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Relatório de Seminário
A Problemática da
Gestão de Stocks
jose.costa@fe.up.pt
Aluno n.º: 990508043
1
Lewis, C. S.; The World’s Last Night and Others Essays; Harcourt Brace Jovanovich; pág.
9; 1952
À minha mãe e
à minha noiva.
Índice:
PREÂMBULO .............................................................................................. 3
OBJECTIVO................................................................................................ 3
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A Problemática da Gestão de Stocks
BIBLIOGRAFIA ...........................................................................................33
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A Problemática da Gestão de Stocks
Preâmbulo
Este relatório tem como finalidade o estudo da gestão de stocks, pois isto é algo bastante
importante, sendo várias as empresas que tem de lidar com este tema, que por vezes se
pode tornar um problema.
Actualmente, é imprescindível à grande maioria das empresas saber lidar com este tema. A
gestão dos stocks é fundamental no dia-a-dia das empresas, podendo com uma boa gestão
a mesma obter ter bons resultados, assim como com uma má gestão, incorrer em diversos
prejuízos.
Objectivo
Este tenta apresentar de forma coerente o tema em epígrafe. Utilizando como base de
trabalho duas bibliografias sobre o tema, tentou dar-se uma panorâmica relativamente
aprofundada sobre o mesmo.
Este relatório não pretende dar origem a uma nova gestão de stocks, nem pretende sequer
apresentar nada de novo; pretende sim, demonstrar todas as potencialidades e elucidar
sobre os pontos mais importantes desta temática.
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1. A Gestão de Stocks
A gestão de stocks é um dos factores cruciais no bom desempenho das empresas de hoje.
O papel dos stocks numa empresa é constantemente dúbio. Como é evidente, o papel dos
stocks na regulação do processo de produção é positivo, permitindo assim que haja uma
dessincronia da procura de um produto da sua produção. Infelizmente este facto é
largamente atenuado por outros inconvenientes, tais como:
Incremento da rigidez da produção, onde se torna imprescindível escoar os stocks;
Aumento do prazo médio de produção;
Imobilização de meios financeiro;
Ocupação de espaço;
Etc. [2]
A gestão de stocks é fulcral para as empresas, uma vez que possui finalidades especulativas
e estratégicas.
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A gestão de stocks tem como objectivo manter o serviço aos clientes num patamar
admissível, ou seja, num patamar compatível com determinados níveis de custo. [2]
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As funções dos stocks são bastante importantes para a saúde financeira da empresa. Assim,
a função da gestão de stocks resume-se a:
Evitar compras frequentes de pequenas quantidades;
Obter redução de preço devido à quantidade adquirida;
Finalidades especulativas;
Finalidades estratégicas;
Evitar rupturas, paragens de equipamentos e atrasos nas entregas.
Num sistema de stocks os custos associados podem dividir-se em três categorias distintas:
custos de aprovisionamentos; custos associados à existência de stocks e custos associados à
ruptura de stocks. [1]
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Este tipo de custos ocorrem quando há uma procura de produtos e os stocks no sistema são
insuficientes. [1]
Quanto maior for o controlo dos stocks maior será o custo para processar a respectiva
informação. No entanto, existirão menores situações de ruptura de stocks, o que resulta
num melhor serviço para os clientes. [1]
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Após a soma de todos os custos, obtém-se um custo de posse anual – t% – por cada Euro de
material armazenado. O custo de posse varia entre 20 e 35% de acordo com as categorias e
com os artigos. [2]
O custo do lançamento de uma encomenda obtém-se através do cálculo do total dos custos
de funcionamento do serviço de compras e do serviço de recepção; este total é depois
dividido pelo número anual de linhas de encomendas. [2]
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O preço de custo dos artigos são proporcionais ao número de peças adquiridas (não
existem descontos de quantidade);
Não existe penúria (não existe qualquer custo de ruptura de stock);
A procura é regular;
Os custos de armazenagem e de encomenda ou lançamento estão definidos e são
constantes. [2]
S =Q ×a×t
2
Onde
Q é o stock médio, t é a taxa de posse e a o custo da peça. [2]
2
Procura-se então, a quantidade Q que torna C o mais baixo possível. Assim o mínimo de
C corresponde a:
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∂C ∂ ⎛N
⎜ Q × L + 2 × a × t + N × a ⎞⎟ = − N × L 2 + a × t 2 = 0
= Q
∂Q ∂Q ⎝ ⎠ Q
