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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE CARTOGRAFIA

COORDENADAS GEOGRÁFICAS

As coordenadas geográficas são círculos que se cruzam em ângulo reto, traçados com a finalidade de serem
determinados os diferentes lugares da superfície terrestre.
Um ponto pode ser localizado com precisão, em qualquer lugar do globo, tendo-se suas latitude e longitude.
Observe as figuras abaixo:

Na esfera terrestre encontramos:


Pólos: são os pontos extremos do eixo terrestre;
Paralelos: são círculos paralelos ao Equador.
Paralelos mais importantes:
• Equador: é o paralelo 0° (zero grau). É uma linha imaginária que passa pelo centro da Esfera Terrestre,
distante igualmente dos dois pólos, dividindo-a em duas partes:
- Hemisfério Norte (boreal ou setentrional);
- Hemisfério Sul (austral ou meridional).
• Trópicos: são os paralelos 23°27’ (vinte e três gr aus e vinte e sete minutos):
- Câncer: ao norte;
- Capricórnio: ao sul.
• Círculos Polares: são os paralelos 66°33’ (sessent a e seis graus e trinta e três minutos de latitude)
- Ártico: ao norte;
- Antártico: ao sul.
Através do paralelo pode-se determinar a latitude de um lugar – distância em graus entre um ponto e a linha do
Equador que pode variar entre 0° e 90°.
Meridianos: são círculos que passam por ambos os pólos.
• O Meridiano Principal ou Inicial é Greenwich (que passa sobre o observatório astronômico que possui o
mesmo nome em Londres - Inglaterra).
Este meridiano divide a Esfera Terrestre em duas partes:
- Hemisfério Oriental: Leste do Meridiano de Greenwich ou nascente do sol;
- hemisfério Ocidental: Oeste do Meridiano de Greenwich ou poente do sol.

CONCEITO DE ANTÍPODA

A antípoda de um determinado ponto sobre a superfície é exatamente o ponto oposto a esse na Esfera Terrestre.
Para calcular a antípoda de um determinado ponto de coordenada geográfica conhecida deve-se proceder da
seguinte forma:
Latitude: conserva-se a coordenada geográfica e inverte-se os hemisférios;
Longitude: calcula-se o arco suplementar (subtrair a coordenada dada de 180°) e inverte-se os hemisfér ios.
Exemplo: o ponto antípoda do ponto 25°N e 110°W é 2 5°S e 70°E.
Obs.: O Equador é antípoda de si próprio;
Greenwich é antípoda da linha internacional da data;
O Pólo Norte é antípoda do pólo Sul e vice-versa.
A diferença horária entre dois pontos antípodas é sempre de 12 horas.
ORIENTAÇÃO

Para orientar-se o homem, desenvolveu sua capacidade de observação. E a observação dos astros foi um dos
primeiros recursos que usou para não perder o rumo ou a direção no espaço terrestre (espaço terrestre
corresponde não somente ao espaço ocupado pelos continentes, mas abrange também os oceanos e a
atmosfera).

O céu, com seus astros (Sol, Lua, estrelas e planetas), sempre despertou a curiosidade do homem. Desse modo,
desde a Antigüidade ele pôde se orientar pelo Sol, Lua e por algumas estrelas (a Estrela Polar e o Cruzeiro do
Sul, pela bússola (cuja agulha aponta para o norte magnético), pelas coordenadas geográficas, pelos mapas,
pela rosa dos ventos e, mais recentemente, pelo GPS.

ORIENTAÇÃO PELO SOL

Observando a Natureza o homem percebeu que o Sol aparece ou nasce, todas as manhãs, aproximadamente
em um mesmo ponto no horizonte e desaparece ou se põe, ao entardecer, no lado oposto. Assim sendo, tomou
esses dois lados como referência para criar os pontos cardeais – Leste, Oeste, Norte e Sul – e determinou-os da
seguinte forma:

• Leste (L): o lado no horizonte, onde o sol nasce ou Este (E) ou, ainda, Oriente (o que quer dizer
“nascente”);
• Oeste (O): o lado no horizonte, onde o sol se põe ou West (W) ou, ainda, Ocidente (o que quer dizer
“poente”);

Conhecidos esses dois pontos (onde o sol nasce e onde ele se põe), foram criados mais dois pontos: o Norte (N)
e o Sul(S).

ORIENTANDO-SE: estenda o braço direito na direção em que o Sol nasce no horizonte; esse lado corresponde
ao Leste. Estendendo o braço esquerdo rumo à direção oposta você estará apontando para o Oeste. Nesta
posição, à sua frente estará localizado o Norte e às suas costas o Sul.

