodos de extracgdo que permitam primeivo libertor as contiasaidas e depois, extralr a peca. 3.2.1 Entractores em ago mol A ulllizagéo de extraciores em cco mole permite a moldagée de pequencs contrc-saicdas (inte Hotes ou exteriores) da peca som que seja necesséria a utiizagéio de balancés ou de movimen tos laterais. Este extractor € monkads, como os exiaciotes normats, nas placas exracioras Quando estas avengam ele deforma se, devide & sua chisicidude, ibertando assim, es contre: soidos ela paca come ilusade na figura 8.16. -—— 3.2.2 Extracedo com buchas retréctais (ou expansiveis} A bucha retréctil (ou expansivel, consoante a sua deformage seja para o interior ou para 0 ext HOF, 1s10 &, diminua ov aumenle de lamanho), permite a desmoldacéo de pagos com pequenae curhasatdas na parte Interior {bucho retract) ov exteior {bucho expansivell. Os componentes destae buchos so floxivais, sendo constuidos em age mola. Na figura 8.17 represento-se 0 luncionamento de uma bucha expontivel. Quando a bucha osté reevado, Isto 6, dentro do seu alojomento, os elementos flexivels sd obrigados a estar techo- des. Por outre lade, quando o sistema de extiseySe avanga, a bucha sci do alojamento, perm tincla « sua “abertura’, liberiande assim, a contrersotda. Fi 8.12 — acho engorte cot Bids rocvnde: bf tucho evongade. O funcionamento da bucha retréctil 6 em tudo semelhante oo da bucha expansivel, porém, neste caso, permite desmoldar contra-saides interiores. Quando o sistema de extracedo avanga, a bucha interior (que obrigava os elementos flexiveis a estar “abertos" fica parada e 0s elementos flexiveis podem colapsar, libertando a contro-saida interior. 3.2.3 Exiracso com pingas ‘Outro tipo de extracgdo € « extraceéo com pingas, como representada na figura 8.18, e pode * set usada, por exemplo, para a extracgdo de tompas inviolaveis. O funcionamento das pingas é semelhante ao da bucha exponstvel, contudo neste caso, a aber tura néo é feita devido ao material {ago mola), mas por acedo da rolagéio do extractor seme- thante ao balancé com eixo rotative que seré referido mais & frente (ponto 3.3.2}. Fig. 8.18 - Exracsho com pincas ol Pole recvada: bl sips venga 3.3.1 Balancés normalizados A figura 8.19 ilusta uma pera com conkarsofdos ou saida negativa, Para extair esta peso, uma Porte da zona moldante tem de ser removida das abas. A solugdo de desmoldagtio condiciona significativamente o custo do molde. Os balancés séo muilo uilizados pois so dispositivos sim- ples e podem ser accionados directamente pelas placas da extraccdo. Fig. 8.19 ~ Papo com conse ntioe Os balaneés permitem o extracgtio de pegas com contra-safda sem a necessidade de se uliliza- fem movimentos loterais ou quando a sua utilizagdo née & possivel, como 6 0 caso da maior parle das contra-saidas inleriores, Geralmente so conslividos pelos seguintes componentes: pemno extactor, eixo € casquilho de deslize e casquitho com furo inclinado tfiguta 8.206). O avanca do sistema de exlracgdio fox deslocar o pomno extractor do balance num movimento. Inclinado em telagGo ao movimento de abertura e fecho, pemmitindo, desta forma, a libertegéo das zonos da pesa com soida negative. Guonde o olde fecha, 0 ploca dos covidades entra em contacto com o pero de retomno, fazen- 3.3.2 Balancés com eixe rotative Ouro tipo de balance, desenvolvido na indistio, € © balancé com eixo rotative {figura 8.21} Este bolones, que ndo € nommalizedo, permite a ‘desmoldagéo de pequenas contra-saidas ater vés do sua rolaséie em tomo de um eixo, Este bolancé pode ser projectade de diversas