2× N × L
Daqui resulta: Qe = Î Fórmula de Wilson
a×t
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Devido a se assumir que o processo é indefinidamente contínuo, utiliza-se o custo total por
unidade de tempo, como critério de selecção. Os custos envolvidos podem então, ser
agrupados em duas classes:
Custos de encomenda (custos associados à encomenda);
Custos de posse (custos associados aos stocks). [1]
Por cada um dos ciclos de encomenda existe um custo de encomenda e um custo de posse
associado à manutenção do stock médio ao longo do ciclo; ou seja, temos um Custo Total
Custo de encomenda + Custo de posse A 1
por unidade de tempo: CT = = + ⋅ Q × H . [1]
Duração do ciclo D 2
Supostamente, o custo dos produtos deveria ser constante qualquer que seja a quantidade
de produtos para aprovisionamento. Todavia, na prática, esta situação não se verifica,
existindo, por vezes, descontos em função da quantidade adquirida. Assim, o cálculo da
quantidade económica, é ligeiramente diferente do caso anterior. Aqui, o custo total não é
uma curva contínua, mas sim uma sucessão de várias curvas. [2]
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Custo total: C = ( N × a ) + ⎛⎜ N × L ⎞⎟ + ⎛⎜ Q × a × t ⎞⎟
⎝ Q ⎠ ⎝ 2 ⎠
Custo económico: C e = ( N × a ) + ⎛⎜ N × L ⎞⎟ + ⎛⎜ e × a × t ⎞⎟
Q
⎝ Qe ⎠ ⎝ 2 ⎠
⎛ ⎞
E = ⎜ N × L 3 ⎟ × (Q − Qe ) . [2]
2
⎝ Qe ⎠
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E × Qe3 2
Qe : Q − Qe = ± .[]
N×L
2⋅ A× D
são usados no cálculo da quantidade económica de encomenda Q * = . Assim,
H
coloca-se uma questão pertinente: qual o aumento do custo causado pela utilização de
Q − Q* 1
para determinar α , utiliza-se a equação α = .[]
Q*
CT (Q) − CT (Q * )
Assim, a variação do Custo Total provocada por Q , é: %CT = × 100 .
(Q * )
Substituindo Q por (1 − α ) × Q , consegue simplificar-se a equação, obtendo assim
α2
%CT (α ) = × 100 . [1]
2(1 + α )
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A× D 1 ⎛ D⎞
Aqui, o Custo Total é dado pela equação CT = + ⋅ Q × ⎜1 − ⎟ × H . Por sua vez o
Q 2 ⎝ P⎠
2⋅ A× D
Q * é igual a Q * = ; sabendo que P → ∞ , tem-se um resultado idêntico ao
⎛ D⎞
⎜1 − ⎟ × H
⎝ P⎠
2⋅ A× D
obtido na Análise de Sensibilidade, onde Q * = .
H
Nas entregas de mercadorias pelos fornecedores, por vezes acontece algo bastante
desagradável: atrasos.
representa a quantidade de produto que é entregue mais tarde e b representa o custo por
unidade de produto e por unidade de tempo em atraso. [1]
A × D (Q − B ) 2 B2
CT = + ×H + × b . [1]
Q 2⋅Q 2⋅Q
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*
Pode agora definir-se o valor óptimo de Q ( Q ), e o valor óptimo de B ( B * ): as equações
2⋅ A× D H + b 2⋅ A× D H
são, respectivamente: Q * = e B* = . [1]
H b b H +b
De seguida, serão apresentados modelos para taxas de procura variável ao longo do tempo,
mas determinística. [1]
Existem três tipos de casos em que a procura é determinística e varia ao longo do tempo:
Cálculo da quantidade económica baseada na taxa média da procura ao longo do
horizonte de planeamento;
Uso de um sistema aproximado que capture o problema da procura variável e que
ao mesmo tempo seja de fácil compreensão e de fácil explicação;
Desenvolvimento de um modelo matemático, através do algoritmo de Wagnet-
Whitin (5.6.4), de forma a obter uma solução óptima. [1]
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t=X
Para um período de X , a taxa média de procura é D = 1 × ∑ D(t ) , onde o resultado
12 t=
final é expresso em unidades por mês. Para se obter a quantidade económica, usa-se a
2 AD 1
fórmula Q* = .[]
H
para T = 1, 2, 3, ..., x , até que se consiga encontrar um valor que satisfaça a seguinte
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{ }
Equação Recursiva: C t , N +1 = min E t , K + C k , N +1 , onde t = N , ..., 2, 1
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Numa empresa que necessita de gerir vários milhares de artigos, torna-se impossível que
dê a mesma prioridade a todos eles. A gestão de stocks é selectiva, pois não se gere
artigos de escritório da mesma forma como se gere artigos destinados à produção. Isto
acontece também na gestão de produtos; por exemplo, um vulgar parafuso não é gerido
como um outro produto de valor elevado. Devido a isto, os produtos são classificados de
acordo com os seguintes critérios:
Critério de destino (mobiliário de escritório, produção, serviço pós-venda, etc.);
Critério de valor (valor acumulado de artigos que aparecem nos movimentos de
stock ou valor em stock). [2]
Normalmente, existe uma pequena quantidade de produtos, que contribuem com uma
grande percentagem de custos anuais de consumo; por outro lado, uma grande quantidade
de produtos contribui com uma pequena percentagem de custos anuais de consumo. [1]
É baseada no princípio dos 80-20. Ou seja, 20% dos produtos correspondem a 80% do valor