ROSA DOS VENTOS


Os pontos cardeais:
Norte (setentrional/ boreal)
Sul (meridional/austral)
Leste (oriental/nascente)
Oeste (ocidental/poente)
Os pontos colaterais:
Sudeste (SE), Sudoeste (SO), Nordeste (NE),
Noroeste (NO).
Os pontos subcolaterais:
Sul-Sudeste (SSE), Sul-Sudoeste (SSO),
Norte-Nordeste (NNE), Norte-Noroeste (NNO),
Leste-Sudeste (ESE), Leste-Nordeste (ENE),
Oeste-Sudoeste (OSO), Oeste-Noroeste
(ONO)
A ORIENTAÇÃO PELA BÚSSOLA

A bússola é um pequeno, prático e eficiente instrumento de orientação inventado pelos chineses há alguns
milhares de anos. A agulha da bússola, que é imantada, apresenta as mesmas características de um ímã, ou
seja, possui dois pólos magnéticos, norte (N) e sul (S). Lembrando que pólos iguais se repelem e pólos
contrários se atraem, entendemos porque o pólo norte (N) da agulha é atraído pelo pólo sul (S) do ímã.

No caso da Terra, que é considerada um gigantesco


ímã, o pólo sul magnético situa-se próximo ao pólo
norte geográfico e o pólo norte magnético encontra-
se próximo ao pólo sul geográfico. Dessa forma
podemos entender, então, porque o pólo norte da
agulha da bússola aponta (é atraído) para o pólo sul
magnético da Terra.
Partindo do fato de que a agulha da bússola não
indica a direção dos pólos geográficos, e sim a
direção dos pólos magnéticos, como vamos
encontrar os pólos geográficos da Terra? Nesse
caso, é preciso fazer a correção e, para tanto, os
navegantes dispõem de mapas e outros recursos.

O ângulo correspondente à diferença (distância) entre o pólo geográfico e o pólo magnético da Terra é chamado
de declinação magnética. O pólo sul magnético da Terra situa-se próximo à Ilha Príncipe de Gales (Canadá),
cerca de 1.400 km a oeste do pólo geográfico norte.

Além da orientação pelo Sol, pela Lua e pela bússola, existem muitas maneiras de se orientar. Com o
desenvolvimento da ciência, foram criados novos instrumentos para a orientação, muitos deles eletrônicos,
oferecendo grande precisão e maior segurança à navegação marítima e aérea.

NÃO ESQUEÇA: A determinação dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais depende do ponto de referência
que for considerado.

Atualmente existem meios de orientação mais modernos e precisos como os sistemas de rádio, o radar, o
satélite etc. A aplicação dos satélites nas mais diferentes áreas, permitiu um grande avanço no que diz respeito à
orientação e à localização com o desenvolvimento do GPS.

O GPS {Global Positioning System) -Sistema de Posicionamento Global -é um sistema baseado em satélItes,
desenvolvido e mantido pelo Departamento de Defesa dos EUA, que o concluiu em 1993. A constelação GPS
consiste em 24 satélites estacionários (21 operando e 3 de reserva), que circulam a Terra num período de 12
horas, a uma distância de 20 200 Km e transmItem sinais incluindo um código de identificação para cada satélite:
informações precisas de tempo e dados de navegação. São necessários 3 satélites para se ter latitude e
longitude e um 4° para a altitude. O receptor GPS a utomaticamente seleciona 4 satélites e determina a latitude,
longitude e altItude precisas:

-em qualquer lugar do mundo: no mar, terra ou ar


-em qualquer momento ou hora.
-em qualquer tipo de tempo.
-com a posição precisa de 30m a l00m (98 pés até 328 pés)

A posição precisa está sujeita ao regulamento do DoD (Department of Defense) dos EUA, que controla, mantém
e opera os sinais de GPS. Sem perceber, o DoD pode mudar as características desses sinais, o que pode
degradar a precisão dessa unidade.

O GPS fornece informações precisas de data, hora, velocidade, posição e direção.


OS FUSOS HORÁRIOS

FUSOS HORÁRIOS BRASILEIROS

Como a Terra, no seu movimento de rotação (de oeste para leste), gasta 24 horas para completar uma volta em
torno da sua própria circunferência (360º) e diante do Sol; se dividirmos esses 360º por 24, encontraremos o
espaço percorrido pela Terra a cada uma hora, ou seja, 15º. A cada uma hora são iluminados diretamente 15
meridianos e o espaço compreendido entre eles é denominado fuso horário.

O Sol nasce a leste e se põe a oeste, por isso, os lugares localizados a leste possuem as horas adiantadas em
relação aos localizados a oeste. O fuso horário inicial, é o fuso que passa por Greenwich (0º). Cada 15º
percorridos na direção leste significa uma hora a mais e, na direção oeste, uma hora a menos.

Como calcular o fuso horário de um lugar?


É preciso determinar a diferença de longitude entre os dois lugares.

