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Aula 08
Olá, Pessoal!
Esta é a oitava aula do curso da Gestão Pública para a Fiocruz. Nela veremos os
seguintes itens do edital:
Aula 08 – 18/10: 13. Direitos, deveres e responsabilidades dos servidores públicos, 14.
Lei nº 8.112/90, Lei nº 8.666/93, Lei nº 8.429/92, Lei nº 8.730/93, Lei nº
9.784/98, entre outras relativas ao serviço público.
Essa aula ficou enorme. Como o último item do edital foi alterado, acrescentando diversas leis
importantes, o conteúdo acabou ficando grande. Assim, o arquivo da aula está dividido em dois
para facilitar a disponibilziação e o download.
Boa Aula!
SUMÁRIO
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3. Emissão de moeda.
Alguns consideram as PPPs como uma nova forma de financiamento das obras e
serviços públicos, tanto que o edital coloca os dois itens juntos.
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O Manual Técnico do Orçamento 2011 traz uma série de receitas orçamentárias, que
veremos a seguir. Elas são classificadas em correntes e de capital. Seguem as
definições:
Receitas Tributárias
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
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Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária,
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de
valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Os impostos são tributos não-vinculados, isso significa que seu fato gerador não tem
relação com alguma atividade estatal. Assim, eles são cobrados independentemente de
qualquer ação por parte do Estado, tendo como origem uma atividade ou situação
econômica do contribuinte.
Já as taxas são tributos vinculados, pois são cobradas em função de alguma atividade
estatal. Existem dois tipos de taxas. As taxas de política e as taxas de serviço público.
No primeiro tipo, o fato gerador da taxa é o exercício regular do poder de polícia. Não
estamos falando aqui da atividade policial de segurança pública, mas sim da polícia
administrativa, que é definida como a restrição ou o condicionamento ao exercício de
atividades privadas, visando a assegurar o bem estar da coletividade. Em termos mais
práticos, são as atividades de fiscalização em geral, exercidas pelos mais diversos
órgãos e entidades da Administração Pública.
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São duas as situações que permitem a cobrança desse tributo: calamidade pública,
guerra externa ou sua iminência; e investimento público de caráter urgente e de
relevante interesse nacional. São empréstimos porque são restituíveis, ou seja, o
governo deve devolvê-los após determinado prazo. São tributos de arrecadação
vinculada, pois devem ser aplicados apenas nas situações que ensejaram sua
cobrança.
Receitas de Contribuições
As contribuições são tributos, mas são tratadas pelo MTO 2011 separadas das receitas
tributárias. As contribuições estão previstas na CF88:
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Receitas Patrimoniais
São receitas provenientes da fruição dos bens patrimoniais do ente público (bens
mobiliários ou imobiliários), ou, ainda, de participações societárias. Quanto à
procedência, tratam-se de receitas originárias, ou seja, aqueles provenientes da
atuação do Estado sem caráter coercitivo, como igual ao particular. Podemos citar
como espécies de receitas patrimoniais as compensações financeiras, concessões e
permissões, dentre outras.
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As Receitas Industriais são provenientes das atividades industriais exercidas pelo ente
público. Encontram-se subdivididas nessa classificação receitas provenientes de
atividades econômicas, tais como: da indústria extrativa mineral; da indústria de
transformação; da indústria de construção; e outras receitas industriais de utilidade
pública.
As Receitas de Serviços têm na prestação de serviços por parte do ente público, tais
como: comércio, transporte, comunicação, serviços hospitalares, armazenagem,
serviços recreativos, culturais, etc. Tais serviços são remunerados mediante preço
público, também chamado de tarifa.
Transferências Correntes
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De acordo com o § 2o do art. 11 da Lei no 4.320, de 1964, com redação dada pelo
Decreto-Lei no 1.939, de 20 de maio de 1982, Receitas de Capital são as provenientes
tanto da realização de recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas e da
conversão, em espécie, de bens e direitos, quanto de recursos recebidos de outras
pessoas de direito público ou privado e destinados a atender despesas classificáveis
em despesas de capital.
Alienação de Bens
Amortização de Empréstimos
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Transferências de Capital
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O endividamento interno tem como vantagem não estar sujeito às variações do câmbio,
mas tem como desvantagem, ao retirar recursos monetários da economia, a redução a
disponibilidade de crédito bancário, o que eleva a taxa de juros e, daí, desestimula os
investimentos produtivos. Além disso, quanto maior o endividamento público, maior a
necessidade de aumentar a taxa de remuneração dos títulos públicos para torná-los
atraentes ao público.
Já o endividamento externo
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No Brasil, país com grande tradição inflacionária, a emissão de moeda sempre foi um
dos principais meios de financiamento do governo. O Banco Central é o responsável
pela emissão e recolhimento da moeda. Segundo a CF88:
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente
pelo banco central.
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição
financeira.
Isso cria o chamado “imposto inflacionário”, que constitui uma transferência de renda
do contribuinte para o governo, devido à emissão de moeda em período de inflação.
Suponhamos que o governo emita moeda num total igual a 10% do dinheiro em
circulação. Segundo os monetaristas, a inflação será, então, de 10% em época de
estagnação. Assim, as pessoas perderiam 10% de seu dinheiro, devido à perda de seu
poder aquisitivo, enquanto que o governo ganharia esses 10%, materializado no
dinheiro recém-emitido. Assim, houve um imposto inflacionário de 10% pago por todos
aqueles que tinham dinheiro em seu poder.
Ocorre uma “monetização da dívida”, pois o Banco Central cria moeda para financiar a
dívida do Tesouro, sem haver um aumento do endividamento público.
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Depois do Plano Real, na segunda metade dos 90, destacaram-se a explosão da dívida
pública interna e os aumentos continuados na arrecadação tributária (inclusive e,
principalmente, das contribuições sociais) do Governo Federal.
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União,
das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.
Pelo art. 1º, podemos ver que o regime jurídico instituído pela Lei 8.112 será o dos
servidores públicos – ou seja, aqueles que ocuparem cargos da Administração Direta –
e também o dos servidores das autarquias e das fundações públicas, de direito público.
A Fiocruz é uma fundação pública, por isso seus servidores se encaixam aqui.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo
público.
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O art. 2º define o que é servidor público e o art. 3º define cargo público. Segundo
Bandeira de Mello, “os cargos públicos são as mais simples e indivisíveis unidades de
competência a serem expressas por um agente, previstas em número certo, com
denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de Direito Público e criadas por
lei”.
Quando o edital pede conteúdos de leis, a melhor coisa é ler as leis. Eles cobram muito
o texto da norma, por isso vamos dar uma passada por alguns pontos importantes.
2.1 Provimento
Provimento é o ato administrativo pelo qual se preenche o cargo vago, ou seja, é a
atribuição desse conjunto de competências a alguém. O art. 5º traz os requisitos para
que uma pessoa se torne servidora pública
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O segundo requisito é o gozo dos direito políticos. Direitos Políticos são aqueles
direitos de se candidatar, de votar, etc. Por exemplo, uma pessoa que tenha se
recusado a prestar serviço militar e não opte pelo serviço alternativo não pode tirar seu
título de eleitor e não pode tomar posse em cargo público. Mas, mesmo que ele tivesse
tirado o título, ainda assim não poderia tomar posse, pois não cumpre com o terceiro
requisito.
Este momento é com a posse. Existem outros eventos relacionados, como é o caso da
nomeação e de entrar em exercício, que veremos mais para frente, mas, se a pessoa
foi nomeada para o cargo, mas não tomou posse, ainda não é servidora.
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão
constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao
cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das
partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de
provimento.
