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Trabalho de Economia

Professor: Romério Rômulo

Curso: Economia

Aluna: Rosa Carolina Negrini da Costa

Direito 09/2

Tema: Análise dos indicadores sócio-econômicos a partir do PNAD dos últimos cinco
anos

No presente trabalho analisaremos os dados sócio-econômicos do PNAD


(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) entre os anos de 2002 e 2007.

O IBGE define como pobre o “percentual da população residente com renda


familiar mensal per capita de até meio salário mínimo, em determinado espaço
geográfico, no ano considerado”1. Quanto à proporção de população pobre em relação
ao total, encontramos a diminuição da desigualdade social, de acordo com os dados
comparados entre 2002 e 2007: em 2002, havia 41,79% de pobres na população; em
2007, 32,24% (dados relativos ao total brasileiro). A melhoria, contudo, não é
acompanhada em todos os estados da federação. Acre é o único estado em que aumenta
a proporção de pobres, sendo 47,05% em 2002 e 51,18% em 2007. O estado que
permanece com a menor proporção é Santa Catarina, com 21,74% em 2002 e 11,47%
em 2007.
Junto ao fenômeno da diminuição da pobreza vemos o decréscimo da taxa de
desemprego. Esta taxa é medida através do percentual da população economicamente
ativa2 que se encontra sem trabalho na semana da pesquisa. Em 2002 a taxa de
desemprego era de 9,15%, enquanto em 2007, 8,01%. A taxa de desemprego e a

1
IBGE: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Disponível em:
<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2008/b05.pdf > Acessado em 26/10/2009
2
Define-se como População Economicamente Ativa (PEA) o contingente de pessoas de 10 e mais anos
de idade que está trabalhando ou procurando trabalho. Disponível em:
<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2008/b06.pdf> Acessado em: 26/10/2009
proporção de pobres refletem as políticas públicas de assistencialismo e de distribuição
de renda promovidas a partir de 2003.
A escolaridade do brasileiro também tem aumentado. Segundo os dados do
IBGE, a porcentagem da população com menos de um ano de estudo, de pessoas com
quinze anos ou mais em 2002 apresentou 13,05%, enquanto em 2007, 10,98%. Todavia,
os estados Acre, Amazonas e Pará tiveram um aumento na população com menos de um
ano de estudo entre os anos de 2002 e 2007. O próprio IBGE aponta limitações quanto à
pesquisa na região norte, como no seguinte trecho:
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), uma das fontes
usualmente utilizadas para construir esse indicador, não cobre a zona rural da
região Norte (exceto o estado do Tocantins) até 2003 e não permite a
desagregação dos dados por município. Uma vez que a amostra da PNAD
não foi desenhada para ser representativa para todas as cores/raças, os
indicadores para índios, amarelos e pretos devem ser vistos com muita
cautela, pois estes grupos são muito pequenos em alguns estados e regiões.
Quanto aos brancos e pardos, suas amostras são mais robustas, oferecendo
maior garantia de uso.3

A taxa de analfabetismo diminuiu como um todo no país (para pessoas de quinze


anos ou mais), como se pode observar nos dados: 11,83% em 2002; 9,99% em 2007. Os
estados de Rondônia, Acre, Amazonas e Pará não acompanharam o aumento da
escolaridade sentido em todo o país, havendo neles diminuição da mesma.
A realidade sócio-econômica do Brasil modificou-se nestes primeiros anos do
século XXI. Os fatores econômico e educacional demonstram que a melhora nas
condições de vida dos brasileiros não aconteceu no país por inteiro. A região norte
encontra-se entre as menos desenvolvidas, e com índices que vão à contramão do
restante do Brasil. A pesquisa empreendida pelo PNAD é importante para que o Estado
brasileiro possa investir nas áreas defasadas mais adequadamente.

3
Disponível em: < http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2008/b02.pdf > Acessado em 26/10/2009

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