total do consumo, e 80% dos produtos correspondem a 20% do valor total das saídas. A
análise ABC é indispensável para uma empresa, uma vez que influencia a gestão de cada
produto. [2]
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A aplicação simultânea destes dois critérios, e a respectiva comparação dos resultados, são
extremamente úteis para medir com rigor a gestão dos stocks. [2]
A análise ABC classifica os produtos em três classes: classe A, classe B e classe C; esta
classificação é feita de acordo com a maior ou menor contribuição dos produtos para o
valor de consumo anual. [1]
Os produtos da classe A são aqueles que contribuem com uma grande percentagem para o
valor dos stocks, mas que representam uma pequena quantidade dos artigos em stock. Os
produtos da classe C, são aqueles que contribuem com uma pequena percentagem para o
valor em stock, mas representam uma grande quantidade. Os produtos da classe B, são
aqueles produtos que não podem ser incluídos nem em A nem em C. [1]
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Da mesma forma que 20% dos artigos representam 80% do valor de saída, é frequente
encontrar empresas onde 20% dos clientes representam 80% dos volumes de negócio.
Assim, torna-se frequentemente necessário combinar a classificação dos artigos, por
valores de vendas anuais e a classificação dos clientes por volume de negócios anuais. [2]
Da mesma forma, os produtos antigos, também são difíceis de tratar, pois as vendas
tornam-se mais raras, no entanto existe a necessidade de os manter em stock, para o
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serviço de pós-venda e/ou garantias. É possível, também aqui, criar uma nova classe:
classe D. [2]
5. Indicadores de Gestão
A taxa de rotação indica a quantidade de vezes que os stocks são renovados ao longo do
ano. A taxa de rotação é definida pela expressão:
Quantidade consumida durante o ano
Taxa de Rotação =
Quantidade média em stock
Uma taxa de rotação elevada implica uma maior rendibilidade dos stocks (menor
montante de imobilizado em stocks). Todavia haverá um maior risco de ocorrerem rupturas
devido aos stocks serem reduzidos. [1]
A taxa de cobertura é o inverso da taxa de rotação; representa o tempo médio que o stock
pode abastecer a procura, sem se efectuar novas encomendas. A taxa de cobertura é
definida pela expressão: [1]
Quantidade média em Stock
Taxa de Cobertura = × 12
Quantidade consumida durante o ano
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O nível de serviço é uma medida complementar da taxa de ruptura. Quanto menor for o
número de rupturas, maior é a qualidade do serviço prestado. A situação ideal seria ter um
nível de serviço com 100% ou uma taxa de ruptura de 0%. O nível de serviço é definido pela
expressão: [1]
Quantidade anual fornecida prontamente do armazém
Nível de serviço =
Quantidade total fornecida pelo armazém (mesmo com atraso)
Quando o período de venda é limitado a procura é uma variável aleatória com distribuição
de probabilidade conhecida; ou seja, tem-se uma taxa de procura constante. O produto
tem uma procura durante um período de tempo exíguo, e que no final do mesmo, só pode
ser vendido por um valor residual, geralmente inferior. [1]
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⎧C P (Q − D ), onde D < Q
O custo de excesso de stock é igual a ⎨ ; por sua vez, o custo de
⎩ 0 onde D ≥ Q
⎧ 0 onde D < Q 1
ruptura em stock é igual a ⎨ .[ ]
⎩C R (D − Q ), onde D ≥ Q
7. Modelação de Procura
O valor da procura dos produtos, na maioria dos casos, é variável com o tempo e
desconhecido antecipadamente. Com o objectivo de diminuir o factor incerteza na
procura, fazem-se previsões desta, baseadas em dados históricos e em informações que
ajudem a conhecer o padrão de procura do produto em estudo. [1]
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Um dos vários problemas colocado pela gestão económica dos stocks é a determinação da
altura ideal para ser feita uma nova encomenda de um determinado produto. A incerteza é
usual ao fazer uma nova encomenda, resulta do facto da procura e o prazo de entrega da
encomenda, serem variáveis aleatórias. [1]
Para diminuir o factor de incerteza é usual fazer previsões, para determinar qual a altura
ideal para fazer uma nova encomenda. Quando é utilizada uma previsão de consumo em
vez de se utilizar o consumo real, é normal ocorrerem dois tipos de erros:
Consumo previsto é inferior ao consumo real, o que faz com que ocorram rupturas
de stocks;
Consumo previsto é maior que consumo real, o que faz com que ocorra um aumento
dos custos de posse. [1]
Rupturas de stocks têm, normalmente, consequências mais graves do que ter stocks em
excesso; para evitar a ocorrência de rupturas constitui-se um stock de segurança – SS.