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O art.13 define como vai se dar a posse, que é com a assinatura de um termo em que
constam os deveres, obrigações, atribuições e direitos. Como vocês, ao assinar o
termo, estarão se comprometendo com estas obrigações e deveres, a Administração
não pode alterar tais responsabilidades de forma unilateral. Isso não quer dizer que há
direito adquirido à imutabilidade do regime jurídico. O que não pode ser alterado é
aquilo inerente ao CARGO, e não ao regime.
Depois da nomeação, a pessoa tem 30 dias para tomar posse. Caso não o faça no
prazo, a nomeação será tornada sem efeito, ou seja, como vocês ainda não se
tornaram servidores públicos, não serão exonerados, demitidos, etc. O mesmo não
ocorre se tomar posse, mas não entrar em exercício dentro do prazo, que é de 15 dias.
Como vocês já seriam servidores, haveria a exoneração. Isso está no art. 15:
O parágrafo quarto diz que só haverá posse nos casos de provimento por nomeação.
Assim, se houve promoção, disponibilidade, ou outra forma de provimento, não haverá
posse.
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estágio probatório, o servidor tem que ser RAPIDO. Como o “O” é muito parecido com
o zero, tira ele daí para não dar azar, ficando RAPID: ‘R’ de responsabilidade; ‘A’ de
assiduidade; ‘P’ de produtividade; ‘I’ de iniciativa; e ‘D’ de disciplina.
Aqui existe uma eterna polêmica acerca do prazo do estágio probatório. A Lei 8.112
fala em dois anos. Todavia, a EC 19/98 aumentou o prazo necessário para aquisição
de estabilidade de dois para três anos. Assim, apesar de o art. 24 da Lei 8.112 não ter
sido alterado, e mesmo o estágio probatório sendo algo diferente da estabilidade,
muitos consideram que o seu prazo também foi aumentado para três anos. O problema
que isso não é unânime. Por exemplo, no órgão em que eu trabalho, o TCU, o estágio
probatório é de dois anos. Já no Executivo Federal é de três. O Judiciário vinha
considerando dois anos, mas em junho deste ano o Conselho Nacional de Justiça
aprovou resolução afirmando que seria de três anos.
Portanto, se cair na prova de vocês, o que é difícil, o estágio probatório é de três anos.
E esse período começa a contar a partir do momento em que o servidor entra em
exercício. Lembrem-se, não é com a posse.
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A recondução é o retorno do servidor a seu cargo de origem depois dele ter tomado
posse em outro cargo. Importante: é só para o servidor estável, ou seja, aquele que já
tenha mais de três anos de serviço público. São duas as hipóteses: não passar no
estágio probatório ou quando a pessoa ocupa um cargo que era de outro e este é
reintegrado. Vamos ver a reintegração:
A reintegração consiste no retorno de um servidor que havia sido demitido, mas essa
demissão foi invalidada, seja administrativa, seja judicialmente.
Supondo que depois de aposentado, tenha melhorado seu quadro clínico, tornando-o
capaz novamente. Nesse caso ele tem direito à reversão.
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Por fim, vamos falar da ascensão e transferência, que foram retiradas da lei. O acesso,
ou ascensão, que seria provimento sem concurso público, representando a passagem
de uma carreira para outra, foi julgado inconstitucional pelo STF. Exemplo disso seria a
ascensão de Analista da Receita Federal para o cargo de Auditor Fiscal, pela simples
passagem do tempo, sem concurso externo em igualdade de condições com todos os
candidatos, ou ainda, de Agente da Polícia Federal para Delegado nas mesmas
circunstâncias.
2.2 Vacância
A vacância é a situação do cargo público que está vago, ou seja, sem titular, e pode
decorrer dos seguintes casos:
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V - transferência
VI - readaptação;
VII - aposentadoria;
VIII - posse em outro cargo inacumulável;
IX - falecimento.
Portanto, a exoneração pode se dar a pedido do servidor ou de ofício, quando ele não
passa no estágio probatório ou quando não entra em exercício depois de ter tomado
posse. A EC 19/98 acrescentou mais algumas hipóteses na CF88:
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Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de
remoção:
I - de ofício, no interesse da Administração;
II - a pedido, a critério da Administração;
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da
Administração:
A remoção pode ser a pedido ou ex officio (de ofício), ou seja, por atuação exclusiva da
Administração Pública, independente da vontade do servidor, em casos de interesse
público. A remoção a pedido pode ser tanto obrigatória para a Administração como a
seu critério. Quando for a seu critério, ela decidirá discricionariamente se deseja ou não
que o servidor vá para a unidade que ele pediu. Já no caso da remoção independente
do interesse da Administração, esta não pode recusar o pedido do servidor. O artigo
cita os casos em que isso ocorre.
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Em qualquer caso, sempre que o servidor deva ter exercício em outro município terá,
no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para
a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o
tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.
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Para haver redistribuição, a Administração tem que ter interesse, os salários devem ser
parecidos, as atribuições têm que ser semelhantes, assim como as responsabilidades,
complexidade, escolaridade, especialidade. Por último, o cargo deve estar de acordo
com as finalidades do órgão.
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com
valor fixado em lei.
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
Esse parágrafo fala que cargos com atribuições iguais ou semelhantes deverão ter
vencimentos iguais. Contudo, são só os vencimentos que têm que ser iguais. As
vantagens não.
2.4.2 Vantagens
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2.4.3 Indenizações
Muitas vezes, devido ao trabalho, o servidor tem que realizar gastos. A compensação
ou restituição desses gastos é chamada de indenização, ou seja, nada mais é que a
devolução dos valores gastos pelo funcionário para o exercício de suas atribuições.
Ajuda de Custo
Caso o servidor seja removido de ofício, ele tem direito à ajuda de custo. Fora a ajuda
de custo, a Administração tem que arcar ainda com os custos do transporte até a nova
cidade.
Diárias
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§ 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma
região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por
municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado
mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos,
entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite
fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os
afastamentos dentro do território nacional.
As diárias são pagas quando o servidor vai trabalhar em outra cidade temporariamente.
É um valor fixo pago para cobrir os gastos do servidor com hospedagem, alimentação e
locomoção. A diária é um valor fixo por dia em que o servidor estiver afastado da sede.
Vamos supor que o servidor está fazendo um curso fora de sua cidade que dura três
dias e uma manhã. O servidor receberá três diárias e meia. Isto porque ela poderá
voltar para sua cidade no último dia de curso, não tendo assim que dormir fora mais
uma noite.
Transporte
Indenização de transporte é para o servidor que for realizar trabalhos fora da repartição
com o próprio carro. Os exemplos mais conhecidos são dos servidores externos da
repartição, como os oficiais de justiça, fiscais, investigadores, quando usarem veículos
próprios no exercício de suas funções.
Auxílio-Moradia
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Esta indenização é só para servidores que tenham se mudado para ocuparem cargo
em comissão ou função de confiança daqueles grupos do inciso V. Para isso, o
servidor não pode ser proprietário de imóvel na nova cidade, não pode ter imóveis
públicos disponíveis, não pode ser cidade vizinha a antiga ou na mesma região
metropolitana, e o deslocamento não pode ser em função de remoção ou nomeação
decorrente de concurso.
2.4.4 Gratificações
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos
aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;
II - gratificação natalina;
III - adicional por tempo de serviço;
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
VI - adicional noturno;
VII - adicional de férias;
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso.
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Função Gratificada
A função se refere a uma atribuição específica dada pelo Poder Público a um agente,
com acréscimo de algumas atribuições. Tem ele suas atividades normais dentro do
cargo que ocupa e adquire mais algumas, como por exemplo para ser chefe de uma
seção. Em contrapartida, há acréscimo na remuneração. Também há retribuição pelo
exercício de cargo em comissão ou de Natureza Especial.
Gratificação Natalina
Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração
a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo
ano.
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada
como mês integral.
Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer
vantagem pecuniária.