formas, sonforme 9 lipo de movienly prelendido, A roiagse pode ser reiardada ou iniciarse no momen: to de abertura do molde. Este tize de bolancé tem como vantagem eriter © alrite que existe, por exemplo, nos balancés que deslizam inclinados, atritos que se podem verificar nas buchas, barras ov veios de deslize Jocalizados nas placas de exiractores. Estos baloneds podem aprevontar Wad varianies. Na figures 8.2 esto representadys os variantes, Ae Re na figura 8.22 a variants C. Yasonte 1g 0.29 ~totaen cor am sate, raion AE Variante A Durante o accionomento do sistema de exttaccHo, o balaneé desliza sobre o barra {1) movendo- se para o interior ov exterior da pega, conforme a sityagdo requerida, sendo a cavilha [2] 0 exo de rotagdio, Variante B ‘© movimenio do balancé processose da mesma forme que a descrita na sitvagéo anterior, varian- te A. No entonto, neste caso no é necessério a placa [3], porque o dagrau (4} suporta a presséo. de injecgtio. Sempre que for possivel este sistema deve ser o ulilizado em detrimento do anterior. Fig, 8.22 Bolen cam sao cette, vorionte © Vatiante C Nesta sitvagiio, em vez da barra que € uilizada nas situagdes anteriores, o balancé & acciono- do por ume covilha (5). Esta aplicagéo € vantajosa quonds se pretende substituir 0 movimento lateral quando existe falta de espaso, 3.4.) Movimentes loterais Este tipo de movimentos & nacessério pare produzir pegas que tenham recessos ou saliéncias late- fais, isto ¢, pegos que, pela sua geomettia, obriguem a ter duas [ou mais) direcedes de extrac: go (perpendiculares ov néo}. No caso de necessidade de movimentos laterais ¢ importante a definigato do plano de parligéo da pega, havendo trés hipéteses a considerar: 5 oe Os elementos que se podem deslocar lateralmente-no molde so vulgarmente conhocidos gor ele- mentos méveis [ov govelas} @ permilem-libesiar zonas com a saida, num plano diferente do da extreegdo, Para o accionamento dos elementos maveis sdo usadas guias (que é o sistema mais corrente), molos de compressdo (para pequenos movimentos) e sistemas hidravlicos jou preumatices}. 3.4.1.1 Movimentos com accicnamento por guias Na figura 8.23 apresentom:se os principais componenies que permitem a implementaséo dos movimentos lotercis aum molde. Fg: 823 -Pincipa cmpontets dot mainanes eas 1 Semen fv 21 Saco do raven single los de ute; 31 Ao de cw; SI Blas de tremor dp cen para de ajuk: 5) gun do ceeara a 1 Ragonwiieinan de amen mbin:71 Bn guia cxcaecm 8 Sepa de gi nine: 9 Golo incneds Os movimentos lalerais podem ser accionados, como fol referido, de vérlas formas. No entanto, especialmente nos casos de pequenos e médios deslocamentos, a forma mais comum de accio- namento 6 por meios mecSnicos, ullizando gulas inclinades @ aproveitando © proprio movimento de obenura do molde para fazer o movimento do elemenio mével, com ilusitade ru figua 8.24. Neste caso, 0 elemento mével A, desliza sobre a placa do lado da exracgao. Durante a aber fura do molde, a guic inclinade B, obriga © elemento movel a deslizar, libertando @ pega nessa zona, © bloco de tavamento, C, serve pore mantor o elemento mével ne posisao contecia duran fe @ injossée, evitande assim, que a gua inclinade coja cujoita @ osforros mocSricos desnsce sétior, © qua, prowacaria um desgaste mats rapide | sistoma do extraogio Em telagdo 4 montagem, & de seferir que todos os componentes deverdio ser montados numa ‘nica caine, © que além de faciltor « maquinagdo, conduz a menores custos de fabrico. De seguida, apresentarrse algumas solugdes de montagem. A montagem apresentada