Estes permitem ter uma protecção contra eventuais aumentos da procura acima do
previsto e/ou atraso na entrega por parte do fornecedor. [1]
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O dimensionamento do stock de segurança deve ser feito de forma a proteger o nível dos
stocks, contra aumentos de procura acima do previsto. O stock de segurança não deve só
depender da amplitude dos desvios do consumo real em relação ao consumo previsto, mas
também da frequência com que os desvios ocorrem. [1]
Os custos que estão associados às rupturas de stocks são complicados de calcular; devido a
isto, os stocks de segurança, são dimensionados através da especificação de medidas do
nível de serviço (expressa o custo de ruptura implicitamente). As medidas mais utilizadas
são:
PR : Probabilidade de ruptura de stock por encomenda. Esta medida não tem em
conta a amplitude das rupturas;
F : Fracção da procura que é servida directamente de stock. Esta medida não tem
em conta o número de rupturas. [1]
Para os pontos seguintes, ponto 8.1 e ponto 8.2, deve ter-se atenção sobre a notação que
se segue:
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DN Æ Valor médio de DN ;
σN Æ Desvio padrão de D N .
(
obtém-se: PR = Pr ob D N > D N + SS N )[]1
(
Substituindo stock de segurança por K ⋅ σ N obtém-se: PR = Pr ob D N > D N + K ⋅ σ N )
A variável DN pode ter uma distribuição contínua ou discreta. Para obter o valor de K
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∫ [D ( )]
∞
NESPF = N − D N + k ⋅ σ N ⋅ f (D N ) ⋅ ∂D N
D N + k ⋅σ N
∞
DN − D N
Sabendo que u =
σN
, obtém-se NESPF = σ N × ∫ (u − k ) ⋅ f (u ) ⋅ ∂u, onde u ≈ N (0,1) .
k
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Q 1− F
Resolvendo em ordem a G (K ) , obtemos a expressão G (K ) = ⋅ . Tendo o valor de
σN F
K , pode-se obter o stock de segurança através da expressão, anteriormente enunciada,
SS N = K ⋅ σ N .
9. Métodos de Reaprovisionamento
9.1. Introdução
Uma empresa deve dispor, no prazo desejado, das matérias-primas e dos produtos que são
necessários à produção, manutenção e venda. Logo, é preciso determinar quais as
quantidades a encomendar e em que datas, para que o custo global seja tanto menor
quanto possível. Isto é inseparável da gestão de stocks. [2]
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O valor de s deve ser definido de forma a garantir a procura durante o prazo de entrega
( L ). Numa situação de alguma prudência, dever-se-ia dispor de um certo nível de stock
segurança quando a encomenda chega; mas nem sempre é possível determinar o consumo
durante o prazo de entrega, uma vez que o consumo e o prazo de entrega não serem fixos.
Este método é uma realidade nas empresas, tendo em conta a regularidade que implica.
Ele pressupõe a existência de regularidade no consumo de artigos não fabricados na
empresa. É apropriado para itens de pouco valor unitário da categoria C da análise ABC. [2]
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Este método combina datas fixas para fazer a encomenda, com quantidades variáveis de
encomenda. O cálculo da quantidade a encomendar, Qi , é feito com base na expressão
Qi = N i × T − S i − C i + Ri .[2]
O ponto de encomenda é o nível de stock que deve iniciar a ordem de compra. Neste
método, o ponto de encomenda é considerado tendo em conta o stock de segurança
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Na figura anterior, pode ver-se que a segunda encomenda é emitida antes que a primeira
recepção tenha ocorrido.
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Bibliografia
[2] Courtois, A., Pillet, M., Martin, C.; Gestão da Produção; Capitulo 5; página 107 a
132; 1997;LIDEL.
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