Temos aqui o equivalente ao 13º salário dos trabalhadores do setor privado. O que eles
querem dizer com o tal do “1/12 da remuneração do mês de dezembro” é que o 13º é
proporcional ao número de meses trabalhados no ano. Se o servidor entrou em
exercício em maio, ele fará jus a 8/12 de seu salário. Se trabalhou mais que 15 dias, já
conta um mês. O art. 63 fala “remuneração a que o servidor fizer jus no mês de
dezembro”. Isso quer dizer que se houve aumento no salário ao longo do ano, o 13º
será calculado com base no salário de dezembro, já com o aumento, e não
proporcional ao salário que tinha antes.
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Insalubre é que faz mal a saúde – cheiro forte, barulho alto, temperatura muito alta ou
muito baixa, radiação. Periculosidade é quando há risco de vida – produtos químicos,
explosivos. Se o sujeito trabalha num lugar fedorento e com explosivos do lado, só
pode ganhar um dos adicionais, não pode acumular.
Serviço Extraordinário
Adicional Noturno
Quem trabalhar entre às 22 horas e às 5 horas tem direito a uma remuneração 25%
maior, relativo às horas trabalhadas neste horário. Se o indivíduo trabalhar neste
horário como hora extra, os 25% a mais serão sobre o valor já acrescido de 50%.
Imagine que o servidor trabalhe das 12h às 21h, com uma hora de almoço. Ele precisa
então fazer duas horas extras. Ele poderá trabalhar somente até às 20h52m30s. Isto
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porque a segunda hora extra, que estaria dentro do adicional noturno, contaria somente
52 minutos e 30 segundos. A primeira hora extra valeria R$ 150,00 e a segunda R$
187,50.
Adicional de Férias
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das
férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período
das férias.
Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou
assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será
considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.
Funciona como na iniciativa privada. Quando sair de férias, tem direito a 1/3 da
remuneração como adicional.
Esta gratificação foi inserida só em 2006. É uma gratificação para quem der aulas em
cursos na Administração Pública Federal e para quem participar de concursos públicos,
como parte da banca, e não como concurseiro, é óbvio!
2.4.5 Férias
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o
máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as
hipóteses em que haja legislação específica.
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Acumular o máximo de dois períodos quer dizer que o servidor não pode ficar mais de
dois anos sem tirar férias. A lógica é mais ou menos a seguinte: começa o ano de 2010
e o servidor não guardou nada das férias dos anos anteriores. A partir de janeiro, ele já
pode tirar as férias referentes a 2007. Contudo, durante o ano tira apenas 10 dias,
ficando 20 para 2011. Em 2011, tira só mais 10 dias de férias. Ele estará entrando em
2012 com 10 dias de férias de 2010 mais 30 dias de 2011. Soma-se a isso os 30 dias
referentes a 2012 a que o servidor tem direito a partir de janeiro, ou seja, ele estaria
acumulando três períodos de férias. Isso não pode.
O servidor que esteja começando sua carreira no setor público tem que esperar 12
meses para poder tirar as primeiras férias. Reparem que é só o primeiro ano que deve
ser completado, os demais não, a partir de janeiro o servidor já tem direito.
Se sair de férias, só com tragédia, para júri, serviço militar ou eleitoral que podem
chamar a gente de volta.
2.4.6 Licenças
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Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge
ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
mediante comprovação por junta médica oficial.
§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for
indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo
ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44.
§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até
trinta dias, podendo ser prorrogada por até trinta dias, mediante parecer de junta
médica oficial e, excedendo estes prazos, sem remuneração, por até noventa dias.
Esta licença é por doença em pessoa da família, não é por doença do servidor. Esta
terá outro afastamento, visto mais adiante. Pessoa da família é somente de primeiro
grau: esposa e filho (enteado); pais (padrasto e madrasta). Caso tenha outro
dependente (neto, por exemplo) tem que estar no assentamento do servidor.
O prazo da licença é de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. Durante este
período o servidor continuará recebendo a remuneração. Contudo, ele pode ainda
permanecer por mais 90 dias, só que sem remuneração.
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou
companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o
exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.
§ 1º A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.
§ 2º No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja
servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou
entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que
para o exercício de atividade compatível com o seu cargo.
Se o conjugue, que não é servidor, for deslocado para outro lugar, PODERÁ ser
concedida licença SEM remuneração por prazo INDETERMINADO. Veja bem:
PODERÁ. A Administração Pública não tem obrigação legal de conceder a licença,
ficando a seu critério o momento e os termos do deferimento. O servidor não recebe
nada durante esta licença. Agora, se o conjugue também for servidor, pode-se
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Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na
forma e condições previstas na legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem
remuneração para reassumir o exercício do cargo.
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que
mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo
eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
§ 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas
funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou
fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua
candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.
§ 2º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o
servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente
pelo período de três meses.
A licença para atividade política será concedida ao servidor candidato a cargo eletivo,
que tanto pode ser para Vereador, quanto para Deputado Estadual ou Federal,
Senador, Prefeito, Governador ou Presidente da República.
A licença será concedida, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua
escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do
registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
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Para Capacitação
Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse
da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva
remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação
profissional.
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis
Esta licença substituiu a antiga licença prêmio. A licença prêmio era um afastamento de
três meses a que o servidor tinha direito a cada cinco anos de exercício. Era uma
licença remunerada. Assim, a cada cinco anos o servidor poderia ficar três meses na
folga. Ela acabou em 1997, quando foi substituída pela Licença para Capacitação.
A licença para capacitação funciona nos mesmos moldes da licença prêmio. O servidor
adquire o direito a licença para capacitação a cada cinco anos de exercício, a duração
dela é de três meses e ela é remunerada. A diferença é que a Administração dá a
licença se quiser e ela tem que ser usada para o servidor fazer algum curso. Além
disso, ela não pode ser acumulada. Não tirou a licença, perdeu o direito. A licença
prêmio acumulava.
Esta licença pode ou não ser concedida, no interesse da Administração. Além disso,
ela pode ser interrompida a qualquer tempo, a pedido da Administração ou do servidor.
O prazo máximo é de três anos. A redação da 8.112 dizia que a licença poderia ser
prorrogada, mas foi alterada, tirando a prorrogação.
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Esta licença é para o servidor que for participar de sindicato, confederação, cooperativa
de servidores. Não pode ser para qualquer cargo, só para os de direção. O prazo da
licença é igual ao do mandato, podendo ser renovado uma vez caso o servidor seja
reeleito.
2.4.7 Afastamentos
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade
dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas
seguintes hipóteses:
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
II - em casos previstos em leis específicas.
Este afastamento está previsto para duas hipóteses: cargo em comissão ou função de
confiança; em casos de leis específicas. O servidor da receita pode, por exemplo, ser
chamado para trabalhar em alguma secretaria do Ministério da Fazenda, com função
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de confiança. Pode ainda ser chamado para ser diretor da Caixa Econômica. A
segunda hipótese são as de leis específicas.
Órgão cessionário é o órgão onde o servidor irá exercer suas atividades; e órgão
cedente é o órgão de origem e lotação do servidor cedido. Assim, se o servidor for
trabalhar em órgão de Estado, de Município ou do DF, quem paga seu salário será o
órgão que estiver recebendo o servidor. Já se o servidor for trabalhar dentro da própria
União, o órgão de origem continua pagando a remuneração do servidor.
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial,
sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder
Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.
§ 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo,
somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.
§ 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida
exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período
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O servidor pode ir estudar ou participar de missão oficial no exterior. Isto somente com
autorização do Chefe de cada Poder, num prazo máximo de quatro anos. O servidor
poderá se ausentar para o exterior novamente, só que somente depois de passado
igual prazo ao que ele ficou fora. Se ficou fora dois anos estudando, o próximo
afastamento só poderá ocorrer dois anos depois de trabalhar no Brasil.