na figura 8.25 é de fabrico facil, obtida por eroséo por fio e é ade- quada pare pequenos movimentos onde a falta de espace & um factor determinante. ig, 8:25 ~ Mentoga dos movinoros keris Na montagem apresentade na figura 8.26, as réquas do elemento mével necessitam de ser alt ahadas por cavilhas, ¢ necessitam de mais etopas produtives (fures de encavilhamento calibrados}. Séo colocadas em forma de pista, placos guia de deslze (gralitadas). Fig. 8.26 Montogen ds movimento ates Na montagem apresentada na figura 8.27, 0 guiamento é mais preciso, nao necassitando de cavilhas de centramento das réguas do elemento mével, {4 que a placa guia ajusta na face infe- rior ao elemento mével. £ facil de fabricar ¢ ajustar. Fig. 8.27 Moniogem dos movinanos ltrs De seguida, s80 apresentadas trés solugdes para a movimentacdo do elemento mével através de. guios inclinadas: Solugdio A Na solygao A [figura 8.28], existem guias inclinadas que aecionam © movimento. Neste caso, a guia @ © movimento ido estar suleltos @ mecanismes de flexdo, podendo cavsar diminuicte do lusts, devido & ampliagtia das folgas existentes na base {zona deslizante). Tombém nasta eolv- so € por vezes uillzedo um fravamento {1}, pora melhorar o ajuste das paries moveie do molde. ig. 6.28 ~ Mole om wovinets ltrs stots do gues Indinadas faaobe A . Solugso 8 Na solugao 8 fiiguia 8.29), a guia inclinaca acciona © movimento pela sua base: flerbes referenciadas nz solugdo A. Neste caso, podese ter uma maior base ds apcio, Neste solugdo, néo & ulilizado um tavamenio como na solugdo A, mos, este no deixa de ser possivel quando os movimentos tém espaca. ig. .29- Yds com nrinors ks ros da gis nna (lab Solugdo C Ne caso onde existe espace nos movimentos é possivel ulllizar travamanto comé na solugdo A Iver pormenor do figure: 8.30) . Fig, ©.90 = hee eam mevimentos ket oonty de gst Incindt fees8e C) Nos movimentos faterais que utilizem elementos méveis & importante a uiilizagdo de retentores ver pormenor da figura 8.31}. Os retentores podem ter diversas patticularidades. existindo no metcado diversos tipos, tais como os retentores de bola e os de mola. 4.31 als gna na meade fe al Retentor de bela; bl Retoalor de mola Em relagao & inclinegao das guias, estas deverdo ter entre 10° a 25°, acrescentandose 2° a 3° para a Inclinagéo a aplicar 4 zona de ajuste {figura 8.32}. Quanto maior for a inclinagao da guia maior & o deslocomento lateral, pora ume determinada obertura do molde, mas a foro o que a guia esta sujeita também & maior, Em relagdo ao tamanho, L, necessério para as guias, este depende do curso necessario para 0 movimento, M, da Inclinagéo da guia, 6, e da folga a aplicar ao elemento mével, c, {figura 8.33}, e pode ser calevlado por: Fig. 8.33 - Comprimento dos guint Conhecido comprimento necessério da guic para 0 accionamento do elemento mével, escolhe- 8 a guia (normalizada} com o comprimento imediatamente superior © deslocamento real do ale- mento mével provocado pele guia escolhida, importante para a colocagao dos retentores do movimento, pode ser calculado através da equasao: Mo tsing =o O atraso do movimento do elemento mével do molde, em relagdo & aberlura, pale ser calcula: de por: D- so Notese qué este atrase da abertura do etemen'o mével, clém de faciliar a extraceaie, proven & ofastamento do elemen'o mével da barra de ajuste, conisIbyinde assim, para um menor desgaste. A calocacéo da guia pede ser foita de vérias maneiras, como exemplificado o seguir. Guia encastrada entre placas com cabeca facetada Guia encastrada entre placas com