1º caso: Quando duas localidades estão no mesmo hemisfério subtrai-se as longitudes; divide-se por 15º,
encontrando-se assim, a diferença horária entre as duas localidades. Em seguida, soma-se a diferença horária
se a cidade estiver a leste ou subtrai-se a diferença horária se a cidade estiver a oeste.
2º caso: Quando duas localidades estão em hemisférios diferentes
Soma-se as longitudes; divide-se por 15º, encontrando-se assim, a diferença horária entre as duas localidades.

Em seguida, soma-se a diferença horária se a cidade estiver a leste ou subtrai-se a diferença horária se a cidade
estiver a oeste.

Quanto maior a longitude a Leste de Greenwich, mais adiantada a hora e, quanto maior a longitude a Oeste,
mais atrasada a hora.
LINHA INTERNACIONAL DE MUDANÇA DE DATA

Nas proximidades do meridiano de 180º (antípoda de Greenwich) tem-se a LID. Essa linha imaginária que passa
pelo Oceano Pacífico possui vários desvios para não atravessar lugares habitados. Todas as vezes que essa
linha for cruzada no seu sentido leste (América), diminui-se um dia e, quando for cruzada no seu sentido oeste
(Ásia), aumenta-se um dia.

AS ESTAÇÕES DO ANO: SOLSTÍCIOS E EQUINÓCIOS

Durante todo o ano, há apenas dois dias em que a posição da Terra é tal que o Sol está exatamente no zênite do
Equador, no ponto vertical. Nesse dia, os raios solares estão distribuindo, de forma perfeitamente eqüitativa, luz
e calor para os dois hemisférios. São os dias do equinócio (noites iguais), que ocorrem em 21 de março e 23 de
setembro.

A situação oposta, quando há máxima desigualdade na distribuição de luz e calor entre os hemisférios, ocorre
nos dias do solstício (‘parada do sol’), em 21 de junho e 21 de dezembro, quando o Sol está chegando
perpendicular nos trópicos.

O Sol se desloca lentamente durante o ano para o hemisfério norte e para o hemisfério sul. O ponto mais ao
norte que o Sol alcança durante o ano é sobre o Trópico de Câncer, no dia 21 de junho, solstício de verão (dia
com 24 horas nas latitudes acima de 60º) no hemisfério norte e solstício de inverno (noite com 24 horas nas
latitudes acima de 60º) no hemisfério sul. A partir desse dia, o Sol começa a deslocar-se em direção ao
hemisfério Sul.

No dia 23 de setembro, o Sol está sobre o Equador – equinócio de primavera no Sul e de outono no Norte (dias e
noites com duração igual).

Continuando seu deslocamento para o Sul, no dia 21 de dezembro, o Sol estará sobre o Trópico de Capricórnio,
solstício de verão (dia com 24 horas nas latitudes acima de 60º) no Sul e de inverno no Norte (noite com 24
horas nas latitudes acima de 60º) no Norte. A partir desse dia, o Sol começa a voltar para o norte.
No dia 21 de março já está de novo sobre o Equador – equinócio de outono no Sul e de primavera no Norte (dias
e noites com duração igual). Vai até o Trópico de Câncer...

POR QUE ACONTECE O “SOL DA MEIA-NOITE”?


No norte da Noruega, o dia dura de maio a julho. Ainda mais para o norte, junto ao pólo Norte, o Sol não se
esconde no horizonte entre 21 de março e 23 de setembro, aproximadamente.
O sol da meia-noite acontece por causa da inclinação do eixo terrestre em relação ao Sol, que faz com que as
regiões da Terra recebam diferentes quantidade de luz e calor. No giro anual da Terra em torno do Sol
(movimento de Translação), enquanto um pólo está mais próximo do Sol, o outro está mais afastado. Esse
movimento dá origem às estações do ano.

ESCALA DE UM MAPA

Um mapa é uma representação mínima da Terra ou de parte dela, portanto, a necessidade de um elemento de
relação entre as proporções reais e aquelas que estão representadas no mapa, fez surgir a escala.
A escala pode ser:
1
Numérica: é representada por uma fração, como 1: 100 000 ou (lê-se 1cm para cada 100 000 cm)
100 00 0
O tamanho de uma escala é dado pelo denominador: quanto maior o denominador, menor é a escala e, quanto
menor o denominador, maior a escala. Em um mapa de escala 1: 100 000, 100 000 significa que a referida
região sofreu uma redução de 100 000 vezes ou, então, que cada 1 cm no mapa corresponde a 100 000 cm, ou
1 km no lugar real.

Gráfica: é representada por um segmento de reta graduado em cm. Possui equivalência, ou seja, indica
diretamente a relação entre a dimensão real e a dimensão do mapa, como: 1 cm = 1 km

ESCALA = distância no mapa (d)


distância no terreno (D)

Determinação da distância real = D


Determinação da distância no mapa = d
Determinação da escala de um mapa = E

Essas proposições são determinadas pelas seguintes fórmulas:

D = d/E d = DX E E = d/D

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