É óbvio que este artigo não se aplica aos diplomatas, uma vez que esta é a profissão
deles: deixar o país.
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2.4.8 Concessões
2.5.1 Deveres
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2.5.2 Proibições
2.6 Responsabilidades
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício
irregular de suas atribuições.
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou
culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
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O art. 125 é importante. Ele fala que o servidor poderá ser demitido
administrativamente, preso em processo penal e ainda terá que reparar o dano na
Justiça civil. Ele poderá ser processado nas três esferas pela mesma falta, uma vez
que elas são independentes.
O art. 126 diminui um pouco esta independência entre as esferas já que a decisão na
esfera penal pode interferir nas demais. Se o servidor for absolvido na esfera criminal
devido à negação da existência do fato ou de sua autoria, ele será absolvido também
administrativamente e civilmente. Por outro lado, se a decisão criminal for no sentido de
sua condenação, haverá também a responsabilização do agente nas demais esferas,
desde que tenha havido dano ou infração administrativa. Se houve absolvição por
insuficiência de provas, em nada interferirá essa decisão criminal nas demais
instâncias, ou seja, mesmo absolvido na esfera penal, ele não será reintegrado ao
serviço público e ainda poderá reparar o dano na esfera civil.
2.7 Penalidades
Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
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II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a
gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço
público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
2.7.1 Advertência
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de
proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever
funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique
imposição de penalidade mais grave.
Estes incisos do art. 117 são os que tratam das seguintes proibições:
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2.7.2 Suspensão
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas
com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração
sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que,
injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela
autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação.
§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão
poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de
vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros
cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício,
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração
disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.
Se o servidor for necessário para o bom andamento do serviço, se ele for fazer falta, a
suspensão poderá ser convertida em multa de 50% do salário por dia de suspensão.
Assim, se ele for suspenso por 30 dias e esta suspensão for convertida em multa, na
realidade ele irá receber no mês apenas metade do salário.
Após três anos a advertência é retirada do registro do servidor e após cinco anos o
mesmo ocorre com a suspensão, desde que ele não tenha cometido nova infração. Ou
seja, o servidor volta a ter a ficha limpa. Estas infrações não poderão ser consideradas
para uma nova penalidade, naquele critério de antecedentes funcionais.
Os incisos do art. 117 que não são nem de advertência e nem de demissão, sendo,
portanto de suspensão, são os seguintes:
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2.7.3 Demissão
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Regras Deontológicas
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II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o
honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da
Constituição Federal.
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na
vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta
do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na
vida funcional.
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VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la,
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do
hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a
dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores,
velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente.
Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de
corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.
Podemos perceber que estas regras dão bastante atenção ao Princípio da Moralidade.
Não basta a atuação do servidor público ser legal, é preciso também que ela também
busque sempre o interesse público e que se baseie na honestidade.
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A Seção II traz os deveres do servidor público. A Lei 8.112/90 também traz deveres do
servidor público, só que estatutário.
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter,
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais
vantajosa para o bem comum;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam
na adequada prestação dos serviços públicos;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos
ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;
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t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas,
abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço
público e dos jurisdicionados administrativos;
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o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade
ou a dignidade da pessoa humana;
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Essa definição de servidor público é diferente da Lei 8.112. Aqui é todo mundo que de
alguma forma atue junto ao poder público, até mesmo voluntários. Lá é somente a
pessoa legalmente investida em cargo público.
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Este art. 1º traz que a lei estabelece NORMAS GERAIS sobre licitações e contratos. O
fato de dizer ou não que são normas gerais é relevante porque os demais entes
poderão legislar também sobre a matéria, desde que não disponham de forma contrária
às prescrições da Lei 8.666.
Contudo, há jurisprudência do TCU que traz uma exceção importante para as SEM e
EP.
Por último, o parágrafo único fala ainda em fundos especiais e demais entidades
controladas direta ou indiretamente.
O art. 119 traz ainda outra regra para as empresas públicas, fundações públicas,
sociedades de economia mista (estão de fora as autarquias) e demais entidades
controladas direta ou indiretamente pelos entes da federação (UEMDF):
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Estas entidades deverão criar um regulamento próprio sobre licitações, a ser aprovado
pela autoridade de nível superior e publicado na imprensa oficial.
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios,
acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e
entidades da Administração.
A 8.666 também se aplica, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros
instrumentos semelhantes. Um Decreto de 2005 reforça isso exigindo a utilização da lei
de licitações por aqueles que receberem recursos federais por estes instrumentos.
Art. 117. As obras, serviços, compras e alienações realizados pelos órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário e do Tribunal de Contas regem-se pelas normas
desta Lei, no que couber, nas três esferas administrativas.
4.1.1 Legalidade
Este princípio determina que a licitação está vinculada às prescrições legais que a
regem em todos os seus atos e suas fases. Não só a lei, mas o regulamento, as
instruções complementares e o edital pautam o procedimento da licitação, vinculando a
licitação e os licitantes a todas as suas exigências, desde a convocação dos
interessados até a adjudicação do objeto ao vencedor do certame.
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O art. 4º da Lei 8.666 reforça ainda mais este princípio, garantindo a todos o direito de
a licitação ser fiel à lei. Tratando-se de direito público subjetivo, o licitante que se sinta
lesado pela inobservância da norma pode impugnar judicialmente o procedimento.
4.1.2 Formalismo
Este princípio está diretamente ligado ao da legalidade. O fato de a licitação ser um ato
administrativo formal significa que foi estatuído um procedimento determinado para as
licitações, devendo todas as suas fases serem cumpridas nos exatos termos da Lei,
sob pena de nulidade do certame.
Diz Hely Lopes Meirelles que o edital é a lei interna da licitação e, enquanto tal, vincula
tanto os licitantes como a Administração que o expediu. O art. 41 da Lei, no seu caput,
dispõe a respeito:
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4.1.4 Impessoalidade
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação
ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação,
os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os
fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos
licitantes e pelos órgãos de controle.
Impõe que a conduta do administrador seja pautada por valores morais e éticos,
privilegiando a legitimidade e a finalidade do ato praticado e visando, acima de tudo, ao
interesse público. Não basta que o comportamento da Administração seja apenas lícito,
mas também consoante com a moral, os bons costumes, as regras de boa
administração, os princípios de justiça e de equidade, a idéia comum de honestidade.
Um exemplo de aplicação do princípio da moralidade está na não utilização do mesmo
servidor para executar todas as fases da despesa, com diz este acórdão do TCU:
4.1.6 Igualdade
Constitui um dos alicerces da licitação, uma vez que um dos objetivos desta é
justamente propiciar a igualdade de condição na contratação com a Administração. É
com base neste princípio que o inciso XXI do art. 37 da CF/88 veda o estabelecimento
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Todavia, quando a licitação for do tipo menor preço, o que constitui a regra geral, o
desempate não segue os critérios estatuídos no § 2º do art. 3º, sendo realizado sempre
por sorteio.
A Lei também proíbe a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem
similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos
em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais materiais
e serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto e discriminado
no edital.
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4.1.7 Publicidade
§ 4º Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu
o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
Toda alteração no edital que provoque alterações nas propostas precisam ser
divulgadas da mesma forma que o edital, reabrindo-se o prazo.
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Além disso, é possível que o próprio particular se recuse a firmar o acordo, mas nesse
caso ficará sujeito às penalidades previstas na Lei 8.666/93, o que não ocorre com a
Administração, que nessa mesma hipótese não sofre qualquer sanção. Para não deixar
os licitantes sujeitos ao arbítrio da Administração, o art. 64, § 3º, fixa o prazo de
sessenta dias, a contar da entrega das propostas, para que a Administração resolva a
respeito da contratação. Ultrapassado este prazo, ficam os licitantes liberados de
qualquer compromisso.