cabesa facetoda e bolacha distunciadora Fig, £35 Guia eneshoda entre plone cam enbag fctoda« elocha disentadora ‘Guia com perno roscado na placa (sitvariies de placas muito espessas) ‘G lopo da guia poderd ter um sextavado interior ou exterior, dependendo do didmetro da mesma Iver pormenores). Fig. 0.26 Guin sem prne rss ple Guia encastrada com suporte de fixacde lacoplado por parafusos) na placa [situagdes de pla- cas muito espessas}, Em reluctio & finagdo de plocas de ajuste, algumas das solugées poderdo néo ser os mais eficien- tes, deverdo 0 projeciisia concebar solugdes que se enquacram numa perspective, de simplificer 0 trabalho dos técnicos responsévels pelo ajusiarrento € montagem dos mecanismos do molde. A simples forma de colocagdo das caixas de fixagtio do paratuse (pele frente ou por tras} pode: «4 factlitar tdo 0 proceso de montagem, além de, mullas vezes, ser a solucdo, pera uma rapi- da 2 oficaz resposta nos somvigos posteriores de reparagdo e manutengo dos moldes De seguida, irse-4 apreseniar diversas solugdes referindose as suas vantagens e inconvenienles. Solusdio A A solugdio A & a mais desvantajosa, aplicandose em situagées de cavidades, onde néo existe qualquer obstrucdio na manipulacao (uso) das ferramentas de aperto convencionals. As placas apresentam uma espessura mais reduzida e a roscagem & feita de forms inclinada, de dentro pare fora, na placa das cavidades ov nos blocos de encosto. Fig, 8:38~ Selurde A de cjstonents Solusiio B - AA solupdo B 6 mais edequada sendo a furagdo feita de fora para dentro e o roscagem nas plot cos de deslize. As placas de deslize sic mais espessas e, mesmo no caso de buchas altes, nfo hé qualquer obs- trugGo no uso das ferramentas de aperto, j4 que o perio & feito por fora nas faces laterais do molde. A dificuldade na furacao aumenta quando a distancia, |, 6 muito grande, pois poderé acentvar os desvios da broca. Solugtio C ~A solucdo C aplicase em moles de média ¢ grande dimensdo, sendo uma forma vantajasa de Gencaber um meconisme mais robusc e aliciente tendo em mente a marulengéo © reporanéo dos componentes sujeltos o maior.desgaste. Esto sclugdo tem, no entanto, o inconveniente do feajustamento dos elementos. Fig 840 ~ Soto C de ofrararta Solugtio D A solucao D € a mais eficente ao nivel da fiabitdade manutensio, pesnitirds um fel reajucto, fig. Ql ~ Seles D da aes “No caso ds muitas pecas, também & necesséria @ existéncia de buchas, na ports fixa do molde, Nestes casos, pode haver o perigo da paca ficar press noseas buchos dificultando, ov mesmo impedindo, a extraceéo. . Para resolver este problema & convaniente provocor um maior atraso (do que o conseguido com Qs guias Inclinadas) no movimento dos elementos méveis, garaniinds que a pega se liberta das “prisdes* de parte fixa antes dos elementos mévels a “sollarem’. Isto pode ser conseguido atra- vés da guia “pea de cao” {figura 8.42). al bl Fg. 8.12 ~ Guia “ara da ot ‘a Manlogam da guia “prio dec" i Guia "pote de ot £m relacdo ds dimensées da parte inclinade, fa, da guia “perma de cdo", estat dependem do Comprimento necessGrio para © movimento, M, da inclincgo do guia, $, ¢ da folga a aplicar a0 elemento moval, c, figura 8.421, e pode ser calculada por: t= Mee 'g¢ O attaso do inicio do movimento, dado pela parte néo inclinada da guia, ls, depende do com- primento de atraso, D, da inclinagdo da guia, $, da folga a aplicar ao elemento movel, c, e do Comprimento da quebro da aresta, e, {figuia 8.42} @ pode ser calculado por: =D+e-e tg6

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