4.1.9 Celeridade
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Art. 5º Todos os valores, preços e custos utilizados nas licitações terão como
expressão monetária a moeda corrente nacional, ressalvado o disposto no art. 42
desta Lei, devendo cada unidade da Administração, no pagamento das obrigações
relativas ao fornecimento de bens, locações, realização de obras e prestação de
serviços, obedecer, para cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem
cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes
razões de interesse público e mediante prévia justificativa da autoridade
competente, devidamente publicada.
O art. 5º determina que os valores utilizados nas licitações serão todos em moeda
nacional, salvo nas concorrências internacionais. Além disso, ele determina que cada
unidade deverá obedecer à estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades.
4.2 Objeto
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos
administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras,
alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
O art. 1º estabelece que as licitações sejam realizadas para obras, serviços, compras,
alienações e locações. O art. 6º traz as definições.
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A diferença é que projeto básico traz os elementos para caracterizar a obra ou serviço,
enquanto o projeto executivo os elementos necessários à execução da obra.
Este parágrafo segundo estabelece alguns requisitos para que se possa fazer a
licitação de obras e serviços:
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O objeto da licitação não poderá conter a obtenção de recursos financeiros, a não ser
que seja concessão. Além disso, o objeto não poderá conter o fornecimento de
materiais e serviços sem previsão de quantidade, ou que não correspondam ao projeto
básico ou executivo. Por último, o objeto da licitação deve conter apenas bens e
serviços que não sejam exclusivos, que apresentem similaridade ou de marcas
específicas. Aqui há a exceção, que é quando for tecnicamente justificável. É preciso
demonstrar a compatibilidade, a padronização ou a portabilidade que justificariam a
contratação direta.
A indicação de marca como parâmetro de qualidade pode ser admitida para facilitar a
descrição do objeto a ser licitado, desde que seguida, por exemplo, das expressões “ou
equivalente”, “ou similar” e “ou de melhor qualidade”. Nesse caso, o produto deve, de
fato e sem restrições, ser aceito pela Administração. O que a Lei de Licitações veda e
os Tribunais de Contas condenam, em especial o TCU, é a preferência por
determinada marca e sua indicação sem a devida justificativa técnica nos autos.
Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas seguintes formas:
I - execução direta;
II - execução indireta, nos seguintes regimes:
a) empreitada por preço global;
b) empreitada por preço unitário;
d) tarefa;
e) empreitada integral.
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Na empreitada por preço global, o pagamento deve ser efetuado após a conclusão dos
serviços ou etapas definidos em cronograma físico-financeiro, por exemplo: fundações,
estrutura, concretagem da laje, cobertura, revestimento, pintura e outras etapas. Na
empreitada por preço unitário, o pagamento deve ser realizado por unidades feitas,
pois seus quantitativos são pouco sujeitos a alterações. Exemplo: metragem executada
das fundações, de paredes levantadas, de colocação de piso, de pintura, de colocação
de gesso.
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais
especializados os trabalhos relativos a:
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
§ 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a
prestação de serviços técnicos profissionais especializados deverão,
preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, com
estipulação prévia de prêmio ou remuneração.
A peculiaridade destes serviços técnicos especializados é que para eles pode haver
inexigibilidade de licitação. Sendo vedada nos casos de publicidade e divulgação.
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4.2.3 Compras
Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e
indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade
do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa.
O inciso IV determina que as compras devem ser divididas para que mais fornecedores
possam participar, aumentando a concorrência. Em relação ao parcelamento do objeto,
temos ainda o art. 23, §1º.
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Esta regra não vale só para as compras, mas também para as obras e serviços.
4.2.4 Alienações
Imóveis
O inciso ainda traz alguns casos em que estará dispensada a concorrência. Aqui, o
gestor público não pode licitar.
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a) Dação em pagamento;
b) Doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da
administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto
nas alíneas f e h
c) Permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do
art. 24 desta Lei;
d) Investidura;
e) Venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera
de governo;
f) Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso,
locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos,
destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou
de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou
entidades da administração pública;
g) Procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383,
de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da
Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição;
h) Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso,
locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local
com área de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos
no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social
desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
Dação em pagamento é a modalidade de extinção de uma obrigação em que o credor
pode consentir em receber coisa que não seja dinheiro, em substituição da prestação
que lhe era devida. Portanto, se a Administração possui uma obrigação, não há porque
fazer uma licitação para alienar um imóvel que pode ser usado para quitar a obrigação.
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A C
Móveis
Em relação à alienação de bens móveis, este inciso II exige apenas avaliação prévia e
licitação. Não podemos esquecer, contudo, do interesse público devidamente
justificado. O inciso também não se refere a nenhum tipo de licitação.
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Enquanto a permuta de bens imóveis pode ser feita tanto com o setor público quanto
com o privado, a dos bens móveis só pode ser feita com órgãos ou entidades da
administração pública.
A venda de ações e de títulos também não precisará ser feita por licitação, até mesmo
porque não seria possível fazê-lo. O mesmo ocorre com os bens produzidos
justamente para que sejam comercializados.
4.3 Modalidades
Art. 22. São modalidades de licitação:
I - concorrência;
II - tomada de preços;
III - convite;
IV - concurso;
V - leilão.
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Este parágrafo é do art. 22. Ele impede que se combinem as modalidades de licitação.
Esta combinação não é possível nem mesmo quando a administração, na prerrogativa
conferida pelo §4º do art. 23, abaixo, utiliza a tomada de preços quando poderia o
convite ou a concorrência quando poderia a tomada de preços.
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Em vista disso, a lei, não é permitido que se utilize o convite quando seria o caso de
tomada de preços ou concorrência; ou a tomada de preços, quando a modalidade
correta seria a concorrência. O inverso é admitido, pois a concorrência pode ser
adotada em substituição às duas outras modalidades, e à tomada de preços pode ser
utilizada em substituição ao convite. O parágrafo quinto do art. 23 traz ainda a proibição
de se utilizar convite ou tomada de preços em licitações que poderiam ser feitas
conjuntamente e cujo somatório dos valores ultrapassaria o valor dessas duas
modalidades.
4.3.1 Concorrência
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4.3.3 Convite
O convite tem que ser feito a pelo menos três possíveis interessados, salvo quando, no
lugar de realização da licitação não houver este número de pessoas físicas ou jurídicas
atuantes na área objeto do contrato, ou, independentemente deste fato, quando houver
manifesto desinteresse dos possíveis convidados.
Se existirem na praça mais de três possíveis interessados, a cada novo convite para
objeto idêntico ou similar é obrigatório o convite a, pelo menos, mais um interessado,
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4.3.4 Concurso
4.3.5 Leilão
4.4 Obrigatoriedade
O art. 37, XXI, da Constituição, ao estabelecer a obrigatoriedade de adoção do
procedimento licitatório para a contratação de obras, serviços, compras e alienações,
expressamente prevê que a legislação poderá estabelecer hipóteses em que essa
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4.4.1 Inexigibilidade
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4.4.2 Dispensa
Nesse ponto cabe fazermos uma diferenciação, pois há duas modalidades de dispensa
de licitação.
A Administração não tem discricionariedade para optar por um ou outro tipo, devendo,
neste aspecto, observar as prescrições do art. 46.
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Ela não se aplica, por óbvio, nos casos em que é a Administração quem está na
posição de alienante, oferecendo determinado bem ou direito aos particulares. Neste
caso terá lugar a licitação de maior lance ou oferta, destinada à alienação de bens ou à
concessão de direito real de uso. Ela é o inverso da licitação de menor preço, pois aqui
será vencedor o candidato que propuser o pagamento do maior valor entre os
candidatos à aquisição do bem ou direito oferecido pela Administração.
Art. 46. Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados
exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em
especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e
gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a
elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos,
ressalvado o disposto no § 4º do artigo anterior.
É lógico este artigo, uma vez que se usará o critério da técnica apenas para os serviços
de natureza intelectual. Aqui, os licitantes se distinguirão pela técnica empregada no
serviço. Um serviço de limpeza não terá diferenças na técnica
4.5.1 Edital
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Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das
tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da
repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por
uma vez;
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou
entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras
financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por
instituições federais;
II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar,
respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública
Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal;
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal
de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o
serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração,
conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar
a área de competição;
§ 1º O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados poderão
ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação.
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Havendo alteração no edital obriga à divulgação pela mesma forma utilizada quanto ao
texto original. Em regra, nesse caso será reaberto o prazo para a apresentação das
propostas, a não ser que a alteração no edital em nada afete sua formulação.
Qualquer pessoa pode impugnar o edital, até cinco dias úteis antes da abertura dos
envelopes de habilitação, abrindo-se, a partir daí, o prazo de três dias úteis para que a
Administração responda á impugnação.
4.5.2 Habilitação
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Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes
procedimentos:
I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos
concorrentes, e sua apreciação;
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Os licitantes que não forem habilitados terão suas propostas devolvidas sem
apreciação. Os envelopes serão devolvidos fechados. Se ninguém interpuser recurso a
sua inabilitação ou a habilitação de um concorrente, se não houver desistência
expressa ou após o julgamento dos recursos, serão abertos os envelopes com as
propostas dos licitantes habilitados.
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O julgamento objetivo é um dos princípios que regem a licitação. Por isso, não é
permitido que os critérios utilizados sejam sigilosos. Todos têm o direito de saber as
razões que levaram a escolha de determinado licitante e verificar se ela foi correta. As
condições têm que ser iguais para todos os participantes. Uma conseqüência disso é
que se veda a consideração de vantagens que vão além do edital. Além disso, as
ofertas não poderão ser baseadas nas dos concorrentes.
Este parágrafo terceiro é interessante porque ele não permite que as propostas
apresentem preços muito inferiores, incompatíveis com os preços de insumos e
salários de mercado. Mesmo que não sejam estabelecidos limites mínimos, o licitante
deve apresentar uma proposta que não exceda e nem seja muito abaixo do praticado
no mercado.
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Outra diferença entre os dois institutos, no que tange a licitações e contratos, é que
após a assinatura do contrato não é mais possível revogar a licitação; ao passo que,
mesmo após a assinatura do contrato, é possível anular a licitação, a qual acarretará a
anulação do contrato.
Se a licitação for anulada depois da assinatura do contrato, este também será anulado
automaticamente, uma vez que foi decorrência daquela.
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A Lei também exige que os contratos administrativos mais vultosos sejam formalizados
por meio de instrumento de contrato. De acordo com o art. 62, caput, da Lei 8.666/93, o
instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e tomada de preços,
bem como nos de dispensa e inexigibilidade que se situem nos limites correspondentes
àquelas modalidades de licitação.
Nos demais casos a lei admite que o instrumento de contrato seja substituído por
outros instrumentos hábeis para a comprovação da avença, tais como a carta-contrato,
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a. Exigir garantias;
b. Alterar unilateralmente o contrato;
c. Rescindir unilateralmente o contrato;
d. Fiscalização;
e. Aplicação de penalidades;
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f. Anulação;
g. Retomada de objeto;
h. Restringir o uso da exceptio non adimpletti contractus.
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos
respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no
Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da
Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter
a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção
de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta
meses;
III - (VETADO)
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática,
podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após
o início da vigência do contrato.
A vigência é cláusula obrigatória e deve constar de todo contrato, que só terá validade
e eficácia após assinado pelas partes contratantes e publicado seu extrato na imprensa
oficial.
A lei estabelece que os contratos têm sua vigência limitada aos respectivos créditos
orçamentários, em observância ao princípio da anualidade do orçamento. Sendo assim,
os contratos vigoram até 31 de dezembro do exercício financeiro em que foi
formalizado, independentemente de seu início. Em alguns casos, os contratos podem
ultrapassar a vigência dos respectivos créditos orçamentários. A lei admite as
seguintes exceções:
serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração
prorrogada por até 60 meses. Exemplo: serviços de limpeza e conservação;
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4.6.2 Formalização
A Lei de Licitações exige que os contratos e suas modificações sejam elaborados pelos
órgãos ou entidades da Administração que realizam a contratação. O contrato deve ser
formalizado por escrito, sendo nulo o contrato verbal, salvo o de pequenas compras,
entendidas como aquelas não superiores a 5% do valor máximo permitido para a
modalidade de licitação convite, ou seja, R$ 4.000,00. Trata-se do suprimento de
fundos, que é o adiantamento de numerário a servidor.
Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus
representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do
processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes
às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.
Todo contrato administrativo elaborado pela Administração Pública deve conter, além
das cláusulas essenciais, as seguintes informações:
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Nos seguintes casos, a contratação deve ser formalizada obrigatoriamente por meio de
termo de contrato:
• carta-contrato;
• nota de empenho de despesa;
• autorização de compra; ou
• ordem de execução de serviço.
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4.6.5 Alteração
O contrato firmado entre as partes pode ser alterado nos casos previstos no art. 65 da
Lei nº 8.666, de 1993, desde que haja interesse da Administração e para atender ao
interesse público. Para que as modificações sejam consideradas válidas, devem ser
justificadas por escrito e previamente autorizadas pela autoridade competente para
celebrar o contrato.
Existem dois tipos de alterações dos contratos: as unilaterais e as por acordo entre as
partes.
Alteração Unilateral
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor
adequação técnica aos seus objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de
acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta
Lei;
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projeto ou das especificações em relação aos seus objetivos. No segundo caso, poderá
haver tanto um aumento do valor quanto uma redução.
Estas alterações unilaterais de valor poderão ser no máximo de 25% do valor inicial do
contrato atualizado. Quando se tratar de reforma de edifício ou equipamento, o limite,
no caso dos ACRÉSCIMOS, será de 50%. Quando o parágrafo fala em “nas mesmas
condições contratuais”, fica de fora o valor total a ser pago, uma vez que o contratado
ficará com mais ou menos obrigações. Ao poder de alteração unilateral conferido à
administração, corresponde o direito do contratado de ver mantido o equilíbrio
econômico-financeiro do contrato, assim considerada a relação que se estabelece, no
momento da celebração do ajuste, entre o encargo assumido pelo contratado e a
prestação pecuniária assegurada pela administração. Vamos lembrar o que dizia o art.
58.
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:
II - por acordo das partes:
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
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A alteração por acordo das partes pode ocorrer nas seguintes situações:
Equilíbrio Econômico-Financeiro
Vimos que tanto é permitida a alteração, com acordo entre as partes, com vistas a
manter o equilíbrio econômico-financeiro, quanto é um dever da administração
restabelecê-lo em caso de alteração unilateral.
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O destaque dado ao termo geral é para estabelecer com clareza a diferença entre fato
do príncipe, que é todo ato geral do Estado que impeça ou dificulte a execução do
contrato, e FATO DA ADMINISTRAÇÃO, que corresponde a toda ação ou omissão do
Poder Público direcionada especificamente ao contrato e que, da mesma forma que o
fato do príncipe, impede ou dificulta sua execução. Um ato estatal que determine o
aumento da carga tributária de modo a tornar mais onerosa a execução do contrato é
um fato do príncipe, um ato do Poder Público mediante o qual ele se apossa de um
bem previsto no contrato como destinado à sua execução é um fato da Administração.
A Lei 9.784 traz regras para o processo administrativo de forma geral. Ela não busca
substituir as leis que tratam de processos administrativos específicos, como o
disciplinar, o fiscal, ou o de licitações, etc. A própria Lei 9.784 deixa claro que não
substitui estas leis.
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Estas regras valem para toda a Administração Pública Federal, Direta ou Indireta,
inclusive dos Poderes Legislativo e Judiciário no que concerne às suas atividades
administrativas.
Estes incisos tratam de alguns desses princípios. Por exemplo, o inciso III traz um dos
aspectos do princípio da publicidade, assim como o inciso V, que traz outro aspecto. O
inciso VI traz o princípio da razoabilidade. O inciso XIII traz o princípio da segurança
jurídica. O princípio da segurança jurídica não pertence apenas à seara do processo
administrativo, ele tem por conteúdo conferir um mínimo de estabilidade às relações
jurídicas frente à inevitável transformação do Direito, seja em termos de doutrina, seja
em termos de jurisprudência, seja em termos de legislação.
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Devemos perceber que a lei veda a aplicação retroativa em qualquer hipótese, seja a
nova interpretação benéfica ou prejudicial ao administrado. Assim, praticado um ato
quando vigente certo posicionamento administrativo sobre a aplicação de uma norma,
não poderá uma nova interpretação, construída em momento posterior à produção do
ato, vir a alcançá-lo. É isto que pretende o princípio assegurar, nesta aplicação.
Essa prerrogativa que tem a Administração de dar início aos processos administrativos
sem provocação do particular é justamente o conteúdo do princípio da oficialidade.
Além disso, o princípio da oficialidade não se limita à instauração do processo,
instrumentalizando a Administração durante todo o seu transcorrer. Uma vez iniciado
de ofício o processo, a Administração deve continuar atuando de ofício, tomando todas
as providências necessárias até o seu encerramento regular.
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Estas regrinhas são meio básicas. Acho importante só dar uma lida, sem ficar
decorando exaustivamente.
Se houver diversos interessados com pedidos idênticos, poderá ser feito um único
requerimento.
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5.3 Interessados
Art. 9º São legitimados como interessados no processo administrativo:
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses
individuais ou no exercício do direito de representação;
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que
possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e
interesses coletivos;
IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou
interesses difusos.
Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito
anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio.
Vimos no inciso II do art. 3º que os interessados têm direito a ter ciência do processo,
ter vista dos autos, obter cópia dos documentos neles contidos e conhecer as decisões
proferidas. Contudo, não é qualquer um que é interessado. “Ah! Eu sou inimigo do
sujeito, portanto sou interessado”. O art. 9º estabelece quem são os interessados.
Quem iniciar o processo é lógico que é interessado, mesmo que seja como
representante de alguém. Quem pode ter um direito afetado pela decisão do processo
também é interessado. Se os interesses são coletivos, as associações representativas
também são interessadas. Os sindicatos são um exemplo. Quanto aos interesses
difusos vale, são interessados as pessoas ou associações legalmente constituídas.
5.4 Competência
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a
que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente
admitidos.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em
razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de
competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
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2°) não é necessário que haja expressa disposição legal autorizando a delegação em
certa hipótese (o próprio dispositivo autoriza a medida por razões de ordem técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial), basta que não exista norma vedando a
delegação;
3º) o órgão e seu titular podem delegar competência mesmo a órgãos e seus titulares
que não lhes sejam hierarquicamente subordinados: isto implica uma considerável
ampliação da possibilidade de delegação de competência, uma vez que esta medida
sempre foi analisada dentro do poder hierárquico, ou seja, sempre a partir da idéia de
que era uma determinação de um superior a um subordinado. Pela disciplina da lei, a
delegação, na esfera federal, pode ser adotada fora da cadeia hierárquica, caso em
que não pode ser vista como uma determinação, um comando;
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.
§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites
da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível,
podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta
qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
1) O ato delegatório deverá ser específico quanto aos poderes delegados, aos
limites de atuação da autoridade delegada, à finalidade da delegação e
aos recursos cabíveis;
2) A delegação pode se dar com ou sem reserva de poderes: na delegação
sem reserva de poderes a autoridade delegante, enquanto eficaz a
delegação, retira de si própria a possibilidade de praticar atos que se
enquadrem na matéria delegada; na delegação com reserva de poderes a
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Se o servidor já for participar como perito ou testemunha, ele também não poderá
participar como autoridade. O mesmo ocorre se o perito ou a testemunha for parente
seu até terceiro grau.
O impedimento não sai automaticamente. O servidor que por alguma razão esteja
impedido deve comunicar o fato. Se não comunicar comete falta grave. Não sei se isso
quer dizer que pode ser demitido.
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade
íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos
cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso,
sem efeito suspensivo.
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Este artigo 22 traz o princípio do informalismo. Preste atenção na questão que disser
que um dos princípios do processo administrativo é o formalismo. É justamente o
contrário. O processo não tem uma forma predeterminada. Só se exige que ele seja
escrito, em vernáculo, que quer dizer na língua do país, ou então linguagem correta.
Reconhecer firma é o que se faz em cartório. Eles dizem que aquela assinatura é
realmente sua. O reconhecimento de firma só é necessário se houver dúvida da
autenticidade.
O parágrafo terceiro fala que a autenticidade dos documentos pode ser feita pelo órgão
administrativo. Isto ocorre porque os servidores públicos têm poder de garantir a
autenticidade de um documento da mesma forma que os cartórios.
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de
funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.
Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados,
cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao
interessado ou à Administração.
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade
responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser
praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro,
mediante comprovada justificação.
Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão,
cientificando-se o interessado se outro for o local de realização.
Destes artigos é importante o art. 24, que traz o prazo de cinco para que os atos do
processo sejam praticados. Isto, é claro, se não houver disposição específica. Lembre-
se, a 9.784 é uma lei que traz regras gerais, atuando subsidiariamente. Importante
saber que este prazo pode ser superado por motivo de força maior ou dilatado pelo
dobro se justificado.
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Os atos do processo precisam ser comunicados ao interessado. Por isso, é preciso que
a Administração comprove que o comunicou, fazendo isto através da intimação. O
parágrafo primeiro traz as informações que devem constar na intimação. Se a
intimação for para que o interessado compareça ao órgão, ela deve ocorrer pelo menos
três dias antes da data do comparecimento.
§ 3º A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com
aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da
ciência do interessado.
§ 4º No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio
indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial.
§ 5º As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições
legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.
Se o interessado não cumprir o que está na intimação, isto não quer dizer que ele
concorda com tudo que está no processo ou que renunciou de algum direito. Mas, se
há uma lei específica determinando prazo para ação do interessado, caso contrário ele
não poderá se manifestar, isto vale. É o que acontece no Processo Administrativo
Fiscal. Por exemplo é apreendida uma bagagem no porto porque ela ficou no armazém
mais de 90 dias sem a pessoa se mexer para desembaraçá-la. A Receita apreende a
mercadoria e intima a pessoa dando um prazo para ela se manifestar. Se a pessoa não
fizer nada no prazo, a Receita já pode doar a mercadoria. Contudo, acho que se a
pessoa for à Justiça, ainda poderá reaver os valores, uma vez que o não
pronunciamento não quer dizer que ela concorde com a apreensão.
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o
interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de
direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.
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5.7 Instrução
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados
necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do
órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de
propor atuações probatórias.
§ 1º O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados
necessários à decisão do processo.
§ 2º Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se
do modo menos oneroso para estes.
Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios
ilícitos.
Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão
competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública
para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo
para a parte interessada.
§ 1º A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a
fim de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo
para oferecimento de alegações escritas.
§ 2º O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de
interessado do processo, mas confere o direito de obter da Administração resposta
fundamentada, que poderá ser comum a todas as alegações substancialmente
iguais.
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da
questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do
processo.
Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão
estabelecer outros meios de participação de administrados, diretamente ou por meio
de organizações e associações legalmente reconhecidas.
Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de
participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do
procedimento adotado.
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Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do
dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta
Lei.
Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em
documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em
outro órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício,
à obtenção dos documentos ou das respectivas cópias.
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão,
juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir
alegações referentes à matéria objeto do processo.
§ 1º Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório
e da decisão.
§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas
propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias
ou protelatórias.
O interessado também pode, e em alguns casos deve, fazer prova no processo. Por
exemplo, se ele diz que é pobre e merece a bolsa família, ele tem que provar a
pobreza, apresentando documentos. Se a pessoa se diz viúva e quer receber a pensão
do aposentado por que era sua companheira, tem que provar que vivia com ele pelos
requisitos da lei.
Este art. 38 traz o princípio do contraditório e ampla defesa. O interessado tem o direito
de defender seus direitos com todos os meios possíveis, sendo que as provas e os
argumentos apresentados terão que ser considerados na motivação da decisão. O
parágrafo segundo traz as condições para que se possa recusar uma prova
apresentada pelo interessado. Se o interessado pede uma diligência que se vê
claramente com o objetivo de postergar o processo, ela poderá ser indeferida.
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Vimos acima os casos em que o interessado pode agir de sua iniciativa. Agora, temos
as regras para quando a Administração exige que ele atue. Se ela quer que ele preste
informações ou apresente provas, ela o intimará. Se o interessado não cumprir com a
intimação, a Administração apenas ignora o fato e continua o processo, como se ele
tivesse cumprido. Esta omissão não deve trazer prejuízos ao processo.
DEVER DE DECIDIR
Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos
processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua
competência.
Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o
prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período
expressamente motivada.
A Administração não pode chegar no final do processo e dizer “não sei”. Ela tem que
decidir. Esta decisão deverá ser tomada em até 30 dias após o fim da instrução. Este
prazo poderá ser prorrogado por igual período, desde que motivado.
5.8 Motivação
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e
dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
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Este art. 50 não é só importante para os processos administrativos, mas para todos
atos administrativos. Ele traz os atos que devem ter seus motivos expressos. A
Administração tem que dizer o porquê daquele ato.
A posição doutrinária dominante, em vista disto, é de que todos os atos vinculados têm
como requisito de validade sua motivação, enquanto que para os atos discricionários
tal medida constitui regra geral, admitindo ser excepcionada em algumas hipóteses,
sendo a mais comum a exoneração do servidor de cargo em comissão.
Apesar deste posicionamento doutrinário, a Lei 9.784/99, no art. 50, inovou na matéria.
Não diferenciou a obrigatoriedade ou não de motivação com base na dicotomia atos
vinculados/atos discricionários, mas na importância do ato, na sua relevância jurídica. A
par disso, listou num rol os atos que exigem como condição de validade a declaração
de seus motivos.
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Se o interessado não gostar da decisão, ele poderá entrar com recurso, desde que
referente à legalidade ou ao mérito. O recurso é encaminhado primeiro a mesma
autoridade que proferiu a decisão. Se esta não reconsiderar em cinco dias, encaminha
a uma autoridade superior.
O caput do art. 56 da Lei é claro ao estatuir que é cabível recurso por razões de
legalidade ou de mérito. Deste modo, pode o insurgente basear sua pretensão tanto
em motivos de legalidade (entende que a decisão afrontou algum dispositivo de lei ou
algum princípio administrativo) quanto de mérito (entende que, apesar de a decisão em
si ser legal, o entendimento correto seria outro naquele processo em questão). O mais
importante a se entender é que o direito de recorrer não pressupõe que o interessado
traga aos autos novos elementos (ao contrário do processo de revisão, como veremos).
Ele, inconformado com a decisão proferida, e com base nos elementos já constantes
do processo, impugna-a por razões de mérito ou de legalidade.
O parágrafo segundo dispensa que o interessado apresente uma garantia para interpor
o recurso. Veja que no caso de uma lei específica, vale esta. É o que ocorre no
Processo Administrativo Fiscal. Se o contribuinte discorda do pagamento de um tributo
e, depois de uma decisão de primeira instância, quer entrar com recurso, ele tem que
apresentar uma garantia para o pagamento do tributo. O recurso só é aceito mediante
caução. Mas lembre-se, a NÃO-EXIGÊNCIA de caução é a REGRA.
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Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição
de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da
decisão recorrida.
§ 1º Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser
decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo
órgão competente.
§ 2º O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual
período, ante justificativa explícita.
O prazo para o interessado entrar com recurso é de 10 dias, salvo disposição em lei
específica. O prazo se inicia com a ciência ou publicação oficial. O prazo conta-se,
pois, da data do conhecimento real (ciência) ou fictício (publicação) da decisão, e não
data em que ela foi prolatada.
Já o prazo para decidir o recurso é de 30 dias, que é o mesmo prazo para decidir o
processo. Aqui também é possível a prorrogação por igual período, desde que
justificada. Se a decisão for proferida em data posterior à fixada, isto não representa
vício, sendo válida a decisão. A conseqüência, se for extrapolado o prazo, é a punição
da autoridade morosa, a não ser que esta comprove justo motivo para o atraso.
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação
decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior
poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.
O recurso não tem efeito suspensivo. Isto quer dizer que a decisão tomada no
processo será aplicada. No caso de cassação de autorização de banca de jornal,
mesmo com apresentação de recurso, ela terá de parar de funcionar.
Este artigo traz os requisitos de admissibilidade do recurso. São as condições que ele
tem que satisfazer para ser apreciado pela autoridade competente. Quando cumpridos,
não asseguram o sucesso da pretensão do recorrente, mas garantem que o recurso
será conhecido, julgado pela autoridade.
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar,
anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua
competência.
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A lei só disciplina a revisão nos processos em que haja imposição de sanções, o que
não impede que posteriormente venha o instituto a ser ampliado, por lei, a outras
hipóteses.
Deve-se destacar que da revisão não poderá resultar agravamento de sanção, ou seja,
o instituto sempre vem a beneficiar, ou ao menos a não prejudicar, o administrado
punido. Nesse aspecto, é completamente oposta a disciplina da lei com relação aos
recursos administrativos. Quanto a estes, o art. 64 expressamente admite a
possibilidade de agravamento da penalidade.
Por fim, não devemos considerar a revisão como uma segunda instância do processo
administrativo original. Nada disso. A revisão é processo novo e autônomo, com
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requisitos próprios de admissibilidade, que inaugura uma nova relação jurídica entre
Administração e administrado.
5.11 Prazos
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial,
excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o
vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes
da hora normal.
§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.
§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do
vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como
termo o último dia do mês.
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos
processuais não se suspendem.
Esta regra é simples. A pessoa foi intimada dia 10 de janeiro e tem 10 dias para
responder. O primeiro dia será o dia 11 e o último será o dia 20. Se for final de semana,
feriado ou tiver jogo da seleção, o prazo fica prorrogado pra o próximo dia útil.
O parágrafo segundo diz que se o prazo for em dias, ele conta os finais de semana e
feriados. Será contínuo. No caso de o prazo ser em meses ou anos, o prazo conta
sempre no mesmo dia do mês ou do ano. Assim, se o caboclo foi intimado dia 05 de
março e tem dois meses para responder, o fim do prazo será em 05 de maio. Não
importa se o mês tem 30 ou 31 dias. No caso dos anos é a mesma coisa. Iniciando em
10 de fevereiro de 2000, dois anos de prazo acabarão em 10 de fevereiro de 2002. Se
o mês em que o prazo terminar não tiver o dia em que iniciou, o prazo termina no
último dia do mês. Assim, se o prazo iniciou dia 31 de julho e é de dois meses, ele
terminará em 30 de setembro.
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza
pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado
sempre o direito de defesa.
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